Sit 3 vol1 a pre historia sul americana brasileira e regional
Atlântida: Lendas, Teorias e Pistas de uma Civilização Perdida
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A Atlântida
"Culturalmente, a Atlântida serve de explicação para certos conhecimentos
existentes desde os tempos mais antigos, e que seriam mais facilmente explicados
se supuséssemos a existência de uma civilização mais antiga..."
" A civilização e o progresso humano, como podemos ver na Idade das Trevas
e em outros exemplos mais modernos, nem sempre evoluem continuamente. Às
vezes parecem hesitar, estagnar e até regredir."
" Se estivéssemos tentando desvendar alguns dos mistérios da pré-história,
quantos fatos a Atlântida poderia explicar!"
Charles Berlitz
Em "O Mistério da Atlântida"
Ed. Nova Fronteira
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Pelo fato de existirem centenas, se não milhares de teorias com relação a
Atlântida, iremos abordar somente algumas, talvez as mais importantes:
Atlântida: Lenda ou Realidade?
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"... contaram então a Sólon que ele e os demais gregos ignoravam tudo a
respeito dos períodos mais antigos da história da humanidade; e explicaram essa
ignorância pelo fato de catástrofes e terremotos haverem destruído os
monumentos onde os gregos gravaram seus feitos..."
Platão, no Timeu
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A lenda de Platão, o filósofo grego, foi preservada por pastores egípcios desde
o ano 400 a.C..
Ela descreve dois diálogos que se referem a uma viagem de Sólon ao Egito,
onde ele soube que os sacerdotes egípcios de Sais possuíam registros escritos
sobre "uma ilha continental além das Colunas de Hércules chamada Atlântida, o
centro de um grande e maravilhoso império" com uma grande população, cidades
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de telhados de ouro, frota e exércitos poderosos para invasão e conquistas. A
Atlântida é descrita como uma civilização avançada, um império de engenheiros e
cientistas, tão ou mais avançados tecnologicamente que a nossa civilização.
Segundo a lenda, desapareceu há cerca de 12 mil anos em meio a enchentes e
terremotos, forçando seus sobreviventes a se refugiarem por todo o mundo.
Há séculos exploradores e cientistas buscam em vão esta civilização perdida. A
maioria dos pesquisadores concorda com os estudos realizados no século XVII
pelo padre Kircher, o qual afirmou que o continente desaparecido situava-se a
oeste do estreito de Gibraltar, ou seja, submerso em algum lugar do Atlântico.
Porém, esta não é a única teoria...
Lendas de um Dilúvio
Sabemos que a tradição do dilúvio, pelo menos a lembrança dele, é comum a
todos os povos do mundo, com excessão dos polinésios. Esta mesma tradição,
narrada no Gênesis, era comum tanto aos babilônios, assírios, persas, egípcios,
gregos, italiano quanto às cidades-Estado da Ásia Menor - sem mencionar os
povos do Mediterrâneo, Golfo Pérsico, Mar Cáspio e até mesmo Índia e China.
Seria fácil explicar a propagação da história de um dilúvio e da "arca dos
escolhidos" na Ásia, pelas grandes rotas das caravanas. Porém, como explicar que
os nórdicos e os celtas tenham histórias semelhantes? Imagine então explicar a
semelhança entre as histórias dos povos americanos, as quais narram um dilúvio
e embarcações vindas do oriente...
É impressionante as características em comum entre todas as "lendas".
