SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 56
Descargar para leer sin conexión
REDE NACIONAL DE FORMAÇÃO
     PARA INCLUSÃO DIGITAL



CURSO DE FORMAÇÃO
   DE MONITORES
 DO TELECENTROS.BR
     MANUAL OPERACIONAL

         MARÇO DE 2010
Ministério do Planejamento
Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI)
Assessoria de Inclusão Digital
Programa Telecentros.BR
Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital
Esplanada dos Ministérios, Bloco “C”, 3º Andar, Sala 300
CEP: 70046-900 – Brasília – DF
Tel.: (61) 2020-1316 Fax: ( 61) 2020-1058
rede.telecentros@planejamento.gov.br
http://www.inclusaodigital.gov.br/telecentros/rede
Sumário
1. INTRODUÇÃO ...............................................................................5
2. REDE NACIONAL DE FORMAÇÃO PARA INCLUSÃO DIGITAL .......7
3. CURSO DE FORMAÇÃO DE MONITORES DO TELECENTROS.BR.....8
3.1. Resumo.............................................................................................. 8
3.2. Objetivo e Metas ............................................................................. 12
3.3. Diretrizes pedagógicas ..................................................................... 13
3.4. Estrutura do curso ............................................................................ 14
  3.4.1. Metodologia e conteúdos ........................................................... 14
  3.4.2. Carga horária e módulos ............................................................ 18
  3.4.3. Material pedagógico .................................................................. 22
  3.4.4. Avaliação e monitoramento ........................................................ 23
3.5. Gestão da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital ............. 23
  3.5.1. Polo Nacional ............................................................................. 25
  3.5.2. Polos Regionais ......................................................................... 25
  3.5.3. Iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR .................. 26
  3.5.4. Telecentros ................................................................................. 27
3.6. Etapas e cronograma de execução .................................................... 27
4. SELEÇÃO, RECURSOS DISPONÍVEIS E FORMA DE EXECUÇÃO ....33
LISTA DE TERMOS .........................................................................35
ANEXO A: Modalidades de ensino .................................................39
  A.1. Educação a distância (EaD) ........................................................... 39
  A.2. Educação presencial...................................................................... 44
ANEXO B: Detalhamento dos eixos temáticos .............................45
  1. Gestão do telecentro, monitoramento e avaliação ............................. 45
  2. Participação comunitária .................................................................. 47
  3. Tecnologia da informação ................................................................. 48
  4. Produção e publicação de conteúdos ................................................ 49
1. Introdução

O Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades –
Telecentros.BR, instituído pelo Decreto nº 6.991, de 27 de outubro de
2009 e regulamentado pela Portaria Interministerial nº 535 MP/MCT/
MC, de 31 de dezembro de 2009, no âmbito da política de inclusão
digital do Governo Federal, tem como objetivo desenvolver ações que
possibilitem a implantação e a manutenção de telecentros públicos e
comunitários em todo o território nacional. O colegiado de coordena-
ção do Programa é composto pelos Ministérios da Ciência e Tecnolo-
gia, das Comunicações e do Planejamento, Orçamento e Gestão, sendo
este último o responsável pela coordenação executiva.

Para fins do Programa, telecentros públicos e comunitários são espa-
ços que proporcionam acesso público e gratuito às tecnologias da in-
formação e comunicação, com computadores conectados à internet,
disponíveis para múltiplos usos, incluindo navegação livre e assistida,
cursos e outras atividades de promoção do desenvolvimento local em
suas diversas dimensões, sob responsabilidade de uma entidade local
de natureza pública ou privada sem fins lucrativos.

O Programa oferta aos telecentros equipamentos de informática no-
vos com mobiliário ou recondicionados sem mobiliário, conectividade
à internet, bolsas para monitores (agentes de inclusão digital destes
espaços) e formação para monitores bolsistas e não bolsistas.



                                  5
O apoio aos telecentros se dá por intermédio de iniciativas, que são pro-
gramas, projetos ou ações, em andamento ou planejadas, para implan-
tação e funcionamento de telecentros sob responsabilidade de entidade
proponente. As iniciativas são escolhidas mediante seleção pública.

O Programa Telecentros.BR conta com as iniciativas na garantia do fun-
cionamento das unidades sob suas diretrizes, tais como universalidade
e gratuidade do atendimento ao público, qualidade das instalações e
da infraestrutura tecnológica e, em especial, na presença de agentes
de inclusão digital locais que mobilizem a comunidade à apropriação
do espaço do telecentro e de suas ferramentas na melhoria da vida
coletiva de seu entorno.

Tendo em vista o aperfeiçoamento, melhoria da qualidade e continui-
dade das ações promovidas pelos telecentros, será constituída a Rede
Nacional de Formação para Inclusão Digital, que visa à formação per-
manente e continuada, em larga escala, dos agentes de inclusão digital
dos telecentros apoiados pelo Programa Telecentros.BR.

O presente documento apresenta a concepção geral da Rede Nacional
de Formação para Inclusão Digital, a ser constituída sob a gerência do
Ministério do Planejamento no âmbito do Programa Telecentros.BR.




                                   6
2. Rede Nacional de Formação
para a Inclusão Digital

A Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digital é um conjunto
de atividades de qualificação de agentes de inclusão digital, nas mo-
dalidades a distância e presencial, oferecidas no âmbito do Programa
Telecentros.BR.

O objetivo geral da Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digital
é desenvolver ações conjuntas (entre órgãos do Governo Federal, es-
tados, municípios e sociedade civil) que possibilitem a formação conti-
nuada, em larga escala, de agentes de inclusão digital dos telecentros
apoiados pelo Programa Telecentros.BR.

No Brasil, há um rico conjunto de processos de formação para inclusão
digital, porém, muitas vezes realizados de forma isolada, fragmenta-
da e pontual. Espera-se que, por intermédio da Rede de Formação, as
diferentes iniciativas de formação para inclusão digital existentes no
Brasil articulem-se entre si para pactuar as diretrizes, princípios, mis-
são, objetivos, critérios e procedimentos para a condução de processos
formativos no âmbito da inclusão digital. Além disso, espera-se a cons-
trução de uma agenda integrada, otimizando esforços e recursos na
realização das atividades.




                                   7
O primeiro projeto da Rede de Formação é a execução do Curso de For-
mação para monitores1 bolsistas e não bolsistas dos telecentros apoia-
dos pelo Programa Telecentros.BR, mediante a seleção de instituições
habilitadas à condução do processo.




1            Tendo em vista a relevância do papel dos gestores de telecentros no apoio ao processo de
aprendizagem dos monitores, está previsto, no âmbito do projeto, um módulo de formação específico para
este público.


                                                 8
3. Curso de Formação de
Monitores do Telecentros.BR

3.1. Resumo
O Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR é o primeiro pro-
jeto da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital e visa a for-
mação de monitores dos telecentros apoiados pelo Programa
Telecentros.BR no período de 2010 a 2011, por meio de um curso
de qualificação básica2 de doze meses de duração, na modalidade a
distância, com algumas atividades presenciais.

A meta do Curso de Formação é formar aproximadamente dez mil mo-
nitores, sendo oito mil bolsistas do Programa Telecentros.BR e dois mil
não bolsistas que atuam nos telecentros apoiados pelo Programa. O
monitor é a pessoa responsável pelo atendimento ao público no espa-
ço do telecentro, auxiliando e propondo processos que permitam aos
frequentadores fazer uso das tecnologias da informação e comunica-
ção disponíveis de maneira articulada ao desenvolvimento da comuni-
dade. Considera-se monitor bolsista o jovem de baixa renda, com idade
entre 16 e 29 anos3, morador da comunidade em que o telecentro

2            Cursos não sujeitos a regulamentação legal, que oferecem, a jovens e adultos, com escolari-
dade variável, preparação para o domínio de competências necessárias ao exercício profissional, visando à
sua profissionalização, requalificação e/ou reprofissionalização.
3            A faixa etária do monitor bolsista – jovem entre 16 e 29 anos – foi definida em função da po-
lítica nacional de juventude, que prevê ações para este público em situação de vulnerabilidade social e com
dificuldades de inserção no mercado de trabalho. Os procedimentos para a concessão de bolsas para os
monitores estarão descritos em Portaria Conjunta entre o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, que determinará o processo de seleção de


                                                    9
está localizado, estudante do ensino fundamental ou médio, ou com
o ensino médio concluído, selecionado para atuar como monitor do
espaço, que recebe auxílio financeiro do Programa Telecentros.BR. A
bolsa, concedida pelo CNPq/MCT, terá duração de doze meses e estará
vinculada à participação nas atividades do Curso de Formação. Monitor
não bolsista é a pessoa que atua no telecentro sem receber auxílio fi-
nanceiro do Programa Telecentros.BR, e que poderá participar do Curso
de Formação, caso autorizado.

O Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR deve propiciar
o desenvolvimento de um conjunto de competências individuais, sin-
tetizado pela habilidade de usar as tecnologias da informação e co-
municação como ferramentas para alavancar transformações sociais
na comunidade em que o monitor está inserido. Para alcançar este
objetivo de aprendizagem, o Curso de Formação foi estruturado em
dois eixos pedagógicos:

           a) elaboração e implementação de projetos comunitários, que é
              uma ação prática envolvendo a comunidade do entorno do
              telecentro para a resolução de questões de interesse local;

           b) acesso a conteúdos e atividades formativas a partir de qua-
              tro eixos temáticos:

                       • Gestão do telecentro, monitoramento e avaliação.
                       • Participação comunitária.


monitores bolsistas, em conformidade com as diretrizes definidas pelo Colegiado de Coordenação-Geral
do Programa Telecentros.BR.


                                               10
• Tecnologia da informação.
                • Produção e publicação de conteúdos.

A organização do curso é modular: a) o primeiro módulo apresentará o
panorama geral dos quatro eixos temáticos de forma articulada entre
si; b) o segundo módulo propiciará o adensamento conceitual e prático
em cada eixo temático e c) o terceiro módulo será a aplicação prática
dos conteúdos por meio do projeto comunitário.

Serão produzidos conteúdos, materiais pedagógicos e atividades es-
pecialmente para essa formação. Além disso, serão ofertados, como
parte integrante dos módulos, os cursos próprios das iniciativas de
inclusão digital dos órgãos federais, das iniciativas participantes do
Programa Telecentros.BR e de outras iniciativas significativas de for-
mação para inclusão digital. Esses cursos serão certificados e inte-
grados à grade de formação quando convergirem com as diretrizes e
objetivos dos módulos.

O curso terá carga horária total de 480 horas. Serão organizadas tur-
mas de cursistas que iniciarão as atividades em diferentes períodos, de
acordo com o calendário de concessão de bolsas para os monitores
do Programa Telecentros.BR. Cada turma concluirá o curso após doze
meses do início das atividades. Os monitores cursistas participantes de
todos os módulos da formação receberão certificado.

Cinco Polos Regionais, um para cada região do país (Norte, Nordes-
te, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), serão responsáveis pela formação
dos monitores, com o apoio das iniciativas participantes do Progra-


                                  11
ma Telecentros.BR e sob a supervisão do Polo Nacional, vinculado à
Coordenação da Rede de Formação, conduzida pelo Ministério do
Planejamento.

Caberá ao Polo Nacional a coordenação pedagógica do Curso de For-
mação dos monitores, sendo este responsável pela articulação, integra-
ção e interlocução com os Polos Regionais. Uma das principais atribui-
ções do Polo Nacional é o desenvolvimento, em âmbito nacional, dos
conteúdos nos quatro eixos temáticos e de seus respectivos materiais
pedagógicos e atividades.

Caberá aos Polos Regionais a implementação do Curso de Formação
dos monitores, sendo responsáveis pela articulação, integração e inter-
locução com as iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR
de suas respectivas regiões. Cada Polo Regional fará a adaptação dos
conteúdos ao contexto regional, assim como a elaboração de materiais
pedagógicos e o desenvolvimento de atividades voltadas às especifici-
dades locais.

Os cinco Polos Regionais e o Polo Nacional serão conduzidos, cada um,
por uma entidade habilitada, selecionada por meio de edital4. Essas
entidades estarão em constante diálogo com a Coordenação da Rede
de Formação. Portanto, serão selecionadas seis entidades no total, sen-
do cinco entidades para os respectivos Polos Regionais e uma entidade
para o Polo Nacional.


4           Nas regiões com demanda efetiva de atendimento superior a 1.500 cursistas, poderá ser
selecionada mais de uma entidade para compor o respectivo Polo Regional.


                                              12
O período total para a execução do projeto de formação dos monitores
é de dezoito meses. Este tempo compreende a etapa de estruturação e
a realização do curso em si, de acordo com o calendário escalonado de
turmas de monitores. A etapa de estruturação do curso será realizada
conjuntamente entre as entidades selecionadas pelos editais e a Coor-
denação da Rede de Formação.

As atividades de monitoramento e de avaliação deste projeto, englo-
bando o período total de dezoito meses entre estruturação e execução,
receberão atenção especial. Isso porque a análise do desempenho na
execução de atividades e dos resultados obtidos possibilitará a elabo-
ração de recomendações para aperfeiçoamento de novos programas e
projetos de formação para agentes de inclusão digital e, principalmen-
te, para a consolidação da Rede de Formação.



3.2. Objetivo e Metas
Objetivo

• Qualificar os monitores dos telecentros apoiados pelo Programa Tele-
  centros.BR para atuarem como promotores da efetiva inclusão digital
  e social da população e da apropriação comunitária dos telecentros.

Metas

• Formar 8.000 jovens monitores bolsistas dos telecentros apoiados
  pelo Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunida-
  des – Telecentros.BR, no período de 2010 a 2011.

                                 13
• Formar 2.000 monitores não bolsistas dos telecentros apoiados pelo
  Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades –
  Telecentros.BR, no período de 2010 a 2011.



3.3. Diretrizes pedagógicas
Objetivos comuns, ações compartilhadas e resultados benéficos para
todos.

As diretrizes pedagógicas do curso estão voltadas ao desenvolvimento
da autonomia e de valores éticos dos agentes de inclusão digital, por
meio de processos formativos participativos, cooperativos e solidários.
Buscam contemplar as diferenças entre as comunidades urbanas e ru-
rais, o respeito e a valorização da diversidade étnico-racial e sexual,
o equilíbrio nas relações de gênero e intergeracionais, entre outros.
As atividades devem partir de uma perspectiva sistêmica da realidade,
por meio da metodologia de resolução de problemas locais concretos,
tendo em vista a apropriação do telecentro pela comunidade de seu
entorno. O trabalho a partir de eixos temáticos e com enfoque em pro-
jetos comunitários oferecerá repertório, orientação prática e sistemati-
zada para facilitar sua adequação a cada realidade local. A formação,
além de orientar, busca o desenvolvimento de potencialidades que o
indivíduo possui, valorizando o saber local e incentivando a formação
de sujeitos autônomos.

Por fim, a promoção de processos cooperativos na Rede de Forma-
ção, como a pesquisa e a produção coletiva, incentivará a construção

                                  14
de uma identidade coletiva – uma rede social de agentes de inclusão
digital atuante nas comunidades. A familiarização e desmistificação
das tecnologias facilitará a aproximação da comunidade aos diferentes
tipos de artefatos tecnológicos para que possam fazer uso de suas
possibilidades em busca da autonomia, da ação colaborativa em rede
e da transformação social.



3.4. Estrutura do curso
3.4.1. Metodologia e conteúdos
O Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR é um curso de
qualificação básica que será desenvolvido na modalidade a distância
(detalhamento no anexo A), a partir da interação do tutor com os
cursistas, via internet, por meio de ambiente colaborativo Moodle, na
versão definida pela Coordenação da Rede de Formação, acessível a
partir do Portal da Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digi-
tal. As atividades do curso terão como referência a utilização de siste-
mas operacionais e aplicativos (softwares) livres e de código aberto.
O curso estará disponível também offline, via material impresso e
multimídia.

Estão previstas algumas atividades presenciais, de caráter vivencial e
prático. Sempre que possível, será incentivado o encontro presencial
dos monitores nos eventos promovidos pelas iniciativas de inclusão
digital dos órgãos federais, pelas iniciativas participantes do Programa
Telecentros.BR e em outros eventos significativos de inclusão digital.

