O Comitê Rio 2016 revelou que decidiu cortar 30% de seus gastos para evitar extrapolar o orçamento de R$7,4 bilhões e reduzir o risco de déficit. O Brasil voltará a ter 3 mil salas de cinema ainda neste mês. O Hospital Municipal de Mogi das Cruzes ampliou seu atendimento cirúrgico ginecológico.
1. Ano 3 - Edição 31
Mogi das Cruzes,
outubro de 2015
Distribuição gratuita
SETEMI NEWS
DESTAQUE
PÁGINA 2
Competência x deficiência: O desafio
da inclusão nas empresas
GERAL
SegundooDicionáriodeDire-
itos Humanos do Ministério
Público da União, inclusão
social quer dizer deixar de
excluir – seja por raça, orien-
tação sexual, gênero ou qual-
quer outra razão. No entanto,
isso não significa permitir que o
excluído se adapte, por mérito pró-
prio, ao sistema vigente, mas sim
exigir que o poder público e socie-
dade ofereçam condições necessá-
rias para acolher as especificida-
desdetodos.
Em meio à crise, Comitê Rio
2016 corta 30% de gastos
O Comitê Rio 2016 revelou que
decidiu cortar seus gastos em
30% para evitar extrapolar seu
orçamento, estimado em R$ 7,4
bilhões, e reduzir a chance de
incorrer em deficit – que segun-
do uma lei aprovada em 2009
teria que ser coberto pelo gover-
no federal, atualmente imerso
emcriseeconômica.
Deacordocomodiretordecomu-
nicações do Comitê Rio 2016,
Mário Andrada, o plano de cor-
tes, que abrange diferentes seto-
res e departamentos, será imple-
mentado para manter o equilí-
brio do orçamento dos Jogos
Olímpicos e Paralímpicos. O
total de R$ 38,7 bilhões para
organizar os Jogos está dividido
emtrêsfrentesorçamentárias.
SAÚDE
Uma doença rara e basica-
mente feminina, a linfangio-
leiomiomatose, mais conhe-
cida como LAM, não é facil-
mente diagnosticada e tem
sintomas muito parecidos
com os de outras doenças
pulmonares, como asma,
PÁGINA 5
bronquite e enfisema.
Segundo o pneumologista
Bruno Baldi, do Hospital
das Clínicas, em São Pau-
lo,atéseus colegasdeespe-
cialialidade muitas vezes
têm dificuldade para perce-
beroquadro.
CULTURA
PÁGINA 3
Há sete anos seguidos com
crescimento de bilheteria, o
mercado cinematográfico
brasileiro vai recuperar a marca
de 3 mil salas de exibição ainda
neste mês, afirmou o diretor-
presidente da Agência Nacional
doCinema(Ancine).
Ancine: Brasil voltará
a ter mais 3 mil salas
de cinema
PÁGINA 8
A Avaliação Nacional de Alfabeti-
zação (ANA) mostra que o maior
problema das crianças do 3º ano do
ensino fundamental é a matemática,
área na qual 57% mostraram um
nívelinadequadodeaprendizagem.
Hospital Municipal
amplia atendimento
e realiza novos proce-
dimentos cirúrgicos
O Hospital Municipal de Mogi
das Cruzes começou a realizar
cirurgias ginecológicas de
colocação de sling transobturató-
rio, técnica utilizada para o
tratamento de um problema
popularmente conhecido como
“bexigacaída”. PÁGINA 4
CIDADE
Doença rara e basicamente feminina, LAM
tem difícil diagnóstico
EDUCAÇÃO
Matemática é área mais preocupante
para alunos da alfabetização
PÁGINA 7
2. outubro de 2015
Em meio à crise, Comitê Rio 2016
corta 30% de gastos
SETEMI EDITORA
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2 SETEMI NEWS
DESTAQUE
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O Comitê Rio 2016 revelou que
decidiu cortar seus gastos em
30% para evitar extrapolar seu
orçamento, estimado em R$ 7,4
bilhões, e reduzir a chance de
incorrer em deficit – que segun-
do uma lei aprovada em 2009
teria que ser coberto pelo
governo federal, atualmente
imersoemcriseeconômica.
