SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
Frutas da Amazônia<br />Açaí <br />O fruto do açaí vem de  uma palmeira altamente ornamental, de múltiplos troncos de até 25 m de altura, levemente curva e apresentando raízes visíveis na base, caule liso. Seus frutos nascem em cachos em número de 3 a 8 por planta. Sua freqüência no Baixo Amazonas chega a tal ordem que produz populações homogêneas. Sua regeneração é extraordinariamente grande mesmo sendo abatida vorazmente pela indústria de palmito. Floresce quase o ano inteiro, porém predominando de setembro a janeiro. A maturação de seus frutos verifica-se durante a maior parte do ano, com maior intensidade nos meses de julho-dezembro. Os frutos são muito apreciados pela população amazônica para fabrico do vinho do açaí, que é um complemento alimentar bastante popular. O palmito é também muito apreciado, porém utilizado principalmente pela indústria de conservas. Bebida extraída do pequeno fruto do açaizeiro, palmeira de porte esguio que chega a alcançar 30 m de altura e que produz cachos com dezenas de caroços (frutos) redondinhos. De cor arroxeada, a bebida é assim extraída: colocam-se os caroços do açaí de molho na água para amolecer a casca fina que os reveste. Em seguida os caroços são amassados com água em alguidar de barro ou máquina própria, coando-se então a mistura em peneiras especiais para que se obtenha um líquido roxo, espesso e de sabor característico incomparável. Toma-se gelado com açúcar, farinha de tapioca ou farinha-d'água. Há quem o aprecie sem açúcar. É nutritivo e refrescante. É também delicioso no preparo de sorvetes, licores, mousses, etc.  No Brasil ocorre no Pará, Amazonas, Maranhão e Amapá, principalmente no estuário do Rio Amazonas.<br />Araçá-boi O araçá-boi é planta originária na Amazônia Ocidental, medindo cerca de três metros de altura, possuindo a casca lisa escamosa e copa esparsa. Pertencente a família das Myrtaceae, que é a mesma da goiaba e jabuticaba. É cultivada também no Peru e na Bolívia. Frutifica de janeiro a maio.O fruto arredondado, de cor amarelada quando maduro, contém muitas sementes e é bastante aromático. O araçazeiro é utilizado em várias aplicações. Seus frutos de sabor delicioso são consumidos ao natural ou usados como ingrediente na produção de doces, sorvetes e bebidas. Suas folhas e os brotos novos fornecem matéria corante. Suas raízes são tidas como diuréticas e antidiarréicas. A casca pode ser utilizada para a aplicação em curtumes.Quanto ao aspecto nutritivo, o araçá-boi possui vitamina A, B, C, além de altas taxas de proteína e carboidratos. A espécie apresenta potencial para conquistar um lugar de destaque no mercado nacional e internacional, principalmente como refresco natural, podendo ainda ser comercializada como polpa congelada ou suco engarrafado. Buriti Pertencente a família das palmáceas, o buriti (Mauritia vinifera e M. flexuosa) predomina numa extensa área que cobre praticamente todo o Brasil central e o sul da planície amazônica. Espécie de porte elegante, seu caule pode alcançar até 35 m de altura. Folhas grandes, formam uma copa arredondada. Flores de coloração amarelada, surgem de dezembro a abril. Seus frutos em forma de elipsóide, castanho-avermelhado, possuem uma superfície revestida por escamas brilhantes. A polpa amarela cobre uma semente oval dura e amêndoa comestível. Frutifica de dezembro a junho. O buriti vive isoladamente ou em comunidades, que exigem abundante suprimento de água no solo. Por esta razão, terrenos de várzea e brejos, de solo fofo e úmido, onde se destacam, são indício seguro de que por ali existe um curso d'água. Por onde passam, são as águas que carregam e espalham as sementes da palmeira buriti. O buriti possui várias utilidades, dentre elas a produção de uma bebida conhecida por quot;
vinho de buritiquot;