                                  15
O Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR deve propi-
ciar o desenvolvimento de um conjunto de competências individu-
ais, sintetizado pela habilidade de usar as tecnologias da infor-
mação e comunicação como ferramentas para alavancar
transformações sociais na comunidade em que o monitor
está inserido. Esta macrocompetência, por sua vez, traz consigo
três outras habilidades necessárias que deverão ser desenvolvidas
no Curso de Formação:

        • que cada monitor tenha domínio técnico e instrumental das
          ferramentas relacionadas às tecnologias da informação e co-
          municação, no escopo desta formação;

        • que cada monitor atue de forma solidária, cooperativa e in-
          terativa com os seus colegas de formação e de trabalho;

        • que cada monitor tenha condições de se reconhecer e de
          atuar como agente de transformação social na comunidade
          onde está inserido.

O foco do Curso de Formação não será a transmissão de conteúdos
técnicos e instrumentais relacionados às tecnologias da informação e
comunicação, mas sim o aprendizado e utilização destas tecnologias
de forma cooperada, com vistas a contribuir para a transformação so-
cial da comunidade em que o monitor está inserido. Este é o principal
diferencial deste processo de formação.

Em função das competências e habilidades que o Curso de Formação
pretende desenvolver e à luz dos seus objetivos, sua metodologia foi

                                 16
estruturada em dois eixos pedagógicos: a) a elaboração e implemen-
tação de projetos comunitários, que transformam em ações práticas os
conteúdos trabalhados e b) o acesso a conteúdos e atividades formati-
vas a partir de quatro eixos temáticos, detalhados no anexo B:



Eixo Temático 1: Gestão do telecentro, monitoramento e
avaliação

Aplicação de técnicas de gestão administrativa, financeira e contábil
para telecentros e seus projetos. Uso de sistemas informatizados de
registro de usuários. Métodos participativos de sistematização, moni-
toramento e avaliação de projetos comunitários como instrumentos de
gestão e aprendizagem coletiva.



Eixo Temático 2: Participação comunitária

Abordagem de métodos participativos para incentivar o envolvimento
da comunidade na gestão do telecentro e na implementação de proje-
tos voltados para temáticas de interesse coletivo – apropriação comu-
nitária do telecentro. Neste eixo temático também serão apresentadas
as possibilidades de utilização de tecnologias da informação e comu-
nicação pela comunidade para acesso a serviços públicos e interação
com o poder público – canal de cidadania.




                                 17
Eixo Temático 3: Tecnologia da informação

Conhecimentos técnicos para instalação e manutenção básica da
infraestrutura técnica do telecentro; instalação, uso e desenvolvi-
mento de softwares livres; manutenção e recondicionamento de
hardware; infraestrutura de redes, entre outros.



Eixo Temático 4: Produção e publicação de conteúdos

Ênfase na produção de conteúdos locais como instrumento de mo-
bilização comunitária e de articulação com os projetos e políticas de
desenvolvimento local. Técnicas para produção de conteúdos digitais
em formatos variados (texto, vídeo, áudio, imagens) para difusão pela
internet, na própria comunidade e em outros canais.

Pretende-se incorporar aos eixos temáticos materiais, atividades e
cursos oferecidos por ações federais de caráter transversal. Exemplos
disso são os temas da transparência e controle democrático promo-
vidos pela Controladoria-Geral da União (CGU), os serviços governa-
mentais via internet que facilitam a vida do cidadão (governo eletrô-
nico), as ações de educação ambiental desenvolvidas pelo Ministério
do Meio Ambiente e outras ações de promoção de direitos em sentido
amplo, relacionados à saúde, educação, previdência social, juventude,
infância e adolescência, gênero, combate ao racismo, paz, território,
entre outros.




                                 18
3.4.2. Carga horária e módulos
O curso será desenvolvido em três módulos com carga horá-
ria total de 480 horas distribuídas em doze meses de ativida-
des. O cursista dedicará aproximadamente 10 horas semanais para a
formação ao longo de um ano5.

Em cada região, os conteúdos dos módulos serão adaptados de
acordo com as especificidades locais e público (comunidades
rurais, quilombolas, indígenas etc.), porém, seguindo as diretrizes
estabelecidas no projeto pedagógico nacional, que será defi-
nido pelo Polo Nacional conjuntamente com os Polos Regionais, em
interlocução com a Coordenação da Rede de Formação. No ambiente
virtual de aprendizagem, estará disponível o conteúdo nacional, co-
mum a todas as regiões do Brasil. Além disso, haverá um espaço para
cada região desenvolver seu próprio conteúdo. As atividades próprias
de formação das iniciativas de inclusão digital dos órgãos federais, das
iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR e de outras ini-
ciativas significativas de formação para inclusão digital poderão ser
oferecidas como parte integrante do curso, quando convergirem com
os objetivos e diretrizes dos módulos propostos.

O objetivo do primeiro módulo, ou módulo básico, é traçar o pa-
norama geral dos quatro eixos temáticos, de forma articulada entre
si. Tendo em vista a diversidade curricular dos cursistas, este módulo

5            O bolsista do Programa Telecentros.BR dedicará 20 horas semanais para atendimento no tele-
centro e 10 horas semanais para a formação. Portanto, sua carga horária total será de 30 horas semanais
(6 horas diárias).


                                                 19
buscará garantir o mesmo repertório conceitual para todos, sendo este
módulo a base comum do curso. Os conteúdos, atividades e materiais
pedagógicos deste módulo serão desenvolvidos exclusivamente para o
curso. A carga horária total do primeiro módulo é de 80 horas.

O objetivo do segundo módulo é o adensamento conceitual em cada
um dos eixos temáticos. Os monitores poderão optar por aprofundar-se
em um ou mais eixos temáticos, de acordo com a sua necessidade e/ou
experiência. Cada eixo temático oferecerá atividades em diferentes níveis
de aprofundamento, referenciados como básico, intermediário e avançado.
É provável que os monitores apresentem diferentes níveis de conhecimento
prévio em relação aos conteúdos e atividades oferecidas. Sendo assim, o
curso deve prever mecanismos que atestem a aptidão do participante para
atividades de nível mais avançado no assunto em questão. Neste módulo,
serão integrados os cursos mapeados e selecionados junto às iniciativas
parceiras. A carga horária total do segundo módulo é de 320 horas.

O objetivo do terceiro módulo é a junção da aplicação prática dos
conteúdos por meio do projeto comunitário. O projeto comunitário
é uma ação prática envolvendo a comunidade do entorno do tele-
centro, tendo em vista a resolução de questões de interesse local. A
partir do cardápio de conteúdos acessado pelo monitor ao longo do
curso, ele elaborará uma atividade que possibilite multiplicar, junto à
comunidade, os conhecimentos construídos. Esta atividade pressupõe
que o monitor desempenhe o papel de liderança comunitária, explo-
rando ao máximo o telecentro como ferramenta para o desenvolvi-
mento da comunidade. A elaboração do projeto será acompanhada


                                  20
pelos tutores do curso e pelo gestor da unidade. O planejamento e
a implementação da ação serão compartilhados na plataforma de
educação a distância da Rede de Formação, permitindo a troca de
experiências entre os monitores, o conhecimento das diferentes re-
alidades em todo o Brasil, auxílio mútuo nas dificuldades comuns e
a construção de soluções coletivas. A semana de conclusão do curso
ocorrerá ao final do terceiro módulo com a apresentação dos projetos
comunitários e avaliação do processo via videoconferência. A carga
horária total do terceiro módulo é de 80 horas.

As atividades presenciais ao longo dos módulos serão realizadas
de forma complementar às atividades a distância. A abertura do curso,
início do primeiro módulo, será realizada em encontros presenciais mi-
crorregionais. Nestes encontros, ocorrerá a apresentação do contexto
do Curso de Formação no âmbito do Programa Telecentros.BR; a apre-
sentação dos tutores e monitores; a ambientação da plataforma de
educação a distância; a apresentação das estratégias pedagógicas, da
estrutura do curso e dos requisitos para a certificação dos cursistas; e a
promoção de atividades práticas (oficinas).

Os monitores cursistas também participarão de atividades presenciais
na Oficina para Inclusão Digital6 e nos encontros presenciais organi-
zados pelas iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR e em
eventos significativos da região, de forma complementar às atividades
do segundo módulo.

6            Evento nacional realizado anualmente pelo Comitê Técnico de Inclusão Digital e parceiros.
Cada edição ocorre em uma localidade diferente do país. Informações disponíveis no endereço de internet:
http://oficina.inclusaodigital.gov.br/.


                                                 21
Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR

          Presencial             Abertura do curso, ambientação
   1º
                                                                                 80h
 MÓDULO       A                         Conceitos Básicos
          distância           Integração dos quatro eixos temáticos

                                     Adensamento conceitual
                           Eixo           Eixo          Eixo           Eixo
              A         temático 1     temático 2    temático 3     temático 4
   2º     distância
 MÓDULO                  Gestão do   Participação Tecnologia Produção e
                                                                                 320h
                        telecentro,  comunitária       da    publicação
                       monitoramento              informação    dos
                        e avaliação                          conteúdos
                                Atividades práticas na Oficina para
          Presencial
                              Inclusão Digital e nos eventos regionais

                                Elaboração do projeto comunitário
   3º         A
                                                                                 80h
 MÓDULO   distância
                                  Conclusão do curso e avaliação

                                                                          TOTAL: 480h


Os tutores online desempenharão um papel fundamental na media-
ção do aprendizado individual e coletivo, de forma dialógica, dinâ-
mica e interativa. Apesar disso, a autonomia dos cursistas para es-
tudar sozinho pode ser comprometida pelo baixo letramento e pelas
adversidades cotidianas enfrentadas por esses jovens em situação
de vulnerabilidade social. Para superar este possível obstáculo, há
necessidade de um acompanhamento presencial constante, que in-
centive o monitor a participar ativamente das atividades do curso.
Este acompanhamento será desempenhado pelo gestor da unidade
em que o monitor atua.

                                       22
Sendo assim, além dos três módulos para a formação dos monitores,
será elaborado um módulo específico para os gestores dos tele-
centros, totalmente a distância, com o objetivo de fornecer subsídios
para a sua atuação como agentes facilitadores da aprendizagem dos
monitores e de sua atuação comunitária.



3.4.3. Material pedagógico
O material pedagógico deve ser disponibilizado na plataforma cen-
tralizada da Rede de Formação, no ambiente colaborativo Moodle,
com base nos princípios da interação, da problematização, da resolu-
ção de problemas e da cooperação. Deve apresentar como principais
características: linguagem dialógica, leve e acessível, textos curtos,
ilustrações, animações, áudios, vídeos e utilizar ferramentas de inte-
ratividade.

Para a elaboração do material pedagógico, devem ser considerados os
objetivos a serem alcançados pelos cursistas em cada módulo. A partir
dos objetivos, o material pedagógico deverá ser estruturado de forma
que possibilite a relação autônoma do cursista com esse material. A
produção de textos básicos, das atividades e a avaliação de aprendiza-
gem devem considerar, ainda, os conhecimentos prévios dos cursistas.

O Polo Nacional, sob a supervisão da Coordenação da Rede de Forma-
ção, criará e fornecerá leiaute padrão para as atividades dos módulos
a serem utilizados pelos Polos Regionais e pelas iniciativas parceiras na
produção do material pedagógico.

                                   23
3.4.4. Avaliação e monitoramento
O Ministério do Planejamento orientará a organização da avaliação
e monitoramento das atividades da Rede de Formação. O monitora-
mento é o acompanhamento periódico de informações estratégicas
do projeto, tanto de sua implementação quanto de seus resultados
junto à população. Este trabalho estará integrado ao Sistema de
Monitoramento do Programa Telecentros.BR, instrumento gerencial,
constituído por um plano de monitoramento e um sistema informati-
zado, voltado para a identificação e resolução de problemas a partir
de indicadores e análises precisas. O Polo Nacional e os Polos Regio-
nais serão responsáveis pela coleta e registro de dados no sistema in-
formatizado de monitoramento, de forma sistemática, bem como pela
condução da avaliação formativa do cursista, como parte integrante
do processo de ensino-aprendizagem, tendo por base as diretrizes da
Rede de Formação.



3.5. Gestão da Rede Nacional de Formação
para Inclusão Digital
Cinco Polos, um para cada região do país (Norte, Nordeste, Centro-
Oeste, Sudeste e Sul), serão responsáveis pela formação dos monitores,
com o apoio das iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR,
sob a supervisão do Polo Nacional. A Coordenação da Rede de Forma-
ção cabe ao Ministério do Planejamento, responsável pela gestão ope-
racional (celebração de convênios, repasse de recursos), suporte tecno-


                                 24
lógico para a plataforma de educação a distância, monitoramento do
processo, além de supervisionar o Polo Nacional e os Polos Regionais.

O Ministério do Planejamento realizará a seleção de instituições para
a constituição dos Polos Regionais e do Polo Nacional, que comporão
a equipe gestora do Curso de Formação dos Monitores do Telecentros.
BR no âmbito regional e nacional, respectivamente, conforme esquema
a seguir:

Figura 1: Organograma da Rede Nacional de Formação para a
Inclusão Digital

                               Coordenação da Rede de Formação:
                                  Ministério do Planejamento




     Gestão
                                                                       Comitê de
 Administrativa      Sistema de               Polo
                                                                       Formação
  Financeira e      Monitoramento           Nacional
                                                                        Nacional
  Tecnológica



                                              Polo
                    Polo         Polo                      Polo             Polo          Comitê de
                                            Regional
                  Regional     Regional                  Regional         Regional        Formação
                                            Centro-
                   Norte       Nordeste                  Sudeste             Sul           Regional
                                             Oeste


       entidades
selecionadas por
meio de edital de              Iniciativa   Iniciativa   Iniciativa
chamada pública                     1            2        3, 4, 5...




            Telecentro       Telecentro     Telecentro    Telecentro        Telecentro
                 1                2              3             4             5, 6, 7...




                                               25
3.5.1. Polo Nacional
Vinculado à Coordenação da Rede de Formação, este componente será
responsável pela coordenação pedagógica nacional do Curso de For-
mação dos monitores. Fará a articulação, integração e interlocução com
os Polos Regionais, coordenando e supervisionando suas atividades.
Suas atribuições estão detalhadas no edital de chamamento público
para seleção do Polo Nacional.

O Polo Nacional trabalhará em consonância com o Comitê de Forma-
ção Nacional, constituído pelos representantes das iniciativas de forma-
ção para inclusão digital dos órgãos federais. Este comitê será responsável
pela: articulação de suas iniciativas e de temas transversais do Governo
Federal à Rede de Formação; validação dos conteúdos nos quatro eixos
temáticos; criação de abordagens diferenciadas para comunidades urba-
nas e rurais; valorização da diversidade étnico-racial e sexual, equilíbrio
de gênero e das relações intergeracionais na metodologia e conteúdos
propostos; mapeamento das iniciativas regionais de formação passíveis
de replicação e visitas de monitoramento in loco, na medida do possível.



3.5.2. Polos Regionais
Serão constituídos cinco Polos Regionais, cada um correspondente a uma
região do país (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul). Cada Polo
congregará as iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR da
sua respectiva região. A abrangência exata de atuação dependerá, por-
tanto, dos resultados da seleção de iniciativas participantes do Programa

                                   26
Telecentros.BR, realizada mediante edital próprio. Com este dado, será
possível conhecer o número exato e a distribuição espacial dos telecen-
tros a serem efetivamente apoiados em cada região.

Caberá aos Polos Regionais formar os monitores das iniciativas parti-
cipantes do Programa Telecentros.BR de suas respectivas regiões, em
consonância com o Polo Nacional. Suas atribuições estão detalhadas
no edital de chamamento público para seleção dos Polos Regionais.

O Polo Regional trabalhará em consonância com o Comitê de Formação
Regional, constituído pelos representantes das iniciativas participantes
do Programa Telecentros.BR e das iniciativas de órgãos federais de âmbito
regional, que subsidiará a produção de conteúdo, atividades e materiais
regionais; criação de abordagens diferenciadas para comunidades urba-
nas e rurais; valorização da diversidade étnico-racial e sexual, equilíbrio
de gênero e das relações intergeracionais na metodologia e conteúdos
propostos; mapeamento das iniciativas regionais de formação passíveis
de replicação e visitas de monitoramento in loco, na medida do possível.



3.5.3. Iniciativas participantes do Programa Tele-
centros.BR
As iniciativas são programas, projetos ou ações, em andamento ou pla-
nejadas, para implantação e funcionamento de telecentros sob respon-
sabilidade de entidade proponente. Escolhidas mediante seleção pública
como participantes do Programa Telecentros.BR, congregam um conjun-
to de telecentros na abrangência geográfica de sua área de atuação.

                                   27
No Curso de Formação, serão responsáveis pelo acompanhamento dos
telecentros, viabilização da formação dos monitores dos telecentros e
pelo registro de dados sobre os monitores e telecentros no sistema
informatizado de monitoramento.


