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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL PROF. MARIA APARECIDA GIALLUISI GRUPO EDUCAÇÃO PARA A VIDA P00649 Márcus Aurélio Sobral P00548   Daniela Gaspar Soares
PRÓLOGO A entrevista foi realizada no dia Trinta de setembro de dois mil e onze, aproximadamente às dezessete horas e trinta minutos pela aluna Daniela Gaspar Soares, após a observação da prática. A entrevistada, Professora Sandra Sousa, atua na Educação Infantil há dez anos na Prefeitura de Niterói. O grupo considera o relato da professora entrevistada um ótimo exemplo de comprometimento com a Educação Infantil. A professora Sandra é uma excelente educadora, conhecedora de seu papel social e que prioriza a brincadeira na Educação Infantil como atividade pedagógica, ou seja, geradora de conhecimento. O grupo teve o privilégio em contemplar o relato de uma educadora extremamente coerente e que fala de seu trabalho com muita clareza e simplicidade.
INTRODUÇÃO ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Daniela : Sandra para você qual a importância da brincadeira no desenvolvimento da criança?  Sandra : Bem ! Nós podemos destacar três pontos em relação à brincadeira. O primeiro movimento é que a brincadeira é a própria linguagem da criança. A criança ao se relacionar com o mundo, a maneira como ela se expressa  com esse mundo é através da brincadeira. Então é uma forma do adulto interagir, ter uma interlocução com a criança, é através desse processo lúdico, é através da brincadeira com a criança. Como a brincadeira é a linguagem dela, o adulto quando ele se relaciona com ela, com o tipo de linguagem, que ela utiliza, na interpretação dela de mundo. Ele tem uma ligação, uma facilitação maior com ela nesse diálogo. De compreensão dela, no sentido de compreender o adulto e o adulto a compreende-la. Quando ele consegue entrar nesse mundo, nessa linguagem da brincadeira. É assim né, o que quer dizer quando a criança toma a brincadeira como linguagem, agente pode pensar né, que quando uma criança está brincando de fazer comidinha ela tá trazendo as coisas que ela observa na vida dos adultos, no mundo dos adultos, do trabalho que os adultos exercem. E ela reproduz isso no seu cotidiano, na brincadeira. Então é uma releitura que ela está fazendo do que ela recebe do mundo. E através da brincadeira ela vai assimilando essas coisas que já fazem parte do repertório dela, das coisas que ela observa do mundo e ao mesmo tempo ela vai interpretando e colocando a singularidade dela. As situações que ela vivencia, então se ela tem algum conflito familiar na hora da brincadeira ela vai reproduzir e vai trabalhando dentro dela aquelas situações. Por isso é muito importante que o adulto respeite esse momento da brincadeira da criança. Porque ali ela está produzindo, ela está amadurecendo, ela está crescendo e ela está se desenvolvendo, nesse movimento da brincadeira. Não é algo neutro, desprovido de crescimento.
Uma outra questão que agente pode levantar em relação a brincadeira, que é brincadeira parte sócio- cultural, porque a criança está inserida num meio sócio-cultural. Então a brincadeira vai variar de cultura para cultura. E por exemplo, agente tem a globalização da infância, que tem a questão dos brinquedos, dos desenhos que são interferências que as crianças do mundo inteiro recebem. Então agente pode dizer que existe uma ligação entre essa globalização da infância com a mídia, desses produtos voltados para o público infantil. É, mas assim,  a brincadeira é um meio e o papel do professor na intervenção junto a essa brincadeira. Por exemplo: já presenciei um tipo de sala de leitura, não de brinquedoteca, é,  uma criança brincando de médico, não o garotinho brincava de matar e a professora da sala de leitura começou a brincar com ele, ela entrou naquela situação. E então, aí ela começou a pegar na brinquedoteca  alguns brinquedos e começou a brincar de médico. Aí, ao mesmo tempo que o menino matava ela ia curando as crianças. Aí,  uma outra criança começou a interagir junto com ela. Vamos curar essa criança, começou a interagir junto com ela. Vamos curar essa criança que ele matou e agora vamos curar. E, inicialmente o menino que estava matando ele num segundo momento começou a pegar os medicamentos para brincar de curar. Então né, como o professor ele , a ação dele no brincar da criança, saber intervir nesse brincar da criança de uma maneira respeitosa, não foi autoritária, não foi agressiva né e ao mesmo tempo conseguiu induzir a brincadeira, direcionar a brincadeira dessa criança para algo mais construtivo. Uma outra situação né, as crianças de uma comunidade viam os mortos de sua comunidade serem jogados no valão. E assim, eles brincavam na creche de jogar o morto no valão.