. Da polpa de seus frutos é extraído um óleo comestível que possui altos teores de vitamina A. Esse mesmo óleo também é utilizado contra queimaduras, por possuir um efeito aliviador e cicatrizante. Além disso, a polpa é muito utilizada para a produção de sorvetes, cremes, geléias, licores e vitaminas de sabores exóticos e alta concentração de vitamina C. Camu-camu Arbusto de pequeno porte, podendo atingir até 3 m de altura, caule com casca lisa. Folhas avermelhadas quando jovens e verdes posteriormente, lisas e brilhantes. Flores brancas, aromáticas, aglomeradas em grupos de 3 a 4. Fruto: Arredondado, de coloração avermelhada quando jovem e roxo- escura quando maduro. Polpa aquosa envolvendo a semente de coloração esverdeada. Frutifica de novembro a marco. Cultivo: Espécie silvestre que ocorre predominantemente ao longo das margens de rios e lagos,com a parte inferior do caule e freqüentemente submerso. O camu-camu, de acordo com resultados obtidos em experimentas realizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), apresenta alto valores nutritivos e, em especial, possui uma concentração de vitamina C em sua polpa superior ao da acerola. Técnicos do INPA estão, também, fazendo experimentos que procuram viabilizar comercialmente o seu cultivo, tornando a planta mais produtiva. Para quem conhece os teores de ácido ascórbico - ou vitamina C - contidos na acerola e a dimensão dos valores e ganhos obtidos em sua exploração econômica, estas são importantes afirmações Fruto de planta nativa da Amazônia, o camu-camu cresce em arbustos ou pequenas árvores e se encontra disperso em quase toda a região. Pode ser encontrado, invariavelmente, à beira dos igarapés, rios ou em regiões permanentemente alagadas, onde a parte inferior de seu caule pode ficar imersa. Os frutos do camu-camu são pequenas esferas do tamanho de cerejas, de casca mais resistente do que a acerola, lembrando a jabuticaba: sua casca, ao se romper na boca, deixa escapar o caldo da polpa, que fica envolto em uma semente única. Apresentam uma cor avermelhada que, à medida que vão amadurecendo, passam a um roxo enegrecido.Muitas vezes, as frutinhas são encontradas em tamanha quantidade, que o colorido que dão à margem das águas amazônicas chama a atenção de qualquer pessoa. Em Roraima onde ela pode ser encontrada em profusão, há até mesmo um bairro da cidade de BoaVista que tomou emprestado da fruta o nome de caçari pelo qual é mais conhecido na região. Apesar de tanta abundância, o brasileiro nativo ainda não aprendeu a aproveitar de toda a generosidade dessa planta. Quando muito, o camu-camu é utilizado como passatempo e tira-gosto pelos pescadores nas longas horas em que permanecem à beira d'água, próximos aos arbustos repletos. Na pescaria, a fruta é também utilizada como isca para o tambaqui, um dos melhores e mais comuns peixes amazônicos. Atualmente, é na Amazônia peruana onde vamos buscar algumas lições para a utilização desta fruta. Ali, o camu- camu é pouco consumido in natura. Por ser bastante ácido, apesar de doce, é fruta preterida para o preparo de refrescos, sorvetes, picolés, geléias, doces ou licores, além de acrescentar sabor e cor a diferentes tipos de tortas e sobremesas confeccionadas à base de outras frutas. Em todos os casos, a casca deve ser acrescentada juntamente com a polpa suculenta da fruta, pois, é ela que concentra a maior parte de seus teores nutritivos e que carrega sua bonita e atraente coloração vermelho- arroxeada. O camu-camu é uma espécie tipicamente silvestre, mas com um grande potencial econômico capaz de colocá-lo no mesmo nível de importância de outras frutíferas tradicionais da região amazônica, tais como o açaí e o cupuaçu. Mas não é apenas ali que o camu-camu tem futuro: em São Paulo, no Vale do Ribeira, região de mangues e de clima quente e úmido semelhante ao da Amazônia, a planta já começou a ser cultivada com sucesso. Cupuaçu<br /> As sementes de cupuaçu, por seu alto teor de gordura, prestam-se à fabricação de chocolate e já foram utilizadas para esse fim, em lugar das sementes de cacau. Por esse emprego, o cupuaçu recebeu no passado nomes como cacau-do-peru e cacau-de-caracas. Pertencente à família das esterculiáceas e ao mesmo gênero do cacau-verdadeiro, o cupuaçu (Theobroma grandiflorum) é uma árvore de porte médio, nativa da Amazônia, que passou a ser cultivada em quase todo o Brasil, exceto nos estados