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Segurança e Prevenção em primeiro plano




                APOSTILA DE PONTE
                     ROLANTE
                      NORMA
                REGULAMENTADORA
                NR – 11e NR -18/ MTE.




                                          1
Sumário

Análise estrutural de pórticos planos de elementos pré-fabricados de concreto
considerando a deformabilidade das ligações............................................................1
Introduçăo .....................................................................................................................2
Sistema estrutural de pórticos para telhado de duas águas......................................3
Responsabilidades.........................................................................................................4
Pórticos...........................................................................................................................5
Semi-pórticos.................................................................................................................6
Diretrizes .......................................................................................................................7
Do responsável pela equipe...........................................................................................8
Do empregado.................................................................................................................9
Segurança durante manobras......................................................................................10
Funcionamento básicos dos principais sistemas........................................................11
Freios..............................................................................................................................12
Cabos de aço..................................................................................................................13
Caixa de guincho ..........................................................................................................14
Boas práticas de operação
Parada e partida progressivas.....................................................................................15
Acionamento..................................................................................................................16
Proteções elétricas………………………………………………………………….....17
Chave geral....................................................................................................................18
Técnicas de transporte e amarração de carga............................................................19
Amarração de carga......................................................................................................20
Sinalização convencional...............................................................................................21
Bibliografia.....................................................................................................................22


1 - ANÁLISE ESTRUTURAL DE PONTE ROLANTE PLANOS DE
ELEMENTOS PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO CONSIDERANDO A
DEFORMABILIDADE DAS LIGAÇÕES

Os sistemas pré-fabricados vêm conquistando espaço em todo o Brasil. Dentre eles, os
pórticos planos de elementos pré-fabricados de concreto com sistema estrutural para
telhado de duas águas, comumente denominados de galpões, tem sido amplamente
aplicados. Os galpões, como a maioria das estruturas pré-moldadas de concreto,
apresentam suas ligações, em maior ou menor grau, deformáveis. Portanto, este artigo
refere-se ao estudo da deformabilidade à flexão de uma de suas ligações: a ligação viga-
pilar executada através de consolo e chumbador, e da sua influência na distribuição dos
esforços solicitantes destas estruturas. Neste sentido, foram realizadas simulações
numéricas, com o emprego do Método dos Elementos Finitos e ensaios
físicos. Através do ensaio físico realizado no modelo da ligação viga-pilar foi possível
determinar sua deformabilidade à flexão e observar seu modo de ruptura. As simulações
numéricas foram realizadas tanto para obter teoricamente o valor da deformabilidade à
flexão da ligação em análise, como para avaliar sua influência no comportamento
estrutural dos galpões pré-moldados.

2 - INTRODUÇĂO




                                                                                                                                    2
No Brasil, os sistemas pré-fabricados vêm conquistando espaço. Este avanço consolida
o consenso de que sistemas de componentes (fundações, pilares, vigas, lajes, cobertura,
fechamento lateral, etc.) atendem, de modo satisfatório e eficiente, às exigências de
economia, prazo e qualidade técnica requeridas por edificações destinadas a várias
funções, em especial as que contemplam amplos espaços, como no caso de edifícios
industriais. Os galpões de elementos pré-fabricados de concreto, com sistema estrutural
de pórticos para telhado de duas águas (Figura 1), têm sido amplamente aplicados em
todo o Brasil, apresentando muito boa funcionalidade e competitividade econômica.
Normalmente são destinados a indústrias, depósitos comerciais, almoxarifados, oficinas,
construções rurais, etc. Estas construções caracterizam-se por serem edificações térreas,
com grandes dimensões em planta, sem apoios intermediários. Tais características
facilitam a modulação e a tipificação destas construções, justificando a grande parcela
que elas representam no universo das construções pré-fabricadas.
O sistema construtivo tem sido disseminado enormemente, sobretudo entre os
fabricantes que já produziam elementos leves, como elementos pré-fabricados para lajes
de forro e piso.

Dada a grande responsabilidade que se passa a assumir em estruturas que podem atingir
até 30 m de vão, há necessidade de uma definição mais clara dos métodos de análise
estrutural e o esclarecimento dos fabricantes e usuários sobre os cuidados
imprescindíveis a serem tomados no projeto, na execução, no uso e na manutenção
dessas construções.

3 - Sistema estrutural de ponte rolante para telhado de duas águas.
As Pontes Rolantes, juntamente com os elementos importantes secundários, formam o
esqueleto resistente do sistema construtivo, no qual são fixados os elementos de
cobertura e fechamento lateral. Decompondo-se o pórtico pelos nós, tem-se elementos
retos – vigas e pilares. A união destes elementos normalmente é considerada pelos
projetistas na forma de ligações perfeitamente rígidas ou de ligações perfeitamente
articuladas. No entanto, normalmente, as ligações entre elementos pré-moldados de
concreto se comportam de um modo mais realista, como sendo ligações deformáveis,
cujo comportamento é diferente para cada forma ou mecanismo de ligação. A
consideração da deformabilidade das ligações é muito importante para que a análise
estrutural esteja o mais próximo possível do comportamento real da estrutura.

4 - Responsabilidades
A operação de Pontes Rolantes só pode ser realizada por funcionário devidamente
treinado e credenciado pela empresa. Neste manual iremos nos referir a este pessoal
como “operadores”.
Tanto o operador quanto a pessoa que realiza a amarração da carga são responsáveis
pela escolha dos equipamentos utilizados para o içamento da carga. Para esta escolha,
deve-se levar em consideração o peso da carga, os recursos existentes para amarração e
o percurso a ser realizado durante o transporte da carga.

5 – Pontes Rolantes
As Pontes rolantes são estruturas para suporte de placas compostas de duas colunas e
uma viga instalada sobre o vão da faixa de rolamento e acostamento, fixadas com



                                                                                       3
blocos de fundação. As colunas das pontes devem ser providas de chumbadores
apropriados para fixação nos blocos de fundação.
Uma das grandes necessidades da indústria, é o manuseio e a movimentação de peças de
grande porte em grandes áreas, sem prejudicar o trânsito de veículos, estocagem de
materiais e posicionamento de máquinas e equipamentos. Isto coloca em destaque a
Ponte Rolante, pois ela permite o aproveitamento de toda área útil para transporte, com
rapidez, segurança e versatilidade.

6 – Estrutura
As pontes são estruturas de suporte de placas compostas de uma coluna e uma ou duas
vigas em balanço, também conhecidas como bandeiras. As colunas das pontes devem
ser providas de chumbadores apropriados para fixação aos blocos de fundação. Os
acessórios dos aparelhos de elevação devem ser de boa construção, de materiais
apropriados e resistentes, e ser mantidos em bom estado de conservação e
funcionamento.

É um equipamento de elevação e transporte de carga que se move sobre trilhos
suspenso, sendo que sua movimentação se faz através de um ou dois motores elétricos
que aciona um redutor de velocidade. Este, por sua vez transmite o torque para as rodas
motrizes localizado no truque da ponte.

Aponte permite deslocamentos verticais, longitudinais e transversais independentes.




                                   ESTRUTURA




                                                                                      4
6.1- Vigas de Rolantes
São vigas metálicas ou de concreto pré-moldado disposta no sentido longitudinal de
fabrica ou oficina, onde são posicionados os trilhos, formando o caminho de rolamento
no qual a ponte rolante se movimenta.

6.2- Truques
São formados pelas suas estruturas, pelas rodas motrizes e rodas guias, em cada uma
das laterais da ponte.

6.3- Carros ou Trolley
                            É a parte da estrutura que suporta o mecanismo de
                            levantamento de carga e se move no sentido transversal ao
                            sentido da ponte.

