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TEMPO EM
CURSO



                                         Publicação
                                  eletrônica mensal
                         sobre as desigualdades de
                   cor ou raça e gênero no mercado
                de trabalho metropolitano brasileiro
           Ano II; Vol. 2; nº 2, Fevereiro, 2010
      (Indicadores de desemprego e de subocupação)
TEMPO EM CURSO                     1. Apresentação 2. Reflexões Gerais Sobre a Conjuntura Econômica no Começo de 2010 e   2
Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010    Reflexos Para a População Afrodescendente



1. Apresentação                                                 balho metropolitano brasileiro. Deste modo, na compa-
                                                                ração entre dezembro de 2008 e dezembro de 2009, o
Com o presente número, o LAESER dá continuidade                 rendimento habitual médio da PEA metropolitana apre-
ao boletim eletrônico “Tempo em Curso”, já em seu               sentou ligeira elevação de 0,7% e a taxa de desempre-
segundo ano e quarta edição. Os indicadores desta               go voltou ao mesmo patamar do ponto de partida, ou
publicação são os microdados da Pesquisa Mensal de              seja, 6,8%. Todavia, talvez ainda seja cedo para se vis-
Emprego (PME), divulgados pelo Instituto Brasileiro de          lumbrar uma completa recuperação da economia, nem
Geografia e Estatística (IBGE), mensalmente, em seu             da brasileira, e muito menos da mundial.
portal (www.ibge.gov.br).
                                                                A economia mundial ingressa o ano de 2010 com
Conforme havia sido indicado no primeiro número do              sérias ameaças, a começar pelos riscos iminentes
“Tempo em Curso”, cada edição desta publicação, além            que pairam sobre a Comunidade Européia, por conta
da atualização dos indicadores de Rendimento Habitual           das sérias crises fiscais e financeiras que assolaram
Médio do Trabalho Principal e do Desemprego, será de-           países que fazem parte da zona do euro, especial-
dicada a um tema diferenciado, tal como segue abaixo:           mente Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha, que
                                                                já vêm sendo ironicamente chamados no mercado
    l Mês 1 – Posição na Ocupação e Ramo de Ativida-            financeiro de PIIGS.
    de Econômica
    l Mês 2 – Rendimentos do trabalho                           Também contam como plausíveis fontes de incerteza
    l Mês 3 – Evolução da ocupação e do desemprego              as recentes decisões de aperto ao crédito por parte do
                                                                governo da China e as dificuldades ainda enfrentadas
Portanto, neste presente número da publicação “Tem-             pela economia norte-americana, neste caso colocando
po em Curso”, o tema central será o da ocupação, com            em risco até mesmo o futuro político do governo de
ênfase sobre o perfil do desemprego e da subocupa-              Barack Obama.
ção. Vale salientar que os indicadores que serão co-
mentados são referentes ao último mês de 2009.                  O movimento de especulação com divisas (moeda
                                                                estrangeira) que veio ocorrendo no Brasil durante o
2. Reflexões Gerais Sobre a                                     começo deste ano (evidenciado pela recente valoriza-
Conjuntura Econômica no Começo                                  ção da moeda norte-americana) sugere que o país não
de 2010 e Reflexos Para a População                             está totalmente blindado diante das crises econômicas
Afrodescendente (tabelas 1 e 2)                                 e financeiras que vieram ocorrendo pelo mundo afo-
                                                                ra. Para além do cenário internacional, há de se listar
Conforme foi possível verificar nas três primeiras edi-         também as próprias eleições, que costumam de uma
ções do “Tempo em Curso”, o ano de 2009 foi marcado             forma ou de outra afetar o desempenho de vários indi-
pelos efeitos da crise econômica mundial sobre o Brasil.        cadores macroeconômicos e de investimentos.

Como efeito da crise, o mercado de trabalho metropo-            Não obstante, enquanto não forem acordados pactos
litano brasileiro se viu impactado ao longo do primeiro         internacionais de uma nova governança financeira e
semestre, quando os indicadores de rendimento do                sobre o movimento de capitais (especialmente o espe-
trabalho tenderam à redução (queda em termos re-                culativo), dificilmente o mundo conseguirá encontrar
ais de 2,4% para a População Economicamente Ativa               um ciclo de desenvolvimento econômico e – depen-
(PEA) metropolitana em seu conjunto, entre maio e               dendo da qualidade deste eventual pacto – redistribui-
janeiro), e o de desemprego, ao contrário, tendeu à             ção de renda. E tal contexto de incerteza pode voltar
elevação (aumento de 0,6 pontos percentuais para a              a impactar o mercado de trabalho brasileiro ao longo
PEA metropolitana no mesmo período).                            deste ano de 2010, incluindo os distintos grupos de cor
                                                                ou raça que dele participam.
Posteriormente, os esforços adotados pelos formu-
ladores de políticas econômicas do governo federal,             Ao longo dos três primeiros números do “Tempo em
no sentido de mitigar a crise, através de mecanismos            Curso”, evidenciou-se que os diferentes grupos de cor
fiscais (gasto público) e monetários (juros e crédito),         ou raça atuam de forma diferenciada no mercado de
acarretaram efeitos positivos sobre o mercado de tra-           trabalho metropolitano brasileiro, especialmente quan-
TEMPO EM CURSO                                  2. Reflexões Gerais Sobre a Conjuntura Econômica no Começo de 2010 e Reflexos Para a                               3
Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010                 População Afrodescendente 3. Rendimento Habitual Médio do Trabalho Principal



do medidos em termos de formas de posição na ocu-                                     contextos econômicos conjunturais sobre os grupos
pação e agrupamentos de atividades econômicas.                                        de cor ou raça no Brasil. Este exercício, na verdade,
                                                                                      espelha à própria forma pela qual as assimetrias vão
Este comportamento diferenciado, por um lado, ex-                                     evoluindo ao longo do tempo, e se constituiu como um
pressa em grande medida o próprio modo dinâmico                                       instrumento fundamental no processo de construção
do racismo à brasileira, que classifica e hierarquiza as                              das políticas de igualdade racial.
pessoas de acordo com a cor de suas peles e outros
traços fenotípicos. Assim, para fins do que trata esta                                3. Rendimento Habitual Médio do
publicação eletrônica, este modelo de relações raciais                                Trabalho Principal (tabela 1)1
abre e fecha portas para determinados tipos de vín-
culos com o mercado de trabalho para os diferentes                                    No mês de dezembro de 2009, o Rendimento Habitual
grupos. Conforme visto na última edição do “Tempo                                     Médio do Trabalho Principal da PEA residente nas seis
em Curso”, os pretos & pardos são minoria no setor                                    maiores Regiões Metropolitanas (RMs) brasileiras (da
industrial de transformação, nos serviços prestados                                   mais ao Norte, para a mais ao Sul: Recife, Salvador,
às empresas e na administração pública. Já na cons-                                   Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Ale-
trução civil e no emprego doméstico, aquele grupo                                     gre), em R$, foi de 1.344,40. Este valor, comparativa-
forma uma visível maioria.                                                            mente ao mesmo mês do ano anterior, foi 0,9% inferior.
                                                                                      Na comparação com o mês de dezembro de 2008,
Desta forma, a hipótese assumida por esta publicação                                  conforme já mencionado, ocorreu uma ligeira redução
é que os diferentes modos de vínculo com o mercado                                    em termos reais de 0,7%.
de trabalho (expressão ao menos parcial do racismo à
brasileira), por parte dos diferentes grupos de cor ou                                No mês de dezembro de 2009, o Rendimento Habitual
raça, vão se consorciar com os ciclos da conjuntura                                   Médio do Trabalho Principal dos trabalhadores brancos
econômica, ampliando ou reduzindo as assimetrias de                                   foi de R$ 1.708,20 e o dos trabalhadores pretos & par-
cor ou raça e sexo medidas através de um amplo con-                                   dos foi de R$ 895,11. O mesmo indicador, na PEA bran-
junto de indicadores.                                                                 ca do sexo masculino, correspondeu a R$ 1.968,36. Na
                                                                                      PEA branca do sexo feminino, o Rendimento Habitual
Assim, quatro meses após seu primeiro número, fica                                    Médio foi de R$ 1.405,64. Entre os trabalhadores pretos
patente, o quão complexo e concomitantemente ne-                                      & pardos do sexo masculino, aquele mesmo indicador
cessário, é o exercício de busca de entendimento dos                                  foi de R$ 1.017,72 e, do sexo feminino, de R$ 742,12.



