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O AUTORO AUTOR
 RetorcidoRetorcido
 GaucheGauche
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 DesajeitadoDesajeitado
 Desencantado com o mundoDesencantado com o mundo
 CarenteCarente
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UM EU RETORCIDOUM EU RETORCIDO
 Crítica ao provincianismoCrítica ao provincianismo
 A visão do filho que volta modificada porA visão do filho que volta modificada por
suas vivênciassuas vivências
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busca da felicidadebusca da felicidade
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religiosidade mineirareligiosidade mineira
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UMA PROVÍNCIA: ESTAUMA PROVÍNCIA: ESTA
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a negar qualquer imposição sangüínea oua negar qualquer imposição sangüínea ou
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que foram antes dele chegar” (Petras Felício /que foram antes dele chegar” (Petras Felício /
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A descoberta do Outro: Auteridade;A descoberta do Outro: Auteridade;
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temática, com a consciência adquirida de que atemática, com a consciência adquirida de que a
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 Na verdade, o poeta não está incorrendo emNa verdade, o poeta não está incorrendo em
nenhuma contradição. O que pratica é anenhuma contradição. O que pratica é a
definição de poesia como algo que é aquilodefinição de poesia como algo que é aquilo
mesmo sobre o que se está versando. Oumesmo sobre o que se está versando. Ou
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Drummond: Poesia e Vida

  • 1.
  • 3.
  • 5.
  • 6.  RetorcidoRetorcido  GaucheGauche  ExaustoExausto  Sem esperançasSem esperanças  DesajeitadoDesajeitado  Desencantado com o mundoDesencantado com o mundo  CarenteCarente  AngustiadoAngustiado  Sozinho na multidãoSozinho na multidão  Esse “Eu” sofre uma evolução na medidaEsse “Eu” sofre uma evolução na medida em que começa a tratar do “Outro”em que começa a tratar do “Outro” UM EU RETORCIDOUM EU RETORCIDO
  • 7.
  • 8.  Crítica ao provincianismoCrítica ao provincianismo  A visão do filho que volta modificada porA visão do filho que volta modificada por suas vivênciassuas vivências  A pressa de viver, o desejo pelo progresso, aA pressa de viver, o desejo pelo progresso, a busca da felicidadebusca da felicidade  A imagem no retratoA imagem no retrato  Os costumes: romarias, procissões, aOs costumes: romarias, procissões, a religiosidade mineirareligiosidade mineira  O cordão umbilical ainda não está de todoO cordão umbilical ainda não está de todo rompidorompido UMA PROVÍNCIA: ESTAUMA PROVÍNCIA: ESTA
  • 9.
  • 10.  FAMÍLIA: palco dos primeiros conflitosFAMÍLIA: palco dos primeiros conflitos  CDA se dirige à “família que ele se deu, comoCDA se dirige à “família que ele se deu, como a negar qualquer imposição sangüínea oua negar qualquer imposição sangüínea ou anterior, hereditária ou herdada, afirmando simanterior, hereditária ou herdada, afirmando sim os laços construídos, os laços de afeto, deos laços construídos, os laços de afeto, de convivência, seja ela física, com os seusconvivência, seja ela física, com os seus contemporâneos, seja ela de memória, com oscontemporâneos, seja ela de memória, com os que foram antes dele chegar” (Petras Felício /que foram antes dele chegar” (Petras Felício / Edison Volpato)Edison Volpato) A FAMÍLIA QUE ME DEIA FAMÍLIA QUE ME DEI
  • 11.  Ruína financeira da família (retratoRuína financeira da família (retrato empoeirado na parede)empoeirado na parede)  A imagem de Robinson CrusoéA imagem de Robinson Crusoé  Relampejos de otimismo: “minha história éRelampejos de otimismo: “minha história é mais bonita que a Robinson Crusoé”mais bonita que a Robinson Crusoé”  A convivência com o passado é por vezesA convivência com o passado é por vezes conturbada e por vezes tranqüilaconturbada e por vezes tranqüila  Momentos de solidão e isolamentoMomentos de solidão e isolamento A FAMÍLIA QUE ME DEIA FAMÍLIA QUE ME DEI
  • 12.
  • 13.  Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Jorge deManuel Bandeira, Mário de Andrade, Jorge de Lima, Frederico Garcia Lorca (poeta eLima, Frederico Garcia Lorca (poeta e dramaturgo espanhol), Charles Chaplin,dramaturgo espanhol), Charles Chaplin, Candido Portinari e Américo Facó (poetaCandido Portinari e Américo Facó (poeta cearense).cearense). CANTAR DE AMIGOSCANTAR DE AMIGOS
  • 14.  O que fizeram para melhorar o mundo no qualO que fizeram para melhorar o mundo no qual viviam?viviam?  A crítica ao sistema ladeada com a líricaA crítica ao sistema ladeada com a lírica elogiosa.elogiosa.  "Despertada uma vez a consciência de estar"Despertada uma vez a consciência de estar no mundo e de não estar sozinho nele, não háno mundo e de não estar sozinho nele, não há mais volta e Drummond aceitou e cumpriumais volta e Drummond aceitou e cumpriu magnificamente o papel de arauto da liberdade,magnificamente o papel de arauto da liberdade, de cantor da humanidade, fazendo dobrar osde cantor da humanidade, fazendo dobrar os sinos por aqueles que mereciam seu dobrar"sinos por aqueles que mereciam seu dobrar" (Petras Felício / Edison Volpato).(Petras Felício / Edison Volpato). CANTAR DE AMIGOSCANTAR DE AMIGOS
  • 15.
