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ORIENTAÇÕES
   AOS PROFISSIONAIS

              QUE EXERCEM

        ATIVIDADES NAS



CELEBRAÇÕES
DO MATRIMÔNIO




    DIOCESE DE CHAPECÓ/SC


                            1
Q             ueremos expressar, inicialmente, nosso respeito aos profissionais de decoração, foto e
              filmagem e músicos que atuam no interior de nossas igrejas. Serão sempre bem-vindos
              para prestar sua assistência profissional nas celebrações litúrgicas.
	      A celebração do matrimônio cristão é a expressão, realizada na liturgia, de um compromisso de
amor fiel e duradouro entre um homem e uma mulher, tendo em vista a formação de uma família. Este
amor conjugal, bênção e dom de Deus, vivido à luz da fé, é sacramento: manifestação visível de uma
graça divina que une o homem à mulher, como Cristo à Igreja.
	      Hoje, contudo, por força de uma mentalidade consumista, tenta-se muitas vezes introduzir
elementos estranhos em nossas igrejas por ocasião da celebração do matrimônio. Tais elementos
abusivos estão criando constrangimentos às famílias, que são compelidas a gastar muito além de
suas possibilidades. A igreja se torna então palco de exibição da disparidade entre ricos e pobres. Os
presbíteros e as testemunhas qualificadas do matrimônio ficam impossibilitados de exercerem bem o
seu ministério, devido ao tumulto provocado por fotógrafos, cinegrafistas e funcionários de empresas
que se intrometem na celebração provocando para criar um clima mais pagão do que cristão. Queremos
apresentar-lhes algumas orientações litúrgicas e também algumas normas praticas que se fazem
necessárias para que todos possam desempenhar suas funções de modo pacífico e tranquilo, evitando
os conflitos que só acarretam desgastes.




              ORIENTAÇÕES LITÚRGICAS

1. O que é liturgia
	      “Liturgia é uma ação sagrada, através da qual, com ritos, na Igreja e pela Igreja, se exerce e se
prolonga a obra sacerdotal de Cristo, que tem por objetivos a santificação das pessoas e a glorificação
de Deus” (SC 7).
	      Em outras palavras, a liturgia é a continuidade do plano de salvação do Pai, através da presença
mística de Cristo nos sacramentos, que são administrados e perpetuados pela Igreja. Note-se, à Igreja
cabe a missão de continuar a obra de Cristo, que se dá, sobretudo, através da liturgia. Sem liturgia, não
há Igreja e sem Igreja não há liturgia. E sem liturgia não há continuidade no mistério da salvação da
humanidade.
	      Em sentido estrito, a liturgia é a celebração do Mistério Pascal da morte e ressurreição de Cristo
– e de toda a história da salvação. Nessa celebração, os que sofrem e morrem unidos a Cristo e a seu
Corpo, que é a Igreja, participam da vitória pascal sobre o mal e as forças da morte.
	      A liturgia é celebrada pela comunidade dos batizados (ministros ordenados e leigos) reunida
em torno de seu sumo sacerdote Jesus Cristo. A celebração litúrgica implica necessariamente um
compromisso com a transformação da realidade em vista do crescimento do Reino de Deus (DGAE
68).

  2
2. O espaço litúrgico
	       Com o mesmo carinho que os discípulos prepararam o lugar da ceia de Jesus, nós preparamos
e organizamos o espaço da celebração, como quem acolhe a graça e a energia de nosso Deus que se
comunica conosco. O espaço da celebração é o lugar que abriga a assembleia dos cristãos, convocados
pelo Pai, em Cristo, na força do Espírito.
	       O espaço litúrgico apresenta-se como sacramento, através do qual fazemos a experiência
da aliança com Deus, nos constituímos como Igreja de Cristo e recebemos o seu Espírito. Por isso
recomenda-se que as igrejas e todos os espaços sejam consagrados ou abençoados. Ao criarmos um
espaço para celebrarmos o Mistério Pascal de Jesus Cristo, precisamos considerar a unidade, a simbologia
e a dignidade de tudo e de todos, a fim de favorecer a real intimidade entre a Criatura e o Criador.
	       A decoração da igreja deve manifestar o caráter festivo da celebração. As flores, as velas e as
luzes devem colaborar para que as celebrações sejam de fato memória da Páscoa de Jesus.
	       Os detalhes merecem cuidado especial, pois, nunca devem se sobrepor ao essencial: As flores,
por exemplo, não são mais importantes que o altar, o ambão e outros lugares simbólicos. Os excessos
desvalorizam os sinais principais. A sobriedade da decoração favorece a concentração do mistério. (GLP
IX.10).

3. Lugares do espaço litúrgico
	      No interior de uma igreja temos diversos espaços onde se realizam as ações litúrgicas. A seguir
passaremos a descrever alguns destes espaços.

3.1. Presbitério
	       O presbitério é o lugar onde o ministro, agindo na pessoa do próprio Cristo, exerce seu ministério
litúrgico de presidir a assembleia celebrante. Afirma o Cerimonial dos Bispos: “O presbitério, ou seja,
o espaço em que o bispo, presbíteros e ministros exercem o seu ministério, deve distinguir-se, de
forma conveniente, da nave da igreja, ou seja, por uma posição mais elevada, ou por uma estrutura ou
ornamentação especial, de modo a pôr em evidência, pela própria disposição, a função hierárquica dos
ministros. Há de ser suficientemente amplo para que os sagrados ritos se possam nele desenrolar e ver
comodamente”. (CB 50)

3.2. O altar
	       O altar, onde se torna presente o sacrifício da cruz sob os sinais sacramentais, é também a mesa
do Senhor na qual o povo de Deus é convidado a participar por meio da Missa; é ainda o centro da ação
de graças que se realiza pela Eucaristia (IGMR 296).
	       O altar representa aquilo que é mais sagrado para nós: Cristo em sua entrega total por nós,
ontem, hoje e sempre. Deus nos manifesta a presença do Sacrifício de Cristo na centralidade simbólica
do altar. O altar não é um móvel, mas sim, um lugar simbólico, consagrado unicamente para a celebração
da eucaristia.

