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A TELEPATIA
CANINA
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TODAS AS
EDIÇÕES
EM:
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revista
ARTIGO DISP
www.mundodosanimais.p
PONÍVEL EM:
pt/caes/telepatia-canina
MUNDO DOS ANIMAIS
www.mundodosanimais.pt
Q
ualquer pessoa que já tinha
convivido com um cão sabe
que os cães, entre todos os
animais, parecem ter uma
sintonia especial connosco. Quantas
e quantas histórias lemos sobre o cão
que deu uma atenção muito especial ao
dono quando este estava a passar por
um momento menos bom (mais triste,
mais desiludido ou stressado), ou até
quando se encontrava doente ou com
alguma dor ou mal-estar.
Quando o cão parecia saber coisas so-
bre o nosso estado de espírito que em
princípio não teria como saber — e nós
não teríamos como lhe contar.
Neste artigo, vamos olhar para alguns
estudos científicos que visam entender
aquilo a que, não oficialmente, chama-
mos de telepatia canina. Os mecanis-
mos que levam um cão a compreender-
-nos melhor que qualquer outro animal.
Qual o alcance das suas capacidades,
e qual o limite das mesmas.
No fundo, descobrir o melhor amigo do
Homem.Fotografia: Tal Atlas / via Flickr
A Telepatia Canina
MUNDO DOS ANIMAIS
Podem os cães ler a nossa
mente?
O
s cães estão tão sin-
tonizados connos-
co que podem ler as
nossas mentes, de
acordo com um estudo publi-
cado na Learning & Behavior.
O mesmo estudo indica que os
cães, provavelmente, já nas-
cem com essa habilidade.
À medida que os cães se en-
contram junto dos seres huma-
nos, mais habilidosos se tornam
em telepatia canina, que resulta
da hipersensibilidade dos senti-
dos.
Todos aqueles que têm ou já
tiveram cães em casa duran-
te algum tempo, com certeza
repararam na forma como os
cães nos entendem de uma
forma particularmente bem, de-
tetando sinais do nosso cansa-
ço, stress, dores de cabeça ou
outros problemas antes de nós,
conscientemente, os exibirmos.
Os cães são também conheci-
dos por conseguirem detetar se
uma pessoa tem cancro. Pare-
cem igualmente sentir quando
estamos felizes e/ou de ótima
saúde.
Monique Udell e a sua equipa,
da Universidade da Florida, re-
fletiram sobre o porquê de os
cães serem tão perspicazes a
ler a nossa mente, e como o
conseguem fazer. A questão é,
os cães nascem com essa ha-
bilidade, ou vão aprendendo
com a experiência do contacto
humano?
Para explorar estas e outras
questões, Udell e a sua equipa
planearam duas experiências,
envolvendo tanto lobos como
cães domésticos. Nas expe-
riências, foi dada a oportunida-
de aos dois animais de pedirem
comida, a uma pessoa atencio-
sa e a uma pessoa indiferente.
Os investigadores observaram
pela primeira vez que os lobos,
tal como os cães domésticos,
são capazes de ir pedir comi-
da à pessoa atenciosa, aproxi-
mando-se dela.
Isto demonstra que ambas as
espécies, domesticadas ou não
domesticadas, têm a capacida-
dedeproduzirumcomportamen-
to mediante a atenção que uma
www.mundodosanimais.pt
Fotografia: @dihpardal Diogo Fernando / via Flickr
pessoa demonstra, consciente
ou inconscientemente, por eles.
Uma vez que os lobos não têm
experiência no contacto com
seres humanos, é assim muito
provável que esta habilidade já
nasça com eles.
Os cães, além de nascerem
com a habilidade, podem aper-
feiçoar à medida que mantém o
contacto com seres humanos,
pelo que um cão que viva com
pessoas desde bebé, terá em
adulto uma capacidade supe-
rior de ler a mente dos seus do-
nos, do que um cão que, por al-
gum motivo, como o abandono
ou o nascimento na rua, não
conviva de perto com pessoas
durante bastante tempo.