do sul. Os galhos são longos e grossos, mas flexíveis. As folhas, muito grandes, chegam às vezes a cinqüenta centímetros de comprimento. As flores, de coloração vermelho-escura, brotam dos galhos e se dispõem em panículas ou cachos compostos. O fruto do cupuaçu mede cerca de 15cm de comprimento por dez de diâmetro. Tem a casca marrom, lenhosa e enrugada, e encerra numerosas sementes envoltas em polpa branca, muito utilizada na produção de refrescos, sorvetes e doces, comuns em vários estados, mas típicos do Pará. A multiplicação do cupuaçu se faz por sementes. Os pés começam a frutificar, em geral, por volta do oitavo ano. Graviola A graviola (Annona muricata L.) é fruto da família da Annonaceae, apresenta coloração esverdeada e apresenta falsos espinhos. Sua polpa branca de agradável sabor, é muito utilizada para o preparo de sucos, sorvetes, mousses, gelatinas e pudins. No Brasil, o cultivo da graviola é comum em pomares domésticos de cidades e sítios das regiões Norte e Nordeste, onde existem também áreas de plantio comercial da fruta. Supõe-se que a graviola seja fruta nascida nas terras ilhadas do Mar do Caribe, tendo sido encontrada em estado selvagem ; nas ilhas de Cuba, São Domingos, Jamaica e em outras menores. Dali, é que a fruta teria seguido para a Amazônia. A gravioleira frutifica de janeiro a março, não é árvore de frutificação abundante, mas o tamanho dos frutos compensa: a graviola pesa, em média, de 1 a 4 Kg. De aparência semelhante ao biribá, a graviola se diferencia pelos falsos espinhos, recurvados e curtos, porém moles e pelo seu formato menos arredondado e mais comprido do que o biribá. A graviola contém uma boa quantidade de proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas C e B, potássio e fósforo. Pupunha Muitas frutas nativas da Amazônia, malgrado seu valor nutritivo, como a pupunha, tiveram seu consumo por longo tempo restrito à região, como parte de hábitos herdados dos índios. Entre essas frutas destaca-se a pupunha, que despertou interesse por suas propriedades e subprodutos que fornece. <br />Pupunha A pupunha(Bactris gasipaes) é uma palmeira multicaule da família das palmáceas, a mesma da carnaúba, do babaçu e do açaí. Atinge vinte metros de altura e, na fase adulta, erguem-se do solo de 10 a 15 caules secundários, os quais formam imponente touceira ao redor do espinhoso caule central e garantem a renovação da planta.Nem todos esses filhotes chegam a frutificar e os estéreis podem ser aproveitados para a obtenção de palmitos, sucedâneos perfeitos dos palmitos de açaí e juçara, espécies já por demais submetidas à devastação extrativa. Em condições naturais, a pupunha começa a frutificar em grandes cachos aos cinco anos, tempo que se reduz à metade em condições especiais de cultivo. As flores masculinas caem após liberar o pólen e as femininas desenvolvem-se em pequenos frutos vermelhos, amarelos ou alaranjados, com cerca de cinco centímetros de diâmetro. Muito ricos em vitamina A e com expressivo teor de proteínas e amidos, podem ser comidos cozidos em água e sal e se prestam também à extração de óleo e à produção de farinha. Dos resíduos, faz-se ração para animais. A partir da década de 1970, a pupunha tornou-se alvo de pesquisas para o cultivo intensivo em outras áreas. Na Bahia, primeiro estado extra-amazônico a cultivar a espécie, a colheita da pupunha vai de novembro a março. Tucumã Fruto do tucumanzeiro, palmeira que chega a alcançar 10m de altura. Essa palmeira produz cachos com numerosos frutos de formato ovóide, casca amarelo-esverdeada e polpa fibrosa, amarela, característica, que reveste o caroço. Muitas outras frutas típicas do Pará enriquecem esta relação, embora não tenham consumo tão acentuado como as anteriormente citadas: uxi, umari e bacuri-pari. Tantas outras têm incidência em todo o Brasil ou em apenas algumas regiões, não sendo exclusividade paraense: mangas, buriti, jenipapo, ingá, graviola, abricó, taperebá-do-sertão, goiaba, jaca, tamarindo, sapoti, carambola, mari-mari, abacaxi, biribá, etc. <br />
Frutas da amazônia
Frutas da amazônia
Frutas da amazônia
Frutas da amazônia