E aí, em cima disso a professora observou e começou a elaborar um projeto junto aquela turma, de como as pessoas morrem? Como cada cultura, como os Judeus que fazem a cremação, também se relaciona com o morto, com o falecimento. Também no sentido de transformar, qual era o repertório cultural daquelas crianças, era a coisa de tratar o morto dessa forma. E ela também através dessa observação e intervenção, ela conseguiu transformar a brincadeira, contribuir e trazer conhecimentos para aquelas crianças. É interessante também que o professor em sala, ele possa fazer um planejamento flexível, porque essa coisa da interação, adulto criança, as brincadeiras elas são muito influenciadas pelo que o adulto ensina para a criança. Né, agora eu vou só relatar mais uma situação que é uma situação de criança de um ano e meio, é creche, berçário, era um ano e meio, eram crianças por volta de um ano e dois meses e um ano e três meses. As crianças estão numa sala, vários brinquedos espalhados, toca uma música de fundo. As educadoras estão em suas atividades, uma menina de um ano e três meses pega outras crianças pela mão e faz uma rodinha de ciranda. É, então, a brincadeira como aprendizado cultural também. A menina ela assimilou o que ela aprendeu com a educadora, porque a educadora costumava brincar de rodinha com as crianças. Ela assimilou e imitou a educadora, mas dando o seu tom. Então ela fez a rodinha de ciranda com as crianças, uma criança de um ano e três meses. A importância de você fazer brincadeiras com as crianças, que sejam brincadeiras que resgatem né, a rodinha, a ciranda, que saiam um pouco dessa coisa tão midiática né, voltada para o consumo, de consumo mesmo. E trazer coisas artesanais, cultivar brincadeiras de pais com os filhos né, construir junto com as crianças seus próprios brinquedos. Tudo isso, são atividades importantes, porque à criança vai aprender a brincar. Então isso tudo já tá bom. Está ótimo.  Daniela : obrigada!
Relato sobre a observação da prática pedagógica da professora Sandra Nesse dia pude observar que a professora que trabalha com crianças da faixa etária de quatro anos, valoriza e prioriza a brincadeira como atividade produtora de conhecimento. Ela fez várias brincadeiras com as crianças: Brincadeiras de roda (várias cantigas de roda: Atirei o pau no Gato; O sapo não lava o pé; Eu vi um sapo na beira do rio e outras); Brincou com uma corda (as crianças tinham que andar sobre a corda, pular a corda de um lado para o outro, com a minha ajuda fizemos cobrinha com a corda e as crianças pulavam sem pisar na corda e por último, as crianças tinham que passar por cima e por baixo da corda). Pude observar também, que a professora possui um planejamento prévio, ela convida as crianças à participação e valoriza muito a fala das crianças. Essa atividade de chamamento das crianças é o que o Grupo Primeira Opção considera de mais relevante na prática da professora Sandra, pois se queremos promover uma Educação centrada na participação política, na tomada de decisões e na responsabilidade social, não existe outro caminho. Foi muito prazerosa a visita, fui muito bem recebida pela professora e pelas crianças e tive a oportunidade de participar de atividades tão intensas junto a professora Sandra e as crianças.
A professora Sandra e as crianças possuem um vínculo afetivo muito intenso, ela é muito carinhosa com as crianças e se coloca o tempo todo como parceira no desenvolvimento delas, ou seja, ela conversa com as crianças sobre as atividades que serão desenvolvidas, as crianças opinam e dão idéias de como as atividades podem ser desenvolvidas, tudo num clima de muita amizade e parceria.  A professora não possui muitos recursos pedagógicos para auxiliá-la, sua sala é pequena, pouco arejada, mas ela e as crianças fazem um ótimo trabalho de equipe, pois tudo é muito bem organizado e limpo, os cantinhos de aprendizagem ficam a disposição das crianças que os escolhem e depois os organizam, tudo é combinado entre professora e crianças e a aprendizagem flui naturalmente. O grupo Primeira opção acredita que o trabalho com crianças na Educação Infantil precisa valorizar a criança como produtora de conhecimento e que a brincadeira que a forma de expressão dela deve ser priorizada. Logo, o trabalho da Professora Sandra foi um presente que o grupo recebeu e que certamente ficará escrito em nossas memórias como a síntese de tudo o que estudamos na apostila e da certeza que o Professor pode sim fazer a diferença, basta querer e se esforçar para isso.
