1. Inovar para manter-se competitivo
VIII
CONFERÊNCIA
ANPEI
19.05.08
Moysés Simantob 2008
2. Moysés Simantob
Professor do Departamento de Operações na FGV-EAESP, da
disciplina de Inovação nas Organizações
Co-fundador e coordenador executivo do Fórum de Inovação da
FGV-EAESP
Atuou no grupo Telecom Italia Mobile - TIM e saiu para fundar a
ValueNet – Incubadora de empresas para internet
Autor do Guia Valor Econômico de Inovação nas Empresas,
com Roberta Lippi, em 2003
Co-autor e organizador da série de livros Organizações
Inovadoras, 2003 e 2007
Colabora com várias organizações como palestrante e assessor
especializado em inovação estratégica Moysés Simantob 2007
6. Inovação é uma polissemia
uma palavra com
diferentes interpretações
– que precisa ser
contextualizada em um
campo de ação para se
compreender o seu real
significado
7. Campos de Ação da Inovação
As inovações são classificadas de acordo com o seu campo
de ação: social, tecnológico, organizacional, comercial e
nestes campos ela pode apresentar as seguintes tipologias:
Produto/Serviço Processo
Rompedora
Gestão/Marca/Design Conceito de Negócio
A Inovação Rompedora é subjacente a esse modelo e
pode estar presente em todos os campos
Fonte: Fórum de Inovação
8. Tipologias de Inovação
Inovação de produtos e serviços:
desenvolvimento e comercialização de produtos ou serviços
novos, fundamentados em novas tecnologias e vinculados à
satisfação de necessidades dos clientes
Inovação de processos:
desenvolvimento de novos meios de fabricação de produtos ou de
novas formas de relacionamento para a prestação de serviços
Inovação em gestão:
desenvolvimento de novas estruturas de poder e liderança, novo
modelo de gestão, enfoque em marca e percepção de valor
Inovação de conceito de negócios:
desenvolvimento de novos negócios que forneçam uma vantagem
competitiva sustentável
Fonte: Fórum de Inovação
9. Conceitos
A inovação tecnológica é uma condição necessária
para o processo de desenvolvimento econômico e
social de qualquer país . Nos dias atuais, tornou-se
ainda mais presente, face aos novos desafios
colocados pela rapidez em que se processa o
avanço do conhecimento e pela acirrada
competitividade de uma economia em crescente
interdependência. Esta nova realidade afeta,
principalmente, países em desenvolvimento, entre
eles, o Brasil e seus parceiros latino-americanos.
10. Conceitos
• Introdução de um novo bem, cujos consumidores ainda não
estejam familiarizados
• Introdução de um novo método de produção e que tenha sido
gerado a partir de uma nova descoberta científica ou um novo
método de tratar comercialmente uma commodity
• Abertura de um novo mercado em que uma área específica da
indústria não tenha penetrado, independente do mercado
existir antes ou não
• A conquista de uma nova fonte de suprimento de matéria-
prima ou bens parcialmente manufaturados
• O aparecimento de uma nova estrutura de organização em um
setor, como por exemplo a criação de uma posição de
monopólio ou a quebra de um monopólio existente
Schumpeter (1934)
12. Conceitos
“Inovar é um processo de “O Valor da Inovação está cada vez
alavancar a criatividade para gerar mais ligada a redução de tempo de
valor de novas maneiras através retorno dos investidores e, portanto,
de novos produtos,serviços e no impacto que essa redução gera nas
negócios ” ações das companhias de capital
aberto. Nas empresas de uma forma
em geral a inovação funciona como
estratégia de apropriação de nichos de
mercado, através da criação de
patentes e de diferenciação de
produtos .”
Innovation Premium
12
13. 3M
Conceito “novas idéias + ações que produzem resultados”
Objetivo principal : Solucionar problemas insolúveis de forma inovadora
Tipologia
Tipo A é radical ao extremo e dá origem ao nascimento de uma indústria
inteiramente nova ao extrapolar as necessidades do consumidor
Tipo B ainda é radical porque muda a base da competição na indústria
existente
Tipo C é estritamente alinhado com as necessidades do consumidor, sendo,
na verdade, uma extensão de linha de um produto existente.
THE 3M WAY TO INNOVATION: Balancing People and Profit De Ernest Gundling
New York : Kodanska América, 2000. 247p.
13
14. Conceitos
De acordo com Porter (1990), uma empresa que é singular em
algo se diferencia da concorrência, o que normalmente resulta
em desempenho superior (p. 111-112).
