Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Inovações de empreendedorismo
1. INOVAÇÕES DE EMPREENDEDORISMO
Dessa forma, os empreendedores que estão dispostos a investir nas ideias de outros estão, na
verdade, comprando um conhecimento que não possuem e estão também se associando a um
grupo de empreendedores que investem na mesma marca ou bandeira. No entanto estes
empreendedores ficam limitados aos padrões, à estética, ao comportamento e à criação dos
donos da franquia. Estes empreendedores podem até tentar inovar em alguns aspectos que
envolvem o seu negócio, mas essa não é a regra.
Assim, as pessoas que têm um perfil empreendedor, mas que gostam de estar livres para
inovar e desenvolver suas próprias ideias devem pensar duas vezes antes de se tornarem
empreendedores através destes tipos de negócios, pois pode ser bastante frustrante não
poder dar suas contribuições e mudar algumas coisas em um negócio que, afinal de contas,
também é seu.
Por outro lado, os próprios donos de franquias deveriam buscar ser mais inovadores. Sugiro
que eles procurem adotar modelos de gestão da inovação que permitam que os franqueados
participem dos processos de inovação dos negócios. Afinal, as próprias franquias em um
primeiro momento foram inovadoras por terem criado algo que atraiu outros
empreendedores dispostos a investir na sua rede. Ou seja, em um primeiro momento, eles
foram inovadores, mas depois querem engessar o modelo porque acreditam ser esta uma
fórmula de sucesso que não deve ser alterada.
No entanto alguns empreendedores sem perfil inovador param de estudar e de buscar novos
conhecimentos ao atingirem o nível de sucesso que eles esperavam chegar, passando a uma
acomodação natural do ser humano. Há também os inovadores que acham que a inovação é
um fim em si mesmo.
A Inovação tem sido destacada como a grande força propulsora e renovadora das empresas e,
consequentemente, do crescimento sustentável das nações. O fato de “fazer diferente” é
reconhecido por todos como algo que proporciona uma posição de destaque junto aos
clientes, fornecedores e a sociedade, gerando, com isso, valor econômico para as
organizações.
Inovar, pragmaticamente, é transformar ideias novas em resultados sustentáveis, ou seja,
consiste no justo equilíbrio entre criatividade e processos para geração de valor. Em termos de
criatividade, o Brasil tem um diferencial oportuno em comparação com outros países. É, ao
2. mesmo tempo, o país da biodiversidade e da etnodiversidade. É uma nação multicultural e
linguisticamente unida - diferente da Europa, por exemplo -, em que o respeito e admiração da
diferença, de forma geral, prevalecem. Por outro lado, o Brasil tem, também, um enorme
desafio, que consiste na própria inserção efetiva desta diversidade no contexto organizacional.
Para mencionar um único e bastante revelador dado, no Brasil, menos de 27% dos cientistas
atualmente trabalham em projetos ligados a empresas. Nos Estados-Unidos, país que viu
nascerem empresas como Cisco, Xerox, Google, Apple, Facebook, entre outras grandes
marcas, 80% dos pesquisadores são inseridos em trabalhos empresariais. Na Correia do Sul,
que acelerou de forma exemplar seu crescimento nas últimas duas gerações, este mesmo
número é de 77%.
O Brasil tem um cenário empreendedor interessante que o coloca como país de destaque no
mundo. Porém, este destaque está mais ligado ao tamanho da população empreendedora do
que pelo planejamento empreendedor. Infelizmente por aqui essa atividade ainda acontece
mais no sentido de um da necessidade e não de oportunidade, e com muito pouco conteúdo
inovador.
Os dados da PINTEC (Pesquisa de Inovação Tecnológica) coletados pelo IBGE, demonstram que
o protagonismo privado nos investimentos em inovação e, consequentemente, na cultura do
risco como contrapartida da oportunidade, ainda é baixo. Efetivamente, a porcentagem total
de investimentos privados em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) no Brasil é de
0,55% do PIB, contra 1,87% nos Estados Unidos e 2,45% na Correia do Sul.
Naturalmente, não se deve utilizar de tais dados para autenticar que o país estacionou a
inovação. No Paraná, por exemplo, tem se incentivado e verificado um esforço cada vez maior
de desenvolvimento da inovação por meio de parcerias. Redes internas e externas de parceria,
que decorrem do incentivo ao trabalho interno em rede (potencializado pela chamada web
2.0), e pela busca constante pela aproximação de empresa-empresa, universidade-empresa,
ONG-empresa e governo-empresa, têm sido decisivas para o fortalecimento da cultura de
empreendedorismo inovador no Estado.
Entre os esforços que estão propulsionando o Paraná em termos de referência para o Brasil
em inovação, e que tem despertado o interesse de outros países, está a iniciativa da Federação
das Indústrias do Paraná (Fiep), com a criação do C2i - Centro Internacional de Inovação
(www.c2i.org.br). A abordagem do C2i para acelerar o desenvolvimento do setor produtivo do
Estado, consiste em propor que “inovar é transformar conhecimentos novos em resultados
sustentáveis”, e que a gestão da inovação está na “capacidade sistemática e estratégica de
inovar”. Apontando, portanto, para dois pilares essenciais e em constante equilibro desta
disciplina: a Cultura da Inovação, e os Processos de Inovação.
Cinco Lições para Promover o &Empreendedorismo de Inovação pela
PricewaterhouseCoopers [Inglês]
Por Marcus Erb
3. Baixar o Artigo [Inglês]
“Por que restringiríamos a solução do problema a 12 pessoas em volta de uma mesa
quando temos 30.000 pessoas em 78 unidades em todo o país que poderiam estar nos
ajudando?” — Mitra Best, Líder de Inovação nos Estados Unidos,
PricewaterhouseCoopers
Os líderes na PricewaterhouseCoopers, a empresa mundial de contabilidade e presente
sete vezes na lista de 100 Melhores Lugares para Trabalhar da FORTUNE, estão
constantemente em busca de criar uma mão-de-obra inovadora e empreendedora. O
esforço para criar esse modelo de inovação contínua trouxe crescimento e receita. Nesse
processo, seus trabalhos para colaborar e capacitar os funcionários ajudaram a criar um
ambiente de trabalho ainda melhor.
Na Conferência Great Place to Work®de 2011, em Denver, a Líder de Inovação da PwC
nos EUA, Mitra Best, contou como ela e a empresa criaram um escritório de inovação
de classe mundial através de 160.000 funcionários motivadores e inspiradores para
desafiar o status quo e levar a empresa adiante.
Este artigo ressalta cinco lições práticas da PricewaterhouseCoopers que podem ser
aplicadas em qualquer ambiente de trabalho.
A ImportâNcia Da InovaçãO Para O Empreendedorismo
Presentation Transcript
· 1. A Importância da Inovação Para o Empreendedorismo Prof. Marcelo Bárcia
www.profbarcia.com
· 2. Por Que a Inovação é tão importante para as empresas na atualidade ?
o Segundo a Wikipedia : “ Inovação significa novidade ou renovação. A palavra é
derivada dos termos em latinos novus (novo) e innovatio (algo criado novo) e
se refere à uma idéia, método ou objeto que é criado e que pouco se parece
com padrões anteriores” (2009)
· 3. A realidade do cenário atual:
o O ambiente empresarial vive um cenário marcado:
o Pela competição acirrada;
o Globalização ;
o Mudanças rápidas e buscas e...
o ...dificuldades em encontrar vantagens competitivas sobre concorrência.
· 4. Neste sentido...
o As Inovações podem auxiliar empresas e empreendedores na obtenção dessas
vantagens.
o Porém, é fácil ser Inovador ?
4. o Certamente, não. Não é só uma questão de visão extraordinária ou de excesso
de criatividade de alguns Dirigentes, Empreendedores e Colaboradores.
· 5. A Criação de um ambiente favorável à Inovação:
o Uma organização inovadora permite e incentiva a participação de toda à sua
equipe;
o Uma organização inovadora é flexível em sua gestão;
o Uma organização inovadora desenvolve espaços formais para a participação e
envolvimento de todos.
· 6. Portanto, podemos afirmar que...
o A Inovação depende do envolvimento e vontade da direção da empresa;
o É preciso disseminar, independente do porte ou setor, o conceito de Inovação
dentro da empresa;
o É preciso valorizar (até premiar) as idéias e sugestões inovadoras.
· 7. O Que Ganha a Empresa Inovadora?
o Além, das famosas Vantagens Competitivas sobre a concorrência. A empresa
inovadora certamente gera um bem-estar e satisfação maior para
Empreendedores e Colaboradores e isso já ajuda muito na criação de um
ambiente inovador.
ransformando o ambiente organizacional com a Inovação e o
Intra-empreendedorismo
Haroldo de Oliveira Costa
Analista de Sistemas com Especialização em Gestão e Tecnologia da
Informação e MBA em Gestão de Negócios pelo Ietec. Gerente de Tecnologia
da Informação da Mineração Lapa Vermelha Ltda., Fazenda Lapa Vermelha.
RESUMO
Este artigo procura demonstrar a importância da Inovação e do Intra-empreendedorismo
para as organizações modernas que operam no ambiente da economia globalizada e de
concorrência assídua. Por meio de pesquisa bibliográfica e estudos de outros artigos
levantaram-se aspectos importantes da inovação e do intra-empreendedorismo como
fatores de transformação nas organizações, destacando os processos de implantação e
desenvolvimento destes dois pilares de desenvolvimento. A inovação é o resultado da
criatividade e o processo de inovação se constitui da idéia, a sua implementação e o
resultado esperado. O Intra-empreendedorismo é o desenvolvimento de atividades
empreendedoras no âmbito interno das organizações.
Palavras-Chave: Ambiente Organizacional, Inovação e Intra-Empreendedorismo.
5. Inovação e Intra-empreendedorismo
As organizações modernas estão atuando fortemente na área da Inovação e do Intra-empreendedorismo
como fatores de diferencial competitivo para suas atividades, já que
em uma economia globalizada a concorrência e a dificuldade de alcançar novos
mercados são pontos críticos para o crescimento do negócio. Mercados que há alguns
anos atrás eram restritos para poucas empresas hoje sofrem a pressão de novos
concorrentes.
A expressão inovação está cada vez mais presente nos estudos da área de administração
e aliado a ela a atividade empreendedora, que antes estava focada na criação de novos
negócios e agora se volta para o interior das empresas, como um novo perfil das
atividades e funções intrínsecas dos colaboradores.
A inovação pode ser percebida de várias formas nas organizações: novos produtos,
remodelagem de produtos já existentes, novos processos internos, novas formas de
atendimento a clientes, etc.
“A constante invenção de soluções pode ser percebida não somente como obra do
homem, mas também como fórmula da natureza. O estudo da história mostra que de
maneira geral, estar em transformação é uma das poucas coisas constantes nos sistemas.
Percebe-se que sistemas que nunca se reinventam, transformam e adaptam tendem ao
desaparecimento no curso do tempo”, Carlos Amorim Lavieri, 2005, USP.
O intra-empreendedorismo é o trabalho do empreendedor dentro das corporações, o que
torna as pessoas intra-empreendedoras agentes da inovação, motivando a inovação e a
evolução constante das organizações. “O empreendedorismo é um processo pelo qual se
fazem algo novo (criativo) e algo diferente (inovador) com a finalidade de gerar riqueza
para indivíduos e agregar valor para a sociedade”, Gina Paladino, 2006, FIEP.