3.5.4. Telecentros
Os telecentros públicos e comunitários são espaços que proporcionam
acesso público e gratuito às tecnologias da informação e comunicação,
com computadores conectados à internet, disponíveis para múltiplos
usos, incluindo navegação livre e assistida, cursos e outras atividades
de promoção do desenvolvimento local em suas diversas dimensões.
O Curso de Formação será oferecido aos telecentros que compõem as
inciativas participantes do Programa Telecentros.BR.

Além da supervisão da entidade proponente responsável pela iniciativa,
cada telecentro terá uma entidade responsável por sua gestão no âm-
bito local. Estas entidades locais, por meio dos gestores das unidades,
supervisionarão a participação dos monitores no Curso de Formação.


3.6. Etapas e cronograma de execução
O período total para a execução do projeto é de dezoito meses após
a assinatura do convênio ou termo de cooperação com as entidades
selecionadas como Polos Regionais e Polo Nacional. Compreende a
etapa de estruturação e a realização do curso em si, de acordo com o
calendário escalonado de turmas de monitores.

                                 28
A etapa de estruturação do curso será realizada conjuntamente entre os
Polos Regionais, o Polo Nacional e o Ministério do Planejamento, e terá
duração de aproximadamente seis meses. Compreende, em linhas gerais:
as atividades de mapeamento das iniciativas de formação já existentes
e a elaboração do projeto pedagógico (conteúdos, atividades, materiais
pedagógicos, a elaboração dos três módulos da formação, a seleção e a
formação da equipe de educadores e tutores responsáveis pelas ativida-
des). Nesse período também será estabelecida uma agenda integrada de
formação para inclusão digital, com a inserção das atividades e materiais
selecionados, mapeados junto às iniciativas parceiras, na grade de forma-
ção nacional e regional. Até o terceiro mês do projeto, o módulo básico
estará elaborado e será oferecido à primeira turma de monitores que já
tiverem bolsas concedidas neste período7. O segundo e terceiro módulos
estarão disponíveis a partir do sexto mês de execução do projeto.

Figura 2: Etapas da execução




Mês 0     1    2    3    4     5    6    7     8    9    10   11   12   13    14   15   16   17    18
              Estruturação do curso de formação
              Turmas do Curso de Formação – previsão


mês 0 = assinatura do convênio ou termo de cooperação com as entidades selecionadas (Polos)
mês 18 = encerramento do convênio ou termo de cooperação com as entidades selecionadas (Polos)



7            O Programa Telecentros.BR, por intermédio do MCT/CNPq, concederá as primeiras bolsas para
monitores de telecentros que já estejam em pleno funcionamento e que, portanto, dependem das ativida-
des práticas do monitor na unidade.


                                                   29
Cronograma de execução

LEGENDA:
C   = Coordenação da Rede de Formação
CFN = Comitê de Formação Nacional
CFR = Comitê de Formação Regional
PN = Polo Nacional
PR = Polo Regional


 ATIVIDADES                                              RESP   MÊS

 1. Banco de Dados das Iniciativas
 1.1. Mapeamento, classificação e categorização           PN      1
                                                         CFN
 das atividades de formação das iniciativas de            PR
                                                         CFR
 inclusão digital dos órgãos federais, das iniciativas
 participantes do Programa Telecentros.BR e de outras
 iniciativas significativas de formação para a inclusão
 digital.
 1.2. Sistematização e consolidação das informações      PN      1
                                                         PR
 sobre as atividades de formação das iniciativas de
 inclusão digital dos órgãos federais, das iniciativas
 participantes do Programa Telecentros.BR e de outras
 iniciativas significativas de formação para a inclusão
 digital num banco de dados.
 2. Perfil dos Monitores
 2.1. Mapeamento do perfil dos monitores, suas             PR     1

 expectativas e demandas em relação a novas
 formações.



                                    30
ATIVIDADES                                                  RESP   MÊS

3. Seminário Nacional
3.1. Realização do Seminário Nacional do Curso de            C      1
                                                            PN
Formação para:                                              PR

• socializar as atividades de formação das iniciativas de
  inclusão digital dos órgãos federais, das iniciativas
  participantes do Programa Telecentros.BR e de outras
  iniciativas significativas de formação para a inclusão
  digital;
• socializar o perfil dos monitores;
• definir o projeto pedagógico do Curso de Formação
  para os monitores (metodologia, estrutura dos
  módulos, conteúdos formativos e seus respectivos
  materiais pedagógicos);
• abordar os parâmetros para elaboração dos
  conteúdos: conceitos e temas geradores (comuns
  para todo o território nacional) e temas específicos
  por região;
• discutir a plataforma de educação a distância e os
  instrumentos pedagógicos que podem ser inseridos;
• elaborar o módulo básico da formação;
• definir o Portal da Rede de Formação;




                                  31
ATIVIDADES                                                RESP   MÊS

• discutir os critérios para credenciamento das
  entidades que têm iniciativas de formação para
  inclusão digital;
• discutir os critérios para certificação das atividades
  de formação das entidades credenciadas para
  integrarem a grade de formação nacional;
• discutir os critérios de seleção de tutores e
  coordenadores do Curso de Formação;
• planejar o seminário de formação dos tutores;
• definir um plano de comunicação;
• discutir as diretrizes e organizar uma sistemática
  de avaliação do curso.
4. Curso de Gestão Administrativa e Financeira
para Polos Regionais e Nacional
4.1. Realização do curso de gestão administrativa          C      2

e financeira com as entidades para auxiliá-las na
condução dos convênios e dos aspectos operacionais
do projeto.
5. Agenda Integrada de Formação
5.1. Credenciamento de entidades que possuem              PN      2
                                                          CFN
iniciativas significativas de formação para inclusão        PR
                                                          CFR
digital, constante no banco de dados das iniciativas
(item 1 desta tabela).


                                 32
ATIVIDADES                                            RESP   MÊS

5.2. Certificação das atividades de formação das       PN      2
                                                      CFN
entidades credenciadas para integrarem a grade de      PR
                                                      CFR
formação nacional.
6. Elaboração do Curso de Formação
6.1. Criação e desenvolvimento do módulo para         PN     2a4
                                                      PR
o gestor do telecentro e dos três módulos para
os monitores – conteúdo, atividades e materiais
pedagógicos.
6.2. Editoração e impressão dos materiais             PN     3e4
                                                      PR
pedagógicos nacionais e regionais.
6.3. Distribuição dos materiais pedagógicos           PN     5e6
                                                      PR
impressos.
6.4. Elaboração da arquitetura dos conteúdos na       PN      3

plataforma de educação a distância.
6.5. Inclusão e configuração dos conteúdos,            PN      4

atividades e materiais do Curso de Formação na
plataforma de educação a distância.
6.6. Elaboração e produção do leiaute padronizado     PN      4

para o curso na plataforma de educação a distância.
6.7. Promoção de oficina para ambientação da           PN      4
                                                      PR
plataforma de educação a distância.
6.8. Elaboração de um sistema de avaliação de         PN      4
                                                      PR
aprendizagem da formação.


                               33
ATIVIDADES                                                RESP   MÊS

6.9. Organização dos espaços e logística para a            PR    3a5

realização das atividades presenciais.
7. Formação de Coordenadores e Tutores do Curso
7.1. Seminário de formação para os formadores dos         PN       4
                                                          PR
Núcleos Educacionais dos Polos Regionais.
7.2. Seleção de tutores.                                  PR       4
                                                          PN

7.3. Seminários regionais de formação de tutores.         PR       5
                                                          PN

8. Formação dos Gestores dos Telecentros
8.1. Realização do módulo de formação para os             PN     6a8
                                                          PR
gestores dos telecentros, na modalidade a distância.
9. Formação dos Monitores
9.1. Organização das turmas de monitores.                 PN     4a6
                                                          PR

9.2. Realização da abertura do curso em encontros         PN       6
                                                          PR
presenciais microrregionais.
9.3. Realização dos três módulos de formação dos          PN     6 a 18
                                                          PR
monitores.
9.4. Realização de atividades em encontros                PN       *
                                                          PR
presenciais organizados pelas iniciativas participantes
do Programa Telecentros.BR e em eventos
significativos na região.




                                 34
ATIVIDADES                                                                RESP     MÊS

 9.5. Realização de atividades presenciais com os                           PN       **
                                                                            PR
 monitores na Oficina para a Inclusão Digital. .
 9.6. Realização da semana de conclusão do curso,                           PN       18
                                                                            PR
 com a apresentação dos projetos comunitários via
 videoconferência.
 9.7. Avaliação de aprendizagem ao final do curso.                           PN       18
                                                                            PR

 10. Comunicação
 10.1. Implementação da central de atendimento                              PN        3

 telefônica para tutores e monitores.
 10.2. Divulgação das atividades por meio da                                PN      3 a 18
                                                                            PR
 assessoria de comunicação.
 10.3. Desenvolvimento e manutenção do Portal da                            PN      3 a 18

 Rede de Formação.
 11. Monitoramento
 11.1. Registro de dados no sistema informatizado de                        PN      3 a 18
                                                                            PR
 monitoramento, desenvolvido no âmbito do Programa
 Telecentros.BR.
 11.2. Monitoramento do processo de implementação                            C      3 a 18
                                                                            PN
 dos cursos e dos seus resultados.                                          PR


*Conforme disponibilidade.

** Conforme calendário definido pelo Comitê Técnico de Inclusão Digital para a realização da

Oficina para a Inclusão Digital.



                                           35
4. Seleção, recursos disponíveis
e forma de execução

A seleção das instituições responsáveis por cada Polo Regional e
pelo Polo Nacional será realizada por meio de edital de chamamen-
to público e ficará aberta para inscrições durante o período deter-
minado. Poderão participar órgãos ou entidades da administração
pública direta ou indireta, das esferas federal, estadual, distrital ou
municipal, e entidades privadas sem fins lucrativos com atuação
condizente ao tema.

As proponentes deverão se inscrever com base nas diretrizes apre-
sentadas no presente documento e nas orientações constantes
no edital correspondente, disponível na internet, no endereço:
http://www.inclusaodigital.gov.br/telecentros/rede.

A seleção levará em conta a experiência prévia demonstrada pela pro-
ponente, sua capacidade técnica operacional, a qualidade técnica da
proposta e a adequação do orçamento apresentado. Após a seleção, e
previamente à assinatura do convênio ou termo de cooperação, haverá
uma oficina de trabalho presencial entre representantes das propostas
avaliadas, de modo a construir conjuntamente os planos de trabalho e
os termos de referência a serem efetivamente executados.

A execução dos planos de trabalho aprovados será realizada mediante
descentralização financeira por parte do Ministério do Planejamento,


                                  37
nos termos da legislação vigente, tendo como parâmetro o valor de
R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), por proponente,
para a execução de atividades ao longo de 18 (dezoito) meses.

Conforme o Decreto no 6.170, de 25 de julho de 2007, e a Portaria Interminis-
terial no 127, de 29 de maio de 2008, no caso de instituições públicas federais,
o instrumento previsto para descentralização é o termo de cooperação. Para
órgãos e entidades públicas estaduais, distritais e municipais, organizações
sociais de interesse público e outras instituições privadas sem fins lucrativos,
prevê-se a celebração de convênio com cada partícipe de proposta aprova-
da. As instituições proponentes devem atentar para a legislação e procedi-
mentos administrativos e financeiros divulgados no endereço de internet:
http://www.convenios.gov.br.




                                      38
Lista de termos

I – Coordenação da Rede Nacional de Formação para a Inclusão Di-
gital e Concedente junto às instituições selecionadas como Polos Re-
gionais e como Polo Nacional: Ministério do Planejamento.

II – Comitê de Formação Nacional: instância constituída pelos re-
presentantes das iniciativas de formação para a inclusão digital dos
órgãos federais, responsável por subsidiar as atividades do Polo Nacio-
nal, no âmbito da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital do
Programa Telecentros.BR.

III – Comitê de Formação Regional: instância constituída pelos re-
presentantes das iniciativas regionais de formação para a inclusão digi-
tal e das iniciativas de órgãos federais de atuação na respectiva região,
responsável por subsidiar as atividades dos Polos Regionais, no âmbito
da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital do Programa Tele-
centros.BR.

IV – Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR: pro-
jeto da Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digital, para qua-
lificação dos monitores dos telecentros das iniciativas participantes do
Programa Telecentros.BR.

V – Curso ou Atividade de Formação: compreende as atividades
de qualificação dos monitores de telecentros.



                                  39
VI – Formação ou Educação a Distância (EaD): modalidade edu-
cacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de en-
sino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias da
informação e comunicação, com participantes e educadores desenvol-
vendo atividades com alta interação em lugares ou tempos diversos.

VII – Iniciativa: programa, projeto ou ação, em andamento ou plane-
jados, para implantação e funcionamento de telecentros sob responsa-
bilidade de entidade proponente junto ao Programa Telecentros.BR.

VIII – Monitor de Telecentro: pessoa responsável pelo atendimento
ao público no espaço do telecentro, auxiliando e propondo processos
que permitam aos frequentadores fazer uso das tecnologias da infor-
mação e comunicação disponíveis, de maneira articulada ao desenvol-
vimento da comunidade, podendo ser, no âmbito do Programa Telecen-
tros.BR, monitor bolsista e não bolsista.

a) Monitor Bolsista: jovem de baixa renda, com idade entre 16 e 29 anos,
   morador da comunidade em que o telecentro está localizado, seleciona-
   do para atuar como monitor do espaço, que recebe auxílio financeiro do
   Programa Telecentros.BR, participando e desenvolvendo atividades de
   formação presencial e a distância estabelecidas pelo Programa.

b) Monitor não Bolsista: pessoa que atua no telecentro sem re-
   ceber auxílio financeiro do Programa Telecentros.BR, podendo
   participar de atividades de formação presencial e a distância ofe-
   recidas em seu âmbito, conforme estabelecido nas diretrizes do
   Programa Telecentros.BR.


                                  40
IX – Monitoramento: acompanhamento periódico de informações
estratégicas do projeto, tanto de sua implementação quanto de seus
resultados junto à população.

X – Polo Nacional: componente da gestão do Curso de Formação de
Monitores do Telecentros.BR, no âmbito da Rede Nacional de Forma-
ção para Inclusão Digital, responsável pela coordenação pedagógica
nacional do Curso de Formação dos monitores.

XI – Polo Regional: componente da gestão do Curso de Formação
de Monitores do Telecentros.BR, no âmbito da Rede Nacional de For-
mação para Inclusão Digital, responsável pela formação dos monitores
das iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR de sua respec-
tiva região.

XII – Plataforma de Educação a Distância: ambiente no qual as ati-
vidades de formação a distância da Rede de Formação se desenvolverão,
consistindo em infraestrutura de equipamentos disponíveis para acesso
via internet, configurados com softwares livres e demais condições ne-
cessárias à realização de cursos e outras atividades interativas remotas,
oferecida e tecnologicamente mantida pela Concedente e seus parceiros.

XIII – Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comu-
nidades – Telecentros.BR: programa do Governo Federal de apoio a
telecentros em nível nacional, mediante a oferta centralizada de equi-
pamentos de informática, conectividade à internet, bolsas para monito-
res e formação de monitores desses espaços, instituído pelo Decreto nº
6.991/2009 e regulamentado pela Portaria MP/MCT/MC nº 535/2009.


                                  41
XIV – Proponente: instituição com personalidade jurídica própria,
responsável pelo envio de proposta referente ao edital de chamamen-
to público para seleção de Polos Regionais ou Polo Nacional da Rede
Nacional de Formação para a Inclusão Digital.

XV – Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digital: con-
junto de atividades de qualificação de monitores bolsistas e não bolsis-
tas, nas modalidades a distância e presencial, oferecidas no âmbito do
Programa Telecentros.BR.

XVI – Software Livre: no âmbito do Programa Telecentros.BR, refe-
re-se a sistema operacional ou aplicativo (software) livre e de código
aberto, ou seja, que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e
redistribuído sem restrição.

XVII – Telecentro: espaço que proporciona acesso público e gratui-
to às tecnologias da informação e comunicação, com computadores
conectados à internet, disponíveis para múltiplos usos, incluindo na-
vegação livre e assistida, cursos e outras atividades de promoção do
desenvolvimento local em suas diversas dimensões.

XVIII – Tutor: orientador de atividades de formação a distância com
qualificação e perfil adequado, que será responsável pelo atendimento,
via meios tecnológicos de comunicação (plataforma EaD, e-mail, tele-
fone, entre outros), dos monitores de telecentros participantes do curso
oferecido pela Rede Nacional de Formação para a inclusão Digital.




