2. Evolução da população mundial
2
No séc. XVII a população
mundial era de cerca de
500 milhões de indivíduos.
Em 2006 já ascendia aos
6500 milhões.
Prevê-se que em 2050
venha a ser de cerca de
9000 milhões.
3. Evolução da população mundial
3
O crescimento
populacional é
heterogéneo.
Os países
periféricos são os
que mais
contribuem para o
aumento
populacional.
4. Evolução da população mundial
Desenvolvimento sustentável
4
O aumento crescente da população humana conduz à:
• procura de recursos naturais (como alimento, água e
energia),
• sobreexploração dos recursos naturais,
causando impacte no ambiente, conducente à degradação
ambiental.
O crescimento da população mundial tem causado um consumo
massivo de recursos naturais e a degradação ambiental.
5. Sobre-exploração dos recursos naturais
5
Os recursos ambientais só devem ser utilizados de acordo
com a sua capacidade de regeneração.
Recursos naturais
não renováveis renováveis cuja capacidade de renováveis
renovação é seriamente
afectada pela sobreexploração
energéticos águas subterrâneas energéticos
(combustíveis fósseis…) florestas (sol, vento)
rochas e minerais … …
7. Recursos geológicos
7
Recurso geológico – qualquer bem de natureza geológica existente na
crusta, passível de aproveitamento.
Reserva – recurso geológico conhecido que pode ser explorado , quer do
ponto de vista legal, quer económico.
Recurso renovável – recurso cujo ciclo de reposição ocorre num curto
intervalo de tempo, desde que utilizado de uma forma racional. É
ciclicamente reposto no meio num intervalo de tempo compatível com a
vida humana.
Recurso não renovável - recurso cujo processo de formação no meio
natural é muito lento, não sendo possível a sua renovação à escala da vida
humana.
São recursos limitados que acabarão por se esgotar.
Os recursos geológicos não são renováveis, com exceção da água e
do calor interno da Terra.
8. Recursos energéticos não renováveis
8
Combustíveis fósseis (carvão,
petróleo e gás natural).
Urânio
9. Recursos energéticos não renováveis
Combustíveis fósseis
9
Combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural)
Cerca de 75% da energia consumida a nível mundial provem dos
combustíveis fósseis.
O uso intensivo provocou a drástica diminuição das reservas e
consequentemente prevê-se o esgotamento destes recursos
energéticos a curto prazo.
A utilização dos combustíveis fósseis tem graves consequências
ambientais.
10. Recursos energéticos não renováveis
Combustíveis fósseis
10
Consequências ambientais do uso de combustíveis fósseis
11. Recursos energéticos não renováveis
Energia nuclear
11
Produção de energia através da desintegração de átomos
radioativos (principalmente o urânio).
Processos
• Fissão
• Divisão do núcleo dos átomos radioativos, com enorme
libertação de energia
• Fusão
• Fusão de isótopos de hidrogénio com libertação de
energia
• A radiação libertada é menos mortal que na fissão
• Método ainda experimental
13. Recursos energéticos não renováveis
Energia nuclear
13
Fissão nuclear (urânio)
O bombardeamento do U235 por neutrões
Fissão do urânio
Resíduos do urânio Calor Neutrões libertados
(usados para bombardear mais
átomos de urânio)
Usado na vaporização da
água reações de fissão de urânio em
cadeia
O vapor é usado para
produzir energia
14. Recursos energéticos não renováveis
Energia nuclear
14
Consequências ambientais da produção de energia nuclear
16. Recursos energéticos renováveis
16
Energia geotérmica
Energia sob a forma de calor contida no interior da Terra.
O aproveitamento implica a existência de um fluido, normalmente
água, que transporta o calor do interior da Terra para a superfície.