                            Do mesmo que a ponte, o trolley também se movimenta,
                            alguns possuindo chaves-limites e batentes nas
                            extremidades dos trilhos usados como dispositivos de
                            segurança.


                                      No carro ou trolley está um componente
                                      motorizado que também pode ser chamado de
                                      mecanismo de levantamento (guincho). Sua
                                      função é elevar ou abaixar a carga até os limites
                                      de segurança previstos.
                                      Este mecanismo é composto de: motor, freio,
                                      redutor, eixo, tambor, cabos de aço, polias,
                                      suportes, mancais e moitão.



Os cabos de aço podem ser combinados com polias de modo a proporcionar várias
capacidades de carga de içamento, utilizando o mesmo motor. Além disso, o
enrolamento do cabo no tambor pode ser simples ou duplo. Veja, em seguida, alguns
exemplos:
                         Enrolamento simples no tambor




                                                                                     5
Enrolamento duplo no tambor




6.4- Cabine


                É o local destinado ao operador, de onde ele comanda a
                ponte através de chaves, alavancas, botões e pedais.




                 Nota: Nem todas as pontes rolantes são dotadas de
                 cabines. Algumas possuem comandos no piso, através
                 de uma botoeira.


                 Outras pontes são acionadas através de controle
                 remoto.

                 6.5 – Cabos de aço

                    Os cabos de aço estão entre os componentes mais
                    solicitados e, por isso, suscetíveis ao desgaste
                    durante a operação normal dos pórticos e pontes
                    rolantes, por isso, o operador deve estar atento a
                    qualquer sinal de anormalidade que possa aparecer.

                                            Basicamente, um cabo de
                                            aço é formado por um
                                            conjunto de pernas torcidas
                                            ao redor de um outro cabo
                                            de    aço   ou    cânhamo,
                                            denominado “alma”. As
                                            pernas são formadas por
                                            arames especiais.




                                                                     6
Os cabos usados em pontes e pórticos possuem alma de fibra, o que garante maior
flexibilidade e lubrificação entre seus arames.



                                  Ao perceber qualquer anormalidade nos cabos de
                                  aço, o operador deve interromper a manobra e
                                  solicitar a equipe de manutenção para que avalie a
                                  situação. Algumas vezes a ocorrência de alguns
                                  desses defeitos não compromete imediatamente a
                                  operacionalidade     do   equipamento,    podendo
                                  programar a troca dos cabos em um período de maior
                                  disponibilidade.




7 – Equipamentos de Proteção da Ponte Rolante

Devido ao alto custo do equipamento e dos altos riscos existentes, a ponte rolante é
dotada de alguns componentes que permitem uma maior segurança de operação e
prevenção de acidentes físicos.

7.1 – Freio

O freio é um componente da ponte que funciona automaticamente, ao se soltar as
alavancas ou botões de comando.

     Proteção Elétrica : O correto aterramento elimina os riscos de choque elétrico
        caso ocorra falha na isolação de motores e demais equipamentos energizados.
A proteção contra descarrilamento. Consiste em uma chave micro cuja atuação ocorre
quando alguma das rodas afasta-se do trilho de rolamento. Isso pode acontecer quando
existem esforços laterais atuando no pórtico, seja por desbalanceamento da carga, vento
ou outro fator externo. Esta proteção desliga todo o comando do pórtico e faz com que
os freios estacionários atraquem. O equipamento só será energizado novamente se os
micros voltarem para a posição original.
Aqui vemos o detalhe dos micros de proteção de cabo frouxo, dispositivo essencial
para equipamentos que trabalham com viga pescadora. Esta proteção desliga o comando
do sistema de suspensão, permitindo apenas funcionamento do comando de subida.

     Boas práticas de uso : Parada e partida progressivas – Todos os sistemas de
freio de uma ponte rolante são projetados para atuarem sob qualquer condição de
marcha. Porém, a prática nos mostra que alguns cuidados tomados na operação
cotidiana dos equipamentos podem prolongar significativamente a vida útil das lonas de
freio, dos tambores e discos.
Tomemos como exemplo as movimentações de suspensão e direção, cuja frenagem
acontece automaticamente quando o manete é colocado na posição central (zero). Se o
operador diminui progressivamente a posição do manete durante a aproximação, isso


                                                                                     7
faz com que o freio atraque numa condição bem mais suave do que quando passamos
diretamente do 3º ou 4º ponto ao zero do manete. Com o conjunto girando em baixa
rotação, o atrito dos elementos do freio na hora da frenagem gera menos calor, o que
aumenta a vida útil das lonas.
Portanto, o operador deve estar atento para estes detalhes e fazer alguns testes antes de
amarrar a carga, com o objetivo de se familiarizar com o equipamento e assim descobrir
os melhores meios para realizar uma aproximação suave quando estiver com carga.

Existem basicamente três tipos de freios usados em pontes rolantes:

   •   Freios de sapatas com eldro;
   •   Freios eletromagnéticos;
   •   Freios a disco.

                                 O freio de sapatas com eldro é acionado através do
                                 eldro que estica ou retrai uma haste eletricamente, a
                                 qual por meio de articulações aplicam ou aliviam as
                                 sapatas que atuam no eixo do motor do dispositivo de
                                 levantamento ou no redutor do motor.



O freio eletromagnético atua do
seguinte modo: quando o motor elétrico
de elevação está desligado, o freio está
acionado pelo deslocamento do rotor
cônico através de uma mola de
compressão. Quando o motor é ligado,
há um deslocamento do eixo contra a
pressão da mola, desaplicando o freio.


                    O freio a disco é usado para capacidades menores, geralmente para
                    talhas. Pode ser montado na ponta do eixo do motor ou no próprio
                    redutor.



7.2 – Amortecedores

                         Dispositivos de proteção localizados na extremidade dos
                         truques (em número de 4), sendo alguns dotados de molas para
                         proteger as extremidades das estruturas, ou outra ponte que
                         esteja nas mesmas vigas de rolamento.



7.3 – Chave-Geral




                                                                                       8
Componente que permite a paralisação total da ponte rolante quando desliga, evitando
acionamento indesejável da mesma. Geralmente está localizada na cabine ou na parte
superior da ponte, em quadros disjuntores.
7.4 – Limitador Automático (Chave-limite)



Dispositivo localizado no guincho, que permite sua paralisação na posição de
elevação máxima.


7.5 - Batentes

                       Dispositivos de segurança fixados no final dos trilhos das vigas
                       de rolamento da ponte e do trolley, funcionando como limite
                       aos seus movimentos.




7.6 – Alarme

É obrigatória a existência de alarme audiovisual na ponte rolante,
sendo recomendável que sua instalação seja feita de forma que seu
acionamento se faça automaticamente quando a ponte entra em
movimento.


8 – Operação da Ponte Rolante

   •   Antes de inicia seu trabalho um procedimento de extrema importância dentro de
       um processo produtivo é a informação. Logo, ao se efetuar a troca de turno,
       informe, ou receba do seu parceiro da ponte, toda informação sobre o
       funcionamento do equipamento durante o turno anterior.

Este procedimento certamente contribuirá para que não haja paradas indesejáveis
e improdutivas do seu equipamento!

   •   Inspecione a ponte, verificando visualmente as condições de funcionamento da
       ponte, do trolei e do mecanismo de elevação.

Verifique:
    Se os controles da ponte estão em neutro e se a chave geral está desligada;
    O estado dos cabos de aço e moitão;
    O gancho da ponte;
    Se a área especificada para a operação está limpa e desobstruída, inclusive se
       não há objetos estranhos sobre a ponte.




