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Fosseis em Canelas
Jazida de Canelas
       A jazida paleontológica de Canelas é situada no percurso de Arouca a
Alvarenga, nela encontram-se numerosos fosseis de diferentes espécies:
trilobites, graptólitos, branquiópodes, bivalves, gastrópodes, cefalópodes,
equinodermes e icnofósseis. O local é mais conhecido pelas trilobites
gigantes (até 70 cm).
       Os fosseis encontrados na jazida remontam para espécies do período
Ordovícico.
       Neste período os continentes estavam praticamente despromovidos
de vida, não existindo plantas ou animais na terra. No entanto os mares
eram o lar de numerosas espécies.
       Este período é conhecido pela rápida e sustentada diversificação
biótica. Sendo que diversidade de formas marinhas tomou níveis muito
altos.
Jazida de Canelas
      Pensa-se que o clima terá sido quente, talvez devido ao efeito
estufa, com intervalos glaciares.
      No final deste período existiu uma extinção em massa à semelhança
de outros períodos.
      Um dos principais acontecimentos foi o aparecimento e a evolução
de graptólitos planctónicos, fosseis importantes para a correlação
estratigráfica.
Jazida de Canelas
      Durante o Ordovícico houve um rápido movimento das placas
tectónicas, tendo o polo sul migrado do norte de África para uma região
na África central
      As trilobites aparecem no andar chamado Darriwiliano (4º andar do
Ordovícico), este nome deriva de uma localidade australiana onde existem
afloramentos com graptólitos, sendo que no final deste andar a
diversidade dos mesmos ficou grandemente reduzida.
Trilobites
     As trilobites eram artrópodes marinhos que viviam apenas nos
mares do Paleozoico. A maioria vivia em ambientes pouco
profundos, arrastando-se pelo fundo deixando por vezes marcas
chamadas cruzianas (icnofósseis).
     Em Canelas os fosseis aparecem num estrato com cerca de 100 m de
espessura.
Trilobites
       As principais espécies de trilobites encontradas em Canelas são:
Ectillaenus      giganteus,     Hungioides     boehmicus,      Neseuretus
avus,      Nobiliasaphus    delesse,    Ogyginus    forteyi,   Placoparia
cambriensis, Retamaspis melendezi, Colpocoryphe thorali conjugens.
       Nem todas estas espécies tinham grande repartição geográfica.
       O gigantismo das trilobites deve-se em parte à dilatação associada
com a deformação das rochas sedimentares.
       Curiosidade: o brasão de Canelas é um dos poucos brasões que
contêm a representação de um fóssil.
Mapa geológico do noroeste de Portugal onde se pode observar o sulco Dúrico-Beirão (alinhamento de cor preta que
   vai de Esposende até sudeste de Castro Daire).
As trilobites são classificadas com base nas características
morfológicas. Esta designação resulta do seu corpo estar dividido em três
partes longitudinais. Existe uma divisão transversal também em três
partes.
Nesta trilobite é notório o desenvolvimento dos olhos (de natureza
idêntica à dos insectos actuais) e a ornamentação do céfalo. Algumas
trilobites, no entanto, eram desprovidas de olhos.
Repartição no tempo das nove ordens e de algumas das
principais famílias de trilobites.
O surgimento, o apogeu, o declínio e a extinção das trilobites (escala vertical
em milhões de anos).
Trilobite da espécie Hungioides boehmicus (o fóssil da imagem é, segundo
Manuel        Valério    proprietário    da      louseira,    a     nível
mundial, provavelmente, o mais perfeito encontrado até hoje).
Alguns dos fósseis do Ordovícico da "pedreira do Valério", em Canelas, Arouca. Em cima à esquerda- Trilobite da espécie
Ectillaenus giganteus (pormenor de placa com exemplares de 30 cm). Em cima à direita- Cruziana (pistas de locomoção
de trilobites no fundo marinho; escala de 1 cm). Em baixo à esquerda- Braquiópodes do género Orthis. (com 5,5 cm de
largura). Em baixo à direita- várias colónias de graptólitos.
