1. UNIVERSIDADE: Universidade do Algarve
CURSO: Pós-Graduação em Gestão Cultural
UNIDADE CURRICULAR: Gestão de Sítios e Interpretação do Território
Docentes:
Santiago Macias, santiagomacias@sapo.pt
João Bernardes, jbernar@ualg.pt
Rui Parreira, r.is.parreira@gmail.com
Cláudio Torres, torresclaudio@sapo.pt
Discente:
Pedro Nascimento – N. 22113
Trabalho pratico individual:
Programação de uma intervenção de valorização de um sítio / de um
monumento histórico visitável.
Este trabalho surge no âmbito da disciplina de Gestão de Sítios e Interpretação
do Território, na qual nos foi proposto a realização de uma programação de
uma intervenção de valorização de um sítio arqueológico ou de um monumento
histórico visitável, onde se deveria imprimir uma nova dinâmica.
A opção de sítio e monumento foi a villa romana de Milreu. Foi definido os
objectivos e estruturado o trabalho. Neste sentido, as partes constituintes deste
projecto são: a contextualização e caracterização do Centro de Interpretação e
o histórico do programa de acção cultural, cujo conteúdo abarca a
caracterização do território e seu histórico, as potencialidades e ameaças, o
programa museológico; a concepção e elaboração de uma programação,
referindo os pontos de partida e as linhas orientadoras, objectivos e respectivo
plano de acção; o cronograma da concepção/ produção do programa de acção
cultural; os recursos materiais, humanos e financeiros afectos às acções a
desenvolver; culminando com a promoção e as acções de divulgação.
2. I. Contextualização / Caracterização do Centro Interpretação e
histórico do programa de acção cultural
1. Contextualização histórica e do território
Milreu é o testemunho de uma importante villa rústica romana, habitada desde
o séc. I da Era Cristã, com vestígios de ocupação contínua até ao séc. XI.
Localizada junto da actual aldeia de Estoi e a cerca de 8 km da cidade de
Ossónoba (Faro), Milreu beneficiava das nascentes serranas então ali
existentes, cuja água era conduzida por gravidade, satisfazendo as
necessidades do quotidiano rural e também da forte vivência lúdica.
No século IV, foi erguido um edifício religioso ricamente decorado e ainda hoje
conservado até ao arranque das abóbadas, destinado ao culto privado da
família. Neste período foi criado um cemitério, com sepulturas rodeando o
pódio e com um pequeno mausoléu. Cristianizado no século VI, o templo
serviria também o culto no período islâmico e até ao século XI. Entre os século
XVI e XIX, e sobre as divisões privadas da antiga casa romana, foi erguida uma
casa rural com contrafortes cilíndricos.
O conhecimento da sua história revela-nos que terá sido habitada por famílias
de elevado estatuto social e político, às quais eram proporcionadas as
necessidades não só de um quotidiano rural, como também de grande vivência
lúdica.
A riqueza desta villa rústica está patente no importante volume de achados
arqueológicos, como mosaicos de temática predominantemente marinha,
revestimentos marmóreos e cerâmicos diversos, estuques pintados e escultura
decorativa.
Estoi é uma freguesia do concelho de Faro, com 46,58 km² de área e 3 538
habitantes (2001). A paisagem da freguesia integra-se no Barrocal do centro
algarvio e abrange a transição Litoral/Barrocal, cujas manchas urbanas
alternam com manchas agrícolas, muitas delas abandonadas (sobretudo as de
sequeiro). À medida que se avança para norte, a paisagem toma uma feição
progressivamente mais rural, apesar de todos os aglomerados apresentarem
formas e expressões dissonantes relativamente às que tradicionalmente
marcavam esta paisagem. Mantêm-se algumas áreas agrícolas com um uso
diferenciado, por vezes com alternância de sequeiro e regadio, de que resulta
uma interessante paisagem cromática. A aldeia histórica, assim como a sua
envolvente paisagística, caracteriza-se pela presença do pomar tradicional de
sequeiro, mas também pelo edificado tradicional algarvio, que encontra em
Estoi um dos seus melhores exemplares.
A aldeia apresenta um conjunto de valor arquitectónico, sendo o edifício mais
marcante o Palácio de Estoi e os seus jardins, que muito recentemente foi
adaptado a Pousada, tendo o respectivo projecto de alteração sido da autoria
do Arq.º Gonçalo Byrne. De referir ainda a villa romana de Milreu, a Igreja
Matriz, o Antigo Paço Procissional e a Ermida de Nossa Senhora do Pé da Cruz.
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3. A população mantém ainda hoje uma forte relação com o passado,
reconhecendo o valor simbólico do espaço público e dos edifícios mais
marcantes na área do plano, verificando-se que se mantém ainda nos dias de
hoje todo um conjunto de tradições ligadas à prática agrícola e à sua
sazonalidade, das quais se destaca a Festa da Pinha (1 e 2 Maio), uma
extraordinária celebração da Primavera.
2. Potencialidades e ameaças
Pretende-se com este ponto, conhecer a capacidades e dificuldades do Centro
de Interpretação de Milreu, avaliar o seu funcionamento, a sua monitorização e
a sua adequação ao visitante.
Potencialidades
Neste Algarve já tão descaracterizado, a aldeia de Estoi preserva, ainda, um
património cultural e etnográfico notável, de que são exemplo algumas festas e
feiras tradicionais, e um património histórico e arquitectónico único,
representado pela villa romana de Milreu, Palácio de Estoi e por marcas da
arquitectura tradicional no traçado das casas que se perfilam ao longo das ruas
da aldeia.
