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A importância
                                                do design na
                                                administração
                                                da marca


                                                Lígia Fascioni




A marca como                                   que o consumidor vai exigir num futuro
                                               próximo), o que será capaz de fazer com
responsabilidade do                            que o seu produto seja escolhido em
profissional de marketing                      detrimento dos outros? Pensou bem, isto
Hoje em dia as pessoas podem ter acesso a      mesmo: seus belos olhos azuis... O segredo
quase tudo de quase todos os lugares e os 4    é o design !
pês que serviam de base de sustentação às
estratégias de marketing já não são mais       Um bom design pode fazer com que seu
diferenciais percebidos pelo consumidor: o     produto pareça tecnicamente superior ao do
preço tem que ser competitivo, questão de      seu concorrente (mesmo que sejam
sobrevivência em um mercado globalizado;       equivalentes), pode mostrar como a sua
o ponto de venda é onipresente (tudo fica      empresa faz as coisas com profissionalismo,
mais acessível com a Internet); a promoção     pode demonstrar a qualidade e a
dispõe de cada vez mais meios para atrair, e   organização que estão por trás do
o produto, qualquer que seja ele, possui       empreendimento, pode lhe dar credibilidade
concorrentes com qualidade, tecnologia e       e, principalmente, pode fazer o consumidor
eficiência equivalentes. A luta do             se apaixonar!
profissional de marketing agora concentra-
se em evitar a todo custo que o seu produto    O problema é que os profissionais de
transforme-se numa commoditie, que vire        marketing não recebem, durante o período
feijão-com-arroz.                              de formação, nem mesmo as noções mais
                                               básicas de design. Obviamente que para se
Só uma marca forte e, principalmente,          trabalhar nisso com competência, não basta
querida pelos consumidores, é capaz de         aprender a trabalhar com softwares
manter uma empresa na competição. E uma        gráficos, como muita gente pode pensar.
marca querida tem que atrair, ser desejada,    São conceitos e noções bastante complexos
conquistar. Se todos os concorrentes           que exigem anos de dedicação e
possuem programas sociais, preocupam-se        aperfeiçoamento.
com a ética e a preservação do meio
ambiente, praticam preços competitivos,        Não se quer aqui propor que os
detêm tecnologia e produzem com                profissionais de marketing substituam os
qualidade como você (isso tudo é o mínimo      designers. Mas o fato é que cabe aos


ligia@ligiafascioni.com.br                                                                1/9
profissionais de marketing a                    Mercedez Benz ou visualizamos a estrela,
responsabilidade de contratá-los e,             símbolo da marca, no que pensamos?
inclusive, aprovar ou não o trabalho            Geralmente, que teremos um produto com
realizado.                                      excelente engenharia, qualidade acima da
                                                média e preço correspondente. A estrela nos
Isso sem falar naqueles que “conhecem um        faz pensar também em um símbolo de
vizinho que entende de computação e pode        status e riqueza, mas, acima de tudo,
bolar um logotipo por um precinho               dinheiro bem gasto.
camarada”. Ou seja: é comum se colocar a        Para a marca que queremos administrar,
peça de resistência de toda a estratégia de     também é preciso pensar, além das
marketing de uma empresa, que vai fazer         características particulares que queremos
toda a diferença entre o sucesso e o fracasso   que ela represente, no seu posicionamento
nas mãos de um adolescente que “tem jeito       genérico. Segundo Philip Kotler1, a marca
para desenho”. Design não é só para             pode oferecer:
empresas grandes com verbas milionárias.
Design é para todo mundo que precisa
sobreviver!                                      MAIS           X    MAIS            Ex: Relógios
                                                 (valor)             (dinheiro)      Rolex, bolsas
                                                                                     Luis Vuiton;

A construção da marca                            MENOS          X    MAIS            Ex: camiseta
                                                 (valor)             (dinheiro)      FORUM

Bom, como todo bom marketeiro sabe (ou           MAIS           X    MENOS           Ex: liquidações
deveria saber), a marca é a alma do              (valor)             (dinheiro)      de grandes
negócio! É ela que faz a diferença entre o                                           marcas;
seu produto e o do seu concorrente. É com
ela que o consumidor sonha e de suspira          MENOS          X    MENOS           Ex: produtos
(você acha que é exagero? Você nunca             (valor)             (dinheiro)      populares (R$
sonhou com uma Harley-Davidson? Nem                                                  1,99).
com uma Ferrari?).
Primeiramente, vamos ver como é                 Antes de partir para a criação da marca, é
construída essa entidade tão misteriosa. A      desejável que as pessoas envolvidas (sócios,
marca tem que ter:                              diretores, gerentes, trabalhadores) tenham
                                                uma idéia clara do que querem vender e que
                                                imagem pretendem passar. Os profissionais
Personalidade                                   da marca chamam a isso a definição da
                                                IDENTIDADE CORPORATIVA e inclui
Antes de começar a pensar em nome,
                                                um extenso trabalho de entrevistas, debates
representação gráfica e outros detalhes,
                                                e exercícios de criatividade, na maioria dos
vamos começar pelo mais importante: o que
                                                casos realizados por profissionais
queremos representar?
                                                experientes.
A marca nada mais é do que um conceito
(que precisa ter um nome, claro, e também
uma “forma física”). O objetivo é que, ao
ouvir o nome ou visualizar o seu símbolo, o
                                                Nome
consumidor tenha as sensações que               Dar nome a uma marca, é quase como dar
queremos que ele tenha. O que vai definir       nome a um filho. Ele vai ser pronunciado
isso é a personalidade que concebemos para      inúmeras vezes para o resto da vida e, por
a marca.                                        isso, tem que ser bem escolhido. Essas
Nessa hora é que devemos pensar no              considerações iniciais podem parecer
posicionamento da marca, ou, como               óbvias, mas não é o que podemos ver por
queremos que ela seja percebida pelo
consumidor. Quando pensamos em                  1
                                                  Administração da marca, Philip Kotler. Vídeo da HSM
                                                Managment,.



ligia@ligiafascioni.com.br                                                                              2/9
aí. Vejamos alguns exemplos infelizmente        restaurante SKYNA´S. Para que complicar
reais:                                          tanto, gente?

