1. DECon Departamento de Economia e Contabilidade da UNIJUÍ
Comentários referentes ao período entre 30/01 a 05/03/2009
Prof. Dr. Argemiro Luís Brum1
Daniel Claudy da Silveira2
1
Professor do DECon/UNIJUI, doutor em economia internacional pela EHESS de Paris-França,
coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA.
2
Acadêmico de Economia da UNIJUI, auxiliar administrativo junto ao DECon/UNIJUI.
ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560
BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL
FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br
2.
3. Cotações na Bolsa Cereais de Chicago - CBOT
Produto
GRÃO DE SOJA FARELO DE SOJA ÓLEO DE SOJA
TRIGO (US$/bushel) MILHO (US$/bushel)
(US$/bushel) (US$/ton. curta) (cents/libra peso)
Data
30/1/2009 9,80 311,00 32,73 5,68 3,79
2/2/2009 9,59 306,20 31,76 5,63 3,70
3/2/2009 9,46 301,80 31,53 5,52 3,61
4/2/2009 9,49 300,50 32,35 5,42 3,58
5/2/2009 9,80 308,00 33,05 5,61 3,71
Média 9,63 305,50 32,28 5,57 3,68
Bushel de soja e de trigo = 27,21 quilos bushel de milho= 25,40 quilos
Libra peso = 0,45359 quilo tonelada curta = 907,18 quilos
Fonte: CEEMA com base em informações da CBOT.
Médias semanais* (compra e venda) Média semanal dos preços recebidos
no mercado de lotes brasileiro - em pelos produtores do Rio Grande do
praças selecionadas (em R$/Saco) Sul
Var. % relação
SOJA milho soja trigo
média anterior Produto
(saco 60 Kg) (saco 60 Kg) (saco 60 Kg)
RS - Passo Fundo 52,60 -3,66
RS - Santa Rosa 52,00 -3,88
R$ 20,87 47,62 24,18
RS - Ijuí 52,00 -3,88
Fonte: CEEMA, com base em informações da
PR - Cascavel 48,10 -2,63
EMATER-RS.
MT - Rondonópolis 40,70 -7,75
MS - Ponta Porã 44,60 -3,25
Preços de outros produtos no RS
GO - Rio Verde (CIF) 44,50 -2,63
BA - Barreiras (CIF) 45,10 -1,74
Média semanal dos preços recebidos
Var. % relação
MILHO pelos produtores do Rio Grande do Sul
média anterior
Argentina (FOB)** 161,40 1,38
Paraguai (CIF)** 111,50 1,36
Produto 05/02/2009
Paraguai (FOB)** 141,00 6,42
RS - Erechim 22,20 -2,50
SC - Chapecó 21,70 0,93 Arroz em casca
PR - Cascavel 20,34 -4,73
(saco 60 Kg) 32,27
PR - Maringá 20,90 -0,95
MT - Rondonópolis 16,65 -3,48
Feijão (saco 60 Kg) 135,50
MS - Dourados 18,22 -3,09
SP - Mogiana 21,46 -2,28
Sorgo (saco 60 Kg) 16,10
SP - Campinas (CIF) 23,40 -3,94
Suíno tipo carne
GO - Goiânia 21,20 -1,40
(Kg vivo) 2,05
MG - Uberlândia 20,60 3,26
Leite (litro) cota-
Var. % relação
TRIGO*** média anterior
consumo (valor bruto) 0,53
RS - Carazinho 484,00 2,54
RS - Santa Rosa 484,00 3,42
Boi gordo (Kg vivo)* 2,62
PR - Maringá 550,00 2,42
(*) compreende preços para pagamento em 10
PR - Cascavel 540,00 1,12
e 20 dias
* Período entre 30/01 e 05/02/09
Fonte: CEEMA, com base em informações da
Fonte: CEEMA com base em dados da Safras
EMATER-RS.
& Mercado. ** Preço médio em US$ por
tonelada. *** Em Reais por tonelada
ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560
BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL
FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br
4.
5. Cotações na Bolsa Cereais de Chicago - CBOT
Produto
GRÃO DE SOJA FARELO DE SOJA ÓLEO DE SOJA
TRIGO (US$/bushel) MILHO (US$/bushel)
(US$/bushel) (US$/ton. curta) (cents/libra peso)
Data
6/2/2009 10,01 317,30 33,40 5,57 3,77
9/2/2009 10,02 313,80 34,23 5,65 3,77
10/2/2009 9,94 312,10 33,64 5,56 3,76
11/2/2009 9,78 305,70 33,18 5,43 3,68
12/2/2009 9,68 304,70 32,83 5,38 3,66
Média 9,89 310,72 33,46 5,52 3,73
Bushel de soja e de trigo = 27,21 quilos bushel de milho= 25,40 quilos
Libra peso = 0,45359 quilo tonelada curta = 907,18 quilos
Fonte: CEEMA com base em informações da CBOT.