Tabela 1 – Rendimento médio habitualmente recebido pela PEA ocupada residente nas seis maiores
RMs, Brasil, dez / 08 – dez / 09, (em R$ – dez 09, INPC)

                                   2008      2009
                                   Dez       Jan       Fev       Mar       Abr       Mai        Jun       Jul       Ago       Set       Out       Nov        Dez
Homens Brancos                    1.983,33 2.033,36 2.051,22 2.004,12 1.992,98 1.936,42 1.950,92 1.964,28 1.976,46 1.985,82 1.987,39 1.997,84 1.968,36
Mulheres Brancas                  1.349,97 1.401,32 1.385,73 1.404,89 1.403,23 1.395,21 1.381,59 1.376,33 1.389,91 1.391,18 1.393,98 1.413,45 1.405,64
Brancos                           1.694,98 1.747,25 1.751,91 1.732,84 1.726,02 1.690,13 1.688,26 1.694,24 1.704,75 1.711,63 1.714,00 1.727,57 1.708,20
Homens Pretos & Pardos            972,03 985,28 977,94 995,16              984,7 1001,65 977,95 985,24 997,81 1006,92 1.026,79 1.014,02 1.017,72
Mulheres Pretas & Pardas 727,77             727,8     721,6     736,75 719,81 716,17 719,77 743,29 746,35 758,64 738,75 734,16 742,12
Pretos & Pardos                   865,79 873,39 866,62 883,71 870,37 878,28 866,32 879,39 887,83 897,61 899,87 890,31 895,11
PEA Total                         1.334,55 1.363,73 1.361,78 1.359,29 1.349,45 1.334,90 1.330,36 1.337,38 1.350,08 1.357,98 1.357,77 1.356,64 1.344,40

Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada	
Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso)



1 Nas planilhas originais onde foram realizados os cálculos das diferenças entre os grupos de cor ou raça trabalhou-se com números relativos com duas casas decimais.
Porém, para simplificar a exposição os indicadores foram apresentados com apenas uma casa decimal. ,Quando da mensuração das assimetrias de cor ou raça, tal fato
poderá acarretar em pequenos desvios em relação aos cálculos finais, tal como expostos no texto, comparativamente aos números apresentados nas distintas tabelas.
TEMPO EM CURSO                               3. Rendimento Habitual Médio do Trabalho Principal                                             4
Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010              4. Evolução da taxa de desemprego



No mês de dezembro de 2009, nas seis maiores RMs                                 ção do mesmo indicador entre as mulheres brancas,
brasileiras, a diferença na remuneração habitual média                           de um lado, e pretas & pardas, de outro, revelou que
dos brancos, em relação aos pretos & pardos, foi de                              as desigualdades foram de 89,4%.
90,8%. Tal diferença correspondeu a uma redução em
3,2 pontos percentuais em relação ao mês de novem-                               Na comparação entre dezembro de 2009 com o
bro do mesmo ano (quando as desigualdades de cor                                 mesmo período do ano anterior, entre os homens,
ou raça foram de 94%). Na comparação anual, ou seja,                             ocorreu uma significativa queda nas assimetrias de
comparando-se ao quadro vigente em dezembro de                                   cor ou raça, em 10,6 pontos percentuais. No caso
2008 (quando as desigualdades de cor ou raça foram                               das mulheres, inversamente, ocorreu uma eleva-
de 95,8%), ocorreu uma redução nas assimetrias de                                ção nas assimetrias, em 3,9 pontos percentuais. Na
cor ou raça em 5 pontos percentuais.                                             comparação entre dezembro de 2009 com o mês de
                                                                                 novembro do mesmo ano, ocorreram reduções das
Apresentando este comportamento, observa-se que                                  assimetrias de cor ou raça: 3,6 pontos percentuais,
não ocorreu uma continuidade do movimento de                                     na comparação dos homens brancos com os ho-
elevação das assimetrias de cor ou raça, tal como                                mens pretos & pardos; e de 3,1 pontos percentuais,
registrado em novembro. Assim, dezembro de 2009                                  na comparação entre as mulheres brancas com as
foi onde ocorreu a terceira menor diferença relativa                             mulheres pretas & pardas.
no Rendimento Habitual Médio entre brancos e pretos
& pardos, ficando atrás somente do acontecido em                                 No mês de dezembro de 2009, a diferença na remune-
setembro e outubro deste ano. Uma hipótese a ser                                 ração habitual média dos homens brancos e das mu-
aventada neste caso, para explicar este movimento,                               lheres pretas & pardas foi 165,2% superior em bene-
pode ter sido os efeitos positivos sobre a ocupação,                             fício dos primeiros. Na comparação entre os homens
tal como costuma ocorrer nesta época do ano, talvez                              pretos & pardos com as mulheres brancas, verificou-se
gerando maiores oportunidades de rendimento das                                  que a remuneração habitual dos primeiros era 27,6%
categorias do setor informal (especialmente o pe-                                inferior à remuneração habitual das segundas.
queno comércio, mas, também a construção civil e
o emprego doméstico), onde os pretos & pardos são                                4. Evolução da taxa de desemprego
predominantes.                                                                   (tabela 2)

Quando lido de forma decomposta pelos grupos de                                  Conforme já mencionado, no mês de dezembro de
sexo, verificou-se que, em dezembro de 2009, as as-                              2009, nas seis maiores RMs brasileiras, a taxa de de-
simetrias no Rendimento Habitual Médio entre os ho-                              semprego alcançou 6,8%. Com isso, deu-se sequência
mens brancos, em comparação aos pretos & pardos,                                 à série de reduções neste indicador, tal como já vinha
foram de 93,4%, favoráveis aos primeiros. A compara-                             ocorrendo desde o mês de setembro.



Tabela 2 – Taxa de desemprego da PEA residente nas seis maiores RMs, Brasil, nov / 08 – nov / 09 (em %)

                                     2008      2009
                                      Dez      Jan      Fev     Mar       Abr      Mai    Jun     Jul    Ago    Set    Out    Nov    Dez
Homens Brancos                         4,6      5,7     6,2      6,6      6,4       6,7   5,8     5,7    5,6    5,3    5,1    4,9    4,6
Mulheres Brancas                       7,2      8,5     9,2      10,0     9,7       9,3   8,1     7,8    8,3    7,9    7,7    7,6    7,0
Brancos                               5,8      7,0      7,6      8,2      7,9       7,9   6,9     6,7    6,9    6,5    6,3    6,2    5,7
Homens Pretos & Pardos                 6,0      7,0      7,4     8,1      8,3       8,0    7,9    7,7    7,7    7,5    7,0    6,7    6,4
Mulheres Pretas & Pardas              10,6     12,8     12,3     12,6     12,6     12,6   12,0    11,9   11,9   11,2   11,4   11,2   10,2
Pretos & Pardos                       8,1      9,6      9,6     10,1     10,2      10,1   9,7     9,6    9,6    9,2    9,0    8,8    8,1
PEA Total                             6,8      8,2      8,5      9,0      8,9      8,8    8,1     8,0    8,1    7,7    7,5    7,4    6,8

Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada
Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso)
TEMPO EM CURSO                    4. Evolução da taxa de desemprego                                                 5
Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010   5. Composição do desemprego segundo tempo de duração