                                                Erros grosseiros de tradução. Um dos
                                                casos mais hilários que eu conheço é a de
                                                uma farmácia chamada FAMILYFARM
                                                ? ora, se o objetivo era traduzir (para quê,
                                                se a nossa língua é tão bela?) para o inglês
                                                algo como “farmácia da família” o erro foi
                                                grotesco. FARM em inglês significa
                                                FAZENDA, não família! Nome mais
                                                adequado para um aviário. Também já vi
                                                muita gente suprimindo a última vogal da
                                                palavra, achando que assim ela se traduz
Valores negativos. Vejamos o caso de uma        automaticamente para o inglês, como em
confecção chamada XANTAGEM: Além                LANCHONET, isso sem falar nas
do erro de grafia (que talvez seja proposital   traduções pela metade, como SELF
– mesmo que não se consiga imaginar o           SERVE.
motivo), você é capaz de associar algum
valor positivo a uma marca com esse nome?
E que tal uma marca de jeans chamada
DOPPING? Que tipo de apelo terá sobre
seu público alvo, basicamente jovens e
adolescentes?



                                                Nomes impronunciáveis. Mas vamos lá,
                                                mesmo as riquíssimas e poderosas
                                                multinacionais cometem erros. Vejamos o
                                                caso dos produtos para cabelo
                                                OUTRAGEOUS. Em inglês, significa
                                                exagero, mas o comercial de TV para o
Invenções gramaticais. O que você acha          Brasil, prevendo dificuldades de pronúncia,
de uma loja de produtos naturais chamada        mostrou a garota-propaganda usando uma
EMPORIU’ Infelizmente esse erro é
              S?                                pronúncia mais próxima do português.
bastante comum – colocar um ’ no final só
                                s               Quando ela falava o nome, parecia que
para “dar um charme”. Ora, o ’ não existe
                                 s              estava dizendo ULTRAGES!
em português (nem mesmo como plural             Você também não se sentiria ultrajado(a)?
de siglas, como alguns podem achar), e, em
inglês, indica possessivo. Assim, Bob´s Bar
significa “Bar do Bob”, mas de quem é o
tal EMPORIU’ Temos ainda outro
                S?
agravante: talvez a terminação IU tenha
sido colocada como forma de remeter à
versão latina da palavra (seria EMPORIUS?
Sei lá, meus conhecimentos de latim não
dão para tanto ? na dúvida, não arrisque).      Erros propositais. Nomes estranhos,
A marca deve pertencer ao mesmo                 inexplicáveis, feios e até ridículos são o que
conglomerado proprietário da loja de            mais há ? tem gente que adora trocar a
bijuterias FASCYNIU’ do motel
                         S,                     letra C pela K (KOYSAS DA KASA),
CLASSY´S, da papelaria TREKU´S e do             colocar Y, TH e W para ficar mais
                                                “fashion” (MYRANTHE BAR e


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KREPERIA). Nada de mal há em usar             Aqui alguns exemplos de nomes famosos e
palavras estrangeiras para compor marcas.     de como eles foram criados2:
Só é preciso cuidar para que faça sentido e   ADIDAS: Fundada nos anos 20 por Adolf
o resultado não acabe depondo contra o        Dassler, a marca é formado pela forma
produto que se quer promover. Aqui não se     diminutiva do nome do fundador (ADI) e as
está discutindo bom ou mau gosto ? é          três primeiras letras do sobrenome (DAS).
óbvio que cada empreendedor pode usar o
nome que quiser, inclusive com erros, se      AUDI: Criada pelo alemão August Horch
achar melhor. O que se quer aqui é atentar    que traduziu seu sobrenome alemão para o
para o fato que um erro é um diferencial      latim (Horch significa “ ouça”).
que se agrega a um nome, e ele nem sempre
é positivo (ou melhor, quase nunca).          KODAK: O nome foi criado em 1888 sem
                                              nenhum significado especial pelo fotógrafo
                                              George Eastman. Segundo ele mesmo, as
                                              razões foram puramente técnicas: ele
                                              achava que um nome precisava ser curto e
                                              vigoroso, incapaz de confundir a identidade
                                              e, para satisfazer as leis de propriedade
                                              intelectual, não deveria significar nada já
                                              existente. A letra K foi escolhida por ser
                                              forte e incisiva (o nome deveria começar e
                                              terminar com K).

                                              ROLEX: O fundador da empresa achou o
                                              nome adequado para relógios por ser curto
                                              e sugerir rolling (passando, rolando), fácil
                                              de pronunciar e de lembrar.

                                              SANYO: Marca japonesa criada em 1950
Muitos alegam que a grafia diferente é uma    que significa “três oceanos” (san=três e
forma de chamar a atenção ? mas andar         yo=mar). O objetivo era descrever a
com uma melancia no pescoço também            internacionalidade da empresa (oceanos
chama, e não necessariamente traz uma         Pacífico, Índico e Atlântico).
imagem positiva para quem a usa.
                                              3M: Criada em 1902, faz uma referência
Bom, além dos cuidados com a grafia, bons     aos três “M” da empresa: Minnesota Mining
nomes devem ser:                              and Manufacturing Co.
   • sonoros (NIKE, KODAK, XEROX,
       ZOOMP, RENER, COLGATE,                 XEROX: Deriva do processo de fazer
       INTEL, COCA-COLA, FANTA);              cópias a seco. Em grego, “xeros” significa
   • não necessariamente precisam ter         seco. O último x foi acrescentado para dar
       um significado;                        mais sonoridade ao nome.
   • pronunciáveis em várias línguas;
   • serem curtos (é claro que existem
       exceções para confirmar a regra.       Escolher nomes para uma marca é uma
       Que tal White-Westinghouse?);          tarefa complexa, porém, fascinante. A
   • ser inédito. Uma boa dica é              empresa JR Brands desenvolveu um
       verificar se ele já existe no INPI     software chamado NameBuilder para
       (www.inpi.gov.br).                     auxiliar o trabalho. Este pode ser acessado
                                              em www.jrbrands.com.br. Bons dicionários
                                              bilíngües também ajudam.

                                              2
                                               Fonte: Branding. José Roberto Martins, Negócio Editora,
                                              São Paulo, 2000.



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Representação gráfica                         indicar a representação gráfica. A palavra
Por mais extraordinário e imaginativo que     MARCA, em inglês, é BRAND).
seja um nome, a marca que ele carrega só
vai ser incorporada à memória do
consumidor se ele puder ser representado      Mas então isso não é o LOGOTIPO?
graficamente. Essa representação, se bem      Não, logotipo e logomarca não são
feita, pode desenvolver tamanha identidade    sinônimos, apesar de largamente
com o produto que, por vezes, pode ser        usados como se o fossem. Logotipos
percebida até mesmo sem o nome. Os sinais     são letras especialmente desenhadas
gráficos e as cores podem fazer com que       para uma marca, como, por exemplo, a
um consumidor perceba a marca NIKE            Coca-Cola. Se é utilizado um tipo de
apenas observando seu traço. Alguém           letra que já existe, por exemplo, este
também pode pensar em um cigarro da           que estamos utilizando neste texto,
marca CARLTON apenas olhando para um          então já não pode mais ser
detalhe vermelho em qualquer fundo            considerado um logotipo.
branco. Uma concha estilizada nos faz
pensar em um posto de gasolina da Shell, e
assim por diante.                             O fato é que podemos identificar uma
                                              marca graficamente de três maneiras
                                              diferentes:
                                                   • com um logotipo;
                                                   • com um símbolo;
                                                   • com ambos.