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

áRvores do rs 4º ano 2011 helena
áRvores do rs  4º ano 2011   helenaáRvores do rs  4º ano 2011   helena
áRvores do rs 4º ano 2011 helenaElisângela Ribas
 
A Vegetação do Rio Grande do Sul
A Vegetação do Rio Grande do SulA Vegetação do Rio Grande do Sul
A Vegetação do Rio Grande do SulElisete Nunes
 
Projeto%20de%20 inclus%c3%a3o%20digital%20na%20terceira%20idade%2009.07.2010[...
Projeto%20de%20 inclus%c3%a3o%20digital%20na%20terceira%20idade%2009.07.2010[...Projeto%20de%20 inclus%c3%a3o%20digital%20na%20terceira%20idade%2009.07.2010[...
Projeto%20de%20 inclus%c3%a3o%20digital%20na%20terceira%20idade%2009.07.2010[...dejair tives lopes junior
 
Boletim MarkEsalq ano 4 nº16/Abril 2016 Manga
Boletim MarkEsalq ano 4 nº16/Abril 2016 MangaBoletim MarkEsalq ano 4 nº16/Abril 2016 Manga
Boletim MarkEsalq ano 4 nº16/Abril 2016 MangaMarkEsalq
 
Agrofloresta botânica (stones)
Agrofloresta   botânica (stones)Agrofloresta   botânica (stones)
Agrofloresta botânica (stones)booksreader
 
5 botânica e morfologia da cana
5 botânica e morfologia da cana5 botânica e morfologia da cana
5 botânica e morfologia da canaCristóvão Lopes
 
Boletim MarkEsalq em Rede Ano 4 n°19/ Outubro 2016 – Uva
Boletim MarkEsalq em Rede Ano 4 n°19/ Outubro 2016 – UvaBoletim MarkEsalq em Rede Ano 4 n°19/ Outubro 2016 – Uva
Boletim MarkEsalq em Rede Ano 4 n°19/ Outubro 2016 – UvaMarkEsalq
 
Oliveiras fichas de caracterização
Oliveiras   fichas de caracterizaçãoOliveiras   fichas de caracterização
Oliveiras fichas de caracterizaçãoArmindo Rosa
 
P.s. vive melhor
P.s. vive melhorP.s. vive melhor
P.s. vive melhorBlucas
 
A cultura do figo
A cultura do figoA cultura do figo
A cultura do figoMagno Abreu
 

Mais procurados (18)

áRvores do rs 4º ano 2011 helena
áRvores do rs  4º ano 2011   helenaáRvores do rs  4º ano 2011   helena
áRvores do rs 4º ano 2011 helena
 
Cajá manga
Cajá   mangaCajá   manga
Cajá manga
 
Árvores do 4B: Helena
Árvores do 4B: HelenaÁrvores do 4B: Helena
Árvores do 4B: Helena
 
A Vegetação do Rio Grande do Sul
A Vegetação do Rio Grande do SulA Vegetação do Rio Grande do Sul
A Vegetação do Rio Grande do Sul
 
Frutas E Legumes Acerola
Frutas E Legumes AcerolaFrutas E Legumes Acerola
Frutas E Legumes Acerola
 
A Diversidade Das Flores
A Diversidade Das FloresA Diversidade Das Flores
A Diversidade Das Flores
 
Projeto%20de%20 inclus%c3%a3o%20digital%20na%20terceira%20idade%2009.07.2010[...
Projeto%20de%20 inclus%c3%a3o%20digital%20na%20terceira%20idade%2009.07.2010[...Projeto%20de%20 inclus%c3%a3o%20digital%20na%20terceira%20idade%2009.07.2010[...
Projeto%20de%20 inclus%c3%a3o%20digital%20na%20terceira%20idade%2009.07.2010[...
 
