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Literatura Brasileira Romantismo- Poeta Alvares de Azevedo
Análise Literária do Poema “Saudades”
Marcela Barbosa da Silva - B6120A-0
Daniele Lopes Oliveira - B785DE-0
Juliane Carvalho - B876BD-2
Jaqueline Zwingli de Oliveira - B776AG-5
Resumo
Este trabalho tem por objetivo analisar o poema “Saudades” pertencente à primeira
parte do livro “ Lira dos Vinte Anos do poeta ultrarromântico brasileiro: Manuel Antônio
Álvares de Azevedo (São Paulo, 1831 - Rio de Janeiro, 1852), ou simplesmente Álvares
de Azevedo.
Segundo CANDIDO, Antonio (2009, p. 493) este é um poeta o qual, “não podemos
apreciar moderadamente: ou nos apegamos à sua obra passando por sobre defeitos e
limitações que a deformam, ou a rejeitamos com veemência, rejeitando também a
magia que dela emana”.
Palavras-chaves: Literatura Brasileira, Romantismo, Poema romântico,
Ultraromantismo.
Introdução
Contexto Histórico - Romantismo
O Romantismo, enquanto movimento universal e unificado consistiu numa
transformação estética e poética desenvolvida em oposição à tradição neoclássica
setecentista e inspirada nos modelos medievais. A nova era literária e seu novo estilo
designa o movimento estético, traduzido num estilo de vida e de arte, que dominou a
civilização ocidental - da metade do século XVIII à metade do século XIX.
Ainda no período pré-romântico ocorreu a luta contra o neoclassicismo. As novas
tendências que se opuseram aos ideais neoclássicos, preludiando o Romantismo,
refletem um estado de espírito inconformista em relação ao intelectualismo, ao
absolutismo, ao convencionalismo clássico, e ao esgotamento das formas e temas então
dominantes. A imaginação, o sentimento, a emoção e a sensibilidade, conquistam aos
poucos o lugar que era ocupado pela razão. As principais características deste período
são a valorização das emoções, a liberdade de criação, o amor platônico, os temas
religiosos, o individualismo e o nacionalismo.
Este foi um período fortemente influenciado pelos ideais do Iluminismo e pela liberdade
conquistada na Revolução Francesa.
Romantismo no Brasil
A introdução do Romantismo é datada em 1836, com a publicação de Suspiros Poéticos
e Saudades, de Domingos José Gonçalves de Magalhães - o Visconde de Araguaia. Sob
a sua liderança um grupo de homens públicos e letrados articulou as primeiras
manifestações do movimento no Brasil.
No Brasil, o Romantismo assumiu um feitio particular, com caracteres especiais e traços
próprios, ao lado dos elementos gerais que o filiam ao movimento europeu. É a partir
deste movimento que nossa literatura nasceu.
1º Primeira Geração: Nacionalista ou Indianista
Nesta fase são valorizados os temas nacionais, fatos históricos e a vida do índio. Este é
apresentado como "bom selvagem” símbolo cultural do Brasil. Os escritores Domingos
José Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Araújo Porto Alegre e Teixeira e
Souza são destaques da geração indianista.
2ª Segunda Geração: Ultrarromântica, “Mal do século”, ou Byroniana
Os escritores desta época retratavam os temas amorosos com extremismo. Suas poesias
são marcadas por um profundo pessimismo, valorização da morte, da tristeza e uma
visão decadente da vida e da sociedade. Muitos escritores deste período morreram ainda
na adolescência, dentre os escritores de destaque desta fase estão: Casimiro de Abreu,
Fagundes Varela, Junqueira Freire e, especialmente, Álvares de Azevedo.
3ª Terceira Geração: Condoreira, Poesia Social ou “Hugoana”.
Fase que prenuncia o Realismo. Inspirada em Victor Hugo, focaliza seu tema em
questões políticas e sociais como a defesa dos ideais libertários: poesia liberal, crítica
à sociedade e realidade social. Na época, ideias abolicionistas e republicanas vinham à
tona, juntamente com o desejo de se libertar do Império. Os destaques desta fase do
Romantismo no Brasil cabem aos escritores Antônio Frederico de Castro Alves, e
Joaquim de Sousa Andrade.
O Autor - Manoel Antônio Álvares de Azevedo
Para Guimarães Rosa, Álvares de Azevedo era um “oceano reduzido a um lago”. “O
oceano reduzido ao lago, porque não havia espaço nem como tomar mais espaço”.
História da Literatura Brasileira, NEJAR (2007, Pág. 72).