Médias semanais* (compra e venda) milho soja trigo
Produto
no mercado de lotes brasileiro - em (saco 60 Kg) (saco 60 Kg) (saco 60 Kg)
praças selecionadas (em R$/Saco)
Var. % relação R$ 21,15 47,56 24,41
SOJA média anterior
Fonte: CEEMA, com base em informações da
RS - Passo Fundo 53,30 1,33
EMATER-RS.
RS - Santa Rosa 52,80 1,54
RS - Ijuí 52,80 1,54
Preços de outros produtos no RS
PR - Cascavel 48,60 1,04
MT - Rondonópolis 42,66 4,82
Média semanal dos preços recebidos
MS - Ponta Porã 44,70 0,22
pelos produtores do Rio Grande do Sul
GO - Rio Verde (CIF) 45,50 2,25
BA - Barreiras (CIF) 46,10 2,22
Produto 12/02/2009
Var. % relação
MILHO média anterior
Argentina (FOB)** 165,00 2,23
Arroz em casca
Paraguai (CIF)** 112,50 0,90
Paraguai (FOB)** 150,00 6,38 (saco 60 Kg) 32,20
RS - Erechim 22,00 -0,90
SC - Chapecó 22,65 4,38 Feijão (saco 60 Kg) 125,50
PR - Cascavel 19,46 -4,33
PR - Maringá 20,40 -2,39 Sorgo (saco 60 Kg) 16,75
MT - Rondonópolis 16,30 -2,10
Suíno tipo carne
MS - Dourados 18,10 -0,66
(Kg vivo) 1,86
SP - Mogiana 20,71 -3,49
Leite (litro) cota-
SP - Campinas (CIF) 22,80 -2,56
consumo (valor bruto) 0,53
GO - Goiânia 20,95 -1,18
MG - Uberlândia 20,15 -2,18
Boi gordo (Kg vivo)* 2,62
Var. % relação
TRIGO*** média anterior
(*) compreende preços para pagamento em 10
RS - Carazinho 495,00 2,27 e 20 dias
RS - Santa Rosa 495,00 2,27 Fonte: CEEMA, com base em informações da
PR - Maringá 570,00 3,64 EMATER-RS.
PR - Cascavel 560,00 3,70
* Período entre 06/02 e 12/02/09
Fonte: CEEMA com base em dados da Safras
& Mercado. ** Preço médio em US$ por
tonelada. *** Em Reais por tonelada
Média semanal dos preços recebidos
pelos produtores do Rio Grande do
Sul
6.
7. Cotações na Bolsa Cereais de Chicago - CBOT
Produto
GRÃO DE SOJA FARELO DE SOJA ÓLEO DE SOJA
TRIGO (US$/bushel) MILHO (US$/bushel)
(US$/bushel) (US$/ton. curta) (cents/libra peso)
Data
13/2/2009 9,55 297,70 33,00 5,35 3,63
16/2/2009 Feriado Feriado Feriado Feriado Feriado
17/2/2009 9,03 283,50 31,15 5,15 3,49
18/2/2009 8,87 277,40 30,42 5,10 3,49
19/2/2009 8,84 276,50 30,42 5,19 3,53
Média 9,07 283,78 31,25 5,20 3,54
Bushel de soja e de trigo = 27,21 quilos bushel de milho= 25,40 quilos
Libra peso = 0,45359 quilo tonelada curta = 907,18 quilos
Fonte: CEEMA com base em informações da CBOT.
Médias semanais* (compra e venda) milho soja trigo
Produto
no mercado de lotes brasileiro - em (saco 60 Kg) (saco 60 Kg) (saco 60 Kg)
praças selecionadas (em R$/Saco)
Var. % relação R$ 20,80 47,18 24,68
SOJA média anterior
Fonte: CEEMA, com base em informações da
RS - Passo Fundo 51,10 -4,13
EMATER-RS.