3.3. O ambão
	       O ambão é a mesa da palavra assim como o altar é a mesa da eucaristia. “Quando se lêem as
escrituras na missa é o próprio Cristo que fala” (SC 7). A força sacramental da palavra na liturgia faz
acontecer aquilo que anuncia: realiza nossa transformação pascal (GLP IX.4).
	       O ambão é peça fundamental no espaço litúrgico, mesa da partilha da mensagem salvífica de


                                                                                                      3
Deus, com dignidade semelhante à mesa da eucaristia. Sobre ela, na verdade, Cristo se faz realmente
presente e atuante na assembleia, oferecendo-se como “pão da palavra” para a vida dos cristãos. O
ambão enquanto símbolo é ícone da tumba vazia do Salvador e presença do anúncio novo da páscoa
do Senhor.
	      Do ambão são proferidas somente as leituras, o salmo responsorial e o precônio pascal; também
se podem proferir a homilia e a oração dos fiéis (IGMR 309).

3.4. A cadeira da presidência
	       É o espaço destinado para o bispo, presbítero, diácono ou ministro, exercer seu ministério de
presidência da assembleia. É o lugar de onde ele faz a abertura da celebração e de onde ele envia a
comunidade para a missão. Na verdade, quem preside a Liturgia é o Cristo, na pessoa do presidente da
assembleia litúrgica. O sacerdote que preside a Eucaristia ou outro sacramento e outros ministros que
animam outras celebrações são sinais sacramentais de Cristo Jesus que está presente, mas de maneira
invisível. Ao presidir a celebração, ao elevar a oração a Deus em nome de todos, ao explicar a palavra
de Deus à comunidade, aquele que preside atua em nome de Cristo. Por isso ele preside, ou seja, ele
se senta diante de toda a assembleia, como representante do verdadeiro Presidente e Mestre, que é o
Senhor Jesus.

3.5. A assembleia
	      A assembleia é o conjunto dos fiéis reunidos. Ocupa o espaço chamado de nave onde ficam
os bancos e os corredores. A assembleia litúrgica, porém, não é uma simples congregação de pessoas,
como qualquer outra. Uma vez constituída, mais que um mero ajuntamento de pessoas, ela é uma
comunhão de cristãos e cristãs, dispostos a ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente.
É o próprio corpo de Cristo, cujos membros somos nós.




                 ORIENTAÇÕES PRÁTICAS

1. Aos profissionais de decoração
ÖÖA ornamentação da igreja deve visar mais a nobre simplicidade do que a pompa. Na escolha dessa
   ornamentação, cuide-se da autenticidade dos materiais e procure-se assegurar a educação dos fiéis
   e a dignidade de todo o local sagrado (IGMR 292).
ÖÖA maioria das igrejas já dispõe no seu espaço os elementos necessários para as celebrações litúrgicas.
   Assim o altar, o ambão, a cadeira presidencial, as imagens, as pinturas fazem parte da beleza de
   uma igreja. Esconder estes espaços com elementos estranhos e artificiais significa destoar e agredir
   o ambiente sagrado.
ÖÖA ornamentação é sempre uma expressão da alegria da festa que se celebra. Por isso, haja bom gosto
   e simplicidade na decoração da igreja. O espaço da celebração não pode favorecer a discriminação
   ou a distinção de pessoas. O espírito cristão da celebração pede sobriedade, sem gastos supérfluos
   e sem ostentação. O altar, como já vimos, goza da mais alta dignidade, merece toda a honra e
   distinção, pois nele se realiza o mistério pascal do Cristo. Os castiçais com velas sejam colocados ao
   lado do altar. As flores podem ser colocadas no chão, na frente do altar ou nos lados, nunca sobre o
   altar (Cf. GLP IX.5). Assim também a assinatura das atas no final da celebração, não seja realizada no

  4
   altar, mas numa mesa colocada especialmente para isto.
ÖÖOs arranjos de flores naturais colocados no presbitério sejam proporcionais ao tamanho do local para
  que não impeçam o deslocamento do presidente da celebração e dos ministros e não impeçam a
  visualização daquilo que é essencial, ou seja, o altar, o ambão e a presidência.
ÖÖNa nave da igreja pode-se colocar uma ornamentação sóbria, que não impeça o acesso das pessoas
  aos assentos, como tecidos e véus ou arranjos florais.
ÖÖEvitar pompas e arranjos exagerados que contenham arcos, altas colunas de flores pelo corredor
  central etc... Tais arranjos, além de terem altos custos, constituem para aos convidados obstáculos à
  visualização do altar, dos noivos e daquele que preside a celebração.
ÖÖPara a colocação dos arranjos não está autorizada nenhuma modificação no interior da igreja como:
  deslocamento do altar, do ambão, de bancos, quadros, imagens etc... De forma alguma os arranjos
  devem ser amarrados, fixados com percevejos, ou pregos, ou colados com adesivos nos bancos, portas
  ou nas paredes. Havendo danos materiais causados aos móveis da igreja, a floricultura responsável
  pela ornamentação daquele dia, deverá reparar financeiramente a comunidade paroquial.
ÖÖQuanto ao horário da decoração da igreja, informar-se na secretaria da paróquia. Como regra geral
  a decoração não pode atrapalhar a celebração do culto ou da missa da comunidade.
ÖÖA floricultura fica responsável pela retirada da ornamentação, logo após a celebração do matrimônio,
  deixando a igreja devidamente limpa.
ÖÖAs floriculturas, antes de assinar contrato com os noivos, informem-se junto à secretaria paroquial sobre
  os lugares possíveis da igreja que poderão ser ornamentados, evitando assim futuros aborrecimentos.