Graptolitos
     Para além das trilobites existe um outro grupo de fosseis também
bastante importantes, os graptólitos.
     Os graptólitos são uma classe de pequenos animais marinhos
coloniais do filo dos Hemicordados, componentes do macroplâncton dos
oceanos do Paleozoico. Viviam a várias profundidas porém eram mais
abundantes nas zonas ascendentes ao longo das margens
continentais, alguns deles são flutuadores. As colonias tinham apenas
alguns centímetros e os animais individuais cerca de 1mm ou menos.
Viviam no interior de tubos, um esqueleto externo possivelmente formado
por quitina.
Placa       com       graptólitos   do      género
Monograptus, fósseis abundantes no período
Silúrico. À direita dois esquemas (ampliados cerca
de 50 x) das estruturas onde viviam os zoóides.
Diferentes géneros de graptólitos que viveram no Silúrico e no Ordovícico.
Em cima: Cyrthograptus, Rastrites, Monograptus,           Diplograptus e
Didymograptus.
Em baixo: Phyllograptus, Tetragraptus (duas espécies) e Glossograptus. Os
fósseis não se encontram todos à mesma escala.
Pterobrânquios
     Em 1882 foi descoberto um grupo de animais chamados então de
pterobrânquios, estes são o grupo actual mais parecido com os
graptólitos. Medem entre 1 a 7mm e vivem em estruturas
tubulares, agarradas ao fundo marinho.
     Segundo Noel Dilly os graptólitos são um grupo extinto de
pterobrânquios.




                               Colónia     de    Cephalodiscus
                               densus.    Largura da imagem
                               cerca de 10 cm
Equinodermes
      Para além dos dois grupos já falados existem mais grupos que se
podem considerar raros. Três classes de equinodermes, um de cnidários e
um gastrópode merecem referência.
      Os equinodermes são um filo de invertebrados com cerca de 7000
espécies com características primitivas, tendo aparecido no Pré-Câmbrico.
Normalmente tinham estrutura pentaradiada, não tinham cabeça nem
gânglios cerebrais, tinham no entanto órgãos sensoriais.
      Alguns aspectos da sua evolução parecem coloca-los mais próximos
dos cordados que dos invertebrados. São divididos em seis classes:
Crinoidea (Lírios-do-mar), Asteroidea (estrelas-do-mar), Ophiuroidea
(estrelas quebradiças), Echinoidea (ouriços-do-mar), Holothuroidea
(pepinos-do-mar) e Concentricycloidea (Margaridas-do-mar). Esta última
foi registada muito recentemente e apresenta apenas 2 espécies descritas.
Equinodermes
      Os carpóides e os cistóides são dois grupos que se separam dos
equinodermes, são exclusivos do Paleozóico, tendo vivido principalmente
no Câmbrico e no Ordovícico. Actualmente estes animais consideram-se
pertencentes à classe dos crinóides porém esta classificação gera
discussão entre os paleontólogos.
      Os carpóides são um grupo heterogéneo de animais com grandes
diferenças entre si. Eram bastante pequenos (entre 2 e 8 cm) tinham um
corpo dorso-ventral aplanado. Com tendência para a simetria bilateral e
viviam livres em zonas pouco profundas, tinham um apêndice “caudal”
que lhes permitia a deslocação na água, possíveis fixações ao fundo
marinho e auxilio na alimentação.
Equinodermes
      Alguns paleontólogos pensam que os carpóides são um elo de
ligação entre os invertebrados e os cordados primitivos, outros
consideram-nos verdadeiros cordados.
      Já estão extintos à mais tempo que as trilobites. Isso combinado com
a sua biologia única e a possibilidade de poderem ter conduzido a
evolução da vida até nós (cordados), faz destes animais um dos grandes
enigmas da evolução.
Carpóide movendo-se e alimentando-se no fundo marinho. Esquema
adaptado do trabalho de Ruta (1999)- "Brief review of the stylophoran
debate" publicado na revista Evolution & Development, 1:2, p.123-135
Catorze diferentes carpóides, em vista dorsal (esquemas da esquerda) e
ventral (esquemas da direita). A espécie representada em baixo do lado
esquerdo, chamada Mitrocystella incipiens ocorre em Valongo em rochas
com a mesma idade das de Canelas.