RS - Santa Rosa 50,60 -4,17
RS - Ijuí 50,60 -4,17
Preços de outros produtos no RS
PR - Cascavel 46,70 -3,91
MT - Rondonópolis 40,30 -5,53
Média semanal dos preços recebidos
MS - Ponta Porã 44,00 -1,57
pelos produtores do Rio Grande do Sul
GO - Rio Verde (CIF) 44,60 -1,98
BA - Barreiras (CIF) 44,40 -3,69
Produto 19/02/2009
Var. % relação
MILHO média anterior
Argentina (FOB)** 160,00 -3,03
Arroz em casca
Paraguai (CIF)** 112,50 0,00
Paraguai (FOB)** 150,00 0,00 (saco 60 Kg) 31,77
RS - Erechim 22,00 0,00
SC - Chapecó 22,65 0,00 Feijão (saco 60 Kg) 114,44
PR - Cascavel 19,25 -1,08
PR - Maringá 19,50 -4,41 Sorgo (saco 60 Kg) 16,75
MT - Rondonópolis 16,00 -1,84
Suíno tipo carne
MS - Dourados 17,75 -1,93
(Kg vivo) 1,84
SP - Mogiana 19,96 -3,62
Leite (litro) cota-
SP - Campinas (CIF) 21,53 -5,57
consumo (valor bruto) 0,54
GO - Goiânia 20,04 -4,34
MG - Uberlândia 19,85 -1,49
Boi gordo (Kg vivo)* 2,63
Var. % relação
TRIGO*** média anterior
(*) compreende preços para pagamento em 10
RS - Carazinho 495,00 0,00 e 20 dias
RS - Santa Rosa 495,00 0,00 Fonte: CEEMA, com base em informações da
PR - Maringá 570,00 0,00 EMATER-RS.
PR - Cascavel 560,00 0,00
* Período entre 13/02 e 19/02/09
Fonte: CEEMA com base em dados da Safras
& Mercado. ** Preço médio em US$ por
tonelada. *** Em Reais por tonelada
Média semanal dos preços recebidos
pelos produtores do Rio Grande do
Sul
8.
9. Cotações na Bolsa Cereais de Chicago - CBOT
Produto
GRÃO DE SOJA FARELO DE SOJA ÓLEO DE SOJA
TRIGO (US$/bushel) MILHO (US$/bushel)
(US$/bushel) (US$/ton. curta) (cents/libra peso)
Data
20/2/2009 8,62 270,00 30,22 5,19 3,50
23/2/2009 8,72 276,30 30,31 5,10 3,51
24/2/2009 8,81 278,80 30,51 5,15 3,54
25/2/2009 8,78 272,80 31,90 5,24 3,63
26/2/2009 8,69 269,00 31,64 5,14 3,62
Média 8,72 273,38 30,92 5,16 3,56
Bushel de soja e de trigo = 27,21 quilos bushel de milho= 25,40 quilos
Libra peso = 0,45359 quilo tonelada curta = 907,18 quilos
Fonte: CEEMA com base em informações da CBOT.
Médias semanais* (compra e venda) milho soja trigo
Produto
no mercado de lotes brasileiro - em (saco 60 Kg) (saco 60 Kg) (saco 60 Kg)
praças selecionadas (em R$/Saco)
Var. % relação R$ 20,29 46,06 24,31
SOJA média anterior
Fonte: CEEMA, com base em informações da
RS - Passo Fundo 49,38 -3,38
EMATER-RS.
RS - Santa Rosa 48,88 -3,41
RS - Ijuí 48,88 -3,41
Preços de outros produtos no RS
PR - Cascavel 43,71 -6,40
MT - Rondonópolis 38,05 -5,58
Média semanal dos preços recebidos
MS - Ponta Porã 40,63 -7,67
pelos produtores do Rio Grande do Sul
GO - Rio Verde (CIF) 42,88 -3,87
BA - Barreiras (CIF) 41,63 -6,25
Produto 26/02/2009
Var. % relação
MILHO média anterior
Argentina (FOB)** 150,00 -6,25
Arroz em casca
Paraguai (CIF)** 112,50 0,00
Paraguai (FOB)** 150,00 0,00 (saco 60 Kg) 31,03
RS - Erechim 20,94 -4,83
SC - Chapecó 22,63 -0,11 Feijão (saco 60 Kg) 103,13
PR - Cascavel 18,69 -2,92
PR - Maringá 18,83 -3,46 Sorgo (saco 60 Kg) 16,75
MT - Rondonópolis 15,38 -3,91
Suíno tipo carne
MS - Dourados 17,75 0,00
(Kg vivo) 1,86
SP - Mogiana 19,15 -4,06
Leite (litro) cota-
SP - Campinas (CIF) 21,18 -1,65
consumo (valor bruto) 0,54
GO - Goiânia 19,90 -0,70
MG - Uberlândia 19,44 -2,08
Boi gordo (Kg vivo)* 2,62
Var. % relação
TRIGO*** média anterior
(*) compreende preços para pagamento em 10
RS - Carazinho 495,00 0,00 e 20 dias
RS - Santa Rosa 495,00 0,00 Fonte: CEEMA, com base em informações da
PR - Maringá 565,00 -0,88 EMATER-RS.