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Fundamentos da educação infantil

  • 1. FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL PROF. MARIA APARECIDA GIALLUISI GRUPO EDUCAÇÃO PARA A VIDA P00649 Márcus Aurélio Sobral P00548 Daniela Gaspar Soares
  • 2. PRÓLOGO A entrevista foi realizada no dia Trinta de setembro de dois mil e onze, aproximadamente às dezessete horas e trinta minutos pela aluna Daniela Gaspar Soares, após a observação da prática. A entrevistada, Professora Sandra Sousa, atua na Educação Infantil há dez anos na Prefeitura de Niterói. O grupo considera o relato da professora entrevistada um ótimo exemplo de comprometimento com a Educação Infantil. A professora Sandra é uma excelente educadora, conhecedora de seu papel social e que prioriza a brincadeira na Educação Infantil como atividade pedagógica, ou seja, geradora de conhecimento. O grupo teve o privilégio em contemplar o relato de uma educadora extremamente coerente e que fala de seu trabalho com muita clareza e simplicidade.
  • 3.
  • 4. Daniela : Sandra para você qual a importância da brincadeira no desenvolvimento da criança? Sandra : Bem ! Nós podemos destacar três pontos em relação à brincadeira. O primeiro movimento é que a brincadeira é a própria linguagem da criança. A criança ao se relacionar com o mundo, a maneira como ela se expressa com esse mundo é através da brincadeira. Então é uma forma do adulto interagir, ter uma interlocução com a criança, é através desse processo lúdico, é através da brincadeira com a criança. Como a brincadeira é a linguagem dela, o adulto quando ele se relaciona com ela, com o tipo de linguagem, que ela utiliza, na interpretação dela de mundo. Ele tem uma ligação, uma facilitação maior com ela nesse diálogo. De compreensão dela, no sentido de compreender o adulto e o adulto a compreende-la. Quando ele consegue entrar nesse mundo, nessa linguagem da brincadeira. É assim né, o que quer dizer quando a criança toma a brincadeira como linguagem, agente pode pensar né, que quando uma criança está brincando de fazer comidinha ela tá trazendo as coisas que ela observa na vida dos adultos, no mundo dos adultos, do trabalho que os adultos exercem. E ela reproduz isso no seu cotidiano, na brincadeira. Então é uma releitura que ela está fazendo do que ela recebe do mundo. E através da brincadeira ela vai assimilando essas coisas que já fazem parte do repertório dela, das coisas que ela observa do mundo e ao mesmo tempo ela vai interpretando e colocando a singularidade dela. As situações que ela vivencia, então se ela tem algum conflito familiar na hora da brincadeira ela vai reproduzir e vai trabalhando dentro dela aquelas situações. Por isso é muito importante que o adulto respeite esse momento da brincadeira da criança. Porque ali ela está produzindo, ela está amadurecendo, ela está crescendo e ela está se desenvolvendo, nesse movimento da brincadeira. Não é algo neutro, desprovido de crescimento.
  • 5. Uma outra questão que agente pode levantar em relação a brincadeira, que é brincadeira parte sócio- cultural, porque a criança está inserida num meio sócio-cultural. Então a brincadeira vai variar de cultura para cultura. E por exemplo, agente tem a globalização da infância, que tem a questão dos brinquedos, dos desenhos que são interferências que as crianças do mundo inteiro recebem. Então agente pode dizer que existe uma ligação entre essa globalização da infância com a mídia, desses produtos voltados para o público infantil. É, mas assim, a brincadeira é um meio e o papel do professor na intervenção junto a essa brincadeira. Por exemplo: já presenciei um tipo de sala de leitura, não de brinquedoteca, é, uma criança brincando de médico, não o garotinho brincava de matar e a professora da sala de leitura começou a brincar com ele, ela entrou naquela situação. E então, aí ela começou a pegar na brinquedoteca alguns brinquedos e começou a brincar de médico. Aí, ao mesmo tempo que o menino matava ela ia curando as crianças. Aí, uma outra criança começou a interagir junto com ela. Vamos curar essa criança, começou a interagir junto com ela. Vamos curar essa criança que ele matou e agora vamos curar. E, inicialmente o menino que estava matando ele num segundo momento começou a pegar os medicamentos para brincar de curar. Então né, como o professor ele , a ação dele no brincar da criança, saber intervir nesse brincar da criança de uma maneira respeitosa, não foi autoritária, não foi agressiva né e ao mesmo tempo conseguiu induzir a brincadeira, direcionar a brincadeira dessa criança para algo mais construtivo. Uma outra situação né, as crianças de uma comunidade viam os mortos de sua comunidade serem jogados no valão. E assim, eles brincavam na creche de jogar o morto no valão.