                                  42
Anexo A: Modalidades de ensino

A.1. Educação a distância (EaD)


Segundo o Decreto no 2.494/1998, a Educação a distância é uma for-
ma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação
de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em
diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combi-
nados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação.

Os cursos e outras atividades a distância dos três módulos do Curso de
Formação dos Monitores do Telecentros.BR serão oferecidos via inter-
net e deverão seguir as diretrizes abaixo:

I – A oferta de formação a distância deverá ser composta de cursos e ati-
vidades que contemplem os conteúdos sugeridos junto aos eixos temáti-
cos. Podem ser contemplados, ainda, conteúdos complementares correla-
cionados, a serem avaliados pela Coordenação da Rede de Formação, em
conjunto com o Polo Nacional, os Polos Regionais e parceiros.

II – Os cursos devem ser licenciados em Creative Commons, em licença
que permita o uso livre, com citação de autoria e sem fins comerciais.

III – Os conteúdos dos cursos, materiais pedagógicos e atividades de-
vem ser desenvolvidos e oferecidos em softwares livres.



                                   43
IV – Os conteúdos dos cursos e demais atividades devem ser oferecidos
para download em formato PDF (Portable Document Format), sempre
que as linguagens utilizadas assim permitirem.

V – Os cursos e atividades a distância devem ser realizados em ambien-
te virtual de aprendizagem na plataforma Moodle, na versão definida
pela Coordenação da Rede de Formação.

VI – Os cursos a distância devem ser baseados em tutoria, apoio con-
siderado essencial para o processo formativo. Cada proposta deverá
apresentar um plano de coordenação de tutoria. O tutor deve possuir
o domínio do conteúdo do curso e das tecnologias de informação e
comunicação, habilidade para estimular o interesse e a iniciativa do
cursista como agente de seu próprio aprendizado e estar apto e dispos-
to a seguir as diretrizes pedagógicas da Rede de Formação.

VII – Os cursos e outras atividades a distância devem ser estruturados
com base nas diretrizes da Rede de Formação e contar com pelo menos:

a) Plano de curso: apresentando um resumo do curso, objetivos educa-
   cionais, indicando as competências e habilidades a serem desenvol-
   vidas, ementa e sistema de avaliação.

b) Levantamento de informação: para definição dos conteúdos a serem
   abordados nos cursos e demais atividades a distância, devem ser utili-
   zadas as informações da captação de demandas e de pesquisa temáti-
   ca realizadas visando aos interesses e necessidades dos participantes.




                                   44
c) Manual do tutor: oferecido aos tutores dos cursos, deve ser individuali-
   zado para cada módulo do curso e propor uma rotina de procedimen-
   tos para cada uma das atividades a serem executadas pelo tutor.

d) Manual do aluno (visível no ambiente do curso/atividade desde o pri-
   meiro dia): apresentado na página inicial do curso com as orientações
   necessárias ao aluno para que ele se organize e conheça a proposta.

e) Informações sobre o sistema de avaliação de aprendizagem (visível no
   ambiente do curso/atividade desde o primeiro dia): deve conter siste-
   ma de notas, pontuação e/ou critérios adotados e apresentar datas
   das atividades que serão avaliadas e data de retorno aos alunos.

VIII – A plataforma a ser utilizada – Moodle – contará com, pelo me-
nos, as seguintes ferramentas pedagógicas:

a) Fórum de notícias: contendo, em sua mensagem de apresentação, o
   seu objetivo de dar informações gerais sobre o curso, como eventos,
   atividades e alterações eventuais de cronograma, dentre outras.

b) E-mail de ouvidoria: para onde os alunos possam enviar críticas,
   reclamações e sugestões durante todo o curso, as quais devem ser
   respondidas prontamente.

c) Diário: ferramenta que serve como um caderno do aluno, em que ele
   faz suas anotações e observações sobre o curso. Seu uso deve ser
   estimulado e o aluno deve ser informado de que o recurso é visível
   apenas para o próprio aluno e para os tutores.



                                   45
d) Apostilas e materiais para download (formato PDF): muitos alunos
   preferem imprimir os textos do curso para estudar. O formato PDF
   favorece a impressão própria ao manuseio.

e) Wikis ou DFWikis: podem ser usados para trabalhos colaborativos,
   em que todos podem dar suas contribuições, alterando o mesmo
   documento.

f) Livros virtuais de domínio público: podem ser utilizados para organi-
   zar os conteúdos do curso de forma fácil e agradável para consulta.

g) Fórum de apoio ao cursista: espaço para esclarecimento de questões
   relacionadas à estrutura e funcionamento do curso e à navegação
   no ambiente virtual Moodle.

h) Café virtual: espaço de interação livre entre os cursistas. É um am-
   biente descontraído para debates de assuntos em geral.

i) Fóruns para atividades de aprendizagem: espaço para estimular
   debates e a aprendizagem de forma dinâmica sobre os assuntos e
   temas relacionados aos conteúdos. As postagens podem ser recebi-
   das como um resumo diário dos conteúdos debatidos, para facilitar a
   leitura. Os tutores podem incentivar os estudantes a criarem grupos,
   enriquecendo o aprofundamento sobre temas de interesse coletivo.

j) Fórum de tutores: ambiente exclusivo da equipe de tutores e coor-
   denadores do curso para trocar experiências e dirimir dúvidas em
   relação ao andamento das atividades ao longo do curso.



                                  46
k) Calendário das atividades: visualização constante dos eventos ao
   longo do curso.

l) Espaço para materiais extras: ambiente para compartilhamento de
   arquivos e materiais não previstos no plano do curso, que podem ser
   disponibilizados pelos cursistas, coordenadores ou tutores.

m) Avaliação: ferramentas para avaliação do curso, pesquisa de opinião
   rápida, ou enquetes e aplicação de questionários.

IX – A plataforma a ser utilizada possivelmente contará também com:

a) Chat (bate-papo): ambiente aberto durante todo o período do curso
   com o objetivo de integrar alunos que estão online. Deve conter em
   sua apresentação estímulo ao uso do espaço para interação online,
   síncrona.

b) Videoconferência: para realização de palestras e conferências.

X – Os materiais pedagógicos devem ser elaborados em linguagem
dialógica, leve e acessível, com base nos princípios da interação, da
interatividade, da cooperação, das relações horizontais entre os atores
envolvidos e da problematização a partir do contexto socioeconômico
e cultural dos cursistas. Sua estruturação deve permitir a relação au-
tônoma do cursista com esse material e com o tutor. Deve apresentar
como principais características: textos curtos, ilustrações, animações,
áudios, vídeos, infográficos etc. Os materiais pedagógicos devem conter
o planejamento completo da utilização dos objetos de aprendizagem e
das ferramentas/recursos de interação disponíveis na plataforma, como


                                  47
fóruns, chats, blogs, wikis, entre outros, fomentando a criação de uma
rede de aprendizagem que promova um ambiente de integração entre
seus diferentes atores.

XI – Entende-se por interação, no contexto da Rede de Formação, as
conversações que acontecem, de forma síncrona ou assíncrona, no
transcorrer das atividades realizadas; entende-se por interatividade
toda ação realizada pelo usuário sobre um objeto de aprendizagem
que resulte em modificação do conteúdo.



A.2. Educação presencial


As atividades presenciais devem ter um caráter vivencial e prático. Se-
rão desenvolvidas oficinas partindo de um enfoque crítico, participati-
vo, dialógico, cooperativo e emancipatório, sempre de acordo com as
diretrizes da Rede de Formação.

Para além da formação instrucional, as oficinas devem estimular o en-
gajamento social e a formação de lideranças que promovam a apro-
priação comunitária dos telecentros.

Sempre que possível, as atividades serão realizadas nos eventos pro-
movidos pelas iniciativas de inclusão digital dos órgãos federais, pelas
iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR e em eventos de
inclusão digital significativos da região, quando convergirem com os
objetivos e diretrizes dos módulos propostos.

                                  48
Anexo B: Detalhamento
dos eixos temáticos

Os conteúdos do Curso de Formação estão organizados em quatro ei-
xos temáticos. A divisão não deve significar uma concepção estática
e fragmentada dos conteúdos. O curso deverá valorizar o diálogo e
articulação entre eles. Os eixos temáticos sugeridos para o Curso de
Formação de Monitores do Telecentros.BR são:



1. Gestão do telecentro, monitoramento e
avaliação
I – Objetivos pedagógicos:

a) Habilitar o monitor do telecentro a lidar com aspectos da gestão adminis-
   trativa do espaço e dos recursos ali instalados ou passíveis de captação.

b) Habilitar o monitor a lidar com os aspectos básicos da administração
   financeira do telecentro.

c) Habilitar o monitor a desenvolver e aplicar metodologias participati-
   vas de sistematização, monitoramento e avaliação de projetos como
   instrumentos de gestão e aprendizagem coletiva.

d) Apresentar ao monitor o sistema informatizado de monitoramento
   do Programa Telecentros.BR e permitir a compreensão de seu papel
   na inserção de dados no sistema.

                                    49
II – Conteúdos propostos:

a) Noções de administração com foco em telecentros e projetos.

b) Noções de elaboração e gestão de projetos.

c) Noções de gestão financeira e contabilidade de projetos sociais.

d) Captação de recursos.

e) Utilização de sistemas informatizados de registro de usuários em
   software livre.

f) Ferramentas tecnológicas de gestão em software livre.

g) Diferenças entre controle, monitoramento e avaliação.

h) Monitoramento como instrumento de gestão.

i) Ferramentas tecnológicas de suporte ao monitoramento.

j) Elaboração e aplicação de técnicas de monitoramento participativo,
   com foco na definição coletiva de indicadores e nos instrumentos
   para a coleta de dados.

k) Metodologias participativas de avaliação do telecentro.

l) Sistematização participativa de resultados.

m) Autoavaliação.




                                   50
2. Participação comunitária
I – Objetivos pedagógicos:

a) Habilitar o monitor do telecentro para articulação da comunidade
   junto ao telecentro como espaço de integração do uso das tecnolo-
   gias da informação e comunicação ao cotidiano local.

b) Fomentar a inserção da unidade local na política pública de inclusão
   digital e o aproveitamento das redes de formação e dos diversos pro-
   jetos para fortalecimento conjunto e recíproco.

c) Sensibilizar o monitor do telecentro para a importância do comitê/
   conselho local da unidade na articulação comunitária e estimular
   habilidades de relação do monitor do telecentro com o conselho, a
   comunidade e os agentes externos envolvidos.

d) Promover a elaboração e gestão de projetos comunitários de de-
  senvolvimento local a partir do telecentro, com uso das tecnologias
  da informação e comunicação, nas diversas dimensões: econômica,
  social, cultural, política, ambiental, científica e tecnológica.

e) Permitir o aprofundamento dentro de temas de desenvolvimento que
   mais se mostrem pertinentes à realidade do telecentro, considerando
   o diálogo deste espaço com o entorno e a região em que se localiza.

II – Conteúdos propostos:

a) Atendimento universal (cidadania, direitos humanos).

b) Mobilização e participação comunitária.

                                  51
c) Formação de comitê/conselho local e elaboração de estatutos.

d) Articulação e participação em rede (inclui prevenção a spam e segu-
   rança na internet, ética da rede, colaboração em rede).

e) Interação com o poder público por meio das tecnologias da informa-
   ção e comunicação (inclui serviços de governo eletrônico).

f) Diagnóstico local participativo.

g) Elaboração e gestão de projetos em inter-relação com as potencia-
   lidades locais (ênfase em captação de recursos, apoios e parcerias
   junto aos setores público e privado).



3. Tecnologia da informação
I – Objetivos pedagógicos

a) Habilitar o monitor do telecentro na instalação e manutenção técni-
   ca básica da infraestrutura tecnológica da unidade (não deve se con-
   fundir com suporte técnico, a ser realizado por rede especializada).

b) A formação temática em tecnologia da informação é técnica, visan-
   do desenvolver habilidades específicas.

c) Poderá se desdobrar em desenvolvimento de softwares livres, manu-
   tenção e recondicionamento de hardware; infraestrutura de redes,
   entre outros.




                                      52
II – Conteúdos propostos:

a) Noções básicas de hardware e de software livre.

b) Navegação e ferramentas da internet.

c) Instalação e uso de aplicativos (básicos, intermediários e avançados).

d) Conectividade e infraestrutura técnica de redes.

e) Desenvolvimento de softwares e jogos.

f) Manutenção e recondicionamento de computadores.

g) Metareciclagem e robótica livre.

h) Acessibilidade (adaptações técnicas para uso das tecnologias da in-
   formação e comunicação por pessoas com restrições de mobilidade,
   visão, audição e outras necessidades especiais).



4. Produção e publicação de conteúdos
I – Objetivos pedagógicos:

a) Habilitar o monitor do telecentro na produção de conteúdos digi-
   tais em formatos variados (áudio, vídeo, textos, imagens), utilizando
   software livre, para difusão pela web, na própria comunidade e em
   outros canais.




                                   53
b) Promover a percepção de que um site da comunidade, a produção
   de notícias locais, blogs, fotos etc. são importantes instrumentos
   para a mobilização comunitária, a efetiva apropriação da tecnologia
   pelo público do telecentro e a articulação do espaço aos projetos e
   políticas de desenvolvimento local.

II – Conteúdos propostos:

a) Produção e edição de texto, utilizando software livre.

b) Produção e edição de vídeo, utilizando software livre.

c) Produção e edição de áudio, utilizando software livre.

d) Produção e edição de imagens, utilizando software livre.

e) Construção de páginas de internet, utilizando software livre.

f) Construção de blogs, utilizando software livre.

g) Construção e gerenciamento de conteúdos colaborativos.

h) Comunicação comunitária.

i) WebRadio e WebTV.

j) Direitos autorais, Creative Commons e General Public Licence (GPL).
Formação de Monitores Telecentros
Formação de Monitores Telecentros

Más contenido relacionado

Similar a Formação de Monitores Telecentros

Edital para a seleção de monitores bolsistas final
Edital para a seleção de monitores bolsistas finalEdital para a seleção de monitores bolsistas final
Edital para a seleção de monitores bolsistas finalMoisés Rodrigues
 
Orientações para Criação do NTM - PROINFO
Orientações para Criação do NTM - PROINFOOrientações para Criação do NTM - PROINFO
Orientações para Criação do NTM - PROINFORobson Freire
 
Tic centros-publicos-de-acesso-2013-12112014
Tic centros-publicos-de-acesso-2013-12112014Tic centros-publicos-de-acesso-2013-12112014
Tic centros-publicos-de-acesso-2013-12112014Alessandro Maia
 
Apresentacao projeto formação
Apresentacao projeto formaçãoApresentacao projeto formação
Apresentacao projeto formaçãoGESAC
 
Capa de Plano de Inclusão Digital da Embrapa
Capa de Plano de Inclusão Digital da EmbrapaCapa de Plano de Inclusão Digital da Embrapa
Capa de Plano de Inclusão Digital da EmbrapaAna Szerman
 
Responsabilidade Socioambiental
Responsabilidade SocioambientalResponsabilidade Socioambiental
Responsabilidade Socioambientaldataprev
 
Decreto nº 6.300 2007 -- pro info
Decreto nº 6.300 2007 -- pro infoDecreto nº 6.300 2007 -- pro info
Decreto nº 6.300 2007 -- pro infoCabana Das Letras
 
Estrategias Para O Uso Das Tic
Estrategias Para O Uso Das TicEstrategias Para O Uso Das Tic
Estrategias Para O Uso Das Ticprojectotisa
 
Apresentação do Plano de Comunicação
Apresentação do Plano de ComunicaçãoApresentação do Plano de Comunicação
Apresentação do Plano de ComunicaçãoCleonaldo
 
Apresentação Plano de Comunicação SLTI
Apresentação Plano de Comunicação SLTIApresentação Plano de Comunicação SLTI
Apresentação Plano de Comunicação SLTIGovBR
 
Iniciativa e-Government, Software Público (http://www.softwarepublico.gov.pt/)
Iniciativa e-Government, Software Público (http://www.softwarepublico.gov.pt/)Iniciativa e-Government, Software Público (http://www.softwarepublico.gov.pt/)
Iniciativa e-Government, Software Público (http://www.softwarepublico.gov.pt/)Rui Miguel
 

Similar a Formação de Monitores Telecentros (20)

Edital para a seleção de monitores bolsistas final
Edital para a seleção de monitores bolsistas finalEdital para a seleção de monitores bolsistas final
Edital para a seleção de monitores bolsistas final
 