                                                                                     9
•   Ligue a energia elétrica na ponte.
   •   Certifique-se de que nenhum objeto impede os movimentos da ponte e não
       existe nenhuma pessoa sobre a ponte ou no caminho de rolamento.
   •   Siga rigorosamente as orientações do seu supervisor, do manobreiro e,
       principalmente, não se esquece de utilizar seu senso de responsabilidade e
       segurança.

8.1 – Recomendações Adicionais

   •   É importante saber que os calos nas rodas da ponte são causadas por patinações
       e freadas bruscas e desnecessárias.
   •   Não se deve operar a ponte a longas distâncias pelas vigas de rolamento, com o
       comando mal ajustado entre as posições neutra e toda força. Isto não só resulta
       em desperdício de energia como aquece o controle.
   •   Opere sempre com velocidade segura e uniforme. Não seja uma “tartaruga” nem
       tão pouco um “Airton Sena”.


8.2 – Advertência ( De forma alguma deverá operar a ponte rolante):

   •   Menores de 18 anos;
   •   Quem não for alfabetizado;
   •   Quem tiver visão e/ou audição deficientes, sem a devida correção indicada por
       um médico credenciado pela firma;
   •   Quem possuir doença cardíaca;
   •   Quem estiver fazendo uso de medicamentos controlados (temporariamente ou
       não);
   •   O operador que estiver física ou mentalmente indisposto.

8.3 – Atenção

   •   Seu ouvido é importante para você e para a ponte rolante. Todo barulho
       diferente deve ser verificado.
   •   Ao perceber ruídos diferentes, pare a ponte, volte os controles para o ponto
       “neutro”, verifique e informe ao seu supervisor.
   •   Se for necessário parar o transporte por qualquer motivo, não deixe a carga
       suspensa. É muito mais seguro coloca-la no chão.
   •   Nunca discuta com o pessoal do piso. Seu trabalho como operador exige um
       bom relacionamento e entendimento, principalmente com o sinaleiro e o
       amarrador de cargas.
   •   Opere os controles de forma ordenada e suave.
   •   Siga os sinais do sinaleiro.
   •   Evite balançar a carga para depositá-la a uma distância fora do alcance da ponte.
   •   Ao levantar uma carga é preciso que ela esteja equilibrada, do contrário, ela
       causará altas tensões nas eslingas ou estropos, além de poder cair ou mesmo
       danificá-la.
   •   Em alguns casos a carga pode ter uma distribuição de peso bem irregular. Então
       é prudente que se faça experimentalmente uma amarração da mesma e que ela


                                                                                     10
seja elevada ligeiramente do chão (não mais que 20cm). Dependendo do
       comportamento da carga ao ser feita esta elevação, vai-se ajustando
       gradativamente a amarração, até que se tenha um equilíbrio adequado.
   •   Em caso de içamento de peças com quinas vivas, é necessário o uso de proteções
       para o cabo de aço para evitar ruptura do mesmo. Esses dispositivos podem ser:
       madeira, borracha ou meia-cana de tubo.
   •   Em caso de executar içamento e transporte de peças grandes em alturas fora do
       alcance das mãos , é necessário amarrar uma corda auxiliar a peça, para que o
       funcionário possa conduzi-la com segurança.
   •   Quando o cabo de aço está sendo esticado, devido estar suportando um peso
       excessivo em hipótese alguma tentar segurar no cabo com as mãos, que poderão
       se enrolar juntamente com o cabo.
   •   Na execução da operação de içamento, o funcionário nunca deve permanecer
       entre duas peças, ou seja, a peça que está sendo içada e uma segunda, isso
       porque se a peça sofrer um balanço, ele poderá ser prensado entre ambas.
   •   Os sinais deverão ser dados, por uma só pessoa, com clareza, de um lugar onde
       o operador da ponte possa vê-lo, antes dos sinais serem dados, o sinaleiro deverá
       olhar ao seu redor verificando a existência de pessoal e equipamentos.
   •   Sempre que encerrar uma operação, os cabos, as garras e dispositivos de
       proteção deverão ser guardados em seu devido lugar.
   •   Evitar que o cabo tenha contato direto com a peça. Para isso, introduzir calços
       como proteção.
   •   Após terminada a movimentação e for descer a carga, não tentar retirar o cabo
       de aço com a própria ponte. Colocar os calços para facilitar a retirada dos cabos
       manualmente.
   •   Ao transportar peças cilíndricas e for apoiá-las sobre outra peça ou no piso, fazer
       uso de cunha como calço.

9 – Segurança

Toda operação de equipamentos exige do profissional muita atenção, competência e
cuidado, a fim de que o serviço corra bem, dentro dos princípios de segurança. Em
pontes rolantes, além dos cuidados com o equipamento, o bom profissional deverá
preocupar-se também com os que trabalham na área de serviços dela.

É importante que o operador leia com muito cuidado este capítulo do manual para evitar
situações danosas de operação da ponte. É claro que não se pode prever todas as
situações de risco, porém o operador deve estar consciente que ele é responsável por
antecipar e evitar quaisquer condições inseguras não cobertas em detalhes, por este
manual.

Fatores importantes para a prevenção de acidentes:

Estar Alerta:
    • Verifique se os sinais do sinaleiro são coerentes e estão relacionados com a
       operação realizada.
    • Preocupe-se com a boa fixação da carga a ser transportada, evitando desta
       maneira as quedas.

Dominar a situação:

                                                                                       11
•    Antes de executar o transporte, inspecione visualmente toda a seção, prevendo
        situações que possam fazê-lo frear repentinamente, ou até mesmo impedi-lo de
        concluir a tarefa.

Teste todos os equipamentos de comando e controle antes do início de cada turno:
    • Qualquer anormalidade deve ser imediatamente relatada ao seu chefe. As partes
        do equipamento que não estejam operando corretamente devem se reguladas ou
        substituídas antes do início de operação da ponte;
    • Todas as chaves fim de curso devem ser verificadas manualmente antes do
        início de cada turno de trabalho;
    • Antes de qualquer trabalho com a ponte rolante, verifique a eficiência dos
        freios;
    • Manter a elevação correta do material durante o transporte;
    • Laços de cabos ou correntes, usados para o levantamento, devem ser
        inspecionados continuamente quando há defeito ou desgaste que possam torná-
        los inseguros para operação;
    • Não passar com cargas sobre pessoas;
    • Devem ser tomados os cuidados necessários para que a carga não bata ou
        enrosque em qualquer obstáculo durante o levantamento ou deslocamento;
    • O cabo de elevação deve ser somente desenrolado do tambor até ficarem ainda
        duas voltas do cabo em cada lado do tambor. O fim de curso de elevação deve
        ser regulado para esta posição.



Não se precipitar:

   •    Um trabalho seguro é muito mais produtivo e nos dá continuidade do fluxo de
        produção. Aguarde a autorização do sinaleiro através dos sinais convencionais.

É proibida a movimentação com as pontes rolantes, veículos ou vagões ferroviários ou
outros tipos de veículos.

Se for estacionar:

   •    Pare no local determinado;
   •    Desligue os controles (todos eles em posição neutra);
   •    Corte a energia;
   •    Verifique se tudo está em ordem.

