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17/03/2013
1
ASMA BRÔNQUICA
Profa. Marion Vecina
Asma
 Doença inflamatória crônica das vias aéreas
caracterizada por uma hiper-responsividade
traqueobrônquica a estímulos diversos,
resultando em estreitamento difuso das vias
aéreas .
 O grau de obstrução varia muito e costuma ser
reversível, espontaneamente ou como resultado
do tratamento, em curtos períodos de tempo.
INTRODUÇÃO
 De acordo com o Global Initiative for Asthma
(GINA), em 2025 serão mais de 100 milhões de
asmáticos.
 Na América do Sul, o número de Asmáticos
perfaz 9,9%.
 No sistema de saúde pública do Brasil , ocupa 0
4º lugar de causas de internação hospitalar pelo
SUS ( IV Diretrizes Brasileiras, 2006)
Introdução
ASMA
É uma doença multicausal
FATORES GENÉTICOS
EXPOSIÇÃO AMBIENTAL
BRONCOSCONSTRIÇÃO
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
17/03/2013
2
ASMA
FATORES AGRAVANTES
E PRECIPITANTES
Alérgicos: componentes
químicos do corpo de certos
animais, esporos de fungos,
polens, fármacos, alimentos...
Irritantes: cheiro de tintas,
perfumes, fumaça de cigarro,
poluição ar frio, tosse e riso ..
Infecções: virais, sinusites
Exercícios físicos
(resfriamento da via aérea
devido a perda do calor da
mucosa brônquica)
Fatores emocionais
RGE, asma noturna, fatores
endócrinos.
Agentes desencadeantes da Asma
Mecanismos de Lesão Celular
 Em quase 80% dos casos de asma pode-se identificar um
componente alérgico hereditário que predispõe à resposta
inflamatória.
 A exposição ao alérgeno leva a uma rápida resposta do brônquio
com migração, degranulação e destruição dos mastócitos com
imediata liberação de substâncias broncocontritoras,
especialmente histamina e leucotrienos, iniciando intensa
quimiotaxia de eosinófilos ( cél. que caracteriza processo
inflamatório asmático ).
 A contração da musculatura brônquica como resposta à
exposição ao alérgeno é chamada de fase inicial ou imediata da
asma.
Etiopatogenia
 Um dos aspectos mais característicos da asma é a
hiperreatividade brônquica, que consiste numa resposta
broncoconstritora exagerada a vários estímulos de
natureza física, química e farmacológica.
 Por muitas décadas pensou-se que a asma fosse basicamente
provocada por broncoespasmos isolados e que no intervalo
intercrítico os brônquios fossem perfeitamente normais. Estudos
post-mortem de pulmões de pacientes falecidos em status
asmaticus demonstraram severas alterações inflamatórias,
afetando principalmente brônquios de todos os calibres.
 Com isto, tornou-se claro que a asma é essencialmente uma
doença crônica com exarcebações agudas intermitentes.
Anatomia Patológica
 A luz dos brônquios no asmático contém quantidades variáveis
de muco espesso, viscoso e de alta tensão superficial. No estado
de mal asmático formam-se rolhas ( plugs). As internações
se destinam principalmente à remoção desses tampões.
 Descamação do epitélio brônquico; processo degenerativo
das células pseudo-estratificadas e ciliadas, caminhando para a
necrose e esfoliação.
 As mucosa acha-se infiltrada de eosinófilos, célula
inflamatória básica da asma.
 A camada muscular pode apresentar discretos graus de
hipertrofia; pode ocorrer aumento definitivo da espesura da
parede brônquica, criando um componente de obstrução fixa
que não cede aos broncodilatadores.
Mecânica Pulmonar
 O estreitamento difuso da luz brônquica conduz à
obstrução relativa ao fluxo aéreo, que se traduz por
elevação da resistência das vias aéreas; quando a
resistência das vias aéreas começa a se elevar, começa
haver redução significativa do fluxo expiratório.
 A dificuldade de saída do ar expirado conduz a
retenção com hiperdistensão pulmonar, que pode
ser constatada clínica e radiologicamente.
17/03/2013
3
Trabalho Respiratório
 O aumento da resistência das vias aéreas
determina um incremento no trabalho
respiratório. Nas crises prolongadas, o gasto de
oxigênio necessário para alimentar este trabalho
torna-se muito importante, contribuindo para
esgotar o paciente. Da mesma forma o
metabolismo muscular, fazendo-se em muitos
casos em fase anaeróbia.
Broncoespasmo - Hiperinsuflação
Classificação da Asma
 ASMA Leve; sintomas intermitentes, que ocorrem
esporadicamente, com freqüência de uma semana a cada três
meses. Estes não impedem os pacientes de realizar as atividades
físicas habituais ( os sintomas são discretos, aliviados
rapidamente por broncodilatadores, empregados apenas
ocasionalmente).
