SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
UNIVERSIDADE: Universidade do Algarve
CURSO: Pós-Graduação em Gestão Cultural
UNIDADE CURRICULAR: Gestão de Sítios e Interpretação do Território
Docentes:
          Santiago Macias, santiagomacias@sapo.pt
          João Bernardes, jbernar@ualg.pt
          Rui Parreira, r.is.parreira@gmail.com
          Cláudio Torres, torresclaudio@sapo.pt

Discente:
            Pedro Nascimento – N. 22113

Trabalho pratico individual:
Programação de uma intervenção de valorização de um sítio / de um
monumento histórico visitável.




Este trabalho surge no âmbito da disciplina de Gestão de Sítios e Interpretação
do Território, na qual nos foi proposto a realização de uma programação de
uma intervenção de valorização de um sítio arqueológico ou de um monumento
histórico visitável, onde se deveria imprimir uma nova dinâmica.

A opção de sítio e monumento foi a villa romana de Milreu. Foi definido os
objectivos e estruturado o trabalho. Neste sentido, as partes constituintes deste
projecto são: a contextualização e caracterização do Centro de Interpretação e
o histórico do programa de acção cultural, cujo conteúdo abarca a
caracterização do território e seu histórico, as potencialidades e ameaças, o
programa museológico; a concepção e elaboração de uma programação,
referindo os pontos de partida e as linhas orientadoras, objectivos e respectivo
plano de acção; o cronograma da concepção/ produção do programa de acção
cultural; os recursos materiais, humanos e financeiros afectos às acções a
desenvolver; culminando com a promoção e as acções de divulgação.
I. Contextualização / Caracterização do Centro Interpretação e
histórico do programa de acção cultural

1. Contextualização histórica e do território
Milreu é o testemunho de uma importante villa rústica romana, habitada desde
o séc. I da Era Cristã, com vestígios de ocupação contínua até ao séc. XI.
Localizada junto da actual aldeia de Estoi e a cerca de 8 km da cidade de
Ossónoba (Faro), Milreu beneficiava das nascentes serranas então ali
existentes, cuja água era conduzida por gravidade, satisfazendo as
necessidades do quotidiano rural e também da forte vivência lúdica.

No século IV, foi erguido um edifício religioso ricamente decorado e ainda hoje
conservado até ao arranque das abóbadas, destinado ao culto privado da
família. Neste período foi criado um cemitério, com sepulturas rodeando o
pódio e com um pequeno mausoléu. Cristianizado no século VI, o templo
serviria também o culto no período islâmico e até ao século XI. Entre os século
XVI e XIX, e sobre as divisões privadas da antiga casa romana, foi erguida uma
casa rural com contrafortes cilíndricos.

O conhecimento da sua história revela-nos que terá sido habitada por famílias
de elevado estatuto social e político, às quais eram proporcionadas as
necessidades não só de um quotidiano rural, como também de grande vivência
lúdica.

A riqueza desta villa rústica está patente no importante volume de achados
arqueológicos, como mosaicos de temática predominantemente marinha,
revestimentos marmóreos e cerâmicos diversos, estuques pintados e escultura
decorativa.

Estoi é uma freguesia do concelho de Faro, com 46,58 km² de área e 3 538
habitantes (2001). A paisagem da freguesia integra-se no Barrocal do centro
algarvio e abrange a transição Litoral/Barrocal, cujas manchas urbanas
alternam com manchas agrícolas, muitas delas abandonadas (sobretudo as de
sequeiro). À medida que se avança para norte, a paisagem toma uma feição
progressivamente mais rural, apesar de todos os aglomerados apresentarem
formas e expressões dissonantes relativamente às que tradicionalmente
marcavam esta paisagem. Mantêm-se algumas áreas agrícolas com um uso
diferenciado, por vezes com alternância de sequeiro e regadio, de que resulta
uma interessante paisagem cromática. A aldeia histórica, assim como a sua
envolvente paisagística, caracteriza-se pela presença do pomar tradicional de
sequeiro, mas também pelo edificado tradicional algarvio, que encontra em
Estoi um dos seus melhores exemplares.

