O documento discute como as "boleiras", mulheres que fazem bolos caseiros para venda, lidaram com a crise econômica no Brasil e se comportam nas redes sociais. O gasto médio das boleiras é maior do que das donas de casa, e elas usam redes como Facebook e Instagram para divulgar seus produtos e agendar encomendas. As boleiras geralmente postam sobre seus produtos nas quartas, quintas e sábados e usam hashtags de marcas de farinha para mostrar a qualidade dos ingredientes.
3. O ticket médio da boleira é de R$
21, 69, já o da dona de casa é de
R$16,93. A diferença na
quantidade de produtos
comprados entre elas é pequena,
mas a confeiteira gasta mais em
produtos.
*Estes valores absolutos não englobam as pessoas que acumulam mais de uma função
4. É uma tendência crescente no
monitoramento pessoas com
pequenos comércios caseiros de
bolos, doces e salgados usarem o
Facebook e Instagram para
registrarem suas encomendas.
5. Potencial Consumidor interessado
Networking:
Retorno positivo do
cliente
Bastante
conectadas,
elas usam o
Whatsapp
para agendar
encomendas e
se comunicar
com o cliente.
O “dono” da
festa também
merece uma
menção que
indiretamente
justifica a cor
do produto
Elas são
carinhosamente
chamadas de
boleiras pelos
seus clientes
Elas sabem o potencial
das imagens que
valorizam o produto
6. Muitas delas tagueam marcas
para mostrar aos seus
consumidores que usam produtos
de qualidade.
7. A hashtag das marcas ajudam a validar a
qualidade do produto final; é importante,
por exemplo, para justificar os preços
cobrados do cliente
8. Marcas de farinha podem se
apropriar deste universo e criar
um elo mais forte com sua
consumidora que virou
empreendedora.
13. Quarta, quinta e sábado são os dias com o
maior número de compartilhamento de
imagens. É um indicativo importante para o
setor de mídia patrocinar as publicações
direcionadas a este público. Certamente
relacionado as festas do final de semana.
18. A associação entre marcas de
farinhas e as #Boleiras mostrará
engajamento social com a
economia brasileira em crise e sua
consumidora que criou uma
alternativa de renda criativa e
familiar.
19. Marcas de farinhas podem
comunicar que fazem parte do
ecossistema de consumo local;
para comprar o bolo da vizinha,
encomendar os salgados da colega
de trabalho que utilizam a marca.
20. Boleiras podem usar mais as linhas profissionais porque elas
têm o sabor marcante do ‘bolo da vó’, portanto não
desvirtua do core business da marca
Há a possibilidade de comunicar a boleira sobre a economia
em comprar a linha profissional de 5kg, ao invés do pacote
de 1kg, porque rende mais em seu dia a dia.
21. Observações do mapeamento
As ferramentas de monitoramento não permitem realizar um mapeamento das boleiras que usam a hashtag de marcas de farinha no Facebook,
portanto a análise se deu em perfis do Instagram que são 91.92% da amostra. Além disso, o SCUP coleta somente quem usa a hashtag, não quem
cita a marca sem ela.
As menções negativas encontradas, e mapeadas, são de boleiras que perderam encomendas por causa de farinhas e misturas para bolos com
insetos, por exemplo. Nada que saia do padrão das donas de casa que também consomem as marcas. Isso é facilmente contornado com a
reposição do produto, uma prática comum da empresa. No entanto, como o deadline de produções de festas de aniversário, casamento e etc são
mais curtos, a marca pode priorizar a reposição das empreendedoras.
Mulheres são 97% desta amostra e homens, claro, são 3%. No entanto, o perfil @admsilvestre é bastante ativo no Instagram. Ele se intitula
#DomBoleiro e compartilha quase que diariamente as suas encomendas.
O Whatsapp é uma plataforma importante para realizar encomendas rápidas, além de conversar com o cliente.
Nem toda boleira usa sempre a hashtag da marca em suas publicações, portanto é interessante este incentivo no conteúdo para gerar mais
conversas e identificar mais oportunidades. #Bolodepote, por exemplo, é uma tendência crescente no monitoramento.
A mistura para bolo é bastante utilizada pelas boleiras; existe uma oportunidade de conteúdo falando que ela poderá economizar mais, produzir
mais rápido e continuar com o sabor de bolo caseiro. Inclusive, esta é uma das hashtags mais utilizadas.