Vejamos algumas:
- De acordo com o que pode ser resgatado de antigos documentos astecas, o
México também foi visitado por Noé. Era conhecido como Coxcox, Teocipactli ou
Tezpi. Segundo os documentos, Coxcox se salvou junto com sua esposa num
barco, deixando a arca então no Monte Colhuacau. Pinturas retratando o grande
dilúvio foram encontradas entre os astecas, os mistecas, os zapotecas, os
tlascalanos e muitos outros;
- Os maias também deixaram gravados em hieróglifos crônicas, as quais
foram quase que totalmente destruídas pelos espanhóis durante as guerras de
conquista. Porém, seu conteúdo permaneceu vivo na memória das pessoas e foi
transcrito para uma crônica em latim. Essa crônica, entitulada Popol Vuh, retrata
um grande cataclisma e um dilúvio ocorrido em uma terra a qual era considerada
como sendo o paraíso na Terra;
- Os primeiros colonizadores da América do Norte deixaram relatos que as
tribos dos Grandes Lagos possuiam uma lenda a qual falava de uma grande
inundação e de um salvador, ou "Noé";
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- Os hopi sustentam que houve um lugar que for a destruído por conta da
violência e da corrupção e os iroqueses contam que apenas um homem, uma
mulher e um casal de cada raça animal se salvou;
- Na Colômbia, os índios chibchas possuem uma lenda que só difere da dos
gregos nos nomes empregados aos deuses. Ambas as lendas mencionam um deus
que sustentava os céus ( e às vezes a Terra ) e um grande dilúvio no qual as
águas teriam escorrido através de um buraco aberto na superfície da Terra;
- Os incas também possuiam a tradição do dilúvio. Há uma lenda inca que
conta que as chuvas teriam durado 60 dias e 60 noites, ou seja, 20 a mais do que
na Bíblia;
- A lenda de Tamandaré, dos índios guaranis, também retrata um dilúvio e a
salvação de um casal no alto de uma montanha;
- Há uma tradição que afirma que Quetzalcoatl, o deus branco dos astegas e
toltecas, voltou para o seu país no mar do leste, depois de haver fundado a
civilização tolteca. Esse mesmo deus era adorado entre os maias sob o nome de
Kukulkán.
Todas as lendas dos povos americanos coincidem com as lendas dos povos do
mediterrâneo, da África e da Ásia. Qual seria a explicação para isso então? Como
explicar que índios colombianos contem exatamente a mesma história que os
gregos?
A Atlântida na Bolívia
Baseando-se nas descrições do filósofo Platão o qual afirmou que a legendária
ilha encontrava-se "oposta às Colunas de Hércules" (Estreito de Gibraltar), Jim
Allen, um cartógrafo britânico, lançou uma teoria inédita sobre a localização da
Atlântida. Buscando um lugar que tivesse uma superfície plana o suficiente e
água em abundância, Jim identificou o altiplano da Bolívia, entre os lagos Titicaca
e Poopó como o lugar onde seria mais provável a Atlântida ter existido.
Porém, até agora, nada foi encontrado no lugar que fizesse referência à
Atlântida.
Uma Colônia Atlante
Na Idade do Bronze no Mediterrâneo, a civilização etrusca não resistiu aos
romanos, mesmo sendo detentora de carros e armas de bronze, desaparecendo.
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Esta cultura, habitante da Ligúria e cujo alfabeto ainda não foi decifrado, foi
identificada por Platão como sendo uma colônia da Atlântida.
Se realmente o foi, talvez nunca venhamos a saber.
Sobreviventes Biológicos
Quando chegaram ao México, os espanhóis foram informados que os astecas
tinham vindo de uma terra no mar, chamada Aztlán. Os espanhóis se conveceram
então de que os astecas eram descendentes de habitantes da Atlântida. O próprio
nome asteca significa "povo de Az", ou Aztlán ( os astecas costumavam
denominar-se Tenocha ou Nahua ).
Lendas preservadas durantes muitos séculos entre os astecas, maias,
toltecas, chibchas, aymarás, quíchuas e tribos da América do Central afirmavam
que homens brancos viam do leste para ensinar-lhes as artes da civilização e
depois partiam, prometendo voltar.
Também na América do Norte foram achadas estátuas e baixos relevos de
homens brancos ou negros (não índios) vestidos com roupas muito semelhantes
às usadas no mundo mediterrâneo. Exemplo disso são as enormes cabeças de
pedra encontradas em Três Zapotes com traços e feições da raça negra assim
como as estátuas da cultura olmeca. Estátuas e cerâmicas da cultura maia
representando homens brancos com nariz semita, roupas sapatos e elmos
completamente diferentes dos usados pelos maias são mais provas de que
perdemos algo de nossa história.
Documentos dos conquistadores espanhóis relatam índios brancos e negros
assim com ameríndios de cabelos ruivos. Dos últimos, restaram as múmias
peruanas. Assim sendo, afirmar que todos os índios americanos são descendentes
dos asiáticos é, no mínimo, uma super-simplificação. Um estudioso do assunto,
fez há alguns anos um comentário que faria marcas profundas em todas as
teorias sobre este assunto; ele observou que em sua aparente migração da Ásia
para as américas através do Estreito de Bhering, nenhum dos povos asiáticos
trouxe consigo seus animais domésticos. O único animal doméstico encontrado
pelos espanhóis foi um cachorro, ancestral do Chihuahua, uma raça puramente
mexicana.
