1) Sindicalistas da Europa e América Latina se uniram contra as políticas de austeridade em reunião no Panamá. 2) O documento final critica as orientações neoliberais que prevalecem na Europa e em alguns países da América Latina. 3) As entidades sindicais pedem medidas para promover o trabalho decente e políticas que criem empregos e redistribuam riqueza.
1. El movimiento s.
CSI – CSA
Américas Info nº 23
12 de dezembro de 2012
Américas Info
Confederaçâo Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas
Contra a austeridade
Sindicalismo europeu e latinoamericano unido contra a austeridade
Leia neste número:
Sindicalistas da Europa e América Latina e Caribe (LAC) uniram suas vozes
contra as políticas de austeridade. Foi no 6º Encontro Sindical ALC e União
Contra a 01 Europeia (UE), com a presença de 80 dirigentes sindicais de países dos
austeridade
dois lados do Atlântico.
Um balanço "O movimento sindical eurolatinoamericano considera necessário livrar-se
desfavorável para 02
das orientações neoliberais que até agora têm prevalecido na Europa e em
2012
muitos países da América Latina", adverte a declaração final da
Internet reunião.
03
ameaçada O documento é assinado em conjunto pela Confederação Sindical
Internacional (CSI), Confederação Sindical dos Trabalhadores das
Os salários e o
04 Américas (CSA) e Confederação Europeia de Sindicatos (CES).
crescimento
equitativo "Na Europa, está se
desmontando o modelo social
Dois passos
adiante, um 04 como uma suposta resposta
atrás para a crise. Mas na América
Latina e no Caribe não se
O Planeta em
perigo 05 aproveitou do crescimento para
gerar maior inclusão social na
Prêmio "Livres do 06 maioria dos países. Além disso,
Medo" o ataque aos direitos sindicais
não parou", lembrou Víctor
Prêmio aos
trabalhadores da 06 Báez, secretário-geral do
Walmart CSA.
União para apoiar
De acordo com as entidades é urgente tomar medidas para promover o
aos mineiros 06 trabalho decente, o desenvolvimento de políticas industriais para criar
mexicanos empregos e de políticas fiscais para redistribuir a riqueza.
"O que existem hoje são políticas de mal chamadas de austeridade porque
se pedem sacrifícios só para os mais fracos", disse a secretária-geral da
CES, Bernadette Segol.
"El são injustas porque atacam os salários, a proteção social e os acordos
coletivos, ao invés de enfrentar seriamente os problemas da equidade
fiscal, redistribuição e da luta contra a evasão e a fraude fiscal."
“Para Isabelle Hoferlin, coordenadora da CSI para as Américas,
aqueles que se beneficiam defendem o modelo capitalista com unhas e
dentes”.
"Eles são tão cínicos como para usar a tragédia do desemprego entre os
jovens como uma desculpa para ignorar os pais contratando seus filhos
com salários mais baixos e más condições de trabalho", advertiu Isabelle
Hoferlin.
As reivindicações sindicais serão apresentadas à 1ª Cúpula de Chefes de
Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e
Caribenhos (CELAC) e da União Europeia, que será realizada na capital
chilena, em 26 e 27 de Janeiro de 2013.
Diante das propostas que os governos são planejam adotar em janeiro
próximo, com foco no livre comércio, o movimento sindical foca suas
discussões sobre a proposta de Contrato Social para Europa,
presentada por la CES. Por su parte, la CSA está preparando una
Plataforma de Desarrollo Sustentable de las Américas. (CSI Prensa,
05.12.2012)
Américas Info 01
2. Dia dos Direitos Humanos:
Um balanço desfavorável para 2012
O 10 de dezembro é uma data importante para o movimento
operário, não só porque os direitos trabalhistas são direitos humanos,
mas porque garantir os direitos humanos para todos é a base da
justiça social e econômica.
Infelizmente, 2012 foi um ano muito difícil para os trabalhadores de
todo o mundo, muitos dos quais perderam a sua liberdade ou sua
vida nas mãos de seus governos, foram feridos ou mortos no trabalho
por culpa de empresas negligentes.
Panamá
Atualmente, o governo
panamenho está processando
nove sindicalistas em uma
tentativa geral de silenciar as
forças da oposição. Ao
mesmo tempo, um protesto
pacífico contra um projeto de
lei que permitiu a venda de
terras a uma área de livre
comércio foi reprimida com
violência policial brutal,
deixando quatro mortos e
centenas de feridos.
Em outubro, o Congresso do Panamá aprovou a Lei 72 que permite a
venda de terras da Zona Livre de Colón. De lá, os moradores da área,
organizações sociais e sindicais, reagiram rapidamente, pedindo, com
demonstrações, a revogação da lei e formando a Frente Ampla colonense
para resistir a vender suas terras, mas sofreram uma severa repressão.