10 – Lei do Nunca – 12 Mandamentos de Segurança

   1. Nunca transporte pessoas na ponte ou com a mesma;
   2. Nunca abandone ou deixe a ponte funcionando com carga suspensa;
   3. Nunca permita a presença de pessoas estranhas ou alheias ao seu serviço na
      cabine ou em qualquer parte da ponte;
   4. Nunca modifique ou deixe que pessoas não especializadas ou não credenciadas
      pela empresa alterem ou mexam nas regulagens eletro-mecânicas dos
      dispositivos existentes na ponte;


                                                                                     12
5. Nunca faça arrastamento de carga;
   6. Nunca suspenda uma carga com peso acima da capacidade nominal da ponte;
   7. Nunca utilize os sistemas de fim de curso como chave de comando automática.
       Estes sistemas foram previstos somente para interromper o movimento quando a
       posição limite for atingida sem que o operador tenha desligado o equipamento;
   8. Nunca deixe que sua atenção seja retirada da carga e da área de trabalho
       enquanto você estiver operando a ponte;
   9. Nunca levante uma carga fora do prumo;
   10. Nunca aperte ou acione mais de um botão ao mesmo tempo quando estiver no
       comando de uma botoeira;
   11. Nunca comande um guincho de ponte para descer, quando a carga já estiver no
       chão. Este procedimento faz com que o cabo de aço fique bambo, podendo
       desenrolar por cima do tambor, saindo das ranhuras.
   12. Nunca deixe seu posto de controle de botoeira de uma ponte enquanto a carga
       estiver suspensa.

11 - Diretrizes
a) Não são permitidas improvisações de qualquer natureza em máquinas, ferramentas,
b) Todo serviço executado, acima de 2 metros do nível do solo deverá ter seu risco de
queda sob controle através da utilização de equipamento adequado;

12 – Do Responsável pela Equipe

a) Certificar-se de que os empregados estão devidamente instruídos com relação aos
itens das normas de segurança aplicáveis aos serviços que serão executados;
b) Advertir pronta e adequadamente os empregados sob sua responsabilidade, quando
deixarem de cumprir as normas de segurança do trabalho;
c) Proibir que os integrantes de sua equipe utilizem ferramentas e equipamentos
inadequados ou defeituosos

13 – Do Empregado

a) Interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem
evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outra pessoa
e comunicar imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as
medidas cabíveis;
b) Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por
suas ações ou omissões no trabalho;
c) Responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e
regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos de segurança e saúde; f) Alertar os
companheiros de trabalho quando estes executarem os serviços de maneira incorreta ou
atos que possam gerar acidentes;
d) Comunicar imediatamente ao seu superior e aos companheiros de trabalho, qualquer
acidente ou incidente, por mais insignificante que seja, ocorrido consigo próprio ou
terceiros, para que sejam tomadas as providências cabíveis;

14 – Segurança durante Manobras

a) O empregado que manda executar determinada manobra ou trabalho torna-se
automaticamente responsável pela ordem dada, devendo tomar as precauções


                                                                                    13
necessárias para eliminar ou reduzir ao mínimo a possibilidade de risco de acidentes, o
       que não exclui a necessidade de uma execução consciente por parte de quem efetua a
       manobra ou trabalho;
       b) Manobra não deve ser feita precipitadamente, mesmo em caso de emergência

       15 - Técnicas de transporte e amarração de carga

       A segurança de qualquer manobra de transporte de carga com pontes rolantes depende
       diretamente da adequação dos equipamentos utilizados para a amarração da carga. Os
       bons projetos contemplam o dimensionamento dos pontos de amarração de modo a
       facilitar o transporte adequado dos equipamentos.
       A pessoa responsável pela amarração deve primeiramente conhecer o peso da carga,
       pois só assim conseguirá escolher o material adequado.
       Deve – se optar sempre pela matéria mais robusta possível adequada com o ponto de
       fixação existente na peça a ser transportada.
       Uma carga amarrada em mais de um ponto tem seu peso distribuído de acordo com as
       forças resultantes que interagem no conjunto.
       Repare que para uma mesma carga, temos uma distribuição diferente do peso em cada
       perna dos cabos, dependendo exclusivamente do ângulo formado entre a carga e a perna
       do cabo.
       As cintas, correias e eslingas costumam possuir um selo indicando a variação de sua
       capacidade em função do tipo de amarração Vantagens do Trabalho com Cintas e
       Eslingas de Poliéster.
       Observe a tabela abaixo:


Fatores                Cintas/Extingas de poliéster                 Extingas de cabo de aço
Peso                   Aproximadamente 1/3 do peso do laço de       Devido ao maior peso, dificulta a
                       cabo de aço com a mesma carga de
                       ruptura. Menor peso proporciona              instalação e manuseio das eslingas.
                       facilidade no manuseio e na preparação       Cabos de bitolas maiores podem
                       do material a ser içado. Result ado:         causar       maiores         problemas
                       Mayor rapidest e produtividade e nas
                                                                    ergonômicos ex.: (dores nas costas)
                       operações de içamento

Estabilidade           Não danifica a superfície do material a ser Pode danificar o material a ser
                       içado. O posicionamento das eslingas é içado.         Posicionamento       lento   e
                       fácil e rápido. Pode ainda ajudar na complicado. Exige o uso de luvas
                       conformação do material durante o para manuseio seguro.
                       içamento devido à maior área de contato.
                       Resultado: Içamento mains practice e
                       saguaro.




                                                                                             14
Durabilidade            Durável Contra ataque químico menor Facilmente oxidável em exposição a
                                                            ácidos, alcalinos e até umidade
                        raia de dobramento devido á maior excessiva. Devido á baixa
                        flexibilidade.   Resultado:   maior flexibilidade, pode ocorrer fadiga e
                        durabilidade                        conseqüente ruptura.


Armazenagem             Pequeno espaço necessário para            É necessário grande espaço para
                        Armazenagem devida á alta flexibilidade
                        e baixo peso específico. Resultado: menor armazenagem, totalmente livre de
                        custo de armazenamento.                   umidade.

                        Inspeção fácil e simples, podendo ser
                        realizada pelo próprio usuário ao içar o Inspeção difícil e complexa. Exige
Segurança               material.   Devido     à   elasticidade,   o técnico altamente especializado. Em
                        poliéster estica antes de romper quando caso de sobrecarga, pode romper
                        sobrecarregado.      Resultado:   Içamento bruscamente.
                        mais seguro em todos os aspectos.


     Inspetor

              Inspecionar as cintas antes de cada uso (observando se há danos) e assegurar que
               a identificação e especificação estão corretas (etiqueta do produto)


              Caso haja dúvida quanto a adequação para o uso, ou se quaisquer marcações
               forem perdidas ou se tornarem ilegíveis, deve-se retirar a cinta de serviço e
               enviá-la à uma pessoa treinada para análise.


              Proteger as cintas de bordas cortantes, fricção e abrasão, utilizando-se reforços
               e proteções complementares, de modo a garantir a segurança e vida útil da cinta.

          Verificar a existência de cantos vivos e preparar proteções para evitar danos à
           cinta. Não utilizar em arestas sem as devidas proteções ou arrastar a carga com a
           cinta.
          Nunca utilizar cintas danificadas (gastas por abrasão, cortes no sentido
           transversal ou longitudinal, rachaduras na superfície, ataque químico ou danos
           por aquecimento ou fricção).




         24 - Sinalização Convencional

                                                                                             15
PARADA




Com o braço estendido e a palma da mão voltada para baixo, manter a postura
rigidamente.


DESCER




Mover a mão com o indicador estendido para baixo, mantendo o braço caído.




                                                                            16
SUBIR




Com o antebraço na vertical e o dedo indicador apontado para cima, mover a mão
em pequeno círculo horizontal



PARADA




Com o braço estendido e a palma da mão voltada para baixo, manter a postura
rigidamente.




                                                                           17
PARADA DE EMERGÊNCIA




Braço estendido, palma da mão voltada para baixo, mover a mão rapidamente para
a direita e a esquerda.



PARADA TOTAL




Estender os braços na vertical, com os dedos voltados para cima, e se colocar
imóvel.