Segundo a investigação, “os re-
sultados sugerem que a capa-
cidade dos cães para seguir as
ações humanas deriva de uma
vontade de aceitar as pessoas
como companheiros sociais,
combinada com o condiciona-
mento de seguir os gestos e
as ações dos seres humanos
e adquirir reforço. Os tipos de
sinais, o contexto em que são
apresentados e a experiência
prévia, são todos importantes”.
MUNDO DOS ANIMAIS
comunicação humana de uma
forma que, anteriormente, es-
tava atribuída apenas a bebés
humanos de 6 meses de idade”
explicou o co-autor de um novo
estudo, Jozsef Topal, à Disco-
very News. “Eles leem as nos-
sas intenções de comunicação
de uma forma pré-verbal, uma
forma semelhante aos bebés”
acrescentou Topal. A comunica-
ção pré-verbal é a forma que os
bebés nos interpretam e se ex-
primem sem usar as palavras,
pois não aprendemos logo a fa-
lar.
Os investigadores afirmam que
Ler a nossa mente? Não exa-
tamente
O segredo dos cães parece es-
tar nos nossos próprios olhos:
os cães seguem os movimen-
tos dos nossos olhos, que lhes
dão sinais das nossas inten-
ções. Os bebés humanos tam-
bém possuem esta habilidade,
descrita na publicação Current
Biology. Esta revelação talvez
explique porque motivo os do-
nos costumam tratar os seus
animais de estimação como se
fossem crianças.
“Os cães estão recetivos à
Fotografia: Peer / via Flickr
www.mundodosanimais.pt
de anos, nos quais muitos dos
atributos selvagens (como os
lobos) foram transformados e
adaptados pelos desafios de
uma vida em conjunto com os
seres humanos.
Topal e a sua equipa suspeitam
que os cavalos e os gatos do-
mésticos também sejam capa-
zes de ler as nossas intenções,
uma vez que vivem de forma
próxima a nós há também mui-
tos anos.
Num estudo à parte, publicado
na Animal Behavior, os inves-
tigadores descobriram que os
os atributos sociais dos cães
atingem o nível de uma criança
com dois anos de idade, uma
vez que o único talento que lhes
falta é a linguagem. “Estes atri-
butos dos cães ajudam a forta-
lecer a ligação cão-humano,
que é atualmente única tendo
em consideração as diferenças
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cies”.
Os cães foram os primeiros
animais a ser domesticados e
aparentemente sem benefícios
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cães evoluiu durante milhares
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MUNDO DOS ANIMAIS
www.mundodosanimais.pt
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MUNDO DOS ANIMAIS
cães comunicam com as pes-
soas para pedir, mas não para
informar. Seja como for, fazem-
-no de forma bastante concen-
trada e intensa. Juliane Kamins-
ki, líder deste segundo estudo,
indicou que “fica demonstrado
como os cães estão sintoniza-
dos de forma intencional com a
comunicação humana e quão
importante determinados sinais
são para eles, de forma a per-
ceber quando é que a comuni-
cação é relevante e direcionada
para eles”.
Topal pensa ser possível que
os cães, por vezes, sejam até
superiores aos seres humanos
adultos no que diz respeito a
interpretar intenções, uma vez
que estão atentos a todos os
sinais como odores, sons e ou-
tras pistas que possam indicar
algo. “Os cães aprendem facil-
mente a associar até os com-
portamentos inconscientes dos
seus donos com as respetivas
intenções. Desta forma, um cão
adquire a habilidade de anteci-
par o comportamento seguinte
do seu dono, e isto em deter-
minados casos dá a sensação
de que o cão acabou de ler a
nossa mente” concluiu Topal.
Os cães compreendem-nos
melhor que qualquer outro
animal
Apesar dos chimpanzés serem
os nossos parentes mais próxi-
mos, nenhum animal nos com-
preende tão bem como os cães.
