O documento discute processos pré-impressão, como moiré, modos de cores, vetor x bitmap, resolução de imagens, tons de cinza, registro de cores, fontes digitais e outros tópicos. Em particular, aborda como evitar defeitos, calcular resolução correta e tratar arquivos para impressão.
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Pré-impressão: problemas e soluções
1. Processos de PréProcessos de Pré--ImpressãoImpressão
PROBLEMAS RECORRENTESPROBLEMAS RECORRENTES
Leandro Canabrava Damas
Especialista em Gestão de Processos de Produção Gráfica
2. MoiréMoiré
Leandro Canabrava Damas - Especialista em Gestão de Processos de Produção Gráfica
MOIRÉ (OU MOARÊ)
É resultado da angulação
equivocada da retícula, quando os
ângulos de cada cor tem diferença
menor do que 30 graus.
Visível a olho nu, é um defeito que
deve ser evitado a qualquer custo.
A digitalização de originais previamente impressos também ocasionam
este defeito e devem ser evitados, muito embora existam alguns filtros
no Photoshop e nos scanners que minimizam o problema.
3. Modos de CorModos de Cor
Também chamadas “cores-
luz” ou “cores aditivas” são as
que formam as cores nos
monitores.
Muito embora sejam
impressas em CMYK as
imagens digitais devem
permanecer em RGB para
manipulação e tratamento, só
sendo convertidas quando não
forem ser mais editadas.
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RGB
4. Modos de CorModos de Cor
Também chamadas “cores-
pigmento” ou “cores
subtrativas” são as que
formam as cores na
impressão.
A partir das cores primárias
(CMYK) formam-se as demais
na impressão, através do
processo de reticulagem.
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MODO DE COR - CMYK
5. Vetor xVetor x BitmapBitmap
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ESCALABILIDADE X DEPENDÊNCIA DE RESOLUÇÃO
Boa parte dos problemas nesta relação reside na incompreensão e
desrespeito de algumas regras básicas:
- Bitmaps dependem de resolução e profundidade de cor. Não podem
ser ampliadas sem restrição nem gravadas com muita compactação.
- Vetores são livres em termos de ampliação e redução, mas deve-se
evitar extrema complexidade ou a utilização de recursos tipicamente
de bitmap sem cuidados especiais.
6. Resolução deResolução de BitmapsBitmaps
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RESOLUÇÃO DE BITMAPS x DISPOSITIVOS DE SAÍDA
Uma imagem digital com resolução insuficiente (baixo PPI) sempre
resultará em problemas de serrilhamento, mesmo que os dispositivos
de saída e impressão possuam altas resoluções (alto PPI / LPI).
Veja abaixo o exemplo de duas imagens impressas em dispositivos de
alto DPI. Elas possuíam, respectivamente 72PPI(esq.) e 300PPI (dir.).
7. Cálculo de ResoluçãoCálculo de Resolução
PPI ou pixels por polegada é a
medida que define a resolução
das imagens digitais bitmapeadas
(formada por pixels).
Para se calcular a resolução ideal
de uma imagem, é necessário
saber em que lineatura ela será
impressa.
Dica: o valor 2, chamado de fator
de qualidade pode ser utilizado
entre 1,5 e 2.
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LINEATURA X RESOLUÇÃO DE BITMAPS
8. MegapixelMegapixel
Em geral, as imagens têm a proporção acima. Tomemos o exemplo
de uma imagem de 6 megapixels:
2x (vezes) 3x = 6.000.000 de pixels 6X² = 6.000.000 X² = 1.000.000
X = 1.000 pixels. A imagem teria então 2.000 x 3.000 pixels.
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ENTENDENDO O MEGAPIXEL
Hoje, nas câmeras digitais, utiliza-
se o termo megapixel para indicar
resolução.
O megapixel é, na verdade, a
quantidade total de pixels (em
milhões) quando multiplicados os
pixels que compõe a largura x
altura de uma imagem.
2x
3x
9. MegapixelMegapixel
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MEGAPIXEL X PPI
Conforme cálculos, a imagem ao
lado de 6Mpx, teria 2.000 pixels de
altura por 3000 pixels de largura.
Isto quer dizer que, se precisasse
dela a 200 PPI, ela poderia ser
impressa em:
2000/200 10 pol = 25,4 cm (altura)
3000/200 15 pol = 38,1 cm (largura)
2x
3x
10. Tons de CinzaTons de Cinza
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RESOLUÇÃO DE SAÍDA X LPI X TONS DE CINZA
O aumento da lineatura de retícula
(LPI) em dispositivos de saída com
baixa resolução (DPI) acarreta a
diminuição dos tons de cinza.
Este problema é bastante comum
quando se utiliza impressoras laser
para simulação de retículas.
Veja ao lado este problema e o
cálculo dos tons de cinza.
Dica: a lineatura de impressão (lpi) nunca deve ser maior que 1/16 da
resolução (dpi) do dispositivo de saída.
11. Resolução de SaídaResolução de Saída
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RESOLUÇÃO DE DISPOSITIVOS DE SAÍDA
Da forma análoga ao problema anterior, de nada adianta uma imagem
em bitmap estar em alta resolução (PPI) se o dispositivo de saída não
puder reproduzí-la nesta qualidade devido ao baixo DPI.
Veja abaixo o exemplo de duas imagens de alta resolução enquanto
bitmap (300 PPI) e impressas em resoluções (DPI) diferentes.
Respectivamente 300 DPI (à esquerda) e 2400DPI ( à direita).
12. O Ponto na ImpressãoO Ponto na Impressão
Ponto Quadrado: gera um ganho de ponto maior
durante a impressão. Menor utilização.
