3. SANEAMENTO BÁSICO RURAL
Ações práticas que promovam a saúde, a qualidade de vida e o bem estar social no campo
UNIDADE DEMONSTRATIVA DE SANEAMENTO RURAL
Aplicação de tecnologias simples e baratas para o tratamento da água consumida (inclusive na ordenha); e do esgoto do
banheiro da propriedade rural.
4. CARACTERÍSTICAS DO ESGOTO DOMÉSTICO
Possui grande carga orgânica, bem como de agentes microbiológicos
(causadores de doenças);
Pode provocar gastroenterites, hepatite, febre tifóide, cólera, dentre outras
doenças;
É responsável pelo depósito de uma grande carga de poluentes no curso
d’água em que é despejado, comprometendo também as águas subterrâneas.
5. 46% do esgoto rural são direcionados para fossas rudimentares (PNUD,
2010);
Essas fossas rudimentares são as principais responsáveis pela
contaminação das águas.
O QUE PODE SER FEITO PARA MELHORAR? ...
6. FOSSA SÉPTICA BIODIGESTORA
Tecnologia de tratamento de esgoto sanitário rural, evitando a
contaminação de água e solo.
Este sistema também produz um efluente orgânico para utilização em
plantas perenes.
Custo acessível e instalação (~R$ 1000,00) e manutenção simples.
7. OBJETIVOS DA FOSSA SÉPTICA
Substituir, por um baixo custo para o produtor rural, o esgoto a céu aberto e
as fossas rudimentares;
Produzir e utilizar o efluente tratado (biofertilizante) como adubo orgânico,
minimizando os gastos com adubação química;
Melhorar as condições de saneamento básico rural.
8. Esquema ilustrativo dos componentes da Fossa séptica
Fonte: Novaes, 2001
1 – Válvula de retenção
2 – Chaminé de alívio
(suspiro)
3 – Curva de 90º
4 – “T” de inspeção
5 e 6 – Caixas de 1.000 ml
7 – Registro
12. O sistema deve receber apenas o encanamento do
banheiro da casa;
13. A limpeza do banheiro deve ser feita com produtos
que não tenham cloro e desinfetantes
(bactericidas);
14. As duas primeiras caixas precisam estar muito bem
vedadas, com câmaras de ar;
15. Para que ocorra o tratamento eficiente do esgoto não podemos
esquecer que a mistura de esterco bovino (5L) e água (5L) deve
ser adicionada a cada 30 dias;
16. POR QUE USAR O ESTERCO LÍQUIDO?
• Possui bactérias que aceleram a biodigestão;
• Melhora o processo de digestão;
• Retira odores desagradáveis do sistema.
17. O cheiro ruim é indicativo de que
o sistema não está funcionando como deveria.
18. VANTAGENS DE UTILIZAR A FOSSA SÉPTICA
BIODIGESTORA
Diminui a poluição na água e no solo e ajuda evitar doenças que são
transmitidas pela água.
O biofertilizante produzido pela fossa séptica é rico em nutrientes tais
como nitrogênio, fósforo e potássio (NPK). O biofertilizante não tem
microrganismos causadores de doenças para o ser humano e possui
material orgânico estabilizado.
O biofertilizante da fossa séptica deve ser utilizado como fertilizante.
19. BIOFERTILIZANTE
É o líquido depositado na Caixa 3 - em termos gerais - é o esgoto tratado;
Livre de agentes causadores de doenças;
Rico em nutrientes (NPK) e matéria orgânica;
Pode ser utilizado (puro ou como complemento para outros tipos de adubo)
em frutíferas, na capineira e no preparo do solo;
Não deve ser utilizado em hortaliças;
Não deve ser despejado diretamente em cursos d’água.
27. QUALIDADE DA ÁGUA NA
PROPRIEDADE RURAL
A água é nutriente essencial tanto para o ser humano quanto para o
animal;
A qualidade da água utilizada para o consumo é fundamental para a saúde
e bem estar;
Nas propriedades rurais é comum o uso de água oriunda de diversas
fontes e sem tratamento adequado.
