SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 19
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL COLÉGIO DE APLICAÇÃO Departamento de Humanidades - História   História do Café Professores Vanderlei Machado e Marcelo Scarparo
A Origem do Café O café é originário da África e era consumido na forma de fruta por algumas tribos da atual Etiópia. Os árabes foram os primeiros a introduzir um sistema de plantio e preparação do café, quando o fruto chegou à Península Arábica. Autor desconhecido.
Somente no século XIV o processo de torrefação do café se tornou comum e a bebida ganhou a forma de preparo que hoje conhecemos. A difusão do hábito de tomar café pelo mundo árabe o tornou um produto de grande importância econômica. Foi o comércio que levou o hábito até a Europa. Henri Matisse. Café Arabe. Óleo sobre Tela.
Já na Turquia do século XV beber café era um hábito ligado à vida social. Muitos assuntos importantes e muitos negócios eram tratados em locais onde se degustava a bebida. Autor desconhecido. Turquia, início do século XVIII. PeraMuseum.
O Cultivo de Café no Brasil Até a conquista das colônias na América, a Europa importava todo o café que consumia. O Café era considerado um produto de luxo, assim como as especiarias que vinham do oriente. PaqueauGaston. Parisiennesau Café. 1886. Óleo sobre tela.
[object Object]
Os cafeeiros se apoiaram no mesmo modelo produtivo dos engenhos de açúcar, utilizando-se amplamente do trabalho escravo.Jean BaptisteDebret. Carregamento de Café para a Cidade. 1826.
Embarque de café no porto de Santos, início do século XX. Cândido Portinari, Café. 1935. Óleo sobre tela.
O Porto do Rio de Janeiro em 1808, em obra de Smyth. Até 1808, a produção de café do Brasil destinava-se diretamente para Portugal e, de lá, era comercializada  para outros países. Com a Abertura dos Portos às Nações Amigas (1808), o porto do Rio de Janeiro passou a ser um local de forte comércio e dali o café brasileiro era transportado para o mercado de consumo europeu.
[object Object],Fazenda de Café. Final do Século XIX.
Os Cafés A Inglaterra foi o primeiro país europeu a cultivar o hábito de ter locais para beber café. As coffeehouses eram pontos de encontro elegantes dentro das cidades. Desenho da cafeteria de Edward Lloyd. Autor desconhecido. Londres, 1798.
RestaurationCoffeehouse. Londres, 1668. Autor desconhecido. Além de servirem como local de apreciação do café, as casas que serviam o produto eram ponto de encontro para intelectuais e pensadores políticos.  Ainda que as casas de café tenham surgido na Inglaterra, foi o chá – oriundo das colônias na Índia – que se tornou o produto mais comum para os ingleses. Foi a França, portanto, que tornou-se o modelo da cultura dos cafés.
Durante o Século XVIII, a França atingiu o patamar de país mais populoso da Europa. Além disso, era o país com maior concentração de cafés. Na cidade de Paris havia 900 cafés ao fim do século XVIII. John James Chalon: Le Café, 1820. Óleo sobre tela.
O Café de Procope, fundado em 1688, foi o mais famoso dos cafés de Paris. Ele se tornou o ponto de encontro dos intelectuais e da cidade. Entre os frequentadores do local podemos listar Voltaire, Diderot, La Fontaine, Napoleão e Victor Hugo, por exemplo. Diderot e Voltaire no Café Procope. Autor desconhecido.
Café de Procope. Autoria desconhecida.
Reinhold Volkel, Café Griensteidl, Viena. 1890. Óleo sobre tela.
[object Object],1890-1900 Cafe New Year's Eve George Gratham Bain collection, Libary of Congress Prints and Photographs Division.
A Cultura dos Cafés no Brasil No ano de 1792 a cidade do Rio de Janeiro tinha apenas 32 casas de café, ainda que a região fosse uma das maiores produtoras de café do mundo. O hábito de sair para tomar café no Brasil só se difundiu em maior escala durante o século XX.  A Confeitaria Colombo, no Rio de Janeiro, foi fundada em 1894.
Na década de 1930, com a crescente urbanização, os cafés se consolidaram enquanto pontos de encontro de pensadores e artistas. É importante lembrar que a cultura das casas de café no Brasil tem inspiração nos hábitos franceses, sendo uma tentativa de aproximar a cultura nacional de um padrão de sociedade estabelecido na Europa. Gravura antiga da Confeitaria Colombo.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Globalização cultural
Globalização culturalGlobalização cultural
Globalização culturalJessie1r98
 
Capitanias hereditárias
Capitanias hereditáriasCapitanias hereditárias
Capitanias hereditáriasCreusa Lima
 