A aplicação destes dois pontos de evolução nas organizações passa por etapas de
mudanças da cultura organizacional e do perfil dos colaboradores. Mudança na cultura
organizacional com a adoção de meios para a valorização da inovação no ambiente da
empresa, e mudança do perfil dos colaboradores com o incentivo e adoção do perfil
empreendedor dos mesmos, criando assim um ambiente inovador e empreendedor. Para
Schumpeter, produzir a Inovação e principalmente liderar (garantir) a implementação
destas inovações nos processos produtivos era o papel exercido por aqueles que ele
chamou então de empreendedores (SHUMPETER, 1982).
Estas mudanças serão os novos pilares para as organizações inovadoras e atualizadas.
"A empresa que se recusa a ser criativa, não aprimorando os seus produtos e sua
estrutura, ou não estando atenta a novas descobertas desenvolvidas em outras partes do
mundo, está fadada a ser superada rapidamente." Roberto Duailibi, 1990.
Criação do ambiente Inovador com o Intra-Empreendedorismo
Como transformar o ambiente das organizações para uma cultura empreendedora e
inovadora? Esta é a grande questão a ser avaliada pelos gestores das organizações
modernas.
6. A primeira consideração que devemos fazer é com relação às características dos
colaboradores da organização, que devem estar voltadas para o empreendedorismo e
assim seja praticado o intra-empreendedorismo e por conseqüência as idéias surjam na
organização. Para a elevação desta característica devemos desenvolvê-la através de
cursos e a organização deve abrir espaço para a criatividade dos indivíduos e das
equipes, incentivando o surgimento de intra-empreendedores e empreendedores
corporativos. Pinchot percebeu que o empreendedor descrito por Schumpeter não era
apenas aquele indivíduo que constrói uma empresa, mas também aquele que dentro das
estruturas corporativas existentes age de modo inovador e se responsabiliza por
implementar as invenções necessárias aos mais variados processos. (PINCHOT, 1978).
A gestão da empresa também deve ser considerada como ponto importante, já que as
mudanças na cultura da empresa para uma valorização do intra-empreendedorismos
devem vir da alta direção das organizações, que deve apoiar as mudanças e implementar
ações de gestão e compensação das inovações. A alta direção deve delegar poderes para
as mudanças e também definir limites, pois será instalado um ambiente de liberdade
para inovação na organização. Os gerentes devem assumir uma posição de
“patrocinadores” dos intra-empreendedores, dando-lhes apoio e uma direção na
organização. Muitas vezes as organizações perdem oportunidades de melhorar sua
competitividade porque a cultura empresarial, essencialmente avessa a mudanças,
estimulava aquelas pessoas dentro da organização que seriam potenciais
empreendedores a desistir dos projetos ou abandonar as empresas para implementá-las.
Métodos de incentivo aos intra-empreendedores e as inovações também são fatores que
facilitam a cultura inovadora nas empresas, motivando os colaboradores nas inovações e
no desenvolvimento do potencial intra-empreendedor. Alguns métodos de incentivos
como prêmios, bônus, aumento de salário, promoção e também o reconhecimento
público, são aplicados nos sistemas de gestão da inovação como incentivo e
mantenedores do processo de inovação nas organizações.
Outros fatores também são importantes e devem ser considerados para a criação do
ambiente inovador e do desenvolvimento do intra-empreendedorismo nas organizações:
• A disciplina para tratar da inovação e dos seus processos, para que não se desvie dos
objetivos de implantação de um sistema de Gestão de Inovação e intra-empreendedorismo
nas organizações;
• Criar uma cultura do aprendizado e da pesquisa na organização para a evolução
constante e busca de novos conhecimentos e técnicas para as organizações;
• Flexibilidade para mudanças, provocadas pelas inovações e para a implantação do
sistema de gestão da inovação;
• Tolerância aos riscos e erros que podem vir de inovações e idéias empreendedoras, o
risco calculado deve ser estimulado e acompanhado para evitar problemas que
desestimulem novas tentativas de inovação;
• Criação de ambiente diferenciado para equipes que trabalhem com a inovação e com
pesquisa;
O processo de inovação e aplicação do intra-empreendedorismo nas organizações deve
ser organizado para que tenha apoio dos colaboradores e sua participação contínua,
assim a cultura inovadora se propaga pela organização e os colaboradores vão criando
um perfil empreendedor. O processo como um todo deve ser tratado, do surgimento da
idéia (tradução), da sua avaliação de viabilidade, implementar idéias e avaliar
7. resultados, não esquecendo sempre do reconhecimento dos trabalhos.
Liderança Intra-empreendedora.
As organizações modernas participam de mercados voláteis e competitivos onde o
aumento das vendas torna-se cada vez mais difícil e existe uma dificuldade em se obter
vantagens sobre os concorrentes, devido a estes fatores a inovação que advém de uma
capacidade intra-empreendedora dos colaboradores será o diferencial para obter lucros e
vantagens competitivas.
A liderança das organizações terá um papel decisivo para a mudança da cultura interna,
fomentando a inovação e o perfil empreendedor internamente.
Um líder que propicie a inovação deve valorizar seus subordinados por suas idéias,
permitir uma liberdade para exposição e desenvolvimento de idéias, serem parceiro no
desenvolvimento de inovações, assumirem riscos, compartilhar conhecimentos e
estimular a criação. “Aqui as pessoa são desconfortavelmente estimuladas a ir além da
função específica de seu cargo”, afirma Luiz Ernesto Gemignani, presidente da Promon.
A liderança empreendedora será o diferencial para a criação de equipes inovadoras e
intra-empreendedoras.
Empresas Inovadoras
As empresas “Inovadoras” já trabalham com o intra-empreendedorismo e desenvolvem
a cultura da inovação nos seus ambientes internos, para isto viram que não era
necessário apenas investir em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e sim mudar suas
culturas. Atualmente nestas empresas existe todo um ambiente voltado para a inovação,
a gerência da empresa, os grupos de pesquisas, grupos multidisciplinares para estudos,
sistema de motivação e premiação de inovações, sistema de gerência da inovação e do
conhecimento.
Exemplos clássicos como a 3M umas das recordistas em registro de patentes em todo o
mundo, onde existem sistemas sofisticados para a inovação, a Gillete que tem dentro da
uma linha de testes dos produtos pelos colaboradores e que está sempre inovando da
frente dos concorrentes, a inovação também vem por meio de serviços como a GOL que
inovou na forma de serviços prestados aos clientes e também no público alvo de seus
serviços.
Temos que salientar aqui que a inovação e o intra-empreendedorismo não estão
presentes somente nas grandes corporações, está também em organizações de pequeno e
médio porte, onde o ambiente e a própria origem são propícios a estas atividades.
Conclusão
Atualmente o perfil empreendedor das pessoas é visto como uma característica de suma
importância, não só para a vida pessoal como também para o ambiente organizacional
nos quais elas estão inseridas. Este perfil é o gerador de inovações nas organizações
8. modernas, que já enxergaram este diferencial empreendedor e o potencial das inovações
para alavancarem os seus negócios.
Organizações tradicionais com uma administração fechada e não inovadora estão
caminhando para um futuro incerto onde os mercados estarão em mudanças contínuas e
em evolução constante, abertos a novas idéias e altamente competitivos.
Os gestores serão os responsáveis para a mudança do perfil das organizações e pela
conquista de novos caminhos para um futuro no mercado globalizado e competitivo,
estando sempre abertos a inovação e ao novo perfil de colaboradores empreendedores.
No futuro as empresas inovadoras com profissionais intra-empreendedores estarão
presentes no mercado e com uma força a mais em relação a seus concorrentes,
tornando-as competitivas e preparadas para atuarem nos mercados em evolução. E além
do mais a economia mundial vive um período de valorização do conhecimento, com a
inovação e o intra-empreendedorismo tende-se a valorizar este bem das organizações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DRUCKER, P. Inovação e Espírito Empreendedor. São Paulo, Pioneira, 1987 5º Ed.
LAVIERI, Carlos Amorim; MELLO, Álvaro. Estímulos ao Processo de inovação,
associados ao intra-empreendedorismo. Em: SEMEAD, 2005, São Paulo. anais do VI
SEMEAD, 2005.
Disponível em
<http://www.ead.fea.usp.br/semead/8semead/resultado/trabalhosPDF/399.pdf> Acesso
em Outubro de 2008.
LEAL, Wilson L.M. Apostila Gestão da Inovação. IETEC: Setembro / 2008.
POLIGNANO, Luiz Castanheira. Apostila Gestão da Inovação. IETEC: Setembro /
2008.
MARQUES, Davi; RICCI, Fábio; MOLINA, Vera Lúcia Ignácio. Intra-
Empreendedorismno e Sua Relação com o Desenvolvimento Regional. Disponível em
< http://www.inicepg.univap.br/INIC_2006/epg/06/EPG00000428_ok.pdf> Acesso em
Outubro de 2008.
SBRAGLIA, Roberto (Coordenador). Inovação: Como vencer esse desafio empresarial.
São Paulo, Clio Editora, 2006.
PALADINO, Gina. Artigo EMPREENDORISMO DENTRO DA EMPRESA,
22/09/2006. Disponível em <http://www.indicadoresjoinville.com.br/conteudo_1.asp?
idmenu=127&idconteudo=594> Acesso em Outubro de 2008.
SCHUMPETER, Joseph Alois. A Teoria do Desenvolvimento Econômico : uma
investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril
Cultural, 1982.
9. PINCHOT, G.; PINCHOT, E. S. Intra-Corporate Entrepreneurship Fall, 1978
ROBERTO, Duailibi, JR., Harry Simonsen. Criatividade e Marketing. McGraw-Hill:
1990.
novação, Processo Criativo e Empreendedorismo
· Empreendedorismo Social , Especiais, Sustentabilidade
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· 11 de outubro de. 2009
Autor: Giórgio de Jesus da Paixão*
Conhecimento é a matéria-prima das novas idéias. O individuo criativo é alguém com
bagagem de conhecimentos, mas isso não basta. A verdadeira chave para se tornar
criativo está no que se faz com o conhecimento. São as atitudes que definirão se o
indivíduo é mais ou menos criativo e é em torno das suas atitudes que o empreendedor
desenvolve e amplia seu potencial criativo, bem como de seus colaboradores (CHER,
2008).
Criatividade vem de criar, que significa “dar origem a”, “produzir”, “inventar”. É o
processo que resulta no surgimento de um novo produto, serviço ou comportamento,
aceito como útil, satisfatório ou de valor em algum momento. Assim, criar será inovar, e
não haverá campo no qual a inovação não possa produzir efeitos, seja no modo de
pensar, de agir, não agir, falar, trabalhar, entregar ou distribuir. (…) Onde houver um
padrão e um costume haverá possibilidade de inovação, pois sempre será possível
quebrá-los. Onde houver conhecimento será possível inovar, a partir do seu rearranjo
(Cher, 2008, pág. 204)
A fim de despertar esse espírito criativo no ser humano é necessário antes, romper com
uma barreira interna inerente ao ser humano, a certeza que de que não há mais nada
novo a ser criado e que já não exista no cotidiano das pessoas e das empresas. Como já
visto, o empreendedorismo rompe com o este paradigma possibilitando ao ser humano,
infindáveis oportunidades de recriar não somente ao seu ambiente, mas a toda uma
sociedade é uma idéia de melhoria contínua.
Outro aspecto importante é relativo à atenção do empreendedor à sua inovação. Se você
lançar uma inovação e não se mantiver atento e ligado a ela, a mensagem que ficará
para todos é que tal inovação não é importante nem para você, tampouco para seus
funcionários e para a empresa (CHER, 2008).
Desta forma,
Para haver inovação é preciso criatividade. Toda definição pertinente de criatividade
inclui o elemento essencial de novidade. Criamos quando descobrimos e exprimimos
uma idéia, um produto, um serviço ou uma forma de comportamento que seja nova em
certo grupo social (Cher, 2008, pág. 203).
