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José Paulo Paes
             Henriqueta Lisboa
              Mário Quintana
             Vinícius de Moraes

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Alguns conceitos
• A poesia é uma das sete artes tradicionais,
  através da qual a linguagem humana é utilizada
  com fins estéticos.
• Tem um caráter abstrato.
• Num sentido amplo, a poesia identifica-se com a
  própria arte.
• É a arte de representar sentimentos por meio da
  expressão do belo.
• "Todas as coisas têm seu mistério, e a poesia é o
  mistério que todas as coisas têm".
                                    Garcia Lorca
José Paulo Paes


José Paulo Paes nasceu em Taquaritinga SP, em 1926. Estudou
química industrial em Curitiba, onde iniciou sua atividade literária
colaborando na revista Joaquim, dirigida por Dalton Trevisan. De
volta a São Paulo trabalhou em um laboratório farmacêutico e
numa editora. Desde de 1948 escreve com regularidade para
jornais e periódicos literários. Toda sua obra poética foi reunida,
em 1986, sob o título Um por todos. Em 1987 dirigiu uma oficina
de tradução de poesia na UNICAMP. Faleceu no dia 09.10.1998.
Henriqueta Lisboa


Henriqueta Lisboa (1901-1985), poeta mineira considerada pela crítica
um dos grandes nomes da lírica modernista, dedicou-se à poesia,
ensaios e traduções. Nasceu em Lambari, Minas Gerais, em 15 de julho
de 1901, filha do farmacêutico e deputado federal João de Almeida
Lisboa e de Maria Rita Vilhena Lisboa. Formou-se normalista pelo
Colégio Sion de Campanha, MG, e, em 1924, mudou-se para o Rio de
Janeiro. Dedicou-se à poesia desde muito jovem. Henriqueta faleceu
em Belo Horizonte, no dia 9 de outubro de 1985. Seu Centenário foi
comemorado ao longo do ano de 2002.
Mário Quintana


Mário Quintana, poeta gaúcho nascido em Alegrete, em 30 de julho de
1906, e morreu em 5 de maio de 1994, em Porto Alegre. Trabalhou em
vários jornais gaúchos. Traduziu Proust, Conrad, Balzac, e outros
autores de importância. Em 1940, lançou a Rua dos Cataventos, seu
Primeiro livro de poesias. Ao que seguiram Canções (1946), Sapato
Florido (1948), O aprendiz de Feiticeiro (1950), Espelho Mágico (1951),
Quintanares (1976), Apontamentos de História Sobrenatural (1976), A
Vaca eo Hipogrifo (1977), Prosa e Verso (1978), Baú de Espantos
(1986), Preparativos de Viagem (1987), além de varias antologias.
Vinícius de Moraes


Poeta, compositor, intérprete e diplomata brasileiro, nasceu no Rio em
19/10/13 e faleceu na mesma cidade em 09/07/80. Escreveu seu
primeiro poema aos sete anos. Fez curso de Direito no Rio e de
Literatura Inglesa em Oxford. Ingressou na carreira diplomática, por
concurso, em 1943, tendo servido como vice-cônsul em Los Angeles
(1947-50), o que abriu sua temática, posteriormente enriquecida pelo
seu interesse em teatro e cinema. Serviu também em Paris (duas
vezes) e Montevidéu.
O Livro
O livro divide-se em seis partes:

 Gente
Animais
Coisas
Lugares
Tempo
Amor
 Gente
Pescaria

Um homem
que se preocupava demais
com coisas sem importância
acabou ficando com a cabeça cheia de minhocas.
Um amigo lhe deu então a idéia
de usar as minhocas
numa pescaria para se distrair das preocupações.
O homem se distraiu tanto
pescando
que sua cabeça ficou leve
como um balão
e foi subindo pelo ar
até sumir nas nuvens.
Onde será que foi parar?
Não sei
nem quero me preocupar com isso.
Vou mais é pescar.
Mamãezinha

Mamãezinha, conta,    Conta, Mamãezinha,
conta uma história!   conta uma história!

Mamãezinha agora      Mamãezinha agora
está no fogão         está no seu sono
fazendo quitutes      cansado, sem sonhos.
para o seu neném.

Mamãezinha, conta,
conta uma história!

Mamãezinha agora
está no tanque
lavando as roupas
do seu neném.
Menininho doente

Na minha rua há um menininho doente.
Enquanto os outros partem para a escola,
Junto à janela, sonhadoramente,
Ele ouve o sapateiro bater sola.