A aldeia apresenta um conjunto de valor arquitectónico, sendo o edifício mais
marcante o Palácio de Estoi e os seus jardins, que muito recentemente foi
adaptado a Pousada, tendo o respectivo projecto de alteração sido da autoria
do Arq.º Gonçalo Byrne. De referir ainda a villa romana de Milreu, a Igreja
Matriz, o Antigo Paço Procissional e a Ermida de Nossa Senhora do Pé da Cruz.


                                                                             2
A população mantém ainda hoje uma forte relação com o passado,
reconhecendo o valor simbólico do espaço público e dos edifícios mais
marcantes na área do plano, verificando-se que se mantém ainda nos dias de
hoje todo um conjunto de tradições ligadas à prática agrícola e à sua
sazonalidade, das quais se destaca a Festa da Pinha (1 e 2 Maio), uma
extraordinária celebração da Primavera.


2. Potencialidades e ameaças
Pretende-se com este ponto, conhecer a capacidades e dificuldades do Centro
de Interpretação de Milreu, avaliar o seu funcionamento, a sua monitorização e
a sua adequação ao visitante.

Potencialidades
Neste Algarve já tão descaracterizado, a aldeia de Estoi preserva, ainda, um
património cultural e etnográfico notável, de que são exemplo algumas festas e
feiras tradicionais, e um património histórico e arquitectónico único,
representado pela villa romana de Milreu, Palácio de Estoi e por marcas da
arquitectura tradicional no traçado das casas que se perfilam ao longo das ruas
da aldeia.
A vocação turística e cultural de Estoi, apoiada por um conjunto de
equipamentos de apoio ao turismo e à cultura, como as Ruínas de Milreu e o
Palácio de Estoi, recuperado e transformado em Pousada, conduz à
necessidade de criar mecanismos que promovam a imagem do aglomerado e
dos produtos e actividades tradicionais, mas que permitam em simultâneo a
preservação e revitalização do património e paisagem.
As potencialidades são diversas, ficando aqui algumas sugestões:
- Criar rotas temáticas como forma de desenvolver o circuito turístico cultural e
paisagístico;
- Fomentar o turismo de natureza e tornar a freguesia num destino de bem-
estar e lazer;
- Dinamizar uma rede de equipamentos culturais que valorize identidades,
patrimónios e formas de expressão artística;
- Promoção de actividades relacionadas com o turismo, na sua vertente
cultural, baseado na recuperação e revitalização do património cultural
existente.

O Plano de Intervenção de Estoi – no âmbito do Programa de Revitalização das
Aldeias do Algarve – define como estratégia afirmar Estoi como uma referência
cultural no sul peninsular e com centro habitacional de qualidade. Este plano
apresenta um conjunto de estratégias de intervenção, nomeadamente:
- Proteger, valorizar e dinamizar o património existente
- Desenvolver acções de sensibilização e informação direccionadas para os
residentes;
- Preservar o património;
- Promover festividades que facilitem o conhecimento da história local, do
património, dos usos e tradições;
- Reforçar a identidade cultural local


                                                                               3
- Apoiar as associações locais, facilitando a profissionalização das actividades
das actividades e serviços que as organizam.

Com vista a tais estratégias, foram definidas pelo plano de intervenção algumas
medidas, destacando a Medida 4 – Animação cultural, Etnográfica e Desportiva
e a Medida 5 – Património e Qualificação urbana.

Relativamente ao Centro de Interpretação são aspectos positivos:
- O próprio Centro de Acolhimento e Interpretação;
- A riqueza dos vestígios arqueológicos;
- A existência de facilidades para pessoas com mobilidade reduzida;
- A integridade dos vestígios arqueológicos e estado de conservação;
- A Localização numa região de grande fluxo turístico e respectivo aumento de
Turismo Cultural;
- Importante conjunto patrimonial;
- Parque de Estacionamento próprio;
- Casa Rural com capacidade para várias actividades culturais;
- A exposição permanente;
- A promoção, a recuperação e a valorização do Património histórico e
arqueológico;
- Possibilidade de crescimento na complementaridade dos circuitos urbanos e
culturais e temáticos;
- Potencialidade de realização de Acções Pedagógicas e Educativas com
entidades locais.