Boletim MarkEsalq ano 4 nº16/Abril 2016 Manga
Boletim MarkEsalq ano 4 nº16/Abril 2016 MangaBoletim MarkEsalq ano 4 nº16/Abril 2016 Manga
Boletim MarkEsalq ano 4 nº16/Abril 2016 Manga
 
Agrofloresta botânica (stones)
Agrofloresta   botânica (stones)Agrofloresta   botânica (stones)
Agrofloresta botânica (stones)
 
Embrapa melancia
Embrapa melanciaEmbrapa melancia
Embrapa melancia
 
5 botânica e morfologia da cana
5 botânica e morfologia da cana5 botânica e morfologia da cana
5 botânica e morfologia da cana
 
Boletim MarkEsalq em Rede Ano 4 n°19/ Outubro 2016 – Uva
Boletim MarkEsalq em Rede Ano 4 n°19/ Outubro 2016 – UvaBoletim MarkEsalq em Rede Ano 4 n°19/ Outubro 2016 – Uva
Boletim MarkEsalq em Rede Ano 4 n°19/ Outubro 2016 – Uva
 
Oliveiras fichas de caracterização
Oliveiras   fichas de caracterizaçãoOliveiras   fichas de caracterização
Oliveiras fichas de caracterização
 
Pera.
Pera.Pera.
Pera.
 
P.s. vive melhor
P.s. vive melhorP.s. vive melhor
P.s. vive melhor
 
A cultura do figo
A cultura do figoA cultura do figo
A cultura do figo
 
Figueiras
Figueiras Figueiras
Figueiras
 
Natura
NaturaNatura
Natura
 

Semelhante a Frutas da amazônia (20)

Frutas tropicais
Frutas tropicais  Frutas tropicais
Frutas tropicais
 
Plantas silvestres comestíveis
Plantas silvestres comestíveisPlantas silvestres comestíveis
Plantas silvestres comestíveis
 
2941627
29416272941627
2941627
 
Frutas Do Cerrado 1
Frutas Do Cerrado 1Frutas Do Cerrado 1
Frutas Do Cerrado 1
 
A Diversidade Das Flores
A Diversidade Das FloresA Diversidade Das Flores
A Diversidade Das Flores
 
cupuaçu.pptx
cupuaçu.pptxcupuaçu.pptx
cupuaçu.pptx
 
Camu Camu
Camu CamuCamu Camu
Camu Camu
 
30 vegetais folhosos
30 vegetais folhosos30 vegetais folhosos
30 vegetais folhosos
 
30 Vegetais Folhosos
30  Vegetais  Folhosos30  Vegetais  Folhosos
30 Vegetais Folhosos
 
MARACUJÁ
MARACUJÁ MARACUJÁ
MARACUJÁ
 
Aula Nativas do Brasil frutas naturais do pais
Aula Nativas do Brasil frutas naturais do paisAula Nativas do Brasil frutas naturais do pais
Aula Nativas do Brasil frutas naturais do pais
 
Rubiaceae 2018
Rubiaceae 2018Rubiaceae 2018
Rubiaceae 2018
 
Amora preta: quem é quem
Amora preta: quem é quemAmora preta: quem é quem
Amora preta: quem é quem
 
Jabuticaba
JabuticabaJabuticaba
Jabuticaba
 
O Cerrado
O Cerrado O Cerrado
O Cerrado
 
A estação de queda das folhas
A estação de queda das folhasA estação de queda das folhas
A estação de queda das folhas
 
Apresentação agrofloresta
Apresentação agrofloresta Apresentação agrofloresta
Apresentação agrofloresta
 