2. Aos profissionais de fotografia e filmagem
ÖÖAo exercer sua profissão no interior de uma igreja, é bom lembrar sempre que estão fotografando e
   filmando um ato sagrado. Os sacramentos da Igreja são, primeiramente, “acontecimentos de salvação”,
   e não apenas eventos a serem registrados. Em todos os momentos, haja discrição e respeito.
ÖÖNo exercício de sua profissão não se poderá atrapalhar ou desviar a atenção dos que participam deste
   ato sagrado e deve observar durante o ato litúrgico um comportamento digno e respeitoso. De modo
   especial, não se pode desviar a atenção dos noivos, do ato sagrado que eles estão celebrando.
ÖÖOs profissionais não devem filmar ou fotografar em movimento, durante a liturgia da palavra e a
   homilia, em respeito à palavra de Deus, bem como durante o rito sacramental do matrimônio.
ÖÖNos demais momentos, se poderá filmar ou fotografar, com movimentos discretos, sem chamar a
   atenção dos que estão participando.
ÖÖNão estejam no presbitério senão o presidente da celebração, para exercer sua função litúrgica em
   favor de seus irmãos e irmãs, e os fiéis leigos, para exercer uma função litúrgica enquanto ela durar. Os
   profissionais de foto e filmagem poderão atuar discretamente para registrar os momentos principais
   e depois retornar ao seu lugar junto à assembleia.
ÖÖNão colocar sobre o altar qualquer tipo de equipamento como: câmera fotográfica, filmadora, lentes,
   caixas, papéis, anotações, etc...
ÖÖEm hipótese alguma ocupar o lugar do celebrante, nem mesmo antes do início da celebração.
ÖÖNão subir em bancos e cadeiras.
ÖÖOs fotógrafos e cinegrafistas deverão chegar antes do horário da celebração para instalar seus equipamentos.
ÖÖNão é permitido usar equipamentos que atrapalhem o desenrolar da celebração, como luzes fortes,
   cabos, tripés, gruas, etc...
ÖÖEstá proibido o uso de telões e outros sistemas de iluminação (jogos de luz). O matrimônio não é um
   show, não é um evento social. É uma celebração litúrgica.


                                                                                                          5
ÖÖDurante a celebração jamais conversar ou chamar atenção de quem está celebrando.
ÖÖNenhum fotógrafo ou cinegrafista poderá interromper ações litúrgicas como a procissão de entrada
  ou saída dos fiéis.
ÖÖAntes de cada celebração sempre esclarecer as dúvidas com o presidente da celebração.

3. Aos profissionais do canto e música
ÖÖOs músicos e cantores são parte integrante da assembleia. Geralmente, a equipe de cantos e os músicos
   ficam na frente, próximo ao presbitério. Chamados a participar juntamente com toda a assembleia, eles
   se colocam voltados para o lugar onde acontecem as ações rituais: ambão, altar, cadeira da presidência,
   fonte batismal, e nunca de frente para a assembleia como se estivessem se apresentado (GLP IX. 2).
ÖÖA música é um dom divino e deverá ser exercido como um ministério, um serviço para o bem de
   todos. De modo especial, a música e o canto durante a realização de um ato sagrado são para
   ressaltar a dignidade do ato celebrado, jamais para atrapalhar ou dificultar a sua digna celebração.
ÖÖA música, na celebração do matrimônio, deve ter caráter litúrgico e sacro. Deve ser adequada ao
   momento da celebração. Não se pode, portanto, tocar músicas de serestas, de filmes ou novelas,
   músicas românticas, mesmo instrumentais, que na maioria das vezes, lembram situações contrárias à
   vida conjugal cristã.
ÖÖOnde for possível, no tocante ao canto e a música, dê-se preferência aos cantores e instrumentistas
   da própria comunidade, evitando o costume de ‘importar’ cantores e instrumentistas.
ÖÖOs músicos deverão entregar antecipadamente para o celebrante os títulos das músicas a serem executadas.
ÖÖNas celebrações realizadas fora da missa poderão ser executadas músicas ou cantos litúrgicos nos
   seguintes momentos: na procissão de entrada, na aclamação ao evangelho, após a entrega das
   alianças, durante a comunhão (se houver), durante as assinaturas e no final, para acompanhar a saída
   dos noivos. Nos demais momentos da celebração, nem mesmo fundo musical se permite.

4. Aos profissionais do cerimonial
ÖÖQuem organiza, orienta e coordena a celebração litúrgica é a Igreja através do presidente da celebração
   e não as empresas decoradoras. A atuação do cerimonial termina na porta da igreja quando os noivos
   chegam para a celebração, não sendo permitida a sua interferência durante este momento.
ÖÖOs profissionais do cerimonial deverão estar atentos para o cumprimento do horário de chegada na
   igreja, evitando assim os atrasos que só trazem aborrecimentos e prejudicam o bom andamento dos
   demais matrimônios celebrados no mesmo dia.
ÖÖCompete unicamente à autoridade eclesiástica estabelecer normas, acrescentar ou retirar algo do
   Rito do Matrimônio. Assim, os profissionais do cerimonial não poderão apresentar sugestões aos
   noivos de acréscimos ou retirar aquilo que está previsto no Rito do Sacramento do Matrimônio.
ÖÖNão compete ao cerimonial realizar qualquer tipo de ensaio da celebração. Isso compete à equipe de
   celebração da paróquia ou comunidade.

