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ELETROCIRURGIA
DEFINIÇÃO
A eletrocirurgia ou diatermia é o processo de destruir tecido com a eletricidade e
coagular os vasos sanguíneos, sendo usado amplamente na cirurgia moderna.
O procedimento é frequentemente usado para parar o sangramento de pequenos vasos
(sendo os vasos maiores ligados) ou para cortar um tecido corporal, como, por exemplo, a
gordura abdominal em uma laparotomia (abertura cirúrgica da parede abdonimal e do
peritônio) ou o tecido mamário em uma mastectomia.
Na eletrocirurgia, a corrente elétrica é produzida por um gerador, chega no corpo do
paciente por um eletrodo ativo, agindo nos tecido-alvo, e sai através do eletrodo neutro
(placa). Esta corrente elétrica, ao encontrar a resistência do tecido humano, é transformada
em calor. O calor produzido determina os efeitos terapêuticos, seja de corte ou coagulação.
O efeito físico da eletrocirurgia se baseia na Lei de Joule, ou seja, na energia térmica
produzida de alta frequência aquece a ponta metálica do eletrodo positivo, passa através do
corpo do paciente e é eliminada através da placa dispersiva que está direta ou indiretamente
ligada ao fio-terra.
Ao contrário do que se possa pensar, existe sangramento, se bem que reduzido, quando
do uso do eletro-bisturi, bem como a anestesia local não pode ser dispensada.
Sistemas - Monopolar e Bipolar
O conhecimento das leis físicas e dos mecanismos de
funcionamento da eletrocirurgia são de grande importância para
o cirurgião.
Lesões por eletrocirurgia em laparoscopia têm sido
observadas, e estão associadas ao uso do eletrodo
monopolar, com frequência de 1 a 2 lesões a cada 1000
procedimentos. Com relação ao desenvolvimento de
lesão, existem vários fatores que influenciam: densidade da
corrente; o tipo de onda e de coagulação usadas, com suas
respectivas voltagens; as condições de isolamento dos
dispositivos; a ocorrência do fenômeno de capacitância; e os
riscos oferecidos pelo uso em pacientes com marca passo.
No sistema bipolar, a densidade de corrente encontrada ao
redor de seus eletrodos é bem menor, levando a menos lesões
e, ainda, elimina vários dos outros mecanismos lesivos, como a
placa de retorno e os citados acima.
Vários estudos demonstram, em
colecistectomias, apendicectomias, polipectomias e outros, que
o índice de complicações com o eletrodo bipolar é
significativamente
menor.
FINALIDADES
• Eletrocoagulação: Técnica que se utiliza da ação coagulante da corrente, empregada
para a destruição de tecidos patológicos.
• Dissecção: Consiste na secção dos tecidos. (corte)
• Fulguração: Coagulação superficial, sendo indicado para remoção de
proliferações celulares cutâneas e remover manchas. (Faísca elétrica sobre a lesão que,
fulturada, morre e é eliminada em alguns dias).
• Hemostasia: Processo no qual se impede, detém ou previne o sangramento.
Realizada no decorrer da intervenção cirúrgica.
VANTAGENS
• Incisões rápidas e precisas, sem necessidade de exercer maior pressão sobre
os tecidos.
• Fácil acesso e visualização de áreas difíceis.
• Grande facilidade na remoção de tecidos hipertróficos.
• Bom controle da hemorragia.
• O contorno dos tecidos e a arquitetura gengival normal podem s
restaurados com maior facilidade.
• As áreas interproximais são operadas com muita facilidade, em relação às
técnicas convencionais.
• Prevenção da infiltração de micro-organismos na linha de incisão.
• Permite o aplainamento de tecidos moles.
• Dispensa a afiação de instrumental.
DESVANTAGENS
• Necessidade de aprendizado detalhado do operador para utilizar uma técnica precisa e
exata de instrumentação.
• Necessidade de muita atenção durante o emprego do aparelho porque variações de
intensidade na corrente elétrica podem trazer problemas técnicos.
• Não pode ser usado na presença de elementos inflamáveis, explosivos e determinados
agentes anestésicos, devido ao risco de incêndios e explosões.
• Desprendimento de odor desagradável e, eventualmente, fumaça.
• Preço relativamente elevado.
• Alterações pulpares.
• Formação de sequestros ósseos.
Com relação ao uso do aparelho, a potencia deve se situar entre 40 e 60 W. Quando os
tecidos começam a aderir ao eletrodo, significa que a quantidade e a intensidade da corrente
são insuficientes. Se a potencia é excessiva, o eletrodo pode causar uma excessiva coagulação
ou a formação de zonas necrosadas, tomando o bordo uma tonalidade amarelada. Se a
velocidade de deslizamento for muito pequena, pode-se, também, observar este efeito.