Ponto Redondo: recomendado para impressão em
serigrafia e offset rotativa por possuir menor
deformação.
Ponto Elíptico: mais utilizado, por reproduzir de forma
mais suave os meios tons.
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FORMATOS COMUNS
13. O Ponto na ImpressãoO Ponto na Impressão
Corresponde à área ocupada pelo
ponto na impressão.
Alguns processos e suportes
tendem a aumentar a porcentagem
prevista no arquivo digital, o que
denomina-se ganho de ponto.
O ganho de ponto deve ser
previsto para que se faça ajustes
no arquivo antes da impressão.
Isto se faz atribuindo um Perfil ICC
ao documento ou imagem digital.
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GANHO DE PONTO
14. O Ponto na ImpressãoO Ponto na Impressão
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GANHO DE PONTO
Ao lado podemos ver alguns
exemplos de ganho de ponto
em impressão offset plana.
O maior problema ocorre nas
áreas de tons médios, onde
porcentagens de 50% podem
chegar a 80%.
O Perfil ICC, na prática, reduz
a porcentagem de tinta no
documento ou imagem digital
para fazer a compensação.
15. Embora seja possível atribuir à uma cor 100% das tintas Cyan,
Magenta, Amarelo e Preto, isto pode ser um problema se todas elas
são sobrepostas.
Excesso de tinta pode ocasionar decalque na impressão quando vão
sendo “empilhados” os impressos.
Também podem ocasionar repinte, por deixar tinta na blanqueta.
Além dos problemas acima, o excesso de tinta faz desaparecer
detalhes nas áreas de sombra e dificulta a secagem da tinta.
Papéis mais porosos tendem a ocasionar mais ganho de ponto e
também a ter maior problema com excesso de entintamento.
A correção deste problema é feita através dos Perfis ICC.
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COBERTURA DE TINTA
A Tinta na ImpressãoA Tinta na Impressão
16. A Tinta na ImpressãoA Tinta na Impressão
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COBERTURA DE TINTA
Ao lado podemos ver alguns
exemplos do limite de
cobertura (%) de acordo com
o suporte de impressão.
O maior problema ocorre nos
papéis sem revestimento,
onde a quantidade total de
tinta deve ser bem menor.
O Perfil ICC, na prática,
também limita a quantidade de
tinta no documento ou imagem
digital para evitar excessos.
17. Registro de CoresRegistro de Cores
Pequenos erros no encaixe
das cores podem ocorrer,
mas podem ser previstos e
solucionados.
O trapping é um recurso que
cria um filete composto pelas
cores adjacentes para evitar o
aparecimento de um filete
branco na falta do registro
perfeito.
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REGISTRO X TRAPPING
18. Leandro Canabrava Damas - Especialista em Gestão de Processos de Produção Gráfica
REGISTRO X TRAPPING
Registro de CoresRegistro de Cores
19. Registro de CoresRegistro de Cores
O overprint também é uma
forma de compensar o erro de
registro.
Entretanto ele sobrepõe uma
cor a outra e, por esta razão é
normalmente destinado à cor
preta e pequenos elementos
gráficos (filetes, texto, etc.)
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REGISTRO X OVERPRINT
20. Leandro Canabrava Damas - Especialista em Gestão de Processos de Produção Gráfica
Registro de CoresRegistro de Cores
REGISTRO X OVERPRINT
21. Sangria é o termo utilizado para
definir a “sobra” de grafismo que
deixamos para além do corte;
Função: evitar o aparecimento de
filete quando há o refile da peça;
Tamanho: em geral deixamos o
layout gráfico de 3 a 5mm maior
que o layout a ser impresso;
OBS: As marcas de corte
delimitam exatamente o tamanho
final da peça.
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Refile x SangriaRefile x Sangria
SANGRIA
22. Leandro Canabrava Damas - Especialista em Gestão de Processos de Produção Gráfica
Sinais GráficosSinais Gráficos
SINAIS GRÁFICOS
Os sinais gráficos são destinados a
orientar a impressão e acabamento
de uma peça. Os mais comuns:
- Marcas de corte;
- Marcas de dobra;
- Cruz de Registro;
- Tiras de Controle.
OBS: no cálculo de aproveitamento
de papel devem ser levados em
consideração, assim como a
sangria.
23. Fontes DigitaisFontes Digitais
Todo caractere que digitamos em um software utiliza um arquivo de
fonte para ser visualizado e impresso.
As fontes precisam ser enviadas para impressão (no caso de arquivos
abertos) ou embutidas no arquivo (no caso de arquivos fechados).
Preferencialmente, devem ser utilizadas fontes Open Type e Type1
evitando o uso de fontes True Type, que costumam gerar problemas
sérios de impressão.
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FONTES DIGITAIS
24. Situação ProblemaSituação Problema
Ao fazer um folder com textos e imagens você precisou digitalizar
algumas fotos. Entretanto, as fotos originais (antes de serem
digitalizadas) tinham o dobro do tamanho final (que seria impresso).
Sabendo-se que este folder será impresso em papel apergaminhado
(120 lpi) e que será “finalizado” em um software adequado, responda
ao que se segue:
a) Qual é a resolução de entrada que você deve utilizar para
digitalizar as imagens (ppi)?
b) Qual o modo de cor que deve ser utilizado nestas imagens durante
a manipulação e tratamento? E ao finalizar o “layout”?
c) Quais os cuidados devo ter com para prevenir problemas de
registro e de ganho de ponto?
d) Quais os cuidados devo ter com as fontes?
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