Cistóides
     Os cistóides eram animais de corpo esferóide ou em forma de saco
com cerca de 3 a 10 cm. Viviam agarrados ao fundo marinho e o corpo
estava revestido por placas calcárias de romboédricas. Estão extintos
desde o Paleozóico.




       Cistóide encontrado na formação rochosa que constitui a louseira
       de Canelas (Arouca). Na imagem o molde e o contra molde do
       animal. Notam-se, ainda, pormenores das placas calcárias que
       revestiam o animal
Mais um cistóide...
Cinco das seis classes de equinodermes e
uma hipótese para a árvore evolutiva do
filo, de acordo com o tratado
"Invertebrates" de Brusca & Brusca
(2003). Note-se que segundo alguns
cientistas os carpóides pertencem a um
grupo à parte, os homalozoários.
Cnidários
     Os cnidários são um filo de invertebrados marinhos caracterizados
por terem células urticarias. Quando excitado o animal liberta
bruscamente um filamento enrolado através do qual inocula veneno na
vitima/agressor. Estes animais não têm sistema circulatório nem órgão
claramente diferenciados. A Pseudoconularia foi um cnidário, parecido
com as actuais hidras, que viveu durante o Ordovícico. As conchas tinham
até 30 centímetros de "altura".
Gastrópodes
     Os gastrópodes são moluscos de água doce ou terrestres que
apareceram no inicio do Paleozoico. O género Sinuites, com cerca de 2 cm
(muito idêntico ao caracol actual), habitou no Ordovícico europeu, sendo
ocasionalmente encontrado na formação litológica que constitui a
louseira de Canelas.
Crinóide (1ª) e Sinuites (2ª) do Ordovícico. Exemplares encontrados na
zona de Valongo, na mesma formação rochosa que atravessa Canelas
em Arouca
Trabalho realizado por:
           • Fernando Bastos
           • Micael Silva
           • Pedro Santos
           • Pedro Silva

                    12º A
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  • 2. Jazida de Canelas A jazida paleontológica de Canelas é situada no percurso de Arouca a Alvarenga, nela encontram-se numerosos fosseis de diferentes espécies: trilobites, graptólitos, branquiópodes, bivalves, gastrópodes, cefalópodes, equinodermes e icnofósseis. O local é mais conhecido pelas trilobites gigantes (até 70 cm). Os fosseis encontrados na jazida remontam para espécies do período Ordovícico. Neste período os continentes estavam praticamente despromovidos de vida, não existindo plantas ou animais na terra. No entanto os mares eram o lar de numerosas espécies. Este período é conhecido pela rápida e sustentada diversificação biótica. Sendo que diversidade de formas marinhas tomou níveis muito altos.
  • 3. Jazida de Canelas Pensa-se que o clima terá sido quente, talvez devido ao efeito estufa, com intervalos glaciares. No final deste período existiu uma extinção em massa à semelhança de outros períodos. Um dos principais acontecimentos foi o aparecimento e a evolução de graptólitos planctónicos, fosseis importantes para a correlação estratigráfica.
  • 4. Jazida de Canelas Durante o Ordovícico houve um rápido movimento das placas tectónicas, tendo o polo sul migrado do norte de África para uma região na África central As trilobites aparecem no andar chamado Darriwiliano (4º andar do Ordovícico), este nome deriva de uma localidade australiana onde existem afloramentos com graptólitos, sendo que no final deste andar a diversidade dos mesmos ficou grandemente reduzida.
  • 5. Trilobites As trilobites eram artrópodes marinhos que viviam apenas nos mares do Paleozoico. A maioria vivia em ambientes pouco profundos, arrastando-se pelo fundo deixando por vezes marcas chamadas cruzianas (icnofósseis). Em Canelas os fosseis aparecem num estrato com cerca de 100 m de espessura.