                                              Um logotipo também pode ser considerado
                                              um tipo especial de símbolo, pois ele se
                                              configura a partir da particularização
                                              gráfica de uma palavra, como, por exemplo,
                                              O Boticário, a 3M e o Itaú.




Você deve estar se perguntando: mas isso
não é a tal de LOGOMARCA? Bem, estou
evitando utilizar este termo
propositadamente, tal a polêmica dos
estudiosos sobre o assunto. Alguns
profissionais da área utilizam-no sem
maiores pudores; outros defendem a sua
eliminação. O fato é que a palavra            O símbolo pode ser figurativo ou abstrato.
logomarca é uma invenção brasileira, mas      O símbolo figurativo é aquele que faz uma
sem tradução em outras línguas. Logo vem      representação de uma figura com um
do grego logos, que quer dizer                significado claro, como, por exemplo, o
conhecimento ou palavra. Mas o que quer       “ninho” da Nestlé (nestle, em inglês, é
dizer “conhecimento da marca”? Esse           ninho), a “árvore” da Abril e o
neologismo nada mais é do que uma             “aviãozinho” da Embraer.
tentativa de nomear a representação gráfica
de uma marca (na língua inglesa são
utilizados os termos logo e trademark para



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representados eletronicamente de duas
                                             maneiras: através de equações matemática e
                                             através de “pontinhos”, tecnicamente
                                             conhecidos como pixels.
                                             À primeira vista, pode parecer que este
                                             assunto não lhe interesse (“é coisa para os
                                             técnicos discutirem”), mas a escolha errada
                                             pode atrapalhar muito a sua vida.
                                              Vejamos: se um desenho é concebido de
                                              uma maneira que ele possa ser subdividido
                                              em figuras geométricas simples (o símbolo
                                              da Nike e os “peixinhos” da Hering3, por
                                              exemplo), então o arquivo onde ele será
Um símbolo abstrato não possui um             guardado poderá ser menor, pois conterá
significado pré-definido. Essa associação     somente as equações matemáticas que o
tem que ser “aprendida” pelo consumidor e,    representam, e, o que é melhor, ele poderá
por isso, alguns profissionais consideram     ser aplicado em qualquer dimensão
esse como sendo o formato mais adequado       (grande, pequeno, enorme), sem qualquer
para as marcas. A base para essa afirmação    prejuízo para o desenho.
é não há idéias pré-concebidas com relação
ao novo símbolo. O que for convencionado
pela marca é o que vai ficar gravado na
cabeça do consumidor, sem interferências
ou interpretações pessoais. Exemplos:




                                             Já se uma marca utiliza recursos como
                                             degradées, sombras, imagens fotográficas e
                                             desenhos sofisticados, seu símbolo só
                                             poderá ser representado através de pixels. E
                                             na hora de ampliar, como será? Os
Ainda com relação ao símbolo, é necessário   pontinhos terão que ficar maiores (e isso
que se faça algumas considerações a          tem um limite), o símbolo ficará mais ou
respeito:                                    menos desfigurado, a reprodução de cores
                                             será dificultada e a dor de cabeça vai ser
CORES: Quanto mais cores se utiliza, mais    grande. Um exemplo disso é o símbolo da
caras e difíceis serão as aplicações.        Rede Globo, se bem que quando a imagem
Confeccionar cartões de visita e papéis      é mais utilizada em meio televisivo ou na
timbrados em uma cor ou em cinco cores       web, o número de cores e a complexidade
implica numa brutal diferença de             não importa muito ? o critério maior, neste
orçamento. Além disso, quando as cores se    caso, é o impacto visual.
tornam mais importantes que o traço, a
aplicação em relevo fica inviabilizada. A
economia de cores torna a marca mais
“limpa”.

FORMATO: Outra questão praticamente
desconhecida pelos profissionais de
marketing, mas essencial na definição da
representação gráfica é o formato do
desenho. Os desenhos podem ser               3
                                                 Hering significa “ sardinha” em alemão.



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Os artistas Paul Klee e Vassily Kandinski
 Para ter certeza de que a escolha do            faziam parte da equipe de professores4 que
 símbolo gráfico foi adequada, faça o            passou a definir um novo conceito de
 “teste dos 5 mm” Se o símbolo for
                  .                              projeto ? construir objetos da forma mais
 reduzido a 5 mm de altura ou de                 simples possível, com um mínimos de
 comprimento (escolha a proporção) e             partes e um máximo de funcionalidade.
 continuar sendo reconhecível, você              Várias escolas se sucederam após
 está no caminho certo. Caso contrário,          BAUHAUS, algumas, inclusive,
 talvez seja melhor refazer o trabalho.          contestando alguns de seus valores. Mas os
                                                 principais conceitos, como a simplicidade e
                                                 a clareza, continuam sendo consenso entre
Nada impede que, às vezes, em                    os profissionais mais respeitados.
determinadas aplicações, a sua marca vista
a “roupa de gala” e se encha de sombras e
efeitos especiais. Se ela foi construída com         “ luxo é a manifestação da riqueza
                                                      O
simplicidade, sofisticá-la não será difícil. O       grosseira, que quer impressionar
problema é quando ela já nasce “rica” e              quem permaneceu pobre. É a
precisa usar a sua “roupa de trabalho” no            manifestação da importância que se
dia-a-dia.                                           dá à exterioridade e revela a falta de
Mas já que estamos falando em sombras,               interesse por tudo o que seja elevação
degradées, efeitos especiais e outras                cultural. É o triunfo da aparência sobre
extravagâncias, que tal conhecer um pouco            a substância (..). Em suma, quero
mais sobre os conceitos do design?                   dizer que o luxo NÃO É uma questão
                                                     de design.”