O desprendimento de fumaça significa que a intensidade da corrente é maior que o
recomendável.
INDICAÇÕES
As indicações da eletrocirurgia são para tratamento de lesões
benignas e malignas, tais como:
Benignas
Verrugas
Quelóides (cicatrizes rosadas ou escuras, ás vezes brilhantes.).
Molusco contagioso (tumores cutâneos claros que surgem na
pele)
Queratose actínia (lesões vermelhas escamativas no
rosto, orelhas, couro cabeludo)
Cistos
Melanoses actínicas (manchas de sol)
Malignas
Epiteliomas basocelular (câncer maligno da pele)
Espinocelulares (tumor maligno em diversos órgãos:
bexiga, pulmões, próstata).
Na rotina dermatológica, é o recurso cirúrgico mais utilizado.
CONTRA-INDICAÇÕES
• Pacientes portadores de marca-passos cardíacos. A corrente de alta freqüência
pode desativar marca-passo não protegido, porém atualmente os marca-passos são
protegidos permitindo o emprego de corrente de alta freqüência.
• Presença na sala operatória de Óxido Nitroso e Oxigênio (explosivos).
• Uso de Ácido Clorídrico.
• Ulcerações aftosas.
• Proximidade de tecido ósseo.
• Presença de restaurações metálicas.
• Tecidos inflamados ou pouco espessos.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Preparar o equipamento ligando em tomada elétrica para testá-lo.
• Selecionar o local da placa, colocar pasta condutora (gel). O eletrodo neutro (placa) deve
ser ligado de forma eficiente em toda sua superfície em contato com o corpo do paciente e
posicionado tão perto quanto possível do campo operatório; verifique sempre o
posicionamento da placa quando houver necessidade de reposicionamento do paciente ou
quando houver longos períodos em que o eletrodo ativo permaneça ligado.
• Forrar partes metálicas da mesa. O paciente não deverá entrar em contato com partes
metálicas ligadas ao potencial de terra (por exemplo, mesa de operação, suportes, etc. –
isolá-los com latex.)
• Evitar superfícies ósseas e proeminências para evitar queimaduras no paciente.
• Verificar se o aparelho está desligado.
• Ligar o equipamento no painel.
• Aproximar o pedal do bisturi elétrico para perto do cirurgião, se necessário colocar uma
compressa sob o pedal ou tira de esparadrapo para que não deslize no chão durante o uso.
• Conectar o eletrodo estéril no bisturi elétrico.
• Ligar o fio terra.
• Ajustar a intensidade do corte e coagulação conforme
necessidade do cirurgião.
• Observar interferências com outros aparelhos na sala de
operação. A interferência eletromagnética produzida pelo
funcionamento de um bisturi eletrônico pode influenciar
desfavoravelmente o funcionamento de outro equipamento
eletrônico.
• Evitar que a placa molhe com os campos cirúrgicos, com
antissépticos que poderão tornar-se condutores de
eletricidade. Certos materiais como o algodão hidrófilo, lã ou
gaze podem, quando cheios de oxigênio, ser inflamáveis pelas
faíscas produzidas na utilização normal do bisturi eletrônico.
• Lembrar da incompatibilidade do eletrocautério com uso de
gazes, anestésicos explosivos (éter, ciclo propano).
• Usar sugador de alta potência próximo ao eletrodo (por causa
do odor).
CUIDADOS COM A
COLOCAÇÃO DA PLACA
• A intensidade do paciente no local da placa deve
ser avaliada antes e depois da cirurgia
particularmente nos pontos de pressão.
• A placa dispersiva deve ser colocada só depois do
paciente já está na posição definitiva para a cirurgia.
• A placa dispersiva deve ser colocada em área
limpa, sem pelos e seca.
• Deve ser colocada (placa) mais perto possível do
local da cirurgia e no mesmo lado da cirurgia.
• Colocar a placa em ampla massa muscular
evitando saliências ósseas, próteses de metal sobre a
pele, pontos depressa.
• Também tecidos escarificadas devem ser
evitadas quando colocar a placa pois diminui
o contato com o corpo.
• Obs.: se precisar de gel, placa, deve estar
limpa evitando resíduos.
• Contato regular e homogênea da placa
dispersiva com o corpo do paciente para
permitir a boa distribuição da corrente.
• Observar que não haja deslocamento da
placa da região de contato, quando se fizer
necessário mobilizar o paciente durante o ato
cirúrgico.
CONCLUSÃO
É essencial o conhecimento dos fundamentos da eletrocirurgia,
seu uso correto, equipamento seguro, monitoramento constante e
investigação imediata diante de quaisquer suspeitas,
para minimizar o risco de acidentes em paciente com adornos
metálicos, e a cooperação do paciente na obediência das medidas
preventivas de acidentes deve ser obrigatória.