Quanto a essa afirmação, qualquer um poderia retrucar perguntado sobre os
animais comuns nos dois continentes, no que eu responderia - seria possível esses
homens que migraram para as américas trazerem consigo crocodilos, macacos,
veados, leopardos, lobos, panteras e ursos - sem contar algumas espécies de
algas e corais as quais com excessão de algumas ilhas perto do continente
americano, só existem do outro lado do mundo?...
Certamente existiu alguma "ponte" no meio do(s) oceano(s) por onde estes
animais puderam passar e que hoje se encontra submersa. Se assim o foi, não
teriam os homens que aqui chegaram utilizado o mesmo caminho?
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Podemos então pensar que toda (ou quase) a fauna das ilhas do Atlântico -
moluscos, crustáceos, borboletas, coelhos, bodes, focas e até pessoas são
sobreviventes biológicos isolados nos picos de montanhas de um continente há
muito afundado?
Uma análise genética dessas pessoas isoladas há gerações nestas ilhas
"perdidas" do Atlântico talvez possa trazer alguma luz sobre o assunto.
O Nacionalismo Influenciando as Pesquisas
Existem estudiosos e estudiosos. Há os que levam seus estudos realmente a
sério, não se deixando influenciar por preceitos, crenças religiosas ou pela
"comunidade científica", os quais independente do resultado e das conclusões que
chegam, e do que os outros (cientistas) possam pensar, estanto certos ou não,
divulgam o resultado real de suas pesquisas. A estes podemos considerar que se
guiaram e foram influenciados por fatores dignos. Porém, há aqueles que por
razões próprias, tendem a levar seus estudos, para um lado não ético e por vezes
até absurdo.
Com relação a Atlântida, podemos dizer que existem centenas, se não
milhares de teorias completamente diferentes e divergentes entre si. Ao
estudarmos teorias modernas sobre a Atlântida e sua localização, percebemos o
caráter um tanto "nacionalista" de algumas investigações principalmente no
século XX.
Durante este século, observamos arqueólogos espanhóis tentando encontrar a
Atlântida na Espanha e na África Espanhola e exploradores franceses tentando
encontrá-la na França e na África Francesa. Muitos destes exploradores chegaram
até a declarar que a Atlântida teria sido na própria França.
A Catalunha também foi indicada como possível localização por um estudioso
catalão enquanto que Portugal também foi declarado como sendo a localização
da Atlântida por um especialista português.
Temos muitos outros casos, como Criméia pelos russos, ou no Mar do Norte,
em Mecklenberg, por alemães, na Irlanda por irlandeses e Inglaterra por ingleses,
na Venezuela por um venezuelano e em Upsala, na Suécia, por um estudioso
sueco.
Estes tipos de afirmações sem fundamentos, guiadas unicamente por razões
próprias, tendem a desacreditar os cientistas sérios, que levam a cabo suas
pesquisas baseados em crenças ou fatos fidedignos, fatores sérios, e não por
alguma razão pessoal qualquer.
Conhecimentos Perdidos
A nossa astronomia moderna é considerada motivo de orgulho para todos nós.
É dito que chegamos a um nível tecnológico nunca antes atingido. Equipamentos
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eletrônicos nos ajudam a enxergar planetas e suas luas a milhões de quilômetros
no universo, calcular suas órbitas e fazer previsões astronômicas. Tudo isso
graças a uma invenção relativamente recente: o telescópio.
Mas se o telescópio é tão recente, como explicar o conhecimento dos antigos
sobre a trajetória de Urano e que em seu caminho, ele encobre seus satélites? De
onde Dante Alighieri teria retirado sua referência ao Cruzeiro do Sul, duzentos
anos antes de qualquer europeu tê-lo visto?
Como explicar o descobrimento de uma lente cristalina no local de escavações
em Nínive, capital da antiga Assíria, representando uma civilização que existiu
mil e novecentos anos antes do surgimento das lendas modernas?