                                                                           18
DESLOCAMENTO DA PONTE/PÓRTICO




Com o braço estendido e a mão aberta e um pouco levantada, fazer movimento de
empurrar, direção do deslocamento


DESLOCAMENTO DO TROLE




Com o corpo lateral ao operador, frente para o gancho, com a palma da mão para
cima, braço estendido, dedos fechados e o polegar em direção ao deslocamento,
sacudir a mão na horizontal




                                                                           19
MOVIMENTOS CURTOS




Com o braço estendido na vertical dedos unidos com a mão fechada abri los e
fechá-los simultaneamente


MOVER LENTAMENTE




Dar sinal de movimento com uma das mãos e colocar outra parada adiante.

ENCERRAR




Cruzar e descruzar os braços rapidamente, mantendo o braço na vertical e o
antebraço na horizontal e as palmas das mãos para baixo.




                                                                          20
25 - Bibliografia

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego 08 de junho de 1978

Norma Regulamentadora - NR 18. Programa de Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção

NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais


ABNT NBR 15466
Associação Brasileira de Normas Técnicas
http://www.mte.gov.br.
.




                                                                          21

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Apostila de ponte rolante

  • 1. Segurança e Prevenção em primeiro plano APOSTILA DE PONTE ROLANTE NORMA REGULAMENTADORA NR – 11e NR -18/ MTE. 1
  • 2. Sumário Análise estrutural de pórticos planos de elementos pré-fabricados de concreto considerando a deformabilidade das ligações............................................................1 Introduçăo .....................................................................................................................2 Sistema estrutural de pórticos para telhado de duas águas......................................3 Responsabilidades.........................................................................................................4 Pórticos...........................................................................................................................5 Semi-pórticos.................................................................................................................6 Diretrizes .......................................................................................................................7 Do responsável pela equipe...........................................................................................8 Do empregado.................................................................................................................9 Segurança durante manobras......................................................................................10 Funcionamento básicos dos principais sistemas........................................................11 Freios..............................................................................................................................12 Cabos de aço..................................................................................................................13 Caixa de guincho ..........................................................................................................14 Boas práticas de operação Parada e partida progressivas.....................................................................................15 Acionamento..................................................................................................................16 Proteções elétricas………………………………………………………………….....17 Chave geral....................................................................................................................18 Técnicas de transporte e amarração de carga............................................................19 Amarração de carga......................................................................................................20 Sinalização convencional...............................................................................................21 Bibliografia.....................................................................................................................22 1 - ANÁLISE ESTRUTURAL DE PONTE ROLANTE PLANOS DE ELEMENTOS PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO CONSIDERANDO A DEFORMABILIDADE DAS LIGAÇÕES Os sistemas pré-fabricados vêm conquistando espaço em todo o Brasil. Dentre eles, os pórticos planos de elementos pré-fabricados de concreto com sistema estrutural para telhado de duas águas, comumente denominados de galpões, tem sido amplamente aplicados. Os galpões, como a maioria das estruturas pré-moldadas de concreto, apresentam suas ligações, em maior ou menor grau, deformáveis. Portanto, este artigo refere-se ao estudo da deformabilidade à flexão de uma de suas ligações: a ligação viga- pilar executada através de consolo e chumbador, e da sua influência na distribuição dos esforços solicitantes destas estruturas. Neste sentido, foram realizadas simulações numéricas, com o emprego do Método dos Elementos Finitos e ensaios físicos. Através do ensaio físico realizado no modelo da ligação viga-pilar foi possível determinar sua deformabilidade à flexão e observar seu modo de ruptura. As simulações numéricas foram realizadas tanto para obter teoricamente o valor da deformabilidade à flexão da ligação em análise, como para avaliar sua influência no comportamento estrutural dos galpões pré-moldados. 2 - INTRODUÇĂO 2
  • 3. No Brasil, os sistemas pré-fabricados vêm conquistando espaço. Este avanço consolida o consenso de que sistemas de componentes (fundações, pilares, vigas, lajes, cobertura, fechamento lateral, etc.) atendem, de modo satisfatório e eficiente, às exigências de economia, prazo e qualidade técnica requeridas por edificações destinadas a várias funções, em especial as que contemplam amplos espaços, como no caso de edifícios industriais. Os galpões de elementos pré-fabricados de concreto, com sistema estrutural de pórticos para telhado de duas águas (Figura 1), têm sido amplamente aplicados em todo o Brasil, apresentando muito boa funcionalidade e competitividade econômica. Normalmente são destinados a indústrias, depósitos comerciais, almoxarifados, oficinas, construções rurais, etc. Estas construções caracterizam-se por serem edificações térreas, com grandes dimensões em planta, sem apoios intermediários. Tais características facilitam a modulação e a tipificação destas construções, justificando a grande parcela que elas representam no universo das construções pré-fabricadas. O sistema construtivo tem sido disseminado enormemente, sobretudo entre os fabricantes que já produziam elementos leves, como elementos pré-fabricados para lajes de forro e piso. Dada a grande responsabilidade que se passa a assumir em estruturas que podem atingir até 30 m de vão, há necessidade de uma definição mais clara dos métodos de análise estrutural e o esclarecimento dos fabricantes e usuários sobre os cuidados imprescindíveis a serem tomados no projeto, na execução, no uso e na manutenção dessas construções. 3 - Sistema estrutural de ponte rolante para telhado de duas águas. As Pontes Rolantes, juntamente com os elementos importantes secundários, formam o esqueleto resistente do sistema construtivo, no qual são fixados os elementos de cobertura e fechamento lateral. Decompondo-se o pórtico pelos nós, tem-se elementos retos – vigas e pilares. A união destes elementos normalmente é considerada pelos projetistas na forma de ligações perfeitamente rígidas ou de ligações perfeitamente articuladas. No entanto, normalmente, as ligações entre elementos pré-moldados de concreto se comportam de um modo mais realista, como sendo ligações deformáveis, cujo comportamento é diferente para cada forma ou mecanismo de ligação. A consideração da deformabilidade das ligações é muito importante para que a análise estrutural esteja o mais próximo possível do comportamento real da estrutura. 4 - Responsabilidades A operação de Pontes Rolantes só pode ser realizada por funcionário devidamente treinado e credenciado pela empresa. Neste manual iremos nos referir a este pessoal como “operadores”. Tanto o operador quanto a pessoa que realiza a amarração da carga são responsáveis pela escolha dos equipamentos utilizados para o içamento da carga. Para esta escolha, deve-se levar em consideração o peso da carga, os recursos existentes para amarração e o percurso a ser realizado durante o transporte da carga. 5 – Pontes Rolantes As Pontes rolantes são estruturas para suporte de placas compostas de duas colunas e uma viga instalada sobre o vão da faixa de rolamento e acostamento, fixadas com 3