17. Recursos energéticos renováveis
17
Energia geotérmica
Energia de alta entalpia Energia de baixa entalpia
T > 150 ºC T < 100 ºC
Recurso associado a zonas Recurso associado à circulação de água
vulcânicas, cujo calor resulta da em falhas e fraturas, cujo calor resulta
proximidade de magmas. do aumento de temperatura em
Elevado gradiente geotérmico profundidade
Aproveitamento para produção de Aproveitamento direto do calor para
energia eléctrica. aquecimento ambiente, aquecimento de
Ilhas dos Açores – centrais águas, termalismo, piscicultura, culturas
geotérmicas. de estufa…
Portugal continental
19. Recursos energéticos renováveis
19
Energia da biomassa
Biomassa – matéria orgânica, de origem animal ou vegetal, que pode
ser utilizada na produção de energia.
Biomassa sólida Biocombustíveis líquidos Biocombustíveis gasosos
Queima direta, em Bioetanol- Obtido a partir Biogás - fermentação de
centrais térmicas, da fermentação alcoólica e resíduos:
sobretudo de posterior destilação de
resíduos hidratos de carbono, tais - resíduos sólidos urbanos
florestais. como: cana-de-açúcar, (RSU) - aterros;
beterraba, milho, trigo …
- lamas provenientes de
estações de tratamento de
Biodiesel – Obtido através águas residuais (ETAR´s);
de gorduras vegetais
(oleaginosas, tais como, - resíduos agropecuários e
óleos de girassol, de soja, …) agroindustriais.
ou de gorduras animais.
20. Recursos energéticos renováveis
20
Energia solar
Energia passiva Energia ativa
Aproveitamento de energia Transformação dos raios solares noutras formas de
para aquecimento de edifícios energia: térmica ou elétrica
ou prédios, através de
conceções estratégicas
construtivas. . Instalação de coletores . Fotovoltaica ou
solares térmicos energia solar elétrica
21. Recursos energéticos renováveis
21
Energia hidráulica □ Energia eólica
A energia cinética dos cursos A energia cinética do vento
de água é transformada em pode ser convertida em
energia elétrica energia elétrica ou
mecânica
22. Recursos energéticos
22
A energia é absolutamente fundamental, desde sempre, para as
diversas atividades do ser humano.
O desenvolvimento das sociedades industrializadas e tecnológicas
fez crescer, de forma exponencial, o consumo de energia.
A maior parte da energia consumida pelas sociedades atuais é
proveniente dos combustíveis fósseis.
A energia nuclear surgiu como uma alternativa que acabou por não
corresponder às expectativas.
A utilização das fontes de energia renováveis tem vindo a
aumentar, apesar de contribuir ainda pouco para os gastos totais
de energia e de ser necessário um esforço de investigação e
desenvolvimento no sentido de aumentar a sua eficácia.
23. Recursos energéticos
23
O investimento nas energias renováveis tem vindo a aumentar,
apesar de:
• contribuir ainda pouco para os gastos totais de energia.
• ser necessário um esforço e desenvolvimento no sentido de aumentar a sua
eficácia.
É urgente
• Investir nas energias renováveis;
• Criar incentivos a empresas, indústrias e particulares na utilização de fontes
de energia renováveis;
• Adequar as regras de construção de edifícios e horários de trabalho a um
maior aproveitamento da luz solar;
• Educar as populações para hábitos menos consumistas;
• Apostar nos aparelhos elétricos que economizem energia;
• Criar apoios para investimentos em energias renováveis;
• Introduzir ecotaxas sobre o consumo das energias fósseis;
• ….
24. Recursos minerais
24
Rochas e minerais
As diversas etapas da História da Humanidade podem ser designadas em
função do recurso mineral dominante em cada época.
Idade da Pedra, do Cobre, do Bronze e do Ferro (até 2000 a.C.)
Idade do Carvão, do Petróleo (séc. XVIII ao séc. XX)
Idade do Urânio ou do Nuclear (meados do séc. XX)
Idade do Silício (o silício domina as novas tecnologias - electrónica e
informática)
25. Recursos minerais
25
metálicos
Recursos minerais
não metálicos (utilizados na construção e ornamentação)
27. Recursos minerais metálicos
27
Minério - mineral ou agregado de minerais que ocorre na natureza numa
concentração com interesse económico.