5. Outras orientações gerais
ÖÖA pontualidade deve ser respeitada. O horário marcado é para a celebração e não para a chegada dos
   convidados, do noivo e depois da noiva.
ÖÖTanto no interior e no lado externo da igreja não são permitidos quaisquer artificialismos na produção
   de efeitos e arranjos: flores artificiais, iluminação extra, jatos de luz, holofotes, velas, balões, colunas,
   gelo seco, etc.
ÖÖÉ proibido também jogar pétalas de flores, arroz e outros, bem como a queima de fogos de artifícios,
   nos limites territoriais do templo e suas dependências.
  6
ORIENTAÇÕES AOS NOIVOS PARA

       A CELEBRAÇÃO DO MATRIMÔNIO


1.	A celebração do matrimônio é celebração do amor entre um homem e uma mulher e do amor de
   Cristo e da Igreja. Este amor conjugal, bênção e dom de Deus, vivido à luz da fé, torna-se sacramento:
   um sinal visível da aliança invisível de Cristo com a sua Igreja e de Deus com a humanidade... Para os
   cristãos o casamento é um verdadeiro acontecimento eclesial, tanto para os noivos, como para suas
   famílias e para a comunidade. Trata-se de uma celebração do mistério pascal de Cristo (GLP IV.1).
2.	É indispensável que a celebração do matrimônio seja devidamente preparada pelo ministro assistente
   com os noivos e a equipe de celebração. Isto possibilita a participação ativa, frutuosa e plena de todos
   na celebração do sacramento (GLP IV.1).
3.	A celebração do matrimônio seja realizada na igreja, ou no espaço onde a comunidade se reúne para
   celebrar. Não são permitidos casamentos religiosos nos clubes, restaurantes, fazendas, sítios, hotéis,
   CTGs, ou instituições congêneres.
4.	O Direito Canônico (can 1108) não prevê a presença de padrinhos no sacramento do matrimônio,
   mas somente de duas testemunhas. No entanto, tendo em vista os costumes locais os noivos poderão
   convidar 4 ou, no máximo, 6 casais para testemunhar seu matrimônio. Assim fazendo estaremos
   evitando aquelas entradas triunfantes e intermináveis, com poses para fotos e filmagens, como num
   desfile de modas. Além de prolongarem demasiadamente a duração da cerimônia, tais “entradas”
   podem ofuscar as partes essenciais do rito matrimonial. O Ritual do Matrimônio assim orienta:
   entrada do noivo precedido pelos pais e testemunhas e, por fim, da noiva precedida pelos seus pais
   e testemunhas; ou, entrada dos noivos em conjunto.
5.	Quando o casamento religioso tiver também efeito civil não há necessidade de outras testemunhas.
   As testemunhas do religioso são também testemunhas do casamento civil.


                                                                                                       7
6.	As testemunhas fazem parte da assembleia, não sendo, portanto seu lugar no presbitério.
7.	A ornamentação é sempre uma expressão da alegria da festa que se celebra. Haja bom gosto e
   simplicidade na decoração da igreja. O espaço da celebração não pode favorecer a discriminação ou
   a distinção de pessoas.
8.	O sacramento do matrimônio realiza-se através de uma celebração litúrgica. Não é um ato social.
   Não deve haver, portanto, preocupação exagerada com a decoração da igreja. O espaço sagrado já
   é belo por si mesmo e deve ser respeitado.
9.	 Sejam devidamente preparadas e proclamadas pelos familiares dos noivos as leituras da palavra de
     Deus, bem como a oração dos fiéis.
10.	 Os cantos sejam litúrgicos e próprios para este momento e poderão ser encontrados no livro de
     cantos da Diocese. Outras músicas sacras tradicionais também poderão ser executadas. Não se
     pode, tocar músicas de serestas, de filmes ou novelas, músicas românticas que não se coadunam
     com o momento sagrado.
11.	 O rito sacramental do matrimônio consta dos seguintes momentos:
ÖÖdiálogo que antecede o mútuo consentimento;
ÖÖmútuo consentimento dos cônjuges;
ÖÖaceitação e ratificação do consentimento;
ÖÖbênção e entrega das alianças.
12.	 Não está prevista no ritual do matrimônio uma entrada própria das alianças, para que não se rompa
     a unidade do rito sacramental. Assim sendo, os noivos tragam consigo as alianças no dedo anular da
     mão direita. Após o consentimento, retiram-se as alianças e se faz a bênção. A seguir, acompanhada
     da forma ritual estabelecida, se passa a aliança para o dedo anular da mão esquerda. Após a entrega
     das alianças poderá haver uma música ou canto apropriado ao rito que acaba de ser celebrado.
13.	 Quem organiza, orienta e coordena a celebração litúrgica é o presidente da celebração e não as
     empresas decoradoras.
14.	 A celebração deve iniciar no horário marcado. Nos convites colocar uma antecedência de 15 minutos
     para que todos possam estar presentes no horário previsto.
15.	 Na contratação de serviços profissionais os noivos deverão tomar conhecimento das normas próprias
     para a sua atuação na celebração do matrimônio.