  • 4. blocos de fundação. As colunas das pontes devem ser providas de chumbadores apropriados para fixação nos blocos de fundação. Uma das grandes necessidades da indústria, é o manuseio e a movimentação de peças de grande porte em grandes áreas, sem prejudicar o trânsito de veículos, estocagem de materiais e posicionamento de máquinas e equipamentos. Isto coloca em destaque a Ponte Rolante, pois ela permite o aproveitamento de toda área útil para transporte, com rapidez, segurança e versatilidade. 6 – Estrutura As pontes são estruturas de suporte de placas compostas de uma coluna e uma ou duas vigas em balanço, também conhecidas como bandeiras. As colunas das pontes devem ser providas de chumbadores apropriados para fixação aos blocos de fundação. Os acessórios dos aparelhos de elevação devem ser de boa construção, de materiais apropriados e resistentes, e ser mantidos em bom estado de conservação e funcionamento. É um equipamento de elevação e transporte de carga que se move sobre trilhos suspenso, sendo que sua movimentação se faz através de um ou dois motores elétricos que aciona um redutor de velocidade. Este, por sua vez transmite o torque para as rodas motrizes localizado no truque da ponte. Aponte permite deslocamentos verticais, longitudinais e transversais independentes. ESTRUTURA 4
  • 5. 6.1- Vigas de Rolantes São vigas metálicas ou de concreto pré-moldado disposta no sentido longitudinal de fabrica ou oficina, onde são posicionados os trilhos, formando o caminho de rolamento no qual a ponte rolante se movimenta. 6.2- Truques São formados pelas suas estruturas, pelas rodas motrizes e rodas guias, em cada uma das laterais da ponte. 6.3- Carros ou Trolley É a parte da estrutura que suporta o mecanismo de levantamento de carga e se move no sentido transversal ao sentido da ponte. Do mesmo que a ponte, o trolley também se movimenta, alguns possuindo chaves-limites e batentes nas extremidades dos trilhos usados como dispositivos de segurança. No carro ou trolley está um componente motorizado que também pode ser chamado de mecanismo de levantamento (guincho). Sua função é elevar ou abaixar a carga até os limites de segurança previstos. Este mecanismo é composto de: motor, freio, redutor, eixo, tambor, cabos de aço, polias, suportes, mancais e moitão. Os cabos de aço podem ser combinados com polias de modo a proporcionar várias capacidades de carga de içamento, utilizando o mesmo motor. Além disso, o enrolamento do cabo no tambor pode ser simples ou duplo. Veja, em seguida, alguns exemplos: Enrolamento simples no tambor 5
  • 6. Enrolamento duplo no tambor 6.4- Cabine É o local destinado ao operador, de onde ele comanda a ponte através de chaves, alavancas, botões e pedais. Nota: Nem todas as pontes rolantes são dotadas de cabines. Algumas possuem comandos no piso, através de uma botoeira. Outras pontes são acionadas através de controle remoto. 6.5 – Cabos de aço Os cabos de aço estão entre os componentes mais solicitados e, por isso, suscetíveis ao desgaste durante a operação normal dos pórticos e pontes rolantes, por isso, o operador deve estar atento a qualquer sinal de anormalidade que possa aparecer. Basicamente, um cabo de aço é formado por um conjunto de pernas torcidas ao redor de um outro cabo de aço ou cânhamo, denominado “alma”. As pernas são formadas por arames especiais. 6
  • 7. Os cabos usados em pontes e pórticos possuem alma de fibra, o que garante maior flexibilidade e lubrificação entre seus arames. Ao perceber qualquer anormalidade nos cabos de aço, o operador deve interromper a manobra e solicitar a equipe de manutenção para que avalie a situação. Algumas vezes a ocorrência de alguns desses defeitos não compromete imediatamente a operacionalidade do equipamento, podendo programar a troca dos cabos em um período de maior disponibilidade. 7 – Equipamentos de Proteção da Ponte Rolante Devido ao alto custo do equipamento e dos altos riscos existentes, a ponte rolante é dotada de alguns componentes que permitem uma maior segurança de operação e prevenção de acidentes físicos. 7.1 – Freio O freio é um componente da ponte que funciona automaticamente, ao se soltar as alavancas ou botões de comando.  Proteção Elétrica : O correto aterramento elimina os riscos de choque elétrico caso ocorra falha na isolação de motores e demais equipamentos energizados. A proteção contra descarrilamento. Consiste em uma chave micro cuja atuação ocorre quando alguma das rodas afasta-se do trilho de rolamento. Isso pode acontecer quando existem esforços laterais atuando no pórtico, seja por desbalanceamento da carga, vento ou outro fator externo. Esta proteção desliga todo o comando do pórtico e faz com que os freios estacionários atraquem. O equipamento só será energizado novamente se os micros voltarem para a posição original. Aqui vemos o detalhe dos micros de proteção de cabo frouxo, dispositivo essencial para equipamentos que trabalham com viga pescadora. Esta proteção desliga o comando do sistema de suspensão, permitindo apenas funcionamento do comando de subida.  Boas práticas de uso : Parada e partida progressivas – Todos os sistemas de freio de uma ponte rolante são projetados para atuarem sob qualquer condição de marcha. Porém, a prática nos mostra que alguns cuidados tomados na operação cotidiana dos equipamentos podem prolongar significativamente a vida útil das lonas de freio, dos tambores e discos. Tomemos como exemplo as movimentações de suspensão e direção, cuja frenagem acontece automaticamente quando o manete é colocado na posição central (zero). Se o operador diminui progressivamente a posição do manete durante a aproximação, isso 7
  • 8. faz com que o freio atraque numa condição bem mais suave do que quando passamos diretamente do 3º ou 4º ponto ao zero do manete. Com o conjunto girando em baixa rotação, o atrito dos elementos do freio na hora da frenagem gera menos calor, o que aumenta a vida útil das lonas. Portanto, o operador deve estar atento para estes detalhes e fazer alguns testes antes de amarrar a carga, com o objetivo de se familiarizar com o equipamento e assim descobrir os melhores meios para realizar uma aproximação suave quando estiver com carga. Existem basicamente três tipos de freios usados em pontes rolantes: • Freios de sapatas com eldro; • Freios eletromagnéticos; • Freios a disco. O freio de sapatas com eldro é acionado através do eldro que estica ou retrai uma haste eletricamente, a qual por meio de articulações aplicam ou aliviam as sapatas que atuam no eixo do motor do dispositivo de levantamento ou no redutor do motor. O freio eletromagnético atua do seguinte modo: quando o motor elétrico de elevação está desligado, o freio está acionado pelo deslocamento do rotor cônico através de uma mola de compressão. Quando o motor é ligado, há um deslocamento do eixo contra a pressão da mola, desaplicando o freio. O freio a disco é usado para capacidades menores, geralmente para talhas. Pode ser montado na ponta do eixo do motor ou no próprio redutor. 7.2 – Amortecedores Dispositivos de proteção localizados na extremidade dos truques (em número de 4), sendo alguns dotados de molas para proteger as extremidades das estruturas, ou outra ponte que esteja nas mesmas vigas de rolamento. 7.3 – Chave-Geral 8