PR - Cascavel 555,00 -0,89
* Período entre 20/02 e 26/02/09
Fonte: CEEMA com base em dados da Safras
& Mercado. ** Preço médio em US$ por
tonelada. *** Em Reais por tonelada
Média semanal dos preços recebidos
pelos produtores do Rio Grande do
Sul
10.
11. Cotações na Bolsa Cereais de Chicago - CBOT
Produto
GRÃO DE SOJA FARELO DE SOJA ÓLEO DE SOJA
TRIGO (US$/bushel) MILHO (US$/bushel)
(US$/bushel) (US$/ton. curta) (cents/libra peso)
Data
27/2/2009 8,74 275,80 30,85 5,10 3,50
2/3/2009 8,48 267,80 30,10 5,06 3,43
3/3/2009 8,63 271,70 30,19 4,90 3,43
4/3/2009 8,75 274,20 30,74 5,11 3,55
5/3/2009 8,62 268,80 30,44 5,04 3,49
Média 8,64 271,66 30,46 5,04 3,48
Bushel de soja e de trigo = 27,21 quilos bushel de milho= 25,40 quilos
Libra peso = 0,45359 quilo tonelada curta = 907,18 quilos
Fonte: CEEMA com base em informações da CBOT.
Médias semanais* (compra e venda) milho soja trigo
Produto
no mercado de lotes brasileiro - em (saco 60 Kg) (saco 60 Kg) (saco 60 Kg)
praças selecionadas (em R$/Saco)
Var. % relação R$ 19,47 43,68 24,53
SOJA média anterior
Fonte: CEEMA, com base em informações da
RS - Passo Fundo 47,20 -4,41
EMATER-RS.
RS - Santa Rosa 46,70 -4,45
RS - Ijuí 46,70 -4,45
Preços de outros produtos no RS
PR - Cascavel 43,83 0,27
MT - Rondonópolis 38,67 1,63
Média semanal dos preços recebidos
MS - Ponta Porã 39,00 -4,00
pelos produtores do Rio Grande do Sul
GO - Rio Verde (CIF) 39,90 -6,94
BA - Barreiras (CIF) 39,30 -5,59
Produto 04/03/2009
Var. % relação
MILHO média anterior
Argentina (FOB)** 150,40 0,27
Arroz em casca
Paraguai (CIF)** 111,00 -1,33
Paraguai (FOB)** 146,00 -2,67 (saco 60 Kg) 30,13
RS - Erechim 19,70 -5,91
SC - Chapecó 21,85 -3,43 Feijão (saco 60 Kg) 98,33
PR - Cascavel 18,00 -3,68
PR - Maringá 18,45 -1,99 Sorgo (saco 60 Kg) 15,55
MT - Rondonópolis 14,85 -3,41
Suíno tipo carne
MS - Dourados 17,40 -1,97
(Kg vivo) 1,64
SP - Mogiana 18,68 -2,45
Leite (litro) cota-
SP - Campinas (CIF) 20,58 -2,81
consumo (valor bruto) 0,54
GO - Goiânia 19,78 -0,60
MG - Uberlândia 19,25 -0,96
Boi gordo (Kg vivo)* 2,61
Var. % relação
TRIGO*** média anterior
(*) compreende preços para pagamento em 10
RS - Carazinho 494,00 -0,20 e 20 dias
RS - Santa Rosa 494,00 -0,20 Fonte: CEEMA, com base em informações da
PR - Maringá 565,00 0,00 EMATER-RS.
PR - Cascavel 555,00 0,00
* Período entre 27/02 e 05/03/09
Fonte: CEEMA com base em dados da Safras
& Mercado. ** Preço médio em US$ por
tonelada. *** Em Reais por tonelada
Média semanal dos preços recebidos
pelos produtores do Rio Grande do
Sul
12.
13. MERCADO DA SOJA:
As cotações da soja em Chicago, a partir do final de janeiro até hoje (05/03) acusaram
um recuo significativo. Após o bushel ter atingido a US$ 10,02 no dia 09/02, o mesmo
fechou esta quinta-feira (05) em US$ 8,62. Isso significa uma queda de 14% em menos
de um mês. A média de fevereiro ficou em US$ 9,28/bushel, após US$ 9,92 em janeiro.
O motivo da queda está no retorno das chuvas no sul do Brasil e a recomposição da
safra gaúcha, levando a produção brasileira para um volume projetado entre 55 e 57
milhões de toneladas, após 60,4 milhões no ano anterior. Na Argentina, onde a seca foi
uma das piores na história daquele país, a produção de soja está estimada em 41,2
milhões de toneladas, após projeção inicial de 50 milhões. Mesmo assim, o retorno das
chuvas em muitas regiões locais trouxe mais calma ao mercado.