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  • 2. DEFINIÇÃO A eletrocirurgia ou diatermia é o processo de destruir tecido com a eletricidade e coagular os vasos sanguíneos, sendo usado amplamente na cirurgia moderna. O procedimento é frequentemente usado para parar o sangramento de pequenos vasos (sendo os vasos maiores ligados) ou para cortar um tecido corporal, como, por exemplo, a gordura abdominal em uma laparotomia (abertura cirúrgica da parede abdonimal e do peritônio) ou o tecido mamário em uma mastectomia. Na eletrocirurgia, a corrente elétrica é produzida por um gerador, chega no corpo do paciente por um eletrodo ativo, agindo nos tecido-alvo, e sai através do eletrodo neutro (placa). Esta corrente elétrica, ao encontrar a resistência do tecido humano, é transformada em calor. O calor produzido determina os efeitos terapêuticos, seja de corte ou coagulação. O efeito físico da eletrocirurgia se baseia na Lei de Joule, ou seja, na energia térmica produzida de alta frequência aquece a ponta metálica do eletrodo positivo, passa através do corpo do paciente e é eliminada através da placa dispersiva que está direta ou indiretamente ligada ao fio-terra. Ao contrário do que se possa pensar, existe sangramento, se bem que reduzido, quando do uso do eletro-bisturi, bem como a anestesia local não pode ser dispensada.
  • 3. Sistemas - Monopolar e Bipolar O conhecimento das leis físicas e dos mecanismos de funcionamento da eletrocirurgia são de grande importância para o cirurgião. Lesões por eletrocirurgia em laparoscopia têm sido observadas, e estão associadas ao uso do eletrodo monopolar, com frequência de 1 a 2 lesões a cada 1000 procedimentos. Com relação ao desenvolvimento de lesão, existem vários fatores que influenciam: densidade da corrente; o tipo de onda e de coagulação usadas, com suas respectivas voltagens; as condições de isolamento dos dispositivos; a ocorrência do fenômeno de capacitância; e os riscos oferecidos pelo uso em pacientes com marca passo. No sistema bipolar, a densidade de corrente encontrada ao redor de seus eletrodos é bem menor, levando a menos lesões e, ainda, elimina vários dos outros mecanismos lesivos, como a placa de retorno e os citados acima. Vários estudos demonstram, em colecistectomias, apendicectomias, polipectomias e outros, que o índice de complicações com o eletrodo bipolar é significativamente menor.
  • 4. FINALIDADES • Eletrocoagulação: Técnica que se utiliza da ação coagulante da corrente, empregada para a destruição de tecidos patológicos. • Dissecção: Consiste na secção dos tecidos. (corte) • Fulguração: Coagulação superficial, sendo indicado para remoção de proliferações celulares cutâneas e remover manchas. (Faísca elétrica sobre a lesão que, fulturada, morre e é eliminada em alguns dias). • Hemostasia: Processo no qual se impede, detém ou previne o sangramento. Realizada no decorrer da intervenção cirúrgica. VANTAGENS • Incisões rápidas e precisas, sem necessidade de exercer maior pressão sobre os tecidos. • Fácil acesso e visualização de áreas difíceis. • Grande facilidade na remoção de tecidos hipertróficos. • Bom controle da hemorragia. • O contorno dos tecidos e a arquitetura gengival normal podem s restaurados com maior facilidade. • As áreas interproximais são operadas com muita facilidade, em relação às técnicas convencionais. • Prevenção da infiltração de micro-organismos na linha de incisão. • Permite o aplainamento de tecidos moles. • Dispensa a afiação de instrumental.
  • 5. DESVANTAGENS • Necessidade de aprendizado detalhado do operador para utilizar uma técnica precisa e exata de instrumentação. • Necessidade de muita atenção durante o emprego do aparelho porque variações de intensidade na corrente elétrica podem trazer problemas técnicos. • Não pode ser usado na presença de elementos inflamáveis, explosivos e determinados agentes anestésicos, devido ao risco de incêndios e explosões. • Desprendimento de odor desagradável e, eventualmente, fumaça. • Preço relativamente elevado. • Alterações pulpares. • Formação de sequestros ósseos. Com relação ao uso do aparelho, a potencia deve se situar entre 40 e 60 W. Quando os tecidos começam a aderir ao eletrodo, significa que a quantidade e a intensidade da corrente são insuficientes. Se a potencia é excessiva, o eletrodo pode causar uma excessiva coagulação ou a formação de zonas necrosadas, tomando o bordo uma tonalidade amarelada. Se a velocidade de deslizamento for muito pequena, pode-se, também, observar este efeito. O desprendimento de fumaça significa que a intensidade da corrente é maior que o recomendável.