Em dezembro de 2009, a taxa de desemprego da PEA              tempo, o número de desempregados naquelas regiões
branca foi de 5,7%, ao passo que a da PEA preta &             aumentou 1,6%.
parda foi de 8,1%. Na verdade, expressando a paulatina
recuperação da economia brasileira, desde o mês de            No mês de dezembro de 2009, no somatório da PEA
agosto, esta taxa vem caindo seguidamente entre am-           desempregada nas seis maiores RMs brasileiras, 23,2%
bos os grupos.                                                procuravam ocupação há menos de um mês; 45,5%
                                                              o faziam entre um e seis meses; 11,8% o faziam entre
A taxa de desemprego dos homens brancos, em de-               sete meses e um ano; 11,6% entre um e dois anos; e
zembro de 2009, foi de 4,6%, ao passo que o mesmo             8% há mais de dois anos.
indicador, na PEA preta & parda do sexo masculino
foi de 6,4%. Comparativamente ao mês de novembro              Na PEA branca, o número total de desempregados,
de 2009, a taxa de desemprego dos homens brancos              entre dezembro de 2008 e de 2009, declinou 3,3%. O
caiu 0,3 ponto percentual. No mesmo período, a taxa           percentual dos desempregados deste grupo que pro-
de desemprego dos homens pretos & pardos também               curava ocupação há menos de um mês foi de 18,3%;
declinou 0,3 ponto percentual. No comparativo com             e os que buscavam há mais de dois anos, 7,7%. A PEA
dezembro de 2008, a taxa de desemprego dos homens             preta & parda desempregada, naquele mesmo período,
brancos se manteve igual, em 4,6%; e a dos homens             aumentou 6,1%. Na PEA preta & parda desempregada,
pretos & pardos aumentou em 0,4 ponto percentual.             o percentual dos que procuravam ocupação há menos
                                                              de trinta dias foi de 27%; e a mais de dois anos, 8,3%.
A taxa de desemprego das mulheres brancas, em de-
zembro de 2009, foi de 7%. Já a das mulheres pretas &         Quando os indicadores acima são igualmente decom-
pardas manteve a costumeira propensão a se manter             postos pelos grupos de sexo, observa-se que o com-
mais elevada em relação aos demais grupos, tendo              portamento dos quatro grupos de cor ou raça e sexo
sido de 10,2%, jamais sendo inferior a este patamar           apresentam clivagens.
durante todo o ano. Assim, em termos proporcionais,
a taxa de desemprego das mulheres pretas & pardas             Entre dezembro de 2008 e de 2009, o contingente de
apresentou-se 122,6% superior à mesma taxa dos ho-            cor ou raça branca do sexo masculino que se encon-
mens brancos; 45,2% superior à das mulheres brancas;          trava desempregado foi reduzido em 3,7%. No mesmo
e 59,3% superior à dos homens pretos & pardos.                período, o indicador entre pretos & pardos do sexo mas-
                                                              culino aumentou significativos 10,7%. No contingente fe-
Entre as mulheres brancas, a taxa de desemprego veio          minino, entre as brancas, o número de desempregadas
declinando seguidamente desde setembro de 2009                foi reduzido em 3%. Já na PEA preta & parda do sexo
(quando chegou a 7,9%). Assim, comparativamente a             feminino, o número de desempregadas cresceu 2,9%.
novembro de 2009, a taxa de desemprego deste grupo,
em dezembro de 2009, diminuiu 0,6 ponto percentual.           Na PEA branca do sexo masculino desempregada,
Em comparação com dezembro de 2008, o mesmo in-               19,2% se encontrava neste índice há menos de um
dicador declinou 0,2 ponto percentual. No caso das tra-       mês; 46,1% entre um e seis meses; 16,9%, entre sete
balhadoras pretas & pardas, a taxa de desemprego em           e onze meses; 9,5% entre um a dois anos; e 8,2% há
dezembro de 2009, comparada a novembro do mesmo               mais de dois anos. Na PEA preta & parda do sexo mas-
ano, regrediu um ponto percentual. Na comparação en-          culino que estava desempregada, 28,5% procuravam
tre novembro de 2009 e de 2008, a taxa de desemprego          ocupação há menos um mês; 43,8%, entre um e seis
das mulheres pretas & pardas caiu 0,4 ponto percentual.       meses; 9,6% entre sete e onze meses; 11,3% entre um
                                                              e dois anos; e 6,9% há mais de dois anos.
5. Composição do desemprego segundo
tempo de duração (tabela 3)                                   No contingente do sexo feminino, entre as brancas de-
                                                              sempregadas, 17,6% buscavam ocupação há menos de
Na tabela 3, é visto o comportamento do desempre-             um mês; 52% há um e seis meses; 11,2% há sete e onze
go nas seis maiores RMs brasileiras de acordo com o           meses; 11, 7% entre um e dois anos; e 7,4% há mais de
tempo de procura por ocupação segundo os grupos de            dois anos. Na PEA preta & parda do sexo feminino que
cor ou raça e sexo, nos meses de dezembro de 2008             estava desempregada, a composição do tempo de bus-
e dezembro de 2009. Durante estas duas pontas no              ca por ocupação segundo o tempo de duração da pro-
TEMPO EM CURSO                               5. Composição do desemprego segundo tempo de duração                                    6
Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010




Tabela 3 - PEA desempregada residente nas seis maiores RMs, por tempo de duração da procura por
emprego, Brasil, dez / 08 e dez / 09 (em número de trabalhadores desempregados)

                                       30 dias      31 dias a 6 meses 7 a 11 meses 1 a 2 anos 2 anos ou mais                 Total
Homens Brancos
Dez 2008                                  81.880                   152.759            31.743     28.673           14.230      309.285
Dez 2009                                  57.315                   137.377            50.328     28.407           24.448      297.875
Mulheres Brancas
Dez 2008                                  93.636                   202.485            43.804     44.089           36.723       420.737
Dez 2009                                  71.886                   212.090            45.892     47.902           30.218       407.988
Brancos
Dez 2008                                 175.516                   355.244            75.547     72.761           50.953      730.021
Dez 2009                                 129.202                   349.466            96.220     76.309           54.666      705.863
Homens Pretos & Pardos
Dez 2008                                  85.804                   173.971            23.645     36.794            19.137      339.351
Dez 2009                                 106.961                   164.440            35.889     42.555           25.804       375.649
Mulheres Pretas & Pardas
Dez 2008                                 114.708                   243.049            45.580     48.790           36.649       488.776
Dez 2009                                 130.216                   205.895            54.474     65.557           46.775       502.917
Pretos & Pardos
Dez 2008                                 200.512                   417.020            69.225      85.584           55.786     828.127
Dez 2009                                 237.177                   370.335            90.363     108.112           72.579     878.566
Homens Total
Dez 2008                                 168.663                  328.936             55.388     65.467           33.366       651.820
Dez 2009                                 166.371                  302.263             86.976     70.961           50.253       676.824
Mulheres Total
Dez 2008                                 210.330                   447.140            90.724      92.879           73.923      914.996
Dez 2009                                 202.102                   421.508           100.366     113.798           76.993      914.767
PEA Total
Dez 2008                                 378.993                   776.076           146.112    158.346           107.289    1.566.816
Dez 2009                                 368.473                   723.771           187.342    184.760           127.245    1.591.591

Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada
Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso)




cura foi de: 25,9%; há menos de um mês; 40,9%, entre                            Assim, na população desempregada como um todo,
um e seis meses; 10,8%, entre sete e onze meses; 13%,                           naquele mesmo mês de dezembro de 2009, os bran-
entre um e dois anos; e 9,3% mais de dois anos.                                 cos perfaziam 44,3%, e os pretos & pardos, 55,2%. Ou
                                                                                seja, ao passo que a desproporção entre a participa-
A desagregação do indicador da composição da po-                                ção relativa dos trabalhadores brancos na PEA como
pulação desempregada segundo o tempo de procura                                 um todo e na PEA desempregada era inferior, em 8,5
por ocupação também pode ser lida dentro de sua                                 pontos percentuais, no caso dos trabalhadores pretos
distribuição interna, segundo os grupos de cor ou raça                          & pardos era superior, em 8,9 pontos percentuais. Dito
e sexo. Assim, para que os indicadores possam ser                               de outro modo, havia uma sobrerrepresentação da
bem compreendidos, é necessário saber preliminar-                               presença preta & parda na PEA desempregada vis-à-
mente a composição de cor ou raça e sexo da PEA das                             vis à PEA como um todo.
seis maiores RMs brasileiras em dezembro de 2009.
Homens, 53,5%; mulheres, 46,5%. Homens brancos,                                 Mantendo o mesmo raciocínio anterior, agora, também
27,9%; mulheres brancas, 24,9%; brancos de ambos os                             com a decomposição dos grupos de sexo, observa-se
sexos, 52,8%. Homens pretos & pardos, 25,2%; mulhe-                             que a presença da PEA preta & parda do sexo mas-
res pretas & pardas, 21,2%; pretos & pardos de ambos                            culino na PEA desempregada era de 23,6%. Isto é,
os sexos, 46,3%. Vale frisar que a diferença do soma-                           neste caso, os homens pretos & pardos estavam mais
tório dos grupos de cor ou raça e sexo em relação a                             representados na PEA como um todo do que na PEA
100% é decorrente da presença da PEA amarela, indí-                             desempregada. Portanto, eram as mulheres pretas &
gena e de cor ou raça ignorada, não comentadas no                               pardas que apresentavam as maiores desproporções
“Tempo em Curso” pela baixa densidade amostral.                                 entre sua presença na PEA desempregada (31,6%) e na
TEMPO EM CURSO                             5. Composição do desemprego segundo tempo de duração                                              7
Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010            6. Indicadores de subocupação