Sara
SaraSara
Sara
 
Bromeeliaceae
BromeeliaceaeBromeeliaceae
Bromeeliaceae
 
Agaveas
AgaveasAgaveas
Agaveas
 

Frutas da amazônia

  • 1. Frutas da Amazônia<br />Açaí <br />O fruto do açaí vem de  uma palmeira altamente ornamental, de múltiplos troncos de até 25 m de altura, levemente curva e apresentando raízes visíveis na base, caule liso. Seus frutos nascem em cachos em número de 3 a 8 por planta. Sua freqüência no Baixo Amazonas chega a tal ordem que produz populações homogêneas. Sua regeneração é extraordinariamente grande mesmo sendo abatida vorazmente pela indústria de palmito. Floresce quase o ano inteiro, porém predominando de setembro a janeiro. A maturação de seus frutos verifica-se durante a maior parte do ano, com maior intensidade nos meses de julho-dezembro. Os frutos são muito apreciados pela população amazônica para fabrico do vinho do açaí, que é um complemento alimentar bastante popular. O palmito é também muito apreciado, porém utilizado principalmente pela indústria de conservas. Bebida extraída do pequeno fruto do açaizeiro, palmeira de porte esguio que chega a alcançar 30 m de altura e que produz cachos com dezenas de caroços (frutos) redondinhos. De cor arroxeada, a bebida é assim extraída: colocam-se os caroços do açaí de molho na água para amolecer a casca fina que os reveste. Em seguida os caroços são amassados com água em alguidar de barro ou máquina própria, coando-se então a mistura em peneiras especiais para que se obtenha um líquido roxo, espesso e de sabor característico incomparável. Toma-se gelado com açúcar, farinha de tapioca ou farinha-d'água. Há quem o aprecie sem açúcar. É nutritivo e refrescante. É também delicioso no preparo de sorvetes, licores, mousses, etc.  No Brasil ocorre no Pará, Amazonas, Maranhão e Amapá, principalmente no estuário do Rio Amazonas.<br />Araçá-boi O araçá-boi é planta originária na Amazônia Ocidental, medindo cerca de três metros de altura, possuindo a casca lisa escamosa e copa esparsa. Pertencente a família das Myrtaceae, que é a mesma da goiaba e jabuticaba. É cultivada também no Peru e na Bolívia. Frutifica de janeiro a maio.O fruto arredondado, de cor amarelada quando maduro, contém muitas sementes e é bastante aromático. O araçazeiro é utilizado em várias aplicações. Seus frutos de sabor delicioso são consumidos ao natural ou usados como ingrediente na produção de doces, sorvetes e bebidas. Suas folhas e os brotos novos fornecem matéria corante. Suas raízes são tidas como diuréticas e antidiarréicas. A casca pode ser utilizada para a aplicação em curtumes.Quanto ao aspecto nutritivo, o araçá-boi possui vitamina A, B, C, além de altas taxas de proteína e carboidratos. A espécie apresenta potencial para conquistar um lugar de destaque no mercado nacional e internacional, principalmente como refresco natural, podendo ainda ser comercializada como polpa congelada ou suco engarrafado. Buriti Pertencente a família das palmáceas, o buriti (Mauritia vinifera e M. flexuosa) predomina numa extensa área que cobre praticamente todo o Brasil central e o sul da planície amazônica. Espécie de porte elegante, seu caule pode alcançar até 35 m de altura. Folhas grandes, formam uma copa arredondada. Flores de coloração amarelada, surgem de dezembro a abril. Seus frutos em forma de elipsóide, castanho-avermelhado, possuem uma superfície revestida por escamas brilhantes. A polpa amarela cobre uma semente oval dura e amêndoa comestível. Frutifica de dezembro a junho. O buriti vive isoladamente ou em comunidades, que exigem abundante suprimento de água no solo. Por esta razão, terrenos de várzea e brejos, de solo fofo e úmido, onde se destacam, são indício seguro de que por ali existe um curso d'água. Por onde passam, são as águas que carregam e espalham as sementes da palmeira buriti. O buriti possui várias utilidades, dentre elas a produção de uma bebida conhecida por quot; vinho de buritiquot; . Da polpa de seus frutos é extraído um óleo comestível que possui altos teores de vitamina A. Esse mesmo óleo também é utilizado contra queimaduras, por possuir um efeito aliviador e cicatrizante. Além