_________________________________________________
SIGLAS
CB: Cerimonial dos Bispos
DGAE: Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.
GLP: Guia Litúrgico Pastoral da CNBB.
IGMR: Instrução Geral do Missal Romano.
SC: Sacrossanctum Concilium (Vaticano II).




           ____________________________________________________________________
                              MITRA DIOCESANA DE CHAPECÓ
                        Av. Getúlio Vargas, 121 S - Centro - Chapecó/SC
                                   Fone/fax: (49) 3322-3045
                                   www.diocesechapeco.org.br
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Orientações para profissionais na Igreja Católica

  • 1. ORIENTAÇÕES AOS PROFISSIONAIS QUE EXERCEM ATIVIDADES NAS CELEBRAÇÕES DO MATRIMÔNIO DIOCESE DE CHAPECÓ/SC 1
  • 2. Q ueremos expressar, inicialmente, nosso respeito aos profissionais de decoração, foto e filmagem e músicos que atuam no interior de nossas igrejas. Serão sempre bem-vindos para prestar sua assistência profissional nas celebrações litúrgicas. A celebração do matrimônio cristão é a expressão, realizada na liturgia, de um compromisso de amor fiel e duradouro entre um homem e uma mulher, tendo em vista a formação de uma família. Este amor conjugal, bênção e dom de Deus, vivido à luz da fé, é sacramento: manifestação visível de uma graça divina que une o homem à mulher, como Cristo à Igreja. Hoje, contudo, por força de uma mentalidade consumista, tenta-se muitas vezes introduzir elementos estranhos em nossas igrejas por ocasião da celebração do matrimônio. Tais elementos abusivos estão criando constrangimentos às famílias, que são compelidas a gastar muito além de suas possibilidades. A igreja se torna então palco de exibição da disparidade entre ricos e pobres. Os presbíteros e as testemunhas qualificadas do matrimônio ficam impossibilitados de exercerem bem o seu ministério, devido ao tumulto provocado por fotógrafos, cinegrafistas e funcionários de empresas que se intrometem na celebração provocando para criar um clima mais pagão do que cristão. Queremos apresentar-lhes algumas orientações litúrgicas e também algumas normas praticas que se fazem necessárias para que todos possam desempenhar suas funções de modo pacífico e tranquilo, evitando os conflitos que só acarretam desgastes. ORIENTAÇÕES LITÚRGICAS 1. O que é liturgia “Liturgia é uma ação sagrada, através da qual, com ritos, na Igreja e pela Igreja, se exerce e se prolonga a obra sacerdotal de Cristo, que tem por objetivos a santificação das pessoas e a glorificação de Deus” (SC 7). Em outras palavras, a liturgia é a continuidade do plano de salvação do Pai, através da presença mística de Cristo nos sacramentos, que são administrados e perpetuados pela Igreja. Note-se, à Igreja cabe a missão de continuar a obra de Cristo, que se dá, sobretudo, através da liturgia. Sem liturgia, não há Igreja e sem Igreja não há liturgia. E sem liturgia não há continuidade no mistério da salvação da humanidade. Em sentido estrito, a liturgia é a celebração do Mistério Pascal da morte e ressurreição de Cristo – e de toda a história da salvação. Nessa celebração, os que sofrem e morrem unidos a Cristo e a seu Corpo, que é a Igreja, participam da vitória pascal sobre o mal e as forças da morte. A liturgia é celebrada pela comunidade dos batizados (ministros ordenados e leigos) reunida em torno de seu sumo sacerdote Jesus Cristo. A celebração litúrgica implica necessariamente um compromisso com a transformação da realidade em vista do crescimento do Reino de Deus (DGAE 68). 2
  • 3. 2. O espaço litúrgico Com o mesmo carinho que os discípulos prepararam o lugar da ceia de Jesus, nós preparamos e organizamos o espaço da celebração, como quem acolhe a graça e a energia de nosso Deus que se comunica conosco. O espaço da celebração é o lugar que abriga a assembleia dos cristãos, convocados pelo Pai, em Cristo, na força do Espírito. O espaço litúrgico apresenta-se como sacramento, através do qual fazemos a experiência da aliança com Deus, nos constituímos como Igreja de Cristo e recebemos o seu Espírito. Por isso recomenda-se que as igrejas e todos os espaços sejam consagrados ou abençoados. Ao criarmos um espaço para celebrarmos o Mistério Pascal de Jesus Cristo, precisamos considerar a unidade, a simbologia e a dignidade de tudo e de todos, a fim de favorecer a real intimidade entre a Criatura e o Criador. A decoração da igreja deve manifestar o caráter festivo da celebração. As flores, as velas e as luzes devem colaborar para que as celebrações sejam de fato memória da Páscoa de Jesus. Os detalhes merecem cuidado especial, pois, nunca devem se sobrepor ao essencial: As flores, por exemplo, não são mais importantes que o altar, o ambão e outros lugares simbólicos. Os excessos desvalorizam os sinais principais. A sobriedade da decoração favorece a concentração do mistério. (GLP IX.10). 3. Lugares do espaço litúrgico No interior de uma igreja temos diversos espaços onde se realizam as ações litúrgicas. A seguir passaremos a descrever alguns destes espaços. 