Ouve também o carpinteiro, em frente,
Que uma canção napolitana engrola.
E pouco a pouco, gradativamente,
O sofrimento que ele tem se evola. . .

Mas nesta rua há um operário triste:
Não canta nada na manhã sonora
E o menino nem sonha que ele existe.

Ele trabalha silenciosamente. . .
E está compondo este soneto agora,
Pra alminha boa do menino doente. . .
Teu nome

Teu nome, Maria Lúcia
Tem qualquer coisa que afaga
Como uma lua macia
Brilhando à flor de uma vaga.
Parece um mar que marulha
De manso sobre uma praia
Tem o palor que irradia
A estrela quando desmaia.
É um doce nome de filha
É um belo nome de amada
Lembra um pedaço de ilha
Surgindo de madrugada.
Tem um cheirinho de murta
E é suave como a pelúcia
É acorde que nunca finda
É coisa por demais linda
Teu nome, Maria Lúcia...
 Animais
As borboletas

Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas

Borboletas brancas
São alegres e francas.

Borboletas azuis
Gostam muito de luz.

As amarelinhas
São tão bonitinhas!

E as pretas, então . . .
Oh, que escuridão!
Pirilampos

Quando a noite
Vem baixando,
Nas várzeas ao lusco-fusco
E na penumbra das moitas
E na sombra erma dos campos,
Piscam, piscam pirilampos.

São pirilampos ariscos
Que acendem pisca-piscando
As suas verdes lanternas,
Ou são claros olhos verdes,
De menininhos travessos,
Verdes olhos semitontos,
Semitontos mas acesos
Que estão lutando com o sono?
Das falsas posições

Com a pele do leão vestiu-se o burro um dia.
Porém, no seu encalço, a cada instante e hora,
"Olha o burro! Fiau! Fiau!" gritava a bicharia...
Tinha o parvo esquecido as orelhas de fora!
Identificação

Seria um siri na Síria
Ou um grou da Goenlândia?
Uma arara do Ararat
Ou uma pata da Patagónia?

Seria uma anta da Antártida
Ou um hamster de Amsterdã?
Um periquito de Quito
Ou marmota do Mar Morto?

Seria uma rena do Reno?
Uma mosca de Moscou?
Chinchila da China ou Chile?
Lontra de Londres talvez?

Seria um bicho do sul?
Seria um bicho no norte?
Sei lá. Quem quiser saber,
Que lhe peça o passaporte.
 Coisas
Coraçãozinho


Coraçãozinho que bate
tic-tic
Reloginho de Papai
tic-tac
Vamos fazer uma troca
tic-tic-tic-tac
Relógio fica comigo
tic-tic
dou coração a Papai
tic-tic-tac.
O relógio

Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Cadê

Nossa! que escuro!
Cadê a luz?
Dedo apagou.
Cadê o dedo?
Entrou no nariz.
Cadê o nariz?
Dando um espirro.
Cadê o espirro?
Ficou no lenço.
Cadê o lenço?
Foi com a calça.
Cadê a calça?
No guarda- roupa.
Cadê o guarda-roupa?
Fechado à chave.
Cadê a chave?
Homem levou.
Cadê o homem?
Está dormindo
de luz apagada.
Nossa! que escuro!
Canção da Garoa

Em cima do meu telhado,
Pirulin lulin lulin,
Um anjo, todo molhado,
Soluça no seu flautim.

O relógio vai bater;
As molas rangem sem fim.
O retrato na parede
Fica olhando para mim.

E chove sem saber por quê...
E tudo foi sempre assim!
Parece que vou sofrer:
Pirulin lulin lulin...
 Lugares
Rua dos Cataventos II

Dorme, ruazinha… E tudo escuro…
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme o teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranqüilos
Dorme… Não há ladrões, eu te asseguro…
Nem guardas para acaso persegui-los…
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos…
O vento está dormindo na calçada,
O vento enovelou-se como um cão…
Dorme, ruazinha… Não há nada…
Só os meus passos… Mas tão leves são
Que até parecem, pela madrugada,
Os da minha futura assombração…
Pomar