  • 16. A descoberta do Outro: Auteridade;A descoberta do Outro: Auteridade;  O pessimismo quanto ao futuro;O pessimismo quanto ao futuro;  A poesia social.A poesia social. NA PRAÇA DOS CONVITESNA PRAÇA DOS CONVITES
  • 17.
  • 18.  Amor amargo / Amar o;Amor amargo / Amar o;  Amor “eterno enquanto dure”;Amor “eterno enquanto dure”;  O conhecimento amoroso é árduo, cruel;O conhecimento amoroso é árduo, cruel;  Existem obstáculos no convívio entre asExistem obstáculos no convívio entre as pessoas;pessoas;  Às vezes, o sentimento amoroso éÀs vezes, o sentimento amoroso é suplantando pelo desejo de ascensão social.suplantando pelo desejo de ascensão social. AMAR-AMAROAMAR-AMARO
  • 19.
  • 20.  ““Nesta reunião, encontramos somenteNesta reunião, encontramos somente produtos da maturidade poética de Drummond,produtos da maturidade poética de Drummond, textos nos quais a poesia é matéria, deixa detextos nos quais a poesia é matéria, deixa de ser somente instrumento e passa a ser tambémser somente instrumento e passa a ser também temática, com a consciência adquirida de que atemática, com a consciência adquirida de que a palavra é o substrato essencial, a fala primeirapalavra é o substrato essencial, a fala primeira e última, como o Verbo se fazendo carne”.e última, como o Verbo se fazendo carne”. POESIA CONTEMPLADAPOESIA CONTEMPLADA
  • 21.  Na verdade, o poeta não está incorrendo emNa verdade, o poeta não está incorrendo em nenhuma contradição. O que pratica é anenhuma contradição. O que pratica é a definição de poesia como algo que é aquilodefinição de poesia como algo que é aquilo mesmo sobre o que se está versando. Oumesmo sobre o que se está versando. Ou melhor: poesia não como algo que fala sobremelhor: poesia não como algo que fala sobre qualquer assunto, mas uma forma que é elaqualquer assunto, mas uma forma que é ela mesma, aquilo sobre a qual versa. Poesia nãomesma, aquilo sobre a qual versa. Poesia não como uma força dentro da qual se derrama umcomo uma força dentro da qual se derrama um conteúdo, poesia que não se limita a ser umconteúdo, poesia que não se limita a ser um eventual instrumento ou meio para comunicareventual instrumento ou meio para comunicar alguma coisa.alguma coisa. POESIA CONTEMPLADAPOESIA CONTEMPLADA
  • 22.
  • 23.  Os poemas deste grupo apresentam umOs poemas deste grupo apresentam um caráter jocoso, brincalhão, irônico,caráter jocoso, brincalhão, irônico, despretensioso e simples, sendo, como odespretensioso e simples, sendo, como o próprio poeta denomina, exercícios lúdicos,próprio poeta denomina, exercícios lúdicos, brincadeiras com versos, jogos de palavras sembrincadeiras com versos, jogos de palavras sem maiores objetivos que não o divertimento, masmaiores objetivos que não o divertimento, mas que nem por isso deixam de apresentar seuque nem por isso deixam de apresentar seu conteúdo, sua mensagem e sua essência.conteúdo, sua mensagem e sua essência. UMA, DUAS ARGOLINHASUMA, DUAS ARGOLINHAS
  • 24. 99 TENTATIVA DE EXPLORAÇÃOTENTATIVA DE EXPLORAÇÃO E DE INTERPRETAÇÃO DOE DE INTERPRETAÇÃO DO
  • 25.  As mais variadas possibilidadesAs mais variadas possibilidades interpretativas;interpretativas;  A memória que resiste às traças do tempo;A memória que resiste às traças do tempo;  A filosofia existencialista de MartimA filosofia existencialista de Martim Heidegger;Heidegger;  O conflito do poeta com o mundo;O conflito do poeta com o mundo;  A visão do mundo como um todo;A visão do mundo como um todo;  Os questionamentos sobre o homem e suaOs questionamentos sobre o homem e sua existência.existência. TENTATIVA DE EXPLORAÇÃO E DE INTERPRETAÇÃO DOTENTATIVA DE EXPLORAÇÃO E DE INTERPRETAÇÃO DO ESTAR-N0-MUNDOESTAR-N0-MUNDO
  • 26. A estrutura formal da composição de CarlosA estrutura formal da composição de Carlos Drummond de Andrade é a seguinte:Drummond de Andrade é a seguinte: 1. Versilibrismo: o uso indiscriminado do verso1. Versilibrismo: o uso indiscriminado do verso livre.livre. 2. Prosaísmo: adoção na poesia de processos2. Prosaísmo: adoção na poesia de processos adequados à prosa como o discurso direto, aadequados à prosa como o discurso direto, a ausência de rimas, a conversa com o leitor.ausência de rimas, a conversa com o leitor. ESTRUTURA FORMALESTRUTURA FORMAL
  • 27. 3. Linguagem dinâmica e irônica: versos3. Linguagem dinâmica e irônica: versos pequenos e concisos no significado, semelhantepequenos e concisos no significado, semelhante ao poema pílula de Oswald de Andrade.ao poema pílula de Oswald de Andrade. 4. Cenas do cotidiano: a infância, a metrópole,4. Cenas do cotidiano: a infância, a metrópole, Itabira e a família.Itabira e a família. 5. Recriação metonímica da realidade sentida:5. Recriação metonímica da realidade sentida: Drummond apreende filosoficamente o mundo aDrummond apreende filosoficamente o mundo a partir de assuntos banais.partir de assuntos banais. ESTRUTURA FORMALESTRUTURA FORMAL
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  • 30. PP ÉÉOO TT AAII CC A.n.T.O.l.O.g.I.A.