10. Quando encontramos soluções constantes para os problemas, construímos novos
produtos, definimos novas perguntas em determinado campo então utilizamos a
criatividade empreendedora.
O mundo tem passado por várias transformações em curtos períodos de tempo,
principalmente no século XX, quando foi criada a maioria das invenções que
revolucionaram o estilo de vida das pessoas. Geralmente, essas invenções são frutos de
inovação, de algo inédito ou de uma nova visão de como utilizar coisas já existentes,
mas que ninguém antes ousou olhar de outra maneira. Por trás dessas invenções,
existem pessoas ou equipes de pessoas com características especiais que são visionárias,
questionam, arriscam, querem algo diferente, fazem acontecer e empreendem. Os
empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular,
apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser
reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado. Uma vez
que os empreendedores estão revolucionando o mundo, seu comportamento é o próprio
processo empreendedor devem ser estudados e entendidos (DORNELAS, 2005).
Referências:
CHER, Rogerio. Empreendedorismo na veia : um aprendizado constante. Rio de
Janeiro: Elsevier; SEBRAE, 2008. 228 p.
DORNELAS, José Carlos Assis,. Empreendedorismo: transformando idéias em
negócios. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2005. 293 p.
*Giórgio de Jesus da Paixão é graduado do curso de Administração Pública da
UDESC/ESAG. Atualmente é colaborador do SENAI.
INOVAÇÕES TECNOLOGICA
Inovação tecnológica é um termo aplicável a inovações de processos e de produtos 1 . De modo
geral, é toda novidade implantada pelo o setor produtivo, por meio de pesquisa ou
investimentos, e que aumenta a eficiência do processo produtivo ou que implica um novo ou
aprimorado produto, de acordo com o Manual de Oslo, elaborado pela Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
Tipos
Inovação Tecnológica de Produto
Inovação de Produtos tecnologicamente novos, são produtos cujas características
tecnológicas ou usos pretendidos diferem daqueles dos produtos produzidos
anteriormente. Tais inovações podem envolver tecnologias radicalmente novas e podem
basear-se na combinação de tecnologias existentes em novos usos, ou podem ser
derivadas do uso de novo conhecimento.
Inovação de Produtos tecnologicamente aprimorados, são produtos existentes cujos
desempenhos tenham sido significativamente aprimorados ou elevados. Um produto
simples pode ser aprimorado (em termos de melhor desempenho ou menor custo)
11. através de componentes ou materiais de desempenho melhor, ou um produto complexo
que consista em vários subsistemas técnicos integrados pode ser aprimorado através de
modificações parciais em um dos subsistemas.
Inovação Tecnológica de Processo
Inovação tecnológica de processo é a adoção de métodos de produção novos ou
significativamente melhorados, incluindo métodos de entrega dos produtos. Tais
métodos podem envolver mudanças no equipamento ou na organização da produção, ou
uma combinação dessas mudanças, e podem derivar do uso de novo conhecimento. Os
métodos podem ter por objetivo produzir ou entregar produtos tecnologicamente novos
ou aprimorados, que não possam ser produzidos ou entregues com os métodos
convencionais de produção, ou pretender aumentar a produção ou eficiência na entrega
de produtos existentes2 .
Teorias da Inovação
Em sua obra A extinção dos Tecnossauros, Nicola Nosengo oferece uma visita guiada
com o intuito de aproveitar os fracassos, que são momentos de crise de um sistema, para
evidenciar os lugares-comuns nos quais se baseia nossa percepção da inovação
tecnológica configurando a tecnologia como um fator natural que deve ser explicado por
uma ciência humana. A técnica de inovação só é levada a sério pelos humanistas e
explorada pelas ciências sociais quando ocorre o surgimento dos meios eletrônicos e
sistemas relacionados à informática. Várias metáforas foram exploradas pelos
estudiosos para tentar pensar o processo da tecnologia, após ignorá-la como ciência
durante dois mil anos. 3
Metáfora da Caixa-Preta
Enquanto economistas como Lionel Robbins excluíam a técnica da mudança
tecnológica de seus campos, o teórico Joseph Schumpeter estudou os processos
tecnológicos distinguindo invenção (atividade do cientista, técnico ou inventor) e
inovação (atividade do empreendedor que mercantiliza a invenção). Apesar dessa
distinção ter sido o destaque de sua análise na época, é observado que ela limitou o
conhecimento de onde surgem as novas tecnologias e como prevalecem no tempo.
Segundo Schumpeter, "a inovação é possível sem o que chamamos invenção, e a
invenção não necessariamente comporta uma inovação [...] entre o processo social que
dá lugar às invenções e aquele que dá lugar às inovações não existe uma relação
recíproca." Nosengo afirma que a inovação é o motor principal da invenção, pois ela é
externa ao sistema econômico. Ele também define progresso econômico como a
incorporação de recursos produtivos em novos usos, retirando-os de seu uso original.
Schumpeter também criou a definição de "destruição criadora", onde um produto
inovador destrói um equilíbrio para originar um novo e superior no sentido tecnológico,
desestabilizando o sistema capitalista e, ao mesmo tempo, assegurando a ordem. No
período pós-guerra, teóricos dividiram-se em dois ideais:
· Technological Push (Impulso Tecnológico): Posicionam o avanço do conhecimento
científico como base para inovação e excluem a possibilidade da demanda do público
oferecer alguma influência sobre o desenvolvimento tecnológico.
12. · Market Pull (Impulso do mercado): Defendem que as empresas buscam satisfazer a
demanda do mercado oferecendo uma resposta para seus problemas.
Ambas as concepções se devem a Nathan Rosenberg, autor de Dentro da caixa-preta,
1991. O autor cita em sua obra o exemplo da ciência metalúrgica, quando a tecnologia
definitivamente impulsionou a ciência. O conceito de demanda é insustentável, porém
também não se pode afirmar que o desenvolvimento da ciência interfere diretamente no
desenvolvimento de tecnologias. Técnica e mercado evoluem simultaneamente.
Metáfora dos Tecidos, redes e costuras
Possui raízes no campo da sociologia e história, tendo uma atitude mais controvertida
que a economia em relação à técnica. Sociólogos do século XX adotaram visões
simplistas e realizaram pesquisas em sua maioria a respeito dos "efeitos" que a
tecnologia produz sobre a sociedade e vice-versa. Os pensadores se interessaram por
muito tempo apenas no estudo da difusão das tecnologias, sem propor o entendimento
de como e por que elas surgiram. Porém, há uma distinção temporal entre invenção e
difusão: A maioria dos objetos técnicos se modificam a partir de sua difusão e de que
forma é realizada. Já a História relatou muitas vezes a tecnologia apenas como
contribuição dos inventores, sem compreender sua complexidade e seus atributos.
Participantes da Associação Europeia para o Estudo da Ciência e da Tecnologia, em
1982, propusaram uma visão de "construção social" da tecnologia, eliminando a teoria
do inventor e posicionando as interações sociais como principal fonte de formação de
um objeto técnico. Essa teoria ocasionou o surgimento de contribuições
complementares à sua tese, como a coletânea de ensaios The social construction of
technological systems, em 1989, que reúne manifestos de um novo gênero de estudo
sobre a tecnologia, o SCOT (Social Construction of Technology). A abordagem da
técnica era sintetizada em três pontos fundamentais:
· Recusa da figura do inventor individual como conceito central.
· Recusa do determinismo tecnológico (concepção de tecnologia como agente
modificador da sociedade)
· Recusa da distinção entre aspectos técnicos, sociais, políticos e econômicos do
desenvolvimento tecnológico.
A metáfora do "tecido sem costura" explica a união dessas dimensões da atividade
humana. O modelo de desenvolvimento tecnológico proposto por Trevor Pinch e Wiebe
Bijker se dá através da relação: 'grupo social relevante' > apresentação de um 'problema'
> proposta de 'solução'. Não é necessário resolver efetivamente os problemas, e sim
chegar a um encerramento retórico, no qual os grupos relevantes vêem o problema
como resolvido. Michel Callon e Bruno Latour fundam a teoria da tecnociência baseada
na metáfora da rede, na qual a tecnologia conecta aspectos sociais e técnicos, sem a
possibilidade de os distinguir ou hierarquizar inteiramente.
Correio pneumático e carro elétrico
O caso do correio pneumático, que desapareceu das grandes cidades onde existiu por
muitas décadas, mostra que “grandes sistemas podem ser considerados verdadeiramente
concretizados apenas quando atingem um ponto provisório de não retorno.” O caso da
13. recorrentemente frustrada espera pelo carro elétrico ilustra que não se entra duas vezes
no mesmo rio da tecnologia, pois “aquele carro elétrico permaneceu uma promessa não
cumprida”.
Videophone IMG 1107-white
O fracasso do videofone ressalta que “a ausência de imagem é uma qualidade e não uma
limitação do telefone.” A inexistência do carro voador é vista como evidência de que
“os grandes sistemas técnicos precisam de um complexo aparato legislativo e logístico
para funcionar, e é esse fator, só em parte influenciável pelo progresso técnico, o
decisivo”.
As batalhas entre o CD e o velho vinil, o long playing, ilustram que “nenhuma indústria,
por mais unida e bem organizada que seja, pode impor uma inovação.” O caso da
longevidade da fita cassete ilustra uma “espécie de hierarquia informal, pois ela se
aproxima, mais do que o disco, de uma tecnologia de rede, no sentido de que sua
utilidade depende em maior medida da sua difusão, de sua "troca" no interior de uma
trama de relações sociais.”
A televisão, o empreendimento econômico do Japão no pós-guerra, as características da
escrita em uso no extremo Oriente, a evolução do mercado telefônico no Ocidente, o
aparecimento de instituições transnacionais para a padronização de aparelhos
eletrônicos configuraram a “primavera tardia do fax.”
Um exame do estabelecimento de padrões mostra como as regras do jogo da
concorrência podem se modificar e como a afirmação de um padrão pode “ser
determinada mais pelas expectativas sobre o futuro do que pelas considerações sobre o
presente.”
Metáforas para uma teoria da inovação
As limitações e mesmo as controvérsias relatadas no livro podem ser melhor percebidas
quando se chega ao último capítulo. O autor desenvolve ali uma breve apresentação de
“metáforas para uma teoria da inovação”, após o desfile no qual seu faro de perdigueiro
soube identificar e apontar a heterogeneidade do mundo em que se configuram “redes
sem costura”.
Talvez o uso mais intenso e explícito destas mesmas metáforas durante a descrição dos
casos tornasse despertasse mais atenção ao revelar um anseio por uma “verdadeira
essência da tecnologia”, o que leva Nicola Nosengo a concluir o livro singularizando o
que considera “provavelmente o mais ambicioso esforço realizado até agora para
14. modelar e compreender o processo de inovação”, mas um esforço que parece trazer em
seu bojo, tal qual um cavalo de Troia, marcações e separações pretensamente universais
que o restante do livro tanto ajuda a afastar.
A Inovação Tecnológica na Indústria Brasileira
Através da chamada Lei de Inovação Tecnológica 4 , o governo brasileiro pretende
estimular a criação de ambientes especializados e cooperativos de inovação entre
empresas e instituições científicas e tecnológicas. A Lei, de 2 de dezembro de 2004, se
organiza em torno de três vertentes5 :
· Constituição de ambiente propicio às parcerias estratégicas entre as universidades,
institutos tecnológicos e empresas.
· Estimulo à participação de instituições de ciência e tecnologia no processo de
inovação.
· Incentivo à inovação na empresa.6 .