Ameaças
Esta análise SWOT sobre a villa romana de Milreu e potencialidades e pontos a
melhorar são extremamente importantes para melhor compreender o espaço
museológico, a sua relação com o território e as necessidades e interesses dos
públicos. Assim, passo a enumerar alguns aspectos a considerar:
- Sinalização e informação a melhorar;
- Fragilidade dos monumentos arqueológicos;
- Localizados em zonas rurais distantes da costa
- Instabilidade política e económica;
- Insuficientes esforços de promoção e divulgação o monumento;
- Ausência de estudos regulares de satisfação do visitante
- Falta de formação dos assistentes na área da Interpretação e difusão do
Património;
- Sinalética exterior insuficiente (acessos exteriores ao sítio durante a viagem
até Milreu);
- Acessibilidades e transportes precários;
- Falta de estratégias promocionais conjuntas com outros monumentos e
Património regional;
- Falta de um programa de acção cultural e de educação artística e patrimonial.




                                                                              4
3. Programa Museológico e programa de acção cultural

O programa museológico da villa romana de Milreu (até 2010)
São objectivos gerais para a criação de Centros de Acolhimento e Interpretação
do Património, o acolhimento e a disponibilização de informação e
conhecimento sobre o local que estão a visitar.

Por outro lado, o Centro de Interpretação tem a “capacidade” de interagir com
o visitante, ou seja, fornece uma interpretação e perspectivas, permitindo a
liberdade de pensamento memórias, mas disciplina os fluxos de visita,
associando-lhes uma componente informativa e mesmo uma componente
científica. Neste âmbito, o Centro de Interpretação é uma forma de
salvaguardar e divulgar o local, na medida em que se prepara o local para
receber os visitantes de uma forma equilibrada, controlada e respeitando o seu
espaço.

O Centro de Acolhimento e Interpretação de Milreu apresenta-se como sendo
um espaço que possibilita a entrada no recinto da estação arqueológica e onde
se dá apoio ao visitante. Neste local estão disponíveis publicações e objectos
de divulgação, fornecendo informação sobre a história do local. Revela-se um
espaço com capacidade de estabelecer condições para a salvaguarda e
dinamização cultural (e turística) dos sítios arqueológicos, através da
investigação, preservação, valorização e divulgação, criando infra-estruturas de
acolhimento do público e de interpretação dos sítios seleccionados.

Relativamente aos dados apresentados nos gráficos abaixo, estes são
meramente informativos dado que não existe uma política de estatísticas desde
a inauguração do Centro de Interpretação, nem os valores são exaustivos.

Desta forma, a informação serve essencialmente para melhor conhecer as
tipologias de visitante, e, melhor planificar estratégias e acções a desenvolver
no futuro neste monumento. É possível entender que a maior fatia de visitantes
é o público geral, seguido dos reformados. Isto indica-nos que, em relação aos
públicos jovens e às crianças ainda à muito a trabalhar. Neste sentido um
serviço educativo (que exige uma continuidade) ou um projecto educativo
(numa lógica mais pontual mas com alguma regularidade), podem contribuir
para divulgar a villa romana de Milreu e transmitir conhecimento e envolver as
comunidades locais. Muito embora, a envolvência da comunidade local é outra
lacuna do Centro de Interpretação.

Sobre as visitas de estudo, existe ainda uma possibilidade de trabalhar este
público visto que o mesmo apresenta uma percentagem interessante no
número de visitantes assim como na representatividade. Contudo, este é um
trabalho a efectuar com muita planificação e antecedência, já que as acções
devem ser preparadas considerando os currículos escolares e em parceria com
os professores, logo no início de Setembro, para constituir um projecto
educativo para todo o ano.



                                                                              5
6
Histórico da programação em Milreu
Apresenta-se seguidamente um pequeno historial de actividades desenvolvidas
nas ruínas de Milreu.