Menino - madruga      Rebrilha, cem olhos
o pomar não foge!     agrupados, negros.
(pitangas maduras     E as frutas estalam
dão água na boca.)    - espuma de vidro -
                      nos lábios de rosa.
Menino descalço       Menino guloso!
Não olha onde pisa.
Trepa pelas árvores   Menino guloso,
Agarrando pêssegos.   Ontem vi um figo
(Pêssegos macios      mesmo que um veludo,
como paina e flor.    redondo, polpudo,
Dentadas de gosto!)   E disse: este é meu!
                      Meu figo onde está?
Menino, cuidado,
jabuticabeiras        -passarinho comeu,
novinhas em folha     passarinho comeu...
não agüentam peso.
Escola

Escola é o lugar onde a gente vai quando não está de férias.
O chefe da escola é a diretora.
A diretora manda na professora.
A professora manda na gente.
A gente manda em ninguém.
Só quando manda alguém plantar batata.
Além de fazer lição na escola,
a gente tem que fazer lição em casa.
A professora leva nossa lição para casa dela e corrige.
Se a gente não errasse,
a professora não precisava levar
lição para casa.
Por isso é que a gente erra.
Embora não seja piano, nem banco,
a professora também dá notas.
Quem não tem boas notas, não passa de ano.
(será que fica sempre com a mesma idade?)
A casa

Era uma casa
muito engraçada
Não tinha teto,
não tinha nada
Ninguém podia
entrar nela, não
Porque na casa
não tinha chão
Ninguém podia
dormir na rede
Porque na casa
não tinha parede
Ninguém podia
fazer pipi
Porque penico
não tinha ali
Mas era feita
com muito esmero
Na rua dos bobos
Numero zero
 Tempo
Convite

Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.

Só que
bola, papagaio,pião
de tanto brincar
se gastam.

As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.

Como a água do rio
que é água sempre nova.

Como cada dia
que é sempre um novo dia.

Vamos brincar de poesia?
O Espelho

E como eu passasse por diante do espelho
Não vi meu quarto com as suas estantes
Nem este meu rosto
Onde escorre o tempo.

Vi primeiro uns retratos na parede:
Janelas onde olham avós hirsutos
E as vovozinhas de saia-balão
Como para-quedistas às avessas que subissem do fundo do tempo.

O relógio marcava a hora
Mas não dizia o dia. O Tempo,
Desconcertado,
Estava parado.

Sim, estava parado
Em cima do telhado...
Como um catavento que perdeu as asas!
O tempo é um fio

O tempo é um fio fino bastante frágil.   Mas ainda é tempo!
Um fio fino que à toa escapa.
                                         Soltai os potros aos quatro ventos,
O tempo é um fio.                        mandai os servos de um pólo ao
Tecei! Tecei!                            outro,
Rendas de bilro com gentileza.           vencei escarpas, dormi nas moitas,
Com mais empenho franças espessas.       voltai com tempo que já se foi...
Malhas e redes com mais astúcia.

O tempo é um fio que vale muito.

Franças espessas carregam frutos.
Malhas e redes apanham peixes.

O tempo é um fio por entre os
dedos.
Escapa o fio, perdeu-se o tempo

Lá vai o tempo
como um farrapo
jogado à toa!
Soneto de aniversário

Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.
 Amor
Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Fidelidade

Ainda agora e sempre
o amor complacente.

De perfil de frente
com vida perene.

E se mais ausente
a cada momento

Tanto mais presente
com o passar do tempo

à alma que consente
no maior silêncio

em guardá-lo dentro
de penumbra ardente

sem esquecimento
nunca para sempre

doloridamente
Mistério do amor

É o beija-flor
que beija a flor
ou é a flor
que beija o beija-flor?
Um dia acordarás

Um dia acordarás num quarto novo
Sem saber como foste para lá
E as vestes que acharás ao pé do leito
De tão estranhas te farão pasmar,
A janela abrirás, devagarinho:
Fará nevoeiro e tu nada verás...
Hás de tocar, a medo, a campainha
E, silenciosa, a porta se abrirá.