De acordo com o diretor de
comunicações do Comitê Rio
2016, Mário Andrada, o plano
de cortes, que abrange diferen-
tes setores e departamentos,
será implementado para manter
o equilíbrio do orçamento dos
Jogos Olímpicos e Paralímpi-
cos.
O total de R$ 38,7 bilhões para
organizar os Jogos está dividido
em três frentes orçamentárias:
Comitê Rio 2016 (verbas priva-
das, estimadas em R$ 7,4
bilhões - onde haverá cortes de
30%), Matriz de Responsabili-
dades (gastos com as instala-
ções olímpicas, orçados em R$
6,67 bilhões) e o plano de lega-
do (com as obras de infraestru-
tura prometidas ao COI, no
Iniciamos este mês alegres e
com grande expectativa, pois
caminhamos para o último tri-
mestre de 2015, ano este que
nos trouxe grandes oportunida-
des e também dificuldades, pois
enfrentamos atualmente uma
grande crise econômica e espe-
ramos em breve que essa fase
passe. Mas os cortes estão ai:
Rio 2016 já começou com cor-
tes de 30% afim de evitar defi-
cit. Os ingressos que já deveri-
am estar a todo vapor em suas
vendas estão muito aquém do
esperado. Nas notícias de nossa
cidade temos a ampliação de
atendimento cirúrgico e gine-
cológico no Hospital Municipal
de Mogi das Cruzes. Na pauta
de saúde uma notícia importan-
te: a LAM é uma doença de difí-
cil diagnóstico que ataca princi-
palmente as mulheres. E em
cultura uma boa notícia: cres-
ce o número de salas de cine-
maemnosso país.
Nãodeixedecurtirnossa pági-
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S
valordeR$24,6bilhões).
Para Mário Andrada, em meio
aoclimadecortesedecriseeco-
nômica no país, a população
não toleraria que o governo
arcasse com excessos do Comi-
tê. "O tempo de esbanjar aca-
bou. Precisamos ser criativos
nas maneiras de concretizar
estescortes",disse.
ALeiFederal12.035/2009auto-
riza "a destinação de recursos
para cobrir eventuais deficits
operacionais do Comitê Orga-
nizador dos Jogos Rio 2016" - o
que deixa claro o compromisso
dogovernofederalcomoComi-
tê Olímpico Internacional
(COI).
Segundo o diretor de comunica-
ções do Comitê Rio 2016, um
dos objetivos dos cortes é evitar
uma repetição da onda de pro-
testos vivida pelo país antes da
Copa das Confederações, em
2013, e durante a Copa do Mun-
do,em2014.
Embora os Jogos estejam
garantidos pelo acordo, firmado
em lei federal entre o governo e
o COI, o diretor de comunica-
ções disse que no atual
momento do país o uso de
recursos públicos para sanar as
finanças do Comitê seria uma
situação altamente indesejá-
vel.
Acredita-se que a decisão de
reduzir gastos tenha partido de
uma reunião de crise entre os
gerentes e a cúpula do Comitê
Rio 2016 nos últimos dias, e
que a situação é drástica a
ponto de pedir que arquivos
que possam ser lidos no com-
putadornãosejamimpressos.
Semanas atrás os organizado-
res já haviam anunciado que a
cerimônia de abertura dos
Jogos teria um orçamento mais
tímido - segundo o diretor Fer-
nando Meirelles, o equivalente
a cerca de 10% dos custos da
abertura dos Jogos de Londres,
em2012.
Andrada revelou que um dos
principais motivos por trás dos
cortes drásticos é a venda de
ingressos para o Rio 2016, que
até o momento está muito
aquém do esperado pelos orga-
nizadores.
3. outubro de 2015 3SETEMI NEWS
Ancine: Brasil voltará a ter 3 mil salas de
cinema ainda neste mês
S
CULTURA
Há sete anos seguidos com cres-
cimento de bilheteria, o merca-
do cinematográfico brasileiro
vai recuperar a marca de 3 mil
salas de exibição ainda neste
mês, afirmou o diretor-
presidente daAgência Nacional
do Cinema (Ancine), Manoel
Rangel. Na década de 70, o país
chegouater3,5milsalas.