Para CANDIDO (2009 p. 493) “Há nele, sobretudo, como no escorço de vida que é a
adolescência, aquela mistura de frescor juvenil e fatigada senilidade.”
Foi caracterizado de várias formas por críticos e historiadores literários como o poeta
do escapismo da realidade no devaneio de suas ávidas leituras da literatura mundial.
Características das obras:
A obra de Álvares de Azevedo é marcada por uma visão que envolvia atração e medo,
desejo e culpa, temendo sobretudo a realização amorosa perpassado pelo mundo da
escuridão, do frio.
A morbidez profunda misturada a ironia e ao sarcasmo são encontrados pautado por
egocentrismo exacerbado e satanismo em quase toda sua obra poética.
É marcado pela aderência ao espírito do “Mal do século”, uma onda de pessimismo
doentio que se traduzia no apego a certos valores decadentes.
Lira dos Vinte Anos ….
Lira dos Vinte Anos é uma antologia poética de Álvares de Azevedo dividida em 3 partes
É um marco do ultrarromantismo. A primeira parte apresenta o romantismo platônico.
A segunda parte a ironia e a terceira parte, retoma os princípios e parâmetros da
primeira parte. A obra foi publicada 1853, um ano após a sua morte. Os poemas são
influenciados pelos grandes clássicos da literatura universal: Alfred Musset, Goethe,
Lamartine, Lorde Byron, Vitor Hugo, William Shakespeare, verificados no decorrer
de toda a sua obra. A edição atual data de 1942 e é dividida em duas faces e três partes:
Face Ariel - primeira e terceira parte: traz poemas extremamente sentimentalistas que
retratam amor platônico, melancolia, e idealismo.
Face Caliban - segunda parte: traz poemas demasiadamente mórbidos, sarcásticos e
irônicos.
Primeira Parte: marcada pela demasiada idealização da mulher e do amor, e pela
presença constante da temática da morte com forte carga de religiosidade. O Poema
aqui analisado faz parte da primeira parte
Segunda Parte: os poemas são mais sombrios, contendo elementos mórbidos como
cadáveres, vultos, festas boêmias. A linguagem chega ao ponto do escárnio em certos
momentos.
Terceira Parte: Faz uma espécie de mistura entre as duas partes anteriores, porém se
inclina mais ao estilo da primeira parte.
Desenvolvimento
Poema Saudades
A figura de linguagem está presente assim como as repetições de versos livres,
rebuscamento de palavras. Usa-se aliteração como marca em algumas estrofes e rico
em palavras arcaicas, anáforas e metáforas. O poema contém versos livres,
musicalidade e melodia.
Saudades
“Tis vain to struggle – let me perish Young” Byron
“ É inútil lutar – deixem-me morrer jovem.”
Foi por ti que num sonho de ventura
A flor da mocidade consumi...
E às primaveras disse adeus tão cedo
E na idade do amor envelheci!
Vinte anos! derramei-os gota a gota
Num abismo de dor e esquecimento...
De fogosas visões nutri meu peito...
Vinte anos!... sem viver um só momento!
Trata-se de uma configuração do amor platônico, que não se dirige a outro ser, mas ao
próprio ato de amar.
Relata um amor sofrido em sua juventude. A dor abismal do jovem poeta é presente
Contudo, no passado uma esperança
Tanto amor e ventura prometia...
E uma virgem tão doce, tão divina,
Nos sonhos junto a mim adormecia!
Quando eu lia com ela... e no romance
Suspirava melhor ardente nota...
E Jocelyn sonhava com Laurence
Ou Werther se morria por Carlota.
Nas estrofes acima é relatado a fuga do autor para a literatura consumida na sua
juventude como poeta-leitor de grandes escritores da literatura universal: Lamartine e
Goethe.
Eu sentia a tremer e a transluzir-lhe
Nos olhos negros a alma inocentinha...
E uma furtiva lágrima rolando
Da face dela umedecer a minha!
E quantas vezes o luar tardio
Não viu nossos amores inocentes?
Não embalou-se da morena virgem
No suspirar, nos cânticos ardentes?
E quantas vezes não dormi sonhando
Eterno amor, eternas as venturas...
E que o céu ia abrir-se... e entre os anjos
Eu ia despertar em noites puras?
Nas estrofes acima há uma ligação com as palavras luz: (transluzir e luar) (inocentinha,
Inocente); Eterno Amor, pureza...temas repetidos neste poema.
Também há as duas únicas estrofes interrogativas onde o poeta apresenta dúvidas
quanto suas venturas amorosas.