Jazigo mineral – quando, num determinado local, a concentração média
de um determinado elemento químico é muito superior ao seu clarke
(concentração média de um elemento químico na crosta terrestre).
Ganga - parte não aproveitável que acompanha o minério extraído dos
jazigos.
Escombreira - acumulação de ganga, formando grandes depósitos
superficiais, junto às explorações mineiras.
28. Recursos minerais não metálicos
28
Recursos minerais não metálicos são materiais como cascalhos, areias e
rochas.
São materiais abundantes, que geralmente não atingem preços elevados (com
exceção das pedras preciosas).
29. Recursos minerais
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Consequências ambientais da exploração de recursos minerais
A extracção do minério e a remoção da ganga
Impactes
Desflorestação;
ambientais
Remoção de camadas de solo;
Formação de escombreiras – impacte visual;
Poluição atmosférica (ex. libertação de pó radiativo
e de gás radiativo – radão – nas minas de urânio);
Poluição dos solos, pela infiltração de águas
contaminadas;
Poluição dos aquíferos, pela infiltração de águas
contaminadas.
30. Recursos minerais
30
Medidas que minimizam os impactes ambientais da exploração mineira
Utilização de tecnologias de extracção e de tratamento do minério que
causem menos perturbações ambientais;
Armazenamento da ganga em locais devidamente preparados para o efeito
(ex. no interior da própria exploração ou de outra, previamente
impermeabilizada);
Estabilização das escombreiras;
Criação de sistemas de drenagem de águas pluviais;
Tratamento das águas lixiviadas (a exploração deve ter estação de
tratamento de efluentes);
Aproveitamento dos subprodutos (resíduos) da exploração;
Reflorestação;
Valorização turística.
31. Aquíferos
31
Aquífero é a formação geológica com capacidade para armazenar água e com
características que permitam a sua extração de forma economicamente
rentável.
A capacidade de um aquífero para armazenar água depende:
Porosidade - Razão entre o volume de poros (vazios) e o volume total da
rocha. Os poros são preenchidos por ar e/ou água.
Permeabilidade – Maior ou menor facilidade com que uma rocha se deixa
atravessar pela água.
32. Aquíferos
32
Rochas porosas Rochas fissuradas
Por dissolução Por ação mecânica
Dimensão Grãos com
equitativa dos dimensões muito Baixa porosidade
grãos variáveis . Geralmente inferior à das rochas
porosas
Elevada Baixa porosidade . Se a fissuração/fracturação
porosidade for muito intensa a porosidade aumenta
33. Aquíferos
33
A conjugação da porosidade e permeabilidade permite caracterizar os aquíferos:
Poros grandes, com estabelecimento Poros pequenos, com difícil contacto
de contacto entre eles; entre eles;
Fissuras/fraturas abertas e Fissuras/fraturas semifechadas.
contínuas.
Difícil circulação de água
Fácil circulação de água
Mau aquífero
Bom aquífero
Ex. Areias
Ex. Argilas
36. Aquíferos
36
Zona de aeração
Zona mais superficial, compreendida entre a superfície do terreno e o
nível freático.
Os poros são preenchidos quer por água, quer por ar (aeração).
Nível hidroestático
Ou nível freático, ou superfície piezométrica.
Nível a partir do qual surge água num aquífero.
Zona onde a pressão de água do aquífero é igual à pressão atmosférica.
Zona de saturação
Zona cujo limite superior é o nível freático e o nível inferior
corresponde normalmente a uma rocha impermeável e de porosidade
muito reduzida ou nula (não sendo atravessada pela água).
Os poros são totalmente preenchidos por água (saturação).
38. Aquíferos
38
Tipos de aquíferos
Aquífero livre Aquífero cativo
Limitado no topo por uma camada Limitado no topo e na base por
permeável e na base por uma camada camadas impermeáveis.
impermeável.