Após a repressão violenta das manifestações, a repressão se estendeu
www.csa-csi.org para as casas, para a perseguição dos líderes e houve um cerco à cidade
de Colón, que ficou quase sem alimentos. O conflito se nacionalizou e
uma nova marcha foi reprimida com um saldo de quatro mortes.
Por sua vez, deve-se notar que o Panamá foi o único governo na região
que votou contra o reconhecimento do Estado palestino como um
observador na ONU.
Manifestações
A Confederação Sindical das Américas (CSA) fez uma
convocatória para que as centrais filiadas prestassem solidariedade
ao povo do Panamá e fizessem uma demonstração a favor da
garantia dos direitos fundamentais dos trabalhadores do país.
Primeiro as centrais enviaram cartas para o governo do Panamá,
rejeitando as políticas antissindicais adotadas pelo presidente
Martinelli.
Hoje, dia 10, em São Paulo, os cerca de 70 trabalhadores foram ao
Consulado do Panamá para protestar contra a difícil situação dos
trabalhadores panamenhos (foto). Entre os manifestantes estavam
representantes da CSA, da UGT (principalmente) e da CUT.
Na Bélgica, cerca de 20 representantes da CSI e dos sindicatos no
país protestaram em frente à embaixada do Panamá no país.
Também ocorreram manifestações nas embaixadas panamenhas na
Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Guatemala, México,
Nicarágua, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
Américas Info 02
3. Internet ameaçada
Preocupações crescentes quanto ao envolvimento da UIT na rede
Uma semana após o início da Conferência Mundial de Telecomunicações
Internacionais de Dubai, os sindicatos globais estão renovando suas
chamadas para o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, para
intervir a fim de proteger a integridade da Internet.
A Confederação Sindical
Internacional CSI sublinhou hoje
as suas preocupações sobre o fato
de que a reunião está se
concentrando na tentativa de impor
regras na Internet com o potencial
de minar a capacidade dos cidadãos
para organizar-se e fazer campanhas
www.csa-csi.org livre do controle do Estado.
Nos últimos dias, as propostas apresentadas pela Rússia, que dariam a cada
país o controle sobre a operação da rede nacional, foram incluídas no
"documento de compromisso".
Este documento proposto pela Presidência, os Emirados Árabes Unidos, com
o apoio da União Internacional de Telecomunicações (UIT), também
expande a jurisdição da UIT para incluir praticamente qualquer organização
que administre uma rede - empresas, bancos, universidades, fornecedores
serviços de Internet e organizações não governamentais - não só os
operadores de telecomunicações.
A proposta russa é derivada da adoção de novas regras da ITU para uma
poderosa tecnologia de rastreamento "inspeção profunda de pacotes" sem
salvaguardas adequadas para usuários de internet. A legislação foi concluída
dias antes da conferência, em uma sessão convocada pelas negociações da
UIT, que teve lugar nos bastidores, apesar das preocupações sobre a
privacidade dos usuários, expressas por um grande número de países,
liderados pela Alemanha.
"A ITU tachou as críticas de alarmistas, na véspera da conferência, mas o
encontro está acontecendo como temíamos", disse Sharan Burrow,
secretária-geral da CSI.
"A ITU está redobrando esforços para estabelecer novas formas de operação
executada dentro da rede, de modo que a atividade básica da internet e as
liberdades adquiridas na rede sejam radicalmente alteradas. A Conferência
da UIT está indo na direção oposta ao apelo Ban Ki-moon, em seu discurso
de abertura, em que ele tinha solicitado um processo transparente,
democrático e inclusivo para todas as partes interessadas”
"Nossa preocupação é que, se hajam mudanças no modelo, regimes
repressivos tenham mais oportunidades e sejam mais susceptíveis de limitar
as liberdades de seus trabalhadores na Internet quando da organização
política e trabalhista"
Cerca de 100 mil trabalhadores em todo o mundo assinaram várias
petições pedindo a ITU para rejeitar qualquer proposta que mude a
governança da rede e ultrapasse o atual modelo de múltiplos intervenientes.
A Sra. Burrow acrescentou que o Secretário-Geral das Nações Unidas deve
intervir pessoalmente para garantir que uma agência da ONU não exceda os
limites de seus poderes que consistem, em princípio, em regular os
protocolos para telefones e telegramas.
A CSI também pediu que Ban Ki-moon, para preencher as vagas no
importante fórum multilateral da própria ONU, o Fórum para a Governança
da Internet (FGI). "Equipado com os recursos adequados, o FGI tem que ser
o lugar para discutir temas de grande importância sobre a forma de
governar a Internet em uma forma verdadeiramente multilateral e
transparente, em vez da fechada ITU".