  • 9. Componente que permite a paralisação total da ponte rolante quando desliga, evitando acionamento indesejável da mesma. Geralmente está localizada na cabine ou na parte superior da ponte, em quadros disjuntores. 7.4 – Limitador Automático (Chave-limite) Dispositivo localizado no guincho, que permite sua paralisação na posição de elevação máxima. 7.5 - Batentes Dispositivos de segurança fixados no final dos trilhos das vigas de rolamento da ponte e do trolley, funcionando como limite aos seus movimentos. 7.6 – Alarme É obrigatória a existência de alarme audiovisual na ponte rolante, sendo recomendável que sua instalação seja feita de forma que seu acionamento se faça automaticamente quando a ponte entra em movimento. 8 – Operação da Ponte Rolante • Antes de inicia seu trabalho um procedimento de extrema importância dentro de um processo produtivo é a informação. Logo, ao se efetuar a troca de turno, informe, ou receba do seu parceiro da ponte, toda informação sobre o funcionamento do equipamento durante o turno anterior. Este procedimento certamente contribuirá para que não haja paradas indesejáveis e improdutivas do seu equipamento! • Inspecione a ponte, verificando visualmente as condições de funcionamento da ponte, do trolei e do mecanismo de elevação. Verifique:  Se os controles da ponte estão em neutro e se a chave geral está desligada;  O estado dos cabos de aço e moitão;  O gancho da ponte;  Se a área especificada para a operação está limpa e desobstruída, inclusive se não há objetos estranhos sobre a ponte. 9
  • 10. Ligue a energia elétrica na ponte. • Certifique-se de que nenhum objeto impede os movimentos da ponte e não existe nenhuma pessoa sobre a ponte ou no caminho de rolamento. • Siga rigorosamente as orientações do seu supervisor, do manobreiro e, principalmente, não se esquece de utilizar seu senso de responsabilidade e segurança. 8.1 – Recomendações Adicionais • É importante saber que os calos nas rodas da ponte são causadas por patinações e freadas bruscas e desnecessárias. • Não se deve operar a ponte a longas distâncias pelas vigas de rolamento, com o comando mal ajustado entre as posições neutra e toda força. Isto não só resulta em desperdício de energia como aquece o controle. • Opere sempre com velocidade segura e uniforme. Não seja uma “tartaruga” nem tão pouco um “Airton Sena”. 8.2 – Advertência ( De forma alguma deverá operar a ponte rolante): • Menores de 18 anos; • Quem não for alfabetizado; • Quem tiver visão e/ou audição deficientes, sem a devida correção indicada por um médico credenciado pela firma; • Quem possuir doença cardíaca; • Quem estiver fazendo uso de medicamentos controlados (temporariamente ou não); • O operador que estiver física ou mentalmente indisposto. 8.3 – Atenção • Seu ouvido é importante para você e para a ponte rolante. Todo barulho diferente deve ser verificado. • Ao perceber ruídos diferentes, pare a ponte, volte os controles para o ponto “neutro”, verifique e informe ao seu supervisor. • Se for necessário parar o transporte por qualquer motivo, não deixe a carga suspensa. É muito mais seguro coloca-la no chão. • Nunca discuta com o pessoal do piso. Seu trabalho como operador exige um bom relacionamento e entendimento, principalmente com o sinaleiro e o amarrador de cargas. • Opere os controles de forma ordenada e suave. • Siga os sinais do sinaleiro. • Evite balançar a carga para depositá-la a uma distância fora do alcance da ponte. • Ao levantar uma carga é preciso que ela esteja equilibrada, do contrário, ela causará altas tensões nas eslingas ou estropos, além de poder cair ou mesmo danificá-la. • Em alguns casos a carga pode ter uma distribuição de peso bem irregular. Então é prudente que se faça experimentalmente uma amarração da mesma e que ela 10
  • 11. seja elevada ligeiramente do chão (não mais que 20cm). Dependendo do comportamento da carga ao ser feita esta elevação, vai-se ajustando gradativamente a amarração, até que se tenha um equilíbrio adequado. • Em caso de içamento de peças com quinas vivas, é necessário o uso de proteções para o cabo de aço para evitar ruptura do mesmo. Esses dispositivos podem ser: madeira, borracha ou meia-cana de tubo. • Em caso de executar içamento e transporte de peças grandes em alturas fora do alcance das mãos , é necessário amarrar uma corda auxiliar a peça, para que o funcionário possa conduzi-la com segurança. • Quando o cabo de aço está sendo esticado, devido estar suportando um peso excessivo em hipótese alguma tentar segurar no cabo com as mãos, que poderão se enrolar juntamente com o cabo. • Na execução da operação de içamento, o funcionário nunca deve permanecer entre duas peças, ou seja, a peça que está sendo içada e uma segunda, isso porque se a peça sofrer um balanço, ele poderá ser prensado entre ambas. • Os sinais deverão ser dados, por uma só pessoa, com clareza, de um lugar onde o operador da ponte possa vê-lo, antes dos sinais serem dados, o sinaleiro deverá olhar ao seu redor verificando a existência de pessoal e equipamentos. • Sempre que encerrar uma operação, os cabos, as garras e dispositivos de proteção deverão ser guardados em seu devido lugar. • Evitar que o cabo tenha contato direto com a peça. Para isso, introduzir calços como proteção. • Após terminada a movimentação e for descer a carga, não tentar retirar o cabo de aço com a própria ponte. Colocar os calços para facilitar a retirada dos cabos manualmente. • Ao transportar peças cilíndricas e for apoiá-las sobre outra peça ou no piso, fazer uso de cunha como calço. 9 – Segurança Toda operação de equipamentos exige do profissional muita atenção, competência e cuidado, a fim de que o serviço corra bem, dentro dos princípios de segurança. Em pontes rolantes, além dos cuidados com o equipamento, o bom profissional deverá preocupar-se também com os que trabalham na área de serviços dela. É importante que o operador leia com muito cuidado este capítulo do manual para evitar situações danosas de operação da ponte. É claro que não se pode prever todas as situações de risco, porém o operador deve estar consciente que ele é responsável por antecipar e evitar quaisquer condições inseguras não cobertas em detalhes, por este manual. Fatores importantes para a prevenção de acidentes: Estar Alerta: • Verifique se os sinais do sinaleiro são coerentes e estão relacionados com a operação realizada. • Preocupe-se com a boa fixação da carga a ser transportada, evitando desta maneira as quedas. Dominar a situação: 11
  • 12. Antes de executar o transporte, inspecione visualmente toda a seção, prevendo situações que possam fazê-lo frear repentinamente, ou até mesmo impedi-lo de concluir a tarefa. Teste todos os equipamentos de comando e controle antes do início de cada turno: • Qualquer anormalidade deve ser imediatamente relatada ao seu chefe. As partes do equipamento que não estejam operando corretamente devem se reguladas ou substituídas antes do início de operação da ponte; • Todas as chaves fim de curso devem ser verificadas manualmente antes do início de cada turno de trabalho; • Antes de qualquer trabalho com a ponte rolante, verifique a eficiência dos freios; • Manter a elevação correta do material durante o transporte; • Laços de cabos ou correntes, usados para o levantamento, devem ser inspecionados continuamente quando há defeito ou desgaste que possam torná- los inseguros para operação; • Não passar com cargas sobre pessoas; • Devem ser tomados os cuidados necessários para que a carga não bata ou enrosque em qualquer obstáculo durante o levantamento ou deslocamento; • O cabo de elevação deve ser somente desenrolado do tambor até ficarem ainda duas voltas do cabo em cada lado do tambor. O fim de curso de elevação deve ser regulado para esta posição. Não se precipitar: • Um trabalho seguro é muito mais produtivo e nos dá continuidade do fluxo de produção. Aguarde a autorização do sinaleiro através dos sinais convencionais. É proibida a movimentação com as pontes rolantes, veículos ou vagões ferroviários ou outros tipos de veículos. Se for estacionar: • Pare no local determinado; • Desligue os controles (todos eles em posição neutra); • Corte a energia; • Verifique se tudo está em ordem. 10 – Lei do Nunca – 12 Mandamentos de Segurança 1. Nunca transporte pessoas na ponte ou com a mesma; 2. Nunca abandone ou deixe a ponte funcionando com carga suspensa; 3. Nunca permita a presença de pessoas estranhas ou alheias ao seu serviço na cabine ou em qualquer parte da ponte; 4. Nunca modifique ou deixe que pessoas não especializadas ou não credenciadas pela empresa alterem ou mexam nas regulagens eletro-mecânicas dos dispositivos existentes na ponte; 12