É isto que sugere um novo es-
tudo, publicado na revista cien-
tifica PLOS One, ao concluir
que os chimpanzés podem não
ligar muito quando uma pessoa
aponta para um objeto, mas os
cães prestam atenção e sabem
exatamente o que essa pessoa
quer.
“Penso que estamos a olhar
para uma adaptação muito es-
pecial dos cães, para serem
sensíveis ás várias formas de
comunicação dos seres huma-
nos” disse a co-autora do estu-
do, Juliane Kaminski, psicóloga
da Max Planck Institute for Evo-
lutionary Anthropology, citado
pela Discovery News. “Existem
múltiplas evidências a sugerir
que as pressões seletivas du-
rante a domesticação alteraram
os cães de tal modo, que eles
ficaram perfeitamente adapta-
dos ao seu novo nicho, que é a
companhia humana”.
www.mundodosanimais.pt
É mesmo possível que esta ha-
bilidade já nasça com os cães,
uma vez que cachorros de ape-
nas seis semanas e sem qual-
quer treino específico, já a pos-
suem.
Para realizar este estudo, Ka-
minski e os seus colegas com-
pararam quão bem os chim-
panzés e os cães conseguem
compreender o apontamento
humano. Uma pessoa apontou
para um objeto visível que se
encontrava fora do seu alcance,
mas dentro do alcance do ani-
mal. Se um chimpanzé ou um
cão pegassem no objeto, se-
riam recompensados com um
petisco adequado (fruta para o
chimpanzé e ração seca para o
cão).
Os chimpanzés mostraram-se
entusiasmados pela recompen-
sa, mas ignoraram os gestos
humanos. Os cães passaram o
teste. Os chimpanzés não com-
preenderam a intenção da pes-
soa, ou seja, não viram o apon-
tamento como algo importante
e por isso, decidiram ignorar
esse gesto.
“Sabemos que os chimpanzés
têm uma compreensão muito
flexível dos outros; sabem quan-
do os outros podem ou não po-
dem ver, quando os outros po-
dem ou não vê-los a eles, etc”
explicou Kaminski.
Não são, por isso, de alguma
forma ignorantes, apenas não
evoluíram a tendência de pres-
tar atenção aos seres huma-
nos, pois não necessitam disso
no seu habitat natural. Os pró-
prios lobos não possuem esta
habilidade: “Os lobos, mesmo
quando criados no seio de um
ambiente humano, não são fle-
xíveis com a comunicação das
pessoas como são os cães”
disse.
E os gatos?
Investigações anteriores de-
monstraram que os gatos do-
mésticos também prestam
atenção ás pessoas e com-
preendem os gestos humanos.
Kaminski, no entanto, men-
cionou que “os investigadores
precisaram de os selecionar
de entre mais de uma centena
de gatos” sugerindo assim que
apenas alguns gatos se colo-
cam a par dos cães no que diz
respeito a compreender as pes-
soas.
MUNDO DOS ANIMAIS
Os cães sentem mesmo os
nossos problemas
Confortar pessoas angustia-
das, por exemplo, pode estar
mesmo implementado no cére-
bro canino. Um recente estudo,
publicado na Animal Cognition,
concluiu que os cães podem
ser realmente os melhores ami-
gos do Homem, sobretudo se a
pessoa estiver de alguma for-
ma angustiada. Essa pessoa
angustiada nem precisa de ser
alguém que o cão conheça pre-
viamente.
“Eu penso que existem bons
motivos para suspeitar que os
cães são mais sensíveis ás
emoções humanas que qual-
quer outra espécie” disse a co-
-autora Deborah Custance à
Discovery News. “Nós domes-
ticamos os cães por um longo
período de tempo e fizemos
uma criação seletiva para eles
se comportarem como nossos
companheiros. Assim, os cães
que responderam de forma sen-
sível ás nossas pistas emocio-
nais tiveram maiores chances
de serem os escolhidos como
animais de estimação e de cria-
ção” concluiu.