  • 6. Trilobites As principais espécies de trilobites encontradas em Canelas são: Ectillaenus giganteus, Hungioides boehmicus, Neseuretus avus, Nobiliasaphus delesse, Ogyginus forteyi, Placoparia cambriensis, Retamaspis melendezi, Colpocoryphe thorali conjugens. Nem todas estas espécies tinham grande repartição geográfica. O gigantismo das trilobites deve-se em parte à dilatação associada com a deformação das rochas sedimentares. Curiosidade: o brasão de Canelas é um dos poucos brasões que contêm a representação de um fóssil.
  • 7. Mapa geológico do noroeste de Portugal onde se pode observar o sulco Dúrico-Beirão (alinhamento de cor preta que vai de Esposende até sudeste de Castro Daire).
  • 8. As trilobites são classificadas com base nas características morfológicas. Esta designação resulta do seu corpo estar dividido em três partes longitudinais. Existe uma divisão transversal também em três partes.
  • 9. Nesta trilobite é notório o desenvolvimento dos olhos (de natureza idêntica à dos insectos actuais) e a ornamentação do céfalo. Algumas trilobites, no entanto, eram desprovidas de olhos.
  • 10. Repartição no tempo das nove ordens e de algumas das principais famílias de trilobites.
  • 11. O surgimento, o apogeu, o declínio e a extinção das trilobites (escala vertical em milhões de anos).
  • 12. Trilobite da espécie Hungioides boehmicus (o fóssil da imagem é, segundo Manuel Valério proprietário da louseira, a nível mundial, provavelmente, o mais perfeito encontrado até hoje).
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  • 14. Alguns dos fósseis do Ordovícico da "pedreira do Valério", em Canelas, Arouca. Em cima à esquerda- Trilobite da espécie Ectillaenus giganteus (pormenor de placa com exemplares de 30 cm). Em cima à direita- Cruziana (pistas de locomoção de trilobites no fundo marinho; escala de 1 cm). Em baixo à esquerda- Braquiópodes do género Orthis. (com 5,5 cm de largura). Em baixo à direita- várias colónias de graptólitos.
  • 15. Graptolitos Para além das trilobites existe um outro grupo de fosseis também bastante importantes, os graptólitos. Os graptólitos são uma classe de pequenos animais marinhos coloniais do filo dos Hemicordados, componentes do macroplâncton dos oceanos do Paleozoico. Viviam a várias profundidas porém eram mais abundantes nas zonas ascendentes ao longo das margens continentais, alguns deles são flutuadores. As colonias tinham apenas alguns centímetros e os animais individuais cerca de 1mm ou menos. Viviam no interior de tubos, um esqueleto externo possivelmente formado por quitina.
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  • 17. Placa com graptólitos do género Monograptus, fósseis abundantes no período Silúrico. À direita dois esquemas (ampliados cerca de 50 x) das estruturas onde viviam os zoóides.
  • 18. Diferentes géneros de graptólitos que viveram no Silúrico e no Ordovícico. Em cima: Cyrthograptus, Rastrites, Monograptus, Diplograptus e Didymograptus. Em baixo: Phyllograptus, Tetragraptus (duas espécies) e Glossograptus. Os fósseis não se encontram todos à mesma escala.
  • 19. Pterobrânquios Em 1882 foi descoberto um grupo de animais chamados então de pterobrânquios, estes são o grupo actual mais parecido com os graptólitos. Medem entre 1 a 7mm e vivem em estruturas tubulares, agarradas ao fundo marinho. Segundo Noel Dilly os graptólitos são um grupo extinto de pterobrânquios. Colónia de Cephalodiscus densus. Largura da imagem cerca de 10 cm
  • 20. Equinodermes Para além dos dois grupos já falados existem mais grupos que se podem considerar raros. Três classes de equinodermes, um de cnidários e um gastrópode merecem referência. Os equinodermes são um filo de invertebrados com cerca de 7000 espécies com características primitivas, tendo aparecido no Pré-Câmbrico. Normalmente tinham estrutura pentaradiada, não tinham cabeça nem gânglios cerebrais, tinham no entanto órgãos sensoriais. Alguns aspectos da sua evolução parecem coloca-los mais próximos dos cordados que dos invertebrados. São divididos em seis classes: Crinoidea (Lírios-do-mar), Asteroidea (estrelas-do-mar), Ophiuroidea (estrelas quebradiças), Echinoidea (ouriços-do-mar), Holothuroidea (pepinos-do-mar) e Concentricycloidea (Margaridas-do-mar). Esta última foi registada muito recentemente e apresenta apenas 2 espécies descritas.