 ASMA Moderada; os sintomas aparecem mais que uma vez por
semana mas não diariamente, podendo afetar as atividades
habituais. O sono é interrompido pelos sintomas da asma ( Há
necessidade de tratamento continuado, com o uso de drogas
mesmo em fases intercríticas e de calmaria)
 ASMA Grave; quando os sintomas são contínuos e diários, com
exarcebações e sintomas freqüentes ( medicação constante e
complexa, envolvendo drogas múltiplas e em doses elevadas).
Quadro Clínico
 Quando os sintomas se agravam, interrompendo
o sono e as atividades, configura-se a crise
asmática.
 São sinais de gravidade a dispnéia intensa, o
uso da musculatura acessória da respiração,
o pulso paradoxal e a falta de resposta à
terapêutica brocodilatadora.
Diagnóstico clínico
1. Sintomas
2. Sintomas episódicos
3. Melhora espontânea ou pelo uso de medicações
específicas
Dispnéia
Tosse crônica
Sibilância
Aperto no peito ou desconforto
torácico(noturnos ou manhã)
Técnica para medir PICO DE
FLUXO EXPIRATÓRIO
17/03/2013
4
Avaliação na crise
 Estado mental: nl – agitação, confusão sonolência
 Inspeção: cianose, sudorese, exaustão, dispnéia, uso mm
acessória, taquipnéia, taquicardia
 Ausculta: MV+ com sibilos localizados ou difusos
MV globalmente
 Gasometria:
1. Fase inicial – hiperventilação -> alcalose resp.
2. Piora da obstrução – alt. V/Q - hipoxemia e
hipercapnia – acidose resp. (maior gravidade)
Tratamento
 Objetivos principais
- Manter o paciente sem sintomas com menor dose de
medicação.
- Minimizar os efeitos da exposição crônica das vias
aéreas ao processo inflamatório, impedindo a perda
acelerada da função pulmonar.
- Reduzir crises e hospitalizações.
- Prevenir a morte ...
Principais drogas utilizadas
 Corticoesteróides; os antiinflamatórios interrompem o
desenvolvimento da inflamação brônquica e tem ação profilática.
 Beta-2 adrenérgicos; drogas que relaxam a musculatura das
pequenas vias aéreas e inibem a liberação de mediadores dos
mastócitos e melhoram o batimento mucociliar.
 Metilxantinas; a teofilina é a principal xantina usada no
tratamento da asma é broncodilatador com efeito também
extrapulmonar
 Antileucotrienos; ação antiinflamatória e broncodilatadora.
 Os principais tratamentos para exarcebações
incluem: administração repetida e breve de
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Asma: causas, sintomas e tratamento

  • 1. 17/03/2013 1 ASMA BRÔNQUICA Profa. Marion Vecina Asma  Doença inflamatória crônica das vias aéreas caracterizada por uma hiper-responsividade traqueobrônquica a estímulos diversos, resultando em estreitamento difuso das vias aéreas .  O grau de obstrução varia muito e costuma ser reversível, espontaneamente ou como resultado do tratamento, em curtos períodos de tempo. INTRODUÇÃO  De acordo com o Global Initiative for Asthma (GINA), em 2025 serão mais de 100 milhões de asmáticos.  Na América do Sul, o número de Asmáticos perfaz 9,9%.  No sistema de saúde pública do Brasil , ocupa 0 4º lugar de causas de internação hospitalar pelo SUS ( IV Diretrizes Brasileiras, 2006) Introdução ASMA É uma doença multicausal FATORES GENÉTICOS EXPOSIÇÃO AMBIENTAL BRONCOSCONSTRIÇÃO INFLAMAÇÃO CRÔNICA
  • 2. 17/03/2013 2 ASMA FATORES AGRAVANTES E PRECIPITANTES Alérgicos: componentes químicos do corpo de certos animais, esporos de fungos, polens, fármacos, alimentos... Irritantes: cheiro de tintas, perfumes, fumaça de cigarro, poluição ar frio, tosse e riso .. Infecções: virais, sinusites Exercícios físicos (resfriamento da via aérea devido a perda do calor da mucosa brônquica) Fatores emocionais RGE, asma noturna, fatores endócrinos. Agentes desencadeantes da Asma Mecanismos de Lesão Celular  Em quase 80% dos casos de asma pode-se identificar um componente alérgico hereditário que predispõe à resposta inflamatória.  A exposição ao alérgeno leva a uma rápida resposta do brônquio com migração, degranulação e destruição dos mastócitos com imediata liberação de substâncias broncocontritoras, especialmente histamina e leucotrienos, iniciando intensa quimiotaxia de eosinófilos ( cél. que caracteriza processo inflamatório asmático ).  A contração da musculatura brônquica como resposta à exposição ao alérgeno é chamada de fase inicial ou imediata da asma. Etiopatogenia  Um dos aspectos mais característicos da asma é a hiperreatividade brônquica, que consiste numa resposta broncoconstritora exagerada a vários estímulos de natureza física, química e farmacológica.  