Orientações para Criação do NTM - PROINFO
Orientações para Criação do NTM - PROINFOOrientações para Criação do NTM - PROINFO
Orientações para Criação do NTM - PROINFO
 
Tic centros-publicos-de-acesso-2013-12112014
Tic centros-publicos-de-acesso-2013-12112014Tic centros-publicos-de-acesso-2013-12112014
Tic centros-publicos-de-acesso-2013-12112014
 
Edital 104 2014 sagi_republicação
Edital 104 2014 sagi_republicaçãoEdital 104 2014 sagi_republicação
Edital 104 2014 sagi_republicação
 
Edital 104 2014 sagi
Edital 104 2014 sagiEdital 104 2014 sagi
Edital 104 2014 sagi
 
Apresentacao projeto formação
Apresentacao projeto formaçãoApresentacao projeto formação
Apresentacao projeto formação
 
Lei Federal 14533 2023 - Educação Digital.pdf
Lei Federal 14533 2023 - Educação Digital.pdfLei Federal 14533 2023 - Educação Digital.pdf
Lei Federal 14533 2023 - Educação Digital.pdf
 
I encontro
I encontroI encontro
I encontro
 
Memo Diusp Cadastro Telecentros
Memo Diusp Cadastro TelecentrosMemo Diusp Cadastro Telecentros
Memo Diusp Cadastro Telecentros
 
Capa de Plano de Inclusão Digital da Embrapa
Capa de Plano de Inclusão Digital da EmbrapaCapa de Plano de Inclusão Digital da Embrapa
Capa de Plano de Inclusão Digital da Embrapa
 
Responsabilidade Socioambiental
Responsabilidade SocioambientalResponsabilidade Socioambiental
Responsabilidade Socioambiental
 
Apresentação de Jefferson de Oliveira
Apresentação de Jefferson de OliveiraApresentação de Jefferson de Oliveira
Apresentação de Jefferson de Oliveira
 
Decreto nº 6.300 2007 -- pro info
Decreto nº 6.300 2007 -- pro infoDecreto nº 6.300 2007 -- pro info
Decreto nº 6.300 2007 -- pro info
 
Estrategias Para O Uso Das Tic
Estrategias Para O Uso Das TicEstrategias Para O Uso Das Tic
Estrategias Para O Uso Das Tic
 
Documento Orientador da Rede de Formação - Janeiro 2011
Documento Orientador da Rede de Formação - Janeiro 2011Documento Orientador da Rede de Formação - Janeiro 2011
Documento Orientador da Rede de Formação - Janeiro 2011
 
Apresentação do Plano de Comunicação
Apresentação do Plano de ComunicaçãoApresentação do Plano de Comunicação
Apresentação do Plano de Comunicação
 
Apresentação Plano de Comunicação SLTI
Apresentação Plano de Comunicação SLTIApresentação Plano de Comunicação SLTI
Apresentação Plano de Comunicação SLTI
 
Iniciativa e-Government, Software Público (http://www.softwarepublico.gov.pt/)
Iniciativa e-Government, Software Público (http://www.softwarepublico.gov.pt/)Iniciativa e-Government, Software Público (http://www.softwarepublico.gov.pt/)
Iniciativa e-Government, Software Público (http://www.softwarepublico.gov.pt/)
 
BNDES
BNDESBNDES
BNDES
 
Formação de monitores do Polo Nordeste
Formação de monitores do Polo NordesteFormação de monitores do Polo Nordeste
Formação de monitores do Polo Nordeste
 

Más de Marcelo Henderson Salles

Práticas socioculturais e discurso resende pereira-2010
Práticas socioculturais e discurso  resende pereira-2010Práticas socioculturais e discurso  resende pereira-2010
Práticas socioculturais e discurso resende pereira-2010Marcelo Henderson Salles
 
Giving knowledge for free the emergence of open educational resources
Giving knowledge for free   the emergence of open educational resourcesGiving knowledge for free   the emergence of open educational resources
Giving knowledge for free the emergence of open educational resourcesMarcelo Henderson Salles
 
Fundamentos da educacao a distancia midias e ambientes virtuais
Fundamentos da educacao a distancia midias e  ambientes virtuaisFundamentos da educacao a distancia midias e  ambientes virtuais
Fundamentos da educacao a distancia midias e ambientes virtuaisMarcelo Henderson Salles
 

Más de Marcelo Henderson Salles (20)

atividade-mitose-pdf
atividade-mitose-pdfatividade-mitose-pdf
atividade-mitose-pdf
 
Tecnologia educacional-livro
Tecnologia educacional-livroTecnologia educacional-livro
Tecnologia educacional-livro
 
Tecn aprend vol1
Tecn aprend vol1Tecn aprend vol1
Tecn aprend vol1
 
Strategy ebooknew
Strategy ebooknewStrategy ebooknew
Strategy ebooknew
 
Práticas socioculturais e discurso resende pereira-2010
Práticas socioculturais e discurso  resende pereira-2010Práticas socioculturais e discurso  resende pereira-2010
Práticas socioculturais e discurso resende pereira-2010
 
Orientação didaticopedagocia ead
Orientação didaticopedagocia eadOrientação didaticopedagocia ead
Orientação didaticopedagocia ead
 
Objetos de aprendizagem
Objetos de aprendizagemObjetos de aprendizagem
Objetos de aprendizagem
 
Multimida na educação
Multimida na educaçãoMultimida na educação
Multimida na educação
 
Moodle
MoodleMoodle
Moodle
 
Moodle estategias pedagogicas
Moodle estategias pedagogicasMoodle estategias pedagogicas
Moodle estategias pedagogicas
 
Livro avaliacaoemead ead _ t_wiki
Livro avaliacaoemead   ead _ t_wikiLivro avaliacaoemead   ead _ t_wiki
Livro avaliacaoemead ead _ t_wiki
 
Inclusão digital
Inclusão digitalInclusão digital
Inclusão digital
 
Giving knowledge for free the emergence of open educational resources
Giving knowledge for free   the emergence of open educational resourcesGiving knowledge for free   the emergence of open educational resources
Giving knowledge for free the emergence of open educational resources
 
Gestao de cursos a distancia
Gestao de cursos a distanciaGestao de cursos a distancia
Gestao de cursos a distancia
 
Fundamentos de-educacao-a-distancia
Fundamentos de-educacao-a-distanciaFundamentos de-educacao-a-distancia
Fundamentos de-educacao-a-distancia
 
Fundamentos da educacao a distancia midias e ambientes virtuais
Fundamentos da educacao a distancia midias e  ambientes virtuaisFundamentos da educacao a distancia midias e  ambientes virtuais
Fundamentos da educacao a distancia midias e ambientes virtuais
 
Engaging interactions for e learning
Engaging interactions for e learningEngaging interactions for e learning
Engaging interactions for e learning
 
E learning strategy
E learning strategyE learning strategy
E learning strategy
 
E learning concepts and techniques
E learning concepts and techniquesE learning concepts and techniques
E learning concepts and techniques
 
Educação e ciberspaço
Educação e ciberspaçoEducação e ciberspaço
Educação e ciberspaço
 