Para Slywotzky e Morrison (1998), a única maneira de uma
empresa permanecer na zona do lucro seria por intermédio da
inovação constante (p. 38).
PORTER, Michael E. Vantagem Competitiva: Criando e
sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro :
Campus, 1990, 511 p.
SLYWOTZKY, Adrian J., MORRISON, David J. A estratégia
focada no lucro: Profit zone: desvendando os segredos
da lucratividade. Rio de Janeiro : Campus, 1998, 347 p.
14
15. Conceitos
Kim e Mauborgne (2001, p. 85), em seus estudos a
respeito das empresas inovadoras de valor, concluem que
um fator de sucesso é o conceito de reconhecimento
pela empresa do mérito intelectual e emocional
de seus colaboradores.
Freiberg e Freiberg (1998), ao analisarem o caso clássico
de Inovação da Southwest Airlines, atribuem ao
excelente relacionamento da empresa com seus
funcionários o fato de ela ser a única empresa de aviação
dos Estados Unidos a registrar lucros todos os anos,
desde 1973.
KIM, W. C. e MAUBORGNE, R. Esqueça a Concorrência.
HSM Management, São Paulo, n. 24, p. 78-86, jan./fev.
2001.
FREIBERG, K. e FREIBERG, J. Nuts!: Southwest Airlines’
crazy recipes for business and personal success. New York
: Broadway, 1998, 362 p.
16. Conceitos
“Inovação é uma
solução necessária
quando a tecnologia
da empresa está em
fase de estabilização
ou obsolescência”
Betz, 1987; Ribault et al.,
1995
17. Conceitos
“Inovação pressupõe uma certa dose de incerteza”
“Inovação baseia-se no conhecimento científico”
“Inovação é favorecida pela organização formalizada”
“Inovação e estrutura de mercado são
mutuamente interativas” Dosi, G.
Dosi, G.; Freeman, C. e Fabiani, S. The process of
economic development: introducing some stylized facts
and theories on technologies, firms and institutions.
Industrial and Corporate Change, Vol. 3(1), 1994.
Dosi, G. The nature of the innovative process. In Dosi et
17 al., Technological change and economic theory. Pinter
Publishers, London, 1988.
18. Conceitos
“Aquisição de tecnologia é uma atividade inovativa”
“Inovação é criar novos produtos e/ou tecnologias a partir de
uma área de P&D ou Marketing”
“Inovar é usar tecnologias existentes de novas maneiras”
Manual Oslo
O Manual Oslo (OECD, 1992), baseando-se parcialmente nas definições
de Schumpeter, 1934, considera inovação tecnológica como a
implementação de novos produtos ou processos, bem como de
mudanças tecnológicas significativas de produtos ou processos.
18
19. Conceitos
“Inovação é um processo de
aprendizagem organizacional ”
Bell e Pavitt
Bell, M. e Pavitt, K. The development of technological
capabilities, in Haque, I. (ed.), Trade, technology and
international competitiveness, The World Bank,
Washington, 1995.
Bell, M. e Pavitt, K. Technological accumulation and
industrial growth: contrasts between developed and
developing countries, mimeo, SPRU, Sussex University,
1993.
Bell, M.; Ross-Larson, B. e Westphal, L. Assessing the
performance of infant industries. Journal of Development
Economics, Vol. 16, Sept.-Oct. 1984, pag. 101-127.
19
20. Conceitos
“Inovação é o uso
comercialmente
bem sucedido de uma invenção”
Frank R. Bacon
Frank R. Bacon & Thomas Butler – Planned Innovation
New York. Free Press 1998
20
21. Conceitos
“Inovação é atribuir novas
capacidades aos recursos
existentes na empresa,
gerando riqueza”
Drucker, Peter F.
Innovation & Entrepreneurship. New York. Harper
Business. 1993
21
22. Conceitos
“Inovação é o resultado de um
esforço de time”
“Inovação é resultado de muitas
experimentações e alta
tolerância ao risco”
IDEO
The Art of Innovation. Thomas Kelley. Doubleday. 2001
22
23. Conceitos
“Inovação é um processo estratégico de
reinvenção contínua do próprio negócio e da
criação de novos conceitos de negócios”
“Inovação é produto de uma visão
estratégica”
“Inovação é sistematizável em um processo
gerenciável” the Revolution. HBSP, 2000.
Leading
Hamel, G. em Liderando a Revolução
24. Conceitos
“Inovação é adotar novas
tecnologias que aumentam a
competitividade da
companhia”
Prahalad, C.K.