E o computador marítimo grego de Antikythera, achado num navio
naufragado no fundo do Egeu, em 1900, junto com uma estátua de bronze de
Poseidon, atualmente, no museu de Atenas? Sua utilizade não foi entendida de
momento, mas depois de limpo e estudado, tal não foi o espanto dos cientistas
quando descobriram que o aparelho possuía um sistema de engrenagens que
formava uma espécie de régua de cálculo para orientação nas navegações.
Outro fato o qual chama a atenção é o mistério do advento da civilização
egípcia. A primeira dinastia, aproximadamente 3200 a.C. passou de uma cultura
neolítica para uma cultura adiantada - quase que da "noite para o dia".
Descobriu-se ainda que os egípcios já conheciam e praticavam cirurgias
(incluindo-se cirurgias cerebrais!) além de possuírem conhecimentos sobre como
curar fraturas expostas etc, o que nos faz pensar que a medicina moderna não é
tão moderna assim...
De onde os egípcios teriam tirado toda a sua tecnologia e conhecimentos?
E há também o Mapa de Piri Reis...
Há de se supor que houve um ponto convergente para todo esse conhecimento
perdido...
Regressão Cultural
Quando estudamos as civilizações antigas, alguns achados nos levam a crer
certas culturas terias "esquecido" ou "regredido" em termos de conhecimento e
cultura.
Um exemplo clássico é a crença comum de que os ameríndios e os maias, os
quais possuíam conhecimentos matemáticos avançadíssimos, como o
conhecimento e utilização do zero em cáculos cronológicos e astronômicos com
incrível precisão, não conheciam a roda. Porém, esta crença foi abalada quando
do decobrimento de brinquedos de roda antigos. Seria possível que toda uma
civilização tivesse esquecido o uso da roda?
Outro fato intrigante é o mistério da aparente regressão cultural do Império
Inca. Os predecessores dos incas eram capazes de edificar construções com
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enormes blocos de pedras que se encaixavam perfeitamente. Tais blocos eram
ainda maiores que os utilizados pelos egípcios em suas pirâmides.
Como seria possível que um "povo primitivo" pudesse cortar e transportar
esses gigantescos blocos, levando-se em conta, além de tudo, o relevo acidentado
da região? E porque a cultura inca não absorveu todos esses conhecimentos
fantásticos e se desenvolveu a partir deles?
A Atlântida no Atlântico
Como sabemos, o Atlântico é a localização mais provável e aceita pela maioria
dos estudiosos - desde a publicação de Mundus subterraneus, do padre Kircher,
no século XVII.
No último século, incontáveis pesquisas foram realizadas e vieram a confirmar
que de fato, uma enorme ilha existiu no Atlântico Norte, a oeste do Estreito de
Gibraltar, ou colunas de Hércules.
Neste ponto do globo, o solo se encontra mais próximo da superfície, com uma
profundidade média de apenas 3000 metros. Há algumas elevações e cumes
abruptos, indicando ainda não terem sofrido intensamente os efeitos da erosão,
quer seja na água, quer seja no ar, já que alguns desses cumes chegam à
superfície formando as Canárias, Açores e a Madeira.
O solo da região é formado por rochas de cor preta, branca e vermelha, o que
nos faz voltar a Platão,o qual afirmou que "as montanhas da Atlântica eram de
rocha preta, branca e vermelhas".
Edgard Cayce e a Atlântida
Edgard Cayce - o profeta adormecido -, previu em 1940 que cerca de 28/29
anos depois, ou seja, em 1968/69, um templo da Atlântida viria a superfície
próximo a Bimini. Tal não foi a reação da imprensa e dos meios científicos quando
em 1968, assim como havia sido previsto por Cayce, diversas construções
submarinas começaram a aparecer nas proximidades de Bimini.
Ao descrever a Atlântida, Cayce disse que a parte afundada estava localizada
no fundo do Oceano perto das Bahamas e que estas constituíam os picos da ilha
afundada de Poseidia. Cayce afirmou também que as terras próximas a Bimini,
seriam as terras mais altas do continente afundado. A isso junta-se o fato de ao
sul deste ponto haver um abismo de cerca de 18 mil pés (aproximadamente 5400
metros) de profundidade.
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Outras ruínas submarinas posteriormente encontradas, próximas a outras
ilhas do Caribe, incluindo o que parece ser uma cidade inteira submersa perto da
costa do Haiti e outra ainda, no fundo de um lago. Ainda em 1968, foi descoberta
uma espécie de estrada submarina, ao norte de Bimini, desaparecendo nas
profundezas do mar.
