3. Introdução
Neuropatia diabética é um termo empregado para
descrever a lesão dos nervos em virtude da glicemia
elevada.
De fato, quase todas as complicações diabéticas
tem origem na neuropatia diabética. Se você é
diabético, existe uma grande probabilidade de um
dia sentir os efeitos da neuropatia diabética. De
acordo com as estimativas, aproximadamente
metade dos diabéticos apresentam alguma forma de
neuropatia.
Quanto mais tempo se vive com a doença, maior a
probabilidade de desenvolver algum grau de
neuropatia e os primeiros sinais de lesão nos nervos
ocorrem cerca de 10 a 20 anos após o diagnóstico
da diabetes.
4. A neuropatia diabética pode provocar
problemas em todo o corpo.
São particularmente vulneráveis os dedos
e outras partes do pé. A neuropatia diabética
também pode causar problemas digestivos,
cardiovasculares, urinários, sexuais, de visão
e vários outros. Esses problemas podem ser
muito graves e até fatais.
Por isso é importante saber reconhecer os
sinais e sintomas, e fazer exames
regularmente ou ao primeiro indício de lesão
nervosa.
5. A alta taxa de
glicemia lesa as
bainhas de mielina,
resultando em
atraso ou
cessação na
comunicação entre
os neurônios. O
dano causado às
bainhas de mielina
é considerado a
causa principal da
neuropatia
diabética, porém
não a única.
6. As lesões nervosas podem
afetar:
Os nervos do crânio (nervos cranianos)
Os nervos da coluna espinhal e suas
ramificações
Os nervos que ajudam o corpo a
controlar os órgãos vitais, como
coração, bexiga, estômago e intestinos
(denominado neuropatia autonômica)
7. Sintomas
Os sintomas mais frequentes são as dores em
queimor e formigamento em ambos os pés e
ocasionalmente também nas mãos.
Sintomas neurovegetativos também podem
estar presentes, como hipotensão postural
(queda repentina da pressão arterial ao
levantar), tonturas, impotência sexual,
disfunção de transpiração e até mal
funcionamento da mobilidade do estomago
(gastroparesia) ocasionando sensação
prolongada de repleção abdominal.
8. Exames
Um exame físico pode mostrar:
Falta de reflexo no tornozelo
Perda de sensibilidade nos pés (o médico
investigará isso com um instrumento parecido com
uma escova, denominado monofilamento)
Alterações na pele
Queda na pressão sanguínea ao se levantar após
ficar sentado ou deitado
Os exames que podem ser realizados incluem:
Eletromiograma (EMG) registro da atividade elétrica
nos músculos
Testes da velocidade de condução nervosa (VCN) -
registro da velocidade na qual os sinais transitam
pelos nervos
9. Tratamento
O controle rigoroso dos níveis de glicemia (nível de
glicose no sangue), com medidas variadas desde
dieta até uso de medicação, diminui a progressão da
doença, mas em geral não faz regredir os sintomas
da neuropatia diabética que trazem sofrimento e
piora da qualidade de vida.
Por isso, é necessário o diagnóstico precoce da
neuropatia durante consultas de acompanhamento
rotineiro ou com especialista no tratamento da dor
neuropática. Há várias modalidades possíveis para
aliviar a dor em cada caso.