Outro fator baixista internacionalmente continuou sendo a persistência da crise
econômico-financeira mundial, o que era previsto. Todavia, a mesma se aprofundou
neste último mês, confirmando recessão no mundo desenvolvimento e baixo
crescimento econômico nos países emergentes. No Brasil, por exemplo, se projeta um
crescimento de apenas 1,8% para 2009, contra um pouco mais de 4% que teria
ocorrido em 2008. Esta recessão geral reduz significativamente o consumo de petróleo,
fato que manteve os preços do barril ao redor de US$ 40,00 e mesmo abaixo disso.
Assim, os produtores dos EUA, mesmo diante da possibilidade de redução localizada
dos subsídios agrícolas, já indicam uma redução na área a ser semeada com milho em
favor da soja. As primeiras projeções apontam um aumento na área de soja entre 1% e
4% naquele país. Isso significa, em clima normal, uma produção muito parecida aos
mais de 80 milhões de toneladas desse último ano.
Nessas condições, a especulação em Chicago voltou a perder força nas últimas
semanas, auxiliando na queda das cotações em Chicago. E a tendência para as
semanas futuras, salvo surpresas, não parece mudar o quadro atual. Vale lembrar que
neste mês de março temos dois relatórios do USDA fundamentais. O primeiro, de
oferta e demanda, já bastante absorvido pelo mercado, será divulgado no dia 11/03. O
segundo, muito mais importante, sairá no dia 31/03 e tratará da intenção de plantio da
safra de verão nos EUA. É nesse relatório que teremos a confirmação ou não do
aumento na área de soja naquele país.
Afora isso, vale destacar que os produtores argentinos entraram em acordo com seu
governo, fato que elimina a possibilidade de paralisações na Argentina para os
próximos dias. Isso igualmente acalmou o mercado.
Paralelamente, os embarques dos EUA, na semana encerrada em 26/02, atingiram a
740.800 toneladas, acumulando um total de 22,37 milhões no ano comercial 2008/09,
contra 19,81 milhões no mesmo período do ano anterior. Porém, isso fez subir as
cotações apenas no curto prazo. Por enquanto, os prêmios no Golfo variam entre 64 e
67 centavos de dólar por bushel.
Por sua vez, os registros de exportação nos EUA, na semana encerrada em 26/02,
atingiram a 155.800 toneladas do grão de soja, acumulando no ano comercial 27,09
milhões de toneladas, contra 25,85 milhões em igual período do ano anterior. No farelo,
o acumulado é de 4,39 milhões de toneladas, contra 4,87 milhões no ano anterior e no
óleo de soja o total é de 380.900 toneladas, contra 727.400 toneladas no acumulado do
14. ano anterior. Nota-se que os derivados de soja têm muito menos volume registrado na
exportação, evidenciando os efeitos da crise econômica sobre o setor consumidor dos
mesmos.
Na Argentina, o plantio da soja está encerrado e a área total ficou em 16,9 milhões de
hectares, ou seja, um aumento de 1,8% sobre o ano anterior. Todavia, a forte seca
derrubará a produção, como salientamos acima.
Na Europa, o pellets de soja no CIF Rotterdam, terminaram a primeira semana de
março valendo US$ 337,00/tonelada para o produto argentino e US$ 345,00/tonelada
para o produto brasileiro. No final de janeiro tais preços valiam respectivamente US$
385,00 e US$ 388,00 para o mês de março. Isso representa um recuo de 12,5% e
11,1% respectivamente.
Ainda tem termos mundiais, vale destacar que o comércio mundial de canola e colza
deverá somar 11,6 milhões de toneladas entre julho de 2008 e junho de 2009.
No mercado brasileiro, mesmo com o câmbio chegando a R$ 2,44 em alguns dias
desta primeira semana de março, no geral o mesmo oscilou entre R$ 2,25 e R$ 2,40
nas últimas seis semanas. Assim, diante de um Chicago em queda, os preços da soja
aos produtores nacionais igualmente recuaram. O balcão gaúcho, que na última
semana de janeiro praticava R$ 47,60/saco, terminou a primeira semana de março em
R$ 43,68. Ou seja, um recuo de quatro reais por saco em cinco semanas. Nos lotes, os
preços oscilaram entre R$ 46,50 e R$ 47,00/saco no dia 05/03 contra R$ 52,00 a R$
52,50 em 30/01. Nas demais praças do país, o comportamento foi idêntico, com os
preços agora em março fechando a primeira semana do mês entre R$ 38,50 em
Barreiras (BA) e R$ 44,05/saco em Cascavel (PR).