Pesquisas estão sendo levadas a cabo, para descobrir se as ruínas são dos
Maias ou se fazem parte realmente dos feitos de uma outra e mais antiga
civilização.
A Resposta da Comunidade Científica às Afirmações de Cayce
Como a pesquisa psíquica ainda não é considerada como uma fonte fidedigna
pela "Ciência", estes estudos e teorias conseguem no máximo a resposta "sem
comentários" por parte das comunidades arqueológicas ou científicas.
O Fim da Civilização Atlante Segundo Cayce
Segundo Edgard Cayce, o fim da civilização atlante deu-se devido a fatores
como descontentamento do povo, escravidão dos trabalhadores e "misturas"
(entre homens e animais), sacrifícios humanos, adultério, fornicação generalizada
e mau uso das forças da natureza.
Mais Sobre a Atlântida
Quando chegaram ao México, os espanhóis foram informados que os astecas
tinham vindo de uma terra no mar, chamada Aztlán. Os espanhóis se conveceram
então de que os astecas eram descendentes de habitantes da Atlântida. O próprio
nome asteca significa "povo de Az", ou Aztlán (os astecas costumavam denominar-
se Tenocha ou Nahua).
Lendas preservadas durantes muitos séculos entre os astecas, maias, toltecas,
chibchas, aymarás, quíchuas e tribos da América do Central afirmavam que
homens brancos viam do leste para ensinar-lhes as artes da civilização e depois
partiam, prometendo voltar.
Também na América do Norte foram achadas estátuas e baixos relevos de
homens brancos ou negros (não índios) vestidos com roupas muito semelhantes
às usadas no mundo mediterrâneo. Exemplo disso são as enormes cabeças de
pedra encontradas em Três Zapotes com traços e feições da raça negra assim
como as estátuas da cultura olmeca. Estátuas e cerâmicas da cultura maia
representando homens brancos com nariz semita, roupas sapatos e elmos
completamente diferentes dos usados pelos maias são mais provas de que
perdemos algo de nossa história.
Documentos dos conquistadores espanhóis relatam índios brancos e negros
assim com ameríndios de cabelos ruivos. Dos últimos, restaram as múmias
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peruanas. Assim sendo, afirmar que todos os índios americanos são descendentes
dos asiáticos é, no mínimo, uma super-simplificação. Um estudioso do assunto,
fez há alguns anos um comentário que faria marcas profundas em todas as
teorias sobre este assunto; ele observou que em sua aparente migração da Ásia
para as américas através do Estreito de Bhering, nenhum dos povos asiáticos
trouxe consigo seus animais domésticos. O único animal doméstico encontrado
pelos espanhóis foi um cachorro, ancestral do Chihuahua, uma raça puramente
mexicana.
Quanto a essa afirmação, qualquer um poderia retrucar perguntado sobre os
animais comuns nos dois continentes, no que eu responderia - seria possível esses
homens que migraram para as américas trazerem consigo crocodilos, macacos,
veados, leopardos, lobos, panteras e ursos - sem contar algumas espécies de
algas e corais as quais com excessão de algumas ilhas perto do continente
americano, só existem do outro lado do mundo?...
Certamente existiu alguma "ponte" no meio do(s) oceano(s) por onde estes
animais puderam passar e que hoje se encontra submersa. Se assim o foi, não
teriam os homens que aqui chegaram utilizado o mesmo caminho?
Podemos então pensar que toda (ou quase) a fauna das ilhas do Atlântico -
moluscos, crustáceos, borboletas, coelhos, bodes, focas e até pessoas são
sobreviventes biológicos isolados nos picos de montanhas de um continente há
muito afundado?
Uma análise genética dessas pessoas isoladas há gerações nestas ilhas
"perdidas" do Atlântico talvez possa trazer alguma luz sobre o assunto.
Outras Referências
Alguns críticos ao longo da história insinuaram que a Atlântida só é lembrada
por causa de Platão. Sendo isto verdade ou não, não há como negar o impacto
que esta narrativa teve e tem em nossas vidas ao longo da história.