Então, o que é mesmo o                               Bruno Munari, designer italiano.

design ?
                                                 O fato é que, após a BAUHAUS, o conceito
Muita gente confunde design com arte.            de design ficou mais claro para o mundo.
Apesar das duas coisas geralmente                Criou-se um método para conceber objetos
aparecerem interligadas, seus objetivos são      de maneira a facilitar o seu processo de
diversos.                                        fabricação. O objeto também devia ser belo,
                                                 harmônico e comunicar isso ao consumidor.
A arte é basicamente uma das formas de
expressão mais criativas do ser humano e é       Basicamente todas as atividades industriais
usada para comunicar sentimentos, idéias,        e de produção têm a ver com o design. A
provocar reações, instigar questionamentos,      identidade corporativa e a concepção de um
dar prazer, evocar novos conceitos. Se a         produto são das mais usuais, mas existem
comunicação ou o objetivo do artista não         outras como o mobiliário, vestuário,
for atingido, nenhuma conseqüência grave         campismo, instrumentos de medida, jogos e
há de advir (exceto, talvez, a censura).         brinquedos didáticos, museus e exposições,
                                                 feiras, parques temáticos, jardins,
O design é voltado à produção em massa,          dobradiças, junções, ligações, paginação,
tem a ver com a forma e a função, isto é,        sinalização, cinema e televisão, impressão,
com a utilidade.                                 tapeçaria, mosaicos, grandes lojas, malas,
O conceito de design foi criado no final da      grafismo e arquitetura, embalagens,
década de 10, quando os objetos tiveram          iluminação, atividade editorial, estantes, etc
que começar a serem produzidos em grande
escala. Em 1919 foi criada, na Alemanha,
umas das primeiras e mais importantes
(talvez a mais importante) escolas de design     4
                                                  A semelhançca entre a arte e o design, não é coincidência
do mundo, a BAUHAUS.                             ? podemos considerá-los “irmãos”, pois tiveram “pais”
                                                 em comum.



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Se você vir um objeto (como uma                 Ausência de         Superfícies
 cadeira), com um desenho sofisticado,           superfícies         preenchidas com
 linhas sinuosas, desenhos                       não                 adornos, símbolos,
 ornamentais e alegóricos, pés e                 interrompidas       representações e
 braços torneados, pode ter certeza de                               repetições.
 que isso NÃO é design. É styling.
                                                 Materiais que       Cerâmica imita o
                                                 imitam outros       mármore, o plástico
O conceito de design também leva em              materiais           apresenta textura de
consideração a ergonomia (ciência que                                madeira.
estuda as maneiras de se melhorar as
condições dos trabalhadores no local de          Degradées           Cores fluorescentes,
trabalho), a proxêmica (conjunto das                                 brilhos, cores
observações e teorias sobre o uso humano                             contrastantes,
do espaço. Estuda a relação entre o                                  efeitos de sombra
indivíduo e seu ambiente), a biônica                                 (ihhh, eu avisei...).
(estudo dos sistemas vivos, ou semelhantes
aos vivos, para descobrir processos,
técnicas, e novos princípios aplicáveis à        Dimensões           Miniaturas e
tecnologia), a iluminação e as técnicas de       exageradas          maxituras (abelha
fabricação.                                                          gigante em cobre,
                                                                     miniatura da torre
                                                                     Eiffel, etc)

E aquele papo sobre
                                                 Inadequação         Desvio do objeto em
sombras e efeitos especiais?                                         relação à sua função
Esse é um assunto sério, pois esses efeitos
                                                                     básica.
têm sido utilizados indiscriminadamente
por pseudo-designers, na esperança de
conseguir uma sofisticação. Na maioria das
                                                 Acumulação          Princípio de “quanto
vezes, o que se consegue é um efeito
                                                                     mais, melhor” ,
KITSCH.
                                                                     preenchimento de
                                                                     todos os vazios.
O KITSCH pode ser considerado o avesso
do design ? nada de simplicidade, clareza
ou funcionalidade. Os objetos kitsch             Múltiplas           Carta perfumada,
possuem características facilmente               relações            garrafas de licor
identificáveis. Veja se você reconhece           sensoriais          com lantejoulas
objetos que correspondam a pelo menos                                sonoras, etc
alguma dessas descrições:


                                                É importante ressaltar que ser kitsch não é
                                                crime. Todas as culturas e todos os locais
                                                possuem seu lado kitsch. Mas é importante
                                                não perder o conceito de vista na hora de
                                                transmitir a mensagem que se quer por
 Curvas                      Vários pontos de   meio da marca. Se o seu público alvo tem
 complexas                   inflexão e quase   essas características, talvez seja o estilo
                             nenhum espaço em   mais adequado a utilizar na comunicação,
                             branco.            mas se o foco é outro, cuidado para não
                                                errar o discurso.


ligia@ligiafascioni.com.br                                                                8/9
5. Os signos do design. Wilton Azevedo,
                                                   Coleção Contato Imediato. Editora
                                                   Global, 1996.
                                               6. O efeito multiplicador do design. Ana
                                                   Luisa Escorel. Editora Senac, 2000.
                                               7. Gestalt do Objeto – Sistema de
                                                   leitura visual da forma. João Gomes
                                                   Filho. Escrituras Editora, 2000.
                                               8. Sintaxe da linguagem visual. Donis A.
                                                   Dondis. Martins Fontes, 2000.
                                               9. Curso da Bauhaus. Wassily
                                                   Kandinski. Martins Fontes, 1996.
                                               10. 300 superdicas de editoração, design
                                                   e artes gráficas. Ricardo Minoru Horie
                                                   e Ricardo Pagemaker Pereira. Editora
                                                   Senac, 2000.
O design e o marketing
                                               11. The Desktop Publisher's Idea Book,
                                                   2nd Edition, Chuck Green, Random
Como você pôde observar, design é uma
                                                   House, 2000.
ferramenta essencial para o marketing.
                                               12. The Business Side of Creativity,
Mesmo não sendo um especialista na área, é
                                                   Cameron S. Foote, W.W. Norton, 2000.
vital que o profissional de marketing tenha
                                               13. Os limites do design. Dijon de Moraes,
olhos para perceber a importância e a
                                                   Studio Nobel, 1997.
profundidade do trabalho de um bom
                                               14. Formas do design – por uma
designer, e, pricipalmente, saber distingüir
                                                   metodologia multidisciplinar. Rita
entre este profissional e o amigo do seu
                                                   Couto e Alfredo Oliveira. Editora 2AB,
vizinho que “faz misérias com o Corel”.
                                                   1999.
                                               15. Os pioneiros do desenho moderno.
O assunto é amplo e complexo, mas os
                                                   Nikolaus Pevsner. Editora Martins
livros listados na bibliografia podem
                                                   Fontes, 1995.
auxiliar bastante no processo de aculturação
                                               16. Notas para uma história do design.
deste assunto fascinante.
                                                   Pedro Luiz Pereira de Souza. Editora
                                                   2AB, 2000.
O objetivo dessa conversa é que você passe
                                               17. O que é e o que nunca foi design
a observar as formas de comunicação que a
                                                   gráfico. André Villas-Boas. Editora
sua empresa utiliza com olhos mais críticos
                                                   2AB, 1999.
e esteja ciente de quais as ferramentas e
                                               18. A importância do design para sua
estilos estão disponíveis para passar a
                                                   empresa. CNI, 1998.
mensagem correta.