Apoio à pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica
O Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações tem como
objetivos estimular o processo de inovação tecnológica, incentivar a capacitação de
recursos humanos, fomentar a geração de empregos e promover o acesso de pequenas e
médias empresas a recursos de capital, de modo a ampliar a competitividade da
indústria brasileira de telecomunicações, nos termos do art. 77 da Lei n° 9.472, de 16 de
julho de 1997.
Instituído pela Lei nº 10.052, de 28 de novembro de 2000, o fundo tem como agentes
financeiros o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a
Empresa Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
O Funttel é administrado por um Conselho Gestor, constituído por representantes dos
Ministérios das Comunicações, da Ciência, Tecnologia e Inovação, do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), do BNDES, e da Finep7 .
Tipos de Inovação
Inovação Incremental
Reflete pequenas melhorias contínuas em produtos ou em linhas de produtos.
Geralmente, representam pequenos avanços nos benefícios percebidos pelo consumidor
e não modificam de forma expressiva a forma como o produto é consumido ou o
modelo de negócio.
Exemplo: evolução do CD comum para CD duplo, com capacidade de armazenar o
dobro de faixas musicais8 .
Inovação Radical
15. Representa uma mudança drástica na maneira que o produto ou serviço é consumido.
Geralmente, traz um novo paradigma ao segmento de mercado, que modifica o modelo
de negócios vigente.
Exemplo: evolução do CD de música para os arquivos digitais em MP39 .
A Dinâmica da Inovação
De um modo geral, as empresas são o centro da inovação. É por meio delas que as
tecnologias, invenções, produtos, enfim, ideias, chegam ao mercado. A grande maioria
das grandes empresas possuem áreas inteiras dedicadas à inovação, com laboratórios de
pesquisa e desenvolvimento (P&D) que contam com diversos pesquisadores. Apesar
deste papel central exercido pelas empresas, a interação entre parceiros é fundamental.
Sem ela, as inovações são dificultadas.
As empresas são o centro da inovação. É por meio delas que as tecnologias, invenções,
produtos, enfim, ideias, chegam ao mercado.
Esses parceiros têm diversas funções, desde a realização externa de pesquisa e de
desenvolvimento de produtos e processos, até a aplicação de investimentos ou
subsídios, passando por desenvolvimento de prototipação, de pesquisa de mercado e de
escalonamento de produção. Dessa forma, um conjunto de instituições formam o que
conhecemos como sistema de inovação: universidades, centros de pesquisa, agências de
fomento, investidores, governo e empresas com seus clientes, fornecedores,
concorrentes ou outros parceiros.
Uma tendência que está se tornando cada vez mais forte é um modelo inovação aberta
(ou open innovation), onde as empresas vão buscar fora de seus centros de P&D ideias e
projetos que podem ajudá-las a agregar diferenciais competitivos.
Inovação tecnológica é toda a novidade implantada pelo o setor produtivo, por meio de
pesquisas ou investimentos, que aumenta a eficiência do processo produtivo ou que
implica em um novo ou aprimorado produto. De acordo com o manual de Oslo,
elaborado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE),
inovação tecnológica pode ser de produto ou de processo, conforme a seguir:
- Inovação de Produtos tecnologicamente novos, são produtos cujas características
tecnológicas ou usos pretendidos diferem daqueles dos produtos produzidos
anteriormente. Tais inovações podem envolver tecnologias radicalmente novas e podem
basear-se na combinação de tecnologias existentes em novos usos, ou podem ser
derivadas do uso de novo conhecimento.
- Inovação de Produtos tecnologicamente aprimorados, são produtos existentes cujos
desempenhos tenham sido significativamente aprimorados ou elevados. Um produto
simples pode ser aprimorado (em termos de melhor desempenho ou menor custo)
através de componentes ou materiais de desempenho melhor, ou um produto complexo
que consista em vários subsistemas técnicos integrados pode ser aprimorado através de
modificações parciais em um dos subsistemas.
16. - Inovação tecnológica de processo é a adoção de métodos de produção novos ou
significativamente melhorados, incluindo métodos de entrega dos produtos. Tais
métodos podem envolver mudanças no equipamento ou na organização da produção, ou
uma combinação dessas mudanças, e podem derivar do uso de novo conhecimento. Os
métodos podem ter por objetivo produzir ou entregar produtos tecnologicamente novos
ou aprimorados, que não possam ser produzidos ou entregues com os métodos
convencionais de produção, ou pretender aumentar a produção ou eficiência na entrega
de produtos existentes.
No âmbito do Ministério das Comunicações, a principal ferramenta de apoio à Inovação
Tecnológica é o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações
(Funttel), fundo setorial para inovação no setor de telecomunicações, criado pela Lei
10.052/2000.
No que diz respeito à inovação tecnológica, 2013 foi um ano de poucas mudanças: a
Apple manteve os dispositivos já conhecidos, a maior parte apenas atualizados em
diferentes cores e com telas mais nítidas. As empresas dos media sociais disputaram os
melhores filtros de fotos, e Silicon Valley ofereceu pequenas interações sobre os
produtos existentes. No entanto, 2014 promete ter muito mais para oferecer.
Uma das novidades tecnológicas do novo ano passa pelos relógios, que já têm vindo
a mostrar evoluções notáveis. Estes aparelhos irão assumir novas formas e funções,
elevando-se a um novo nível: os "smartwatches". Daqui em diante será possível ligar os
novos "relógios inteligentes" aos já conhecidos "smartphones", criando uma nova
categoria de computação. Com esta associação será possível atender chamadas, ouvir
músicas e realizar muitas outras tarefas através do relógio. Estes aparelhos serão
capazes de contar os batimentos cardíacos e até registar o exercício físico diário.
Sony e Samsung já lançaram as seus produtos neste segmento. Os analistas preveem que
a Apple lance este ano o seu "smartwatches".
Os telemóveis de 2014 irão parecer muito semelhantes aos de agora, sofrendo apenas
alterações no tamanho e no peso, ou seja, tornando-se mais finos e mais leves. Os
softwares também serão mais "inteligentes": em vez de ter de estar a olhar para o
telemóvel o tempo todo, o "gadget" informa-lo-à quando precisa de olhar.
A aplicação Foursquare fará ainda mais sucesso, informando-o quando estiver perto de
locais que pode querer visitar, e o Twitter e o Facebook irão aconselhá-lo sobre quem
deve congratular se, por exemplo, muitos dos seus amigos estiverem a enviar os
parabéns a uma pessoa.
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
Transferência de tecnologia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Transferência de tecnologia (tecnologia: grego: τεχνολογία; transferência: latim:
transferre = transferir) é a transferência de conhecimento técnico ou cientifico (por
exemplo: resultados de pesquisas e investigações científicas) em combinação com
17. fatores de produção. Pode ser entendido como processo de tornar disponível para
indivíduos, empresas ou governos habilidades, conhecimentos, tecnologias, métodos de
manufatura, tipos de manufatura e outras facilidades. Esse processo tem como objetivo
assegurar que o desenvolvimento científico e tecnológico seja acessível para uma gama
maior de usuários que podem desenvolver e explorar a tecnologia em novos produtos,
processos aplicações, materiais e serviços.
Índice
· 1 Brasi l
o 1.1 Tipos de contrato
· 2 Ver também
· 3 Referências
Brasil
No Brasil para que uma contratação tecnológica surta determinados efeitos econômicos,
o contrato deve ser avaliado e averbado pelo Instituto Nacional da Propriedade
Industrial (INPI). O INPI define1 o contrato de transferência de tecnologia como o
comprometimento entre as partes envolvidas, formalizado em um documento onde
estejam explicitadas as condições econômicas da transação e os aspectos de caráter
técnico. Por disposição legal devem ser averbados/registrados pelo INPI todos os
contratos que impliquem transferência de tecnologia, sejam entre empresas nacionais,
ou entre empresas nacionais e sediadas ou domiciliadas no exterior, assim entendidos os
de licença de direitos (exploração de patentes e de desenho industrial e uso de marcas),
os de aquisição de conhecimentos tecnológicos (fornecimento de tecnologia e prestação
de serviços de assistência técnica e científica) e os contratos de franquia.
Tipos de contrato
O INPI prevê2 seis tipos de contrato: Exploração de Patente, Exploração de Desenho
Industrial, Uso de Marca, Fornecimento de Tecnologia, Prestação de Serviços de
Assistência Técnica e Científica, e Franquia. No entanto, há acordos que fogem desse
padrão, por se tratarem de transferência de tecnologia protegida na forma de segredo
industrial, como é o caso das propostas finalistas que concorrem no Projeto FX-2.
Exploração de Patente (EP)
Contratos que objetivam o licenciamento de patente concedida ou pedido de patente
depositado no INPI. Nos contratos que envolvem patentes as formas de pagamento
usualmente negociadas são: valor fixo por unidade vendida e percentual incidente sobre
o preço líqüido de venda. Os pedidos de patentes ainda não concedidos não farão jus a
remuneração. Quando a patente for concedida a empresa deverá solicitar alteração do
Certificado de Averbação, retroagindo a remuneração à data do início da licença. As
licenças de exploração de patentes são averbáveis no máximo pelo prazo de vigência
desses privilégios.
Exploração de Desenho Industrial (DI)
18. Contratos que objetivam o licenciamento de desenho industrial concedido ou pedido de
desenho industrial depositado no INPI. Os contratos de Licença de Desenho Industrial
deverão conter o número do pedido ou do desenho industrial, o título e as condições
relacionadas à exclusividade ou não da licença e permissão para sublicenciar. Nos
contratos que envolvem desenho industrial as formas de pagamento usualmente
negociadas são: valor fixo por unidade vendida e percentual incidente sobre o preço
líqüido de venda.
Os pedidos de desenho industrial ainda não concedidos não farão jus a remuneração.
Quando o desenho industrial for concedido, a empresa deverá solicitar alteração do
Certificado de Averbação, retroagindo a remuneração à data do início da licença.
Uso de Marca (UM)
Nos contratos que envolvem marcas as formas de pagamento usualmente negociadas
são: valor fixo por unidade vendida e percentual incidente sobre o preço líqüido de
venda. Nesses contratos a remuneração só é possível após o registro da marca. Os
pedidos de marcas ainda não registrados não farão jus à remuneração. Quando o pedido
virar registro, a empresa deverá solicitar alteração do Certificado de Averbação.
Fornecimento de Tecnologia (FT)
Contratos que objetivam a aquisição de conhecimentos e de técnicas não amparados por
direitos de propriedade industrial, destinados à produção de bens industriais e serviços.
Esses contratos deverão conter uma identificação perfeita dos produtos e/ou processos,
bem como o setor industrial em que será aplicada a tecnologia.
As remunerações e as formas de pagamento são estabelecidas de acordo com a
negociação contratual, devendo ser levados em conta os níveis de preços praticados
nacional e internacionalmente em contratações similares. As formas de pagamento mais
usuais negociadas nesse tipo de contrato são valor fixo por unidade vendida e percentual
sobre o preço líquido de venda.
O prazo deve estar relacionado à necessidade de capacitação da empresa, e em geral são
averbados por um prazo máximo de 5 (cinco) anos, passível de renovação por igual
período desde que apresentadas as justificativas cabíveis.
Prestação de Serviços de Assistência Técnica e Científica (SAT)
Contratos que estipulam as condições de obtenção de técnicas, métodos de
planejamento e programação, bem como pesquisas, estudos e projetos destinados à
execução ou prestação de serviços especializados. São passíveis de registro no INPI os
serviços relacionados a atividade fim da empresa, assim como os serviços prestados em
equipamentos e/ou máquinas no exterior, quando acompanhados por técnico brasileiro
e/ou gerararem qualquer tipo de documento, como por exemplo, relatório. Os contratos
são registrados pelo prazo previsto para a realização do serviço ou a comprovação de
que os mesmos já foram realizados
Franquia (FRA)
Contratos que se destinam à concessão temporária de direitos que envolvam uso de
marcas, prestação de serviços de assistência técnica, combinadamente ou não, com
qualquer outra modalidade de transferência de tecnologia necessária à consecução de
19. seu objetivo. A remuneração dos contratos estipulam usualmente taxa de franquia (valor
fixo pago no início da negociação); taxa de royalties (percentual sobre o preço líquido
de vendas); taxa de publicidade (percentual sobre vendas), além de outras taxas.