Custance e a colega Jennifer
Mayer, ambas do departamen-
to de psicologia da University
of London Goldsmiths Colle-
ge, expuseram 18 cães a qua-
tro encontros separados de 20
segundos cada com humanos,
entre os quais se encontravam
tanto os donos como estranhos.
Numa das experiências, as
pessoas emitiram sons a simu-
lar aflição e fizeram de conta
que estavam a chorar. A maio-
ria dos cães tentou confortar
a pessoa, independentemente
de ser o próprio dono ou um
estranho. Os cães atuaram de
forma submissa, aninhando-se
e lambendo as pessoas. As in-
vestigadoras afirmam que este
comportamento é consistente
com empatia, preocupação e
tentativa de dar conforto.
Sobre o que irá dentro da ca-
beça de um cão, existe outro
estudo recente, publicado na
PLOS One, que demonstra que
o cérebro dos cães reage assim
que eles observam pessoas.
Neste caso, os investigadores
treinaram os cães para respon-
der a sinais gestuais que indi-
cavam se iriam receber comida
ou não.
www.mundodosanimais.pt
Fotografia: Jelly Dude / via Flickr
O núcleo caudado do cérebro
dos cães, uma área associada
à recompensa nos humanos,
mostrou ativação quando os
cães sabiam que iam receber
comida.
“Estes resultados indicam que
os cães prestam muita atenção
aos gestos humanos” disse o
líder da investigação Gregory
Berns, diretor do Emory Cen-
ter for Neuropolicy. Apesar de
este último estudo ter tido como
amostra de recompensa a comi-
da, Custance e Mayer pensam
que os cães, ao longo de milha-
res de anos de domesticação
foram tantas vezes recompen-
sados pela sua aproximação a
pessoas angustiadas que isso
pode ter ficado implementado
nos seus cérebros.
O fenómeno pode ter um ele-
mento do subconsciente. “Os
cães bocejam contagiados pelo
bocejo humano” disse Matthew
Campbell, professor assistente
do departamento de psicolo-
gia da universidade da Geór-
gia. “Nós selecionamos os cães
para estar sintonizados con-
nosco emocionalmente”.
Descubra mais sobre cães em:
- www.mundodosanimais.pt/caes
Inspirar pessoas a
melhor dos ani
a cuidar
imais
Produção:
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Conteúdos:
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geral@mundodosanimais.pt
Colaboração
editor@mundodosanimais.pt
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A Telepatia Canina: Como os cães compreendem melhor os humanos

  • 3.
  • 7. www.mundodosanimais.pt Q ualquer pessoa que já tinha convivido com um cão sabe que os cães, entre todos os animais, parecem ter uma sintonia especial connosco. Quantas e quantas histórias lemos sobre o cão que deu uma atenção muito especial ao dono quando este estava a passar por um momento menos bom (mais triste, mais desiludido ou stressado), ou até quando se encontrava doente ou com alguma dor ou mal-estar. Quando o cão parecia saber coisas so- bre o nosso estado de espírito que em princípio não teria como saber — e nós não teríamos como lhe contar. Neste artigo, vamos olhar para alguns estudos científicos que visam entender aquilo a que, não oficialmente, chama- mos de telepatia canina. Os mecanis- mos que levam um cão a compreender- -nos melhor que qualquer outro animal. Qual o alcance das suas capacidades, e qual o limite das mesmas. No fundo, descobrir o melhor amigo do Homem.Fotografia: Tal Atlas / via Flickr A Telepatia Canina
  • 8. MUNDO DOS ANIMAIS Podem os cães ler a nossa mente? O s cães estão tão sin- tonizados connos- co que podem ler as nossas mentes, de acordo com um estudo publi- cado na Learning & Behavior. O mesmo estudo indica que os cães, provavelmente, já nas- cem com essa habilidade. À medida que os cães se en- contram junto dos seres huma- nos, mais habilidosos se tornam em telepatia canina, que resulta da hipersensibilidade dos senti- dos. Todos aqueles que têm ou já tiveram cães em casa duran- te algum tempo, com certeza repararam na forma como os cães nos entendem de uma forma particularmente bem, de- tetando sinais do nosso