"É uma franca recuperação",
disse Rangel, que apontou dife-
renças entre o parque exibidor
atual e o da época. "As salas de
cinema desse período eram
pouco confortáveis, com cadei-
ras duras e uma série de fatores
muito distantes do que é
o parque exibidor atual.
Hoje, temos 3 mil salas
de cinema, e a maior
parte é um parque exibi-
dor moderno, do último
tipo",comparou.
O crescimento do núme-
ro de salas de cinema ganhou
maior velocidade neste ano.
Segundo a Ancine, entre 2003 e
2010, o Brasil ganhava, em
média, 71 salas de cinema por
ano. A média subiu para 153
entre 2011 e 2014, e, em 2015, já
são 183 salas construídas até
setembro.
Com o incremento, aumentou o
número de salas de cinema
comerciais por habitante em
todas as regiões brasileiras. Em
2010, o país tinha 89 mil habi-
tantes para cada sala de cinema
comercial, proporção que caiu
para 68 mil habitantes/sala em
setembro deste ano. No Nordes-
te, a expansão foi mais expressi-
va, com variação de 201 mil
habitantes por sala para 127 mil.
No Norte, a queda foi de 165 mil
habitantes por sala de cinema
para 93 mil. O maior número de
salas por habitante ainda é
encontrado no Sudeste, onde há
52milpessoas porcinema.
No início deste mês aAncine e o
Ministério da Cultura apresen-
taram os resultados do Progra-
ma Brasil de Todas as Telas e
também as metas do segundo
ano do programa. De acordo
com a Ancine, o setor audiovi-
sual recebeu mais de R$ 1
bilhão em investimentos por
meiodessapolítica.
De acordo com a Ancine, foram
batidas as metas de produzir
300 longas-metragens e 400
séries/telefilmes, com a realiza-
ção de 306 e 433 obras desse
tipo. O Sudeste concentrou a
maior parte da produção, com
2 0 8 l o n g a s e 2 2 7 s é r i-
es/telefilmes, enquanto o Norte
contribuiu com 8 e 28, respecti-
vamente. O ministro da Cultu-
ra, Juca Ferreira, destacou que a
descentralização é gradual.
"Não se pode pensar em um
choque artificial em que o
governo impõe condições de
descentralização. A gente esti-
mula, disponibilizando recur-
sos, apoio técnico e definindo
que é uma política de longo pra-
zo",disse oministro.
4. Google Images
outubro de 20154 SETEMI NEWS
CIDADE
S
O 5º andar do Hospital Munici-
pal de Mogi das Cruzes foi pre-
parado para receber pacientes
de cirurgias ginecológicas e
outros procedimentos de saúde
damulher.
O Hospital Municipal de Mogi
das Cruzes começou a realizar
cirurgiasginecológicasdecolo-
cação de sling transobturatório,
técnica utilizada para o trata-
mento de um problema popu-
larmente conhecido como “be-
xiga caída” que, entre outras
consequências, causa a inconti-
nência urinária. O procedimen-
to foi iniciado neste
mês e completa o rol
de cirurgias realizadas
na área de saúde da
mulher.
“O início deste novo
procedimento cirúrgi-
co e da histeroscopia,
que estão sendo reali-
zados no Hospital
Municipal completa todas as
cirurgias ginecológicas que
havia se proposto a fazer dentro
do plano de trabalho”, explica o
secretário municipal de Saúde,
Marcello Delascio Cusatis, lem-
brando que, dentro da área de
saúde da mulher, estão excluí-
dos apenas as cirurgias oncoló-
gicas, que prosseguem sob a
responsabilidade do Hospital
LuziadePinhoMelo.
A totalidade do atendimento no
setor ginecológico no Hospital
Municipal de Mogi das Cruzes
somente foi alcançada com a
ativação dos 10 leitos da Unida-
de de Terapia Intensiva (UTI),
em abril deste ano. Portanto,
após cinco meses, o complexo
hospitalar está em condições de
atender de forma completa a
saúde da mulher de Mogi, no que
diz respeito ao setor cirúrgico
ginecológico.