3.1. Presbitério O presbitério é o lugar onde o ministro, agindo na pessoa do próprio Cristo, exerce seu ministério litúrgico de presidir a assembleia celebrante. Afirma o Cerimonial dos Bispos: “O presbitério, ou seja, o espaço em que o bispo, presbíteros e ministros exercem o seu ministério, deve distinguir-se, de forma conveniente, da nave da igreja, ou seja, por uma posição mais elevada, ou por uma estrutura ou ornamentação especial, de modo a pôr em evidência, pela própria disposição, a função hierárquica dos ministros. Há de ser suficientemente amplo para que os sagrados ritos se possam nele desenrolar e ver comodamente”. (CB 50) 3.2. O altar O altar, onde se torna presente o sacrifício da cruz sob os sinais sacramentais, é também a mesa do Senhor na qual o povo de Deus é convidado a participar por meio da Missa; é ainda o centro da ação de graças que se realiza pela Eucaristia (IGMR 296). O altar representa aquilo que é mais sagrado para nós: Cristo em sua entrega total por nós, ontem, hoje e sempre. Deus nos manifesta a presença do Sacrifício de Cristo na centralidade simbólica do altar. O altar não é um móvel, mas sim, um lugar simbólico, consagrado unicamente para a celebração da eucaristia. 3.3. O ambão O ambão é a mesa da palavra assim como o altar é a mesa da eucaristia. “Quando se lêem as escrituras na missa é o próprio Cristo que fala” (SC 7). A força sacramental da palavra na liturgia faz acontecer aquilo que anuncia: realiza nossa transformação pascal (GLP IX.4). O ambão é peça fundamental no espaço litúrgico, mesa da partilha da mensagem salvífica de 3 Deus, com dignidade semelhante à mesa da eucaristia. Sobre ela, na verdade, Cristo se faz realmente
  • 4. presente e atuante na assembleia, oferecendo-se como “pão da palavra” para a vida dos cristãos. O ambão enquanto símbolo é ícone da tumba vazia do Salvador e presença do anúncio novo da páscoa do Senhor. Do ambão são proferidas somente as leituras, o salmo responsorial e o precônio pascal; também se podem proferir a homilia e a oração dos fiéis (IGMR 309). 3.4. A cadeira da presidência É o espaço destinado para o bispo, presbítero, diácono ou ministro, exercer seu ministério de presidência da assembleia. É o lugar de onde ele faz a abertura da celebração e de onde ele envia a comunidade para a missão. Na verdade, quem preside a Liturgia é o Cristo, na pessoa do presidente da assembleia litúrgica. O sacerdote que preside a Eucaristia ou outro sacramento e outros ministros que animam outras celebrações são sinais sacramentais de Cristo Jesus que está presente, mas de maneira invisível. Ao presidir a celebração, ao elevar a oração a Deus em nome de todos, ao explicar a palavra de Deus à comunidade, aquele que preside atua em nome de Cristo. Por isso ele preside, ou seja, ele se senta diante de toda a assembleia, como representante do verdadeiro Presidente e Mestre, que é o Senhor Jesus. 3.5. A assembleia A assembleia é o conjunto dos fiéis reunidos. Ocupa o espaço chamado de nave onde ficam os bancos e os corredores. A assembleia litúrgica, porém, não é uma simples congregação de pessoas, como qualquer outra. Uma vez constituída, mais que um mero ajuntamento de pessoas, ela é uma comunhão de cristãos e cristãs, dispostos a ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente. É o próprio corpo de Cristo, cujos membros somos nós. ORIENTAÇÕES PRÁTICAS 1. Aos profissionais de decoração ÖÖA ornamentação da igreja deve visar mais a nobre simplicidade do que a pompa. Na escolha dessa ornamentação, cuide-se da autenticidade dos materiais e procure-se assegurar a educação dos fiéis e a dignidade de todo o local sagrado (IGMR 292). ÖÖA maioria das igrejas já dispõe no seu espaço os elementos necessários para as celebrações litúrgicas. Assim o altar, o ambão, a cadeira presidencial, as imagens, as pinturas fazem parte da beleza de uma igreja. Esconder estes espaços com elementos estranhos e artificiais significa destoar e agredir o ambiente sagrado. ÖÖA ornamentação é sempre uma expressão da alegria da festa que se celebra. Por isso, haja bom gosto e simplicidade na decoração da igreja. O espaço da celebração não pode favorecer a discriminação ou a distinção de pessoas. O espírito cristão da celebração pede sobriedade, sem gastos supérfluos e sem ostentação. O altar, como já vimos, goza da mais alta dignidade, merece toda a honra e distinção, pois nele se realiza o mistério pascal do Cristo. Os castiçais com velas sejam colocados ao lado do altar. As flores podem ser colocadas no chão, na frente do altar ou nos lados, nunca sobre o altar (Cf. GLP IX.5). Assim também a assinatura das atas no final da celebração, não seja realizada no 4 altar, mas numa mesa colocada especialmente para isto.
  • 5. ÖÖOs arranjos de flores naturais colocados no presbitério sejam proporcionais ao tamanho do local para que não impeçam o deslocamento do presidente da celebração e dos ministros e não impeçam a visualização daquilo que é essencial, ou seja, o altar, o ambão e a presidência. ÖÖNa nave da igreja pode-se colocar uma ornamentação sóbria, que não impeça o acesso das pessoas aos assentos, como tecidos e véus ou arranjos florais. ÖÖEvitar pompas e arranjos exagerados que contenham arcos, altas colunas de flores pelo corredor central etc... Tais arranjos, além de terem altos custos, constituem para aos convidados obstáculos à visualização do altar, dos noivos e daquele que preside a celebração. ÖÖPara a colocação dos arranjos não está autorizada nenhuma modificação no interior da igreja como: deslocamento do altar, do ambão, de bancos, quadros, imagens etc... De forma alguma os arranjos devem ser amarrados, fixados com percevejos, ou pregos, ou colados com adesivos nos bancos, portas ou nas paredes. Havendo danos materiais causados aos móveis da igreja, a floricultura responsável pela ornamentação daquele dia, deverá reparar financeiramente a comunidade paroquial. ÖÖQuanto ao horário da decoração da igreja, informar-se na secretaria da paróquia. Como regra geral a decoração não pode atrapalhar a celebração do culto ou da missa da comunidade. ÖÖA floricultura fica responsável pela retirada da ornamentação, logo após a celebração do matrimônio, deixando a igreja devidamente limpa. ÖÖAs floriculturas, antes de assinar contrato com os noivos, informem-se junto à secretaria paroquial sobre os lugares possíveis da igreja que poderão ser ornamentados, evitando assim futuros aborrecimentos. 