  • 6. INDICAÇÕES As indicações da eletrocirurgia são para tratamento de lesões benignas e malignas, tais como: Benignas Verrugas Quelóides (cicatrizes rosadas ou escuras, ás vezes brilhantes.). Molusco contagioso (tumores cutâneos claros que surgem na pele) Queratose actínia (lesões vermelhas escamativas no rosto, orelhas, couro cabeludo) Cistos Melanoses actínicas (manchas de sol) Malignas Epiteliomas basocelular (câncer maligno da pele) Espinocelulares (tumor maligno em diversos órgãos: bexiga, pulmões, próstata). Na rotina dermatológica, é o recurso cirúrgico mais utilizado.
  • 7. CONTRA-INDICAÇÕES • Pacientes portadores de marca-passos cardíacos. A corrente de alta freqüência pode desativar marca-passo não protegido, porém atualmente os marca-passos são protegidos permitindo o emprego de corrente de alta freqüência. • Presença na sala operatória de Óxido Nitroso e Oxigênio (explosivos). • Uso de Ácido Clorídrico. • Ulcerações aftosas. • Proximidade de tecido ósseo. • Presença de restaurações metálicas. • Tecidos inflamados ou pouco espessos.
  • 8. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • Preparar o equipamento ligando em tomada elétrica para testá-lo. • Selecionar o local da placa, colocar pasta condutora (gel). O eletrodo neutro (placa) deve ser ligado de forma eficiente em toda sua superfície em contato com o corpo do paciente e posicionado tão perto quanto possível do campo operatório; verifique sempre o posicionamento da placa quando houver necessidade de reposicionamento do paciente ou quando houver longos períodos em que o eletrodo ativo permaneça ligado. • Forrar partes metálicas da mesa. O paciente não deverá entrar em contato com partes metálicas ligadas ao potencial de terra (por exemplo, mesa de operação, suportes, etc. – isolá-los com latex.) • Evitar superfícies ósseas e proeminências para evitar queimaduras no paciente. • Verificar se o aparelho está desligado. • Ligar o equipamento no painel. • Aproximar o pedal do bisturi elétrico para perto do cirurgião, se necessário colocar uma compressa sob o pedal ou tira de esparadrapo para que não deslize no chão durante o uso.
  • 9. • Conectar o eletrodo estéril no bisturi elétrico. • Ligar o fio terra. • Ajustar a intensidade do corte e coagulação conforme necessidade do cirurgião. • Observar interferências com outros aparelhos na sala de operação. A interferência eletromagnética produzida pelo funcionamento de um bisturi eletrônico pode influenciar desfavoravelmente o funcionamento de outro equipamento eletrônico. • Evitar que a placa molhe com os campos cirúrgicos, com antissépticos que poderão tornar-se condutores de eletricidade. Certos materiais como o algodão hidrófilo, lã ou gaze podem, quando cheios de oxigênio, ser inflamáveis pelas faíscas produzidas na utilização normal do bisturi eletrônico. • Lembrar da incompatibilidade do eletrocautério com uso de gazes, anestésicos explosivos (éter, ciclo propano). • Usar sugador de alta potência próximo ao eletrodo (por causa do odor).
  • 10.
  • 11. CUIDADOS COM A COLOCAÇÃO DA PLACA • A intensidade do paciente no local da placa deve ser avaliada antes e depois da cirurgia particularmente nos pontos de pressão. • A placa dispersiva deve ser colocada só depois do paciente já está na posição definitiva para a cirurgia. • A placa dispersiva deve ser colocada em área limpa, sem pelos e seca. • Deve ser colocada (placa) mais perto possível do local da cirurgia e no mesmo lado da cirurgia. • Colocar a placa em ampla massa muscular evitando saliências ósseas, próteses de metal sobre a pele, pontos depressa.
  • 12. • Também tecidos escarificadas devem ser evitadas quando colocar a placa pois diminui o contato com o corpo. • Obs.: se precisar de gel, placa, deve estar limpa evitando resíduos. • Contato regular e homogênea da placa dispersiva com o corpo do paciente para permitir a boa distribuição da corrente. • Observar que não haja deslocamento da placa da região de contato, quando se fizer necessário mobilizar o paciente durante o ato cirúrgico.
  • 13.
  • 14. CONCLUSÃO É essencial o conhecimento dos fundamentos da eletrocirurgia, seu uso correto, equipamento seguro, monitoramento constante e investigação imediata diante de quaisquer suspeitas, para minimizar o risco de acidentes em paciente com adornos metálicos, e a cooperação do paciente na obediência das medidas preventivas de acidentes deve ser obrigatória.