A vocação turística e cultural de Estoi, apoiada por um conjunto de
equipamentos de apoio ao turismo e à cultura, como as Ruínas de Milreu e o
Palácio de Estoi, recuperado e transformado em Pousada, conduz à
necessidade de criar mecanismos que promovam a imagem do aglomerado e
dos produtos e actividades tradicionais, mas que permitam em simultâneo a
preservação e revitalização do património e paisagem.
As potencialidades são diversas, ficando aqui algumas sugestões:
- Criar rotas temáticas como forma de desenvolver o circuito turístico cultural e
paisagístico;
- Fomentar o turismo de natureza e tornar a freguesia num destino de bem-
estar e lazer;
- Dinamizar uma rede de equipamentos culturais que valorize identidades,
patrimónios e formas de expressão artística;
- Promoção de actividades relacionadas com o turismo, na sua vertente
cultural, baseado na recuperação e revitalização do património cultural
existente.
O Plano de Intervenção de Estoi – no âmbito do Programa de Revitalização das
Aldeias do Algarve – define como estratégia afirmar Estoi como uma referência
cultural no sul peninsular e com centro habitacional de qualidade. Este plano
apresenta um conjunto de estratégias de intervenção, nomeadamente:
- Proteger, valorizar e dinamizar o património existente
- Desenvolver acções de sensibilização e informação direccionadas para os
residentes;
- Preservar o património;
- Promover festividades que facilitem o conhecimento da história local, do
património, dos usos e tradições;
- Reforçar a identidade cultural local
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4. - Apoiar as associações locais, facilitando a profissionalização das actividades
das actividades e serviços que as organizam.
Com vista a tais estratégias, foram definidas pelo plano de intervenção algumas
medidas, destacando a Medida 4 – Animação cultural, Etnográfica e Desportiva
e a Medida 5 – Património e Qualificação urbana.
Relativamente ao Centro de Interpretação são aspectos positivos:
- O próprio Centro de Acolhimento e Interpretação;
- A riqueza dos vestígios arqueológicos;
- A existência de facilidades para pessoas com mobilidade reduzida;
- A integridade dos vestígios arqueológicos e estado de conservação;
- A Localização numa região de grande fluxo turístico e respectivo aumento de
Turismo Cultural;
- Importante conjunto patrimonial;
- Parque de Estacionamento próprio;
- Casa Rural com capacidade para várias actividades culturais;
- A exposição permanente;
- A promoção, a recuperação e a valorização do Património histórico e
arqueológico;
- Possibilidade de crescimento na complementaridade dos circuitos urbanos e
culturais e temáticos;
- Potencialidade de realização de Acções Pedagógicas e Educativas com
entidades locais.
Ameaças
Esta análise SWOT sobre a villa romana de Milreu e potencialidades e pontos a
melhorar são extremamente importantes para melhor compreender o espaço
museológico, a sua relação com o território e as necessidades e interesses dos
públicos. Assim, passo a enumerar alguns aspectos a considerar:
- Sinalização e informação a melhorar;
- Fragilidade dos monumentos arqueológicos;
- Localizados em zonas rurais distantes da costa
- Instabilidade política e económica;
- Insuficientes esforços de promoção e divulgação o monumento;
- Ausência de estudos regulares de satisfação do visitante
- Falta de formação dos assistentes na área da Interpretação e difusão do
Património;
- Sinalética exterior insuficiente (acessos exteriores ao sítio durante a viagem
até Milreu);
- Acessibilidades e transportes precários;
- Falta de estratégias promocionais conjuntas com outros monumentos e
Património regional;
- Falta de um programa de acção cultural e de educação artística e patrimonial.
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5. 3. Programa Museológico e programa de acção cultural
O programa museológico da villa romana de Milreu (até 2010)
São objectivos gerais para a criação de Centros de Acolhimento e Interpretação
do Património, o acolhimento e a disponibilização de informação e
conhecimento sobre o local que estão a visitar.
Por outro lado, o Centro de Interpretação tem a “capacidade” de interagir com
o visitante, ou seja, fornece uma interpretação e perspectivas, permitindo a
liberdade de pensamento memórias, mas disciplina os fluxos de visita,
associando-lhes uma componente informativa e mesmo uma componente
científica. Neste âmbito, o Centro de Interpretação é uma forma de
salvaguardar e divulgar o local, na medida em que se prepara o local para
receber os visitantes de uma forma equilibrada, controlada e respeitando o seu
espaço.
O Centro de Acolhimento e Interpretação de Milreu apresenta-se como sendo
um espaço que possibilita a entrada no recinto da estação arqueológica e onde
se dá apoio ao visitante. Neste local estão disponíveis publicações e objectos
de divulgação, fornecendo informação sobre a história do local. Revela-se um
espaço com capacidade de estabelecer condições para a salvaguarda e
dinamização cultural (e turística) dos sítios arqueológicos, através da
investigação, preservação, valorização e divulgação, criando infra-estruturas de
acolhimento do público e de interpretação dos sítios seleccionados.
Relativamente aos dados apresentados nos gráficos abaixo, estes são
meramente informativos dado que não existe uma política de estatísticas desde
a inauguração do Centro de Interpretação, nem os valores são exaustivos.