2. Aos profissionais de fotografia e filmagem ÖÖAo exercer sua profissão no interior de uma igreja, é bom lembrar sempre que estão fotografando e filmando um ato sagrado. Os sacramentos da Igreja são, primeiramente, “acontecimentos de salvação”, e não apenas eventos a serem registrados. Em todos os momentos, haja discrição e respeito. ÖÖNo exercício de sua profissão não se poderá atrapalhar ou desviar a atenção dos que participam deste ato sagrado e deve observar durante o ato litúrgico um comportamento digno e respeitoso. De modo especial, não se pode desviar a atenção dos noivos, do ato sagrado que eles estão celebrando. ÖÖOs profissionais não devem filmar ou fotografar em movimento, durante a liturgia da palavra e a homilia, em respeito à palavra de Deus, bem como durante o rito sacramental do matrimônio. ÖÖNos demais momentos, se poderá filmar ou fotografar, com movimentos discretos, sem chamar a atenção dos que estão participando. ÖÖNão estejam no presbitério senão o presidente da celebração, para exercer sua função litúrgica em favor de seus irmãos e irmãs, e os fiéis leigos, para exercer uma função litúrgica enquanto ela durar. Os profissionais de foto e filmagem poderão atuar discretamente para registrar os momentos principais e depois retornar ao seu lugar junto à assembleia. ÖÖNão colocar sobre o altar qualquer tipo de equipamento como: câmera fotográfica, filmadora, lentes, caixas, papéis, anotações, etc... ÖÖEm hipótese alguma ocupar o lugar do celebrante, nem mesmo antes do início da celebração. ÖÖNão subir em bancos e cadeiras. ÖÖOs fotógrafos e cinegrafistas deverão chegar antes do horário da celebração para instalar seus equipamentos. ÖÖNão é permitido usar equipamentos que atrapalhem o desenrolar da celebração, como luzes fortes, cabos, tripés, gruas, etc... ÖÖEstá proibido o uso de telões e outros sistemas de iluminação (jogos de luz). O matrimônio não é um show, não é um evento social. É uma celebração litúrgica. 5 ÖÖDurante a celebração jamais conversar ou chamar atenção de quem está celebrando.
  • 6. ÖÖNenhum fotógrafo ou cinegrafista poderá interromper ações litúrgicas como a procissão de entrada ou saída dos fiéis. ÖÖAntes de cada celebração sempre esclarecer as dúvidas com o presidente da celebração. 3. Aos profissionais do canto e música ÖÖOs músicos e cantores são parte integrante da assembleia. Geralmente, a equipe de cantos e os músicos ficam na frente, próximo ao presbitério. Chamados a participar juntamente com toda a assembleia, eles se colocam voltados para o lugar onde acontecem as ações rituais: ambão, altar, cadeira da presidência, fonte batismal, e nunca de frente para a assembleia como se estivessem se apresentado (GLP IX. 2). ÖÖA música é um dom divino e deverá ser exercido como um ministério, um serviço para o bem de todos. De modo especial, a música e o canto durante a realização de um ato sagrado são para ressaltar a dignidade do ato celebrado, jamais para atrapalhar ou dificultar a sua digna celebração. ÖÖA música, na celebração do matrimônio, deve ter caráter litúrgico e sacro. Deve ser adequada ao momento da celebração. Não se pode, portanto, tocar músicas de serestas, de filmes ou novelas, músicas românticas, mesmo instrumentais, que na maioria das vezes, lembram situações contrárias à vida conjugal cristã. ÖÖOnde for possível, no tocante ao canto e a música, dê-se preferência aos cantores e instrumentistas da própria comunidade, evitando o costume de ‘importar’ cantores e instrumentistas. ÖÖOs músicos deverão entregar antecipadamente para o celebrante os títulos das músicas a serem executadas. ÖÖNas celebrações realizadas fora da missa poderão ser executadas músicas ou cantos litúrgicos nos seguintes momentos: na procissão de entrada, na aclamação ao evangelho, após a entrega das alianças, durante a comunhão (se houver), durante as assinaturas e no final, para acompanhar a saída dos noivos. Nos demais momentos da celebração, nem mesmo fundo musical se permite. 4. Aos profissionais do cerimonial ÖÖQuem organiza, orienta e coordena a celebração litúrgica é a Igreja através do presidente da celebração e não as empresas decoradoras. A atuação do cerimonial termina na porta da igreja quando os noivos chegam para a celebração, não sendo permitida a sua interferência durante este momento. ÖÖOs profissionais do cerimonial deverão estar atentos para o cumprimento do horário de chegada na igreja, evitando assim os atrasos que só trazem aborrecimentos e prejudicam o bom andamento dos demais matrimônios celebrados no mesmo dia. ÖÖCompete unicamente à autoridade eclesiástica estabelecer normas, acrescentar ou retirar algo do Rito do Matrimônio. Assim, os profissionais do cerimonial não poderão apresentar sugestões aos noivos de acréscimos ou retirar aquilo que está previsto no Rito do Sacramento do Matrimônio. ÖÖNão compete ao cerimonial realizar qualquer tipo de ensaio da celebração. Isso compete à equipe de celebração da paróquia ou comunidade. 