O Hospital Municipal realiza
agora os seguinte procedimen-
tos: histerectomia abdominal e
vaginal; perineoplastia; e a reti-
radadetumoresbenignosdeová-
rio, nódulos benignos e cistos, e,
agora, a correção de "bexiga caí-
da". Todos estes atendimentos
são agendados por meio do Sis-
tema Integrado de Saúde (SIS)
daPrefeitura.
O médico ginecologista Danilo
Kfouri Ennes, coordenador da
equipe de cirurgia ginecológica
do Hospital Municipal, destaca
que o início da colocação de
sling transobturatório é um gran-
Hospital Municipal amplia atendimento
e realiza novos procedimentos cirúrgicos
de avanço no atendimento à
saúde da mulher em Mogi das
Cruzes. "Estas pacientes que
esperam pelo procedimento
nãotinhamparaondeir.
Nem mesmo os planos de
saúde liberam este tipo de
intervenção com frequência",
pois se trata de um material
caro e é muito difícil encontrar
umaunidadedesaúdequeacei-
tearcarcomas despesas.
Inicialmente, o Hospital fará
cinco colocações de sling tran-
sobturatóriopormês,compers-
pectiva de aumento para os
próximosmeses.
5. outubro de 2015 5SETEMI NEWS
Doença rara e basicamente feminina, LAM
tem difícil diagnóstico
S
SAÚDE
Uma doença rara e basicamente
feminina, a linfangioleiomio-
matose, mais conhecida como
LAM, não é facilmente diag-
nosticada e tem sintomas muito
parecidos com os de outras
doenças pulmonares, como
asma, bronquite e enfisema.
Segundo o pneumologista
Bruno Baldi, do Hospital das
Clínicas, em São Paulo, até seus
colegasdeespecialialidademui-
tas vezes têm dificuldade para
perceberoquadro.
No ano passado, quando foi
diagnosticada com a
doença aos 39 anos, a
bióloga Verônica Bor-
ges disse que toda a
família ficou assustada.
“Ficamostodosemcho-
que. Descobrir que se
tem uma doença pro-
gressiva e sem cura não
é fácil, ainda mais tendo
filhodenoveanos”,lembrou.
“Eu sentia um cansaço sem fim,
mas pensava que era estresse”,
contouVerônica.
Ela só buscou ajuda médica
quando começou a sentir dores
abdominais, fez uma tomografia
que pegou parte dos pulmões e o
especialista viu que havia algo
errado. Geralmente, a pessoa
com LAM procura ajuda médica
quando sente falta de ar, dor no
tórax ou nas costas. O diagnósti-
co é feito por tomografia com-
putadorizada do tórax e biópsia
do tecido pulmonar. “Ela pode
não sentir nada, às vezes vai
fazer uma radiografia, tomogra-
fia de tórax por qualquer motivo
e descobre que tem lesões
características no pulmão”,
disse Baldi.
Ele explicou que a LAM é um
tumor de multiplicação lenta,
que atinge principalmente
mulheres na faixa etária de 20 a
30anos.
“Em quem tem LAM ocorre
uma multiplicação de células
diferentes, que leva à obstrução
e lesão do pulmão e, eventual-
mente, pode estar associada a
lesõesemoutrosórgãos.
O especialista disse que a esti-
mativa é que de 400 e 500
mulheres tenham a doença no
Brasil.
Em alguns casos, a paciente só
precisa fazer o controle, com
exames a cada seis meses. Não
se sabe ao certo o que causa a
LAM e não existe cura mas, em
algumas mulheres, a progres-
são é muito lenta. Em outras,
no entanto, a doença inabilita
até para atividades rotineiras,
comotomarbanho.
Segundo Baldi, referência no
tratamento, cerca de 30% das
pacientes precisam de medica-
ção, as demais apenas fazem
controlesemestral.
A recomendação da Associa-
ção LAM do Brasil (Alambra)
para as pacientes é seguir o
mesmo estilo de vida saudável
recomendado a todos, inclusi-
ve praticar exercícios físicos.
Não é recomendado viajar para
lugaresondenãoháajudamédi-
ca por perto ou para regiões
muito altas, onde as bolhas do
pulmão tendem a se expandir,
podendo provocar a ruptura
agravandoasaúde.