Formação de Monitores Telecentros

  • 1. REDE NACIONAL DE FORMAÇÃO PARA INCLUSÃO DIGITAL CURSO DE FORMAÇÃO DE MONITORES DO TELECENTROS.BR MANUAL OPERACIONAL MARÇO DE 2010
  • 2. Ministério do Planejamento Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) Assessoria de Inclusão Digital Programa Telecentros.BR Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital Esplanada dos Ministérios, Bloco “C”, 3º Andar, Sala 300 CEP: 70046-900 – Brasília – DF Tel.: (61) 2020-1316 Fax: ( 61) 2020-1058 rede.telecentros@planejamento.gov.br http://www.inclusaodigital.gov.br/telecentros/rede
  • 3. Sumário 1. INTRODUÇÃO ...............................................................................5 2. REDE NACIONAL DE FORMAÇÃO PARA INCLUSÃO DIGITAL .......7 3. CURSO DE FORMAÇÃO DE MONITORES DO TELECENTROS.BR.....8 3.1. Resumo.............................................................................................. 8 3.2. Objetivo e Metas ............................................................................. 12 3.3. Diretrizes pedagógicas ..................................................................... 13 3.4. Estrutura do curso ............................................................................ 14 3.4.1. Metodologia e conteúdos ........................................................... 14 3.4.2. Carga horária e módulos ............................................................ 18 3.4.3. Material pedagógico .................................................................. 22 3.4.4. Avaliação e monitoramento ........................................................ 23 3.5. Gestão da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital ............. 23 3.5.1. Polo Nacional ............................................................................. 25 3.5.2. Polos Regionais ......................................................................... 25 3.5.3. Iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR .................. 26 3.5.4. Telecentros ................................................................................. 27 3.6. Etapas e cronograma de execução .................................................... 27 4. SELEÇÃO, RECURSOS DISPONÍVEIS E FORMA DE EXECUÇÃO ....33 LISTA DE TERMOS .........................................................................35 ANEXO A: Modalidades de ensino .................................................39 A.1. Educação a distância (EaD) ........................................................... 39 A.2. Educação presencial...................................................................... 44 ANEXO B: Detalhamento dos eixos temáticos .............................45 1. Gestão do telecentro, monitoramento e avaliação ............................. 45 2. Participação comunitária .................................................................. 47 3. Tecnologia da informação ................................................................. 48 4. Produção e publicação de conteúdos ................................................ 49
  • 4.
  • 5. 1. Introdução O Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades – Telecentros.BR, instituído pelo Decreto nº 6.991, de 27 de outubro de 2009 e regulamentado pela Portaria Interministerial nº 535 MP/MCT/ MC, de 31 de dezembro de 2009, no âmbito da política de inclusão digital do Governo Federal, tem como objetivo desenvolver ações que possibilitem a implantação e a manutenção de telecentros públicos e comunitários em todo o território nacional. O colegiado de coordena- ção do Programa é composto pelos Ministérios da Ciência e Tecnolo- gia, das Comunicações e do Planejamento, Orçamento e Gestão, sendo este último o responsável pela coordenação executiva. Para fins do Programa, telecentros públicos e comunitários são espa- ços que proporcionam acesso público e gratuito às tecnologias da in- formação e comunicação, com computadores conectados à internet, disponíveis para múltiplos usos, incluindo navegação livre e assistida, cursos e outras atividades de promoção do desenvolvimento local em suas diversas dimensões, sob responsabilidade de uma entidade local de natureza pública ou privada sem fins lucrativos. O Programa oferta aos telecentros equipamentos de informática no- vos com mobiliário ou recondicionados sem mobiliário, conectividade à internet, bolsas para monitores (agentes de inclusão digital destes espaços) e formação para monitores bolsistas e não bolsistas. 5
  • 6. O apoio aos telecentros se dá por intermédio de iniciativas, que são pro- gramas, projetos ou ações, em andamento ou planejadas, para implan- tação e funcionamento de telecentros sob responsabilidade de entidade proponente. As iniciativas são escolhidas mediante seleção pública. O Programa Telecentros.BR conta com as iniciativas na garantia do fun- cionamento das unidades sob suas diretrizes, tais como universalidade e gratuidade do atendimento ao público, qualidade das instalações e da infraestrutura tecnológica e, em especial, na presença de agentes de inclusão digital locais que mobilizem a comunidade à apropriação do espaço do telecentro e de suas ferramentas na melhoria da vida coletiva de seu entorno. Tendo em vista o aperfeiçoamento, melhoria da qualidade e continui- dade das ações promovidas pelos telecentros, será constituída a Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital, que visa à formação per- manente e continuada, em larga escala, dos agentes de inclusão digital dos telecentros apoiados pelo Programa Telecentros.BR. O presente documento apresenta a concepção geral da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital, a ser constituída sob a gerência do Ministério do Planejamento no âmbito do Programa Telecentros.BR. 6
  • 7. 2. Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digital A Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digital é um conjunto de atividades de qualificação de agentes de inclusão digital, nas mo- dalidades a distância e presencial, oferecidas no âmbito do Programa Telecentros.BR. O objetivo geral da Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digital é desenvolver ações conjuntas (entre órgãos do Governo Federal, es- tados, municípios e sociedade civil) que possibilitem a formação conti- nuada, em larga escala, de agentes de inclusão digital dos telecentros apoiados pelo Programa Telecentros.BR. No Brasil, há um rico conjunto de processos de formação para inclusão digital, porém, muitas vezes realizados de forma isolada, fragmenta- da e pontual. Espera-se que, por intermédio da Rede de Formação, as diferentes iniciativas de formação para inclusão digital existentes no Brasil articulem-se entre si para pactuar as diretrizes, princípios, mis- são, objetivos, critérios e procedimentos para a condução de processos formativos no âmbito da inclusão digital. Além disso, espera-se a cons- trução de uma agenda integrada, otimizando esforços e recursos na realização das atividades. 7
  • 8. O primeiro projeto da Rede de Formação é a execução do Curso de For- mação para monitores1 bolsistas e não bolsistas dos telecentros apoia- dos pelo Programa Telecentros.BR, mediante a seleção de instituições habilitadas à condução do processo. 1 Tendo em vista a relevância do papel dos gestores de telecentros no apoio ao processo de aprendizagem dos monitores, está previsto, no âmbito do projeto, um módulo de formação específico para este público. 8
  • 9. 3. Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR 3.1. Resumo O Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR é o primeiro pro- jeto da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital e visa a for- mação de monitores dos telecentros apoiados pelo Programa Telecentros.BR no período de 2010 a 2011, por meio de um curso de qualificação básica2 de doze meses de duração, na modalidade a distância, com algumas atividades presenciais. A meta do Curso de Formação é formar aproximadamente dez mil mo- nitores, sendo oito mil bolsistas do Programa Telecentros.BR e dois mil não bolsistas que atuam nos telecentros apoiados pelo Programa. O monitor é a pessoa responsável pelo atendimento ao público no espa- ço do telecentro, auxiliando e propondo processos que permitam aos frequentadores fazer uso das tecnologias da informação e comunica- ção disponíveis de maneira articulada ao desenvolvimento da comuni- dade. Considera-se monitor bolsista o jovem de baixa renda, com idade entre 16 e 29 anos3, morador da comunidade em que o telecentro 2 Cursos não sujeitos a regulamentação legal, que oferecem, a jovens e adultos, com escolari- dade variável, preparação para o domínio de competências necessárias ao exercício profissional, visando à sua profissionalização, requalificação e/ou reprofissionalização. 3 A faixa etária do monitor bolsista – jovem entre 16 e 29 anos – foi definida em função da po- lítica nacional de juventude, que prevê ações para este público em situação de vulnerabilidade social e com dificuldades de inserção no mercado de trabalho. Os procedimentos para a concessão de bolsas para os monitores estarão descritos em Portaria Conjunta entre o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, que determinará o processo de seleção de 9
  • 10. está localizado, estudante do ensino fundamental ou médio, ou com o ensino médio concluído, selecionado para atuar como monitor do espaço, que recebe auxílio financeiro do Programa Telecentros.BR. A bolsa, concedida pelo CNPq/MCT, terá duração de doze meses e estará vinculada à participação nas atividades do Curso de Formação. Monitor não bolsista é a pessoa que atua no telecentro sem receber auxílio fi- nanceiro do Programa Telecentros.BR, e que poderá participar do Curso de Formação, caso autorizado. O Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR deve propiciar o desenvolvimento de um conjunto de competências individuais, sin- tetizado pela habilidade de usar as tecnologias da informação e co- municação como ferramentas para alavancar transformações sociais na comunidade em que o monitor está inserido. Para alcançar este objetivo de aprendizagem, o Curso de Formação foi estruturado em dois eixos pedagógicos: a) elaboração e implementação de projetos comunitários, que é uma ação prática envolvendo a comunidade do entorno do telecentro para a resolução de questões de interesse local; b) acesso a conteúdos e atividades formativas a partir de qua- tro eixos temáticos: • Gestão do telecentro, monitoramento e avaliação. • Participação comunitária. monitores bolsistas, em conformidade com as diretrizes definidas pelo Colegiado de Coordenação-Geral do Programa Telecentros.BR. 10
  • 11. • Tecnologia da informação. • Produção e publicação de conteúdos. A organização do curso é modular: a) o primeiro módulo apresentará o panorama geral dos quatro eixos temáticos de forma articulada entre si; b) o segundo módulo propiciará o adensamento conceitual e prático em cada eixo temático e c) o terceiro módulo será a aplicação prática dos conteúdos por meio do projeto comunitário. Serão produzidos conteúdos, materiais pedagógicos e atividades es- pecialmente para essa formação. Além disso, serão ofertados, como parte integrante dos módulos, os cursos próprios das iniciativas de inclusão digital dos órgãos federais, das iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR e de outras iniciativas significativas de for- mação para inclusão digital. Esses cursos serão certificados e inte- grados à grade de formação quando convergirem com as diretrizes e objetivos dos módulos. O curso terá carga horária total de 480 horas. Serão organizadas tur- mas de cursistas que iniciarão as atividades em diferentes períodos, de acordo com o calendário de concessão de bolsas para os monitores do Programa Telecentros.BR. Cada turma concluirá o curso após doze meses do início das atividades. Os monitores cursistas participantes de todos os módulos da formação receberão certificado. Cinco Polos Regionais, um para cada região do país (Norte, Nordes- te, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), serão responsáveis pela formação dos monitores, com o apoio das iniciativas participantes do Progra- 11
  • 12. ma Telecentros.BR e sob a supervisão do Polo Nacional, vinculado à Coordenação da Rede de Formação, conduzida pelo Ministério do Planejamento. Caberá ao Polo Nacional a coordenação pedagógica do Curso de For- mação dos monitores, sendo este responsável pela articulação, integra- ção e interlocução com os Polos Regionais. Uma das principais atribui- ções do Polo Nacional é o desenvolvimento, em âmbito nacional, dos conteúdos nos quatro eixos temáticos e de seus respectivos materiais pedagógicos e atividades. Caberá aos Polos Regionais a implementação do Curso de Formação dos monitores, sendo responsáveis pela articulação, integração e inter- locução com as iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR de suas respectivas regiões. Cada Polo Regional fará a adaptação dos conteúdos ao contexto regional, assim como a elaboração de materiais pedagógicos e o desenvolvimento de atividades voltadas às especifici- dades locais. Os cinco Polos Regionais e o Polo Nacional serão conduzidos, cada um, por uma entidade habilitada, selecionada por meio de edital4. Essas entidades estarão em constante diálogo com a Coordenação da Rede de Formação. Portanto, serão selecionadas seis entidades no total, sen- do cinco entidades para os respectivos Polos Regionais e uma entidade para o Polo Nacional. 4 Nas regiões com demanda efetiva de atendimento superior a 1.500 cursistas, poderá ser selecionada mais de uma entidade para compor o respectivo Polo Regional. 12
  • 13. O período total para a execução do projeto de formação dos monitores é de dezoito meses. Este tempo compreende a etapa de estruturação e a realização do curso em si, de acordo com o calendário escalonado de turmas de monitores. A etapa de estruturação do curso será realizada conjuntamente entre as entidades selecionadas pelos editais e a Coor- denação da Rede de Formação. As atividades de monitoramento e de avaliação deste projeto, englo- bando o período total de dezoito meses entre estruturação e execução, receberão atenção especial. Isso porque a análise do desempenho na execução de atividades e dos resultados obtidos possibilitará a elabo- ração de recomendações para aperfeiçoamento de novos programas e projetos de formação para agentes de inclusão digital e, principalmen- te, para a consolidação da Rede de Formação. 3.2. Objetivo e Metas Objetivo • Qualificar os monitores dos telecentros apoiados pelo Programa Tele- centros.BR para atuarem como promotores da efetiva inclusão digital e social da população e da apropriação comunitária dos telecentros. Metas • Formar 8.000 jovens monitores bolsistas dos telecentros apoiados pelo Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunida- des – Telecentros.BR, no período de 2010 a 2011. 13
  • 14. • Formar 2.000 monitores não bolsistas dos telecentros apoiados pelo Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades – Telecentros.BR, no período de 2010 a 2011. 3.3. Diretrizes pedagógicas Objetivos comuns, ações compartilhadas e resultados benéficos para todos. As diretrizes pedagógicas do curso estão voltadas ao desenvolvimento da autonomia e de valores éticos dos agentes de inclusão digital, por meio de processos formativos participativos, cooperativos e solidários. Buscam contemplar as diferenças entre as comunidades urbanas e ru- rais, o respeito e a valorização da diversidade étnico-racial e sexual, o equilíbrio nas relações de gênero e intergeracionais, entre outros. As atividades devem partir de uma perspectiva sistêmica da realidade, por meio da metodologia de resolução de problemas locais concretos, tendo em vista a apropriação do telecentro pela comunidade de seu entorno. O trabalho a partir de eixos temáticos e com enfoque em pro- jetos comunitários oferecerá repertório, orientação prática e sistemati- zada para facilitar sua adequação a cada realidade local. A formação, além de orientar, busca o desenvolvimento de potencialidades que o indivíduo possui, valorizando o saber local e incentivando a formação de sujeitos autônomos. Por fim, a promoção de processos cooperativos na Rede de Forma- ção, como a pesquisa e a produção coletiva, incentivará a construção 14
  • 15. de uma identidade coletiva – uma rede social de agentes de inclusão digital atuante nas comunidades. A familiarização e desmistificação das tecnologias facilitará a aproximação da comunidade aos diferentes tipos de artefatos tecnológicos para que possam fazer uso de suas possibilidades em busca da autonomia, da ação colaborativa em rede e da transformação social. 3.4. Estrutura do curso 3.4.1. Metodologia e conteúdos O Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR é um curso de qualificação básica que será desenvolvido na modalidade a distância (detalhamento no anexo A), a partir da interação do tutor com os cursistas, via internet, por meio de ambiente colaborativo Moodle, na versão definida pela Coordenação da Rede de Formação, acessível a partir do Portal da Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digi- tal. As atividades do curso terão como referência a utilização de siste- mas operacionais e aplicativos (softwares) livres e de código aberto. O curso estará disponível também offline, via material impresso e multimídia. Estão previstas algumas atividades presenciais, de caráter vivencial e prático. Sempre que possível, será incentivado o encontro presencial dos monitores nos eventos promovidos pelas iniciativas de inclusão digital dos órgãos federais, pelas iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR e em outros eventos significativos de inclusão digital. 15
  • 16. O Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR deve propi- ciar o desenvolvimento de um conjunto de competências individu- ais, sintetizado pela habilidade de usar as tecnologias da infor- mação e comunicação como ferramentas para alavancar transformações sociais na comunidade em que o monitor está inserido. Esta macrocompetência, por sua vez, traz consigo três outras habilidades necessárias que deverão ser desenvolvidas no Curso de Formação: • que cada monitor tenha domínio técnico e instrumental das ferramentas relacionadas às tecnologias da informação e co- municação, no escopo desta formação; • que cada monitor atue de forma solidária, cooperativa e in- terativa com os seus colegas de formação e de trabalho; • que cada monitor tenha condições de se reconhecer e de atuar como agente de transformação social na comunidade onde está inserido. O foco do Curso de Formação não será a transmissão de conteúdos técnicos e instrumentais relacionados às tecnologias da informação e comunicação, mas sim o aprendizado e utilização destas tecnologias de forma cooperada, com vistas a contribuir para a transformação so- cial da comunidade em que o monitor está inserido. Este é o principal diferencial deste processo de formação. Em função das competências e habilidades que o Curso de Formação pretende desenvolver e à luz dos seus objetivos, sua metodologia foi 16
  • 17. estruturada em dois eixos pedagógicos: a) a elaboração e implemen- tação de projetos comunitários, que transformam em ações práticas os conteúdos trabalhados e b) o acesso a conteúdos e atividades formati- vas a partir de quatro eixos temáticos, detalhados no anexo B: Eixo Temático 1: Gestão do telecentro, monitoramento e avaliação Aplicação de técnicas de gestão administrativa, financeira e contábil para telecentros e seus projetos. Uso de sistemas informatizados de registro de usuários. Métodos participativos de sistematização, moni- toramento e avaliação de projetos comunitários como instrumentos de gestão e aprendizagem coletiva. Eixo Temático 2: Participação comunitária Abordagem de métodos participativos para incentivar o envolvimento da comunidade na gestão do telecentro e na implementação de proje- tos voltados para temáticas de interesse coletivo – apropriação comu- nitária do telecentro. Neste eixo temático também serão apresentadas as possibilidades de utilização de tecnologias da informação e comu- nicação pela comunidade para acesso a serviços públicos e interação com o poder público – canal de cidadania. 17
  • 18. Eixo Temático 3: Tecnologia da informação Conhecimentos técnicos para instalação e manutenção básica da infraestrutura técnica do telecentro; instalação, uso e desenvolvi- mento de softwares livres; manutenção e recondicionamento de hardware; infraestrutura de redes, entre outros. Eixo Temático 4: Produção e publicação de conteúdos Ênfase na produção de conteúdos locais como instrumento de mo- bilização comunitária e de articulação com os projetos e políticas de desenvolvimento local. Técnicas para produção de conteúdos digitais em formatos variados (texto, vídeo, áudio, imagens) para difusão pela internet, na própria comunidade e em outros canais. Pretende-se incorporar aos eixos temáticos materiais, atividades e cursos oferecidos por ações federais de caráter transversal. Exemplos disso são os temas da transparência e controle democrático promo- vidos pela Controladoria-Geral da União (CGU), os serviços governa- mentais via internet que facilitam a vida do cidadão (governo eletrô- nico), as ações de educação ambiental desenvolvidas pelo Ministério do Meio Ambiente e outras ações de promoção de direitos em sentido amplo, relacionados à saúde, educação, previdência social, juventude, infância e adolescência, gênero, combate ao racismo, paz, território, entre outros. 18