No entanto, existem outros relatos referenciando a Atlântida que merecem
destaque:
- Homero (sec VIII a.C.) em sua Odisséia, refere-se a Scheria, uma ilha afastada
no oceano, que ficava depois das Colunas de Hércules a oeste, onde viviam os
faécios, "os mais famosos homens"... Faz também uma outra referência à cidade
de Aleino, a qual segundo suas descrições, lembra em muito a Atlântida de
Platão;
- Também em sua Odisséia, Homero se refere a duas tribos, uma chamada
Atarantes e a outra Atlantes a qual o nome derivada de uma montanha cônica e
arredondada chamada Atlas. Dizem que era tão alta, que seu cume nunca
poderia ser visto, pois as núvens jamais o permitiriam;
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- O escritor e sacerdote egípcio Manetho fornece a indicação de que a data em
que os egípcios mudaram seu sistema de calendário ocorreu na mesma época em
que Platão indica o afundamento da Atlântida, há onze mil e quinhentos anos
atrás;
- Consta que existe um registro o qual descreve uma expedição enviada por
um faraó da Segunda Dinastia para descobrir o que aconteceu à Atlântida e
descobrir se ainda restara alguma coisa. Segundo o que pode ser levantado, a
expedição voltou cinco anos depois, sem cumprir a missão;
- Tucídides (460 - 400 a.C.) nas Guerras do Peloponeso descreveu terremotos e
inundações as quais destruíram cidades e ilhas e menciona uma terra a qual
também fora atingida chamada Atalante;
- Os gauleses, habitantes da antiga Gália, acreditavam que haviam sofrido
invasões de um povo cuja terra natal era uma ilha a qual afundara no meio do
oceano;
- Um manuscrito entitulado A Respeito do Mundo e atribuído a Aristóteles
evidencia a crença em outros continentes;
- Diodoro Siculus, o Siciliano (século I a.C.), dentre outras afirmações e
registros, descreveu a Atlântida como uma "ilha de tamanho considerável e
situada no oceano a uma distância de alguns dias de viagem da Líbia (entende-se
Líbia a África conhecida até então) para o oeste e cujo povo era chamado Atlatioi.
E mais dezenas de outros registros de historiadores famosos assim como
Heródoto (século V), Apolodoro (século II), Teoponipos (século IV a.C.), Tertuliano
(160 - 240), Philo Judaeus (20a.C. - 40 a.D.), Aelius (Claudius Aelianus - século III).
Como podemos ver, era crença comum os habitantes do antigo mundo
mediterrâneo acreditar no afundamento de uma grande ilha continente a oeste
dali e também em invasões e dominações de um povo mais desenvolvido.
As lembranças da Atlântida estão presentes em todos os povos do mundo, com
excessão da Polinésia. Isso não se pode ignorar!
Provas Deixadas Pelo Homem
Como explicar semelhantes idiomas, ferramentas, técnicas de construção,
tecnologias e desenhos tanto na Ásia e Europa, quanto nas Américas?
Só podemos supor que havia alguma ligação por terra entre estes continentes
e que alguma civilização bastante evoluída habitou estas terras dando origem à
diversas civilizações como os egípcios, os antecessores dos maias e astecas, os
mesopotâmios e outros.
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Os cientistas ortodoxos tendem a negar a existência de tal civilização, mas
como explicar a semelhança de um gigantesco número de palavras do idioma
basco com as línguas dos antigos habitantes do continente americano? Como
explicar a inegável semelhança entre os tipos físicos dos bascos e dos maias e
incas?
Podemos citar ainda milhares de outras semelhanças:
- Um dos principais símbolos místicos que habitou os Andes (antes dos incas e
maias), a cruz gamada, pertencia também ao misticismo dos árias;
- Também os costumes, lendas e religiões dos povos americanos tem notável
semelhança com os correspondentes euro-asiáticos;
- Tanto os aquedutos incas quanto os da Ásia Menor tem o mesmo desenho, e
a conhecida pirâmide escalonada do Egito também pode ser encontrada na
arquitetura pré-colombiana da América;
- Nos EUA foram encontrados um túmulo pré-colombiano em forma de elefante
- em Wisconsin, e uma flauta também em forma de elefante/mamute em Iowa;
- Em Palenque, na península de Yucatán, também foram encontradas
máscaras de elefantes de baixo relevo;
- E o que falar sobre as incríveis imagens as quais só podem ser vistas do ar -
e de desenhos riscados no chão localizados em Avebury, na Cornuália, também só
visíveis do alto.
