3. Muito simples. Convide, por
exemplo, os vizinhos de sua rua
e reúna pequenos grupos de 8,
10 e até 12 pessoas.
Entre os primeiros cristãos O 1º encontro pode acontecer em
era comum a prática de uma casa oferecida com
reunir-se em torno da
Palavra e da Eucaristia nas antecedência por alguém do
casas (veja At 2,42-47). O grupo. Seria conveniente que os
apóstolo Paulo destaca encontros seguintes fossem
muitas casas que se
tornaram verdadeiras igrejas
realizados em casas diferentes
a serviço da evangelização da mesma rua, para que todos
(veja: Rm 16,5; 1Cor 16,19; possam ir-se aproximando e se
Fl 4,22; Cl 4,15...). A casa é, conhecendo melhor.
também na atividade
missionária de Jesus, lugar Os grupos também podem ser
especial de aproximação e formados por afinidade: grupo
acolhimento, de
fraternidade, de escuta da
de casais, de jovens, de crianças
Palavra e da partilha do pão. e adolescentes etc.
4. Talvez seja este o grande
segredo do sucesso de um
círculo bíblico! Receber bem
as pessoas: um sorriso
bonito nos lábios e um
abraço ou outro gesto
carinhoso, com os votos de
boas-vindas. Enfim, que
todos sejam calorosamente
acolhidos e sintam a alegria
e felicidade de fazer parte
desta ‘nova família’.
5. Também é muito importante
preparar bem o ambiente para
motivar a participação de todos.
Iniciativas que são simples, mas
ajudam a criar um clima para
aprofundar e interiorizar a
Palavra de Deus: numa pequena
mesa ou no próprio chão forrado
com uma toalha ou uma colcha
de retalhos (sempre coisas
simples), colocar a Bíblia em
destaque, uma vela acesa, algum
cartaz com o tema que resume a
Palavra que será proclamada,
plantas ou flores, símbolos
ligados à vida e à realidade da
comunidade etc.
6. O roteiro ou folheto é apenas
referência. Seu objetivo é não
deixar o grupo perdido, mas,
por outro lado, não se deve
ficar escravo do dele. Ao
contrário, pode e deve ser
enriquecido e melhorado de
acordo com a criatividade do
grupo. Muitos círculos bíblicos
que já amadureceram na
caminhada nem usam mais
folheto. Escolhem
simplesmente uma leitura da
liturgia dominical e a
partilham nos encontros
semanais.
7. Sua missão é fazer com que todos
falem, expressem suas
opiniões, se envolvam e
participem. Não fala o tempo
todo sozinho, nem permite
que um fale muito, enquanto
outro não fala nada. Com
jeitinho especial e cuidadoso,
está sempre distribuindo as
diversas tarefas entre todos e
motivando os membros do
grupo para a importância de
todos se manifestarem, a
partir da Palavra proclamada e
da realidade a ser
transformada.
8. O grande interesse despertado pela
Palavra de Deus no Brasil é motivado
pelo Concílio Vaticano 2º (1962-
1965), dando origem aos círculos
bíblicos, que foram o primeiro passo
para o nascimento das CEBs,
comunidades eclesiais de base.
“Alimentadas pela Palavra de Deus e pela
vivência de comunhão, as CEBs
promovem solidariedade e serviço.
Reunindo pessoas humildes, as CEBs
ajudam a Igreja a estar mais
comprometida com a vida e o
sofrimento dos pobres, como fez
Jesus. Elas manifestam, mais
claramente, que ‘o serviço dos
pobres é medida privilegiada,
embora não exclusiva, do seguimento
de Cristo’ (DP 1145)”. *CNBB.
Mensagem ao povo de Deus sobre as
CEBs, 12/05/2010]