  • 19. 3.4.2. Carga horária e módulos O curso será desenvolvido em três módulos com carga horá- ria total de 480 horas distribuídas em doze meses de ativida- des. O cursista dedicará aproximadamente 10 horas semanais para a formação ao longo de um ano5. Em cada região, os conteúdos dos módulos serão adaptados de acordo com as especificidades locais e público (comunidades rurais, quilombolas, indígenas etc.), porém, seguindo as diretrizes estabelecidas no projeto pedagógico nacional, que será defi- nido pelo Polo Nacional conjuntamente com os Polos Regionais, em interlocução com a Coordenação da Rede de Formação. No ambiente virtual de aprendizagem, estará disponível o conteúdo nacional, co- mum a todas as regiões do Brasil. Além disso, haverá um espaço para cada região desenvolver seu próprio conteúdo. As atividades próprias de formação das iniciativas de inclusão digital dos órgãos federais, das iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR e de outras ini- ciativas significativas de formação para inclusão digital poderão ser oferecidas como parte integrante do curso, quando convergirem com os objetivos e diretrizes dos módulos propostos. O objetivo do primeiro módulo, ou módulo básico, é traçar o pa- norama geral dos quatro eixos temáticos, de forma articulada entre si. Tendo em vista a diversidade curricular dos cursistas, este módulo 5 O bolsista do Programa Telecentros.BR dedicará 20 horas semanais para atendimento no tele- centro e 10 horas semanais para a formação. Portanto, sua carga horária total será de 30 horas semanais (6 horas diárias). 19
  • 20. buscará garantir o mesmo repertório conceitual para todos, sendo este módulo a base comum do curso. Os conteúdos, atividades e materiais pedagógicos deste módulo serão desenvolvidos exclusivamente para o curso. A carga horária total do primeiro módulo é de 80 horas. O objetivo do segundo módulo é o adensamento conceitual em cada um dos eixos temáticos. Os monitores poderão optar por aprofundar-se em um ou mais eixos temáticos, de acordo com a sua necessidade e/ou experiência. Cada eixo temático oferecerá atividades em diferentes níveis de aprofundamento, referenciados como básico, intermediário e avançado. É provável que os monitores apresentem diferentes níveis de conhecimento prévio em relação aos conteúdos e atividades oferecidas. Sendo assim, o curso deve prever mecanismos que atestem a aptidão do participante para atividades de nível mais avançado no assunto em questão. Neste módulo, serão integrados os cursos mapeados e selecionados junto às iniciativas parceiras. A carga horária total do segundo módulo é de 320 horas. O objetivo do terceiro módulo é a junção da aplicação prática dos conteúdos por meio do projeto comunitário. O projeto comunitário é uma ação prática envolvendo a comunidade do entorno do tele- centro, tendo em vista a resolução de questões de interesse local. A partir do cardápio de conteúdos acessado pelo monitor ao longo do curso, ele elaborará uma atividade que possibilite multiplicar, junto à comunidade, os conhecimentos construídos. Esta atividade pressupõe que o monitor desempenhe o papel de liderança comunitária, explo- rando ao máximo o telecentro como ferramenta para o desenvolvi- mento da comunidade. A elaboração do projeto será acompanhada 20
  • 21. pelos tutores do curso e pelo gestor da unidade. O planejamento e a implementação da ação serão compartilhados na plataforma de educação a distância da Rede de Formação, permitindo a troca de experiências entre os monitores, o conhecimento das diferentes re- alidades em todo o Brasil, auxílio mútuo nas dificuldades comuns e a construção de soluções coletivas. A semana de conclusão do curso ocorrerá ao final do terceiro módulo com a apresentação dos projetos comunitários e avaliação do processo via videoconferência. A carga horária total do terceiro módulo é de 80 horas. As atividades presenciais ao longo dos módulos serão realizadas de forma complementar às atividades a distância. A abertura do curso, início do primeiro módulo, será realizada em encontros presenciais mi- crorregionais. Nestes encontros, ocorrerá a apresentação do contexto do Curso de Formação no âmbito do Programa Telecentros.BR; a apre- sentação dos tutores e monitores; a ambientação da plataforma de educação a distância; a apresentação das estratégias pedagógicas, da estrutura do curso e dos requisitos para a certificação dos cursistas; e a promoção de atividades práticas (oficinas). Os monitores cursistas também participarão de atividades presenciais na Oficina para Inclusão Digital6 e nos encontros presenciais organi- zados pelas iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR e em eventos significativos da região, de forma complementar às atividades do segundo módulo. 6 Evento nacional realizado anualmente pelo Comitê Técnico de Inclusão Digital e parceiros. Cada edição ocorre em uma localidade diferente do país. Informações disponíveis no endereço de internet: http://oficina.inclusaodigital.gov.br/. 21
  • 22. Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR Presencial Abertura do curso, ambientação 1º 80h MÓDULO A Conceitos Básicos distância Integração dos quatro eixos temáticos Adensamento conceitual Eixo Eixo Eixo Eixo A temático 1 temático 2 temático 3 temático 4 2º distância MÓDULO Gestão do Participação Tecnologia Produção e 320h telecentro, comunitária da publicação monitoramento informação dos e avaliação conteúdos Atividades práticas na Oficina para Presencial Inclusão Digital e nos eventos regionais Elaboração do projeto comunitário 3º A 80h MÓDULO distância Conclusão do curso e avaliação TOTAL: 480h Os tutores online desempenharão um papel fundamental na media- ção do aprendizado individual e coletivo, de forma dialógica, dinâ- mica e interativa. Apesar disso, a autonomia dos cursistas para es- tudar sozinho pode ser comprometida pelo baixo letramento e pelas adversidades cotidianas enfrentadas por esses jovens em situação de vulnerabilidade social. Para superar este possível obstáculo, há necessidade de um acompanhamento presencial constante, que in- centive o monitor a participar ativamente das atividades do curso. Este acompanhamento será desempenhado pelo gestor da unidade em que o monitor atua. 22
  • 23. Sendo assim, além dos três módulos para a formação dos monitores, será elaborado um módulo específico para os gestores dos tele- centros, totalmente a distância, com o objetivo de fornecer subsídios para a sua atuação como agentes facilitadores da aprendizagem dos monitores e de sua atuação comunitária. 3.4.3. Material pedagógico O material pedagógico deve ser disponibilizado na plataforma cen- tralizada da Rede de Formação, no ambiente colaborativo Moodle, com base nos princípios da interação, da problematização, da resolu- ção de problemas e da cooperação. Deve apresentar como principais características: linguagem dialógica, leve e acessível, textos curtos, ilustrações, animações, áudios, vídeos e utilizar ferramentas de inte- ratividade. Para a elaboração do material pedagógico, devem ser considerados os objetivos a serem alcançados pelos cursistas em cada módulo. A partir dos objetivos, o material pedagógico deverá ser estruturado de forma que possibilite a relação autônoma do cursista com esse material. A produção de textos básicos, das atividades e a avaliação de aprendiza- gem devem considerar, ainda, os conhecimentos prévios dos cursistas. O Polo Nacional, sob a supervisão da Coordenação da Rede de Forma- ção, criará e fornecerá leiaute padrão para as atividades dos módulos a serem utilizados pelos Polos Regionais e pelas iniciativas parceiras na produção do material pedagógico. 23
  • 24. 3.4.4. Avaliação e monitoramento O Ministério do Planejamento orientará a organização da avaliação e monitoramento das atividades da Rede de Formação. O monitora- mento é o acompanhamento periódico de informações estratégicas do projeto, tanto de sua implementação quanto de seus resultados junto à população. Este trabalho estará integrado ao Sistema de Monitoramento do Programa Telecentros.BR, instrumento gerencial, constituído por um plano de monitoramento e um sistema informati- zado, voltado para a identificação e resolução de problemas a partir de indicadores e análises precisas. O Polo Nacional e os Polos Regio- nais serão responsáveis pela coleta e registro de dados no sistema in- formatizado de monitoramento, de forma sistemática, bem como pela condução da avaliação formativa do cursista, como parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, tendo por base as diretrizes da Rede de Formação. 3.5. Gestão da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital Cinco Polos, um para cada região do país (Norte, Nordeste, Centro- Oeste, Sudeste e Sul), serão responsáveis pela formação dos monitores, com o apoio das iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR, sob a supervisão do Polo Nacional. A Coordenação da Rede de Forma- ção cabe ao Ministério do Planejamento, responsável pela gestão ope- racional (celebração de convênios, repasse de recursos), suporte tecno- 24
  • 25. lógico para a plataforma de educação a distância, monitoramento do processo, além de supervisionar o Polo Nacional e os Polos Regionais. O Ministério do Planejamento realizará a seleção de instituições para a constituição dos Polos Regionais e do Polo Nacional, que comporão a equipe gestora do Curso de Formação dos Monitores do Telecentros. BR no âmbito regional e nacional, respectivamente, conforme esquema a seguir: Figura 1: Organograma da Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digital Coordenação da Rede de Formação: Ministério do Planejamento Gestão Comitê de Administrativa Sistema de Polo Formação Financeira e Monitoramento Nacional Nacional Tecnológica Polo Polo Polo Polo Polo Comitê de Regional Regional Regional Regional Regional Formação Centro- Norte Nordeste Sudeste Sul Regional Oeste entidades selecionadas por meio de edital de Iniciativa Iniciativa Iniciativa chamada pública 1 2 3, 4, 5... Telecentro Telecentro Telecentro Telecentro Telecentro 1 2 3 4 5, 6, 7... 25
  • 26. 3.5.1. Polo Nacional Vinculado à Coordenação da Rede de Formação, este componente será responsável pela coordenação pedagógica nacional do Curso de For- mação dos monitores. Fará a articulação, integração e interlocução com os Polos Regionais, coordenando e supervisionando suas atividades. Suas atribuições estão detalhadas no edital de chamamento público para seleção do Polo Nacional. O Polo Nacional trabalhará em consonância com o Comitê de Forma- ção Nacional, constituído pelos representantes das iniciativas de forma- ção para inclusão digital dos órgãos federais. Este comitê será responsável pela: articulação de suas iniciativas e de temas transversais do Governo Federal à Rede de Formação; validação dos conteúdos nos quatro eixos temáticos; criação de abordagens diferenciadas para comunidades urba- nas e rurais; valorização da diversidade étnico-racial e sexual, equilíbrio de gênero e das relações intergeracionais na metodologia e conteúdos propostos; mapeamento das iniciativas regionais de formação passíveis de replicação e visitas de monitoramento in loco, na medida do possível. 3.5.2. Polos Regionais Serão constituídos cinco Polos Regionais, cada um correspondente a uma região do país (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul). Cada Polo congregará as iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR da sua respectiva região. A abrangência exata de atuação dependerá, por- tanto, dos resultados da seleção de iniciativas participantes do Programa 26
  • 27. Telecentros.BR, realizada mediante edital próprio. Com este dado, será possível conhecer o número exato e a distribuição espacial dos telecen- tros a serem efetivamente apoiados em cada região. Caberá aos Polos Regionais formar os monitores das iniciativas parti- cipantes do Programa Telecentros.BR de suas respectivas regiões, em consonância com o Polo Nacional. Suas atribuições estão detalhadas no edital de chamamento público para seleção dos Polos Regionais. O Polo Regional trabalhará em consonância com o Comitê de Formação Regional, constituído pelos representantes das iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR e das iniciativas de órgãos federais de âmbito regional, que subsidiará a produção de conteúdo, atividades e materiais regionais; criação de abordagens diferenciadas para comunidades urba- nas e rurais; valorização da diversidade étnico-racial e sexual, equilíbrio de gênero e das relações intergeracionais na metodologia e conteúdos propostos; mapeamento das iniciativas regionais de formação passíveis de replicação e visitas de monitoramento in loco, na medida do possível. 3.5.3. Iniciativas participantes do Programa Tele- centros.BR As iniciativas são programas, projetos ou ações, em andamento ou pla- nejadas, para implantação e funcionamento de telecentros sob respon- sabilidade de entidade proponente. Escolhidas mediante seleção pública como participantes do Programa Telecentros.BR, congregam um conjun- to de telecentros na abrangência geográfica de sua área de atuação. 27
  • 28. No Curso de Formação, serão responsáveis pelo acompanhamento dos telecentros, viabilização da formação dos monitores dos telecentros e pelo registro de dados sobre os monitores e telecentros no sistema informatizado de monitoramento. 3.5.4. Telecentros Os telecentros públicos e comunitários são espaços que proporcionam acesso público e gratuito às tecnologias da informação e comunicação, com computadores conectados à internet, disponíveis para múltiplos usos, incluindo navegação livre e assistida, cursos e outras atividades de promoção do desenvolvimento local em suas diversas dimensões. O Curso de Formação será oferecido aos telecentros que compõem as inciativas participantes do Programa Telecentros.BR. Além da supervisão da entidade proponente responsável pela iniciativa, cada telecentro terá uma entidade responsável por sua gestão no âm- bito local. Estas entidades locais, por meio dos gestores das unidades, supervisionarão a participação dos monitores no Curso de Formação. 3.6. Etapas e cronograma de execução O período total para a execução do projeto é de dezoito meses após a assinatura do convênio ou termo de cooperação com as entidades selecionadas como Polos Regionais e Polo Nacional. Compreende a etapa de estruturação e a realização do curso em si, de acordo com o calendário escalonado de turmas de monitores. 28
  • 29. A etapa de estruturação do curso será realizada conjuntamente entre os Polos Regionais, o Polo Nacional e o Ministério do Planejamento, e terá duração de aproximadamente seis meses. Compreende, em linhas gerais: as atividades de mapeamento das iniciativas de formação já existentes e a elaboração do projeto pedagógico (conteúdos, atividades, materiais pedagógicos, a elaboração dos três módulos da formação, a seleção e a formação da equipe de educadores e tutores responsáveis pelas ativida- des). Nesse período também será estabelecida uma agenda integrada de formação para inclusão digital, com a inserção das atividades e materiais selecionados, mapeados junto às iniciativas parceiras, na grade de forma- ção nacional e regional. Até o terceiro mês do projeto, o módulo básico estará elaborado e será oferecido à primeira turma de monitores que já tiverem bolsas concedidas neste período7. O segundo e terceiro módulos estarão disponíveis a partir do sexto mês de execução do projeto. Figura 2: Etapas da execução Mês 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Estruturação do curso de formação Turmas do Curso de Formação – previsão mês 0 = assinatura do convênio ou termo de cooperação com as entidades selecionadas (Polos) mês 18 = encerramento do convênio ou termo de cooperação com as entidades selecionadas (Polos) 7 O Programa Telecentros.BR, por intermédio do MCT/CNPq, concederá as primeiras bolsas para monitores de telecentros que já estejam em pleno funcionamento e que, portanto, dependem das ativida- des práticas do monitor na unidade. 29
  • 30. Cronograma de execução LEGENDA: C = Coordenação da Rede de Formação CFN = Comitê de Formação Nacional CFR = Comitê de Formação Regional PN = Polo Nacional PR = Polo Regional ATIVIDADES RESP MÊS 1. Banco de Dados das Iniciativas 1.1. Mapeamento, classificação e categorização PN 1 CFN das atividades de formação das iniciativas de PR CFR inclusão digital dos órgãos federais, das iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR e de outras iniciativas significativas de formação para a inclusão digital. 1.2. Sistematização e consolidação das informações PN 1 PR sobre as atividades de formação das iniciativas de inclusão digital dos órgãos federais, das iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR e de outras iniciativas significativas de formação para a inclusão digital num banco de dados. 2. Perfil dos Monitores 2.1. Mapeamento do perfil dos monitores, suas PR 1 expectativas e demandas em relação a novas formações. 30
  • 31. ATIVIDADES RESP MÊS 3. Seminário Nacional 3.1. Realização do Seminário Nacional do Curso de C 1 PN Formação para: PR • socializar as atividades de formação das iniciativas de inclusão digital dos órgãos federais, das iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR e de outras iniciativas significativas de formação para a inclusão digital; • socializar o perfil dos monitores; • definir o projeto pedagógico do Curso de Formação para os monitores (metodologia, estrutura dos módulos, conteúdos formativos e seus respectivos materiais pedagógicos); • abordar os parâmetros para elaboração dos conteúdos: conceitos e temas geradores (comuns para todo o território nacional) e temas específicos por região; • discutir a plataforma de educação a distância e os instrumentos pedagógicos que podem ser inseridos; • elaborar o módulo básico da formação; • definir o Portal da Rede de Formação; 31
  • 32. ATIVIDADES RESP MÊS • discutir os critérios para credenciamento das entidades que têm iniciativas de formação para inclusão digital; • discutir os critérios para certificação das atividades de formação das entidades credenciadas para integrarem a grade de formação nacional; • discutir os critérios de seleção de tutores e coordenadores do Curso de Formação; • planejar o seminário de formação dos tutores; • definir um plano de comunicação; • discutir as diretrizes e organizar uma sistemática de avaliação do curso. 4. Curso de Gestão Administrativa e Financeira para Polos Regionais e Nacional 4.1. Realização do curso de gestão administrativa C 2 e financeira com as entidades para auxiliá-las na condução dos convênios e dos aspectos operacionais do projeto. 5. Agenda Integrada de Formação 5.1. Credenciamento de entidades que possuem PN 2 CFN iniciativas significativas de formação para inclusão PR CFR digital, constante no banco de dados das iniciativas (item 1 desta tabela). 32
  • 33. ATIVIDADES RESP MÊS 5.2. Certificação das atividades de formação das PN 2 CFN entidades credenciadas para integrarem a grade de PR CFR formação nacional. 6. Elaboração do Curso de Formação 6.1. Criação e desenvolvimento do módulo para PN 2a4 PR o gestor do telecentro e dos três módulos para os monitores – conteúdo, atividades e materiais pedagógicos. 6.2. Editoração e impressão dos materiais PN 3e4 PR pedagógicos nacionais e regionais. 6.3. Distribuição dos materiais pedagógicos PN 5e6 PR impressos. 6.4. Elaboração da arquitetura dos conteúdos na PN 3 plataforma de educação a distância. 6.5. Inclusão e configuração dos conteúdos, PN 4 atividades e materiais do Curso de Formação na plataforma de educação a distância. 6.6. Elaboração e produção do leiaute padronizado PN 4 para o curso na plataforma de educação a distância. 6.7. Promoção de oficina para ambientação da PN 4 PR plataforma de educação a distância. 6.8. Elaboração de um sistema de avaliação de PN 4 PR aprendizagem da formação. 33
  • 34. ATIVIDADES RESP MÊS 6.9. Organização dos espaços e logística para a PR 3a5 realização das atividades presenciais. 7. Formação de Coordenadores e Tutores do Curso 7.1. Seminário de formação para os formadores dos PN 4 PR Núcleos Educacionais dos Polos Regionais. 7.2. Seleção de tutores. PR 4 PN 7.3. Seminários regionais de formação de tutores. PR 5 PN 8. Formação dos Gestores dos Telecentros 8.1. Realização do módulo de formação para os PN 6a8 PR gestores dos telecentros, na modalidade a distância. 9. Formação dos Monitores 9.1. Organização das turmas de monitores. PN 4a6 PR 9.2. Realização da abertura do curso em encontros PN 6 PR presenciais microrregionais. 9.3. Realização dos três módulos de formação dos PN 6 a 18 PR monitores. 9.4. Realização de atividades em encontros PN * PR presenciais organizados pelas iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR e em eventos significativos na região. 34
  • 35. ATIVIDADES RESP MÊS 9.5. Realização de atividades presenciais com os PN ** PR monitores na Oficina para a Inclusão Digital. . 9.6. Realização da semana de conclusão do curso, PN 18 PR com a apresentação dos projetos comunitários via videoconferência. 9.7. Avaliação de aprendizagem ao final do curso. PN 18 PR 10. Comunicação 10.1. Implementação da central de atendimento PN 3 telefônica para tutores e monitores. 10.2. Divulgação das atividades por meio da PN 3 a 18 PR assessoria de comunicação. 10.3. Desenvolvimento e manutenção do Portal da PN 3 a 18 Rede de Formação. 11. Monitoramento 11.1. Registro de dados no sistema informatizado de PN 3 a 18 PR monitoramento, desenvolvido no âmbito do Programa Telecentros.BR. 11.2. Monitoramento do processo de implementação C 3 a 18 PN dos cursos e dos seus resultados. PR *Conforme disponibilidade. ** Conforme calendário definido pelo Comitê Técnico de Inclusão Digital para a realização da Oficina para a Inclusão Digital. 35
  • 36.