cansa- ço, stress, dores de cabeça ou outros problemas antes de nós, conscientemente, os exibirmos. Os cães são também conheci- dos por conseguirem detetar se uma pessoa tem cancro. Pare- cem igualmente sentir quando estamos felizes e/ou de ótima saúde. Monique Udell e a sua equipa, da Universidade da Florida, re- fletiram sobre o porquê de os cães serem tão perspicazes a ler a nossa mente, e como o conseguem fazer. A questão é, os cães nascem com essa ha- bilidade, ou vão aprendendo com a experiência do contacto humano? Para explorar estas e outras questões, Udell e a sua equipa planearam duas experiências, envolvendo tanto lobos como cães domésticos. Nas expe- riências, foi dada a oportunida- de aos dois animais de pedirem comida, a uma pessoa atencio- sa e a uma pessoa indiferente. Os investigadores observaram pela primeira vez que os lobos, tal como os cães domésticos, são capazes de ir pedir comi- da à pessoa atenciosa, aproxi- mando-se dela. Isto demonstra que ambas as espécies, domesticadas ou não domesticadas, têm a capacida- dedeproduzirumcomportamen- to mediante a atenção que uma
  • 9. www.mundodosanimais.pt Fotografia: @dihpardal Diogo Fernando / via Flickr pessoa demonstra, consciente ou inconscientemente, por eles. Uma vez que os lobos não têm experiência no contacto com seres humanos, é assim muito provável que esta habilidade já nasça com eles. Os cães, além de nascerem com a habilidade, podem aper- feiçoar à medida que mantém o contacto com seres humanos, pelo que um cão que viva com pessoas desde bebé, terá em adulto uma capacidade supe- rior de ler a mente dos seus do- nos, do que um cão que, por al- gum motivo, como o abandono ou o nascimento na rua, não conviva de perto com pessoas durante bastante tempo. Segundo a investigação, “os re- sultados sugerem que a capa- cidade dos cães para seguir as ações humanas deriva de uma vontade de aceitar as pessoas como companheiros sociais, combinada com o condiciona- mento de seguir os gestos e as ações dos seres humanos e adquirir reforço. Os tipos de sinais, o contexto em que são apresentados e a experiência prévia, são todos importantes”.
  • 10. MUNDO DOS ANIMAIS comunicação humana de uma forma que, anteriormente, es- tava atribuída apenas a bebés humanos de 6 meses de idade” explicou o co-autor de um novo estudo, Jozsef Topal, à Disco- very News. “Eles leem as nos- sas intenções de comunicação de uma forma pré-verbal, uma forma semelhante aos bebés” acrescentou Topal. A comunica- ção pré-verbal é a forma que os bebés nos interpretam e se ex- primem sem usar as palavras, pois não aprendemos logo a fa- lar. Os investigadores afirmam que Ler a nossa mente? Não exa- tamente O segredo dos cães parece es- tar nos nossos próprios olhos: os cães seguem os movimen- tos dos nossos olhos, que lhes dão sinais das nossas inten- ções. Os bebés humanos tam- bém possuem esta habilidade, descrita na publicação Current Biology. Esta revelação talvez explique porque motivo os do- nos costumam tratar os seus animais de estimação como se fossem crianças. “Os cães estão recetivos à Fotografia: Peer / via Flickr
  • 11. www.mundodosanimais.pt de anos, nos quais muitos dos atributos selvagens (como os lobos) foram transformados e adaptados pelos desafios de uma vida em conjunto com os seres humanos. Topal e a sua equipa suspeitam que os cavalos e os gatos do- mésticos também sejam capa- zes de ler as nossas intenções, uma vez que vivem de forma próxima a nós há também mui- tos anos. Num estudo à parte, publicado na Animal Behavior, os inves- tigadores descobriram que os os atributos sociais dos cães atingem o nível de uma criança com dois anos de idade, uma vez que o único talento que lhes falta é a linguagem. “Estes atri- butos dos cães ajudam a forta- lecer a ligação cão-humano, que é atualmente única tendo em consideração as diferenças biológicas entre as duas espé- cies”. Os cães foram os primeiros animais a ser domesticados e aparentemente sem benefícios diretos, como alimento ou pas- toreio. A cognição social dos cães evoluiu durante milhares Fotografia: Ricardo Mangual / via Flickr