Ciclo do açúcar
Ciclo do açúcarCiclo do açúcar
Ciclo do açúcarLucas Reis
 
Aula revolução industrial
Aula revolução industrialAula revolução industrial
Aula revolução industrialMarcos Azevedo
 
Aula 06 os engenhos de açúcar
Aula 06 os engenhos de açúcarAula 06 os engenhos de açúcar
Aula 06 os engenhos de açúcarLila Donato
 
O ciclo da cana de-açúcar
O ciclo da cana de-açúcarO ciclo da cana de-açúcar
O ciclo da cana de-açúcarCristina Soares
 
Independência do Brasil - 7 de setembro.pptx
Independência do Brasil - 7 de setembro.pptxIndependência do Brasil - 7 de setembro.pptx
Independência do Brasil - 7 de setembro.pptxANDRÉA LEMOS
 
Segunda revolução industrial
Segunda revolução industrialSegunda revolução industrial
Segunda revolução industrialMaria Gomes
 
As fases da revolução industrial
As fases  da revolução industrialAs fases  da revolução industrial
As fases da revolução industrialNelia Salles Nantes
 
Revolução Industrial
Revolução IndustrialRevolução Industrial
Revolução Industrialjoana71
 
Cultura negra / Afro-Brasileira
Cultura negra / Afro-BrasileiraCultura negra / Afro-Brasileira
Cultura negra / Afro-BrasileiraNiela Tuani
 

La actualidad más candente (20)

Globalização
GlobalizaçãoGlobalização
Globalização
 
A economia cafeeira
A economia cafeeiraA economia cafeeira
A economia cafeeira
 
Globalização cultural
Globalização culturalGlobalização cultural
Globalização cultural
 
Café no Segundo Reinado
Café no Segundo ReinadoCafé no Segundo Reinado
Café no Segundo Reinado
 
Capitanias hereditárias
Capitanias hereditáriasCapitanias hereditárias
Capitanias hereditárias
 
Ciclo do açúcar
Ciclo do açúcarCiclo do açúcar
Ciclo do açúcar
 
Aula revolução industrial
Aula revolução industrialAula revolução industrial
Aula revolução industrial
 
Reforma Protestante e Contra Reforma
Reforma Protestante e Contra ReformaReforma Protestante e Contra Reforma
Reforma Protestante e Contra Reforma
 
Aula 06 os engenhos de açúcar
Aula 06 os engenhos de açúcarAula 06 os engenhos de açúcar
Aula 06 os engenhos de açúcar
 
O ciclo da cana de-açúcar
O ciclo da cana de-açúcarO ciclo da cana de-açúcar
O ciclo da cana de-açúcar
 
Independência do Brasil - 7 de setembro.pptx
Independência do Brasil - 7 de setembro.pptxIndependência do Brasil - 7 de setembro.pptx
Independência do Brasil - 7 de setembro.pptx
 
Segunda revolução industrial
Segunda revolução industrialSegunda revolução industrial
Segunda revolução industrial
 
As fases da revolução industrial
As fases  da revolução industrialAs fases  da revolução industrial
As fases da revolução industrial
 
Igreja e cultura medieval
Igreja e cultura medievalIgreja e cultura medieval
Igreja e cultura medieval
 
Revolução Industrial
Revolução IndustrialRevolução Industrial
Revolução Industrial
 
Cultura negra / Afro-Brasileira
Cultura negra / Afro-BrasileiraCultura negra / Afro-Brasileira
Cultura negra / Afro-Brasileira
 
O Renascimento
O RenascimentoO Renascimento
O Renascimento
 
Globalização
GlobalizaçãoGlobalização
Globalização
 
Segunda Guerra Mundial
Segunda Guerra MundialSegunda Guerra Mundial
Segunda Guerra Mundial
 
Globalização
GlobalizaçãoGlobalização
Globalização
 

Similar a História do café

Historiadocafe 110806080133-phpapp02(2)
Historiadocafe 110806080133-phpapp02(2)Historiadocafe 110806080133-phpapp02(2)
Historiadocafe 110806080133-phpapp02(2)scazuzza
 
Historia do cafe
Historia do cafeHistoria do cafe
Historia do cafeRê 2011
 
Ana Paula Ajksjihduihuihjdsaidj
Ana Paula AjksjihduihuihjdsaidjAna Paula Ajksjihduihuihjdsaidj
Ana Paula AjksjihduihuihjdsaidjMara Sandra
 
Brasil do Café Parte I e II.
Brasil do Café Parte I e II.Brasil do Café Parte I e II.
Brasil do Café Parte I e II.Alexson G. Mendes
 
Civilizacao Do Acucar Arielly E Naara E Ju
Civilizacao Do Acucar Arielly E Naara E JuCivilizacao Do Acucar Arielly E Naara E Ju
Civilizacao Do Acucar Arielly E Naara E JuvaldeniDinamizador
 