Desta forma, a informação serve essencialmente para melhor conhecer as
tipologias de visitante, e, melhor planificar estratégias e acções a desenvolver
no futuro neste monumento. É possível entender que a maior fatia de visitantes
é o público geral, seguido dos reformados. Isto indica-nos que, em relação aos
públicos jovens e às crianças ainda à muito a trabalhar. Neste sentido um
serviço educativo (que exige uma continuidade) ou um projecto educativo
(numa lógica mais pontual mas com alguma regularidade), podem contribuir
para divulgar a villa romana de Milreu e transmitir conhecimento e envolver as
comunidades locais. Muito embora, a envolvência da comunidade local é outra
lacuna do Centro de Interpretação.
Sobre as visitas de estudo, existe ainda uma possibilidade de trabalhar este
público visto que o mesmo apresenta uma percentagem interessante no
número de visitantes assim como na representatividade. Contudo, este é um
trabalho a efectuar com muita planificação e antecedência, já que as acções
devem ser preparadas considerando os currículos escolares e em parceria com
os professores, logo no início de Setembro, para constituir um projecto
educativo para todo o ano.
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7. Histórico da programação em Milreu
Apresenta-se seguidamente um pequeno historial de actividades desenvolvidas
nas ruínas de Milreu.
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios
I. “Território – Um Património Plural" com a realização de Actividades
Educativas nas Ruínas de Milreu e uma conferência proferida pelo Sr. Arquitecto
João Cerejeiro, responsável pelo projecto de recuperação e valorização dos
Jardins históricos do Palácio de Estoi (18 de Abril de 2007);
II. Visitas temáticas pelo Dr. João Pedro Bernardes da Universidade do Algarve
(15h00 de 18 de Abril de 2010):
– “Património Rural Paisagens Culturais”
- “Produção Agrícola na Villa Romana de Milreu”
III. Degustação de produtos Regionais, com participação da: Confraria de
Gastrónomos do Algarve (doces regionais e outros produtos); Quinta Barranco
Longo (produtor de vinho); Viveiros Monte Rosa (produtor de azeite)
(16h00 de 18 de Abril de 2010).
Jornadas Europeias de Património
I. Temática "Património em Diálogo" incluíram a realização de várias actividades
nas Ruínas:
- Visitas guiadas;
- Prova de vinhos produzidos na região, pela Confraria de Enólogos do Algarve;
- Concerto nas Ruínas pela Orquestra do Algarve.
(21 de Setembro de 2007)
II. Temática “Vi(r)Ver o Património”, com exposição de Júlio Pomar “Figuras de
convite”, organizada pela DRCAlg, em colaboração com a Galeria Ratton e
apresenta um conjunto de seis painéis, com um auto-retrato do artista.
(25 de Setembro até ao dia 5 de Março de 2010)
Conferências
I. Casa do Povo de Estoi, sobre os Mosaicos de Milreu, proferida pela Dr.ª
Cristina Oliveira.
(21 de Setembro de 2007)
Exposições na Casa Rural das Ruínas
I."O meu Mundo" reuniu os melhores trabalhos realizados pelos alunos da
Escola Poeta Emiliano da Costa em Estoi e foi vista por mais de 1400 visitantes
nos meses de Junho e Julho;
II. “Pássaro em Terra”, exposição de René Bertholo.
(24 de Abril a 29 de Setembro Inauguração: 24 de Abril às 18.00hs)
Projecto de Educação artística e patrimonial
I. "Lugares Mágicos do Algarve"
- Uma iniciativa de Atelier Educativo com o apoio da Direcção Regional de
Cultura do Algarve, no âmbito do Ano Europeu do Combate à Pobreza e
Exclusão Social, sendo a 1.ª fase (Abril/Junho) terá a sua conclusão no dia 5 de
Junho, às 16h00, na Villa Romana de Milreu. Os formandos do atelier de
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8. cerâmica e estampagem têxtil, sob a orientação do ceramista Miguel Cheta,
darão a conhecer as suas criações artísticas: Breve introdução à técnica da
Majolica, Cerâmica e Estampagem têxtil (10 Abril a 12 Junho);
- As visitas serão guiadas por um técnico superior da Direcção Regional.
II. Concepção e elaboração de uma programação de acção cultural
anual para Milreu
Questões prévias
Para a concretização deste trabalho – desenvolver uma estratégia de acção
cultural para um centro de interpretação que possui um historial e vida própia
muito particulares, com uma política museológica definida - surgiram algumas
questões prévias que foi necessário reflectir:
- Os aspectos de «valorização» já definidos na vertente conservação física do
sítio, plano de manutenção e intervenções de restauro/reabilitação, deixou
margem para questões de programação da promoção/divulgação/serviço
educativo;
- Desenvolver actividades para um programa de intervenção de reabilitação no
templo de Milreu, na perspectiva de criar um espaço de usos múltiplos onde
possam acontecer espectáculos e intervenções site-specific;
- Equacionar as variantes possíveis de um modelo de gestão para as ruínas de
Milreu;
- Fazer a ligação à comunidade local a partir do programa definido para as
Áreas de baixa Densidade/Aldeias do Algarve.
Foi também importante reflectir sobre questões chave para elaborar esta
proposta como: a Gestão Cultural; a valorização, salvaguarda, divulgação do
património; bem patrimonial vs conceito de monumento; memória vs consumo
vs crítica/ conhecimento; sobre símbolo e signo; significado e significante;
representação e prolongamento do pensamento humano; consciência do
passado das identidades humanas; humanização dos monumentos e sítios;
programação de proximidade.