Para saber mais                                Lígia Cristina Fascioni tem 36 anos, é
                                               engenheira eletricista com mestrado em
1. O que é design. Wilton Azevedo,             Automação em Controle Industrial e pós-
   Coleção Primeiros Passos. Editora           graduada em Marketing. Atualmente é
   Brasiliense, 1998.                          consultora de projetos especiais na Fiesc,
2. Design para quem não é designer –           atividade que concilia com seu doutorado na
   Noções básicas de planejamento              Universidade Federal de Santa Catarina em
                                               Engenharia de Produção, área de Gestão
   visual. Robin Williams. Editora Callis,     Integrada do Design.
   1995.
3. Branding. José Roberto Martins.
   Negócio Editora,2000.
                                               Visite: www.ligiafascioni.com.br
4. Das coisas nascem coisas. Bruno
   Munari. Martins Fontes, 1998.
                                               Florianópolis, 2003.



ligia@ligiafascioni.com.br                                                                   9/9

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Admin Marca Texto

  • 1. A importância do design na administração da marca Lígia Fascioni A marca como que o consumidor vai exigir num futuro próximo), o que será capaz de fazer com responsabilidade do que o seu produto seja escolhido em profissional de marketing detrimento dos outros? Pensou bem, isto Hoje em dia as pessoas podem ter acesso a mesmo: seus belos olhos azuis... O segredo quase tudo de quase todos os lugares e os 4 é o design ! pês que serviam de base de sustentação às estratégias de marketing já não são mais Um bom design pode fazer com que seu diferenciais percebidos pelo consumidor: o produto pareça tecnicamente superior ao do preço tem que ser competitivo, questão de seu concorrente (mesmo que sejam sobrevivência em um mercado globalizado; equivalentes), pode mostrar como a sua o ponto de venda é onipresente (tudo fica empresa faz as coisas com profissionalismo, mais acessível com a Internet); a promoção pode demonstrar a qualidade e a dispõe de cada vez mais meios para atrair, e organização que estão por trás do o produto, qualquer que seja ele, possui empreendimento, pode lhe dar credibilidade concorrentes com qualidade, tecnologia e e, principalmente, pode fazer o consumidor eficiência equivalentes. A luta do se apaixonar! profissional de marketing agora concentra- se em evitar a todo custo que o seu produto O problema é que os profissionais de transforme-se numa commoditie, que vire marketing não recebem, durante o período feijão-com-arroz. de formação, nem mesmo as noções mais básicas de design. Obviamente que para se Só uma marca forte e, principalmente, trabalhar nisso com competência, não basta querida pelos consumidores, é capaz de aprender a trabalhar com softwares manter uma empresa na competição. E uma gráficos, como muita gente pode pensar. marca querida tem que atrair, ser desejada, São conceitos e noções bastante complexos conquistar. Se todos os concorrentes que exigem anos de dedicação e possuem programas sociais, preocupam-se aperfeiçoamento. com a ética e a preservação do meio ambiente, praticam preços competitivos, Não se quer aqui propor que os detêm tecnologia e produzem com profissionais de marketing substituam os qualidade como você (isso tudo é o mínimo designers. Mas o fato é que cabe aos ligia@ligiafascioni.com.br 1/9
  • 2. profissionais de marketing a Mercedez Benz ou visualizamos a estrela, responsabilidade de contratá-los e, símbolo da marca, no que pensamos? inclusive, aprovar ou não o trabalho Geralmente, que teremos um produto com realizado. excelente engenharia, qualidade acima da média e preço correspondente. A estrela nos Isso sem falar naqueles que “conhecem um faz pensar também em um símbolo de vizinho que entende de computação e pode status e riqueza, mas, acima de tudo, bolar um logotipo por um precinho dinheiro bem gasto. camarada”. Ou seja: é comum se colocar a Para a marca que queremos administrar, peça de resistência de toda a estratégia de também é preciso pensar, além das marketing de uma empresa, que vai fazer características particulares que queremos toda a diferença entre o sucesso e o fracasso que ela represente, no seu posicionamento nas mãos de um adolescente que “tem jeito genérico. Segundo Philip Kotler1, a marca para desenho”. Design não é só para pode oferecer: empresas grandes com verbas milionárias. Design é para todo mundo que precisa sobreviver! MAIS X MAIS Ex: Relógios (valor) (dinheiro) Rolex, bolsas Luis Vuiton; A construção da marca MENOS X MAIS Ex: camiseta (valor) (dinheiro) FORUM Bom, como todo bom marketeiro sabe (ou MAIS X MENOS Ex: liquidações deveria saber), a marca é a alma do (valor) (dinheiro) de grandes negócio! É ela que faz a diferença entre o marcas; seu produto e o do seu concorrente. É com ela que o consumidor sonha e de suspira MENOS X MENOS Ex: produtos (você acha que é exagero? Você nunca (valor) (dinheiro) populares (R$ sonhou com uma Harley-Davidson? Nem 1,99). com uma Ferrari?). Primeiramente, vamos ver como é Antes de partir para a criação da marca, é construída essa entidade tão misteriosa. A desejável que as pessoas envolvidas (sócios, marca tem que ter: diretores, gerentes, trabalhadores) tenham uma idéia clara do que querem vender e que imagem pretendem passar. Os profissionais Personalidade da marca chamam a isso a definição da IDENTIDADE CORPORATIVA e inclui Antes de começar a pensar em nome, um extenso trabalho de entrevistas, debates representação gráfica e outros detalhes, e exercícios de criatividade, na maioria dos vamos começar pelo mais importante: o que casos realizados por profissionais queremos representar? experientes. A marca nada mais é do que um conceito (que precisa ter um nome, claro, e também uma “forma física”). O objetivo é que, ao ouvir o nome ou visualizar o seu símbolo, o Nome consumidor tenha as sensações que Dar nome a uma marca, é quase como dar queremos que ele tenha. O que vai definir nome a um filho. Ele vai ser pronunciado isso é a personalidade que concebemos para inúmeras vezes para o resto da vida e, por a marca. isso, tem que ser bem escolhido. Essas Nessa hora é que devemos pensar no considerações iniciais podem parecer posicionamento da marca, ou, como óbvias, mas não é o que podemos ver por queremos que ela seja percebida pelo consumidor. Quando pensamos em 1 Administração da marca, Philip Kotler. Vídeo da HSM Managment,. ligia@ligiafascioni.com.br 2/9
