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Flores
     E

Tipos de Polinização
A flor é a estrutura reprodutora característica
das plantas denominadas espermatófitas ou
fanerogâmicas.
        A função de uma flor é a de produzir sementes
s através da reprodução sexuada. Para as plantas, as
sementes representam a próxima geração e servem como o
principal meio através do qual as espécies se perpetuam e
se propagam.
As espermatófitas, super-divisão
Spermatophyta (ou Spermatopsida) é o taxon que inclui as
plantas que produzem sementes. São plantas com o
corpo diferenciado em raiz, caule e folhas, com um
sistema vascular composto por xilema e floema e com
uma alternância de gerações especial:

          Fanerógama ou fanerogâmica foi o nome dado
 ao filo do Reino Plantae (plantas) de seres vivos que
 apresentam estruturas denominadas de flores, órgãos
 reprodutores facilmente observáveis. As plantas
 pertencentes a este taxon eram por vezes referidas
 como vegetais superiores e, para além de flores
 diferenciadas, apresentam vasos condutores de seiva e
 verdadeiros caules, folhas e raízes.
Definições
        A flor é uma estrutura de crescimento determinado que é
 composta por folhas modificadas, quer estrutural quer
 funcionalmente, com vista à realização das funções de produção
 dos gametas e de proteção dos mesmos, através dos antófilos.
        O caule caracteriza-se por um
crescimento indeterminado. Em contraste, a flor
apresenta um crescimento determinado, já que o
seu meristema apical pára de se
dividir mitoticamente depois da produção de
todos os antófilos ou peças florais. As flores mais
especializadas têm um período de crescimento          Diagrama esquemático
                                                      que mostra as partes da
mais curto e produzem um eixo mais curto e um         flor. 1: receptáculo
número mais definido de peças florais em relação      floral, 2:sépalas,
às flores más primitivas.                             3: pétalas, 4: estames,
                                                      5:pistilo.
Função:
        A função da flor é mediar         Outras dependem de
a união dos esporos masculino       animais (especialmente
(micrósporo) e feminino             insetos) para realizar este
(megásporo) num processo            feito. O período de tempo
denominado polinização. Muitas      deste processo (até que a
flores dependem do vento para       flor esteja totalmente
transportar o pólen entre flores    expandida e funcional) é
da mesma espécie.                   chamado anthesis.
Muitas das coisas na natureza desenvolveram-se para
atrair animais polinizadores. Os movimentos do agente polinizador
contribuem para a oportunidade de recombinação genética com
uma população dispersa de plantas. Flores como essas são
chamadas de entomófilas (literalmente: amantes de insetos). Flores
normalmente têm nectários em várias partes para atrair esses
animais
        Abelhas e pássaros são polinizadores comuns: ambos
têm visão colorida, assim escolhendo flores de coloração atrativa.
Algumas flores têm padrões, chamados guias de néctar, que são
evidentes na espectro ultravioleta, visível para abelhas, mas não
para os humanos. Flores também atraem
os polinizadores pelo aroma. A posição
dos estames assegura que os grãos de
 pólen sejam transferidos para o corpo do
polinizador. Ao coletar néctar de várias
flores da mesma espécie, o polinizador
transfere o pólen entre as mesmas.
Hermafroditismo
        Ao contrário do que normalmente é lido, nenhuma
flor pode ser considerada hermafrodita. Como
hermafrodita, considera-se o organismo capaz de
produzir gametas masculinos e femininos. No entanto, a
flor, por ser uma estrutura do esporófito, é estritamente
assexuada; não produz gametas e sim esporos. Os esporos
são responsáveis pela reprodução assexuada do vegetal.
Dessa forma, a flor fica impedida de ser designada
hermafrodita. A confusão deve-se à prática botânica que
convencionou chamar o megásporo de "esporo
feminino" e o micrósporo de "esporo masculino",
devido à diferença de tamanho entre eles - o mesmo
 parâmetro usado para diferenciar os gametas
feminino (maior) e masculino (menor).
Tipos de Polinização
        Polinização é o ato da transferência de
 células reprodutivas masculinas (grãos
 de pólen) que estão localizados nas anteras de
 uma flor para o receptor feminino (estigma)
 de outra flor(da mesma espécie), ou para o
 seu próprio estigma. Pode-se dizer que a
 polinização é o ato sexual
 das plantas espermatófitos, já
 que é através deste processo que
  o gameta masculino pode
 alcançar o gameta feminino e
 fecundá-lo.
A transferência de pólen pode ser através de
fatores bióticos, ou seja, com auxílio de seres vivos,
ou abióticos, através de fatores ambientais. Os
tipos gerais de polinização são os seguintes:

 Anemofilia: através do vento;