PEA como um todo (21,2%), na verdade, em mais de                       assumir uma carga horária superior. Já a Subocupa-
10 pontos percentuais. Em tempo, embora com menor                      ção por Trabalho Sub-Remunerado corresponde à
distância, também ocorria uma sobrerrepresentação                      população com rendimento/horário inferior ao Salá-
das mulheres brancas na PEA desempregada (25,6%) e                     rio Mínimo/horário no mês de referência da pesquisa
na PEA como um todo (24,9%).                                           (cerca de R$ 2,11).

Quando se decompunha o indicador acima para a dis-                     De acordo com os indicadores contidos nas tabelas
tribuição da população desempregada por tempo de                       4 e 5, da PEA ocupada nas seis maiores RMs brasi-
procura por emprego, observava-se que mantinha-se                      leira, em dezembro de 2009, 3% encontrava-se su-
a sobrerrepresentação das mulheres pretas & pardas                     bocupada por insuficiência de jornada de trabalho, e
na PEA. Assim, em todas as faixas de tempo por pro-                    16,6%, encontrava-se subocupada por insuficiência
cura de emprego, o grupo de cor ou raça e sexo modal                   de remuneração. Em outras palavras, considerando
eram as pessoas deste último conjunto: procura por                     a PEA ocupada como um todo, havia cerca de cinco
emprego até 30 dias, 35,3%; entre um e seis meses,                     vezes mais trabalhadores labutando com valor da
28,4%; de sete a onze meses, 29,1%; entre um e dois                    remuneração horária inferior ao Salário Mínimo do
anos, 35,5%; dois anos ou mais, 36,8%.                                 que os que estavam subocupados por insuficiência
                                                                       de jornada de trabalho.
Lido por outro ângulo, considerando-se apenas a PEA
que procurava ocupação a partir de um mês; a presen-                   Comparativamente a dezembro de 2008, houve um
ça relativa das mulheres pretas & pardas na população                  ligeiro recuo, de 0,1 ponto percentual, no índice de su-
desempregada crescia proporcionalmente ao maior                        bocupados por insuficiência de jornada de trabalho. Já
tempo de procura por ocupação.                                         em relação à subocupação por insuficiência de rendi-
                                                                       mento, ocorreu uma elevação de 1,3 ponto percentual.
6. Indicadores de subocupação
(tabelas 4 e 5)                                                        Ao se analisar o indicador da subocupação por insu-
                                                                       ficiência de jornada de trabalho pelos grupos de cor
Na presente seção serão comentados os indicadores                      ou raça e sexo, percebe-se que no mês de dezembro
de subocupação da PEA ocupada nas seis maiores                         de 2009, 2,6% da PEA branca ocupada, e 3,5% da PEA
RMs brasileiras. Assim, serão comentados dois in-                      preta & parda ocupada encontravam-se naquela con-
dicadores. Subocupação por Insuficiência de Horas                      dição. Na comparação com dezembro de 2008, em
Trabalhadas, o que significa que a pessoa trabalhou                    ambos os casos, ocorreram ligeiros recuos na propor-
menos de 40 horas em todos os trabalhos na se-                         ção de trabalhadores subocupados: brancos, 0,2 ponto
mana de referência, porém estando disponível para                      percentual; pretos & pardos, 0,1 ponto percentual.



Tabela 4 – Pessoas subocupadas trabalhando                             Tabela 5 – Pessoas ocupadas sub-remuneradas
efetivamente menos de 40 horas, em todos os                            em todos os trabalhos, nas seis maiores RMs,
trabalhos, nas seis maiores RMs, Brasil, dez / 08 e                    Brasil, dez / 08 e dez / 09 (em % sobre o número
dez / 09 (em % sobre o número total de ocupados)                       total de ocupados)
                                        Dez 2008        Dez 2009                                               Dez 2008        Dez 2009
Homens Brancos                             2,0             1,9         Homens Brancos                             7,9             8,4
Mulheres Brancas                           3,7             3,5         Mulheres Brancas                          12,6            13,2
Brancos                                   2,8             2,6          Brancos                                   10,0            10,6
Homens Pretos & Pardos                     2,4             2,4         Homens Pretos & Pardos                    18,4            19,7
Mulheres Pretas & Pardas                   5,0             4,9         Mulheres Pretas & Pardas                  27,1            28,9
Pretos & Pardos                           3,6             3,5          Pretos & Pardos                           22,2            23,8
Homens Total                               2,2             2,1         Homens Total                              12,6            13,6
Mulheres Total                             4,3             4,1         Mulheres Total                            18,7            20,2
PEA Total                                 3,1             3,0          PEA Total                                 15,3            16,6
Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada              Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada
Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo    Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo
em Curso)                                                              em Curso)
TEMPO EM CURSO                    6. Indicadores de subocupação                                                      8
Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010




Na decomposição dos indicadores de subocupação                    entre as mulheres brancas; e de 28,9%, entre as mu-
por insuficiência de jornada de trabalho, também pelos            lheres pretas & pardas. Ou seja, levando-se em con-
grupos de sexo, observou-se que, em dezembro de                   sideração os respectivos percentuais, a diferença do
2009, o peso desta condição, sobre o total de ocupa-              peso da subocupação por insuficiência de remunera-
dos foi de: homens brancos, 1,9%; homens pretos &                 ção das mulheres pretas & pardas, vis-à-vis os homens
pardos 2,4%; mulheres brancas, 3,5%; mulheres pretas              brancos, era cerca 3,5 vezes superior.
& pardas, 4,9%.
                                                                  Desta forma, juntando-se os indicadores vistos ao
Na tabela 5, vê-se o peso da subocupação sobre a                  longo desta seção com os índices analisados ao longo
PEA ocupada por insuficiência de rendimento nas seis              desta edição do “Tempo em Curso”, pode-se perceber
maiores RMs brasileiras.                                          que as desigualdades de cor ou raça estão presentes
                                                                  nos mais diversos aspectos do mercado de trabalho.
Em dezembro de 2009, na PEA branca ocupada, o
peso relativo dos subocupados por insuficiência de                No caso das mulheres pretas & pardas em específico,
remuneração foi de 10,6%. Já na PEA preta & parda,                ao menos se levando em conta o cenário vigente ao
o mesmo indicador correspondeu a 23,8%, ou seja,                  longo do ano de 2009, pode-se concluir que, compara-
mais do que o dobro.                                              tivamente aos outros grupos de cor ou raça, aquelas
                                                                  recebem remunerações francamente menores, enfren-
Quando o indicador de subocupação leva em consi-                  tam taxas de desemprego substancialmente maiores,
deração a dimensão de gênero, observa-se que o seu                além de estarem mais sujeitas, quando ocupadas, às
peso relativo era de 8,4%, entre os homens brancos;               formas de vínculo com o mercado de trabalho mais
de 19,7%, entre os homens pretos & pardos; de 13,2%,              precárias e instáveis.
TEMPO EM CURSO                                                                                     9
Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010