  • 3. aí. Vejamos alguns exemplos infelizmente restaurante SKYNA´S. Para que complicar reais: tanto, gente? Erros grosseiros de tradução. Um dos casos mais hilários que eu conheço é a de uma farmácia chamada FAMILYFARM ? ora, se o objetivo era traduzir (para quê, se a nossa língua é tão bela?) para o inglês algo como “farmácia da família” o erro foi grotesco. FARM em inglês significa FAZENDA, não família! Nome mais adequado para um aviário. Também já vi muita gente suprimindo a última vogal da palavra, achando que assim ela se traduz Valores negativos. Vejamos o caso de uma automaticamente para o inglês, como em confecção chamada XANTAGEM: Além LANCHONET, isso sem falar nas do erro de grafia (que talvez seja proposital traduções pela metade, como SELF – mesmo que não se consiga imaginar o SERVE. motivo), você é capaz de associar algum valor positivo a uma marca com esse nome? E que tal uma marca de jeans chamada DOPPING? Que tipo de apelo terá sobre seu público alvo, basicamente jovens e adolescentes? Nomes impronunciáveis. Mas vamos lá, mesmo as riquíssimas e poderosas multinacionais cometem erros. Vejamos o caso dos produtos para cabelo OUTRAGEOUS. Em inglês, significa exagero, mas o comercial de TV para o Invenções gramaticais. O que você acha Brasil, prevendo dificuldades de pronúncia, de uma loja de produtos naturais chamada mostrou a garota-propaganda usando uma EMPORIU’ Infelizmente esse erro é S? pronúncia mais próxima do português. bastante comum – colocar um ’ no final só s Quando ela falava o nome, parecia que para “dar um charme”. Ora, o ’ não existe s estava dizendo ULTRAGES! em português (nem mesmo como plural Você também não se sentiria ultrajado(a)? de siglas, como alguns podem achar), e, em inglês, indica possessivo. Assim, Bob´s Bar significa “Bar do Bob”, mas de quem é o tal EMPORIU’ Temos ainda outro S? agravante: talvez a terminação IU tenha sido colocada como forma de remeter à versão latina da palavra (seria EMPORIUS? Sei lá, meus conhecimentos de latim não dão para tanto ? na dúvida, não arrisque). Erros propositais. Nomes estranhos, A marca deve pertencer ao mesmo inexplicáveis, feios e até ridículos são o que conglomerado proprietário da loja de mais há ? tem gente que adora trocar a bijuterias FASCYNIU’ do motel S, letra C pela K (KOYSAS DA KASA), CLASSY´S, da papelaria TREKU´S e do colocar Y, TH e W para ficar mais “fashion” (MYRANTHE BAR e ligia@ligiafascioni.com.br 3/9
  • 4. KREPERIA). Nada de mal há em usar Aqui alguns exemplos de nomes famosos e palavras estrangeiras para compor marcas. de como eles foram criados2: Só é preciso cuidar para que faça sentido e ADIDAS: Fundada nos anos 20 por Adolf o resultado não acabe depondo contra o Dassler, a marca é formado pela forma produto que se quer promover. Aqui não se diminutiva do nome do fundador (ADI) e as está discutindo bom ou mau gosto ? é três primeiras letras do sobrenome (DAS). óbvio que cada empreendedor pode usar o nome que quiser, inclusive com erros, se AUDI: Criada pelo alemão August Horch achar melhor. O que se quer aqui é atentar que traduziu seu sobrenome alemão para o para o fato que um erro é um diferencial latim (Horch significa “ ouça”). que se agrega a um nome, e ele nem sempre é positivo (ou melhor, quase nunca). KODAK: O nome foi criado em 1888 sem nenhum significado especial pelo fotógrafo George Eastman. Segundo ele mesmo, as razões foram puramente técnicas: ele achava que um nome precisava ser curto e vigoroso, incapaz de confundir a identidade e, para satisfazer as leis de propriedade intelectual, não deveria significar nada já existente. A letra K foi escolhida por ser forte e incisiva (o nome deveria começar e terminar com K). ROLEX: O fundador da empresa achou o nome adequado para relógios por ser curto e sugerir rolling (passando, rolando), fácil de pronunciar e de lembrar. SANYO: Marca japonesa criada em 1950 Muitos alegam que a grafia diferente é uma que significa “três oceanos” (san=três e forma de chamar a atenção ? mas andar yo=mar). O objetivo era descrever a com uma melancia no pescoço também internacionalidade da empresa (oceanos chama, e não necessariamente traz uma Pacífico, Índico e Atlântico). imagem positiva para quem a usa. 3M: Criada em 1902, faz uma referência Bom, além dos cuidados com a grafia, bons aos três “M” da empresa: Minnesota Mining nomes devem ser: and Manufacturing Co. • sonoros (NIKE, KODAK, XEROX, ZOOMP, RENER, COLGATE, XEROX: Deriva do processo de fazer INTEL, COCA-COLA, FANTA); cópias a seco. Em grego, “xeros” significa • não necessariamente precisam ter seco. O último x foi acrescentado para dar um significado; mais sonoridade ao nome. • pronunciáveis em várias línguas; • serem curtos (é claro que existem exceções para confirmar a regra. Escolher nomes para uma marca é uma Que tal White-Westinghouse?); tarefa complexa, porém, fascinante. A • ser inédito. Uma boa dica é empresa JR Brands desenvolveu um verificar se ele já existe no INPI software chamado NameBuilder para (www.inpi.gov.br). auxiliar o trabalho. Este pode ser acessado em www.jrbrands.com.br. Bons dicionários bilíngües também ajudam. 2 Fonte: Branding. José Roberto Martins, Negócio Editora, São Paulo, 2000. ligia@ligiafascioni.com.br 4/9