 Entomofilia: Termo geral para todos os meios de
 polinização através de insetos, mas é um termo mais
 usado para polinização efetuada por abelhas, vespas e
 moscas;
Cantarofilia: com auxílio de besouros;
Psicofilia: efetuada por borboletas;
Falenofilia: através de mariposas;
Ornitofilia: polinização feita por aves;
Hidrofilia: através da água;
Artificial: através do homem;
Quiropterofilia:polinização feita por morcegos;
Malacofilia:polinização feita por moluscos;
Pode haver também a auto-polinização, quando
uma flor recebe seu próprio pólen. Em muitos casos, a
flor possui mecanismos que rejeitam o pólen produzido
em suas anteras, o que assegura a reprodução sexuada,
ou seja, que haja intercâmbio de genes com outros
indivíduos da espécie. No entanto, indivíduos de
algumas espécies não apresentam esses mecanismos, e
aproveitam-se de seu próprio pólen para produzir
sementes e garantir a estabilidade de sua população.
Alguns destes mecanismos são:
Dicogamia: consiste no amadurecimento dos órgãos
reprodutores em épocas diferentes; a dicogamia pode ser de dois
tipos:
Protandria: quando amadurecem em primeiro lugar os órgãos
masculinos e posteriormente os órgãos femininos.
Protoginia: quando amadurecem primeiramente os órgãos
femininos e posteriormente os órgãos masculinos.
Dioicia: aparecimento de indivíduos com sexos separados: uma
planta masculina e outra feminina.
Hercogamia: ocorre uma barreira física, que separa com filetes
curtos e estiletes longos.
Heterostilia: ocorrência, nas flores, de estames com filetes curtos
e estiletes longos
Auto-esterilidade: neste caso, a flor é estéril ao pólen que ela
mesma produziu.
Entre as Gimnospermas a polinização é quase
sempre anemófila. Especula-se que isso seja conseqüência do
momento em que estas plantas evoluíram, quando não havia
insetos especializados na coleta de pólen, como abelhas. A
pequena variedade de meios de polinização neste grupo
reflete-se na pouca variação morfológica de
suas estruturas reprodutivas.

         Em contraste, entre as Angiospermas, o
  surgimento de flores coincidiu com o surgimento de
  abelhas, borboletas, mariposas, aves e mamíferos, e a
  estrutura reprodutiva destas plantas foi selecionada de
  forma a atrair estes animais, surgindo então uma miríade
  de formas, tamanhos, cores, aromas e texturas, cada uma
  de acordo com uma estratégia mais ou menos específica de
  atração de polinizadores.

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Tipos de Polinização nas Plantas