  • 14. MUNDO DOS ANIMAIS cães comunicam com as pes- soas para pedir, mas não para informar. Seja como for, fazem- -no de forma bastante concen- trada e intensa. Juliane Kamins- ki, líder deste segundo estudo, indicou que “fica demonstrado como os cães estão sintoniza- dos de forma intencional com a comunicação humana e quão importante determinados sinais são para eles, de forma a per- ceber quando é que a comuni- cação é relevante e direcionada para eles”. Topal pensa ser possível que os cães, por vezes, sejam até superiores aos seres humanos adultos no que diz respeito a interpretar intenções, uma vez que estão atentos a todos os sinais como odores, sons e ou- tras pistas que possam indicar algo. “Os cães aprendem facil- mente a associar até os com- portamentos inconscientes dos seus donos com as respetivas intenções. Desta forma, um cão adquire a habilidade de anteci- par o comportamento seguinte do seu dono, e isto em deter- minados casos dá a sensação de que o cão acabou de ler a nossa mente” concluiu Topal. Os cães compreendem-nos melhor que qualquer outro animal Apesar dos chimpanzés serem os nossos parentes mais próxi- mos, nenhum animal nos com- preende tão bem como os cães. É isto que sugere um novo es- tudo, publicado na revista cien- tifica PLOS One, ao concluir que os chimpanzés podem não ligar muito quando uma pessoa aponta para um objeto, mas os cães prestam atenção e sabem exatamente o que essa pessoa quer. “Penso que estamos a olhar para uma adaptação muito es- pecial dos cães, para serem sensíveis ás várias formas de comunicação dos seres huma- nos” disse a co-autora do estu- do, Juliane Kaminski, psicóloga da Max Planck Institute for Evo- lutionary Anthropology, citado pela Discovery News. “Existem múltiplas evidências a sugerir que as pressões seletivas du- rante a domesticação alteraram os cães de tal modo, que eles ficaram perfeitamente adapta- dos ao seu novo nicho, que é a companhia humana”.
  • 15. www.mundodosanimais.pt É mesmo possível que esta ha- bilidade já nasça com os cães, uma vez que cachorros de ape- nas seis semanas e sem qual- quer treino específico, já a pos- suem. Para realizar este estudo, Ka- minski e os seus colegas com- pararam quão bem os chim- panzés e os cães conseguem compreender o apontamento humano. Uma pessoa apontou para um objeto visível que se encontrava fora do seu alcance, mas dentro do alcance do ani- mal. Se um chimpanzé ou um cão pegassem no objeto, se- riam recompensados com um petisco adequado (fruta para o chimpanzé e ração seca para o cão). Os chimpanzés mostraram-se entusiasmados pela recompen- sa, mas ignoraram os gestos humanos. Os cães passaram o teste. Os chimpanzés não com- preenderam a intenção da pes- soa, ou seja, não viram o apon- tamento como algo importante e por isso, decidiram ignorar esse gesto. “Sabemos que os chimpanzés têm uma compreensão muito flexível dos outros; sabem quan- do os outros podem ou não po- dem ver, quando os outros po- dem ou não vê-los a eles, etc” explicou Kaminski. Não são, por isso, de alguma forma ignorantes, apenas não evoluíram a tendência de pres- tar atenção aos seres huma- nos, pois não necessitam disso no seu habitat natural. Os pró- prios lobos não possuem esta habilidade: “Os lobos, mesmo quando criados no seio de um ambiente humano, não são fle- xíveis com a comunicação das pessoas como são os cães” disse. E os gatos? Investigações anteriores de- monstraram que os gatos do- mésticos também prestam atenção ás pessoas e com- preendem os gestos humanos. Kaminski, no entanto, men- cionou que “os investigadores precisaram de os selecionar de entre mais de uma centena de gatos” sugerindo assim que apenas alguns gatos se colo- cam a par dos cães no que diz respeito a compreender as pes- soas.