Américas Info 03
4. Informe Mundial sobre Salários 2012/2013:
Os salários e o crescimento equitativo
O crescimento dos salários continua abaixo do período anterior à crise
mundial e tem sido negativo nas economias desenvolvidas, mas
continua aumentando nas economias emergentes.
Os salários mensais (salários ajustados à inflação, também
conhecidos como salários médios reais) cresceram 1,2 por cento em
2011, diante de 3 por cento em 2007 e 2,1 por cento em 2010,
segundo o Relatório Mundial sobre Salários 2012/13. Estas cifras
seriam ainda mais baixas se fosse excluída a China.
Informe mundial “O informe mostra com clareza que a crise teve um forte impacto
sobre salarios sobre os salários e, por extensão, sobre os trabalhadores”, disse o
2012-2013 Diretor Geral da OIT, Guy Ryder. “Mas o impacto não foi uniforme”.
O relatório mostra grandes diferenças entre países e regiões. No
geral, os salários cresceram com maior força nas zonas com maior
crescimento econômico.
Enquanto os salários tiveram uma dupla queda nas economias
desenvolvidas, nas quais se prevê um crescimento de zero por cento
para 2012, os mesmos se mantiveram positivos durante toda a crise
na América Latina e no Caribe, na África e ainda mais na Ásia.
Desigualdades de gênero no mercado de trabalho:
Dos pasos hacia adelante, uno hacia atrás
www.csa-csi.org As taxas de desemprego das mulheres são mais altas do que as dos
homens em escala mundial e não se prevêem melhoras nos próximos
anos, segundo um relatório da OIT.
O relatório Tendências Mundiais de Emprego das Mulheres 2012
analisa as desigualdades de gênero em matéria de desemprego,
emprego, participação na força de trabalho, vulnerabilidade e
segregação setorial e profissional.
Em nível mundial, antes da crise, as diferenças entre homens e
mulheres em termos de desemprego e da relação emprego-população
se haviam atenuado. A crise reverteu esta tendência nas regiões mais
afetadas.
Nas economias avançadas, a crise parece haver afetado aos homens
nos setores que dependem do comércio mais do que as mulheres que
trabalham em saúde e educação. Nos países em desenvolvimento, as
Global
Employment
mulheres foram particularmente afetadas nos setores relacionados
Trends for Women com o comércio.
2012
“Embora as mulheres contribuam para a economia e a produtividade
em todo o mundo, continuam enfrentando muitos obstáculos que lhes
impedem realizar seu pleno potencial econômico. Isto não somente
inibe as mulheres, mas também representa um freio ao rendimento
econômico e ao crescimento”, declarou Michelle Bachelet, Diretora
Executiva da ONU Mulheres, que contribuiu com o relatório.
“Garantir a igualdade de oportunidades para mulheres e homens não
é somente uma medida justa, é também uma estratégia econômica
rentável”, acrescentou. (OIT Noticias, 11.12.2012)
Américas Info
04
5. O Planeta em Perigo
Prorrogações em Doha colocam o planeta e seus habitantes em
perigo
No encerramento da
conferência sobre
mudança climática em
Doha (Catar), os
www.csa-csi.org governos enviaram uma
mensagem clara para
os trabalhadores de
todo o mundo: o
impulso decisivo para
criar empregos verdes e
decentes vai ter que
esperar.
Sharan Burrow, secretária-geral da CSI, disse que, apesar da
pouca esperança que eu tinha colocado na conferência, o movimento
sindical estava convencido de que os recentes relatórios científicos e a
necessidade urgente de transformar as economias poderiam acelerar
o ritmo de negociações.
"Nós deixamos a conferência nos perguntando quando é que a
ambição voltará para a mesa de negociação. Em um planeta morto,
não haverá trabalho nem uma transição justa, com resultados como
estes", disse Burrow.
Em Doha, os governos concordaram em criar uma segunda
prorrogação para o cumprimento dos compromissos assumidos no
Protocolo de Quioto. Ainda assim, o número de países que aderiram à
mesma e à ambição global diminuiu conforme as conversas
progrediram na COP 18.
Os países que não aderiram ao Protocolo de Quioto II enfraqueceram
as chances de alcançar uma estrutura forte no futuro para combater a
mudança climática. As negociações de Doha não esclareceram como
os governos dos países desenvolvidos vão obter os 100 bilhões de
dólares alocados para o financiamento da luta contra as alterações
climáticas.
"Quanto mais esperarmos para definir metas ambiciosas para a
redução das emissões, a transição será mais injusta. Precisamos de
tempo para criar uma transição justa para adotar políticas sociais
necessárias para ajudar os trabalhadores a participar plenamente em
uma economia sustentável. As prorrogações dificultam a nossa tarefa,
tornando quase impossível fazê-la. Para ser justa, a transição deve
começar agora”, disse Burrow.