Competing for the Future. Boston: HBSP, 1994
24
25. Inovação X Invenção
"...Inventores isolados ou individuais existem e
não são poucos, como atestam centenas de
associações de inventores, e eles continuarão a
existir ad eternum, pois inventar é algo
essencialmente humano. Já a inovação é um
processo interpessoal. Transformar idéias em
produtos, serviços e processos requer a
organização de diferentes atividades a serem
executadas por diferentes pessoas, jamais
poderá ser o resultado de um trabalho solitário.
Por isso se diz que pessoas inventam e
organizações inovam."
BARBIERI, Jose Carlos & ALVARES, Antonio Carlos Teixeira - Inovação nas Organizações
Empresariais, in Organizações Inovadoras- Estudos e casos brasileiros - organizador Jose
Carlos Barbieri Rio de Janeiro, Editora FGV 2003 : 45
26. GRANDES IDÉIAS LANÇADAS POR EMPRESAS
NACIONAIS NOS ÚLTIMOS ANOS
1º - Aeronaves da família 170/190, da Embraer
2º - Sistema bicombustível da Volkswagen
3º - Soja para baixas latitudes, da Embrapa
4º - Água-de-coco em caixinha da One
5º - Ecosport, lançado pela Ford
6º - Chapas de aço pré-pintadas, da CSN
7º - Exploração em águas profundas, da Petrobras
8º - Sabão em pó Ala, da Unilever
9º - Software anti-spam da Safestmail
10º - Abertura de latas ploc-off, da Brasilata
Fonte : Revista Exame
27. Processo de Inovação Tecnológica
Introdução de uma descoberta ou invenção na
economia. É o casamento de uma oportunidade
tecnológica com uma necessidade de mercado.
Pode resultar em:
• Um novo produto ou serviço;
• Um novo método de produção;
• Uma nova fonte de matérias-primas ou de bens
semi-manufaturados;
• Re-organização de um setor produtivo.
28. Inovação Tecnológica:
É uma atividade complexa, que se inicia com a
concepção de uma nova idéia, passa pela solução de
um problema e vai até a utilização de um novo item
de valor econômico ou social (Myers & Marquis, 1969).
Ou seja, refere-se ao lançamento, no mercado, de
novos produtos ou processos ou a introdução de
mudanças significativas em produtos ou processos
já existentes.
29. Pesquisa e Desenvolvimento
Experimental (P&D&E):
É uma das principais atividades que podem levar
à geração de inovações. Pode atuar como uma
fonte de idéias ou como uma forma de resolver
problemas.
Componentes:
Pesquisa Básica
Pesquisa Aplicada
Desenvolvimento Experimental
30. Pesquisa Básica:
Trabalho teórico ou experimental, geralmente
realizado nas universidades e institutos de
pesquisa, empreendido primordialmente para
compreender fenômenos e fatos da natureza,
sem ter em vista qualquer aplicação específica.
Exemplo:
O estudo da estrutura molecular de uma
determinada substância visando compreender
como se explicam certos comportamentos desse
material, sem uma preocupação de utilização
prática mais imediata do conhecimento.
Fonte : Eva Stal
31. Pesquisa Aplicada:
Investigação original concebida pelo interesse em
adquirir novos conhecimentos com finalidades
práticas.
No setor empresarial, a distinção entre pesquisa
básica e aplicada será freqüentemente
caracterizada pela execução de um projeto para
explorar os resultados promissores de um
programa de pesquisa básica.
Exemplo:
A partir do conhecimento sobre pilhas galvânicas,
estudar a possibilidade de se criar um novo tipo de
bateria para sistemas elétricos de emergência que seja
mais compacta e com maior capacidade de carga.
Fonte: Eva Stal
32. Desenvolvimento Experimental:
A partir de conhecimentos técnico-científicos
técnico-
e/ou empíricos já dominados pela empresa ou
obtidos externamente, buscar, através de
esforços sistemáticos, a comprovação da
viabilidade técnica/funcional de novo(s)
produto(s), processo(s), sistema(s) e serviço(s),
ou ainda o substancial aperfeiçoamento dos já
existentes. Envolve a formulação conceitual, o
“design”, os testes alternativos, a confecção de
protótipos e a operação de plantas-piloto.
plantas-
Exemplo:
Estudos visando a lançar um novo monitor de vídeo
com melhor definição comparativamente aos
monitores já comercializados pela empresa.
empresa. Fonte :Eva Stal
33. Características da Atividade
Inovadora
• Específica da empresa;
• Cumulativa ao longo do tempo;
• Diferenciada;
• Exige, cada vez mais, a colaboração
entre grupos diferentes de
especialistas;
• Cercada de grande incerteza em relação
aos seus resultados comerciais.