Tranferência de Tecnologia
Patentes
Softwares
Marcas
Direitos Autorais
Cultivares
Dados USP
Tranferência de Tecnologia
Como Solicitar
A transferência de tecnologia entre empresas e instituições de pesquisa tem sido
impulsionada devido à crescente importância do conhecimento para o avanço
tecnológico e competitividade.
Com foco em tecnologias geradas no âmbito acadêmico, a transferência de tecnologia
trata-se de “um processo que consiste de várias etapas, que inclui a revelação da
invenção, o patenteamento, o licenciamento, o uso comercial da tecnologia pelo
licenciado e a percepção dos royalties pela universidade” (Ritter e Solleiro (2004,
p.787).
O desenvolvimento das tecnologias pode ser realizado por meio de duas perspectivas: a
inovação guiada pela ciência (Science Driven Innovation), segundo a qual os resultados
de pesquisa mostram-se aplicáveis e promissores de tal forma que podem gerar negócios
com base nas invenções. Também pode ocorrer a inovação guiada pelo mercado
(Market Driven Innovation), em que as demandas das empresas é que orientam
interfaces de processos inovativos podendo ser desenvolvida entre a academia e o setor
industrial.
Essas duas perspectivas estão presentes no mais moderno conceito de inovação aberta, o
qual tem se difundido amplamente no século XXI, propagado especialmente por
especialistas como Henry Chesbrough (2006). A referência desta proposição é a de que
o maior resultado em inovação em quaisquer setores, especialmente o industrial, advém
da utilização de recursos internos e externos a partir de redes de colaboração. Nesse
contexto, o potencial da pesquisa acadêmica é reforçado, sendo a universidade também
um agente do desenvolvimento econômico.
Na Universidade de São Paulo, o processo de transferência de tecnologia pode ocorrer
por meio dos licenciamentos dos pedidos de patente/patente, contratos de transferência
de know-how, exploração de marcas, direitos autorais e convênios (onde são
desenvolvidas demandas da empresa em conjunto com a universidade). Além das
formas tradicionalmente acadêmicas envolvendo publicações, eventos e formação de
pessoal qualificado.
Para promover a transferência de tecnologia, a Agência USP de Inovação desenvolve
diligências da inovação, visando priorizar os ativos com maior potencial de
transferência e identificar potenciais parceiros para a exploração das tecnologias.
20. Veja abaixo as etapas do processo completo de transferência de tecnologia:
1. Invenções entrantes:
A partir de novas invenções apresentadas à Agência USP de Inovação são realizados
dois processos de diligência.
1.1 Diligência da Aplicabilidade de formas de proteção
É realizada uma análise criteriosa respeitando os preceitos legais das diferentes formas
de proteção às criações e determinada a forma específica para registro. Em alguns casos
é até mesmo possível combinar duas formas de proteção como, por exemplo, um pedido
de patente e marca.
1.2 Diligência do valor inovativo e potencial de mercado
Paralelamente ao processo de proteção da tecnologia, a Agência USP Inovação procede
uma análise técnica do valor inovativo, considerando impactos para adoção da
tecnologia, seu estágio de desenvolvimento e tempo estimado para aplicabilidade em
processos da indústria. Para identificar o potencial de mercado são estudados produtos
similares, posicionamento da tecnologia na cadeia produtiva e potenciais empresas
interessadas.
O resultado dessas diligências permite a indicação do efetivo mecanismo de proteção da
tecnologia e a estratégia de comercialização a ser adotada. Especialmente para a
diligência mencionada no item 1.2, há um Comitê interno de análise que procede a
indicação da abordagem do mercado para busca de oportunidades de transferência de
tecnologia.
Essas iniciativas incluem parcialmente ou totalmente as seguintes ações de acordo com
o perfil de cada tecnologia: manutenção do pedido de patente no banco de patentes da
USP, contatos eletrônicos para rede de contatos e organizações externas afins e
abordagem direta com empresas do respectivo segmento industrial.
São três os principais canais de transferência de tecnologia: licenciamento, empresas
nascentes e disponibilização das tecnologias via domínio público.
Licenciamento
Da ciência para o mercado
As tecnologias geradas no âmbito da Universidade são apresentadas ao mercado para
exploração comercial por intermédio de:
· contato direto com potenciais parceiros da Agência USP de Inovação: empresas,
entidade de classes, organizações governamentais e não governamentais.
· prospecção de novos contatos e indicação dos inventores.
· publicação no site da Agência USP de Inovação no Banco de Patentes
Após a verificação de possíveis interessados é aberto um diálogo balizado no interesse
da Universidade, Empresa e Sociedade. Este diálogo tem o objetivo de fornecer
informações para elaboração de um modelo de licenciamento que pode ser:
21. · exclusivo – é a modalidade de licenciamento em que a empresa detentora da
licença é a única que pode explorar a patente ou parte desta de acordo com as
condições acordadas em contrato.
· não exclusivo – é a modalidade de licenciamento em que poderá existir mais de
uma empresa detentora da licença de exploração da patente ou parte desta de
acordo com as condições acordadas em contrato.
Definido o modelo e suas condições gerais é realizada a formalização da exploração
seguindo legislação Brasileira vigente.(veja mais)
Demanda do mercado
Quando a demanda tecnológica é apresentada pela iniciativa privada e desenvolvida em
conjunto com a universidade por meio de convênios, a propriedade intelectual gerada
será em regime de co-titularidade e a empresa terá prioridade na sua exploração.(ver
mais)
Desta forma, o modelo de licenciamento é negociado diretamente entre a empresa e a
Agência USP de Inovação que buscará o equilíbrio entre o interesse de todas as partes
envolvidas: Universidade, Empresa e Sociedade.
Domínio Público
Todas as tecnologias que não são protegidas pelos instrumentos legais existentes:
propriedade industrial,direito autoral, software, cultivares entre outros ou tiveram o
período de registro da proteção extintos são de domínio público.
Estas tecnologias são disponibilizadas para uso da sociedade livremente podendo ser
acessadas por meio dos artigos, teses, dissertações (consulte a Biblioteca Digital da
USP), patentes extintas ou indeferidas.
De posse das informações, caso ainda exista a dificuldade na aplicação da tecnologia,
pode ser firmado um acordo por meio de um contrato de transferência de tecnologia, em
que as equipes de pesquisadores da Universidade poderão assessorar sua
implementação.
Os contratos de transferência de tecnologia não têm como objeto a exclusividade de
exploração da tecnologia, por este motivo não existe a necessidade de editais, contudo,
as condições de contrato seguem, em linhas gerais, o que se pratica nos casos de
licenciamento de pedidos de patente/patente, conforme mencionado acima. (veja mais).
Empresas Nascentes
A universidade, enquanto geradora de conhecimento e novas tecnologias aplicáveis,
oportuniza o surgimento de novas empresas que irão, efetivamente, oferecer produtos e
serviços à sociedade.
Para implementar tecnologias desenvolvidas na universidade e prover bens e serviços à
sociedade podem ser criadas empresas que também são conhecidas por spin-out. No
contexto acadêmico, a spin-out é uma empresa que pode ser oriunda de um laboratório,
22. resultante de uma plataforma de uma pesquisa acadêmica realizada.
A Universidade de São Paulo também estimula a criação de empresas por
pesquisadores, em especial, alunos egressos tendo como base a legislação vigente (Link
Lei de Inovação). Para o desenvolvimento de uma nova empresa, será necessário
verificar se a pesquisa acadêmica pode-se tornar uma plataforma de geração de negócios
e, para tanto, são necessários profissionais capacitados para realizar esta avaliação.
Assim, a USP possui parcerias com uma rede ampla de incubadoras de empresas
(CIETEC em São Paulo, SUPERA em Ribeirão Preto, ParqTec em São Carlos,
ESALQTec em Piracicaba e UNITec em Pirassununga), além de outras instituições
como o SEBRAE, visando promover aproximação com essas estruturas de apoio, que
são o principal lócus do desenvolvimento dessas empresas.
Transferência de Tecnologia
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Transferência de Tecnologia é o intercâmbio de conhecimento e habilidades
tecnológicas entre instituições de ensino superior e/ou centros de pesquisa e empresas.
Essa transferência se dá na forma de contratos de pesquisa e desenvolvimento, serviços
de consultoria, formação profissional, inicial e continuada, comercialização de patentes,
marcas e processos industriais, publicação na mídia científica, apresentação em
congressos, migração de especialistas, programas de assistência técnica, inteligência
industrial e atuação de empresas multinacionais. (Anprotec – Associação Nacional de
Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores)
O Critt, qualificado como Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) através da Resolução
31/2005 do Conselho Superior, legitimou a inovação científica e tecnológica
desenvolvida na UFJF, institucionalizando a transferência da tecnologia. A partir de
então foi instituída a Coordenação de Transferência de Tecnologia do Critt, com a
atribuição de gerir a transmissão formal de novas descobertas e/ou inovações resultantes
de pesquisa científica da Universidade, bem como o atendimento a inventores
independentes. Assim, toda demanda de transferência de tecnologia da UFJF deverá ser
direcionada ao Critt, que conta com uma equipe de agentes de transferência de
tecnologia para atender a demanda atual e potencial da instituição, realizando o devido
encaminhamento.
Atribuições do Centro, enquanto NIT (Lei de Inovação):
· zelar pela manutenção da política institucional de estímulo à proteção das criações,
licenciamento, inovação e outras formas de transferência de tecnologia;
· avaliar solicitação de inventor independente para adoção de invenção pela UFJF. Caso
necessário, o TT seleciona possíveis parceiros, entre o corpo de pesquisa (docentes e
empresas juniores) da UFJF, para atender a demandas como, por exemplo, testes para
assegurar a eficiência/aplicabilidade de um dado produto inovador.
23. Exemplos
- Tecnologia adotada:
“Sistema de Decúbito Fisiológico” (SDF)
Desenvolvido pelo médico e inventor independente, Luís Antônio Tavares, o projeto
trata de uma cama hospitalar que possui a propriedade de prevenir e tratar as disfunções
e lesões causadas pelo longo tempo que o paciente permanece deitado, sem perder os
movimentos mais comuns das camas hospitalares, já presentes no mercado.
- Tecnologia Desenvolvida através de P&D dentro da UFJF
“Fluxômetro Portátil”
Desenvolvido pelos pesquisadores José Paulo de Mendonça, José Murilo Bastos Netto e
André Avarese Figueiredo, o fluxômetro portátil possibilita que a medição da vazão
urinária (volume de urina que passa pela uretra em uma unidade de tempo), possa ser
feita em casa. Isso possibilitaria que várias medições fossem feitas durante o período em
que ele está com aparelho, proporcionando maior conforto ao paciente.
Transferência de Tecnologia
A transferência de tecnologia faz com que as soluções tecnológicas geradas pela Embrapa
Suínos e Aves sejam realmente colocadas à disposição dos públicos para as quais se destinam.
Objetivo
Validar e transferir soluções tecnológicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de
suínos e aves, medindo seus impactos, identificando melhorias e oportunidades, visando
subsidiar novos projetos que venham a atender as reais necessidades do setor.
Atribuições
Apoio aos projetos de pesquisa, com a viabilização de experimentos a campo, instalação e
acompanhamento de unidades demonstrativas e prestação de serviços à empresas e
entidades ligadas às cadeias suinícola e avícola.