Em geral, se mantendo a projeção de safra que se tem no momento, os preços da soja,
no forte da colheita, podem recuar ainda mais. No Rio Grande do Sul, em abril/maio
poder-se-á assistir preços entre R$ 35,00 e R$ 40,00/saco no balcão.
Até o dia 27/02 a comercialização da nova safra havia sido feita em 30%, contra 45%
na mesma semana do ano anterior. A média histórica no período é de 37%. Ou seja, os
produtores, na expectativa de preços melhores, podem ter deixado passar uma
oportunidade interessante no final de janeiro, quando os preços se aproximaram e
mesmo atingiram novamente os R$ 50,00/saco. No Rio Grande do Sul havia sido
negociado apenas 6% da safra prevista, contra 14% na média. No Paraná, 10% contra
22%; no Mato Grosso 52% contra 59%; no Mato Grosso, 52% contra 59%; no Mato
Grosso do Sul 26% contra 39%; na Bahia 30% contra 47%; em Minas Gerais 36%
contra 40%; em São Paulo, 14% contra 18%. Apenas em Goiás a percentagem é a
mesma da média histórica, ou seja, 39%. (cf. Safras & Mercado)
Quanto a colheita, até o dia 27/02 a mesma atingia a 18% do território nacional
semeado com soja, contra 16% no ano anterior na mesma época. O Paraná já havia
colhido 20%, o Mato Grosso 37%, o Mato Grosso do Sul 18%, Goiás 28%, São Paulo
14% e Minas Gerais 1%. Com exceção desse último, nos demais Estados onde a
colheita já se desenvolvia a percentagem é superior à média histórica, anunciando que
a mesma está avançada. Aliás, no Mato Grosso a mesma já deveria ter ultrapassado
os 50% senão fosse o excesso de chuvas.
15. Enfim, os prêmios nos portos brasileiros variaram, nesta primeira semana de março,
entre 75 e 80 centavos de dólar por bushel, com exceção de Rio Grande onde os
mesmos ficaram entre 45 e 55 centavos.
A tendência é de um mercado pressionado pela colheita, com preços mais baixos caso
Chicago continue a ceder ou se mantenha nos atuais níveis e o câmbio permaneça
entre R$ 2,20 e R$ 2,40 por dólar.
Para o Rio Grande do Sul a produção final está agora projetada em 8,3 milhões de
toneladas segundo a iniciativa privada, enquanto a Emater aponta 7,5 milhões. No
Paraná o volume colhido pode chegar a 10 milhões de toneladas, enquanto no Mato
Grosso espera-se 16,7 milhões de toneladas.
A produção brasileira de farelo de soja, no ano fev/09 a jan/10, chegaria a 25 milhões
de toneladas, com exportações em 13,3 milhões. A moagem de soja ficaria em 32,5
milhões de toneladas no país. Já a produção de óleo de soja chegaria a 6,18 milhões
de toneladas no ano em questão, sendo 1,9 milhão exportadas. O Brasil espera
igualmente exportar 24 milhões de toneladas de grãos de soja, contra 24,7 milhões no
ano anterior.
MERCADO DO MILHO:
As cotações do milho em Chicago obedeceram ao mesmo comportamento da soja
neste período em que estivemos ausentes. Após terem atingido a US$ 3,79/bushel no
dia 30/01, fecharam o dia 05/03 em US$ 3,49/bushel, com a média de fevereiro ficando
em US$ 3,61/bushel, contra US$ 3,90 em janeiro.
Mesmo com a possibilidade de uma redução na área a ser semeada nos EUA (atenção
para o relatório de intenção de plantio no dia 31/03), as cotações do cereal pouco
reagiram nos últimos dias. Na verdade, há uma clara noção de que o uso de milho para
etanol deverá recuar neste ano devido a forte queda nos preços do petróleo. Com isso,
haveria um volume maior do cereal para outros consumos, fato que poderia compensar
o recuo na produção.
Para agravar a situação, o mês de março iniciou com a notícia de que a gripe aviária
teria surgido no Reino Unido, fato que trouxe o preço local para US$ 160,00/tonelada,
complicando as exportações do cereal sul-americano para aquele destino já que esse
era o preço FOB solicitado por aqui.
Enquanto o mundo não conseguir engatar uma recuperação econômica, o que parece
um tanto distante, o mercado para as commodities em geral se mostrará difícil e com
tendência de baixa. Nesse sentido, o petróleo continuará balizando o comportamento
das commodities agrícolas negociadas em bolsas.
No mercado argentino, o plantio foi concluído em fevereiro e a área total ficou em 3,4
milhões de hectares. Isso representa um recuo de 19% em relação ao ano anterior.