  • 5. Representação gráfica indicar a representação gráfica. A palavra Por mais extraordinário e imaginativo que MARCA, em inglês, é BRAND). seja um nome, a marca que ele carrega só vai ser incorporada à memória do consumidor se ele puder ser representado Mas então isso não é o LOGOTIPO? graficamente. Essa representação, se bem Não, logotipo e logomarca não são feita, pode desenvolver tamanha identidade sinônimos, apesar de largamente com o produto que, por vezes, pode ser usados como se o fossem. Logotipos percebida até mesmo sem o nome. Os sinais são letras especialmente desenhadas gráficos e as cores podem fazer com que para uma marca, como, por exemplo, a um consumidor perceba a marca NIKE Coca-Cola. Se é utilizado um tipo de apenas observando seu traço. Alguém letra que já existe, por exemplo, este também pode pensar em um cigarro da que estamos utilizando neste texto, marca CARLTON apenas olhando para um então já não pode mais ser detalhe vermelho em qualquer fundo considerado um logotipo. branco. Uma concha estilizada nos faz pensar em um posto de gasolina da Shell, e assim por diante. O fato é que podemos identificar uma marca graficamente de três maneiras diferentes: • com um logotipo; • com um símbolo; • com ambos. Um logotipo também pode ser considerado um tipo especial de símbolo, pois ele se configura a partir da particularização gráfica de uma palavra, como, por exemplo, O Boticário, a 3M e o Itaú. Você deve estar se perguntando: mas isso não é a tal de LOGOMARCA? Bem, estou evitando utilizar este termo propositadamente, tal a polêmica dos estudiosos sobre o assunto. Alguns profissionais da área utilizam-no sem maiores pudores; outros defendem a sua eliminação. O fato é que a palavra O símbolo pode ser figurativo ou abstrato. logomarca é uma invenção brasileira, mas O símbolo figurativo é aquele que faz uma sem tradução em outras línguas. Logo vem representação de uma figura com um do grego logos, que quer dizer significado claro, como, por exemplo, o conhecimento ou palavra. Mas o que quer “ninho” da Nestlé (nestle, em inglês, é dizer “conhecimento da marca”? Esse ninho), a “árvore” da Abril e o neologismo nada mais é do que uma “aviãozinho” da Embraer. tentativa de nomear a representação gráfica de uma marca (na língua inglesa são utilizados os termos logo e trademark para ligia@ligiafascioni.com.br 5/9
  • 6. representados eletronicamente de duas maneiras: através de equações matemática e através de “pontinhos”, tecnicamente conhecidos como pixels. À primeira vista, pode parecer que este assunto não lhe interesse (“é coisa para os técnicos discutirem”), mas a escolha errada pode atrapalhar muito a sua vida. Vejamos: se um desenho é concebido de uma maneira que ele possa ser subdividido em figuras geométricas simples (o símbolo da Nike e os “peixinhos” da Hering3, por exemplo), então o arquivo onde ele será Um símbolo abstrato não possui um guardado poderá ser menor, pois conterá significado pré-definido. Essa associação somente as equações matemáticas que o tem que ser “aprendida” pelo consumidor e, representam, e, o que é melhor, ele poderá por isso, alguns profissionais consideram ser aplicado em qualquer dimensão esse como sendo o formato mais adequado (grande, pequeno, enorme), sem qualquer para as marcas. A base para essa afirmação prejuízo para o desenho. é não há idéias pré-concebidas com relação ao novo símbolo. O que for convencionado pela marca é o que vai ficar gravado na cabeça do consumidor, sem interferências ou interpretações pessoais. Exemplos: Já se uma marca utiliza recursos como degradées, sombras, imagens fotográficas e desenhos sofisticados, seu símbolo só poderá ser representado através de pixels. E na hora de ampliar, como será? Os Ainda com relação ao símbolo, é necessário pontinhos terão que ficar maiores (e isso que se faça algumas considerações a tem um limite), o símbolo ficará mais ou respeito: menos desfigurado, a reprodução de cores será dificultada e a dor de cabeça vai ser CORES: Quanto mais cores se utiliza, mais grande. Um exemplo disso é o símbolo da caras e difíceis serão as aplicações. Rede Globo, se bem que quando a imagem Confeccionar cartões de visita e papéis é mais utilizada em meio televisivo ou na timbrados em uma cor ou em cinco cores web, o número de cores e a complexidade implica numa brutal diferença de não importa muito ? o critério maior, neste orçamento. Além disso, quando as cores se caso, é o impacto visual. tornam mais importantes que o traço, a aplicação em relevo fica inviabilizada. A economia de cores torna a marca mais “limpa”. FORMATO: Outra questão praticamente desconhecida pelos profissionais de marketing, mas essencial na definição da representação gráfica é o formato do desenho. Os desenhos podem ser 3 Hering significa “ sardinha” em alemão. ligia@ligiafascioni.com.br 6/9
  • 7. Os artistas Paul Klee e Vassily Kandinski Para ter certeza de que a escolha do faziam parte da equipe de professores4 que símbolo gráfico foi adequada, faça o passou a definir um novo conceito de “teste dos 5 mm” Se o símbolo for . projeto ? construir objetos da forma mais reduzido a 5 mm de altura ou de simples possível, com um mínimos de comprimento (escolha a proporção) e partes e um máximo de funcionalidade. continuar sendo reconhecível, você Várias escolas se sucederam após está no caminho certo. Caso contrário, BAUHAUS, algumas, inclusive, talvez seja melhor refazer o trabalho. contestando alguns de seus valores. Mas os principais conceitos, como a simplicidade e a clareza, continuam sendo consenso entre Nada impede que, às vezes, em os profissionais mais respeitados. determinadas aplicações, a sua marca vista a “roupa de gala” e se encha de sombras e efeitos especiais. Se ela foi construída com “ luxo é a manifestação da riqueza O simplicidade, sofisticá-la não será difícil. O grosseira, que quer impressionar problema é quando ela já nasce “rica” e quem permaneceu pobre. É a precisa usar a sua “roupa de trabalho” no manifestação da importância que se dia-a-dia. dá à exterioridade e revela a falta de Mas já que estamos falando em sombras, interesse por tudo o que seja elevação degradées, efeitos especiais e outras cultural. É o triunfo da aparência sobre extravagâncias, que tal conhecer um pouco a substância (..). Em suma, quero mais sobre os conceitos do design? dizer que o luxo NÃO É uma questão de design.” Então, o que é mesmo o Bruno Munari, designer italiano. design ? O fato é que, após a BAUHAUS, o conceito Muita gente confunde design com arte. de design ficou mais claro para o mundo. Apesar das duas coisas geralmente Criou-se um método para conceber objetos aparecerem interligadas, seus objetivos são de maneira a facilitar o seu processo de diversos. fabricação. O objeto também devia ser belo, harmônico e comunicar isso ao consumidor. A arte é basicamente uma das formas de expressão mais criativas do ser humano e é Basicamente todas as atividades industriais usada para comunicar sentimentos, idéias, e de produção