34. Serviços Tecnológicos:
São atividades que
suportam a execução dos
trabalhos de P&D, tais
como: Exemplos:
• Prospecção, monitoramento
e avaliação tecnológica; • Registros de marcas;
• Estudos de viabilidade • Registros de patentes;
técnico-econômica; • Manutenção de
• Ensaios, testes e análises equipamentos de P&D;
técnicas; • Informações tecnológicas;
• Capacitação de recursos • Lote Experimental;
humanos;
• Comercialização pioneira;
• Documentação e normas
• Outras.
técnicas;
37. CIÊNCIA TECNOLOGIA INOVAÇÃO SOCIAL
(riqueza)
GOVERNOS VIAM / VÊEM COMO UM PIPELINE
( MODELO LINEAR )
SOCIEDADE A COMUNIDADE
(ESTADO) INVESTE CIENTÍFICA CRIA
EM PESQUISA UM RESERVATÓRIO
DE CONHECIMENTO
AS EMPRESAS VÃO BUSCAR ESSE
CONHECIMENTO PARA TRANSFORMAR
EM PRODUTOS
HOJE, HÁ QUE SE VER TECNOLOGIA
PELO ÂNGULO DA DEMANDA
(Embrapa, IPT, Unicamp,Fapesp...)
38. Sistema Nacional de Inovação
ENSINO
universidades
escolas técnicas
educação continuada
PESQUISA
- universidades GOVERNO
- inst. pesquisa
formulação e gestão
- centros P&D
da política de C&T
de empresas
ENTIDADES NÃO
SETOR PRODUTIVO
GOVERNAMENTAIS
- associações de classe
-empresas de engenharia
- ONGs - empresas industriais
- instituições de fomento
e de serviços
41. Sistema Nacional de Inovação
• Conceito desenvolvido por Freeman (Inglaterra) e
Nelson (EUA), em 1988, simultaneamente.
• Definem Sistema Nacional de Inovação
como sendo
• “uma construção institucional,
produto de uma ação planejada e
consciente ou de um somatório de
decisões não planejadas e
desarticuladas, que impulsiona o
progresso tecnológico em economias
capitalistas complexas”.
42. Sistema Nacional de Inovação
“Um Sistema Nacional de Inovação (SNI) é
uma rede de instituições, tanto públicas
quanto privadas, cujas atividades e
interações iniciam, importam, modificam e
difundem novas tecnologias.”
(Pavitt e Patel, 1994).
43. Tipos de SNI’s
Os países (desenvolvidos, em desenvolvimento)
diferem em termos de instituições que fomentam as
atividades de inovação. Estas diferenças têm em
vários fatores, tais como:
• Tamanho do país;
• Agenda das políticas, em particular a industrial;
• Recursos naturais
Que, combinados com fatores econômicos,
culturais, sociais políticos produzem diferentes
SNI’s (Japão – visão de longo prazo)
44. Sistema Nacional de Inovação
Sistemas maduros - capacidade de manter o país próximo à
(ou na) fronteira tecnológica internacional (Estados Unidos,
Alemanha, Japão, França, Inglaterra, Itália)
Sistemas intermediários - voltados basicamente à difusão
da inovação, com forte capacidade doméstica de absorver os
avanços técnicos gerados nos sistemas maduros (Suécia,
Dinamarca, Holanda, Suíça; Coréia do Sul, Taiwan)
Sistemas incompletos - infra-estrutura tecnológica mínima.
Possuem sistemas de C&T mas não os transformaram em
efetivos sistemas de inovação (Brasil, Argentina, México, Índia,
China)
(Patel e Pavitt, 1994)
45. Definição de Arranjos Produtivos
Locais
Arranjos Produtivos Locais são aglomerações de
empresas, localizadas em um mesmo território,
que apresentam especialização produtiva e
mantêm algum vínculo de articulação, interação,
cooperação e aprendizagem entre si e com os
outros atores locais, tais como: governo,
associações empresariais, instituições de crédito,
ensino e pesquisa.