Na região de La Esmeralda - no Equador - foram encontradas provas de que
uma civilização super avançada ali viveu. Na região foram encontrados um
espelho côncavo de curva perfeita, indicando que os que ali viveram tinham vasto
conhecimento e domínio sobre os conceitos da matemática. Também foram
encontradas estatuetas com incrível nível de detalhes, representando homens
negros, caucasianos, egípcios, semitas, maias e outras raças desconhecidas,
provavelmente extintas.
É bem provável, para não dizer certo, que os atlantes e esta civilização de
mais de 13 mil anos, mantivessem laços culturais fortes e assim trocassem
conhecimento sobre o resto do mundo.
Algumas descobertas chegam a ser muito desconcertantes, como os
brinquedos de rodas do antigo México e os diversos ossos de mamutes, elefantes,
leões, tigres, camelos e cavalos primitivos encontrados em toda a América,
apesar de nenhum desses animais ali existir quandoos espanhóis chegaram.
Seria praticamente impossível prolongar a lista de semelhanças e
"coincidências". Ela sobe à casa dos milhares, mas bastam alguns casos para
levantar a ponta do mistério.
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O Fim da Atlântida
O que da Atlântida sobrou? Teriam todos os atlantes perecido numa única
noite?
Parece que os atlantes possuíam muitas colônias e seus domínios se extendiam
por quase todo o mundo. Porém, muito pouco, até onde sabemos, sobrou desta
civilização.
No entanto, a cultura atlante deixou uma marca tão profunda na nossa
história, que hoje, aproximadamente 12 mil anos depois de seu desaparecimento,
ainda podemos reconstituir esses fatos e levantar hipóteses em torno deles.
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"Culturalmente, a Atlântida serve de explicação para certos conhecimentos
existentes desde os tempos mais antigos, e que seriam mais facilmente explicados
se supuséssemos a existência de uma civilização mais antiga..."
" A civilização e o progresso humano, como podemos ver na Idade das Trevas
e em outros exemplos mais modernos, nem sempre evoluem continuamente. Às
vezes parecem hesitar, estagnar e até regredir."
" Se estivéssemos tentando desvendar alguns dos mistérios da pré-história,
quantos fatos a Atlântida poderia explicar!"
Charles Berlitz
Em "O Mistério da Atlântida"
Ed. Nova Fronteira
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Pelo fato de existirem centenas, se não milhares de teorias com relação a
Atlântida, iremos abordar somente algumas, talvez as mais importantes:
- Lenda ou Realidade?
- Lendas de um Dilúvio
- Atlântida na Bolívia
- Colônia Atlante
- Sobreviventes
- Nacionalismo Influenciando as Pesquisas
- Conhecimentos Perdidos
- Regressão Cultural
- Atlântida no Atlântico Novo!
- Edgard Cayce e a Atlântida Novo!
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- Mais Sobre a Atlântida Novo!
- Outras Referências Novo!
- Provas Deixadas Pelo Homem Novo!
- O Fim da Atlântida Novo!
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Você sabia...
- que na idade média, os irlandeses tinham tanta certeza da existência da
"Ilha de São Brendan" (como era chamada por eles), que foram realizadas 6 (seis)
expedições a fim de encontrá-la, além de tratados para dividi-la quando assim a
fosse?
- que existe uma espécie de roedor norueguês, chamado lemo, que quando
sua população cresce excessivamente, eles atravessam o país até chegar ao mar,
nadando para o oeste? Lendas locais afirmam que os lemos tentam nadar para
uma terra que existia a oeste, onde havia comida em abundância.
- que os pássaros migratórios que cruzam o oceano da Europa para a
América do Sul, quando se aproximam dos Açores, começam a voar em círculos
concêntricos, como se procurassem uma terra onde estivessem acostumados a
pousar para descançar e se alimentar? Não a encontrando, seguem viajem. Isso
também acontece na viajem de volta.
- Que existem na Bretanha antiqüíssimas "avenidas" de menires as quais
descem pelo litoral do Atlântico e continuam sob o mar? Alguns estudiosos
acreditam que estas devam levar à cidades gaulesas que agora jazem sob o
mar... sera??!!