Articulação e formalização de parcerias para o desenvolvimento de ações de transferência das
tecnologias geradas pela Embrapa Suínos e Aves aos agentes da extensão rural, assistência
24. técnica e produtores, ligados a suinocultura, avicultura e serviços relacionados às respectivas
cadeias.
Identificação e prospecção de demandas existentes nas cadeias de produção de suínos e aves,
as quais subsidiam a elaboração de projetos alinhados as reais necessidades do setor.
Além disso, a área de transferência de tecnologia também mede e avalia os impactos gerados
pelas tecnologias desenvolvidas e implementadas pela Embrapa Suínos e Aves, de maneira a
melhorar continuamente seus produtos e serviços.
Dessa forma a área de transferência de tecnologia da Embrapa Suínos e Aves tem papel
fundamental na transformação do conhecimento gerado pela pesquisa em benefícios para a
sociedade brasileira.
Resumo
Este artigo objetiva descrever e caracterizar o processo de transferência de
tecnologia do setor têxtil a luz dos conceitos teóricos básicos e da dinâmica e
caracterização tecnológica do setor. Além da caracterização do processo de
transferência tecnológica, o artigo apresenta os principáis gargalos observados no
processo e possíveis ações para que os atores envolvidos busquem um maior
efetivação da transferência tecnológica, diminuindo, assim, a sub-utilização da
tecnologia adquirida ou a demora em sua plena utilização.
Palavras-chave: Setor têxtil, inovação tecnológica, transferência de tecnologia.
1. Introduçao
A existência de um grande número de tecnologias empregadas faz com que
nenhum país ou empresa consiga desenvolver toda a tecnologia necessária para o
aumento da competitividade. Este processo, caso acontecesse, seria altamente
complexo e de elevado custo. Logo, a transferência de tecnologia se torna uma
ferramenta eficaz para que empresas ou países adquiram as tecnologias
necessárias para o seu desenvolvimento.
A transferência de tecnologia é um processo antigo. Como exemplo, pode-se citar a
classificação dos estágios evolutivos da humanidade como reflexo da natureza da
tecnologia. Os sitios arqueológicos podem indicar a transferência da tecnologia
nova ou já estabelecida (Lowe, 1995). A transferência de tecnologia pode ser
definida como a tradução e a transferência do conhecimento técnico, utilizado no
desenvolvimento de novos produtos ou processos, entre organizações. Este
conhecimento está ou pode estar incorporado em equipamentos de produção ou em
produtos manufaturados (Mt.Auburn Associates, 1995). Segundo Ramsey (1995), a
transferência de tecnologia é um processo formal e legal para um usuario final, e
tem por finali-dade a comercialização tecnológica. O objetivo desta comercialização
é gerar um impacto económico. A transferência tecnológica pode ser utilizada como
25. uma ferramenta, na tentativa de duas organizações buscarem um objetivo comum,
gerando como resultado a plena satisfação das partes. Em um mercado competitivo
e altamente veloz ñas mudanças de produtos e servicos,a transferência de
tecnologia se tornou parte efetiva das estrategias tecnológicas e corporativas das
empresas. O desenvolvimento ou compra de uma tecnologia devem ser vistos como
uma ação da estrategia tecnológica corporativa de uma empresa. A transferência se
inicia quando, ao se analisarem as necessidades de uma industria ou mercado,
identificase uma tecnologia ou combinação de tecnologias para satisfazer tais
necessidades. Em outras palavras, a transferência de tecnologia se dá através do
compartilhamento de uma invenção ou inovação. Este pode ser feíto entre uma
agência governamental e uma organização privada, entre organizações privadas ou
entre organizações governamentais.As organizações governamentais podem ser
instituições de pesquisa e desenvolvimento e universidades. Na transferência entre
organizações privadas, deve-se levar em consideração se estas são de países
industrializados ou em desenvolvimento.
A transferência de tecnologia pode ser dividida em duas formas distintas. uma está
baseada no desenvolvimento da tecnologia. Neste processo, os paradigmas
tecnológicos são modificados pelo processo de inovação de produtos e processos. O
outro tipo está baseado na difusão tecnológica. Este tipo abrange a adoção de
tecnologias de produtos e processos disponíveis comercialmente e o uso de
informações técnicas, oriundas de fontes externas, para a solução de problemas,
utilizando os paradigmas tecnológicos existentes. (Mt.Auburn Associates, 1995).
As instituições responsáveis pela transferência de tecnologia podem ser divididas
em instituições fornecedoras de tecnologia (supply-side) e de análise da demanda
tecnológica (demand-side). As instituições fornecedoras de tecnologia são aquelas
que desenvolvem a tecnologia, ou representam as que desenvolvem. Estas
instituições procuram por "consumidores" para a tecnologia desenvolvida. Podem-se
citar como exemplos, instituições de P&D, produtores de equipamentos e firmas
com patentes para licenciamento ou com licenças vencidas.As instituições de
demanda tecnológica atuam em firmas com necessidades tecnológicas, e procuram
trazer para essas a tecnologia apropriada. Como exemplo deste tipo de instituição
tém-se associates comerciáis e instituições de servicos de assisténcia técnica.
2. O Processo deTransferênciaTecnológica- uma breve revisão
teórica
Para o National Technology Transfer Center (NTTC) (1999) existem tres tipos
principáis de transferência tecnológica:
Spin-off Technology - Neste tipo de transferência, a tecnologia é desenvolvida por
uma organização federal e transferida ao setor privado, a outra agência federal ou
a governos loçãis. Esta tecnologia é do tipo genérica.
Spin-on Technology - Esta transferência se refere ás tecnologias viáveis
comercialmente, desenvolvidas por organizações privadas, mas com potêncial
aplicação em organizações públicas.
Dual-Use Technology - Esta se refere ao co-desenvolvimento da tecnologia por uma
organização pública e privada. Os custos são divididos entre as organizações, pois
ambas serão beneficiadas pela nova tecnologia.
Além dos tipos, este centro considera que a transferência de tecnologia pode ser
feíta de tres formas distintas:
26. Forma Passiva: Nesta transferência, o receptor da tecnologia pesquisa a tecnologia
adequada, através do contato com as pessoas que desenvolveram a tecnologia, ou
examinando os resultados de P&D. Nesta forma, nenhum agente de transferência
de tecnologia é envolvido.
Forma Semi-ativa: Neste mecanismo, entra em cena o agente de transferência
tecnológica. Este tem como função auxiliar o receptor da tecnologia a identificar a
melhor tecnologia disponível.
Forma Ativa: Esta é a mais cara e mais efetiva forma de transferência de
tecnologia. Neste mecanismo, uma pessoa, ou um pequeño grupo, possui a
responsabilidade de verificar as possibilidades de utilização de uma determinada
tecnologia e se ela é apta a atender as necessidades de mercado. Existe uma
interação muito grande entre o setor de P&D, o mercado e as políticas regulatórias.
O licenciamento, como mecanismo de obtenção de uma nova tecnologia, pode ser
utilizado entre duas organizações, através de um contrato legal, onde se definirá o
grau de exclusividade na utilização da tecnologia desenvolvida por uma das
organizações. A licenca de transferência de direito é caracterizada pela
exclusividade que o licenciado possui na utilização da tecnologia patenteada. Neste
tipo de licenca, o licenciador não tem direito ao uso da tecnologia. É praticamente
uma venda da patente. Na licenca de exclusividade, o licenciado, além do dono da
patente, pode usar a tecnologia patenteada.A licenca de não-exclusividade dá ao
licenciado o direito de uso da tecnologia, mas o dono da patente pode conceder a
outro o uso desta. Quando uma patente é aprovada, qualquer pessoa está
habilitada para o licenciamento, desde que cumpra os termos esta-belecidos pelo
dono da patente. Neste caso tem-se a licenca de direito. Neste mecanismo de
transferência, a organização licenciadora deverá fornecer os conhecimentos tácito e
explícito, necessários para que o licenciado utilize a tecnologia de forma plena
(Lowe, 1995). Este processo envolve tres etapas:
a) A transferência da informação: Nesta etapa, ocorre a divulgação da nova
tecnologia desenvolvida, através de publicações técnicas. O objetivo é buscar
potenciáis licenciados.
b) Consolidação do relacionamento: Na segunda etapa, a organização licenciadora
personaliza a informação e inicia um processo de construção de um relacionamento
sólido com a organização licenciada.
c) Implementação do processo de transferência.
A transferência de uma determinada tecnologia, para uma organização -
empresarial ou não - ou mercado, necessita de uma boa infra-estrutura e de uma
forte relação entre o fornecedor da tecnologia e o receptor desta. Isto significa dizer
que não basta ao fornecedor transferir físicamente a tecnologia. Esta deve vir
acompanhada de um suporte capaz de fazer com que o receptor utilize plenamente
a tecnologia adquirida. Se o receptor não estiver completamente qualificado para
absorver as novas informações e para utilizá-las efetivamente, em suas
necessidades específicas, devem-se criar mecanismos para que uma interação face
a face seja estabelecida. O sucesso deste processo está intimamente ligado á
interação e colaboração entre os setores de pesquisa e desenvolvimento (P&D), de
en-genharia e o corpo técnico. Para Meyer (1995), além dos setores citados ácima,
a transferência envolve também o setor de marketing.A transferência de tecnologia
está fundamentada não só na transferência de know-how técnico - informações de
P&D, de engenharia e conhecimento de padróes - mas também no conhecimento
processual - acordos, utilização de patentes e licenças, etc.
27. A interação na transferência tecnológica deve ser feita face a face, e a comunicação
deve ser clara e feita, normalmente, de forma bidirecional. Em algumas situações,
a forma é unidirecional. Nesta interação, o fornecedor da tecnologia deve: discernir
o uso da tecnologia para as possíveis aplicações; aumentar a percepção de recursos
em potêncial e do retorno do investimento desta nova tecnologia; aumentar o
número de potenciáis receptores da tecnologia desenvolvida; selecionar a forma e o
mecanismo apropriado da transferência da tecnologia; estabelecer e utilizar
mecanismos para medir o sucesso da transferência tecnológica.
Uma transferência tecnológica efetiva deve levar em conta algumas dimensóes
externas ao processo em si (Mt. Auburn Associates, 1995). Estas dimensóes são:
Novos Sistemas de Gerenáamento: A existência de novos sistemas de
gerênciamento - Gestão pela Qualidade Total, Planejamento Estratégico,Técnicas
Just-in-time, etc. - faz com que a organização tenha conhecimento das suas
necessidades de mercado e tecnológicas. Além disso, ela estará preparada para
gerênciar a nova tecnologia adquirida.
Pesquisa de Mercado: A pesquisa de mercado é útil na compreensão do potêncial
da tecnologia que se pretende adquirir e na verificação de sua viabilidade
comercial.
Intensificando das Habilidades: A utilização plena da nova tecnologia dependerá dos
conhecimentos técnicos do fluxo pro-dutivo e das soluções de problemas. A
empresa receptora da tecnologia deverá ter um processo sistemático de
treinamento e atualização das pessoas envolvidas com esta tecnologia. O
aprendizado é uma habilidade fundamental para que a transferência tecnológica
ocorra de forma efetiva.
Organização do Trabalho: A escolha e a transferência da tecnologia estão
intimamente ligadas á organização do trabalho no "chao de fábrica". Uma estrutura
extremamente hierarquizada, onde os funcionarios não possuem autonomia para
solucionar os problemas e com uma rotatividade alta, provavelmente,terá
dificuldade na implantação e implementação da tecnologia adquirida.