A Economia do 2º Reinado
A Economia do 2º ReinadoA Economia do 2º Reinado
A Economia do 2º Reinadoquintoanond
 
Revista Negócio Café - Maio 2018
Revista Negócio Café - Maio 2018Revista Negócio Café - Maio 2018
Revista Negócio Café - Maio 2018Luiz Valeriano
 
25 - Comércio à escala mundial
25 - Comércio à escala mundial25 - Comércio à escala mundial
25 - Comércio à escala mundialCarla Freitas
 
O comercio à escala mundial
O comercio à escala mundialO comercio à escala mundial
O comercio à escala mundialSusana Simões
 
01 apostila a cultura do café
01 apostila a cultura do café01 apostila a cultura do café
01 apostila a cultura do caféGislan Rocha
 
01 apostila a cultura do café
01 apostila a cultura do café01 apostila a cultura do café
01 apostila a cultura do caféGislan Rocha
 
Apostila a cultura do café
Apostila a cultura do caféApostila a cultura do café
Apostila a cultura do caféWeliton Nogueira
 
Comércio à escala mundial
Comércio à escala mundialComércio à escala mundial
Comércio à escala mundialMaria Gomes
 
A imigração no brasil no século XIX
A imigração no brasil no século XIXA imigração no brasil no século XIX
A imigração no brasil no século XIXLarissa Silva
 
Grupo Eliana, Fhabiene, Lorena e Rosana
Grupo Eliana, Fhabiene, Lorena e RosanaGrupo Eliana, Fhabiene, Lorena e Rosana
Grupo Eliana, Fhabiene, Lorena e RosanaTheandra Naves
 
aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...
aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...
aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...Elizeu filho
 
Trabalho de cana_de_açucar
Trabalho de cana_de_açucarTrabalho de cana_de_açucar
Trabalho de cana_de_açucarCynthia Candida
 

Similar a História do café (20)

Historiadocafe 110806080133-phpapp02(2)
Historiadocafe 110806080133-phpapp02(2)Historiadocafe 110806080133-phpapp02(2)
Historiadocafe 110806080133-phpapp02(2)
 
Historia do cafe
Historia do cafeHistoria do cafe
Historia do cafe
 
Ana Paula Ajksjihduihuihjdsaidj
Ana Paula AjksjihduihuihjdsaidjAna Paula Ajksjihduihuihjdsaidj
Ana Paula Ajksjihduihuihjdsaidj
 
Brasil do Café Parte I e II.
Brasil do Café Parte I e II.Brasil do Café Parte I e II.
Brasil do Café Parte I e II.
 
Civilizacao Do Acucar Arielly E Naara E Ju
Civilizacao Do Acucar Arielly E Naara E JuCivilizacao Do Acucar Arielly E Naara E Ju
Civilizacao Do Acucar Arielly E Naara E Ju
 
A Economia do 2º Reinado
A Economia do 2º ReinadoA Economia do 2º Reinado
A Economia do 2º Reinado
 
Revista Negócio Café - Maio 2018
Revista Negócio Café - Maio 2018Revista Negócio Café - Maio 2018
Revista Negócio Café - Maio 2018
 
A evolução do açúcar.
A evolução do açúcar.A evolução do açúcar.
A evolução do açúcar.
 
25 - Comércio à escala mundial
25 - Comércio à escala mundial25 - Comércio à escala mundial
25 - Comércio à escala mundial
 
O comercio à escala mundial
O comercio à escala mundialO comercio à escala mundial
O comercio à escala mundial
 
01 apostila a cultura do café
01 apostila a cultura do café01 apostila a cultura do café
01 apostila a cultura do café
 
01 apostila a cultura do café
01 apostila a cultura do café01 apostila a cultura do café
01 apostila a cultura do café
 
Apostila a cultura do café
Apostila a cultura do caféApostila a cultura do café
Apostila a cultura do café
 
Comércio à escala mundial
Comércio à escala mundialComércio à escala mundial
Comércio à escala mundial
 
Grupo 3
Grupo 3Grupo 3
Grupo 3
 
A imigração no brasil no século XIX
A imigração no brasil no século XIXA imigração no brasil no século XIX
A imigração no brasil no século XIX
 
Grupo Eliana, Fhabiene, Lorena e Rosana
Grupo Eliana, Fhabiene, Lorena e RosanaGrupo Eliana, Fhabiene, Lorena e Rosana
Grupo Eliana, Fhabiene, Lorena e Rosana
 
As trocas intercontinentais[1]
As trocas intercontinentais[1]As trocas intercontinentais[1]
As trocas intercontinentais[1]
 
aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...
aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...
aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...
 
