O documento descreve o movimento artístico Dadaísmo na Europa, que surgiu na Suíça durante a Primeira Guerra Mundial como protesto contra a guerra. O Dadaísmo rejeitava regras estéticas e enfatizava o absurdo, o acaso e a desordem. Seus expoentes criticavam a irracionalidade da guerra e do capitalismo e defendiam que qualquer combinação artística poderia gerar beleza. O movimento influenciou depois o Modernismo brasileiro.
3. A “Belle Époque”
• pluralidade de tendências filosóficas,
científicas, sociais e literárias;
• transição pre-vanguardista;
• origem dos inúmeros “ismos” que
marcarão todas as artes do século XX.
4. • culto à modernidade, às propostas e
descobertas científicas e tecnológicas;
• falta de técnicas e teorias estéticas que
correspondessem à realidade do novo mundo
que começava a surgir.
5. 1914: ” A Europa era uma pilha de espadas em
equilíbrio precário, e não se podia puxar uma
sem mover as outras.” Eric Hobsbawm
7. • Letalidade das armas de guerra cria um cenário
de horror na Europa.
8. Suíça, 1916, Cabaret
Voltaire em Zurique, às
vésperas da batalha de
Verdun, cinco
intelectuais se reúnem e
iniciam o movimento
Dada, como uma forma
de terrorismo
cultural, uma clara
manifestação contra o
non sense da guerra, a
falta de lógica da
humanidade.
9. A proposta Dadaísta:
• pôr abaixo as instituições
estabelecidas;
• criticar a irracionalidade
da guerra e do capitalismo;
• denunciar saturação
cultural, social e política;
• defender a ideia de
que qualquer combinação
inusitada promove um
efeito estético mais
verdadeiro, mais autêntico
que uma obra “pensada” ou
formulada dentro de um
determinado estilo
preestabelecido.
10. “Eu redijo um manifesto e não
quero nada, eu digo portanto certas
coisas e sou por princípios contra
manifestos (...). Eu redijo este
manifesto para mostrar que é
possível fazer as ações opostas
simultaneamente, numa única
fresca respiração; sou contra a
ação pela contínua contradição,
pela afirmação também, eu não sou
nem para, nem contra e não explico
por que odeio o bom-senso”.
Os 5 do Cabaret Voiltaire:
Tristan Tzara
11. Hugo Ball e Hans Arp
“Dada não fala, Dada não tem ideias
fixas, Dada não apanha-moscas (…)
Dada faz mais vítimas num ano que a mais
sangrenta das batalhas.
Dada existiu sempre. A Santa Virgem já era
dadaísta.”
Dada nunca tem razão.”
Os verdadeiros Dada são contra Dada.”
DADÁ NÃO SIGNIFICA NADA
Se o consideramos fútil e se não queremos
perder nosso tempo com uma palavra que
não significa nada... O primeiro
pensamento que vem a essas cabeças é
de ordem bacteriológica: encontrar sua
origem etimológica, histórica ou
psicológica, pelo menos.
12. Marcel Janco e Richard Huelsembeck
“Esse mundo não é especificado nem
definido na obra, ele pertence nas suas
inumeráveis variações ao espectador. Para
seu criador ele é sem causa e sem teoria.
Ordem = desordem; eu = não-eu;
afirmação = negação: irradiações
supremas de uma arte absoluta”.
“Pratica-se a arte para ganhar dinheiro e
adular os gentis burgueses? As rimas soam
a assonância das moedas, e a inflexão
desliza ao longo da linha do ventre de
perfil. Todos os grupos de artistas foram
parar nesse banco, cavalgando diversos
cometas. A porta aberta às possibilidades
de se chafurdar nas almofadas e na
comida”.
13. Características do Dadaísmo:
• O contexto artístico determinando a arte;
• Irreverência artística;
• Combate às teorias de arte e estética;
• Crítica ao capitalismo e ao consumismo;
• Culto ao absurdo e ao non sense;
• Uso de objetos do cotidiano na composição
das obras de artes plásticas e literárias;
• Forte caráter pessimista e irônico.
14. • sem regras nem
padrões estéticos
teorizados;
• sem rimas e sem
qualquer compromisso
com a coerência, ou
com a forma;
• ironia, rebeldia;
• pessimismo em
relação à humanidade;
• repudio à sociedade,
à política e ao
capitalismo.
Poesia
Dadaísta:
15. Dadaísmo no Brasil
• exerce influência no
movimento Modernista;
• Flávio de Carvalho, Mário
de Andrade e Manuel
Bandeira.
"Eu insulto o burguês! O
burguês-níquel
O burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São
Paulo! (...)
Mário de Andrade: "Ode ao
burguês"
16. Receita para um poema Dadaísta:
Pegue um jornal.
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você
deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras
que formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas
são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma
sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido
do público.
20. Obras apresentadas nesse trabalho:
La dance chez Moulin Rouge, Henri Toulouse-Lautrec.
Boulevard des capucines, Jean Beraud
Cadillac modelo de 1903
Mapa artístico da primeira Guerra Mundial, Keith Thompson
Demoiselles d’Avignon, Pablo Picasso
Cabaret Voltaire, Marcel Janco
Karawane, Hugo Ball
Um dos Programa/manifesto do Cabaret Voltaire
Tropicália, Caetano Veloso, arranjo e performance Viva a
Banda.
Murilo Mendes, Flavio de Carvalho
21. Fontes da pesquisa:
Vanguarda Europeia e Modernismo Brasileiro –
Telles, Gilberto Mendonça , ed. Vozes/MEC
Sites:
arteehistoriaepci.blogspot.com.br
colegioweb.com.br
vanguardasvt.blogspot.com.br
pt.wikipedia.org