Dia Internacional dos Monumentos e Sítios
I. “Território – Um Património Plural" com a realização de Actividades
Educativas nas Ruínas de Milreu e uma conferência proferida pelo Sr. Arquitecto
João Cerejeiro, responsável pelo projecto de recuperação e valorização dos
Jardins históricos do Palácio de Estoi (18 de Abril de 2007);
II. Visitas temáticas pelo Dr. João Pedro Bernardes da Universidade do Algarve
(15h00 de 18 de Abril de 2010):
– “Património Rural Paisagens Culturais”
- “Produção Agrícola na Villa Romana de Milreu”
III. Degustação de produtos Regionais, com participação da: Confraria de
Gastrónomos do Algarve (doces regionais e outros produtos); Quinta Barranco
Longo (produtor de vinho); Viveiros Monte Rosa (produtor de azeite)
(16h00 de 18 de Abril de 2010).

Jornadas Europeias de Património
I. Temática "Património em Diálogo" incluíram a realização de várias actividades
nas Ruínas:
- Visitas guiadas;
- Prova de vinhos produzidos na região, pela Confraria de Enólogos do Algarve;
- Concerto nas Ruínas pela Orquestra do Algarve.
(21 de Setembro de 2007)
II. Temática “Vi(r)Ver o Património”, com exposição de Júlio Pomar “Figuras de
convite”, organizada pela DRCAlg, em colaboração com a Galeria Ratton e
apresenta um conjunto de seis painéis, com um auto-retrato do artista.
(25 de Setembro até ao dia 5 de Março de 2010)

Conferências
I. Casa do Povo de Estoi, sobre os Mosaicos de Milreu, proferida pela Dr.ª
Cristina Oliveira.
(21 de Setembro de 2007)

Exposições na Casa Rural das Ruínas
I."O meu Mundo" reuniu os melhores trabalhos realizados pelos alunos da
Escola Poeta Emiliano da Costa em Estoi e foi vista por mais de 1400 visitantes
nos meses de Junho e Julho;
II. “Pássaro em Terra”, exposição de René Bertholo.
(24 de Abril a 29 de Setembro Inauguração: 24 de Abril às 18.00hs)

Projecto de Educação artística e patrimonial
I. "Lugares Mágicos do Algarve"
- Uma iniciativa de Atelier Educativo com o apoio da Direcção Regional de
Cultura do Algarve, no âmbito do Ano Europeu do Combate à Pobreza e
Exclusão Social, sendo a 1.ª fase (Abril/Junho) terá a sua conclusão no dia 5 de
Junho, às 16h00, na Villa Romana de Milreu. Os formandos do atelier de


                                                                              7
cerâmica e estampagem têxtil, sob a orientação do ceramista Miguel Cheta,
darão a conhecer as suas criações artísticas: Breve introdução à técnica da
Majolica, Cerâmica e Estampagem têxtil (10 Abril a 12 Junho);
- As visitas serão guiadas por um técnico superior da Direcção Regional.


II. Concepção e elaboração de uma programação de acção cultural
anual para Milreu
Questões prévias
Para a concretização deste trabalho – desenvolver uma estratégia de acção
cultural para um centro de interpretação que possui um historial e vida própia
muito particulares, com uma política museológica definida - surgiram algumas
questões prévias que foi necessário reflectir:
- Os aspectos de «valorização» já definidos na vertente conservação física do
sítio, plano de manutenção e intervenções de restauro/reabilitação, deixou
margem para questões de programação da promoção/divulgação/serviço
educativo;
- Desenvolver actividades para um programa de intervenção de reabilitação no
templo de Milreu, na perspectiva de criar um espaço de usos múltiplos onde
possam acontecer espectáculos e intervenções site-specific;
- Equacionar as variantes possíveis de um modelo de gestão para as ruínas de
Milreu;
- Fazer a ligação à comunidade local a partir do programa definido para as
Áreas de baixa Densidade/Aldeias do Algarve.