5. Outras orientações gerais ÖÖA pontualidade deve ser respeitada. O horário marcado é para a celebração e não para a chegada dos convidados, do noivo e depois da noiva. ÖÖTanto no interior e no lado externo da igreja não são permitidos quaisquer artificialismos na produção de efeitos e arranjos: flores artificiais, iluminação extra, jatos de luz, holofotes, velas, balões, colunas, gelo seco, etc. ÖÖÉ proibido também jogar pétalas de flores, arroz e outros, bem como a queima de fogos de artifícios, nos limites territoriais do templo e suas dependências. 6
  • 7. ORIENTAÇÕES AOS NOIVOS PARA A CELEBRAÇÃO DO MATRIMÔNIO 1. A celebração do matrimônio é celebração do amor entre um homem e uma mulher e do amor de Cristo e da Igreja. Este amor conjugal, bênção e dom de Deus, vivido à luz da fé, torna-se sacramento: um sinal visível da aliança invisível de Cristo com a sua Igreja e de Deus com a humanidade... Para os cristãos o casamento é um verdadeiro acontecimento eclesial, tanto para os noivos, como para suas famílias e para a comunidade. Trata-se de uma celebração do mistério pascal de Cristo (GLP IV.1). 2. É indispensável que a celebração do matrimônio seja devidamente preparada pelo ministro assistente com os noivos e a equipe de celebração. Isto possibilita a participação ativa, frutuosa e plena de todos na celebração do sacramento (GLP IV.1). 3. A celebração do matrimônio seja realizada na igreja, ou no espaço onde a comunidade se reúne para celebrar. Não são permitidos casamentos religiosos nos clubes, restaurantes, fazendas, sítios, hotéis, CTGs, ou instituições congêneres. 4. O Direito Canônico (can 1108) não prevê a presença de padrinhos no sacramento do matrimônio, mas somente de duas testemunhas. No entanto, tendo em vista os costumes locais os noivos poderão convidar 4 ou, no máximo, 6 casais para testemunhar seu matrimônio. Assim fazendo estaremos evitando aquelas entradas triunfantes e intermináveis, com poses para fotos e filmagens, como num desfile de modas. Além de prolongarem demasiadamente a duração da cerimônia, tais “entradas” podem ofuscar as partes essenciais do rito matrimonial. O Ritual do Matrimônio assim orienta: entrada do noivo precedido pelos pais e testemunhas e, por fim, da noiva precedida pelos seus pais e testemunhas; ou, entrada dos noivos em conjunto. 5. Quando o casamento religioso tiver também efeito civil não há necessidade de outras testemunhas. As testemunhas do religioso são também testemunhas do casamento civil. 7 6. As testemunhas fazem parte da assembleia, não sendo, portanto seu lugar no presbitério.
  • 8. 7. A ornamentação é sempre uma expressão da alegria da festa que se celebra. Haja bom gosto e simplicidade na decoração da igreja. O espaço da celebração não pode favorecer a discriminação ou a distinção de pessoas. 8. O sacramento do matrimônio realiza-se através de uma celebração litúrgica. Não é um ato social. Não deve haver, portanto, preocupação exagerada com a decoração da igreja. O espaço sagrado já é belo por si mesmo e deve ser respeitado. 9. Sejam devidamente preparadas e proclamadas pelos familiares dos noivos as leituras da palavra de Deus, bem como a oração dos fiéis. 10. Os cantos sejam litúrgicos e próprios para este momento e poderão ser encontrados no livro de cantos da Diocese. Outras músicas sacras tradicionais também poderão ser executadas. Não se pode, tocar músicas de serestas, de filmes ou novelas, músicas românticas que não se coadunam com o momento sagrado. 11. O rito sacramental do matrimônio consta dos seguintes momentos: ÖÖdiálogo que antecede o mútuo consentimento; ÖÖmútuo consentimento dos cônjuges; ÖÖaceitação e ratificação do consentimento; ÖÖbênção e entrega das alianças. 12. Não está prevista no ritual do matrimônio uma entrada própria das alianças, para que não se rompa a unidade do rito sacramental. Assim sendo, os noivos tragam consigo as alianças no dedo anular da mão direita. Após o consentimento, retiram-se as alianças e se faz a bênção. A seguir, acompanhada da forma ritual estabelecida, se passa a aliança para o dedo anular da mão esquerda. Após a entrega das alianças poderá haver uma música ou canto apropriado ao rito que acaba de ser celebrado. 13. Quem organiza, orienta e coordena a celebração litúrgica é o presidente da celebração e não as empresas decoradoras. 14. A celebração deve iniciar no horário marcado. Nos convites colocar uma antecedência de 15 minutos para que todos possam estar presentes no horário previsto. 15. Na contratação de serviços profissionais os noivos deverão tomar conhecimento das normas próprias para a sua atuação na celebração do matrimônio. _________________________________________________ SIGLAS CB: Cerimonial dos Bispos DGAE: Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. GLP: Guia Litúrgico Pastoral da CNBB. IGMR: Instrução Geral do Missal Romano. SC: Sacrossanctum Concilium (Vaticano II). ____________________________________________________________________ MITRA DIOCESANA DE CHAPECÓ Av. Getúlio Vargas, 121 S - Centro - Chapecó/SC Fone/fax: (49) 3322-3045 www.diocesechapeco.org.br 8