         Tempo em Curso

         Elaboração escrita                        Pesquisadores Assistentes
         Profº Marcelo Paixão                      Cléber Julião
                                                   Fabiana Montovanele de Melo
         Programação de indicadores estatísticos   Irene Rossetto Giaccherino
         Luiz Marcelo Carvano                      Rodrigo Martins
                                                   Sandra Regina Ribeiro
         Pesquisadora assistente
         Irene Rossetto Giaccherino                Coordenação dos Cursos de Extensão
                                                   Azoilda Loretto
         Bolsista de Graduação                     Sandra Regina Ribeiro
         Bianca Angelo Andrade (PBICT – CNPq)
                                                   Bolsistas de Graduação
         Equipe LAESER / IE / UFRJ                 Bianca Angelo Andrade (PBICT – CNPq)
                                                   Elisa Alonso Monçores (PBICT – CNPq)
         Coordenação Geral                         Elaine Carvalho – Curso de Extensão (UNIAFRO)
         Profº Marcelo Paixão
                                                   Revisão de texto e copy-desk
         Coordenação Estatística                   Alana Barroco Vellasco Austin
         Luiz Marcelo Carvano
                                                   Editoração Eletrônica
                                                   Maraca Design

                                                   Apoio
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TEC 2010 02 - Indicadores de desemprego e de subocupação