28. O uso do clorador visa tratar a água para que fique potável. É indicado para
água de mina ou poço.
Sistema simples para clorar a água a ser utilizada no abastecimento da
residência rural.
Toda a água utilizada na propriedade rural deve ser clorada
CLORADOR
29. VANTAGENS DO CLORADOR
1 - Eliminação dos agentes patogênicos existentes na água;
2 - Prevenção de doenças veiculadas pela água;
3 - Melhoria da segurança da água para o consumo
humano e animal;
4 - Melhoria da saúde da família;
5 - Baixo custo de montagem e manutenção;
6 - Fácil instalação e funcionamento;
7 - Fácil encontrar peças no mercado.
30. PRINCIPAIS APLICAÇÕES DA ÁGUA TRATADA NA PROPRIEDADE
RURAL
1. Água para dessedentação dos animais
2. Limpeza dos tetos.
3. Limpeza dos utensílios e equipamentos
de ordenha.
4. Lavagem dos utensílios de
acondicionamento do leite
(latões e tanque de refrigeração).
5. Higienização pessoal
(lavagem das mãos do ordenhador).
6. Instalações (limpeza da sala de ordenha).
32. 2. Cloração para consumo diário de 1000 a 5000 litros de água:
CLORADOR CLORO DIFUSOR DE PASTLILHA
33. INDICATIVO DA DOSAGEM DE CLORO
Quantidade de Cloro para tratar 1000 litros de água
(1 mg/L de cloro aplicado)
Produto a base de cloro Dose/1m3
(1 mg/L)
Hipoclorito de sódio 20 a 30% de Cl (líquido) 30 a 50 mL
Água sanitária a 2% (líquido) 100 a 200 mL
Hipoclorito de cálcio a 10% (pó) 10 gramas
Claro granulado a 65% (pó) 1,54 gramas
Cloro estabilizado em pastilhas (65 a 90% de
cloro)
Seguir instruções do
fabricante
34. VERIFICAÇÃO DO “NÍVEL” DE CLORO
Kit para aferição do cloro ativo residual: o procedimento
para análise deve seguir a recomendação do fabricante.
35. 1- COLETA DA AMOSTRA
2- ADIÇÃO DE REAGENTE
3- AGITAÇÃO DA AMOSTRA
4- VERIFICAÇÃO POR COMPARAÇÃO DE
COR
37. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Clorador Embrapa.
Instrumentação Agropecuária. São Carlos – SP. 2004. Folder explicativo.
PATERNIANI, J. E. S, CONCEIÇÃO, C. H. Z., Eficiência da Pré-Filtração e Filtração Lenta no
Tratamento de Água para Pequenas Comunidades, Engenharia Ambiental, Espírito Santo do Pinhal.
v. 1, n. 1, p. 17-24, jan/dez, 2004.
VIANA, F. C. Qualidade da Água – Processos de captação e tratamento (ITAMBÉ). Cooperativa
Central de Minas Gerais. 2002. Folheto explicativo.
BRASIL. Portaria nº 2914 de 12 de dezembro de 2011 do Ministério da Saúde. Dispõe sobre os
procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade.
OTENIO, M. H., SOUZA, F. F. C., LIGÓRIO, P. P .L, FAZZA, E., SOARES, G., BERNARDO, W. F.,
MAGALHÃES, V. M. A. Como montar e usar a fossa séptica modelo Embrapa. Brasília, DF :
Embrapa, 2014. Disponível em: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/116734/1/Cnpgl-2014-
Cartilha-Fossa-Septica-completa.pdf
OTENIO, M. H., SOUZA, F. F. C., LIGÓRIO, P. P .L, FAZZA, E., SOARES, G., BERNARDO, W. F.,
MAGALHÃES, V. M. A. Como montar e usar o clorador de pastilhas em residências rurais. Brasília, DF :
Embrapa, 2014. Disponível em: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/116736/1/Cnpgl-2014-
Cartilha-Clorador-completa.pdf