  • 16. MUNDO DOS ANIMAIS Os cães sentem mesmo os nossos problemas Confortar pessoas angustia- das, por exemplo, pode estar mesmo implementado no cére- bro canino. Um recente estudo, publicado na Animal Cognition, concluiu que os cães podem ser realmente os melhores ami- gos do Homem, sobretudo se a pessoa estiver de alguma for- ma angustiada. Essa pessoa angustiada nem precisa de ser alguém que o cão conheça pre- viamente. “Eu penso que existem bons motivos para suspeitar que os cães são mais sensíveis ás emoções humanas que qual- quer outra espécie” disse a co- -autora Deborah Custance à Discovery News. “Nós domes- ticamos os cães por um longo período de tempo e fizemos uma criação seletiva para eles se comportarem como nossos companheiros. Assim, os cães que responderam de forma sen- sível ás nossas pistas emocio- nais tiveram maiores chances de serem os escolhidos como animais de estimação e de cria- ção” concluiu. Custance e a colega Jennifer Mayer, ambas do departamen- to de psicologia da University of London Goldsmiths Colle- ge, expuseram 18 cães a qua- tro encontros separados de 20 segundos cada com humanos, entre os quais se encontravam tanto os donos como estranhos. Numa das experiências, as pessoas emitiram sons a simu- lar aflição e fizeram de conta que estavam a chorar. A maio- ria dos cães tentou confortar a pessoa, independentemente de ser o próprio dono ou um estranho. Os cães atuaram de forma submissa, aninhando-se e lambendo as pessoas. As in- vestigadoras afirmam que este comportamento é consistente com empatia, preocupação e tentativa de dar conforto. Sobre o que irá dentro da ca- beça de um cão, existe outro estudo recente, publicado na PLOS One, que demonstra que o cérebro dos cães reage assim que eles observam pessoas. Neste caso, os investigadores treinaram os cães para respon- der a sinais gestuais que indi- cavam se iriam receber comida ou não.
  • 17. www.mundodosanimais.pt Fotografia: Jelly Dude / via Flickr O núcleo caudado do cérebro dos cães, uma área associada à recompensa nos humanos, mostrou ativação quando os cães sabiam que iam receber comida. “Estes resultados indicam que os cães prestam muita atenção aos gestos humanos” disse o líder da investigação Gregory Berns, diretor do Emory Cen- ter for Neuropolicy. Apesar de este último estudo ter tido como amostra de recompensa a comi- da, Custance e Mayer pensam que os cães, ao longo de milha- res de anos de domesticação foram tantas vezes recompen- sados pela sua aproximação a pessoas angustiadas que isso pode ter ficado implementado nos seus cérebros. O fenómeno pode ter um ele- mento do subconsciente. “Os cães bocejam contagiados pelo bocejo humano” disse Matthew Campbell, professor assistente do departamento de psicolo- gia da universidade da Geór- gia. “Nós selecionamos os cães para estar sintonizados con- nosco emocionalmente”. Descubra mais sobre cães em: - www.mundodosanimais.pt/caes
  • 19. a cuidar imais Produção: Carlos Gandra Conteúdos: Carlos Gandra Contacto geral geral@mundodosanimais.pt Colaboração editor@mundodosanimais.pt A Revista Mundo dos Animais é uma publicação gratuita. Sinta-se livre para a distribuir por email, twitter, blog ou qualquer outro meio, desde que nenhum dos conteúdos seja de alguma forma alterado. Todas as edições podem ser ace- didas gratuitamente em: www.mundodosanimais.pt/revista Visite-nos em: © 2016 Mundo dos Animais www.mundodosanimais.pt /mundodosanimais @mundodosanimais +MundodosanimaisPt