De forma a enquadrar e melhor relacionar as questões da gestão de um
monumento pela entidade responsável, com os planos de intervenção já
propostos, relacionar a divulgação e educação patrimonial com a comunidade
local e os visitantes ao monumento, e nesse sentido o enquadramento entre as
várias necessidades só é possível delineando e conhecendo as atribuições
específicas de cada uma das partes envolvidas.
São objectivos específicos da DRCAlg relativamente aos monumentos afectos:
- Incentivar a investigação, recolha, registo e divulgação de bens ou práticas
culturais tradicionais, numa lógica de afirmação de identidades regionais
(artesanato, usos e costumes, gastronomia, música, danças, literatura, etc.);
- Incentivar a criação e divulgação de referências artísticas contemporâneas do
Algarve, independentemente das formas de expressão que assumam (literatura,
teatro, música, dança, cinema, fotografia, artes, multimédia, etc.);
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9. - Fomentar acções de divulgação, quer do património cultural, quer de
repertórios artístico-culturais tradicionais ou contemporâneos do Algarve junto
dos turistas que visitam a região;
- Agendar programação de espectáculos de natureza diversa ou outras
animações culturais, tendo em conta os fluxos turísticos;
- Fomentar a formação educativa dos públicos, numa lógica de construção de
patamares estruturantes de práticas culturais plurais;
- Cooperar com as autarquias e outros agentes no estabelecimento de projectos
de programação de espectáculos de música, teatro, dança ou outras animações
culturais para a região do Algarve;
Relativamente às linhas gerais de um programa e valorização de Milreu, o plano
de gestão e manutenção das ruínas pretende:
- Criar medidas de conservação curativas e preventivas para garantir a
integridade para o futuro, e, como um “objecto museológico visitável”, sendo
edifícios arruinados expostos aos elementos naturais e sujeitos ao contacto
directo e desgastante do público visitante – situação acentuada pela opção de
evitar o distanciamento que frequentemente a encenação museográfica
interpõe entre o utente e o objecto de fruição (objecto de sacrifício);
- Desenvolver um plano de acções de extensão cultural vocacionadas para a
divulgação científica da estação arqueológica e dirigidas aos utentes do sítio,
numa perspectiva que não se pode resumir à criação de um “parque lúdico”
mas que se deve inserir num programa de intervenção cultural, a desenvolver
preferencialmente em parceria com o Museu de Faro;
- Criar condições preferenciais para gestão destes “pequenos monumentos”
afectos à DRCAlg, diferente ao que tem sido praticada, a qual exigiria um
“curador do sítio”, a parceria com museus locais, a contratualização através de
contratos-programa a estabelecer com entidades não governamentais, ou
mesmo a dependência de unidades museológicas de retaguarda, em vez das
DRC.
Com base nas questões prévias, linhas gerais e objectivos da DRCAlg para
Milreu, constituiu-se as linhas orientadoras e as metas a alcançar.
Linhas orientadoras e objectivos para o programa de acção cultural
Foram definidas as seguintes orientações com vista à criação de linhas de
acção:
- Valorização da vertente de educação artística e patrimonial;
- Transmissão de conhecimentos e valores;
- Articulação do passado com a arte e vida contemporânea;
- Ligação com as comunidades locais;
- Integração com o Programa Museológico, valorização e manutenção física do
Centro de Interpretação.
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10. São metas desta programação:
- Conceber iniciativas com o máximo rigor histórico possível, perfeitamente
adaptadas ao espaço;
- Desenvolver iniciativas culturais promovendo o cruzamento artístico
contemporâneo com as memórias do sítio arqueológico;
- Conseguir valor acrescentado ao monumento pelas iniciativas mas não
desvirtualizar as ruínas de Milreu;
- Desenvolver uma programação diversificada para atrair públicos, com vista a
uma educação patrimonial, artística e valores;
- Criar diversificação e qualidade nas propostas culturais;
- Envolver as comunidades locais;
- Promover as relações institucionais e parcerias com os agentes culturais.
Programa de Acção Cultural, objectivos e linhas de acção
Qualquer programação cultural debate-se com as questões fundamentais a
reflectir – porquê, para quê, com que finalidade? - definindo as acções em
função de determinados objectivos a atingir. Estas são determinadas a partir de
uma auscultação de necessidades, posteriormente estabelecendo um conjunto
de metas a atingir para colmatar os problemas detectados. Tendo em vista o
alcance das metas definidas, estabelecem-se as estratégias. É com base nestas,
que o programa de actividades se delineia. E este, estabelece-se em função,
claro está, das estratégias e objectivos, dos recursos existentes (financeiros,
materiais e humanos) e dos destinatários.
Uma das grandes questões da programação cultural, a ideia desta ser uma
sistematização da cultura, numa seriação temporal e geográfica da mesma:
nem tudo pode ser apresentado em todos os lugares, nem todos os lugares
estão capacitados para receber todas as manifestações culturais. Como a
cultura é muito diversa e muito abrangente, cabe ao programador, mediante os
recursos disponíveis e critérios estéticos próprios, definir qual o tipo de
actividade para atingir certas margens de público e qual o melhor modo de o
fazer.
Uma oferta diversificada e dispersa no tempo, flutuante e efémera, é entendida
como um objecto consumível, por isso não é recomendável para este conjunto
patrimonial. Uma estratégia mais interessante pode ser uma programação
anual concentrada, temática e dirigida a determinados tipologias de públicos,
promovendo a imaginação, a fantasia, o conhecimento, valores artísticos e
patrimoniais.