disso, a polpa é muito utilizada para a produção de sorvetes, cremes, geléias, licores e vitaminas de sabores exóticos e alta concentração de vitamina C. Camu-camu Arbusto de pequeno porte, podendo atingir até 3 m de altura, caule com casca lisa. Folhas avermelhadas quando jovens e verdes posteriormente, lisas e brilhantes. Flores brancas, aromáticas, aglomeradas em grupos de 3 a 4. Fruto: Arredondado, de coloração avermelhada quando jovem e roxo- escura quando maduro. Polpa aquosa envolvendo a semente de coloração esverdeada. Frutifica de novembro a marco. Cultivo: Espécie silvestre que ocorre predominantemente ao longo das margens de rios e lagos,com a parte inferior do caule e freqüentemente submerso. O camu-camu, de acordo com resultados obtidos em experimentas realizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), apresenta alto valores nutritivos e, em especial, possui uma concentração de vitamina C em sua polpa superior ao da acerola. Técnicos do INPA estão, também, fazendo experimentos que procuram viabilizar comercialmente o seu cultivo, tornando a planta mais produtiva. Para quem conhece os teores de ácido ascórbico - ou vitamina C - contidos na acerola e a dimensão dos valores e ganhos obtidos em sua exploração econômica, estas são importantes afirmações Fruto de planta nativa da Amazônia, o camu-camu cresce em arbustos ou pequenas árvores e se encontra disperso em quase toda a região. Pode ser encontrado, invariavelmente, à beira dos igarapés, rios ou em regiões permanentemente alagadas, onde a parte inferior de seu caule pode ficar imersa. Os frutos do camu-camu são pequenas esferas do tamanho de cerejas, de casca mais resistente do que a acerola, lembrando a jabuticaba: sua casca, ao se romper na boca, deixa escapar o caldo da polpa, que fica envolto em uma semente única. Apresentam uma cor avermelhada que, à medida que vão amadurecendo, passam a um roxo enegrecido.Muitas vezes, as frutinhas são encontradas em tamanha quantidade, que o colorido que dão à margem das águas amazônicas chama a atenção de qualquer pessoa. Em Roraima onde ela pode ser encontrada em profusão, há até mesmo um bairro da cidade de BoaVista que tomou emprestado da fruta o nome de caçari pelo qual é mais conhecido na região. Apesar de tanta abundância, o brasileiro nativo ainda não aprendeu a aproveitar de toda a generosidade dessa planta. Quando muito, o camu-camu é utilizado como passatempo e tira-gosto pelos pescadores nas longas horas em que permanecem à beira d'água, próximos aos arbustos repletos. Na pescaria, a fruta é também utilizada como isca para o tambaqui, um dos melhores e mais comuns peixes amazônicos. Atualmente, é na Amazônia peruana onde vamos buscar algumas lições para a utilização desta fruta. Ali, o camu- camu é pouco consumido in natura. Por ser bastante ácido, apesar de doce, é fruta preterida para o preparo de refrescos, sorvetes, picolés, geléias, doces ou licores, além de acrescentar sabor e cor a diferentes tipos de tortas e sobremesas confeccionadas à base de outras frutas. Em todos os casos, a casca deve ser acrescentada juntamente com a polpa suculenta da fruta, pois, é ela que concentra a maior parte de seus teores nutritivos e que carrega sua bonita e atraente coloração vermelho- arroxeada. O camu-camu é uma espécie tipicamente silvestre, mas com um grande potencial econômico capaz de colocá-lo no mesmo nível de importância de outras frutíferas tradicionais da região amazônica, tais como o açaí e o cupuaçu. Mas não é apenas ali que o camu-camu tem futuro: em São Paulo, no Vale do Ribeira, região de mangues e de clima quente e úmido semelhante ao da Amazônia, a planta já começou a ser cultivada com sucesso. Cupuaçu<br /> As sementes de cupuaçu, por seu alto teor de gordura, prestam-se à fabricação de chocolate e já foram utilizadas para esse fim, em lugar das sementes de cacau. Por esse emprego, o cupuaçu recebeu no passado nomes como cacau-do-peru e cacau-de-caracas. Pertencente à família das esterculiáceas e ao mesmo gênero do cacau-verdadeiro, o cupuaçu (Theobroma grandiflorum) é uma árvore de porte médio, nativa