  • 1. TEMPO EM CURSO Publicação eletrônica mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho metropolitano brasileiro Ano II; Vol. 2; nº 2, Fevereiro, 2010 (Indicadores de desemprego e de subocupação)
  • 2. TEMPO EM CURSO 1. Apresentação 2. Reflexões Gerais Sobre a Conjuntura Econômica no Começo de 2010 e 2 Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010 Reflexos Para a População Afrodescendente 1. Apresentação balho metropolitano brasileiro. Deste modo, na compa- ração entre dezembro de 2008 e dezembro de 2009, o Com o presente número, o LAESER dá continuidade rendimento habitual médio da PEA metropolitana apre- ao boletim eletrônico “Tempo em Curso”, já em seu sentou ligeira elevação de 0,7% e a taxa de desempre- segundo ano e quarta edição. Os indicadores desta go voltou ao mesmo patamar do ponto de partida, ou publicação são os microdados da Pesquisa Mensal de seja, 6,8%. Todavia, talvez ainda seja cedo para se vis- Emprego (PME), divulgados pelo Instituto Brasileiro de lumbrar uma completa recuperação da economia, nem Geografia e Estatística (IBGE), mensalmente, em seu da brasileira, e muito menos da mundial. portal (www.ibge.gov.br). A economia mundial ingressa o ano de 2010 com Conforme havia sido indicado no primeiro número do sérias ameaças, a começar pelos riscos iminentes “Tempo em Curso”, cada edição desta publicação, além que pairam sobre a Comunidade Européia, por conta da atualização dos indicadores de Rendimento Habitual das sérias crises fiscais e financeiras que assolaram Médio do Trabalho Principal e do Desemprego, será de- países que fazem parte da zona do euro, especial- dicada a um tema diferenciado, tal como segue abaixo: mente Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha, que já vêm sendo ironicamente chamados no mercado l Mês 1 – Posição na Ocupação e Ramo de Ativida- financeiro de PIIGS. de Econômica l Mês 2 – Rendimentos do trabalho Também contam como plausíveis fontes de incerteza l Mês 3 – Evolução da ocupação e do desemprego as recentes decisões de aperto ao crédito por parte do governo da China e as dificuldades ainda enfrentadas Portanto, neste presente número da publicação “Tem- pela economia norte-americana, neste caso colocando po em Curso”, o tema central será o da ocupação, com em risco até mesmo o futuro político do governo de ênfase sobre o perfil do desemprego e da subocupa- Barack Obama. ção. Vale salientar que os indicadores que serão co- mentados são referentes ao último mês de 2009. O movimento de especulação com divisas (moeda estrangeira) que veio ocorrendo no Brasil durante o 2. Reflexões Gerais Sobre a começo deste ano (evidenciado pela recente valoriza- Conjuntura Econômica no Começo ção da moeda norte-americana) sugere que o país não de 2010 e Reflexos Para a População está totalmente blindado diante das crises econômicas Afrodescendente (tabelas 1 e 2) e financeiras que vieram ocorrendo pelo mundo afo- ra. Para além do cenário internacional, há de se listar Conforme foi possível verificar nas três primeiras edi- também as próprias eleições, que costumam de uma ções do “Tempo em Curso”, o ano de 2009 foi marcado forma ou de outra afetar o desempenho de vários indi- pelos efeitos da crise econômica mundial sobre o Brasil. cadores macroeconômicos e de investimentos. Como efeito da crise, o mercado de trabalho metropo- Não obstante, enquanto não forem acordados pactos litano brasileiro se viu impactado ao longo do primeiro internacionais de uma nova governança financeira e semestre, quando os indicadores de rendimento do sobre o movimento de capitais (especialmente o espe- trabalho tenderam à redução (queda em termos re- culativo), dificilmente o mundo conseguirá encontrar ais de 2,4% para a População Economicamente Ativa um ciclo de desenvolvimento econômico e – depen- (PEA) metropolitana em seu conjunto, entre maio e dendo da qualidade deste eventual pacto – redistribui- janeiro), e o de desemprego, ao contrário, tendeu à ção de renda. E tal contexto de incerteza pode voltar elevação (aumento de 0,6 pontos percentuais para a a impactar o mercado de trabalho brasileiro ao longo PEA metropolitana no mesmo período). deste ano de 2010, incluindo os distintos grupos de cor ou raça que dele participam. Posteriormente, os esforços adotados pelos formu- ladores de políticas econômicas do governo federal, Ao longo dos três primeiros números do “Tempo em no sentido de mitigar a crise, através de mecanismos Curso”, evidenciou-se que os diferentes grupos de cor fiscais (gasto público) e monetários (juros e crédito), ou raça atuam de forma diferenciada no mercado de acarretaram efeitos positivos sobre o mercado de tra- trabalho metropolitano brasileiro, especialmente quan-
  • 3. TEMPO EM CURSO 2. Reflexões Gerais Sobre a Conjuntura Econômica no Começo de 2010 e Reflexos Para a 3 Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010 População Afrodescendente 3. Rendimento Habitual Médio do Trabalho Principal do medidos em termos de formas de posição na ocu- contextos econômicos conjunturais sobre os grupos pação e agrupamentos de atividades econômicas. de cor ou raça no Brasil. Este exercício, na verdade, espelha à própria forma pela qual as assimetrias vão Este comportamento diferenciado, por um lado, ex- evoluindo ao longo do tempo, e se constituiu como um pressa em grande medida o próprio modo dinâmico instrumento fundamental no processo de construção do racismo à brasileira, que classifica e hierarquiza as das políticas de igualdade racial. pessoas de acordo com a cor de suas peles e outros traços fenotípicos. Assim, para fins do que trata esta 3. Rendimento Habitual Médio do publicação eletrônica, este modelo de relações raciais Trabalho Principal (tabela 1)1 abre e fecha portas para determinados tipos de vín- culos com o mercado de trabalho para os diferentes No mês de dezembro de 2009, o Rendimento Habitual grupos. Conforme visto na última edição do “Tempo Médio do Trabalho Principal da PEA residente nas seis em Curso”, os pretos & pardos são minoria no setor maiores Regiões Metropolitanas (RMs) brasileiras (da industrial de transformação, nos serviços prestados mais ao Norte, para a mais ao Sul: Recife, Salvador, às empresas e na administração pública. Já na cons- Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Ale- trução civil e no emprego doméstico, aquele grupo gre), em R$, foi de 1.344,40. Este valor, comparativa- forma uma visível maioria. mente ao mesmo mês do ano anterior, foi 0,9% inferior. Na comparação com o mês de dezembro de 2008, Desta forma, a hipótese assumida por esta publicação conforme já mencionado, ocorreu uma ligeira redução é que os diferentes modos de vínculo com o mercado em termos reais de 0,7%. de trabalho (expressão ao menos parcial do racismo à brasileira), por parte dos diferentes grupos de cor ou No mês de dezembro de 2009, o Rendimento Habitual raça, vão se consorciar com os ciclos da conjuntura Médio do Trabalho Principal dos trabalhadores brancos econômica, ampliando ou reduzindo as assimetrias de foi de R$ 1.708,20 e o dos trabalhadores pretos & par- cor ou raça e sexo medidas através de um amplo con- dos foi de R$ 895,11. O mesmo indicador, na PEA bran- junto de indicadores. ca do sexo masculino, correspondeu a R$ 1.968,36. Na PEA branca do sexo feminino, o Rendimento Habitual Assim, quatro meses após seu primeiro número, fica Médio foi de R$ 1.405,64. Entre os trabalhadores pretos patente, o quão complexo e concomitantemente ne- & pardos do sexo masculino, aquele mesmo indicador cessário, é o exercício de busca de entendimento dos foi de R$ 1.017,72 e, do sexo feminino, de R$ 742,12. Tabela 1 – Rendimento médio habitualmente recebido pela PEA ocupada residente nas seis maiores RMs, Brasil, dez / 08 – dez / 09, (em R$ – dez 09, INPC) 2008 2009 Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Homens Brancos 1.983,33 2.033,36 2.051,22 2.004,12 1.992,98 1.936,42 1.950,92 1.964,28 1.976,46 1.985,82 1.987,39 1.997,84 1.968,36 Mulheres Brancas 1.349,97 1.401,32 1.385,73 1.404,89 1.403,23 1.395,21 1.381,59 1.376,33 1.389,91 1.391,18 1.393,98 1.413,45 1.405,64 Brancos 1.694,98 1.747,25 1.751,91 1.732,84 1.726,02 1.690,13 1.688,26 1.694,24 1.704,75 1.711,63 1.714,00 1.727,57 1.708,20 Homens Pretos & Pardos 972,03 985,28 977,94 995,16 984,7 1001,65 977,95 985,24 997,81 1006,92 1.026,79 1.014,02 1.017,72 Mulheres Pretas & Pardas 727,77 727,8 721,6 736,75 719,81 716,17 719,77 743,29 746,35 758,64 738,75 734,16 742,12 Pretos & Pardos 865,79 873,39 866,62 883,71 870,37 878,28 866,32 879,39 887,83 897,61 899,87 890,31 895,11 PEA Total 1.334,55 1.363,73 1.361,78 1.359,29 1.349,45 1.334,90 1.330,36 1.337,38 1.350,08 1.357,98 1.357,77 1.356,64 1.344,40 Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso) 1 Nas planilhas originais onde foram realizados os cálculos das diferenças entre os grupos de cor ou raça trabalhou-se com números relativos com duas casas decimais. Porém, para simplificar a exposição os indicadores foram apresentados com apenas uma casa decimal. ,Quando da mensuração das assimetrias de cor ou raça, tal fato poderá acarretar em pequenos desvios em relação aos cálculos finais, tal como expostos no texto, comparativamente aos números apresentados nas distintas tabelas.