Esta proposta de programação cultural é um convite aberto ao envolvimento
dos cidadãos na participação activa da descoberta da herança cultural,
reforçando a memória colectiva e de afirmação de um Património comum cuja
riqueza reside na sua diversidade.
A programação geral tem como objectivos específicos em algumas das suas
propostas, estreitar relações com vários públicos, com as comunidades locais,
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11. assim como, fortalecer a imagem da villa romana de Milreu e DRCAlg, saindo de
portas e ter um papel mais activo na sociedade civil.
A constituição das linhas de acção propostas tem em consideração os recursos
necessários para as concretizar. Numa fase de contenção financeira e
austeridade económica e de financiamentos, são propostas iniciativas
direccionadas essencialmente para as escolas, para a comunidade local e
algumas actividades para públicos mais gerais. É tido em consideração que a
tutela do monumento não possui meios próprios suficientes para grandes
manifestações artísticas, sendo que esta proposta é contida, procura ser
exequível e acima de tudo sustentável, não só financeiramente, mas também
nos seus impactos de conservação do monumento, recursos humanos, de
degradação ambiental, contendo uma linha minimamente continua de
actividades que pode ser continuada – mesmo para além deste propósito e do
seu período temporal – pelos parceiros que se pretendem envolver nos
projectos.
Nesse sentido, esta é a proposta de acção cultural para as ruínas de Milreu:
PROGRAMAÇÃO GERAL
DATA ACTIVIDADE LOCAL DESCRIÇÃO PARCERIA
24 > 26 SET JORNADAS EUR. PAT. MILREU DIVERSOS MUSEU M. FARO
OUT OFICINAS TEMÁTICAS MILREU EDUCAÇÃO DREALG
OUT VISITAS TEMÁTICAS MILREU EDUCAÇÃO DREALG
NOV VISITAS TEMÁTICAS MILREU EDUCAÇÃO DREALG
03 NOV POESIA AO ANOITECER* PALÁCIO ESTOI POESIA JUNTA FREG.
01 DEZ POESIA AO ANOITECER PALÁCIO ESTOI POESIA JUNTA FREG.
05 JAN POESIA AO ANOITECER PALÁCIO ESTOI POESIA JUNTA FREG.
02 FEV POESIA AO ANOITECER PALÁCIO ESTOI POESIA JUNTA FREG.
02 MAR POESIA AO ANOITECER PALÁCIO ESTOI POESIA JUNTA FREG.
06 ABR POESIA AO ANOITECER PALÁCIO ESTOI POESIA JUNTA FREG.
ABR CICLO CINEMA ALG** JUNTA FREGUESIA CINEMA JUNTA FREG.
MAI VISITAS TEMÁTICAS MILREU EDUCAÇÃO DREALG
04 MAI POESIA AO ANOITECER PALÁCIO ESTOI POESIA JUNTA FREG.
22 > 25 MAI CICLO DOC. TEMATICO*** MILREU CINEMA CINECLUBE FARO
JUN VISITAS TEMÁTICAS MILREU/ESTOI EDUCAÇÃO JUNTA FREG.
JUN ASTRONOMIA ROMANA MILREU ASTRONOMIA CCVIVA FARO
JUN OFICINAS TEMÁTICAS MILREU EDUCAÇÃO DREALG
Notas:
Relativamente a residências artísticas, performances, workshops, debates e
exposições, são iniciativas site-specific não estando incluídas na programação
geral, por dependerem de negociações com os agentes culturais e na
possibilidade de mecenato cultural para desenvolver novos projectos artísticos.
* Poesia ao anoitecer é uma iniciativa que se pretende para as comunidades
locais, por esse mesmo motivo é realizado em parceria com a Junta de
Freguesia e o Palácio de Estoi. Pretende-se que os parceiros artísticos neste
projecto sejam clubes de leitura, amigos de bibliotecas, associações de Poesia e
Literatura da região. Tem como objectivo divulgar a poesia e literatura, criando
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12. momentos intimistas e de lazer no Palácio de Estoi. Procura-se também
aproximar públicos específicos e reforçar a relação com as comunidades e
divulgar uma manifestação artística muitas vezes esquecida.
** Ciclo de Cinema Algarvio ou Cinema no Algarve pretende ser uma actividade
de aproximar as comunidades locais com uma selecção de filmes produzidos ou
filmados no Algarve ao longo das últimas décadas. É uma forma de dar a
conhecer um olhar diferente sobre a região do Algarve. Sendo um projecto
pensado para vários públicos, tem também a possibilidade de atrair
comunidades estrangeiras. A realização deste ciclo seria interessante ter lugar
na Casa de Povo ou Junta de Freguesia de Estoi, fortalecendo laços de
proximidade com as comunidades locais.
*** Ciclo de Documentários ou filmes temáticos sobre romanos ou com relação
ao período histórico que se relaciona com as ruínas de Milreu. Esta é uma das
actividades que faz todo o sentido decorrer na Casa Rural. Pretende-se uma
iniciativa de esclarecimento e transmissão de conhecimento sobre vários
aspectos relacionados com o império romano. Fica também em aberto a
possibilidade de uma colectânea de documentários sobre a vida rural que
apresente características agrícolas com a zona de Estoi ou que tenha
directamente a haver com a região. O forma de transmitir a informação poderia
ser, não só por meio do documentário, como também com uma sessão de
debate no final, com moderadores da universidade, profissionais, ou pessoas
relacionadas com trabalhos agrícolas no último caso, contudo, não é vinculativo
a realização de uma com a outra.