E um ser, que nunca viste, em um sorriso
Triste, te abraçará com seu maior carinho
E há de dizer-te para o teu assombro:


- Não te assustes de mim, que sofro há tanto!
Quero chorar - apenas - no teu ombro
E devorar teus olhos, meu amor...
Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa




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Poesias

  • 1. José Paulo Paes Henriqueta Lisboa Mário Quintana Vinícius de Moraes www.professorakarlinha.blogspot.com
  • 2. Alguns conceitos • A poesia é uma das sete artes tradicionais, através da qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos. • Tem um caráter abstrato. • Num sentido amplo, a poesia identifica-se com a própria arte. • É a arte de representar sentimentos por meio da expressão do belo. • "Todas as coisas têm seu mistério, e a poesia é o mistério que todas as coisas têm". Garcia Lorca
  • 3. José Paulo Paes José Paulo Paes nasceu em Taquaritinga SP, em 1926. Estudou química industrial em Curitiba, onde iniciou sua atividade literária colaborando na revista Joaquim, dirigida por Dalton Trevisan. De volta a São Paulo trabalhou em um laboratório farmacêutico e numa editora. Desde de 1948 escreve com regularidade para jornais e periódicos literários. Toda sua obra poética foi reunida, em 1986, sob o título Um por todos. Em 1987 dirigiu uma oficina de tradução de poesia na UNICAMP. Faleceu no dia 09.10.1998.
  • 4. Henriqueta Lisboa Henriqueta Lisboa (1901-1985), poeta mineira considerada pela crítica um dos grandes nomes da lírica modernista, dedicou-se à poesia, ensaios e traduções. Nasceu em Lambari, Minas Gerais, em 15 de julho de 1901, filha do farmacêutico e deputado federal João de Almeida Lisboa e de Maria Rita Vilhena Lisboa. Formou-se normalista pelo Colégio Sion de Campanha, MG, e, em 1924, mudou-se para o Rio de Janeiro. Dedicou-se à poesia desde muito jovem. Henriqueta faleceu em Belo Horizonte, no dia 9 de outubro de 1985. Seu Centenário foi comemorado ao longo do ano de 2002.
  • 5. Mário Quintana Mário Quintana, poeta gaúcho nascido em Alegrete, em 30 de julho de 1906, e morreu em 5 de maio de 1994, em Porto Alegre. Trabalhou em vários jornais gaúchos. Traduziu Proust, Conrad, Balzac, e outros autores de importância. Em 1940, lançou a Rua dos Cataventos, seu Primeiro livro de poesias. Ao que seguiram Canções (1946), Sapato Florido (1948), O aprendiz de Feiticeiro (1950), Espelho Mágico (1951), Quintanares (1976), Apontamentos de História Sobrenatural (1976), A Vaca eo Hipogrifo (1977), Prosa e Verso (1978), Baú de Espantos (1986), Preparativos de Viagem (1987), além de varias antologias.
  • 6. Vinícius de Moraes Poeta, compositor, intérprete e diplomata brasileiro, nasceu no Rio em 19/10/13 e faleceu na mesma cidade em 09/07/80. Escreveu seu primeiro poema aos sete anos. Fez curso de Direito no Rio e de Literatura Inglesa em Oxford. Ingressou na carreira diplomática, por concurso, em 1943, tendo servido como vice-cônsul em Los Angeles (1947-50), o que abriu sua temática, posteriormente enriquecida pelo seu interesse em teatro e cinema. Serviu também em Paris (duas vezes) e Montevidéu.
  • 7. O Livro O livro divide-se em seis partes:  Gente Animais Coisas Lugares Tempo Amor
  • 9. Pescaria Um homem que se preocupava demais com coisas sem importância acabou ficando com a cabeça cheia de minhocas. Um amigo lhe deu então a idéia de usar as minhocas numa pescaria para se distrair das preocupações. O homem se distraiu tanto pescando que sua cabeça ficou leve como um balão e foi subindo pelo ar até sumir nas nuvens. Onde será que foi parar? Não sei nem quero me preocupar com isso. Vou mais é pescar.
  • 10. Mamãezinha Mamãezinha, conta, Conta, Mamãezinha, conta uma história! conta uma história! Mamãezinha agora Mamãezinha agora está no fogão está no seu sono fazendo quitutes cansado, sem sonhos. para o seu neném. Mamãezinha, conta, conta uma história! Mamãezinha agora está no tanque lavando as roupas do seu neném.