Foi também importante reflectir sobre questões chave para elaborar esta
proposta como: a Gestão Cultural; a valorização, salvaguarda, divulgação do
património; bem patrimonial vs conceito de monumento; memória vs consumo
vs crítica/ conhecimento; sobre símbolo e signo; significado e significante;
representação e prolongamento do pensamento humano; consciência do
passado das identidades humanas; humanização dos monumentos e sítios;
programação de proximidade.

De forma a enquadrar e melhor relacionar as questões da gestão de um
monumento pela entidade responsável, com os planos de intervenção já
propostos, relacionar a divulgação e educação patrimonial com a comunidade
local e os visitantes ao monumento, e nesse sentido o enquadramento entre as
várias necessidades só é possível delineando e conhecendo as atribuições
específicas de cada uma das partes envolvidas.

São objectivos específicos da DRCAlg relativamente aos monumentos afectos:
- Incentivar a investigação, recolha, registo e divulgação de bens ou práticas
culturais tradicionais, numa lógica de afirmação de identidades regionais
(artesanato, usos e costumes, gastronomia, música, danças, literatura, etc.);
- Incentivar a criação e divulgação de referências artísticas contemporâneas do
Algarve, independentemente das formas de expressão que assumam (literatura,
teatro, música, dança, cinema, fotografia, artes, multimédia, etc.);



                                                                             8
- Fomentar acções de divulgação, quer do património cultural, quer de
repertórios artístico-culturais tradicionais ou contemporâneos do Algarve junto
dos turistas que visitam a região;
- Agendar programação de espectáculos de natureza diversa ou outras
animações culturais, tendo em conta os fluxos turísticos;
- Fomentar a formação educativa dos públicos, numa lógica de construção de
patamares estruturantes de práticas culturais plurais;
- Cooperar com as autarquias e outros agentes no estabelecimento de projectos
de programação de espectáculos de música, teatro, dança ou outras animações
culturais para a região do Algarve;

Relativamente às linhas gerais de um programa e valorização de Milreu, o plano
de gestão e manutenção das ruínas pretende:
- Criar medidas de conservação curativas e preventivas para garantir a
integridade para o futuro, e, como um “objecto museológico visitável”, sendo
edifícios arruinados expostos aos elementos naturais e sujeitos ao contacto
directo e desgastante do público visitante – situação acentuada pela opção de
evitar o distanciamento que frequentemente a encenação museográfica
interpõe entre o utente e o objecto de fruição (objecto de sacrifício);
- Desenvolver um plano de acções de extensão cultural vocacionadas para a
divulgação científica da estação arqueológica e dirigidas aos utentes do sítio,
numa perspectiva que não se pode resumir à criação de um “parque lúdico”
mas que se deve inserir num programa de intervenção cultural, a desenvolver
preferencialmente em parceria com o Museu de Faro;
- Criar condições preferenciais para gestão destes “pequenos monumentos”
afectos à DRCAlg, diferente ao que tem sido praticada, a qual exigiria um
“curador do sítio”, a parceria com museus locais, a contratualização através de
contratos-programa a estabelecer com entidades não governamentais, ou
mesmo a dependência de unidades museológicas de retaguarda, em vez das
DRC.

Com base nas questões prévias, linhas gerais e objectivos da DRCAlg para
Milreu, constituiu-se as linhas orientadoras e as metas a alcançar.

Linhas orientadoras e objectivos para o programa de acção cultural
Foram definidas as seguintes orientações com vista à criação de linhas de
acção:
- Valorização da vertente de educação artística e patrimonial;
- Transmissão de conhecimentos e valores;
- Articulação do passado com a arte e vida contemporânea;
- Ligação com as comunidades locais;
- Integração com o Programa Museológico, valorização e manutenção física do
  Centro de Interpretação.




                                                                             9
São metas desta programação:
- Conceber iniciativas com o máximo rigor histórico possível, perfeitamente
adaptadas ao espaço;
- Desenvolver iniciativas culturais promovendo o cruzamento artístico
contemporâneo com as memórias do sítio arqueológico;
- Conseguir valor acrescentado ao monumento pelas iniciativas mas não
desvirtualizar as ruínas de Milreu;
- Desenvolver uma programação diversificada para atrair públicos, com vista a
uma educação patrimonial, artística e valores;
- Criar diversificação e qualidade nas propostas culturais;
- Envolver as comunidades locais;
- Promover as relações institucionais e parcerias com os agentes culturais.