  • 37. 4. Seleção, recursos disponíveis e forma de execução A seleção das instituições responsáveis por cada Polo Regional e pelo Polo Nacional será realizada por meio de edital de chamamen- to público e ficará aberta para inscrições durante o período deter- minado. Poderão participar órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta, das esferas federal, estadual, distrital ou municipal, e entidades privadas sem fins lucrativos com atuação condizente ao tema. As proponentes deverão se inscrever com base nas diretrizes apre- sentadas no presente documento e nas orientações constantes no edital correspondente, disponível na internet, no endereço: http://www.inclusaodigital.gov.br/telecentros/rede. A seleção levará em conta a experiência prévia demonstrada pela pro- ponente, sua capacidade técnica operacional, a qualidade técnica da proposta e a adequação do orçamento apresentado. Após a seleção, e previamente à assinatura do convênio ou termo de cooperação, haverá uma oficina de trabalho presencial entre representantes das propostas avaliadas, de modo a construir conjuntamente os planos de trabalho e os termos de referência a serem efetivamente executados. A execução dos planos de trabalho aprovados será realizada mediante descentralização financeira por parte do Ministério do Planejamento, 37
  • 38. nos termos da legislação vigente, tendo como parâmetro o valor de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), por proponente, para a execução de atividades ao longo de 18 (dezoito) meses. Conforme o Decreto no 6.170, de 25 de julho de 2007, e a Portaria Interminis- terial no 127, de 29 de maio de 2008, no caso de instituições públicas federais, o instrumento previsto para descentralização é o termo de cooperação. Para órgãos e entidades públicas estaduais, distritais e municipais, organizações sociais de interesse público e outras instituições privadas sem fins lucrativos, prevê-se a celebração de convênio com cada partícipe de proposta aprova- da. As instituições proponentes devem atentar para a legislação e procedi- mentos administrativos e financeiros divulgados no endereço de internet: http://www.convenios.gov.br. 38
  • 39. Lista de termos I – Coordenação da Rede Nacional de Formação para a Inclusão Di- gital e Concedente junto às instituições selecionadas como Polos Re- gionais e como Polo Nacional: Ministério do Planejamento. II – Comitê de Formação Nacional: instância constituída pelos re- presentantes das iniciativas de formação para a inclusão digital dos órgãos federais, responsável por subsidiar as atividades do Polo Nacio- nal, no âmbito da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital do Programa Telecentros.BR. III – Comitê de Formação Regional: instância constituída pelos re- presentantes das iniciativas regionais de formação para a inclusão digi- tal e das iniciativas de órgãos federais de atuação na respectiva região, responsável por subsidiar as atividades dos Polos Regionais, no âmbito da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital do Programa Tele- centros.BR. IV – Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR: pro- jeto da Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digital, para qua- lificação dos monitores dos telecentros das iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR. V – Curso ou Atividade de Formação: compreende as atividades de qualificação dos monitores de telecentros. 39
  • 40. VI – Formação ou Educação a Distância (EaD): modalidade edu- cacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de en- sino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias da informação e comunicação, com participantes e educadores desenvol- vendo atividades com alta interação em lugares ou tempos diversos. VII – Iniciativa: programa, projeto ou ação, em andamento ou plane- jados, para implantação e funcionamento de telecentros sob responsa- bilidade de entidade proponente junto ao Programa Telecentros.BR. VIII – Monitor de Telecentro: pessoa responsável pelo atendimento ao público no espaço do telecentro, auxiliando e propondo processos que permitam aos frequentadores fazer uso das tecnologias da infor- mação e comunicação disponíveis, de maneira articulada ao desenvol- vimento da comunidade, podendo ser, no âmbito do Programa Telecen- tros.BR, monitor bolsista e não bolsista. a) Monitor Bolsista: jovem de baixa renda, com idade entre 16 e 29 anos, morador da comunidade em que o telecentro está localizado, seleciona- do para atuar como monitor do espaço, que recebe auxílio financeiro do Programa Telecentros.BR, participando e desenvolvendo atividades de formação presencial e a distância estabelecidas pelo Programa. b) Monitor não Bolsista: pessoa que atua no telecentro sem re- ceber auxílio financeiro do Programa Telecentros.BR, podendo participar de atividades de formação presencial e a distância ofe- recidas em seu âmbito, conforme estabelecido nas diretrizes do Programa Telecentros.BR. 40
  • 41. IX – Monitoramento: acompanhamento periódico de informações estratégicas do projeto, tanto de sua implementação quanto de seus resultados junto à população. X – Polo Nacional: componente da gestão do Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR, no âmbito da Rede Nacional de Forma- ção para Inclusão Digital, responsável pela coordenação pedagógica nacional do Curso de Formação dos monitores. XI – Polo Regional: componente da gestão do Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR, no âmbito da Rede Nacional de For- mação para Inclusão Digital, responsável pela formação dos monitores das iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR de sua respec- tiva região. XII – Plataforma de Educação a Distância: ambiente no qual as ati- vidades de formação a distância da Rede de Formação se desenvolverão, consistindo em infraestrutura de equipamentos disponíveis para acesso via internet, configurados com softwares livres e demais condições ne- cessárias à realização de cursos e outras atividades interativas remotas, oferecida e tecnologicamente mantida pela Concedente e seus parceiros. XIII – Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comu- nidades – Telecentros.BR: programa do Governo Federal de apoio a telecentros em nível nacional, mediante a oferta centralizada de equi- pamentos de informática, conectividade à internet, bolsas para monito- res e formação de monitores desses espaços, instituído pelo Decreto nº 6.991/2009 e regulamentado pela Portaria MP/MCT/MC nº 535/2009. 41
  • 42. XIV – Proponente: instituição com personalidade jurídica própria, responsável pelo envio de proposta referente ao edital de chamamen- to público para seleção de Polos Regionais ou Polo Nacional da Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digital. XV – Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digital: con- junto de atividades de qualificação de monitores bolsistas e não bolsis- tas, nas modalidades a distância e presencial, oferecidas no âmbito do Programa Telecentros.BR. XVI – Software Livre: no âmbito do Programa Telecentros.BR, refe- re-se a sistema operacional ou aplicativo (software) livre e de código aberto, ou seja, que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído sem restrição. XVII – Telecentro: espaço que proporciona acesso público e gratui- to às tecnologias da informação e comunicação, com computadores conectados à internet, disponíveis para múltiplos usos, incluindo na- vegação livre e assistida, cursos e outras atividades de promoção do desenvolvimento local em suas diversas dimensões. XVIII – Tutor: orientador de atividades de formação a distância com qualificação e perfil adequado, que será responsável pelo atendimento, via meios tecnológicos de comunicação (plataforma EaD, e-mail, tele- fone, entre outros), dos monitores de telecentros participantes do curso oferecido pela Rede Nacional de Formação para a inclusão Digital. 42
  • 43. Anexo A: Modalidades de ensino A.1. Educação a distância (EaD) Segundo o Decreto no 2.494/1998, a Educação a distância é uma for- ma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combi- nados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação. Os cursos e outras atividades a distância dos três módulos do Curso de Formação dos Monitores do Telecentros.BR serão oferecidos via inter- net e deverão seguir as diretrizes abaixo: I – A oferta de formação a distância deverá ser composta de cursos e ati- vidades que contemplem os conteúdos sugeridos junto aos eixos temáti- cos. Podem ser contemplados, ainda, conteúdos complementares correla- cionados, a serem avaliados pela Coordenação da Rede de Formação, em conjunto com o Polo Nacional, os Polos Regionais e parceiros. II – Os cursos devem ser licenciados em Creative Commons, em licença que permita o uso livre, com citação de autoria e sem fins comerciais. III – Os conteúdos dos cursos, materiais pedagógicos e atividades de- vem ser desenvolvidos e oferecidos em softwares livres. 43
  • 44. IV – Os conteúdos dos cursos e demais atividades devem ser oferecidos para download em formato PDF (Portable Document Format), sempre que as linguagens utilizadas assim permitirem. V – Os cursos e atividades a distância devem ser realizados em ambien- te virtual de aprendizagem na plataforma Moodle, na versão definida pela Coordenação da Rede de Formação. VI – Os cursos a distância devem ser baseados em tutoria, apoio con- siderado essencial para o processo formativo. Cada proposta deverá apresentar um plano de coordenação de tutoria. O tutor deve possuir o domínio do conteúdo do curso e das tecnologias de informação e comunicação, habilidade para estimular o interesse e a iniciativa do cursista como agente de seu próprio aprendizado e estar apto e dispos- to a seguir as diretrizes pedagógicas da Rede de Formação. VII – Os cursos e outras atividades a distância devem ser estruturados com base nas diretrizes da Rede de Formação e contar com pelo menos: a) Plano de curso: apresentando um resumo do curso, objetivos educa- cionais, indicando as competências e habilidades a serem desenvol- vidas, ementa e sistema de avaliação. b) Levantamento de informação: para definição dos conteúdos a serem abordados nos cursos e demais atividades a distância, devem ser utili- zadas as informações da captação de demandas e de pesquisa temáti- ca realizadas visando aos interesses e necessidades dos participantes. 44
  • 45. c) Manual do tutor: oferecido aos tutores dos cursos, deve ser individuali- zado para cada módulo do curso e propor uma rotina de procedimen- tos para cada uma das atividades a serem executadas pelo tutor. d) Manual do aluno (visível no ambiente do curso/atividade desde o pri- meiro dia): apresentado na página inicial do curso com as orientações necessárias ao aluno para que ele se organize e conheça a proposta. e) Informações sobre o sistema de avaliação de aprendizagem (visível no ambiente do curso/atividade desde o primeiro dia): deve conter siste- ma de notas, pontuação e/ou critérios adotados e apresentar datas das atividades que serão avaliadas e data de retorno aos alunos. VIII – A plataforma a ser utilizada – Moodle – contará com, pelo me- nos, as seguintes ferramentas pedagógicas: a) Fórum de notícias: contendo, em sua mensagem de apresentação, o seu objetivo de dar informações gerais sobre o curso, como eventos, atividades e alterações eventuais de cronograma, dentre outras. b) E-mail de ouvidoria: para onde os alunos possam enviar críticas, reclamações e sugestões durante todo o curso, as quais devem ser respondidas prontamente. c) Diário: ferramenta que serve como um caderno do aluno, em que ele faz suas anotações e observações sobre o curso. Seu uso deve ser estimulado e o aluno deve ser informado de que o recurso é visível apenas para o próprio aluno e para os tutores. 45
  • 46. d) Apostilas e materiais para download (formato PDF): muitos alunos preferem imprimir os textos do curso para estudar. O formato PDF favorece a impressão própria ao manuseio. e) Wikis ou DFWikis: podem ser usados para trabalhos colaborativos, em que todos podem dar suas contribuições, alterando o mesmo documento. f) Livros virtuais de domínio público: podem ser utilizados para organi- zar os conteúdos do curso de forma fácil e agradável para consulta. g) Fórum de apoio ao cursista: espaço para esclarecimento de questões relacionadas à estrutura e funcionamento do curso e à navegação no ambiente virtual Moodle. h) Café virtual: espaço de interação livre entre os cursistas. É um am- biente descontraído para debates de assuntos em geral. i) Fóruns para atividades de aprendizagem: espaço para estimular debates e a aprendizagem de forma dinâmica sobre os assuntos e temas relacionados aos conteúdos. As postagens podem ser recebi- das como um resumo diário dos conteúdos debatidos, para facilitar a leitura. Os tutores podem incentivar os estudantes a criarem grupos, enriquecendo o aprofundamento sobre temas de interesse coletivo. j) Fórum de tutores: ambiente exclusivo da equipe de tutores e coor- denadores do curso para trocar experiências e dirimir dúvidas em relação ao andamento das atividades ao longo do curso. 46
  • 47. k) Calendário das atividades: visualização constante dos eventos ao longo do curso. l) Espaço para materiais extras: ambiente para compartilhamento de arquivos e materiais não previstos no plano do curso, que podem ser disponibilizados pelos cursistas, coordenadores ou tutores. m) Avaliação: ferramentas para avaliação do curso, pesquisa de opinião rápida, ou enquetes e aplicação de questionários. IX – A plataforma a ser utilizada possivelmente contará também com: a) Chat (bate-papo): ambiente aberto durante todo o período do curso com o objetivo de integrar alunos que estão online. Deve conter em sua apresentação estímulo ao uso do espaço para interação online, síncrona. b) Videoconferência: para realização de palestras e conferências. X – Os materiais pedagógicos devem ser elaborados em linguagem dialógica, leve e acessível, com base nos princípios da interação, da interatividade, da cooperação, das relações horizontais entre os atores envolvidos e da problematização a partir do contexto socioeconômico e cultural dos cursistas. Sua estruturação deve permitir a relação au- tônoma do cursista com esse material e com o tutor. Deve apresentar como principais características: textos curtos, ilustrações, animações, áudios, vídeos, infográficos etc. Os materiais pedagógicos devem conter o planejamento completo da utilização dos objetos de aprendizagem e das ferramentas/recursos de interação disponíveis na plataforma, como 47
  • 48. fóruns, chats, blogs, wikis, entre outros, fomentando a criação de uma rede de aprendizagem que promova um ambiente de integração entre seus diferentes atores. XI – Entende-se por interação, no contexto da Rede de Formação, as conversações que acontecem, de forma síncrona ou assíncrona, no transcorrer das atividades realizadas; entende-se por interatividade toda ação realizada pelo usuário sobre um objeto de aprendizagem que resulte em modificação do conteúdo. A.2. Educação presencial As atividades presenciais devem ter um caráter vivencial e prático. Se- rão desenvolvidas oficinas partindo de um enfoque crítico, participati- vo, dialógico, cooperativo e emancipatório, sempre de acordo com as diretrizes da Rede de Formação. Para além da formação instrucional, as oficinas devem estimular o en- gajamento social e a formação de lideranças que promovam a apro- priação comunitária dos telecentros. Sempre que possível, as atividades serão realizadas nos eventos pro- movidos pelas iniciativas de inclusão digital dos órgãos federais, pelas iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR e em eventos de inclusão digital significativos da região, quando convergirem com os objetivos e diretrizes dos módulos propostos. 48
  • 49. Anexo B: Detalhamento dos eixos temáticos Os conteúdos do Curso de Formação estão organizados em quatro ei- xos temáticos. A divisão não deve significar uma concepção estática e fragmentada dos conteúdos. O curso deverá valorizar o diálogo e articulação entre eles. Os eixos temáticos sugeridos para o Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR são: 1. Gestão do telecentro, monitoramento e avaliação I – Objetivos pedagógicos: a) Habilitar o monitor do telecentro a lidar com aspectos da gestão adminis- trativa do espaço e dos recursos ali instalados ou passíveis de captação. b) Habilitar o monitor a lidar com os aspectos básicos da administração financeira do telecentro. c) Habilitar o monitor a desenvolver e aplicar metodologias participati- vas de sistematização, monitoramento e avaliação de projetos como instrumentos de gestão e aprendizagem coletiva. d) Apresentar ao monitor o sistema informatizado de monitoramento do Programa Telecentros.BR e permitir a compreensão de seu papel na inserção de dados no sistema. 49
  • 50. II – Conteúdos propostos: a) Noções de administração com foco em telecentros e projetos. b) Noções de elaboração e gestão de projetos. c) Noções de gestão financeira e contabilidade de projetos sociais. d) Captação de recursos. e) Utilização de sistemas informatizados de registro de usuários em software livre. f) Ferramentas tecnológicas de gestão em software livre. g) Diferenças entre controle, monitoramento e avaliação. h) Monitoramento como instrumento de gestão. i) Ferramentas tecnológicas de suporte ao monitoramento. j) Elaboração e aplicação de técnicas de monitoramento participativo, com foco na definição coletiva de indicadores e nos instrumentos para a coleta de dados. k) Metodologias participativas de avaliação do telecentro. l) Sistematização participativa de resultados. m) Autoavaliação. 50
  • 51. 2. Participação comunitária I – Objetivos pedagógicos: a) Habilitar o monitor do telecentro para articulação da comunidade junto ao telecentro como espaço de integração do uso das tecnolo- gias da informação e comunicação ao cotidiano local. b) Fomentar a inserção da unidade local na política pública de inclusão digital e o aproveitamento das redes de formação e dos diversos pro- jetos para fortalecimento conjunto e recíproco. c) Sensibilizar o monitor do telecentro para a importância do comitê/ conselho local da unidade na articulação comunitária e estimular habilidades de relação do monitor do telecentro com o conselho, a comunidade e os agentes externos envolvidos. d) Promover a elaboração e gestão de projetos comunitários de de- senvolvimento local a partir do telecentro, com uso das tecnologias da informação e comunicação, nas diversas dimensões: econômica, social, cultural, política, ambiental, científica e tecnológica. e) Permitir o aprofundamento dentro de temas de desenvolvimento que mais se mostrem pertinentes à realidade do telecentro, considerando o diálogo deste espaço com o entorno e a região em que se localiza. II – Conteúdos propostos: a) Atendimento universal (cidadania, direitos humanos). b) Mobilização e participação comunitária. 51
  • 52. c) Formação de comitê/conselho local e elaboração de estatutos. d) Articulação e participação em rede (inclui prevenção a spam e segu- rança na internet, ética da rede, colaboração em rede). e) Interação com o poder público por meio das tecnologias da informa- ção e comunicação (inclui serviços de governo eletrônico). f) Diagnóstico local participativo. g) Elaboração e gestão de projetos em inter-relação com as potencia- lidades locais (ênfase em captação de recursos, apoios e parcerias junto aos setores público e privado). 3. Tecnologia da informação I – Objetivos pedagógicos a) Habilitar o monitor do telecentro na instalação e manutenção técni- ca básica da infraestrutura tecnológica da unidade (não deve se con- fundir com suporte técnico, a ser realizado por rede especializada). b) A formação temática em tecnologia da informação é técnica, visan- do desenvolver habilidades específicas. c) Poderá se desdobrar em desenvolvimento de softwares livres, manu- tenção e recondicionamento de hardware; infraestrutura de redes, entre outros. 52
  • 53. II – Conteúdos propostos: a) Noções básicas de hardware e de software livre. b) Navegação e ferramentas da internet. c) Instalação e uso de aplicativos (básicos, intermediários e avançados). d) Conectividade e infraestrutura técnica de redes. e) Desenvolvimento de softwares e jogos. f) Manutenção e recondicionamento de computadores. g) Metareciclagem e robótica livre. h) Acessibilidade (adaptações técnicas para uso das tecnologias da in- formação e comunicação por pessoas com restrições de mobilidade, visão, audição e outras necessidades especiais). 4. Produção e publicação de conteúdos I – Objetivos pedagógicos: a) Habilitar o monitor do telecentro na produção de conteúdos digi- tais em formatos variados (áudio, vídeo, textos, imagens), utilizando software livre, para difusão pela web, na própria comunidade e em outros canais. 53
  • 54. b) Promover a percepção de que um site da comunidade, a produção de notícias locais, blogs, fotos etc. são importantes instrumentos para a mobilização comunitária, a efetiva apropriação da tecnologia pelo público do telecentro e a articulação do espaço aos projetos e políticas de desenvolvimento local. II – Conteúdos propostos: a) Produção e edição de texto, utilizando software livre. b) Produção e edição de vídeo, utilizando software livre. c) Produção e edição de áudio, utilizando software livre. d) Produção e edição de imagens, utilizando software livre. e) Construção de páginas de internet, utilizando software livre. f) Construção de blogs, utilizando software livre. g) Construção e gerenciamento de conteúdos colaborativos. h) Comunicação comunitária. i) WebRadio e WebTV. j) Direitos autorais, Creative Commons e General Public Licence (GPL).