  • 11. Menininho doente Na minha rua há um menininho doente. Enquanto os outros partem para a escola, Junto à janela, sonhadoramente, Ele ouve o sapateiro bater sola. Ouve também o carpinteiro, em frente, Que uma canção napolitana engrola. E pouco a pouco, gradativamente, O sofrimento que ele tem se evola. . . Mas nesta rua há um operário triste: Não canta nada na manhã sonora E o menino nem sonha que ele existe. Ele trabalha silenciosamente. . . E está compondo este soneto agora, Pra alminha boa do menino doente. . .
  • 12. Teu nome Teu nome, Maria Lúcia Tem qualquer coisa que afaga Como uma lua macia Brilhando à flor de uma vaga. Parece um mar que marulha De manso sobre uma praia Tem o palor que irradia A estrela quando desmaia. É um doce nome de filha É um belo nome de amada Lembra um pedaço de ilha Surgindo de madrugada. Tem um cheirinho de murta E é suave como a pelúcia É acorde que nunca finda É coisa por demais linda Teu nome, Maria Lúcia...
  • 14. As borboletas Brancas Azuis Amarelas E pretas Brincam Na luz As belas Borboletas Borboletas brancas São alegres e francas. Borboletas azuis Gostam muito de luz. As amarelinhas São tão bonitinhas! E as pretas, então . . . Oh, que escuridão!
  • 15. Pirilampos Quando a noite Vem baixando, Nas várzeas ao lusco-fusco E na penumbra das moitas E na sombra erma dos campos, Piscam, piscam pirilampos. São pirilampos ariscos Que acendem pisca-piscando As suas verdes lanternas, Ou são claros olhos verdes, De menininhos travessos, Verdes olhos semitontos, Semitontos mas acesos Que estão lutando com o sono?
  • 16. Das falsas posições Com a pele do leão vestiu-se o burro um dia. Porém, no seu encalço, a cada instante e hora, "Olha o burro! Fiau! Fiau!" gritava a bicharia... Tinha o parvo esquecido as orelhas de fora!
  • 17. Identificação Seria um siri na Síria Ou um grou da Goenlândia? Uma arara do Ararat Ou uma pata da Patagónia? Seria uma anta da Antártida Ou um hamster de Amsterdã? Um periquito de Quito Ou marmota do Mar Morto? Seria uma rena do Reno? Uma mosca de Moscou? Chinchila da China ou Chile? Lontra de Londres talvez? Seria um bicho do sul? Seria um bicho no norte? Sei lá. Quem quiser saber, Que lhe peça o passaporte.
  • 19. Coraçãozinho Coraçãozinho que bate tic-tic Reloginho de Papai tic-tac Vamos fazer uma troca tic-tic-tic-tac Relógio fica comigo tic-tic dou coração a Papai tic-tic-tac.
  • 20. O relógio Passa, tempo, tic-tac Tic-tac, passa, hora Chega logo, tic-tac Tic-tac, e vai-te embora Passa, tempo Bem depressa Não atrasa Não demora Que já estou Muito cansado Já perdi Toda a alegria De fazer Meu tic-tac Dia e noite Noite e dia Tic-tac Tic-tac Dia e noite Noite e dia
  • 21. Cadê Nossa! que escuro! Cadê a luz? Dedo apagou. Cadê o dedo? Entrou no nariz. Cadê o nariz? Dando um espirro. Cadê o espirro? Ficou no lenço. Cadê o lenço? Foi com a calça. Cadê a calça? No guarda- roupa. Cadê o guarda-roupa? Fechado à chave. Cadê a chave? Homem levou. Cadê o homem? Está dormindo de luz apagada. Nossa! que escuro!
  • 22. Canção da Garoa Em cima do meu telhado, Pirulin lulin lulin, Um anjo, todo molhado, Soluça no seu flautim. O relógio vai bater; As molas rangem sem fim. O retrato na parede Fica olhando para mim. E chove sem saber por quê... E tudo foi sempre assim! Parece que vou sofrer: Pirulin lulin lulin...
  • 24. Rua dos Cataventos II Dorme, ruazinha… E tudo escuro… E os meus passos, quem é que pode ouvi-los? Dorme o teu sono sossegado e puro, Com teus lampiões, com teus jardins tranqüilos Dorme… Não há ladrões, eu te asseguro… Nem guardas para acaso persegui-los… Na noite alta, como sobre um muro, As estrelinhas cantam como grilos… O vento está dormindo na calçada, O vento enovelou-se como um cão… Dorme, ruazinha… Não há nada… Só os meus passos… Mas tão leves são Que até parecem, pela madrugada, Os da minha futura assombração…
  • 25. Pomar Menino - madruga Rebrilha, cem olhos o pomar não foge! agrupados, negros. (pitangas maduras E as frutas estalam dão água na boca.) - espuma de vidro - nos lábios de rosa. Menino descalço Menino guloso! Não olha onde pisa. Trepa pelas árvores Menino guloso, Agarrando pêssegos. Ontem vi um figo (Pêssegos macios mesmo que um veludo, como paina e flor. redondo, polpudo, Dentadas de gosto!) E disse: este é meu! Meu figo onde está? Menino, cuidado, jabuticabeiras -passarinho comeu, novinhas em folha passarinho comeu... não agüentam peso.