  • 21. Equinodermes Os carpóides e os cistóides são dois grupos que se separam dos equinodermes, são exclusivos do Paleozóico, tendo vivido principalmente no Câmbrico e no Ordovícico. Actualmente estes animais consideram-se pertencentes à classe dos crinóides porém esta classificação gera discussão entre os paleontólogos. Os carpóides são um grupo heterogéneo de animais com grandes diferenças entre si. Eram bastante pequenos (entre 2 e 8 cm) tinham um corpo dorso-ventral aplanado. Com tendência para a simetria bilateral e viviam livres em zonas pouco profundas, tinham um apêndice “caudal” que lhes permitia a deslocação na água, possíveis fixações ao fundo marinho e auxilio na alimentação.
  • 22. Equinodermes Alguns paleontólogos pensam que os carpóides são um elo de ligação entre os invertebrados e os cordados primitivos, outros consideram-nos verdadeiros cordados. Já estão extintos à mais tempo que as trilobites. Isso combinado com a sua biologia única e a possibilidade de poderem ter conduzido a evolução da vida até nós (cordados), faz destes animais um dos grandes enigmas da evolução.
  • 23. Carpóide movendo-se e alimentando-se no fundo marinho. Esquema adaptado do trabalho de Ruta (1999)- "Brief review of the stylophoran debate" publicado na revista Evolution & Development, 1:2, p.123-135
  • 24. Catorze diferentes carpóides, em vista dorsal (esquemas da esquerda) e ventral (esquemas da direita). A espécie representada em baixo do lado esquerdo, chamada Mitrocystella incipiens ocorre em Valongo em rochas com a mesma idade das de Canelas.
  • 25. Cistóides Os cistóides eram animais de corpo esferóide ou em forma de saco com cerca de 3 a 10 cm. Viviam agarrados ao fundo marinho e o corpo estava revestido por placas calcárias de romboédricas. Estão extintos desde o Paleozóico. Cistóide encontrado na formação rochosa que constitui a louseira de Canelas (Arouca). Na imagem o molde e o contra molde do animal. Notam-se, ainda, pormenores das placas calcárias que revestiam o animal
  • 27. Cinco das seis classes de equinodermes e uma hipótese para a árvore evolutiva do filo, de acordo com o tratado "Invertebrates" de Brusca & Brusca (2003). Note-se que segundo alguns cientistas os carpóides pertencem a um grupo à parte, os homalozoários.
  • 28. Cnidários Os cnidários são um filo de invertebrados marinhos caracterizados por terem células urticarias. Quando excitado o animal liberta bruscamente um filamento enrolado através do qual inocula veneno na vitima/agressor. Estes animais não têm sistema circulatório nem órgão claramente diferenciados. A Pseudoconularia foi um cnidário, parecido com as actuais hidras, que viveu durante o Ordovícico. As conchas tinham até 30 centímetros de "altura".
  • 29. Gastrópodes Os gastrópodes são moluscos de água doce ou terrestres que apareceram no inicio do Paleozoico. O género Sinuites, com cerca de 2 cm (muito idêntico ao caracol actual), habitou no Ordovícico europeu, sendo ocasionalmente encontrado na formação litológica que constitui a louseira de Canelas.
  • 30. Crinóide (1ª) e Sinuites (2ª) do Ordovícico. Exemplares encontrados na zona de Valongo, na mesma formação rochosa que atravessa Canelas em Arouca
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  • 32. Trabalho realizado por: • Fernando Bastos • Micael Silva • Pedro Santos • Pedro Silva 12º A Escola Básica e Secundária Ferreira de Castros