Relativamente às acções educativas – visitas orientadas e oficinas temáticas –
nesta programação não são referidas datas específicas, nem a totalidade de
acções possíveis a desenvolver, dado que as mesmas estão pendentes de uma
inscrição prévia. Também uma indicação final de calendário está dependente de
um trabalho prévio de auscultação e divulgação das potencialidades de
educativas e lúdicas da villa romana de Milreu, junto das escolas e instituições
de solidariedade social e outras entidades da região. Só com esse exercício se
consegue maior fluxo de visitantes das camadas mais jovens.
A programação aqui proposta não se pretende fechar sobre si própria,
permitindo dessa forma novas propostas artísticas e iniciativas educativas e
lúdicas. Procurando cumprir uma estratégia e objectivos específicos com esta
proposta, indo ao encontro da necessidade de rigor e controlo de recursos
disponíveis, de forma exequível e sustentada, propõe acções específicas.
Contudo, a abertura a novas possibilidades é uma das maravilhas do ser
humano e suas manifestações culturais, pelo que, se indicam algumas
sugestões que podem perfeitamente integrar a programação aqui delineada.
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13. Ficam aqui ainda algumas ideias possíveis para integrar a programação:
Serviços Educativos
1. Visitas orientadas temáticas
a) À descoberta das ruínas
b) Lugar e mar (interpretação do território)
c) Produção agrícola (passado vs presente)
d) Visitas encenadas (actores)
e) Visitas encenadas (músicos)
f) Percurso arqueológico e botânico
g) Percurso pela Aldeia Histórica de Estoi e visita ao Palácio Estoi
2. Ateliers educativos/ lúdicos
a) Atelier de produção
I. Doces regionais
II. Pão
III. Queijo
IV. Vinho
b) Oficina de Arqueologia
c) Oficinas temáticas:
I. Divindades;
II. Usos e costumes;
II. O público e o privado (conceitos de Favorecimento / Clientela -
costumes clientelares vs Res publica – sala entrada das termas:
acolhimento clientela) – espaço público vs privado
d) Trabalho de campo (Universidade)
e) Voluntariado
f) Ocupação de tempos livres
3. Envolvimento com a comunidade
a) Milreu visto por… (uma personalidade, um intelectual, um residente)
Iniciativas culturais
1. Reflexões sobre questões contemporâneas
2. Workshops
3. Conferências/ Encontros/ Debates
4. Ciclos artísticos
a) Ciclo de cinema comentado (filmes/ documentários temáticos)
b) Ciclo de cinema ao ar livre (cinema algarvio/ cinema no Algarve)
c) Ciclo de Jazz
d) Ciclo de música intimista (ciclos de música com um ou dois músicos)
e) Ciclo de Música no Templo (música de câmara)
5. Encontros/ Feiras temáticas/ Degustações (Aromas e Sabores)
6. Encontros de Poesia ao anoitecer
7. Jornadas de observação astronómica temática
8. Performances
9. Site-specific
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14. III. Cronograma da concepção/ produção mensal
Calendarização
Fase de Intervenientes Datas Espaços Tarefas a desempenhar / Número / duração das
projecto e/ou culturais organização acções a apresentações / eventos
duração desenvolver
Pré-produção DRCAlg; Museu Agosto Contacto com parceiros e
Faro; Junta Freg. 2010 definição de datas
DRCAlg; Palácio
Agosto Contacto com espaços e
de Estoi; Junta
2010 agendamento de datas
Freg.
DRCAlg; LAC; Contacto com
Agosto
Junta Freguesia; intervenientes sobre as
2010
Rui Virgínia JEP
DRCAlg;
Contacto com
Conservatórios;
Agosto intervenientes sobre as
Centro
2010 JEP (saber
Expressões
disponibilidade)
Artísticas Loulé
DRCAlg; DREAlg Procurar parcerias e
Agosto
patrocínios junto da
2010
DREAlg
DRCAlg Agosto Procurar parcerias e
2010 patrocínios
Recolha de informações
Setembro
dos artistas, preparação
2010
da comunicação JEP
Setembro Contacto com empresas
2010 gráficas e orçamentos
Produção DRCAlg; Museu Setembro Acções educativas; Jornadas Europeias
Milreu
Faro 2010 degustação e espectáculo Património
Pré-Produção DRCAlg; Escolas Preparação reuniões com
Setembro professores e
2010 calendarização
actividades
DRCAlg Agendamento datas com
Outubro agentes culturais e
2010 preparação do programa
artístico (Poesia)
Pós-Produção DRCAlg Outubro Avaliação das JEP e
e Produção 2010 resolução problemas
Produção DRCAlg Início da divulgação.