Finanças: O gerênciamento das finanças é crítico, não só para o financiamento da
nova tecnologia, mas também para investi-mentos na infra-estrutura necessária.
Cooperando entre firmas: A cooperação entre as empresas pode auxiliar na difusão
das novas tecnologias, através do compartil-hamento das experiências na utilização
destas. Com isto, o processo de transferência de tecnologia para outras empresas
vai se tornando gradualmente mais efetivo.
Segundo Brandbury et al. (apud Mt.Auburn Associates, 1995), a atividade de
transferência tecnológica, para ser efetiva, deve levar em consideração a
combinação entre a tecnologia, a organizado receptora e os seus respectivos graus
de ajuste e desajuste. O autor considera que o desajuste cria uma tensão criativa
que estimula o aprendizado e a inovação na aplicação da tecnologia fornecida
externamente. Além disso, os contextos tecnológico, social e económico da
organização receptora devem ser levados em consideração. A transferência
depende muito do conhecimento tácito.A efetiva transferência requer uma boa
comunicação pessoal entre o agente de transferência e o staff da organização
receptora. O grau de eficiência da transferência é, também, uma função de como a
organização receptora considera a tecnologia, em relação a solução de suas
necessidades e de como ela se encaixará no contexto da organização. A motivação
28. é outro item a se considerar em uma efetiva transferência de tecnologia, tanto para
a organização fornecedora quanto para a receptora.
Os programas de transferência de tecnologia devem analisar o mercado para o qual
a tecnologia será transferida e utilizada. Esta análise deverá abranger:
Informando: A análise da informação deverá observar como o mercado a trata. Isto
é, qual a velocidade das mudanças de informações, qual o grau de disponibilidade
das informações e como ocorre a difusão das informações ñas empresas que atuam
neste mercado.
Custos da Transferência: Os programas deverão analisar quais serão os custos da
transferência para as empresas do mercado e se elas terão condições de arcar com
tais custos.
Recursos não-Tecnológicos: Os programas de transferência tecnológica devem
considerar os recursos que deverão ser desenvolvidos para se ter uma
transferência eficiente. Por exemplo:treinamento, reorganização do trabalho, etc.
Estrategias: Para que os programas sejam efetivos, estes devem possuir
estrategias para utilização de ferramentas para a transferência da tecnologia.As
estrategias devem ser desenvolvidas observando-se as metas e os métodos mais
efetivos no uso de tais ferramentas. O objetivo é alcancar o crescimento económico
através do desenvolvimento de uma ou uma serie de industrias.
Servicos: Os programas devem identificar os tipos e o grau de extensão dos
servicos oferecidos. Isto é, verificar se estão sendo identificadas as necessidades
dos setores envolvidos e se as correcóes necessárias estão sendo feitas.
Na transferência de tecnologia entre firmas de países desenvolvidos e em
desenvolvimento, deve-se verificar a existência de uma infraestrutura industrial,
que fará com que a utilização da tecnologia adquirida seja plena. Os fornecedores
de tais tecnologias devem ter atenção ñas condicóes económicas, sociais e culturáis
dos compradores. Edsomwam (1989) considera que, para a transferência
tecnológica para países em desenvolvimento ser efetiva, estes devem ter a
infraestrutura necessária. A construção desta deve passar pelo(a): Treinamento dos
agentes de transferência e dos usuarios da tecnologia; Formação de centros de
transferência de tecnologia e manutenção desta; Estabelecimento de centros de
treinamento para as tecnologias existentes e para as novas; Criação de pro-cedimentos
para o estabelecimento das necessidades reais,com o objetivo de
modificar, selecionar e justificar a aquisição das novas tecnologias.
Na transferência de tecnologia entre empresas de países industrializados, imagina-se
que ambas possuam a infra-estrutura necessária para que o processo ocorra a
contento. Porém, ver¡fica-se que quando há transferência de uma empresa de um
país industrializado para uma empresa de um país em desenvolvimento, nem
sempre o receptor da tecnologia está preparado para assimilação e utilização total
da tecnologia.
3. Características Tecnológicas do Setor têxtil Brasileiro
O setor têxtil no Brasil pode ser considerado, ainda, como um segmento em
transformação. Por ser um dos setores mais antigos do mundo, sempre foi
caracterizado como intensivo em mão-de-obra. Contudo, com o desenvolvimento e
uso de sistemas de produção automatizados, esta característica está mudando para
29. intensivo em capital. Esta mudanca só não é mais rápida devido á grande
heterogeneidade das empresas que compóem o setor no Brasil (Braga Jr. &
Hemais, 2002). Como é de tecnologia tradicional, o setor comporta a presenca de
pequeñas, medias e grandes empresas. Esta grande segmentação do setor faz com
que haja uma grande diversidade tecnológica entre as empresas. Em uma visão
macroeconómica, esta diversificação de tecnologia pode explicar porque países em
desenvolvimento conseguem competir, normalmente em mercados de artigos mais
básicos, com países desenvolvidos. O diferêncial da competição dos países em
desenvolvimento são os baixos salarios e, em alguns casos, o subsidio
governamental. A estrategia atualmente utilizada pelos países desenvolvidos é o
deslocamento de sua produção para países em desenvolvimento.
A inovação tecnológica para o setor é do tipo incorporada. O desenvolvimento
tecnológico é feito básicamente pelos fornecedores, levando o setor a ser
classificado como "dominado por fornecedores". A pesquisa e desenvolvimento
feitos pelas empresas do setor são voltados para o acompanhamento das
tendências de mercado e criação de novos artigos téxteis. O desenvolvimento de
novos produtos téxteis é feito em conjunto com os fornecedores de tecnologia.
Devido a competitividade do cenário atual, as empresas do setor buscam a
tecnologia com o intuito de produzir e entregar artigos diferenciados e cada vez
mais complexos, em um menor tempo possível. Com isto, nota-se que o setor esta
deixando de ser intensivo em mão-de-obra para se transformar em intensivo em
capital.
Históricamente o setor têxtil nacional sempre teve seu desenvolvimento vinculado
as políticas governamentais. Atos como aumento de tarifas de importação,
aberturas abruptas de mercado, protecionismo de mercado e incentivos as
exportações sempre influenciaram os rumos do desenvolvimento do setor. As
empresas nacionais sempre se caracterizaram por uma estrutura familiar e fechada
(CETIQT, 2007).
Devido a grande heterogeneidade do setor, existe uma grande variação de idade e
de tecnologia ñas máquinas e equipamen-tos utilizados. Apenas as grandes
empresas estão capacitadas para investimentos em tecnologias de última geração.
Quando essas empresas adquirem novas maquinarias, encontram, ñas medias e
pequeñas empresas, potenciáis compradores. Isto faz com que a idade media das
máquinas e equipamentos seja elevada.
Até o inicio dos anos 90, o setor têxtil nacional trabalhava com um cenário de
pouca ou nenhuma competição externa, visto que o Brasil possuía um mercado
protegido contra produtos téxteis importados. Por outro lado, o setor era impedido
de obter tecnologia importada devido as altas taxas de importação e ás constantes
desvalorizares da moeda. Este cenário de protecionismo fez com que as empresas
não investissem o suficiente na modernização de seus parques industriáis e na
capacitação de sua mão-de-obra.As empresas se tornaram obsoletas
tecnológicamente, sem a possibilidade de competir no mercado internacional. O
fator inflacionario também contribuiu para a falta de investimentos em novas
tecnologias.
As mudanças tecnológicas são motivadas, básicamente, devido as pressóes do
ambiente externo. A busca de beneficios económicos, com agregação de valor e
redução dos custos, é a tónica para as inovações ocorridas no setor.
Na busca pela modernização, as empresas ¡rao se deparar com inovações
tecnológicas incorporadas em máquinas, produtos químicos e fibras téxteis. O
30. desenvolvimento de máquinas dependerá do sub-setor de atuação. Nos sub-setores
de Fiação e Tecelagem,as inovações tecnológicas estão ligadas ao aumento de
velocidade e, conseqüentemente, de produção, e ao desenvolvimento de sistemas
automatizados de transporte entre as varias etapas do processo produtivo. No sub-setor
de Acabamento, as novas tecnologias buscam uma melhora de produtividade,
racionalizando a utilização de produtos químicos, agua e energía, assim como a
qualidade do artigo beneficiado.
O desenvolvimento de produtos químicos de alta qualidade, que busquem atender
ás necessidades de otimização de processos right-first-time, bem como fornecer ao
artigo têxtil características especiáis que atendam ás exigências de mercado, tem
criado uma grande pressão sobre os principáis produtores de produtos químicos.As
considerações ambientáis e de saúde também são levadas em consideração.
A criação de novos produtos téxteis está intimamente ligada ao desenvolvimento de
novas fibras. Estas buscam atender a uma demanda de mercado que necessita
cada vez mais de fibras de melhor uso, que atendam a determinadas funções
especiáis e que agreguem valor ao produto.
O potencial uso da biotecnologia e o desenvolvimento de sistemas de controle,
juntamente com o de máquinas e produtos químicos, estão fazendo com que os
processos se tornem mais rápidos, menos agressivos ao meio-ambiente e mais
eficientes, no que se refere á qualidade do artigo produzido.
4. O Processo de Transferência Tecnológica no Setor têxtil
Brasileiro
O processo de compra da tecnologia está sendo, cada vez mais, descentralizado.
Em empresas de grande e medio porte, ela é feita por um colegiado composto por
representantes da alta direção, supervisão e departamento de criação. Observa-se
que as empresas do setor não possuem uma estrategia tecnológica formal, optando
pela troca da tecnologia de forma reativa e pontual. A explicação deste fato pode
estar baseada no histórico de proteção á industria e na crise instalada no setor
durante a década de 90.
O processo de transferência da tecnologia é comandado pelos fornecedores, na
forma de venda e posterior assisténcia técnica. Eles são os responsáveis pela
difusão e implantação da nova tecnologia, através do treinamento das pessoas
envolvidas na utilização da tecnologia adquirida. Devido a esta estreita ligação, o
relacionamento entre empresas téxteis e fornecedores de tecnologia é de parceria.
Este fenómeno é mais intenso entre fornecedores de produtos químicos. O grande
número de concurrentes, a dinâmica de substituição dos produtos e a velocidade
das inovações são fatores que explicam este relacionamento mais forte.
Mesmo não existindo um processo comum de transferência tecnológica, devido
principalmente á diversidade tecnológica e estrutural das empresas que compóem o
setor, pode-se caracterizar um processo genérico de transferência tecnológica para
o setor, através dos seguintes passos: a) Busca de novas tecnologias que visem
atender a uma necessidade de mercado, lancar um novo produto ou otimizar
processos. b) Verificação da efetividade da nova tecnologia, através de visitas a
outras empresas que já possuam tal tecnologia. c) Compra da nova tecnologia na
forma de maquinaria, produtos químicos ou novas fibras, d) Difusão da nova
tecnologia, através de treinamentos, normalmente iniciados pelo fornecedor e
mantidos pela empresa, e) Assisténcia técnica do fornecedor da tecnologia até que
a nova tecnologia já esteja sendo usada de forma plena. O tipo de assisténcia
31. dependerá da tecnologia adquirida. A tabela 1 exemplifica as possíveis formas de
assisténcia técnica em relação aos tipos de tecnologia adquirida.
Nova Tecnologia Tipo de Assisténcia Técnica
Produtos Químicos
Tecnologia da aplicação
Adequação da maquinaria
Treinamento
Acompanhamento do processo
produtivo
Atuação para possíveis correções
Maquinaría
Construção da máquina
Start -up da máquina
Treinamento
Acompanhamento do processo
produtivo
Atuação para possíveis correções
Fibras
Tecnologia da aplicação
Adequação da maquinaria
Treinamento
Acompanhamento do processo
produtivo
Atuação para possíveis correções
Tabela I - Relação entre o tipo de assisténcia técnica e o tipo de tecnologia
adquirida
A estrategia dos fornecedores pode ser classificada como de engenharia aplicada
(Lowe, 1995), caracterizado pela identificação de soluções tecnológicas para
problemas específicos de clientes.