Considerando a seca que se abateu sofre o vizinho país, a oferta de milho argentino
será diminuta neste ano, fato que eliminaria boa parte da concorrência regional ao
16. milho brasileiro exportado. A mesma está projetada em 13 milhões de toneladas, para
exportações da ordem de 6,5 milhões, contra 14 milhões de toneladas no ano anterior.
Assim, os preços da tonelada de milho FOB na Argentina fecharam a primeira semana
de março em US$ 152,00, contra US$ 160,00 no dia 30/01. Ou seja, mesmo com a
possibilidade concreta de menor oferta local, os preços recuaram. No Paraguai,
igualmente atingido pela seca, os preços do cereal se mantiveram ao redor de US$
110,00/tonelada.
No Brasil, os preços voltaram a recuar diante da entrada da nova safra. Assim, mesmo
com uma quebra confirmada de quase 20% na média gaúcha, onde a produção total
deverá ficar ao redor de 4,2 milhões de toneladas, acompanhada de quebra no oeste
catarinense e paranaense, além do sul do Mato Grosso do Sul, os preços do cereal
não encontram sustentação. A produção nacional deverá cair para 52 milhões de
toneladas, porém, diante dos estoques remanescentes do ano anterior, haverá sobra
de produto.
Na prática, embora as exportações nacionais tenham melhorado em dezembro e
janeiro passados, batendo em 1,2 milhão de toneladas em cada mês, o volume final
exportado no último ano comercial, encerrado em 31/01/2009, ficou ao redor de 7,3
milhões de toneladas. Ou seja, aquém dos 11 a 12 milhões necessários. Com isso, os
estoques de passagem ficaram entre 4 a 5 milhões de toneladas (os mais altos dos
últimos 10 anos, embora menores do que o inicialmente projetado). Nestas condições,
e diante de um consumo interno menor devido ao desaquecimento da economia
mundial e nacional, projeta-se um estoque de passagem para 2009 ainda maior, ao
redor de 7 a 8 milhões de toneladas já que as exportações poderão diminuir nos
próximos meses (o mês de fevereiro já teria registrado um volume de apenas 750.800
toneladas exportadas). Nesse contexto, muita coisa irá se definir com a futura safrinha,
a qual deve ter menor área em função dos baixos preços e de custos de produção
ainda elevados.
Efetivamente, no Centro-Sul brasileiro a tendência continua sendo de uma queda ao
redor de 10% na área semeada com a safrinha de milho. Atualmente, a mesma estaria
plantada em 21,6% da área esperada (4,3 milhões de hectares). No Paraná, que
cultiva 1,48 milhão de hectares do cereal, o plantio atinge 38%. Em Mato Grosso, que
tem área estimada de 1,5 milhão de hectares, o plantio está 44% completo. Goiás
registra área cultivada de 14%, nos 399.000 hectares previstos. São Paulo indica área
cultivada de 5%, enquanto em Mato Grosso do Sul o plantio está 7% concluído. (cf.
Safras & Mercado)
Quanto a colheita da atual safra de verão, a mesma teria atingido 25% no Centro-Sul
brasileiro, sendo 45% no Rio Grande do Sul e 60% no oeste do Paraná.
Nesse contexto, os preços do milho aos produtores, nesta primeira semana de março,
fecharam, na média gaúcha, em R$ 19,47/saco, contra R$ 20,76/saco na última
semana de janeiro. Nos lotes, os preços terminaram a semana entre R$ 14,75/saco em
Rondonópolis (MT) e R$ 21,75/saco em Chapecó (SC). No norte gaúcho os mesmos
ficaram em R$ 19,50/saco. Na exportação, a tonelada teria ficado em US$ 154,00,
porém, sem negócios confirmados.
17. Com o aumento da colheita e as dificuldades de escoamento, a tendência continua
sendo preços mais baixos, se aproximando dos valores mínimos oficiais em algumas
regiões do país. Uma melhoria nos mesmos poderá ocorrer no último trimestre do ano,
particularmente se a safrinha acusar problemas de plantio e/ou de clima.
Por outro lado, o governo continua a realizar leilões de contrato de opção de venda. No
dia 27/02 foram negociadas 76,7% da totalidade disponibilizada. No leilão deste dia
05/03 foram negociadas 100% das 200.000 toneladas disponibilizadas no Mato
Grosso. O prêmio ficou em R$ 0,90/saco.