Trabalho de cana_de_açucar
Trabalho de cana_de_açucarTrabalho de cana_de_açucar
Trabalho de cana_de_açucar
 

Último

QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...LizanSantos1
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundonialb
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 

Último (20)

QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 

História do café

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL COLÉGIO DE APLICAÇÃO Departamento de Humanidades - História   História do Café Professores Vanderlei Machado e Marcelo Scarparo
  • 2. A Origem do Café O café é originário da África e era consumido na forma de fruta por algumas tribos da atual Etiópia. Os árabes foram os primeiros a introduzir um sistema de plantio e preparação do café, quando o fruto chegou à Península Arábica. Autor desconhecido.
  • 3. Somente no século XIV o processo de torrefação do café se tornou comum e a bebida ganhou a forma de preparo que hoje conhecemos. A difusão do hábito de tomar café pelo mundo árabe o tornou um produto de grande importância econômica. Foi o comércio que levou o hábito até a Europa. Henri Matisse. Café Arabe. Óleo sobre Tela.
  • 4. Já na Turquia do século XV beber café era um hábito ligado à vida social. Muitos assuntos importantes e muitos negócios eram tratados em locais onde se degustava a bebida. Autor desconhecido. Turquia, início do século XVIII. PeraMuseum.
  • 5. O Cultivo de Café no Brasil Até a conquista das colônias na América, a Europa importava todo o café que consumia. O Café era considerado um produto de luxo, assim como as especiarias que vinham do oriente. PaqueauGaston. Parisiennesau Café. 1886. Óleo sobre tela.
  • 6.
  • 7. Os cafeeiros se apoiaram no mesmo modelo produtivo dos engenhos de açúcar, utilizando-se amplamente do trabalho escravo.Jean BaptisteDebret. Carregamento de Café para a Cidade. 1826.
  • 8. Embarque de café no porto de Santos, início do século XX. Cândido Portinari, Café. 1935. Óleo sobre tela.
  • 9. O Porto do Rio de Janeiro em 1808, em obra de Smyth. Até 1808, a produção de café do Brasil destinava-se diretamente para Portugal e, de lá, era comercializada para outros países. Com a Abertura dos Portos às Nações Amigas (1808), o porto do Rio de Janeiro passou a ser um local de forte comércio e dali o café brasileiro era transportado para o mercado de consumo europeu.
  • 10.
  • 11. Os Cafés A Inglaterra foi o primeiro país europeu a cultivar o hábito de ter locais para beber café. As coffeehouses eram pontos de encontro elegantes dentro das cidades. Desenho da cafeteria de Edward Lloyd. Autor desconhecido. Londres, 1798.
  • 12. RestaurationCoffeehouse. Londres, 1668. Autor desconhecido. Além de servirem como local de apreciação do café, as casas que serviam o produto eram ponto de encontro para intelectuais e pensadores políticos. Ainda que as casas de café tenham surgido na Inglaterra, foi o chá – oriundo das colônias na Índia – que se tornou o produto mais comum para os ingleses. Foi a França, portanto, que tornou-se o modelo da cultura dos cafés.
  • 13. Durante o Século XVIII, a França atingiu o patamar de país mais populoso da Europa. Além disso, era o país com maior concentração de cafés. Na cidade de Paris havia 900 cafés ao fim do século XVIII. John James Chalon: Le Café, 1820. Óleo sobre tela.
  • 14. O Café de Procope, fundado em 1688, foi o mais famoso dos cafés de Paris. Ele se tornou o ponto de encontro dos intelectuais e da cidade. Entre os frequentadores do local podemos listar Voltaire, Diderot, La Fontaine, Napoleão e Victor Hugo, por exemplo. Diderot e Voltaire no Café Procope. Autor desconhecido.
  • 15. Café de Procope. Autoria desconhecida.
  • 16. Reinhold Volkel, Café Griensteidl, Viena. 1890. Óleo sobre tela.
  • 17.
  • 18. A Cultura dos Cafés no Brasil No ano de 1792 a cidade do Rio de Janeiro tinha apenas 32 casas de café, ainda que a região fosse uma das maiores produtoras de café do mundo. O hábito de sair para tomar café no Brasil só se difundiu em maior escala durante o século XX. A Confeitaria Colombo, no Rio de Janeiro, foi fundada em 1894.
  • 19. Na década de 1930, com a crescente urbanização, os cafés se consolidaram enquanto pontos de encontro de pensadores e artistas. É importante lembrar que a cultura das casas de café no Brasil tem inspiração nos hábitos franceses, sendo uma tentativa de aproximar a cultura nacional de um padrão de sociedade estabelecido na Europa. Gravura antiga da Confeitaria Colombo.
  • 20. Referências Bibliográficas MARTINS, Ana Luiza. História do Café. São Paulo: Contexto, 2008. OLIVEIRA, José Teixeira de. História do Café no Brasil & no Mundo. Rio de Janeiro: Barléu Edições, 2004.