46. Variáveis Determinantes
Aglomeração de um número significativo de
empresas, que atuem em torno de uma atividade
produtiva principal, levando-se em conta a
dinâmica do território :
Adensamento empresarial e postos de trabalho
Faturamento e capacidade de atrair funding
Oportunidades de mercado
Potencial de crescimento
Recursos naturais e infra-estrutura existente
Vantagens competitivas para exportar
48. O diálogo entre SNI’s e APLs
SNI’s – Progresso Tecnológico com Geração de
Riqueza
Contudo, desenvolvimento não é sinônimo de
crescimento econômico
APL’s são uma resposta ao crescimento
econômico com redução de desigualdade. A
inclusão social pelo empreendedorismo. A
competitividade vista como atributo do ambiente
local e de um sistema mais amplo (abordagem
sistêmica, teoria evolucionária...)
Os pressupostos consideram:
– Capital humano local
– Capital social que gera riqueza territorial
– Governança com protagonistas fortes (Gerdau)
– Uso sustentável do capital natural (ponto de mutação)
49. Inovar porquê e pra quê?
...Inovar para...
Perpetuar
Crescer
Sobreviver
Para criar monopólios temporários, que a
concorrência se encarregará de decretar o fim deles.
Quanto mais próximo do monopólio, melhor. Trata-se de
uma Estratégia Única:
Fazer e vender o que a concorrência ainda não sabe
fazer (sempre por pouco tempo)
50. O padrão comum para todos os êxitos abaixo
tem como essência, a inovação rompedora
O que é comum a essas
inovações? Quais os“padrões”?
...começam com desempenho
“suficientemente bom” em
mercados tradicionais
...acrescem simplicidade e
conveniência no uso
...atraem os
consumidores“super-servidos”
ou então “não consumidores”
...adotam modelos de negócios
“baixo custo” e “começam
pequeno”
...se aproveitam das fraquezas
e miopias dos concorrentes
dominantes
Prof. Luiz C. Moraes Rego - FGV
51. As organizações evoluem em competitividade
acumulando competências sucessivas
INOVAÇÃO
FLEXIBILIDADE
AGILIDADE
QUALIDADE
CUSTO
FATORES DE COMPETITIVIDADE
51
Fonte: POI-CEHP,1993
52. Quando inovar?
Quando o efeito da comoditização corroer as margens de
lucro
Quando fazer o que sempre foi feito, não mais trouxer
resultado
Quando a imagem de marca estiver associada ao passado
Quando os clientes não escolherem a sua empresa entre as
suas preferidas
Quando a tática de curto prazo sucumbir à estratégia e a
visão de futuro
Quando não há mais como viver, sem fazer
esse esforço
53. A percepção de empresas globais:
11 regiões
Pesquisa IBM geográficas
765 CEOs
Pesquisa Monitor
5 tendências
“Mastering the
Innovation Challenge” 1.000
empresas
Moysés Simantob 2007
54. Pesquisa IBM - Global CEO Study 2006
-A inovação do modelo de negócio é o novo diferenciador estratégico
As pressões competitivas têm impulsionado a inovação do modelo de negócio
além do projetado nas listas de prioridades dos CEOs. Entretanto, sua
importância não diminui a necessidade de focar em produtos, serviços e
mercados, assim como na inovação operacional.
- A colaboração externa é indispensável
Os CEOs reforçaram a importância da inovação colaborativa. Os parceiros de
negócios e os clientes foram citados como as principais fontes de idéias
inovadoras, apesar dos CEOs admitirem que suas próprias organizações não
são suficientemente colaborativas.
- A inovação deve partir dos líderes das organizações
CEOs reconhecem que são os principais responsáveis por fomentar a
inovação dentro de suas empresas. Porém, para orquestrá-la, os CEOs
necessitam criar um ambiente cada vez mais propício à atuação.
Moysés Simantob 2007
55. Pesquisa IBM - Global CEO Study 2006
Algumas recomendações para ajudá-los a refinar sua agenda de inovação:
Pense amplamente, aja pessoalmente e gerencie o mix de inovação - crie e
administre um amplo mix de inovação que enfatize a mudança em seu
modelo de negócio.
Transforme o modelo de negócio em algo radicalmente diferente - encontre
novas formas de mudar substancialmente o modo como se agrega valor em
sua indústria, ou em outras.
Impulsione a inovação através da integração entre negócio e tecnologia –
use a tecnologia como um catalisador da inovação, combinando-a com
conhecimento de negócio e de mercado.
Desafie os limites da colaboração – colabore em escala massiva, desafiando
os limites geográficos, para abrir um mundo de possibilidades.
Imponha uma visão externa sempre – estimule a organização a trabalhar
cada vez mais com parceiros externos, tornando isso uma prática sistemática
e, assim, parte da cultura organizacional.