Como os empregos verdes e o planeta estão em jogo, o movimento
internacional de sindicatos está mobilizando os trabalhadores para
que sejam ouvidos e mudem a posição de seus governos sobre a
mudança climática antes de 2015, a data fixada como prazo para
aprovação do próximo acordo sobre o clima.
O movimento sindical internacional manifestou suas preocupações
sobre o tratamento que os trabalhadores migrantes recebem no Catar
aos delegados governamentais presentes nas discussões da ONU
sobre mudança climática.
"A 1,2 milhões de trabalhadores migrantes é negado o direito de
formar ou participar de um sindicato. Além disso, eles trabalham em
condições de escravidão moderna. O Catar deve fazer a coisa certa e
cumprir as normas internacionais do trabalho estabelecidas pela OIT,
um órgão da ONU”, concluiu Burrow.
Américas Info 05
6. Prêmio "Livres do Medo"
UNI outorga o prêmio "Livres do Medo" a sobreviventes das ditaduras
Dois colegas sindicalistas são testemunhas dos dias mais sombrios da
América Latina – uma testemunha emocional de parte das vítimas – e
receberam o Prêmio Livres do Temor
A Conferência de UNI Américas honrou Alicia Cadenas (uruguaia) e
Walter Larrea (da Argentina) com o Prêmio Livres do Temor pelo seu
www.csa-csi.org
trabalho assegurando que centenas de pessoas que morreram ou
desapareceram durante a era sombria da ditadura na América Latina
não sejam esquecidas.
CSA O Presidente de UNI Américas Rubén Cortina apresentou Alicia e Walter
e disse: “Os sindicatos não esquecem. Continuaremos levando os
Presidente:
responsáveis à justiça, não por vingança, mas para que a verdade seja
Hassan Yussuff
estabelecida. Os direitos dos trabalhadores fazem parte dos direitos
Presidente Adjunto humanos. Só podem florescer num mundo democrático pacífico.”
Julio Roberto Gómez Alicia disse: “Nós continuaremos buscando justiça para que nossos
companheiros que nossas companheiras que morreram ou
Secretário Geral
Víctor Báez Mosqueira desapareceram sejam lembrados. A vida é uma luta e a luta continua.”
Walter acrescentou: “As ditaduras arrasaram as fronteiras e
Secretário de Políticas espalharam sua doutrina pela região como um câncer. Os genocídios
Sociais
tinham um objetivo econômico e político – acabar com a resistência
Laerte Teixeira da
Costa
dos trabalhadores e estudantes para que os que estavam no poder
pudessem ficar com a riqueza das nações. Os que resistiram foram
Secretário de Política mortos, torturados ou simplesmente “desapareceram”. Há 30.000
Econômica e “desaparecidos” na Argentina unicamente.
Desenvolvimento
Sustentável Social UNI dá prêmio "Livres do Medo" aos trabalhadores da Walmart
Rafael Freire Neto Os trabalhadores da Walmart nos Estados Unidos foram reconhecidos por
sua bravura na defesa de seus direitos, ganhando o prêmio "Livres do
Secretaria de Políticas
Medo" na Conferência UNI Américas em Montevidéu
Sindicais e
Educação Foi apresentado um vídeo descrevendo a solidariedade dos trabalhadores
Amanda Villatoro do Walmart Brasil e Argentina, que viajaram para os Estados Unidos para
apoiar a greve que os trabalhadores do Walmart travaram no país por
melhores salários e respeito no local de trabalho.
Os trabalhadores norte-americanos da Walmart foram homenageados por
sua coragem, expressa na hora de defender seus direitos, ainda que
intimidados pela empresa. Eles testemunharam a diferença que fez para
Américas Info é o eles, contar o apoio dos trabalhadores Walmart de outros países através da
boletim informativo Aliança Sindical UNI Walmart, lançada em outubro de 2012, em Los
bimensal da Angeles.
Confederação
Sindical dos
Trabalhadores e
Trabalhadoras das
Américas.
CSA CSI
Rua Formosa, 367 -
4°andar - Centro
CEP 01049-000 São IndustriALL, LabourStart, Anistia Internacional e PRODESC
Paulo / SP - Brasil uniram forças para apoiar os mineiros mexicanos
Telefone:11-21040750
Sob a bandeira conjunta da IndustriALL, LabourStart, Anistia
Internacional e a ong mexicana PRODESC se lançou ontem uma
petição online condenando a demolição pela força de um acampamento
de protesto de trabalhadores no mina La Platosa (México), de
propriedade de Excellon.
Junte-se à petição e envie o seu protesto ao governador do Estado
local e ministro do Interior mexicano, porque destruíram e
queimaram o acampamento de protesto na manhã de 24 de
outubro com tratores e 180 bandidos armados, com a cumplicidade das
autoridades.
Américas Info 06