  • 1. Flores E Tipos de Polinização
  • 2. A flor é a estrutura reprodutora característica das plantas denominadas espermatófitas ou fanerogâmicas. A função de uma flor é a de produzir sementes s através da reprodução sexuada. Para as plantas, as sementes representam a próxima geração e servem como o principal meio através do qual as espécies se perpetuam e se propagam.
  • 3. As espermatófitas, super-divisão Spermatophyta (ou Spermatopsida) é o taxon que inclui as plantas que produzem sementes. São plantas com o corpo diferenciado em raiz, caule e folhas, com um sistema vascular composto por xilema e floema e com uma alternância de gerações especial: Fanerógama ou fanerogâmica foi o nome dado ao filo do Reino Plantae (plantas) de seres vivos que apresentam estruturas denominadas de flores, órgãos reprodutores facilmente observáveis. As plantas pertencentes a este taxon eram por vezes referidas como vegetais superiores e, para além de flores diferenciadas, apresentam vasos condutores de seiva e verdadeiros caules, folhas e raízes.
  • 4. Definições A flor é uma estrutura de crescimento determinado que é composta por folhas modificadas, quer estrutural quer funcionalmente, com vista à realização das funções de produção dos gametas e de proteção dos mesmos, através dos antófilos. O caule caracteriza-se por um crescimento indeterminado. Em contraste, a flor apresenta um crescimento determinado, já que o seu meristema apical pára de se dividir mitoticamente depois da produção de todos os antófilos ou peças florais. As flores mais especializadas têm um período de crescimento Diagrama esquemático que mostra as partes da mais curto e produzem um eixo mais curto e um flor. 1: receptáculo número mais definido de peças florais em relação floral, 2:sépalas, às flores más primitivas. 3: pétalas, 4: estames, 5:pistilo.
  • 5. Função: A função da flor é mediar Outras dependem de a união dos esporos masculino animais (especialmente (micrósporo) e feminino insetos) para realizar este (megásporo) num processo feito. O período de tempo denominado polinização. Muitas deste processo (até que a flores dependem do vento para flor esteja totalmente transportar o pólen entre flores expandida e funcional) é da mesma espécie. chamado anthesis.
  • 6. Muitas das coisas na natureza desenvolveram-se para atrair animais polinizadores. Os movimentos do agente polinizador contribuem para a oportunidade de recombinação genética com uma população dispersa de plantas. Flores como essas são chamadas de entomófilas (literalmente: amantes de insetos). Flores normalmente têm nectários em várias partes para atrair esses animais Abelhas e pássaros são polinizadores comuns: ambos têm visão colorida, assim escolhendo flores de coloração atrativa. Algumas flores têm padrões, chamados guias de néctar, que são evidentes na espectro ultravioleta, visível para abelhas, mas não para os humanos. Flores também atraem os polinizadores pelo aroma. A posição dos estames assegura que os grãos de pólen sejam transferidos para o corpo do polinizador. Ao coletar néctar de várias flores da mesma espécie, o polinizador transfere o pólen entre as mesmas.
  • 7. Hermafroditismo Ao contrário do que normalmente é lido, nenhuma flor pode ser considerada hermafrodita. Como hermafrodita, considera-se o organismo capaz de produzir gametas masculinos e femininos. No entanto, a flor, por ser uma estrutura do esporófito, é estritamente assexuada; não produz gametas e sim esporos. Os esporos são responsáveis pela reprodução assexuada do vegetal. Dessa forma, a flor fica impedida de ser designada hermafrodita. A confusão deve-se à prática botânica que convencionou chamar o megásporo de "esporo feminino" e o micrósporo de "esporo masculino", devido à diferença de tamanho entre eles - o mesmo parâmetro usado para diferenciar os gametas feminino (maior) e masculino (menor).
  • 8. Tipos de Polinização Polinização é o ato da transferência de células reprodutivas masculinas (grãos de pólen) que estão localizados nas anteras de uma flor para o receptor feminino (estigma) de outra flor(da mesma espécie), ou para o seu próprio estigma. Pode-se dizer que a polinização é o ato sexual das plantas espermatófitos, já que é através deste processo que o gameta masculino pode alcançar o gameta feminino e fecundá-lo.
  • 9. A transferência de pólen pode ser através de fatores bióticos, ou seja, com auxílio de seres vivos, ou abióticos, através de fatores ambientais. Os tipos gerais de polinização são os seguintes: Anemofilia: através do vento; Entomofilia: Termo geral para todos os meios de polinização através de insetos, mas é um termo mais usado para polinização efetuada por abelhas, vespas e moscas;
  • 10. Cantarofilia: com auxílio de besouros; Psicofilia: efetuada por borboletas; Falenofilia: através de mariposas; Ornitofilia: polinização feita por aves; Hidrofilia: através da água; Artificial: através do homem; Quiropterofilia:polinização feita por morcegos; Malacofilia:polinização feita por moluscos;
  • 11. Pode haver também a auto-polinização, quando uma flor recebe seu próprio pólen. Em muitos casos, a flor possui mecanismos que rejeitam o pólen produzido em suas anteras, o que assegura a reprodução sexuada, ou seja, que haja intercâmbio de genes com outros indivíduos da espécie. No entanto, indivíduos de algumas espécies não apresentam esses mecanismos, e aproveitam-se de seu próprio pólen para produzir sementes e garantir a estabilidade de sua população. Alguns destes mecanismos são:
  • 12. Dicogamia: consiste no amadurecimento dos órgãos reprodutores em épocas diferentes; a dicogamia pode ser de dois tipos: Protandria: quando amadurecem em primeiro lugar os órgãos masculinos e posteriormente os órgãos femininos. Protoginia: quando amadurecem primeiramente os órgãos femininos e posteriormente os órgãos masculinos. Dioicia: aparecimento de indivíduos com sexos separados: uma planta masculina e outra feminina. Hercogamia: ocorre uma barreira física, que separa com filetes curtos e estiletes longos. Heterostilia: ocorrência, nas flores, de estames com filetes curtos e estiletes longos Auto-esterilidade: neste caso, a flor é estéril ao pólen que ela mesma produziu.
  • 13. Entre as Gimnospermas a polinização é quase sempre anemófila. Especula-se que isso seja conseqüência do momento em que estas plantas evoluíram, quando não havia insetos especializados na coleta de pólen, como abelhas. A pequena variedade de meios de polinização neste grupo reflete-se na pouca variação morfológica de suas estruturas reprodutivas. Em contraste, entre as Angiospermas, o surgimento de flores coincidiu com o surgimento de abelhas, borboletas, mariposas, aves e mamíferos, e a estrutura reprodutiva destas plantas foi selecionada de forma a atrair estes animais, surgindo então uma miríade de formas, tamanhos, cores, aromas e texturas, cada uma de acordo com uma estratégia mais ou menos específica de atração de polinizadores.