7. outubro de 2015 7SETEMI NEWS
Competência x deficiência: O desafio da
inclusão nas empresas
GERAL
Segundo o Dicionário de Direi-
tos Humanos do Ministério
PúblicodaUnião,inclusãosoci-
al quer dizer deixar de excluir –
seja por raça, orientação sexual,
gêneroouqualqueroutrarazão.
No entanto, isso não significa
permitirqueoexcluídose adap-
te, por mérito próprio, ao siste-
ma vigente, mas sim exigir que
o poder público e sociedade
ofereçam condições necessári-
as para acolher as especificida-
desdetodos.
No caso da pessoa com defi-
ciência, isso quer dizer, por
exemplo, oferecer
rampas, elevadores e
banheiros acessíveis
para cadeirantes. Ou
piso tátil e lupas ele-
trônicas para pessoas
c o m d e fi c i ê n c i a
visual - recursos que
colocam a pessoa
com deficiência em pé de
igualdade com quem não tem
deficiência. Para os brasileiros,
entender esse conceito à pri-
meira vista complexo se tor-
nou imperativo no mês de
Julho por conta de uma nova
legislação. Segundo a procura-
dora regional da República
Eugênia Gonzaga, a legislação
anterior estava desencontrada
e havia incompatibilidades
com a Convenção da ONU
sobre Pessoas com Deficiên-
cia, da qual o Brasil é signatá-
rio desde 2008. A LBI é boa,
S
até mais avançada do que em
muitos países. Ela quase repete
a convenção da ONU. E ficou
bem mais clara", disse Gonza-
ga. Na esfera jurídica, a procu-
radora Eugênia Gonzaga expli-
ca por que ela e seus colegas
defendemquehajaumacota.
"No Brasil, temos grupos extre-
mamente excluídos, e só a cons-
cientização não basta. Por isso
defendemos cota. Mas ela não
pode vir sozinha. É importante,
para quem tem deficiência,
saber que não está lá para cum-
prir número", ressalta. "A pes-
soa quer oferecer sua capacida-
de."
8. Matemática é área mais preocupante para
alunos da alfabetização
outubro de 20158 SETEMI NEWS
EDUCAÇÃO
A Avaliação Nacional de Alfa-
betização (ANA) mostra que o
maior problema das crianças do
3º ano do ensino fundamental é
a matemática, área na qual 57%
mostraram um nível inadequa-
do de aprendizagem. “Em todas
as faixas é preocupante, mas
onde a preocupação é maior é
na matemática”, disse o ex
ministro da Educação, Renato
Janine, na apresentação dos
dados.
Para a avaliação de matemáti-
ca, o MEC dividiu a aprendiza-
gem em quatro níveis, sendo
que o primeiro e o segundo são
inadequados. “No pri-
meiro,acriançatemape-
nas o conhecimento que
traz de casa. No segun-
do, ela é capaz de fazer
operações, mas muito
simples. Nesse momen-
to, se ele não ler vai ter
dificuldadescomamate-
mática, já que precisa ler os
problemas para entendê-los”,
informou o presidente do Insti-
tutoAnísio Teixeira, Francisco
Soares. De acordo com o ex
ministro da Educação, o Brasil
tem uma alfabetização “insufi-
ciente”. No caso da área de
leitura, 22% das crianças ava-
liadas mostraram aprendiza-
gem inadequada. “Nesse nível,
o aluno sequer lê uma pala-
vra”,afirmou.
A terceira área avaliada pela
ANAfoi a escrita, na qual 34%
dos alunos têm nível inadequa-
do de conhecimento, ou seja,
S
alguns não conseguem escre-
ver, outros escrevem errado ou
escrevem apenas palavras, mas
não consegue formar textos.
“Esses dados são muito preocu-
pantes e exigem medidas
urgentes” sobre a avaliação.
Segundo Janine, cada área foi
divididaemníveisparaquepos-
sam ser elaboradas pedagogias
diferentes e direcionadas às
necessidades de cada grupo.
Esses dados vão indicar muito
bem aos responsáveis as inter-
venções que devem ser adota-
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