têm a ver com o design. A provocar reações, instigar questionamentos, identidade corporativa e a concepção de um dar prazer, evocar novos conceitos. Se a produto são das mais usuais, mas existem comunicação ou o objetivo do artista não outras como o mobiliário, vestuário, for atingido, nenhuma conseqüência grave campismo, instrumentos de medida, jogos e há de advir (exceto, talvez, a censura). brinquedos didáticos, museus e exposições, feiras, parques temáticos, jardins, O design é voltado à produção em massa, dobradiças, junções, ligações, paginação, tem a ver com a forma e a função, isto é, sinalização, cinema e televisão, impressão, com a utilidade. tapeçaria, mosaicos, grandes lojas, malas, O conceito de design foi criado no final da grafismo e arquitetura, embalagens, década de 10, quando os objetos tiveram iluminação, atividade editorial, estantes, etc que começar a serem produzidos em grande escala. Em 1919 foi criada, na Alemanha, umas das primeiras e mais importantes (talvez a mais importante) escolas de design 4 A semelhançca entre a arte e o design, não é coincidência do mundo, a BAUHAUS. ? podemos considerá-los “irmãos”, pois tiveram “pais” em comum. ligia@ligiafascioni.com.br 7/9
  • 8. Se você vir um objeto (como uma Ausência de Superfícies cadeira), com um desenho sofisticado, superfícies preenchidas com linhas sinuosas, desenhos não adornos, símbolos, ornamentais e alegóricos, pés e interrompidas representações e braços torneados, pode ter certeza de repetições. que isso NÃO é design. É styling. Materiais que Cerâmica imita o imitam outros mármore, o plástico O conceito de design também leva em materiais apresenta textura de consideração a ergonomia (ciência que madeira. estuda as maneiras de se melhorar as condições dos trabalhadores no local de Degradées Cores fluorescentes, trabalho), a proxêmica (conjunto das brilhos, cores observações e teorias sobre o uso humano contrastantes, do espaço. Estuda a relação entre o efeitos de sombra indivíduo e seu ambiente), a biônica (ihhh, eu avisei...). (estudo dos sistemas vivos, ou semelhantes aos vivos, para descobrir processos, técnicas, e novos princípios aplicáveis à Dimensões Miniaturas e tecnologia), a iluminação e as técnicas de exageradas maxituras (abelha fabricação. gigante em cobre, miniatura da torre Eiffel, etc) E aquele papo sobre Inadequação Desvio do objeto em sombras e efeitos especiais? relação à sua função Esse é um assunto sério, pois esses efeitos básica. têm sido utilizados indiscriminadamente por pseudo-designers, na esperança de conseguir uma sofisticação. Na maioria das Acumulação Princípio de “quanto vezes, o que se consegue é um efeito mais, melhor” , KITSCH. preenchimento de todos os vazios. O KITSCH pode ser considerado o avesso do design ? nada de simplicidade, clareza ou funcionalidade. Os objetos kitsch Múltiplas Carta perfumada, possuem características facilmente relações garrafas de licor identificáveis. Veja se você reconhece sensoriais com lantejoulas objetos que correspondam a pelo menos sonoras, etc alguma dessas descrições: É importante ressaltar que ser kitsch não é crime. Todas as culturas e todos os locais possuem seu lado kitsch. Mas é importante não perder o conceito de vista na hora de transmitir a mensagem que se quer por Curvas Vários pontos de meio da marca. Se o seu público alvo tem complexas inflexão e quase essas características, talvez seja o estilo nenhum espaço em mais adequado a utilizar na comunicação, branco. mas se o foco é outro, cuidado para não errar o discurso. ligia@ligiafascioni.com.br 8/9
  • 9. 5. Os signos do design. Wilton Azevedo, Coleção Contato Imediato. Editora Global, 1996. 6. O efeito multiplicador do design. Ana Luisa Escorel. Editora Senac, 2000. 7. Gestalt do Objeto – Sistema de leitura visual da forma. João Gomes Filho. Escrituras Editora, 2000. 8. Sintaxe da linguagem visual. Donis A. Dondis. Martins Fontes, 2000. 9. Curso da Bauhaus. Wassily Kandinski. Martins Fontes, 1996. 10. 300 superdicas de editoração, design e artes gráficas. Ricardo Minoru Horie e Ricardo Pagemaker Pereira. Editora Senac, 2000. O design e o marketing 11. The Desktop Publisher's Idea Book, 2nd Edition, Chuck Green, Random Como você pôde observar, design é uma House, 2000. ferramenta essencial para o marketing. 12. The Business Side of Creativity, Mesmo não sendo um especialista na área, é Cameron S. Foote, W.W. Norton, 2000. vital que o profissional de marketing tenha 13. Os limites do design. Dijon de Moraes, olhos para perceber a importância e a Studio Nobel, 1997. profundidade do trabalho de um bom 14. Formas do design – por uma designer, e, pricipalmente, saber distingüir metodologia multidisciplinar. Rita entre este profissional e o amigo do seu Couto e Alfredo Oliveira. Editora 2AB, vizinho que “faz misérias com o Corel”. 1999. 15. Os pioneiros do desenho moderno. O assunto é amplo e complexo, mas os Nikolaus Pevsner. Editora Martins livros listados na bibliografia podem Fontes, 1995. auxiliar bastante no processo de aculturação 16. Notas para uma história do design. deste assunto fascinante. Pedro Luiz Pereira de Souza. Editora 2AB, 2000. O objetivo dessa conversa é que você passe 17. O que é e o que nunca foi design a observar as formas de comunicação que a gráfico. André Villas-Boas. Editora sua empresa utiliza com olhos mais críticos 2AB, 1999. e esteja ciente de quais as ferramentas e 18. A importância do design para sua estilos estão disponíveis para passar a empresa. CNI, 1998. mensagem correta. Para saber mais Lígia Cristina Fascioni tem 36 anos, é engenheira eletricista com mestrado em 1. O que é design. Wilton Azevedo, Automação em Controle Industrial e pós- Coleção Primeiros Passos. Editora graduada em Marketing. Atualmente é Brasiliense, 1998. consultora de projetos especiais na Fiesc, 2. Design para quem não é designer – atividade que concilia com seu doutorado na Noções básicas de planejamento Universidade Federal de Santa Catarina em Engenharia de Produção, área de Gestão visual. Robin Williams. Editora Callis, Integrada do Design. 1995. 3. Branding. José Roberto Martins. Negócio Editora,2000. Visite: www.ligiafascioni.com.br 4. Das coisas nascem coisas. Bruno Munari. Martins Fontes, 1998. Florianópolis, 2003. ligia@ligiafascioni.com.br 9/9