  • 4. TEMPO EM CURSO 3. Rendimento Habitual Médio do Trabalho Principal 4 Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010 4. Evolução da taxa de desemprego No mês de dezembro de 2009, nas seis maiores RMs ção do mesmo indicador entre as mulheres brancas, brasileiras, a diferença na remuneração habitual média de um lado, e pretas & pardas, de outro, revelou que dos brancos, em relação aos pretos & pardos, foi de as desigualdades foram de 89,4%. 90,8%. Tal diferença correspondeu a uma redução em 3,2 pontos percentuais em relação ao mês de novem- Na comparação entre dezembro de 2009 com o bro do mesmo ano (quando as desigualdades de cor mesmo período do ano anterior, entre os homens, ou raça foram de 94%). Na comparação anual, ou seja, ocorreu uma significativa queda nas assimetrias de comparando-se ao quadro vigente em dezembro de cor ou raça, em 10,6 pontos percentuais. No caso 2008 (quando as desigualdades de cor ou raça foram das mulheres, inversamente, ocorreu uma eleva- de 95,8%), ocorreu uma redução nas assimetrias de ção nas assimetrias, em 3,9 pontos percentuais. Na cor ou raça em 5 pontos percentuais. comparação entre dezembro de 2009 com o mês de novembro do mesmo ano, ocorreram reduções das Apresentando este comportamento, observa-se que assimetrias de cor ou raça: 3,6 pontos percentuais, não ocorreu uma continuidade do movimento de na comparação dos homens brancos com os ho- elevação das assimetrias de cor ou raça, tal como mens pretos & pardos; e de 3,1 pontos percentuais, registrado em novembro. Assim, dezembro de 2009 na comparação entre as mulheres brancas com as foi onde ocorreu a terceira menor diferença relativa mulheres pretas & pardas. no Rendimento Habitual Médio entre brancos e pretos & pardos, ficando atrás somente do acontecido em No mês de dezembro de 2009, a diferença na remune- setembro e outubro deste ano. Uma hipótese a ser ração habitual média dos homens brancos e das mu- aventada neste caso, para explicar este movimento, lheres pretas & pardas foi 165,2% superior em bene- pode ter sido os efeitos positivos sobre a ocupação, fício dos primeiros. Na comparação entre os homens tal como costuma ocorrer nesta época do ano, talvez pretos & pardos com as mulheres brancas, verificou-se gerando maiores oportunidades de rendimento das que a remuneração habitual dos primeiros era 27,6% categorias do setor informal (especialmente o pe- inferior à remuneração habitual das segundas. queno comércio, mas, também a construção civil e o emprego doméstico), onde os pretos & pardos são 4. Evolução da taxa de desemprego predominantes. (tabela 2) Quando lido de forma decomposta pelos grupos de Conforme já mencionado, no mês de dezembro de sexo, verificou-se que, em dezembro de 2009, as as- 2009, nas seis maiores RMs brasileiras, a taxa de de- simetrias no Rendimento Habitual Médio entre os ho- semprego alcançou 6,8%. Com isso, deu-se sequência mens brancos, em comparação aos pretos & pardos, à série de reduções neste indicador, tal como já vinha foram de 93,4%, favoráveis aos primeiros. A compara- ocorrendo desde o mês de setembro. Tabela 2 – Taxa de desemprego da PEA residente nas seis maiores RMs, Brasil, nov / 08 – nov / 09 (em %) 2008 2009 Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Homens Brancos 4,6 5,7 6,2 6,6 6,4 6,7 5,8 5,7 5,6 5,3 5,1 4,9 4,6 Mulheres Brancas 7,2 8,5 9,2 10,0 9,7 9,3 8,1 7,8 8,3 7,9 7,7 7,6 7,0 Brancos 5,8 7,0 7,6 8,2 7,9 7,9 6,9 6,7 6,9 6,5 6,3 6,2 5,7 Homens Pretos & Pardos 6,0 7,0 7,4 8,1 8,3 8,0 7,9 7,7 7,7 7,5 7,0 6,7 6,4 Mulheres Pretas & Pardas 10,6 12,8 12,3 12,6 12,6 12,6 12,0 11,9 11,9 11,2 11,4 11,2 10,2 Pretos & Pardos 8,1 9,6 9,6 10,1 10,2 10,1 9,7 9,6 9,6 9,2 9,0 8,8 8,1 PEA Total 6,8 8,2 8,5 9,0 8,9 8,8 8,1 8,0 8,1 7,7 7,5 7,4 6,8 Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso)
  • 5. TEMPO EM CURSO 4. Evolução da taxa de desemprego 5 Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010 5. Composição do desemprego segundo tempo de duração Em dezembro de 2009, a taxa de desemprego da PEA tempo, o número de desempregados naquelas regiões branca foi de 5,7%, ao passo que a da PEA preta & aumentou 1,6%. parda foi de 8,1%. Na verdade, expressando a paulatina recuperação da economia brasileira, desde o mês de No mês de dezembro de 2009, no somatório da PEA agosto, esta taxa vem caindo seguidamente entre am- desempregada nas seis maiores RMs brasileiras, 23,2% bos os grupos. procuravam ocupação há menos de um mês; 45,5% o faziam entre um e seis meses; 11,8% o faziam entre A taxa de desemprego dos homens brancos, em de- sete meses e um ano; 11,6% entre um e dois anos; e zembro de 2009, foi de 4,6%, ao passo que o mesmo 8% há mais de dois anos. indicador, na PEA preta & parda do sexo masculino foi de 6,4%. Comparativamente ao mês de novembro Na PEA branca, o número total de desempregados, de 2009, a taxa de desemprego dos homens brancos entre dezembro de 2008 e de 2009, declinou 3,3%. O caiu 0,3 ponto percentual. No mesmo período, a taxa percentual dos desempregados deste grupo que pro- de desemprego dos homens pretos & pardos também curava ocupação há menos de um mês foi de 18,3%; declinou 0,3 ponto percentual. No comparativo com e os que buscavam há mais de dois anos, 7,7%. A PEA dezembro de 2008, a taxa de desemprego dos homens preta & parda desempregada, naquele mesmo período, brancos se manteve igual, em 4,6%; e a dos homens aumentou 6,1%. Na PEA preta & parda desempregada, pretos & pardos aumentou em 0,4 ponto percentual. o percentual dos que procuravam ocupação há menos de trinta dias foi de 27%; e a mais de dois anos, 8,3%. A taxa de desemprego das mulheres brancas, em de- zembro de 2009, foi de 7%. Já a das mulheres pretas & Quando os indicadores acima são igualmente decom- pardas manteve a costumeira propensão a se manter postos pelos grupos de sexo, observa-se que o com- mais elevada em relação aos demais grupos, tendo portamento dos quatro grupos de cor ou raça e sexo sido de 10,2%, jamais sendo inferior a este patamar apresentam clivagens. durante todo o ano. Assim, em termos proporcionais, a taxa de desemprego das mulheres pretas & pardas Entre dezembro de 2008 e de 2009, o contingente de apresentou-se 122,6% superior à mesma taxa dos ho- cor ou raça branca do sexo masculino que se encon- mens brancos; 45,2% superior à das mulheres brancas; trava desempregado foi reduzido em 3,7%. No mesmo e 59,3% superior à dos homens pretos & pardos. período, o indicador entre pretos & pardos do sexo mas- culino aumentou significativos 10,7%. No contingente fe- Entre as mulheres brancas, a taxa de desemprego veio minino, entre as brancas, o número de desempregadas declinando seguidamente desde setembro de 2009 foi reduzido em 3%. Já na PEA preta & parda do sexo (quando chegou a 7,9%). Assim, comparativamente a feminino, o número de desempregadas cresceu 2,9%. novembro de 2009, a taxa de desemprego deste grupo, em dezembro de 2009, diminuiu 0,6 ponto percentual. Na PEA branca do sexo masculino desempregada, Em comparação com dezembro de 2008, o mesmo in- 19,2% se encontrava neste índice há menos de um dicador declinou 0,2 ponto percentual. No caso das tra- mês; 46,1% entre um e seis meses; 16,9%, entre sete balhadoras pretas & pardas, a taxa de desemprego em e onze meses; 9,5% entre um a dois anos; e 8,2% há dezembro de 2009, comparada a novembro do mesmo mais de dois anos. Na PEA preta & parda do sexo mas- ano, regrediu um ponto percentual. Na comparação en- culino que estava desempregada, 28,5% procuravam tre novembro de 2009 e de 2008, a taxa de desemprego ocupação há menos um mês; 43,8%, entre um e seis das mulheres pretas & pardas caiu 0,4 ponto percentual. meses; 9,6% entre sete e onze meses; 11,3% entre um e dois anos; e 6,9% há mais de dois anos. 5. Composição do desemprego segundo tempo de duração (tabela 3) No contingente do sexo feminino, entre as brancas de- sempregadas, 17,6% buscavam ocupação há menos de Na tabela 3, é visto o comportamento do desempre- um mês; 52% há um e seis meses; 11,2% há sete e onze go nas seis maiores RMs brasileiras de acordo com o meses; 11, 7% entre um e dois anos; e 7,4% há mais de tempo de procura por ocupação segundo os grupos de dois anos. Na PEA preta & parda do sexo feminino que cor ou raça e sexo, nos meses de dezembro de 2008 estava desempregada, a composição do tempo de bus- e dezembro de 2009. Durante estas duas pontas no ca por ocupação segundo o tempo de duração da pro-