da Amazônia, que passou a ser cultivada em quase todo o Brasil, exceto nos estados do sul. Os galhos são longos e grossos, mas flexíveis. As folhas, muito grandes, chegam às vezes a cinqüenta centímetros de comprimento. As flores, de coloração vermelho-escura, brotam dos galhos e se dispõem em panículas ou cachos compostos. O fruto do cupuaçu mede cerca de 15cm de comprimento por dez de diâmetro. Tem a casca marrom, lenhosa e enrugada, e encerra numerosas sementes envoltas em polpa branca, muito utilizada na produção de refrescos, sorvetes e doces, comuns em vários estados, mas típicos do Pará. A multiplicação do cupuaçu se faz por sementes. Os pés começam a frutificar, em geral, por volta do oitavo ano. Graviola A graviola (Annona muricata L.) é fruto da família da Annonaceae, apresenta coloração esverdeada e apresenta falsos espinhos. Sua polpa branca de agradável sabor, é muito utilizada para o preparo de sucos, sorvetes, mousses, gelatinas e pudins. No Brasil, o cultivo da graviola é comum em pomares domésticos de cidades e sítios das regiões Norte e Nordeste, onde existem também áreas de plantio comercial da fruta. Supõe-se que a graviola seja fruta nascida nas terras ilhadas do Mar do Caribe, tendo sido encontrada em estado selvagem ; nas ilhas de Cuba, São Domingos, Jamaica e em outras menores. Dali, é que a fruta teria seguido para a Amazônia. A gravioleira frutifica de janeiro a março, não é árvore de frutificação abundante, mas o tamanho dos frutos compensa: a graviola pesa, em média, de 1 a 4 Kg. De aparência semelhante ao biribá, a graviola se diferencia pelos falsos espinhos, recurvados e curtos, porém moles e pelo seu formato menos arredondado e mais comprido do que o biribá. A graviola contém uma boa quantidade de proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas C e B, potássio e fósforo. Pupunha Muitas frutas nativas da Amazônia, malgrado seu valor nutritivo, como a pupunha, tiveram seu consumo por longo tempo restrito à região, como parte de hábitos herdados dos índios. Entre essas frutas destaca-se a pupunha, que despertou interesse por suas propriedades e subprodutos que fornece. <br />Pupunha A pupunha(Bactris gasipaes) é uma palmeira multicaule da família das palmáceas, a mesma da carnaúba, do babaçu e do açaí. Atinge vinte metros de altura e, na fase adulta, erguem-se do solo de 10 a 15 caules secundários, os quais formam imponente touceira ao redor do espinhoso caule central e garantem a renovação da planta.Nem todos esses filhotes chegam a frutificar e os estéreis podem ser aproveitados para a obtenção de palmitos, sucedâneos perfeitos dos palmitos de açaí e juçara, espécies já por demais submetidas à devastação extrativa. Em condições naturais, a pupunha começa a frutificar em grandes cachos aos cinco anos, tempo que se reduz à metade em condições especiais de cultivo. As flores masculinas caem após liberar o pólen e as femininas desenvolvem-se em pequenos frutos vermelhos, amarelos ou alaranjados, com cerca de cinco centímetros de diâmetro. Muito ricos em vitamina A e com expressivo teor de proteínas e amidos, podem ser comidos cozidos em água e sal e se prestam também à extração de óleo e à produção de farinha. Dos resíduos, faz-se ração para animais. A partir da década de 1970, a pupunha tornou-se alvo de pesquisas para o cultivo intensivo em outras áreas. Na Bahia, primeiro estado extra-amazônico a cultivar a espécie, a colheita da pupunha vai de novembro a março. Tucumã Fruto do tucumanzeiro, palmeira que chega a alcançar 10m de altura. Essa palmeira produz cachos com numerosos frutos de formato ovóide, casca amarelo-esverdeada e polpa fibrosa, amarela, característica, que reveste o caroço. Muitas outras frutas típicas do Pará enriquecem esta relação, embora não tenham consumo tão acentuado como as anteriormente citadas: uxi, umari e bacuri-pari. Tantas outras têm incidência em todo o Brasil ou em apenas algumas regiões, não sendo exclusividade paraense: mangas, buriti, jenipapo, ingá, graviola, abricó, taperebá-do-sertão, goiaba, jaca, tamarindo, sapoti, carambola, mari-mari, abacaxi, biribá, etc. <br />