Outubro
Acompanhamento das
2010
iniciativas a realizar
“Equipas”
Novembro Apoio logístico e
produção, Palácio Estoi Poesia ao anoitecer
2010 resolução problemas
técnica, artística
Pós-Produção DRCAlg Novembro
Avaliação actividade
2010
Produção “Equipas”
Dezembro Apoio logístico e
produção, Palácio Estoi Poesia ao anoitecer
2010 resolução problemas
técnica, artística
Pós-Produção DRCAlg Dezembro
Avaliação actividade
2010
Produção “Equipas” Janeiro Palácio Estoi Apoio logístico e Poesia ao anoitecer
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15. produção, 2011 resolução problemas
técnica, artística
Pós-Produção DRCAlg Janeiro
Avaliação actividade
2011
Produção “Equipas”
Fevereiro Apoio logístico e
produção, Palácio Estoi Poesia ao anoitecer
2011 resolução problemas
técnica, artística
Pós-Produção DRCAlg Fevereiro
Avaliação actividade
2011
Pré-Produção DRCAlg; Março
Preparação Ciclo cinema
Cineclube Faro 2011
Produção “Equipas”
Março Apoio logístico e
produção, Palácio Estoi Poesia ao anoitecer
2011 resolução problemas
técnica, artística
Pós-Produção DRCAlg Março
Avaliação actividade
2011
Pré-Produção DRCAlg; Março Preparação de licenças de
Cineclube Faro 2011 exibição e distribuição
Produção “Equipas”
Abril Apoio logístico e
produção, Palácio Estoi Poesia ao anoitecer
2011 resolução problemas
técnica, artística
Pós-Produção DRCAlg Abril
Avaliação actividade
2011
Produção DRCAlg; Junta
Abril Apoio logístico e Ciclo de Cinema Algarvio/
Cineclube Faro; Freg./Casa
2011 resolução problemas no Algarve
Junta Freguesia Povo Estoi
Pós-Produção DRCAlg Abril
Avaliação actividade
2011
Pré-Produção DRCAlg; Abril Preparação de licenças de
Cineclube Faro 2011 exibição e distribuição
Pré-Produção DRCAlg; CCVF;
Abril Preparação de programa
grupos Astron.;
2011 para Astronomia temática
UAlg
Produção “Equipas”
Maio Apoio logístico e
produção, Palácio Estoi Poesia ao anoitecer
2011 resolução problemas
técnica, artística
Pós-Produção DRCAlg Maio
Avaliação actividade
2011
Produção DRCAlg;
Maio Apoio logístico e Ciclo de Documentários
Cineclube Faro; Milreu
2011 resolução problemas temáticos
Univ. Alg.
Pós-Produção DRCAlg Maio
Avaliação actividade
2011
Produção DRCAlg; Junho
Milreu/ Estoi Acções educativas Visitas temáticas
2011
Produção DRCAlg; CCVF;
Junho Apoio logístico e
grupos Astron.; Milreu Astronomia temática
2011 resolução problemas
UAlg
Pós-Produção DRCAlg Junho
Avaliação actividade
2011
Produção DRCAlg; Junho
Milreu Acções educativas Oficinas temáticas
2011
Pós-Produção DRCAlg Junho Avaliação e balanço final
2011 da Programação
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16. IV. Afectação de recursos materiais e humanos às acções a
desenvolver
Informações importantes para fazer um orçamento rigoroso
Para elaborar um orçamento rigoroso é essencial ter em conta todas as
despesas, bem como todas as receitas, para evitar grandes surpresas aquando
a concepção das iniciativas propostas. Assim sendo, apresento posteriormente
uma proposta de orçamento com referência aos dados necessários para a
elaboração de um orçamento rigoroso.
Recursos humanos
Os recursos humanos afectos à proposta em questão basicamente são os
mesmos profissionais afectos ao monumento. Para a concretização das acções,
em regra geral, não será necessário grandes operações logísticas já que toda a
programação é pensada para requerer o mínimo de recursos humanos
envolvidos.
Recursos materiais
Os materiais necessários ao programa de acções não apresenta grandes
dificuldades em providenciar os mesmos. Contudo, existem sempre alguns
imprevistos que são necessários ultrapassar para uma boa concretização das
actividades.
Recursos financeiros
O orçamento aqui apresentado tenta ser o mais completo possível, contudo,
existem alguns custos que são meramente previsões, havendo ainda outros que
são dificilmente apurados nesta fase de projecto. Trata-se de um orçamento
austero, na procura da sustentabilidade e viabilidade financeira e artística.
ORÇAMENTO
DESPESAS FORMA DE CÁLCULO TOTAL
1. Equipa de direcção
1.1. Responsável pela direcção artística DRCAlg
1.2. Responsável pelo comissariado executivo e produção DRCAlg
1.3. Outro [especificar]
Subtotal 0€
2. Equipa artística
2.1. Cineclube de Faro € x dias 0€
2.2. Museu Municipal de Faro € x dias 0€
2.3. Clubes Leitura e afins € x dias 0€
2.4. Outros Concerto + degustação(JEP) 250 €
2.5. Intérpretes Profissionais € x dias 0€
Subtotal 250 €
3. Equipa técnica
3.1. Técnico de Iluminação (montagem e operação) Equipa do Museu Faro/CM Faro/ Junta 0€
Freguesia Estoi
3.2. Técnico de Som (montagem e operação) Equipa do Museu Faro/CM Faro/ Junta
16
17. Freguesia Estoi 0€
Subtotal 0€
4. Equipamento e espaços de acolhimento
4.1. Espaços de apresentação Palácio Estoi / J.Freg. /Milreu O€
4.2. Equipamentos (projecção vídeo) DRCAlg O€
Subtotal 0€
5. Produção e montagem
5.2. Materiais
Degustação à romana 150 €
5.3. Outros Diversos 50 €
Subtotal 200 €
6. Edição / Registo
6.1. Registo de Vídeo DRCAlg 0€
6.2. Edição Vídeo DRCAlg 0€
Subtotal 0€
7. Logística
7.1. Deslocações e transportes 0 € x dias x pax 0€