  • 26. Escola Escola é o lugar onde a gente vai quando não está de férias. O chefe da escola é a diretora. A diretora manda na professora. A professora manda na gente. A gente manda em ninguém. Só quando manda alguém plantar batata. Além de fazer lição na escola, a gente tem que fazer lição em casa. A professora leva nossa lição para casa dela e corrige. Se a gente não errasse, a professora não precisava levar lição para casa. Por isso é que a gente erra. Embora não seja piano, nem banco, a professora também dá notas. Quem não tem boas notas, não passa de ano. (será que fica sempre com a mesma idade?)
  • 27. A casa Era uma casa muito engraçada Não tinha teto, não tinha nada Ninguém podia entrar nela, não Porque na casa não tinha chão Ninguém podia dormir na rede Porque na casa não tinha parede Ninguém podia fazer pipi Porque penico não tinha ali Mas era feita com muito esmero Na rua dos bobos Numero zero
  • 29. Convite Poesia é brincar com palavras como se brinca com bola, papagaio, pião. Só que bola, papagaio,pião de tanto brincar se gastam. As palavras não: quanto mais se brinca com elas mais novas ficam. Como a água do rio que é água sempre nova. Como cada dia que é sempre um novo dia. Vamos brincar de poesia?
  • 30. O Espelho E como eu passasse por diante do espelho Não vi meu quarto com as suas estantes Nem este meu rosto Onde escorre o tempo. Vi primeiro uns retratos na parede: Janelas onde olham avós hirsutos E as vovozinhas de saia-balão Como para-quedistas às avessas que subissem do fundo do tempo. O relógio marcava a hora Mas não dizia o dia. O Tempo, Desconcertado, Estava parado. Sim, estava parado Em cima do telhado... Como um catavento que perdeu as asas!
  • 31. O tempo é um fio O tempo é um fio fino bastante frágil. Mas ainda é tempo! Um fio fino que à toa escapa. Soltai os potros aos quatro ventos, O tempo é um fio. mandai os servos de um pólo ao Tecei! Tecei! outro, Rendas de bilro com gentileza. vencei escarpas, dormi nas moitas, Com mais empenho franças espessas. voltai com tempo que já se foi... Malhas e redes com mais astúcia. O tempo é um fio que vale muito. Franças espessas carregam frutos. Malhas e redes apanham peixes. O tempo é um fio por entre os dedos. Escapa o fio, perdeu-se o tempo Lá vai o tempo como um farrapo jogado à toa!
  • 32. Soneto de aniversário Passem-se dias, horas, meses, anos Amadureçam as ilusões da vida Prossiga ela sempre dividida Entre compensações e desenganos. Faça-se a carne mais envilecida Diminuam os bens, cresçam os danos Vença o ideal de andar caminhos planos Melhor que levar tudo de vencida. Queira-se antes ventura que aventura À medida que a têmpora embranquece E fica tenra a fibra que era dura. E eu te direi: amiga minha, esquece... Que grande é este amor meu de criatura Que vê envelhecer e não envelhece.
  • 34. Soneto de Fidelidade De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure.
  • 35. Fidelidade Ainda agora e sempre o amor complacente. De perfil de frente com vida perene. E se mais ausente a cada momento Tanto mais presente com o passar do tempo à alma que consente no maior silêncio em guardá-lo dentro de penumbra ardente sem esquecimento nunca para sempre doloridamente
  • 36. Mistério do amor É o beija-flor que beija a flor ou é a flor que beija o beija-flor?
  • 37. Um dia acordarás Um dia acordarás num quarto novo Sem saber como foste para lá E as vestes que acharás ao pé do leito De tão estranhas te farão pasmar, A janela abrirás, devagarinho: Fará nevoeiro e tu nada verás... Hás de tocar, a medo, a campainha E, silenciosa, a porta se abrirá. E um ser, que nunca viste, em um sorriso Triste, te abraçará com seu maior carinho E há de dizer-te para o teu assombro: - Não te assustes de mim, que sofro há tanto! Quero chorar - apenas - no teu ombro E devorar teus olhos, meu amor...
  • 38. Autopsicografia O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. Fernando Pessoa www.professorakarlinha.blogspot.com