  • 13. 5. Nunca faça arrastamento de carga; 6. Nunca suspenda uma carga com peso acima da capacidade nominal da ponte; 7. Nunca utilize os sistemas de fim de curso como chave de comando automática. Estes sistemas foram previstos somente para interromper o movimento quando a posição limite for atingida sem que o operador tenha desligado o equipamento; 8. Nunca deixe que sua atenção seja retirada da carga e da área de trabalho enquanto você estiver operando a ponte; 9. Nunca levante uma carga fora do prumo; 10. Nunca aperte ou acione mais de um botão ao mesmo tempo quando estiver no comando de uma botoeira; 11. Nunca comande um guincho de ponte para descer, quando a carga já estiver no chão. Este procedimento faz com que o cabo de aço fique bambo, podendo desenrolar por cima do tambor, saindo das ranhuras. 12. Nunca deixe seu posto de controle de botoeira de uma ponte enquanto a carga estiver suspensa. 11 - Diretrizes a) Não são permitidas improvisações de qualquer natureza em máquinas, ferramentas, b) Todo serviço executado, acima de 2 metros do nível do solo deverá ter seu risco de queda sob controle através da utilização de equipamento adequado; 12 – Do Responsável pela Equipe a) Certificar-se de que os empregados estão devidamente instruídos com relação aos itens das normas de segurança aplicáveis aos serviços que serão executados; b) Advertir pronta e adequadamente os empregados sob sua responsabilidade, quando deixarem de cumprir as normas de segurança do trabalho; c) Proibir que os integrantes de sua equipe utilizem ferramentas e equipamentos inadequados ou defeituosos 13 – Do Empregado a) Interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outra pessoa e comunicar imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis; b) Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho; c) Responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos de segurança e saúde; f) Alertar os companheiros de trabalho quando estes executarem os serviços de maneira incorreta ou atos que possam gerar acidentes; d) Comunicar imediatamente ao seu superior e aos companheiros de trabalho, qualquer acidente ou incidente, por mais insignificante que seja, ocorrido consigo próprio ou terceiros, para que sejam tomadas as providências cabíveis; 14 – Segurança durante Manobras a) O empregado que manda executar determinada manobra ou trabalho torna-se automaticamente responsável pela ordem dada, devendo tomar as precauções 13
  • 14. necessárias para eliminar ou reduzir ao mínimo a possibilidade de risco de acidentes, o que não exclui a necessidade de uma execução consciente por parte de quem efetua a manobra ou trabalho; b) Manobra não deve ser feita precipitadamente, mesmo em caso de emergência 15 - Técnicas de transporte e amarração de carga A segurança de qualquer manobra de transporte de carga com pontes rolantes depende diretamente da adequação dos equipamentos utilizados para a amarração da carga. Os bons projetos contemplam o dimensionamento dos pontos de amarração de modo a facilitar o transporte adequado dos equipamentos. A pessoa responsável pela amarração deve primeiramente conhecer o peso da carga, pois só assim conseguirá escolher o material adequado. Deve – se optar sempre pela matéria mais robusta possível adequada com o ponto de fixação existente na peça a ser transportada. Uma carga amarrada em mais de um ponto tem seu peso distribuído de acordo com as forças resultantes que interagem no conjunto. Repare que para uma mesma carga, temos uma distribuição diferente do peso em cada perna dos cabos, dependendo exclusivamente do ângulo formado entre a carga e a perna do cabo. As cintas, correias e eslingas costumam possuir um selo indicando a variação de sua capacidade em função do tipo de amarração Vantagens do Trabalho com Cintas e Eslingas de Poliéster. Observe a tabela abaixo: Fatores Cintas/Extingas de poliéster Extingas de cabo de aço Peso Aproximadamente 1/3 do peso do laço de Devido ao maior peso, dificulta a cabo de aço com a mesma carga de ruptura. Menor peso proporciona instalação e manuseio das eslingas. facilidade no manuseio e na preparação Cabos de bitolas maiores podem do material a ser içado. Result ado: causar maiores problemas Mayor rapidest e produtividade e nas ergonômicos ex.: (dores nas costas) operações de içamento Estabilidade Não danifica a superfície do material a ser Pode danificar o material a ser içado. O posicionamento das eslingas é içado. Posicionamento lento e fácil e rápido. Pode ainda ajudar na complicado. Exige o uso de luvas conformação do material durante o para manuseio seguro. içamento devido à maior área de contato. Resultado: Içamento mains practice e saguaro. 14
  • 15. Durabilidade Durável Contra ataque químico menor Facilmente oxidável em exposição a ácidos, alcalinos e até umidade raia de dobramento devido á maior excessiva. Devido á baixa flexibilidade. Resultado: maior flexibilidade, pode ocorrer fadiga e durabilidade conseqüente ruptura. Armazenagem Pequeno espaço necessário para É necessário grande espaço para Armazenagem devida á alta flexibilidade e baixo peso específico. Resultado: menor armazenagem, totalmente livre de custo de armazenamento. umidade. Inspeção fácil e simples, podendo ser realizada pelo próprio usuário ao içar o Inspeção difícil e complexa. Exige Segurança material. Devido à elasticidade, o técnico altamente especializado. Em poliéster estica antes de romper quando caso de sobrecarga, pode romper sobrecarregado. Resultado: Içamento bruscamente. mais seguro em todos os aspectos. Inspetor  Inspecionar as cintas antes de cada uso (observando se há danos) e assegurar que a identificação e especificação estão corretas (etiqueta do produto)  Caso haja dúvida quanto a adequação para o uso, ou se quaisquer marcações forem perdidas ou se tornarem ilegíveis, deve-se retirar a cinta de serviço e enviá-la à uma pessoa treinada para análise.  Proteger as cintas de bordas cortantes, fricção e abrasão, utilizando-se reforços e proteções complementares, de modo a garantir a segurança e vida útil da cinta.  Verificar a existência de cantos vivos e preparar proteções para evitar danos à cinta. Não utilizar em arestas sem as devidas proteções ou arrastar a carga com a cinta.  Nunca utilizar cintas danificadas (gastas por abrasão, cortes no sentido transversal ou longitudinal, rachaduras na superfície, ataque químico ou danos por aquecimento ou fricção). 24 - Sinalização Convencional 15
  • 16. PARADA Com o braço estendido e a palma da mão voltada para baixo, manter a postura rigidamente. DESCER Mover a mão com o indicador estendido para baixo, mantendo o braço caído. 16
  • 17. SUBIR Com o antebraço na vertical e o dedo indicador apontado para cima, mover a mão em pequeno círculo horizontal PARADA Com o braço estendido e a palma da mão voltada para baixo, manter a postura rigidamente. 17
  • 18. PARADA DE EMERGÊNCIA Braço estendido, palma da mão voltada para baixo, mover a mão rapidamente para a direita e a esquerda. PARADA TOTAL Estender os braços na vertical, com os dedos voltados para cima, e se colocar imóvel. 18
  • 19. DESLOCAMENTO DA PONTE/PÓRTICO Com o braço estendido e a mão aberta e um pouco levantada, fazer movimento de empurrar, direção do deslocamento DESLOCAMENTO DO TROLE Com o corpo lateral ao operador, frente para o gancho, com a palma da mão para cima, braço estendido, dedos fechados e o polegar em direção ao deslocamento, sacudir a mão na horizontal 19
  • 20. MOVIMENTOS CURTOS Com o braço estendido na vertical dedos unidos com a mão fechada abri los e fechá-los simultaneamente MOVER LENTAMENTE Dar sinal de movimento com uma das mãos e colocar outra parada adiante. ENCERRAR Cruzar e descruzar os braços rapidamente, mantendo o braço na vertical e o antebraço na horizontal e as palmas das mãos para baixo. 20
  • 21. 25 - Bibliografia MTE – Ministério do Trabalho e Emprego 08 de junho de 1978 Norma Regulamentadora - NR 18. Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais ABNT NBR 15466 Associação Brasileira de Normas Técnicas http://www.mte.gov.br. . 21