Foi esse o amor primeiro! Requeimou - me
As artérias febris de juventude,
Acordou-me dos sonhos da existência
Na harmonia primeira do alaúde.
Meu Deus! e quantas eu amei... Contudo
Das noites voluptuosas da existência
Só restam-me saudades dessas horas
Que iluminou tua alma d'inocência.
Foram três noites só... três noites belas
De lua e de verão, no val saudoso...
Que eu pensava existir... sentindo o peito
Sobre teu coração morrer de gozo.
“Na harmonia primeira do alaúde” o autor faz o uso de metáfora para definição de seu
primeiro amor como harmonia de notas musicais. Alaúde: instrumento árabe de cordas
dedilhadas.
Meu Deus e Morrer de Gozo, parelha dialética, composta da reiterada presença de Deus
em conflito com o hedonismo que teimava em manifestar-se, pois Álvares de Azevedo
está longe de ser poeta religioso, a menção a Deus, é mais categoria idealista ou
exclamação de socorro.
E por três noites padeci três anos,
Na vida cheia de saudade infinda...
Três anos de esperança e de martírio...
Três anos de sofrer — e espero ainda!
Presença de anáforas: há repetição do número três no decorre das estrofes não
sequencialmente
A ti se ergueram meus doridos versos,
Reflexos sem calor de um sol intenso,
Votei-os à imagem dos amores
Pra velá-la nos sonhos como incenso.
Eu sonhei tanto amor, tantas venturas,
Tantas noites de febre e d'esperança...
Mas hoje o coração parado e frio,
Do meu peito no túmulo descansa.
O autor avista o túmulo como uma certeza de sua vida inconstante, atormentada por
devaneios amorosos.
Pálida sombra dos amores santos!
Passa quando eu morrer no meu jazigo,
Ajoelha ao luar e entoa um canto...
Que lá na morte eu sonharei contigo.
A morte é o fim!
Considerações Finais
Considerando Álvares de Azevedo um poeta adolescente sua poesia tinha um ardor
juvenil, vulcanicamente hormonal e todavia apresentava uma lucidez intelectual
raramente encontrada na nossa literatura, segundo Candido, Antônio ( 2009 p, 496).
Bibliografia
CANDIDO, Antônio, Formação da Literatura Brasileira: 12ed. São Paulo: FAPESP,2009.
MOISES, Massaud, História da Literatura Brasileira: 2ed. São Paulo: CULTRIX, 1984.

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  • 1. Literatura Brasileira Romantismo- Poeta Alvares de Azevedo Análise Literária do Poema “Saudades” Marcela Barbosa da Silva - B6120A-0 Daniele Lopes Oliveira - B785DE-0 Juliane Carvalho - B876BD-2 Jaqueline Zwingli de Oliveira - B776AG-5 Resumo Este trabalho tem por objetivo analisar o poema “Saudades” pertencente à primeira parte do livro “ Lira dos Vinte Anos do poeta ultrarromântico brasileiro: Manuel Antônio Álvares de Azevedo (São Paulo, 1831 - Rio de Janeiro, 1852), ou simplesmente Álvares de Azevedo. Segundo CANDIDO, Antonio (2009, p. 493) este é um poeta o qual, “não podemos apreciar moderadamente: ou nos apegamos à sua obra passando por sobre defeitos e limitações que a deformam, ou a rejeitamos com veemência, rejeitando também a magia que dela emana”. Palavras-chaves: Literatura Brasileira, Romantismo, Poema romântico, Ultraromantismo. Introdução Contexto Histórico - Romantismo
  • 2. O Romantismo, enquanto movimento universal e unificado consistiu numa transformação estética e poética desenvolvida em oposição à tradição neoclássica setecentista e inspirada nos modelos medievais. A nova era literária e seu novo estilo designa o movimento estético, traduzido num estilo de vida e de arte, que dominou a civilização ocidental - da metade do século XVIII à metade do século XIX. Ainda no período pré-romântico ocorreu a luta contra o neoclassicismo. As novas tendências que se opuseram aos ideais neoclássicos, preludiando o Romantismo, refletem um estado de espírito inconformista em relação ao intelectualismo, ao absolutismo, ao convencionalismo clássico, e ao esgotamento das formas e temas então dominantes. A imaginação, o sentimento, a emoção e a sensibilidade, conquistam aos poucos o lugar que era ocupado pela razão. As principais características deste período são a valorização das emoções, a liberdade de criação, o amor platônico, os temas religiosos, o individualismo e o nacionalismo. Este foi um período fortemente influenciado pelos ideais do Iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa. Romantismo no Brasil A introdução do Romantismo é datada em 1836, com a publicação de Suspiros Poéticos e Saudades, de Domingos José Gonçalves de Magalhães - o Visconde de Araguaia. Sob a sua liderança um grupo de homens públicos e letrados articulou as primeiras manifestações do movimento no Brasil. No Brasil, o Romantismo assumiu um feitio particular, com caracteres especiais e traços próprios, ao lado dos elementos gerais que o filiam ao movimento europeu. É a partir deste movimento que nossa literatura nasceu.