  • 6. E aí, em cima disso a professora observou e começou a elaborar um projeto junto aquela turma, de como as pessoas morrem? Como cada cultura, como os Judeus que fazem a cremação, também se relaciona com o morto, com o falecimento. Também no sentido de transformar, qual era o repertório cultural daquelas crianças, era a coisa de tratar o morto dessa forma. E ela também através dessa observação e intervenção, ela conseguiu transformar a brincadeira, contribuir e trazer conhecimentos para aquelas crianças. É interessante também que o professor em sala, ele possa fazer um planejamento flexível, porque essa coisa da interação, adulto criança, as brincadeiras elas são muito influenciadas pelo que o adulto ensina para a criança. Né, agora eu vou só relatar mais uma situação que é uma situação de criança de um ano e meio, é creche, berçário, era um ano e meio, eram crianças por volta de um ano e dois meses e um ano e três meses. As crianças estão numa sala, vários brinquedos espalhados, toca uma música de fundo. As educadoras estão em suas atividades, uma menina de um ano e três meses pega outras crianças pela mão e faz uma rodinha de ciranda. É, então, a brincadeira como aprendizado cultural também. A menina ela assimilou o que ela aprendeu com a educadora, porque a educadora costumava brincar de rodinha com as crianças. Ela assimilou e imitou a educadora, mas dando o seu tom. Então ela fez a rodinha de ciranda com as crianças, uma criança de um ano e três meses. A importância de você fazer brincadeiras com as crianças, que sejam brincadeiras que resgatem né, a rodinha, a ciranda, que saiam um pouco dessa coisa tão midiática né, voltada para o consumo, de consumo mesmo. E trazer coisas artesanais, cultivar brincadeiras de pais com os filhos né, construir junto com as crianças seus próprios brinquedos. Tudo isso, são atividades importantes, porque à criança vai aprender a brincar. Então isso tudo já tá bom. Está ótimo. Daniela : obrigada!
  • 7. Relato sobre a observação da prática pedagógica da professora Sandra Nesse dia pude observar que a professora que trabalha com crianças da faixa etária de quatro anos, valoriza e prioriza a brincadeira como atividade produtora de conhecimento. Ela fez várias brincadeiras com as crianças: Brincadeiras de roda (várias cantigas de roda: Atirei o pau no Gato; O sapo não lava o pé; Eu vi um sapo na beira do rio e outras); Brincou com uma corda (as crianças tinham que andar sobre a corda, pular a corda de um lado para o outro, com a minha ajuda fizemos cobrinha com a corda e as crianças pulavam sem pisar na corda e por último, as crianças tinham que passar por cima e por baixo da corda). Pude observar também, que a professora possui um planejamento prévio, ela convida as crianças à participação e valoriza muito a fala das crianças. Essa atividade de chamamento das crianças é o que o Grupo Primeira Opção considera de mais relevante na prática da professora Sandra, pois se queremos promover uma Educação centrada na participação política, na tomada de decisões e na responsabilidade social, não existe outro caminho. Foi muito prazerosa a visita, fui muito bem recebida pela professora e pelas crianças e tive a oportunidade de participar de atividades tão intensas junto a professora Sandra e as crianças.
  • 8. A professora Sandra e as crianças possuem um vínculo afetivo muito intenso, ela é muito carinhosa com as crianças e se coloca o tempo todo como parceira no desenvolvimento delas, ou seja, ela conversa com as crianças sobre as atividades que serão desenvolvidas, as crianças opinam e dão idéias de como as atividades podem ser desenvolvidas, tudo num clima de muita amizade e parceria. A professora não possui muitos recursos pedagógicos para auxiliá-la, sua sala é pequena, pouco arejada, mas ela e as crianças fazem um ótimo trabalho de equipe, pois tudo é muito bem organizado e limpo, os cantinhos de aprendizagem ficam a disposição das crianças que os escolhem e depois os organizam, tudo é combinado entre professora e crianças e a aprendizagem flui naturalmente. O grupo Primeira opção acredita que o trabalho com crianças na Educação Infantil precisa valorizar a criança como produtora de conhecimento e que a brincadeira que a forma de expressão dela deve ser priorizada. Logo, o trabalho da Professora Sandra foi um presente que o grupo recebeu e que certamente ficará escrito em nossas memórias como a síntese de tudo o que estudamos na apostila e da certeza que o Professor pode sim fazer a diferença, basta querer e se esforçar para isso.
  • 9.