7.2. Alojamento 0 € x dias x pax 0€
7.3. Alimentação 0 € x dias x pax
0€
Subtotal 0€
8. Plano de comunicação
8.1. Informação e textos DRCAlg 0€
8.2. Design de comunicação Concepção gráfica (4 eventos) 500 €
8.3. Impressão / Produção de materiais Materiais comunicação 1000 €
8.4. Inserções de publicidade 0€
Subtotal 1500 €
9. Despesas administrativas e de gestão
9.1. Desvios de produção (margem de erro) 5% (sobre o total) 0€
9.2. Distribuição cinematográfica
Licença de distribuição 350 €
9.3. Licença de exibição
IGAC 35 €
9.4. Seguros DRCAlg 0€
9.5. Licenças e Direitos de Autor SPA 250 €
9.6. Classificação de filmes IGAC 150 €
Subtotal 785 €
TOTAL GERAL DAS DESPESAS 2735 €
RECEITAS FORMA DE CÁLCULO TOTAL
10. Receitas próprias
3 € (bilhete para degustação e concerto) x
10.1. Bilheteira
80 pax 240 €
10.2. Outros Apoios logísticos e artísticos
Subtotal 240 €
11. Apoios e financiamentos
11.1. Apoios
11.1.1. Câmara Municipal de Faro Apoios logísticos 0€
11.1.2. Junta de Freguesia Apoios logísticos 0€
11.2. Mecenato e patrocínios 0€
11.2.1. Patrocinadores 0€
11.2.1. Mecenas 0€
11.3. Outros
Subtotal 0€
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18. TOTAL GERAL DAS RECEITAS 240 €
QUADRO RESUMO
DESPESAS TOTAL
1. Equipa de direcção DRCAlg 0€
2. Equipa artística Parceiros culturais 250 €
3. Equipa técnica DRCAlg; Museu Faro; CMF; JFEstoi 0€
4. Espaços e equipamentos Palácio Estoi; Milreu; JF/Casa Povo Estoi 0€
5. Produção e montagem DRCAlg; Museu Faro; CMF; JFEstoi 200 €
6. Edição / Registo 0€
7. Logística 0€
8. Plano de comunicação 1500 €
9. Despesas administrativas e de gestão DRCAlg 785 €
TOTAL GERAL DAS DESPESAS 2735 €
RECEITAS TOTAL
1. Receitas próprias DRCAlg 240 €
2. Apoios e financiamentos CMF; JFEstoi; Mecenas 0€
TOTAL GERAL DAS RECEITAS 240 €
Orçamento estimado para a programação 2500 €
IV. Promoção/divulgação (Materiais/acções de divulgação)
A estratégia de comunicação da iniciativa passa na primeira fase pela criação da
identidade visual da programação e, na segunda fase pela comunicação aos
públicos.
A identidade visual ficaria a cargo de uma empresa de design – ou em
alternativa a concurso lançado aos alunos da UAlg, sendo posteriormente
analisadas as propostas e escolhida a identidade gráfica mais adequada,
entregando posteriormente à gráfica para impressão – que seria adjudicada
consoante o orçamento proposto e disponibilidade.
A comunicação, promoção ou divulgação passaria pela criação de parceiros na
comunicação, pelo envio de informação à imprensa, em newsletters, e,
divulgação nos sites e redes sociais. Considero importante a constituição de
uma parceria na comunicação, elaborando um acordo com um jornal e uma
rádio regional ou local, em contrapartida, seria a inclusão do logótipo e
referência da entidade em todos os elementos de comunicação, e, em troca,
solicita-se uma cobertura de todos as actividades, antes e durante o programa
cultural. Desta forma, não só a cobertura jornalística pode contribuir para a
divulgação das iniciativas no monumento, como para dar notoriedade aos
parceiros no projecto e à própria DRCAlg.
18
19. Bibliografia
Andrade, Marco Aurélio, Bernardes, João Pedro Bernardes – “Projecto de recuperação da Casa
Rural nas Ruínas da villa romana de Milreu” in Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 6,
2004, pp.168-171;
Bastos, Jorge de Novaes - “A recuperação da Casa Rural de Milreu: uma visão do projectista”
in Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 6, 2004, pp. 172-177;
Duarte, Pedro Sanches - “A gestão patrimonial como exercício de história das mentalidades” in
Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 6, pp. 234-246;
Lago, Miguel – “O Público e o Privado – Notas para a inovação na gestão do Património
Arqueológico” in Era Arqueologia – N.º 4, 2001, pp. 8-11;
Parreira, Rui – “Notas para um plano de salvaguarda e valorização das Ruínas de Milreu in Era
Arqueologia – N.º 4, 2001, pp150-156;
Parreira, Rui – “Ruínas de Milreu” in Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 1, 2001, p.
86;
Pereira, Paulo – “A Gestão de Sítios Arqueológico – Problemas e hipóteses” in Era Arqueologia –
N.º 4, 2001, pp. 12-21;
Ramalho, Maria Magalhães - “Casa Rural de Milreu: percurso histórico de um edifício” in
Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 6, 2004, pp. 162-167;
Reis, Ditza, Alves, Pedro Serra, – “Centro de Acolhimento e Interpretação de Milreu” in Estudos/
Património – Lisboa. Semestral, N.º 1, 2001, pp. 87-89;
Rodrigues, Sandra – As vias romanas do Algarve – Centro de Estudos do Património da
Universidade do Algarve/ Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve,
Faro, 2004;
Teichner, Félix – “Breve descrição dos vestígios arqueológicos identificados sob a Casa ural de
R
Milreu in Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 6, 2004, pp. 157-161;
VVAA - Programa de intervenção das Aldeias do Algarve – Sotavento, Centro, Barlavento,
edição Comissão de Coordenação da Região do Algarve, 2003.
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