Moysés Simantob 2007
56. [ Tendências ]
Pesquisa Monitor: As 5
tendências mais
importantes das
empresas no Brasil
Moysés Simantob 2007
57. Aumento da Competição: [ T-1 ]
inovar ou estagnar
As mudanças dos cenários competitivos, as tecnologias
emergentes e as mega trends requerem mecanismos anti-
inércia (de interpretação de sinais e de atitude na
atualização do radar de negócios)
Moysés Simantob 2007
58. A nova realidade de mercado [ T-1 ]
A empresas podem e devem interferir e mudar aspectos de
competição de seu setor
Fatores macroeconômicos e cenário político desfavoráveis não
devem bloquear as iniciativas de inovação
Tomada de risco com responsabilidade deve ser
institucionalizada para aumentar as expectativas de novas
receitas para shareholders
‘Experimentar’ atender demandas locais de consumidores “low
end”, metas de players globais, pode minimizar os riscos do
repertório de inovação
Qualificações para a adoção de novas tecnologias, necessitam
ser mais consistentes e flexíveis
Investigação Monitor
59. [ T-2 ]
Brasil entre China, India e SE da Asia:
líder ou seguidor?
Moysés Simantob 2007
60. Brasil na encruzilhada entre China, índia e
SE Asiático : líder ou seguidor ? [ T-2 ]
Da Imitação a Inovação
LINSU KIM
De país pobre e subdesenvolvido
até o início da década de 1960, a Coréia
do Sul passou a ser um dos mais
avançados e prósperos do mundo.
O aprendizado tecnológico e o progresso
técnico endógeno são os fatores
fundamentais dessa transformação.
LINSU KIM
India, SE Asia - Asian firms that previously used a fast follower strategy,
similar to Brazil, are increasingly choosing the path of innovation leadership
Moysés Simantob 2007
61. Inovar é importante [ T-3 ]
para 90%
inovação é
uma
prioridade
estratégica
Moysés Simantob 2007
62. Quem busca incorporar
a capacidade de Inovar? [ T-3 ]
Empresas que:
São líderes ou almejam a liderança
Atuam em mercados instáveis, em mudança
acelerada e com muitas indefinições
Buscam estabelecer padrões de indústria ou interferir
decisivamente na configuração da indústria
Buscam desenvolver sistematicamente novas oportunidades de
negócio, alavancando as competências existentes, não se
limitando a ‘ortodoxias’ e ‘regras de mercado’
Querem implantar um processo de inovação que gere um fluxo
permanente de idéias , experiências e negócios, diminuindo os
‘vales’ entre receitas advindas de ‘sucessos’
Fonte:Hamel
63. Foco no incrementalismo [ T-4 ]
curto prazo
redução de
custos
eficiência
Moysés Simantob 2007
64. Plataforma Kaizen / TQM: [ T-5 ]
melhoria em melhoria no
tecnologias modelo de
de processo gestão
Moysés Simantob 2007
65. OS 14 PRINCÍPIOS DE GESTÃO
DO MODELO TOYOTA
1. FILOSOFIA DE LONGO PRAZO, MESMO QUE EM DETRIMENTO [ T-5 ]
DE METAS FINANCEIRAS DE CURTO PRAZO
2. ANTECIPAR PROBLEMAS E RESOLVÊ-LOS O QUANTO ANTES
3. USAR SISTEMAS ‘ PUXADOS ’ PARA EVITAR A SUPERPRODUÇÃO
4. NIVELAR A CARGA DE TRABALHO (HEIJUNKA)
5. PARAR E RESOLVER PROBLEMAS, NA PRIMEIRA TENTATIVA
6. MELHORIA CONTÍNUA E CAPACITAÇÃO
7. CONTROLE VISUAL
8. TECNOLOGIA CONFIÁVEL QUE ATENDA AOS PROCESSOS
9. DESENVOLVER LÍDERES QUE ENTENDEM A FILOSOFIA E A ENSINEM
AOS OUTROS
10. DESENVOLVER EQUIPES EXCEPCIONAIS
11. RESPEITAR E DESAFIAR SUA REDE DE PARCEIROS E FORNECEDORES
12. VER POR SI MESMO PARA COMPREENDER A SITUAÇÃO
13. TOMAR DECISÕES LENTAMENTE POR CONSENSO E IMPLEMENTÁ-LAS
COM RAPIDEZ
14. TORNA-SE UMA ORGANIZAÇÃO DE APRENDIZAGEM INCANSÁVEL PELA
REFLEXÃO INCANSÁVEL Prof. Jeffrey k. Liker, Universidade de Michigan
66. [ i_hub_ Modelo de gestão] [ i_hub ]
A CHAVE PARA O MODELO TOYOTA E O QUE
A FAZ SOBRESSAIR-SE NÃO É NENHUM DOS
ELEMENTOS INDIVIDUAIS...
