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A arquitetura do ferro e do vidro
1.
2. Século XIX
Explosão demográfica nas grandes cidades industrializadas
Novas necessidades >> novos tipos de construções:
• Necessidade de alojamento de milhares de trabalhadores;
• Novas infraestruturas materiais para a produção e para o
transporte (fábricas, armazéns, estufas, caminhos de ferro,
mercados, pontes, gares, etc.);
• Necessidade de aproveitamento de espaço (propicia a construção
em altura);
3. Os criadores destas novas tipologias foram os engenheiros que eram novos
profissionais saídos do ensino moderno e atualizado e que por isso tinham mais
preparação científico-técnica:
• Conhecimentos de física mecânica;
• Resistência de materiais;
• Geometria;
• Matemática;
• Utilização de novos equipamentos e novos meios construtivos;
• Aproveitamento de novos materiais, produzidos industrialmente e por isso
mais baratos (tijolo cozido, ferro, vidro, aço e, mais tarde, cimento e betão).
4. Ferro: desde meados do século XVIII que já era aplicado em vários tipos de
construção, principalmente pela sua plasticidade e resistência, sobre a forma de
barras lineares em secção de “I”, que se podiam associar entre si, criando
estruturas construtivas, fáceis de montar e adaptáveis a todas as formas e
dimensões.
Inicialmente o seu formato em barras aplicou-se primeiro a construções abertas,
como pontes, e depois da resistência e funcionalidade comprovadas foi aplicado
em grandes cúpulas e coberturas mais arrojadas.
Em 1830, o emprego do ferro foi generalizado nas construções, pela invenção da
viga-mestra em ferro pelo francês Polonceau. Aligeiraram-se os suportes (mais
finos e mais afastados), reforçaram-se alicerces, vigas e paredes mestras,
sobretudo nas construções em altura.
A generalização do uso do ferro também se deu pela sua resistência ao fogo.
Esteticamente não era bonito e talvez por isso inicialmente ficava escondido, pela
pedra, tijolo, mármore ou por formas decorativas ao gosto da época.
5. O início da aceitação do ferro deu-se a partir da construção do Palácio de Cristal, de Joseph
Paxton, que acolheu a Primeira Exposição Mundial de Londres, em 1851.
Crystal Palace, Joseph Paxton, Londres, 1851
Esta construção foi inovadora não só ao nível construtivo mas também ao nível
estético. As paredes eram formadas por amplas e contínuas vidraças (ao estilo de
uma estufa) e foi decorado por estruturas metálicas pintadas em azul e vermelho.
14. Incêndio de 30 novembro 1936
Crystal Palace, Joseph Paxton, Londres, 1851
15. Incêndio de 30 novembro 1936
Crystal Palace, Joseph Paxton, Londres, 1851
16. Alguns dias após o
Incêndio de 30 novembro 1936
Crystal Palace, Joseph Paxton, Londres, 1851
17. Outras realizações tiveram
igual êxito como a Torre Eiffel,
construída juntamente com a
Galeria das Máquinas para a
Exposição Universal de Paris
de 1889. Não tinha nenhum
objetivo funcional, foi
construída apenas para
demonstrar as capacidades
técnicas da nova engenharia e
acabou por ficar até hoje como
símbolo universal de Paris.
Torre Eiffel, Gustave Eiffel, Paris, 1889
20. Giuseppe Mengoni, abóboda e cúpula em ferro e vidro do pátio central das
Galerias Vittorio Emmanuelle II, Milão, Itália, 1865-77
21. Giuseppe Mengoni, abóboda e cúpula em ferro e vidro do pátio central das Galerias
Vittorio Emmanuelle II, Milão, Itália, 1865-77
22. Em conclusão a arquitetura do Ferro e do Vidro traduziu-se em duas tendências:
1. A que seguiu uma necessidade de modernizar os sistemas e processos
construtivos, aproveitando os novos materiais da industrialização e o avanço
da engenharia;
2. A que promoveu o desenvolvimento de novos gostos e conceitos estéticos, que
acompanhavam os novos tempos, desenvolvendo uma nova estética assente
nos elementos estruturais e não nos artifícios decorativos.
23. Em Portugal a utilização do ferro e do vidro foi tardia e rara…
Primeiras obras produzidas:
• Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense (1846-47)
• Palácio de Cristal – Porto (1865) [Demolido em 1951]
• Gare da Estação de Santa Apolónia – Lisboa (1865)
Palácio de Cristal – Porto (1865)