  • 3. 1º Primeira Geração: Nacionalista ou Indianista Nesta fase são valorizados os temas nacionais, fatos históricos e a vida do índio. Este é apresentado como "bom selvagem” símbolo cultural do Brasil. Os escritores Domingos José Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Araújo Porto Alegre e Teixeira e Souza são destaques da geração indianista. 2ª Segunda Geração: Ultrarromântica, “Mal do século”, ou Byroniana Os escritores desta época retratavam os temas amorosos com extremismo. Suas poesias são marcadas por um profundo pessimismo, valorização da morte, da tristeza e uma visão decadente da vida e da sociedade. Muitos escritores deste período morreram ainda na adolescência, dentre os escritores de destaque desta fase estão: Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Junqueira Freire e, especialmente, Álvares de Azevedo. 3ª Terceira Geração: Condoreira, Poesia Social ou “Hugoana”. Fase que prenuncia o Realismo. Inspirada em Victor Hugo, focaliza seu tema em questões políticas e sociais como a defesa dos ideais libertários: poesia liberal, crítica à sociedade e realidade social. Na época, ideias abolicionistas e republicanas vinham à tona, juntamente com o desejo de se libertar do Império. Os destaques desta fase do Romantismo no Brasil cabem aos escritores Antônio Frederico de Castro Alves, e Joaquim de Sousa Andrade.
  • 4. O Autor - Manoel Antônio Álvares de Azevedo Para Guimarães Rosa, Álvares de Azevedo era um “oceano reduzido a um lago”. “O oceano reduzido ao lago, porque não havia espaço nem como tomar mais espaço”. História da Literatura Brasileira, NEJAR (2007, Pág. 72). Para CANDIDO (2009 p. 493) “Há nele, sobretudo, como no escorço de vida que é a adolescência, aquela mistura de frescor juvenil e fatigada senilidade.” Foi caracterizado de várias formas por críticos e historiadores literários como o poeta do escapismo da realidade no devaneio de suas ávidas leituras da literatura mundial. Características das obras: A obra de Álvares de Azevedo é marcada por uma visão que envolvia atração e medo, desejo e culpa, temendo sobretudo a realização amorosa perpassado pelo mundo da escuridão, do frio. A morbidez profunda misturada a ironia e ao sarcasmo são encontrados pautado por egocentrismo exacerbado e satanismo em quase toda sua obra poética. É marcado pela aderência ao espírito do “Mal do século”, uma onda de pessimismo doentio que se traduzia no apego a certos valores decadentes. Lira dos Vinte Anos …. Lira dos Vinte Anos é uma antologia poética de Álvares de Azevedo dividida em 3 partes É um marco do ultrarromantismo. A primeira parte apresenta o romantismo platônico. A segunda parte a ironia e a terceira parte, retoma os princípios e parâmetros da primeira parte. A obra foi publicada 1853, um ano após a sua morte. Os poemas são
  • 5. influenciados pelos grandes clássicos da literatura universal: Alfred Musset, Goethe, Lamartine, Lorde Byron, Vitor Hugo, William Shakespeare, verificados no decorrer de toda a sua obra. A edição atual data de 1942 e é dividida em duas faces e três partes: Face Ariel - primeira e terceira parte: traz poemas extremamente sentimentalistas que retratam amor platônico, melancolia, e idealismo. Face Caliban - segunda parte: traz poemas demasiadamente mórbidos, sarcásticos e irônicos. Primeira Parte: marcada pela demasiada idealização da mulher e do amor, e pela presença constante da temática da morte com forte carga de religiosidade. O Poema aqui analisado faz parte da primeira parte Segunda Parte: os poemas são mais sombrios, contendo elementos mórbidos como cadáveres, vultos, festas boêmias. A linguagem chega ao ponto do escárnio em certos momentos. Terceira Parte: Faz uma espécie de mistura entre as duas partes anteriores, porém se inclina mais ao estilo da primeira parte. Desenvolvimento Poema Saudades A figura de linguagem está presente assim como as repetições de versos livres, rebuscamento de palavras. Usa-se aliteração como marca em algumas estrofes e rico em palavras arcaicas, anáforas e metáforas. O poema contém versos livres, musicalidade e melodia.