A pressão da água é igual à pressão A pressão da água é superior à
atmosférica. pressão atmosférica.
A recarga faz-se ao longo de toda a A recarga é feita lateralmente, numa
superfície, pela precipitação. zona limitada exposta à superfície.
Sofre variações acentuadas com as Varia pouco com as estações do ano.
estações do ano.
Apresenta elevada suscetibilidade a Baixa suscetibilidade a alterações na
alterações na qualidade da água. qualidade da água.
40. Aquíferos
40
Captação de água:
num aquífero livre designa-se de poço.
num aquífero cativo designa-se de captação artesiana.
quando a superfície do terreno se encontra abaixo do nível
freático do aquífero cativo, como a água se encontra sobre
pressão, a água flui à superfície sem ser necessário bombeá-la
– captação artesiana repuxante.
41. Poluição dos Aquíferos
41
A ação antrópica A natureza
- Mudanças climáticas. - Reduzida quantidade de água
- Alterações no fluxo da água no doce (cerca de 2,7% do total,
ciclo hidrológico. sendo 2,15% em glaciares).
- Poluição da água. - A taxa de renovação de água
doce nos aquíferos é de cerca
- Aumento drástico do consumo
de 280 anos.
de água.
44. Poluição dos Aquíferos
44
Eutrofização
Excesso de nitratos e fosfatos (fertilizantes) na
água.
Proliferação de cianobactérias , algas e jacintos
de água.
Diminuição da luminosidade .
Morte da vegetação aquática submersa.
A morte e decomposição destes seres reduz a
concentração de oxigénio dissolvido na água.
Peixes e moluscos morrem por asfixia.
Proliferam bactérias anaeróbias.
Produção de tóxicos com mau cheiro.
45. Poluição dos Aquíferos
45
Causas da poluição dos aquíferos
Por introdução de substâncias nos aquíferos,
Por sobre-exploração dos aquíferos,
Por impermeabilização da superfície e eliminação da cobertura vegetal.
46. Poluição dos Aquíferos
46
- Física Alteração nos valores da temperatura e da radiatividade.
Quanto
ao tipo - Química Introdução de compostos químicos.
de -
poluente Bacteriológica Contaminação com protozoários, bactérias e vírus
(provenientes de esgotos domésticos, tanques sépticos e
pecuária).
- Urbana
Materiais orgânicos, detergentes e metais pesados:
- depositados em lixeiras ou aterros e arrastados por águas
Quanto à
lixiviantes.
origem
- libertados por efluentes domésticos não tratados (fossas
sépticas).
- Agrícola
Fertilizantes químicos (nitratos, fosfatos...) e pesticidas
dissolvem-se na água da chuva que vai infiltrar-se.
Descargas de efluentes não tratados da agropecuária.
- Industrial
Metais pesados (chumbo, zinco, mercúrio...), substâncias
químicas orgânicas e inorgânicas variadas são lançadas nos
cursos de água ou no solo.
Libertação de água quente nos cursos de água.
Fugas de depósitos de gasolina e derrames de óleos usados.
47. Poluição dos Aquíferos
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Causas da poluição dos aquíferos
Sobre-exploração dos aquíferos,
Diminuição excessiva do aquífero.
- Alteração da qualidade química e microbiológica da água.
- Contaminação do aquífero com água salgada, em zonas costeiras.
Impermeabilização da superfície e eliminação da cobertura vegetal.
Diminuição das taxas de infiltração.
A água é um recurso renovável frágil e escasso
É urgente proteger os aquíferos
48. Poluição dos Aquíferos
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Algumas medidas para a preservação dos aquíferos
Controlo dos processos antrópicos (agricultura, indústrias, fossas
sépticas, lixeiras, poços...).
Vigilância e controlo na abertura anárquica de captações.
Análise periódica da qualidade da água captada.
Coimas pesadas ao nível individual e coletivo para quem polua estes
recursos.
Sensibilização das populações para o uso correto da água.
Incentivo à gestão racional dos recursos hidrológicos.