  • 6. TEMPO EM CURSO 5. Composição do desemprego segundo tempo de duração 6 Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010 Tabela 3 - PEA desempregada residente nas seis maiores RMs, por tempo de duração da procura por emprego, Brasil, dez / 08 e dez / 09 (em número de trabalhadores desempregados)   30 dias 31 dias a 6 meses 7 a 11 meses 1 a 2 anos 2 anos ou mais Total Homens Brancos Dez 2008 81.880 152.759 31.743 28.673 14.230 309.285 Dez 2009 57.315 137.377 50.328 28.407 24.448 297.875 Mulheres Brancas Dez 2008 93.636 202.485 43.804 44.089 36.723 420.737 Dez 2009 71.886 212.090 45.892 47.902 30.218 407.988 Brancos Dez 2008 175.516 355.244 75.547 72.761 50.953 730.021 Dez 2009 129.202 349.466 96.220 76.309 54.666 705.863 Homens Pretos & Pardos Dez 2008 85.804 173.971 23.645 36.794 19.137 339.351 Dez 2009 106.961 164.440 35.889 42.555 25.804 375.649 Mulheres Pretas & Pardas Dez 2008 114.708 243.049 45.580 48.790 36.649 488.776 Dez 2009 130.216 205.895 54.474 65.557 46.775 502.917 Pretos & Pardos Dez 2008 200.512 417.020 69.225 85.584 55.786 828.127 Dez 2009 237.177 370.335 90.363 108.112 72.579 878.566 Homens Total Dez 2008 168.663 328.936 55.388 65.467 33.366 651.820 Dez 2009 166.371 302.263 86.976 70.961 50.253 676.824 Mulheres Total Dez 2008 210.330 447.140 90.724 92.879 73.923 914.996 Dez 2009 202.102 421.508 100.366 113.798 76.993 914.767 PEA Total Dez 2008 378.993 776.076 146.112 158.346 107.289 1.566.816 Dez 2009 368.473 723.771 187.342 184.760 127.245 1.591.591 Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso) cura foi de: 25,9%; há menos de um mês; 40,9%, entre Assim, na população desempregada como um todo, um e seis meses; 10,8%, entre sete e onze meses; 13%, naquele mesmo mês de dezembro de 2009, os bran- entre um e dois anos; e 9,3% mais de dois anos. cos perfaziam 44,3%, e os pretos & pardos, 55,2%. Ou seja, ao passo que a desproporção entre a participa- A desagregação do indicador da composição da po- ção relativa dos trabalhadores brancos na PEA como pulação desempregada segundo o tempo de procura um todo e na PEA desempregada era inferior, em 8,5 por ocupação também pode ser lida dentro de sua pontos percentuais, no caso dos trabalhadores pretos distribuição interna, segundo os grupos de cor ou raça & pardos era superior, em 8,9 pontos percentuais. Dito e sexo. Assim, para que os indicadores possam ser de outro modo, havia uma sobrerrepresentação da bem compreendidos, é necessário saber preliminar- presença preta & parda na PEA desempregada vis-à- mente a composição de cor ou raça e sexo da PEA das vis à PEA como um todo. seis maiores RMs brasileiras em dezembro de 2009. Homens, 53,5%; mulheres, 46,5%. Homens brancos, Mantendo o mesmo raciocínio anterior, agora, também 27,9%; mulheres brancas, 24,9%; brancos de ambos os com a decomposição dos grupos de sexo, observa-se sexos, 52,8%. Homens pretos & pardos, 25,2%; mulhe- que a presença da PEA preta & parda do sexo mas- res pretas & pardas, 21,2%; pretos & pardos de ambos culino na PEA desempregada era de 23,6%. Isto é, os sexos, 46,3%. Vale frisar que a diferença do soma- neste caso, os homens pretos & pardos estavam mais tório dos grupos de cor ou raça e sexo em relação a representados na PEA como um todo do que na PEA 100% é decorrente da presença da PEA amarela, indí- desempregada. Portanto, eram as mulheres pretas & gena e de cor ou raça ignorada, não comentadas no pardas que apresentavam as maiores desproporções “Tempo em Curso” pela baixa densidade amostral. entre sua presença na PEA desempregada (31,6%) e na
  • 7. TEMPO EM CURSO 5. Composição do desemprego segundo tempo de duração 7 Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010 6. Indicadores de subocupação PEA como um todo (21,2%), na verdade, em mais de assumir uma carga horária superior. Já a Subocupa- 10 pontos percentuais. Em tempo, embora com menor ção por Trabalho Sub-Remunerado corresponde à distância, também ocorria uma sobrerrepresentação população com rendimento/horário inferior ao Salá- das mulheres brancas na PEA desempregada (25,6%) e rio Mínimo/horário no mês de referência da pesquisa na PEA como um todo (24,9%). (cerca de R$ 2,11). Quando se decompunha o indicador acima para a dis- De acordo com os indicadores contidos nas tabelas tribuição da população desempregada por tempo de 4 e 5, da PEA ocupada nas seis maiores RMs brasi- procura por emprego, observava-se que mantinha-se leira, em dezembro de 2009, 3% encontrava-se su- a sobrerrepresentação das mulheres pretas & pardas bocupada por insuficiência de jornada de trabalho, e na PEA. Assim, em todas as faixas de tempo por pro- 16,6%, encontrava-se subocupada por insuficiência cura de emprego, o grupo de cor ou raça e sexo modal de remuneração. Em outras palavras, considerando eram as pessoas deste último conjunto: procura por a PEA ocupada como um todo, havia cerca de cinco emprego até 30 dias, 35,3%; entre um e seis meses, vezes mais trabalhadores labutando com valor da 28,4%; de sete a onze meses, 29,1%; entre um e dois remuneração horária inferior ao Salário Mínimo do anos, 35,5%; dois anos ou mais, 36,8%. que os que estavam subocupados por insuficiência de jornada de trabalho. Lido por outro ângulo, considerando-se apenas a PEA que procurava ocupação a partir de um mês; a presen- Comparativamente a dezembro de 2008, houve um ça relativa das mulheres pretas & pardas na população ligeiro recuo, de 0,1 ponto percentual, no índice de su- desempregada crescia proporcionalmente ao maior bocupados por insuficiência de jornada de trabalho. Já tempo de procura por ocupação. em relação à subocupação por insuficiência de rendi- mento, ocorreu uma elevação de 1,3 ponto percentual. 6. Indicadores de subocupação (tabelas 4 e 5) Ao se analisar o indicador da subocupação por insu- ficiência de jornada de trabalho pelos grupos de cor Na presente seção serão comentados os indicadores ou raça e sexo, percebe-se que no mês de dezembro de subocupação da PEA ocupada nas seis maiores de 2009, 2,6% da PEA branca ocupada, e 3,5% da PEA RMs brasileiras. Assim, serão comentados dois in- preta & parda ocupada encontravam-se naquela con- dicadores. Subocupação por Insuficiência de Horas dição. Na comparação com dezembro de 2008, em Trabalhadas, o que significa que a pessoa trabalhou ambos os casos, ocorreram ligeiros recuos na propor- menos de 40 horas em todos os trabalhos na se- ção de trabalhadores subocupados: brancos, 0,2 ponto mana de referência, porém estando disponível para percentual; pretos & pardos, 0,1 ponto percentual. Tabela 4 – Pessoas subocupadas trabalhando Tabela 5 – Pessoas ocupadas sub-remuneradas efetivamente menos de 40 horas, em todos os em todos os trabalhos, nas seis maiores RMs, trabalhos, nas seis maiores RMs, Brasil, dez / 08 e Brasil, dez / 08 e dez / 09 (em % sobre o número dez / 09 (em % sobre o número total de ocupados) total de ocupados)   Dez 2008 Dez 2009   Dez 2008 Dez 2009 Homens Brancos 2,0 1,9 Homens Brancos 7,9 8,4 Mulheres Brancas 3,7 3,5 Mulheres Brancas 12,6 13,2 Brancos 2,8 2,6 Brancos 10,0 10,6 Homens Pretos & Pardos 2,4 2,4 Homens Pretos & Pardos 18,4 19,7 Mulheres Pretas & Pardas 5,0 4,9 Mulheres Pretas & Pardas 27,1 28,9 Pretos & Pardos 3,6 3,5 Pretos & Pardos 22,2 23,8 Homens Total 2,2 2,1 Homens Total 12,6 13,6 Mulheres Total 4,3 4,1 Mulheres Total 18,7 20,2 PEA Total 3,1 3,0 PEA Total 15,3 16,6 Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso) em Curso)
  • 8. TEMPO EM CURSO 6. Indicadores de subocupação 8 Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010 Na decomposição dos indicadores de subocupação entre as mulheres brancas; e de 28,9%, entre as mu- por insuficiência de jornada de trabalho, também pelos lheres pretas & pardas. Ou seja, levando-se em con- grupos de sexo, observou-se que, em dezembro de sideração os respectivos percentuais, a diferença do 2009, o peso desta condição, sobre o total de ocupa- peso da subocupação por insuficiência de remunera- dos foi de: homens brancos, 1,9%; homens pretos & ção das mulheres pretas & pardas, vis-à-vis os homens pardos 2,4%; mulheres brancas, 3,5%; mulheres pretas brancos, era cerca 3,5 vezes superior. & pardas, 4,9%. Desta forma, juntando-se os indicadores vistos ao Na tabela 5, vê-se o peso da subocupação sobre a longo desta seção com os índices analisados ao longo PEA ocupada por insuficiência de rendimento nas seis desta edição do “Tempo em Curso”, pode-se perceber maiores RMs brasileiras. que as desigualdades de cor ou raça estão presentes nos mais diversos aspectos do mercado de trabalho. Em dezembro de 2009, na PEA branca ocupada, o peso relativo dos subocupados por insuficiência de No caso das mulheres pretas & pardas em específico, remuneração foi de 10,6%. Já na PEA preta & parda, ao menos se levando em conta o cenário vigente ao o mesmo indicador correspondeu a 23,8%, ou seja, longo do ano de 2009, pode-se concluir que, compara- mais do que o dobro. tivamente aos outros grupos de cor ou raça, aquelas recebem remunerações francamente menores, enfren- Quando o indicador de subocupação leva em consi- tam taxas de desemprego substancialmente maiores, deração a dimensão de gênero, observa-se que o seu além de estarem mais sujeitas, quando ocupadas, às peso relativo era de 8,4%, entre os homens brancos; formas de vínculo com o mercado de trabalho mais de 19,7%, entre os homens pretos & pardos; de 13,2%, precárias e instáveis.
  • 9. TEMPO EM CURSO 9 Ano II; Vol. 2; nº 2, Fev, 2010 Tempo em Curso Elaboração escrita Pesquisadores Assistentes Profº Marcelo Paixão Cléber Julião Fabiana Montovanele de Melo Programação de indicadores estatísticos Irene Rossetto Giaccherino Luiz Marcelo Carvano Rodrigo Martins Sandra Regina Ribeiro Pesquisadora assistente Irene Rossetto Giaccherino Coordenação dos Cursos de Extensão Azoilda Loretto Bolsista de Graduação Sandra Regina Ribeiro Bianca Angelo Andrade (PBICT – CNPq) Bolsistas de Graduação Equipe LAESER / IE / UFRJ Bianca Angelo Andrade (PBICT – CNPq) Elisa Alonso Monçores (PBICT – CNPq) Coordenação Geral Elaine Carvalho – Curso de Extensão (UNIAFRO) Profº Marcelo Paixão Revisão de texto e copy-desk Coordenação Estatística Alana Barroco Vellasco Austin Luiz Marcelo Carvano Editoração Eletrônica Maraca Design Apoio Fundação Ford