O processo de transferência para o setor é do tipo spin-on techonology (NTTC,
1999) e sua forma de aplicação é passiva, isto é, o receptor da tecnologia pesquisa
a tecnologia adequada através do contato com as empresas que desenvolveram a
tecnologia. Por se tratar de uma tecnologia tradicional, comprovou-se a teoría que
afirma ser o grau de dependência das empresas deste tipo de industria, em relação
ao fornecedor, alto, sendo mais acentuado nos casos onde a infraestrutura é mais
deficiente.Além disso, os fornecedores estão bem estabelecidos no mercado e tém
estrutura para acompanhamento das necessidades do setor.
Outra classificação válida para o setor é aquela, onde uma das formas de
transferência se dá através da utilização de tecnologias disponíveis comercialmente
(Mt. Auburn Associates, 1995). O uso de informações técnicas é oriundo de fontes
externas (fornecedores) com o objetivo de solucionar problemas específicos
utilizando os paradigmas tecnológicos existentes. A difusão e a absorção da
tecnologia ocorrem por assisténcia técnica. O processo de aprendizagem é feito
pelo processo de learning by doing (aprendizagem pelo uso).
A efetivação do processo de transferência tecnológica confirma alguns itens de
análise de Edsomwam (1989), que são:
Treinamento dos agentes de transferência e dos usuarios: O responsável por este
processo é o fornecedor da tecnologia. O treinamento dos agentes de transferência
é importante, principalmente quando o fornecedor é estrangeiro.
32. Existência de centros de treinamento para as tecnologias existentes e para as
novas: O setor têxtil nacional possui centros de tecnologia, por exemplo, o
SENAI/CETIQT, que tém como finalidade a preparação de profissionais que tenham
o conhecimento das principáis tecnologias estabelecidas e das possíveis tendências
tecnológicas.
Criação de procedimentos:As empresas pesquisadas não possuem procedimentos
formáis de estrategia tecnológica e transferência tecnológica, com o objetivo de se
observarem as reais necessidades do mercado, com o objetivo de modificar,
selecionar e justificar a aquisição das novas tecnologias.
Em relação aos fatores externos que poderiam afetar o processo de transferência
tecnológica, observa-se que, no caso do setor têxtil, muitos pontos não são levados
em considerado. são eles:
Novos sistemas de gerenáamento: As empresas pesquisadas não possuem, de
forma sistematizada, sistemas gerenciais mais modernos, como, por exemplo,
gestão pela qualidade total, processos formáis de planejamento estratégico etc.
Isto as torna mais despreparadas para uma análise mais confiável das necessidades
de mercado e para o gerenciamento de novas tecnologias.
Pesquisa de mercodo:Apesar da maioria das empresas possuírem um processo
formal de pesquisa de mercado, nem sempre con-segue exprimir com eficiência as
novas mudanças. Existem casos nos quais a aquisição de uma nova tecnologia foi
comprometida por uma ineficiente pesquisa sobre as tendências de mercado.
Intensificando das habilidades: Foi constatado que a capacitação da mão-de-obra é
um dos fatores críticos para o insucesso do processo de transferência tecnológica
dentro do setor. O baixo nivel de escolaridade no chão-de-fábrica e a falta de um
processo de treinamento sistemático por parte das empresas estudadas fazem com
que a absorção e a utilização de uma nova tecnologia fiquem comprometidas.
Contudo, observa-se um es-forco por parte destas empresas em pelo menos
melhorar o nivel de escolaridade dos novos funcionarios. Pode-se dizer que as
empresas do setor estão em uma fase de transição.
Organizando do Trabalho: As empresas do setor têxtil possuem, por sua tradição
familiar, uma estrutura hierarquizada.A autonomía para soluções de problemas é
bastante reduzida, pos-suindo um turn-over bastante elevado. Isto faz com que a
¡mplantação da tecnologia adquirida seja mais demorada. De acordó com a
pesquisa,as empresas estão tentando intensificar o fluxo de informações tanto de
cima para baixo, quanto de baixo para cima, mas são extremamente tradicionais na
forma de passar tais informações. Este aumento pode fazer com que a
compreensão da aquisição da nova tecnologia se torne mais clara, evitando
problemas de absorção da nova tecnologia pelo não entendimento de sua
finalidade. Em relação ao processo de coleta de sugestóes, a maioria das empresas
não possui um sistema formal, aumentando as possibilidades de que importantes
informações sobre as novas ou estabelecidas tecnologias não sejam verificadas.
Finanças: Devido a crise sofrida durante a década de 90, o setor se encontra em
fase de recuperação financeira. Isto pode explicar a dificuldade e a demora para
aquisição de novas tecnologias. Contudo, as empresas estudadas tém buscado
aumentara competitividade,através da aquisição de novas tecnologias e infra-estrutura
necessárias, ou com recursos próprios ou buscando financiamentos
governamentais.
33. Cooperando entre firmas: Durante o processo de transferência tecnológica a
cooperação entre firmas é comum na fase de pesquisa da utilidade industrial da
nova tecnologia. Durante esta fase, a empresa receptora da nova tecnologia visita
outras empresas, mesmo concurrentes, para verificar in loco o funcionamento da
tecnologia.
5. Considerares Fináis
Toda a aquisição de uma nova tecnologia deve ser precedida de uma preparação
técnico-organizacional por parte da empresa receptora. Em um setor que está em
fase de transformação - de intensivo em mão-de-obra para intensivo em capital -
esta preparação é fundamental para a plena utilização da tecnologia adquirida.Além
do fenómeno ácima citado, o setor nacional possui a característica de tem passado
por períodos turbulentos, que alavancaram o processo de compra de novas
tecnologias.A busca muito rápida de novas tecnologias que objetivam aumentar a
produtividade, agregar valor aos produtos fináis e, conseqüentemente, a
competitividade nem sempre levam em consideração a necessidade de um
planejamento previo para a aquisição da nova tecnologia. Como resultado, tem-se
a sub-utilização desta.
Este fenómeno foi constatado através de casos que detalham as dificuldades do
processo de transferência tecnológicaI. Os estudos mostram que as empresas
tiveram problemas com a transferência tecnológica, principalmente durante a crise
das importações chinesas na década de 90, por falta de uma infra-estrutura para
utilização da tecnologia adquirida.As áreas que compóem esta infraestrutura são:
capacitação da mão-de-obra, planejamento da produção e comercialização,
sistemas organizacionais e equipamentos de suporte. Dos itens listados ácima,
observou-se que a capacitação da mão-de-obra é o fator que mais influência tem
no sucesso da transferência tecnológica.
Para os fornecedores de tecnologia, um eficiente processo de transferência
tecnológica está baseado em um relacionamento de parceria, baseado na
confiabilidade técnica e funcional da nova tecnologia comercializada. Neste
processo, fornecedores e empresas téxteis devem trabalhar juntos, buscando
oferecer ao mercado artigos que atendam aos diversos níveis de exigência dos
clientes fináis. Contudo, para que este processo ocorra de forma plena, as
empresas devem se preparar para receber as novas tecnologias. Itens como
capacitação de mão-de-obra, planejamento da infra-estrutura necessária para
recebimento da tecnologia e manutenção de um sistema formal de captação das
necessidades de mercado são fundamentáis para uma eficiente transferência.
Devido a já comentada heterogeneidade estrutural e tecnológica das empresas
téxteis, uma considerável parcela da mão-de-obra empregada é caracterizada pelo
baixo grau de es-colaridade e pela falta, ñas empresas, de investimentos em
treinamentos continuos. Uma boa parcela dos trabalhadores de "chao de fábrica"
recebe apenas o treinamento dado pelo fornecedor, ficando limitado á operação
técnica de uma determinada tecnologia. Poucas são as empresas que possuem
mecanismos para explorar o conhecimento "tácito" das pessoas envolvidas com a
nova tecnologia. O processo de polivalência ainda é pouco incentivado, limitando a
ação dos funcionarios na compreensão das tecnologias que compóem o fluxo
produtivo. Estes fatores somados dificultam o processo de absorção de novas
tecnologias. Como conseqüéncia, a tecnologia adquirida não consegue atender ás
expectativas de aumento de competitividade. Principalmente nesta fase de
expansão da produção e de grandes investimentos na modernização do parque
industrial, as empresas deveriam se preocupar com a capacitação de sua mão-de-obra.
34. A simples compra de uma nova tecnologia não significa o aumento automático da
competitividade, sendo que o apren-dizado é uma habilidade fundamental para que
a transferência tecnológica ocorra de forma efetiva. Apesar de existir um movi-mento
para a melhoria da capacitação da mão-de-obra, a falta de um processo
formal e continuado de treinamento, por parte das empresas, indica a baixa
preocupação com a capacitação da mão-de-obra para aumento da competitividade.
Além da pouca preocupação com a capacitação da mão-de-obra, verifica-se que a
maioria das empresas téxteis possui baixos índices de inovações gerenciais e
organizacionais. Isto é observado pela quase ausência de sistemas de gestão da
qual-idade; na difícil integração entre as áreas de planejamento e produção; e na
falta de mecanismos para formalizar e reter o conhecimento adquirido.A falta
destes processos ocasiona uma maior lentidão no processo de transferência
tecnológica.
Neste cenário, os centros de ensino industrial tém um relevante papel na
preparação de uma mão-de-obra apta para não só absorver novas tecnologias, mas
também gerenciar o processo de transferência, fazendo com que este seja pleno e
não ocorra a sub-utilização ou não utilização da tecnologia adquirida. Cabe ás
empresas criar mecanismos de aprendizagem continua, manten
ASSIMILAÇÃO PELA TECNOLOGIA
Por Ana Franchon
Número 43
Nas últimas décadas, o modelo de gestão organizacional sofreu alterações,
desenvolvendo mecanismos para adaptação às rápidas e numerosas
transformações econômicas e tecnológicas pelas quais o mundo tem passado. A
organização, enquanto sistema aberto, passou a ser fortemente influenciada por
quatro novos paradigmas: nova tecnologia, nova ordem geopolítica, novo ambiente
empresarial e nova empresa (Kunsch, 2003, p. 58).
Entre os paradigmas citados, a questão das novas tecnologias abarca o
desenvolvimento de novas metas para a tecnologia de informação (IT) e uma
computação em rede, aberta e centrada no usuário. Na área de comunicação
organizacional, a preocupação não poderia ser diferente: é crescente o esforço para
a utilização adequada e integrada dessas novas tecnologias ao plano de
comunicação, destacando-se o uso da tecnologia para melhorar o relacionamento
entre a organização e seus públicos.
Durante dois anos e meio, desenvolvi trabalhos na área de assessoria de
comunicação para empresas de tecnologia (Palm, Pioneer, Seagate e Polycom). Na
maior parte do tempo, atendi diretamente a Palm do Brasil (hoje, PalmOne),
empresa multinacional com sede nos Estados Unidos que manufatura e comercializa
computadores de mão. Apresentando um produto que oferece o que existe de mais
recente em tecnologia, um problema trazido pelo cliente foi: “Não estamos
conseguindo “vender” para as mulheres. Será que as mulheres são avessas à
tecnologia?”.
A pergunta permaneceu solta até meu ingresso como aluna ouvinte na disciplina
“Ética e Comunicação Institucional”, que faz parte do programa de pós-graduação
da ECA/USP. No início da disciplina, foi abordada a questão histórica das relações