Por muitas décadas pensou-se que a asma fosse basicamente provocada por broncoespasmos isolados e que no intervalo intercrítico os brônquios fossem perfeitamente normais. Estudos post-mortem de pulmões de pacientes falecidos em status asmaticus demonstraram severas alterações inflamatórias, afetando principalmente brônquios de todos os calibres.  Com isto, tornou-se claro que a asma é essencialmente uma doença crônica com exarcebações agudas intermitentes. Anatomia Patológica  A luz dos brônquios no asmático contém quantidades variáveis de muco espesso, viscoso e de alta tensão superficial. No estado de mal asmático formam-se rolhas ( plugs). As internações se destinam principalmente à remoção desses tampões.  Descamação do epitélio brônquico; processo degenerativo das células pseudo-estratificadas e ciliadas, caminhando para a necrose e esfoliação.  As mucosa acha-se infiltrada de eosinófilos, célula inflamatória básica da asma.  A camada muscular pode apresentar discretos graus de hipertrofia; pode ocorrer aumento definitivo da espesura da parede brônquica, criando um componente de obstrução fixa que não cede aos broncodilatadores. Mecânica Pulmonar  O estreitamento difuso da luz brônquica conduz à obstrução relativa ao fluxo aéreo, que se traduz por elevação da resistência das vias aéreas; quando a resistência das vias aéreas começa a se elevar, começa haver redução significativa do fluxo expiratório.  A dificuldade de saída do ar expirado conduz a retenção com hiperdistensão pulmonar, que pode ser constatada clínica e radiologicamente.
  • 3. 17/03/2013 3 Trabalho Respiratório  O aumento da resistência das vias aéreas determina um incremento no trabalho respiratório. Nas crises prolongadas, o gasto de oxigênio necessário para alimentar este trabalho torna-se muito importante, contribuindo para esgotar o paciente. Da mesma forma o metabolismo muscular, fazendo-se em muitos casos em fase anaeróbia. Broncoespasmo - Hiperinsuflação Classificação da Asma  ASMA Leve; sintomas intermitentes, que ocorrem esporadicamente, com freqüência de uma semana a cada três meses. Estes não impedem os pacientes de realizar as atividades físicas habituais ( os sintomas são discretos, aliviados rapidamente por broncodilatadores, empregados apenas ocasionalmente).  ASMA Moderada; os sintomas aparecem mais que uma vez por semana mas não diariamente, podendo afetar as atividades habituais. O sono é interrompido pelos sintomas da asma ( Há necessidade de tratamento continuado, com o uso de drogas mesmo em fases intercríticas e de calmaria)  ASMA Grave; quando os sintomas são contínuos e diários, com exarcebações e sintomas freqüentes ( medicação constante e complexa, envolvendo drogas múltiplas e em doses elevadas). Quadro Clínico  Quando os sintomas se agravam, interrompendo o sono e as atividades, configura-se a crise asmática.  São sinais de gravidade a dispnéia intensa, o uso da musculatura acessória da respiração, o pulso paradoxal e a falta de resposta à terapêutica brocodilatadora. Diagnóstico clínico 1. Sintomas 2. Sintomas episódicos 3. Melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas Dispnéia Tosse crônica Sibilância Aperto no peito ou desconforto torácico(noturnos ou manhã) Técnica para medir PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO
  • 4. 17/03/2013 4 Avaliação na crise  Estado mental: nl – agitação, confusão sonolência  Inspeção: cianose, sudorese, exaustão, dispnéia, uso mm acessória, taquipnéia, taquicardia  Ausculta: MV+ com sibilos localizados ou difusos MV globalmente  Gasometria: 1. Fase inicial – hiperventilação -> alcalose resp. 2. Piora da obstrução – alt. V/Q - hipoxemia e hipercapnia – acidose resp. (maior gravidade) Tratamento  Objetivos principais - Manter o paciente sem sintomas com menor dose de medicação. - Minimizar os efeitos da exposição crônica das vias aéreas ao processo inflamatório, impedindo a perda acelerada da função pulmonar. - Reduzir crises e hospitalizações. - Prevenir a morte ... Principais drogas utilizadas  Corticoesteróides; os antiinflamatórios interrompem o desenvolvimento da inflamação brônquica e tem ação profilática.  Beta-2 adrenérgicos; drogas que relaxam a musculatura das pequenas vias aéreas e inibem a liberação de mediadores dos mastócitos e melhoram o batimento mucociliar.  Metilxantinas; a teofilina é a principal xantina usada no tratamento da asma é broncodilatador com efeito também extrapulmonar  Antileucotrienos; ação antiinflamatória e broncodilatadora.  Os principais tratamentos para exarcebações incluem: administração repetida e breve de broncodilatador inalatório, introdução precoce de corticóides sistêmicos e suplementação de oxigênio.