O IMPORTANTE É TER TODOS OS
ELEMENTOS REUNIDOS COMO UM
SISTEMA. ELES DEVEM SER POSTOS EM
PRÁTICA TODOS OS DIAS DE UMA
MANEIRA MUITO SISTEMÁTICA - NÃO
ISOLADAMANTE.
TAIICHI OHNO – um dos criadores do modelo Toyota
Moysés Simantob 2007
67. Mastering the Innovation Challenge
“Para a maioria das
empresas entre todas as
funções consideradas
“core functions” a
inovação é
indiscutivelmente a que
agrega maior valor “Mastering the Innovation Challenge”
competitivo - entretanto offers ideas, experience, and lessons
é freqüentemente not only for senior executives but also
for anyone who wants to know how to
controlada com pouca leverage competitive advantage for
disciplina”. maximum results.
Mastering the Innovation Challenge, 2007
68. A percepção das empresas nacionais:
33 CEOs Moysés Simantob 2007
69. “ ...a inovação não é apenas um ato de vontade. É um processo formal de
competência gerencial e de diferenciação no mercado”.
Constantino de Oliveira Júnior, Presidente da Gol Linhas Aéreas
“ ... É preciso desmistificar o tema da ‘inovação’, trazendo-o para o dia-a-dia
das empresas, sem perder a sintonia com o ambiente competitivo global.”
Cássio Casseb Lima, ex-Presidente do Banco do Brasil
“ ... No dia em que os agentes promotores do desenvolvimento social e
econômico perceberem que a inovação é fator decisivo para a competitividade,
o Brasil terá uma maior e mais consistente inserção no cenário global. ”
Pedro Passos , co-fundador da Natura Cosméticos
Moysés Simantob 2007
70. Casos de sucesso em Inovação Rompedora
Modelo de negócio modular; Lançou a linha Reciclato
depois de se tornar maior Lançou a familia de chips
“low end” Celeron para tendo antes construindo a
provedor de jatos de 70-150 cadeia de suprimento de
lugares aposta nos jatos enfrentar a AMD; hoje a
linha Celeron líder de matéria prima em parceria
comerciais de 6 a 8 lugares com a Associação dos
vendas
Catadores de Papel
Mobile Brasil
Especializou-se na Fugir da tendência seguida
Liderou a introdução da produção low-cost (mini- pelos principais
tecnologia GSM no Brasil e usinas) de produtos de fornecedores – handsets
inovou no relacionamento aço. Repetiu com sucesso carregados de
fabricantes - grande varejo esse modelo em outros funcionalidades - apostou
facilitando o acesso do mercados na simplicidade e elegância
celular pelas classes C e D com o modelo Razr
Inovou de forma rompedora em
vários mercados. Recentemente
para ter acesso rápido aos
mercados residencial das PME
empresas comprou e integrou com
sucesso a Linksys
Prof. Luiz C. Moraes Rego - FGV
71. Benchmarks em Inovação:
Resumo dos aspectos mais admirados
2004 - EMPRESA VOTAÇÃO*
1 Natura [16,4%]
2 Nestlé [10,7%]
3 Petrobrás [6,7%]
4 Votorantim [4,1%]
5 Vale do Rio Doce [4,0%]
6 Embraer [3,2%]
6 Gerdau [3,2%]
7 Microsoft [2,9%]
7 Pão de Açúcar [2,9%]
8 TAM [2,1%]
8 Itaú [2,1%]
9 AmBev [1,9%]
10 Coca-Cola [1,5%]
*percentual das menções sobre o total das respostas
Revista Carta Capital e Pesquisa Monitor Group
72. As pequenas Empresas Inovam?
Empresas
Faixas de Pessoal Ocupado total Taxa de
Inovadoras
inovação
Comercio de 20 a 99 Pessoas Ocupadas 9.871 236 2,39%
Serviço de 20 a 99 Pessoas Ocupadas 18.065 729 4,04%
Indústria de 05 a 99 Pessoas Ocupadas 45.910 1.526 3,32%
Total 73.846 2.491 3,37%
Fonte: Fundação Seade. Pesquisa da Atividade Econômica Paulista - Paep 2001.
73. Como as Pequenas Empresas
Inovam?