Enfim, a semana terminou com as importações, no CIF indústrias brasileiras, valendo
R$ 34,25/saco para março, para o produto dos EUA, e R$ 30,43/saco para o produto
argentino. Para abril, o produto do vizinho país está cotado em R$ 30,14/saco. Na
exportação, o transferido via Paranaguá registra valores de R$ 20,82/saco para março;
R$ 21,03 para abril; R$ 21,15 para maio; R$ 21,75 para junho; R$ 21,65 para julho, R$
22,33 para agosto; R$ 22,42 para setembro e R$ 22,51/saco para outubro. (cf. Safras
& Mercado)
MERCADO DO TRIGO:
As cotações do trigo em Chicago US$ 5,68/bushel no dia 30/01, baterem em US$ 5,88
na média de janeiro, recuaram para US$ 5,34/bushel na média de fevereiro e fecharam
o dia 05/03 em US$ 5,04, após terem alcançado apenas US$ 4,90/bushel no dia 03/03.
O mercado deste cereal igualmente está depressivo, não havendo indicações de
melhorias nos preços mundiais diante da forte recuperação da oferta. O relatório de
oferta e demanda do USDA, previsto para o dia 11/03, é esperado com interesse, pois
tende a confirmar o quadro.
Paralelamente, a Austrália aponta para uma safra de 22,1 milhões de toneladas em
2009/10, superando em 3,3% a anterior. Já as inspeções de exportação dos EUA
atingiram a 235.785 toneladas na semana encerrada em 26/02, após 281.913
toneladas na semana anterior.
As novas projeções para a futura safra dos EUA indicam um volume de 57,7 milhões
de toneladas, ficando portanto bem abaixo das 68 milhões de toneladas estimadas em
2008/09. Tal realidade já é consequência do atual mercado baixista que não estimula o
plantio.
Já as vendas líquidas dos EUA, na semana encerrada em 26/02, ficaram em 285.200
toneladas, contra 465.400 toneladas na semana anterior. O maior comprador individual
foi a Coréia do Sul, com 69.000 toneladas, seguida do México, com 46.700 toneladas.
Na Argentina, onde a seca destruiu cerca de 50% dos trigais, os preços FOB variam
entre US$ 215,00 e US$ 220,00/tonelada. A produção local ficou em apenas 8,4
milhões de toneladas, deixando um saldo exportável de tão somente 3 milhões de
toneladas, restando hoje apenas 1,2 milhão de toneladas disponível.
18. Já no Uruguai a safra de trigo foi excelente, alcançando 1,3 milhão de toneladas e
deixando um saldo exportável de 800.000 toneladas. Destas, metade estaria sendo
destinada ao Brasil, fato que segura por mais tempo a esperada recuperação nos
preços do cereal em nosso país.
Dito isso, os preços no Brasil confirmam a recuperação na medida em que há escassez
de produto de qualidade superior e os moinhos começam a retornar na ponta
compradora. Assim, o balcão gaúcho praticou, na média desta primeira semana de
março, um valor de R$ 24,53/saco, contra R$ 24,08 no final de janeiro. Porém, é no
preço dos lotes que o aumento se faz mais sentir, embora tal movimento seja esperado
para fins de março. Desta forma, no mercado gaúcho os lotes fecharam a semana de
março em R$ 490,00/tonelada, o equivalente a R$ 29,40/saco. No final de janeiro
passado, a mesma tonelada era negociada a R$ 480,00. Já no Paraná, os lotes
subiram para R$ 555,00 a R$ 565,00/tonelada, equivalendo a R$ 33,30 e R$
33,90/saco. No final de janeiro, os mesmos entre R$ 540,00 e R$ 550,00/tonelada.
Assim, paulatinamente os preços do trigo ganham força na medida em que avança a
entressafra. Todavia, diante dos custos de produção e do risco, tal aumento pode não
ser estimulante para muitos produtores, forçando uma redução na futura área
semeada. A questão que irá jogar, nesse caso, será o ganho indireto do trigo no que
tange à diluição dos custos da soja.
Vale destacar que os preços nacionais do trigo arrefeceram em sua alta,
particularmente na segunda metade de fevereiro, porque os produtores foram
obrigados a vender rapidamente o produto estocado em função da entrada da safra de
verão. Com isso, a oferta de trigo cresceu, freando a alta dos preços. Porém, a
tendência de médio prazo continua altista no Brasil.
Esse quadro tem estimulado o governo brasileiro a cogitar uma nova isenção da TEC
(hoje em 10%) para o produto importado de países de fora do Mercosul. Obviamente, o
setor produtivo nacional se posiciona contra a medida, gerando uma queda de braço
política.
Enfim, a semana terminou com as importações, no CIF Sudeste brasileiro, valendo
US$ 307,13/tonelada para o produto oriundo dos EUA (equivalente a R$ 43,86/saco no
dia 05/03); US$ 264,88/tonelada para o produto da Argentina (equivalente a R$
37,82/saco) e US$ 267,00/tonelada para o produto do norte do Paraná (equivalente a
R$ 38,13/saco).