Este documento descreve um novo modelo de autoavaliação para bibliotecas escolares em Portugal. O modelo visa melhorar o trabalho da biblioteca através da avaliação contínua de quatro domínios chave: recursos e equipamentos, aprendizagem, coleção, e acesso. O modelo também destaca a importância de um professor bibliotecário forte e uma equipe motivada para integrar a biblioteca com o currículo escolar.
Análise Crítica do Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares
1. Tarefa 2 (1ª parte) Análise Crítica ao Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares O presente Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares, enquanto instrumento pedagógico e regulador e de melhoria contínua do trabalho da BE, vai permitir ao PB e equipa envolvida e aos órgãos directivos proceder a uma avaliação do trabalho da biblioteca escolar bem como orientar esse mesmo trabalho da BE, definindo factores críticos de sucesso e identificando pontos fracos e fortes. A avaliação constitui um processo e não um fim em si mesmo, completando-se o seu ciclo ao fim de quatro anos. Surge esse modelo num contexto global de mudança, no qual as bibliotecas escolares devem evoluir, e em que são exigidos novos contextos e conceitos de aprendizagem, como por exemplo o aluno ser encarado como actor activo, como construtor do próprio conhecimento, numa perspectiva construtivista da realização das suas aprendizagens, também, como exemplo, a introdução das TIC obrigarem ao desenvolvimento de novas literacias e ao domínio de novos ambientes digitais. Com este novo modelo de auto-avaliação há necessidade de proceder à recolha de evidências sobre o impacto que a biblioteca escolar tem na escola, como centro de formação, informação e de lazer, em medir esse impacto que se requer qualitativo. Segundo Ross Todd, que cause um impacto positivo no processo de ensino - aprendizagem e no sucesso educativo dos alunos. Este modelo exerce um papel determinante, no sentido em que vai permitir dotar as bibliotecas escolares de um quadro de referência/ instrumento que lhes garanta a melhoria contínua da prestação de serviços e da qualidade da biblioteca escolar, através de uma auto-avaliação sistemática, que se traduz no desenvolvimento de práticas sistemáticas de recolha de evidências, associadas ao trabalho do dia-a-dia. Há que ter em conta que a realidade das escolas é diferente e ter em atenção as especificidades de cada uma. O referido modelo surge organizado sob quatro domínios, quatro áreas de funcionamento da BE, entendidas como fundamentais ao desenvolvimento e qualidade das BE. Como tal, considera-se que a biblioteca escolar deve ser um espaço apetrechado de múltiplos recursos e equipamentos, entendida como um espaço de aprendizagem, intrinsecamente relacionado com o processo de ensino-aprendizagem, de acordo com os objectivos educacionais e programáticos da escola; com a leitura, desenvolvendo-se as competências de leitura; e demais literacias, através de um programa de Literacia da Informação. A qualidade da colecção, disponibilizando-se um conjunto de recursos de informação em diferentes suportes que sejam adequados às necessidades dos utilizadores e as condições de acesso à BE, que permitam o desenvolvimento do trabalho individual e de grupo, a afectação de um professor bibliotecário, visto como um líder forte, um estratega, responsável qualificado que tenha a capacidade de fazer articular o trabalho com as diversas estruturas da escola e que promova estratégias de gestão e integração da BE na escola e no desenvolvimento curricular constituem áreas-chave integradoras daqueles domínios de funcionamento da BE. Em suma, o envolvimento de uma equipa motivada e interventiva, cujo trabalho esteja de acordo com a missão e objectivos da escola na construção dos saberes e a BE ser encarada como o núcleo central coadjuvante das aprendizagens parece-me por demais importante. Helena Caroça