1%
2%
9%
Principalmente a Empresa
A Empresa em Conjunto com Outras Empresas
18% ou Instituições
Principalmente Outras Empresas ou Instituições
A Empresa em Conjunto com a Matriz
Principalmente a Matriz Estrangeira da Empresa
70%
Fonte: Fundação Seade. Pesquisa da Atividade Econômica Paulista - Paep 2001.
74. • SITUAÇÃO
Necessidade de introduzir equipamento médico
(Eletrocardiografia Dinâmica) no mercado exterior.
• DESAFIO
Adequar o produto para atender
às exigências do mercado europeu;
Desenvolver novo design.
• SOLUÇÃO
Readequação de seu design exterior,
agregando novas funções e simplificando
seu manuseio.
• INSTITUIÇÃO PARCEIRA
IPT (ER Sorocaba)
75. • SITUAÇÃO
Grupo de famílias, produtores de junco.
• DESAFIO
Adequar o design dos produtos originados no junco
para alcançar um mercado mais sofisticado e diferenciado.
• SOLUÇÃO
Agregou-se valor aos produtos já
existentes, criando marca especial.
Criou novos produtos com novos
acabamentos e soluções técnicas.
Alcançou novos clientes fora da
região do Vale do Ribeira.
• INSTITUIÇÃO PARCEIRA
CSPD (ER Vale do Ribeiras)
76. • SITUAÇÃO
Desenvolver “Futebol de Robôs” com
design inovador e com baixo custo.
• DESAFIO
Utilizar técnicas de design inovadoras,
estudar sua identidade visual,
componentes e modelagem.
• SOLUÇÃO
Após a intervenção da consultoria
tecnológica, o equipamento adequou-se
à requisitos de montagem, produção,
ergonomia e segurança. Foi adaptado ao
público jovem e usuários de jogos
eletrônicos.
• INSTITUIÇÃO PARCEIRA
PARQTEC (ER São Carlos)
77. • SITUAÇÃO
A Sacia Alimentos é uma pequena empresa do
segmento de comida congelada. Embora a
qualidade dos produtos seja inquestionável, os
proprietários encontravam dificuldade em colocar
seus produtos nas melhores lojas do ramo.
A alegação por parte dos lojistas é que os produtos têm um giro
lento.
• DESAFIO
Criar embalagens que sejam capazes de influenciar na decisão de
compra do cliente com um mínimo de investimento possível.
• SOLUÇÃO
Foi desenvolvida uma linha de embalagens divididas em pratos
light, normais e família. As novas embalagens, mais atraentes,
permitiram que os produtos SACIA disputassem os espaços nos
freezers com grandes marcas.
• INSTITUIÇÃO PARCEIRA
Centro São Paulo Design.
78. • SITUAÇÃO
Empresa Camelback da Incubadora de Santos
queria automatizar sua linha de produção para
máquinas de vulcanização.
• DESAFIO
Obter informações sobre equipamentos e
fornecedores para automação d alinha de
produção.
• SOLUÇÃO
O parceiro tecnológico identificou todos os equipamentos
necessários para a automação da linha de produção das
máquinas de vulcanização e forneceu uma lista de equipamentos
necessários com cotação de preços e dicas de instalação e
manutenção.
• INSTITUIÇÃO PARCEIRA
SENAI
79. • SITUAÇÃO
A empresa SAMTRONIC desenvolvia bombas
de infusão, utilizada para infundir líquidos
terapêuticos de maneira controlada nos
pacientes nas UTI de hospitais.
• DESAFIO
A empresa já exportava o equipamento mais
tinha dificuldade em atingir mercados mais
competitivos, devido a falta de conformidade
com normas internacionais.
• SOLUÇÃO
Após consultoria para adequação do produto às normas da
Comunidade Européia, houve um aumento de 400% na
produção, 60% no quadro de funcionários, 30% no volume de
exportações, atendendo países da Europa, América Latina e Ásia.
• INSTITUIÇÃO PARCEIRA
IPT
80. • SITUAÇÃO
Empresa de componentes óticos produzia
lupas p/ estética onde os funcionários da
linha trabalhavam isolados por uma
barreira física.
• DESAFIO
Racionalizar o processo produtivo da
empresa.
• SOLUÇÃO
O entendimento do processo produtivo da empresa possibilitou o
re-arranjo e distribuição das tarefas entre os 3 funcionários,
levando a um aumento da produção de 2 peças horas para 7
peças horas.
• INSTITUIÇÃO PARCEIRA
ANPEI