  • 6. Saudades “Tis vain to struggle – let me perish Young” Byron “ É inútil lutar – deixem-me morrer jovem.” Foi por ti que num sonho de ventura A flor da mocidade consumi... E às primaveras disse adeus tão cedo E na idade do amor envelheci! Vinte anos! derramei-os gota a gota Num abismo de dor e esquecimento... De fogosas visões nutri meu peito... Vinte anos!... sem viver um só momento! Trata-se de uma configuração do amor platônico, que não se dirige a outro ser, mas ao próprio ato de amar. Relata um amor sofrido em sua juventude. A dor abismal do jovem poeta é presente Contudo, no passado uma esperança Tanto amor e ventura prometia... E uma virgem tão doce, tão divina, Nos sonhos junto a mim adormecia!
  • 7. Quando eu lia com ela... e no romance Suspirava melhor ardente nota... E Jocelyn sonhava com Laurence Ou Werther se morria por Carlota. Nas estrofes acima é relatado a fuga do autor para a literatura consumida na sua juventude como poeta-leitor de grandes escritores da literatura universal: Lamartine e Goethe. Eu sentia a tremer e a transluzir-lhe Nos olhos negros a alma inocentinha... E uma furtiva lágrima rolando Da face dela umedecer a minha! E quantas vezes o luar tardio Não viu nossos amores inocentes? Não embalou-se da morena virgem No suspirar, nos cânticos ardentes? E quantas vezes não dormi sonhando Eterno amor, eternas as venturas... E que o céu ia abrir-se... e entre os anjos Eu ia despertar em noites puras?
  • 8. Nas estrofes acima há uma ligação com as palavras luz: (transluzir e luar) (inocentinha, Inocente); Eterno Amor, pureza...temas repetidos neste poema. Também há as duas únicas estrofes interrogativas onde o poeta apresenta dúvidas quanto suas venturas amorosas. Foi esse o amor primeiro! Requeimou - me As artérias febris de juventude, Acordou-me dos sonhos da existência Na harmonia primeira do alaúde. Meu Deus! e quantas eu amei... Contudo Das noites voluptuosas da existência Só restam-me saudades dessas horas Que iluminou tua alma d'inocência. Foram três noites só... três noites belas De lua e de verão, no val saudoso... Que eu pensava existir... sentindo o peito Sobre teu coração morrer de gozo. “Na harmonia primeira do alaúde” o autor faz o uso de metáfora para definição de seu primeiro amor como harmonia de notas musicais. Alaúde: instrumento árabe de cordas dedilhadas.
  • 9. Meu Deus e Morrer de Gozo, parelha dialética, composta da reiterada presença de Deus em conflito com o hedonismo que teimava em manifestar-se, pois Álvares de Azevedo está longe de ser poeta religioso, a menção a Deus, é mais categoria idealista ou exclamação de socorro. E por três noites padeci três anos, Na vida cheia de saudade infinda... Três anos de esperança e de martírio... Três anos de sofrer — e espero ainda! Presença de anáforas: há repetição do número três no decorre das estrofes não sequencialmente A ti se ergueram meus doridos versos, Reflexos sem calor de um sol intenso, Votei-os à imagem dos amores Pra velá-la nos sonhos como incenso. Eu sonhei tanto amor, tantas venturas, Tantas noites de febre e d'esperança... Mas hoje o coração parado e frio, Do meu peito no túmulo descansa.
  • 10. O autor avista o túmulo como uma certeza de sua vida inconstante, atormentada por devaneios amorosos. Pálida sombra dos amores santos! Passa quando eu morrer no meu jazigo, Ajoelha ao luar e entoa um canto... Que lá na morte eu sonharei contigo. A morte é o fim! Considerações Finais Considerando Álvares de Azevedo um poeta adolescente sua poesia tinha um ardor juvenil, vulcanicamente hormonal e todavia apresentava uma lucidez intelectual raramente encontrada na nossa literatura, segundo Candido, Antônio ( 2009 p, 496). Bibliografia CANDIDO, Antônio, Formação da Literatura Brasileira: 12ed. São Paulo: FAPESP,2009. MOISES, Massaud, História da Literatura Brasileira: 2ed. São Paulo: CULTRIX, 1984.