Programa de Acção Cultural, objectivos e linhas de acção
Qualquer programação cultural debate-se com as questões fundamentais a
reflectir – porquê, para quê, com que finalidade? - definindo as acções em
função de determinados objectivos a atingir. Estas são determinadas a partir de
uma auscultação de necessidades, posteriormente estabelecendo um conjunto
de metas a atingir para colmatar os problemas detectados. Tendo em vista o
alcance das metas definidas, estabelecem-se as estratégias. É com base nestas,
que o programa de actividades se delineia. E este, estabelece-se em função,
claro está, das estratégias e objectivos, dos recursos existentes (financeiros,
materiais e humanos) e dos destinatários.

Uma das grandes questões da programação cultural, a ideia desta ser uma
sistematização da cultura, numa seriação temporal e geográfica da mesma:
nem tudo pode ser apresentado em todos os lugares, nem todos os lugares
estão capacitados para receber todas as manifestações culturais. Como a
cultura é muito diversa e muito abrangente, cabe ao programador, mediante os
recursos disponíveis e critérios estéticos próprios, definir qual o tipo de
actividade para atingir certas margens de público e qual o melhor modo de o
fazer.

Uma oferta diversificada e dispersa no tempo, flutuante e efémera, é entendida
como um objecto consumível, por isso não é recomendável para este conjunto
patrimonial. Uma estratégia mais interessante pode ser uma programação
anual concentrada, temática e dirigida a determinados tipologias de públicos,
promovendo a imaginação, a fantasia, o conhecimento, valores artísticos e
patrimoniais.

Esta proposta de programação cultural é um convite aberto ao envolvimento
dos cidadãos na participação activa da descoberta da herança cultural,
reforçando a memória colectiva e de afirmação de um Património comum cuja
riqueza reside na sua diversidade.

A programação geral tem como objectivos específicos em algumas das suas
propostas, estreitar relações com vários públicos, com as comunidades locais,



                                                                            10
assim como, fortalecer a imagem da villa romana de Milreu e DRCAlg, saindo de
portas e ter um papel mais activo na sociedade civil.

A constituição das linhas de acção propostas tem em consideração os recursos
necessários para as concretizar. Numa fase de contenção financeira e
austeridade económica e de financiamentos, são propostas iniciativas
direccionadas essencialmente para as escolas, para a comunidade local e
algumas actividades para públicos mais gerais. É tido em consideração que a
tutela do monumento não possui meios próprios suficientes para grandes
manifestações artísticas, sendo que esta proposta é contida, procura ser
exequível e acima de tudo sustentável, não só financeiramente, mas também
nos seus impactos de conservação do monumento, recursos humanos, de
degradação ambiental, contendo uma linha minimamente continua de
actividades que pode ser continuada – mesmo para além deste propósito e do
seu período temporal – pelos parceiros que se pretendem envolver nos
projectos.

Nesse sentido, esta é a proposta de acção cultural para as ruínas de Milreu:

PROGRAMAÇÃO GERAL

      DATA               ACTIVIDADE            LOCAL         DESCRIÇÃO      PARCERIA
   24 > 26 SET      JORNADAS EUR. PAT.         MILREU         DIVERSOS   MUSEU M. FARO
       OUT          OFICINAS TEMÁTICAS         MILREU        EDUCAÇÃO        DREALG
       OUT           VISITAS TEMÁTICAS         MILREU        EDUCAÇÃO        DREALG
       NOV           VISITAS TEMÁTICAS         MILREU        EDUCAÇÃO        DREALG
     03 NOV       POESIA AO ANOITECER*      PALÁCIO ESTOI      POESIA      JUNTA FREG.
     01 DEZ        POESIA AO ANOITECER      PALÁCIO ESTOI      POESIA      JUNTA FREG.
     05 JAN        POESIA AO ANOITECER      PALÁCIO ESTOI      POESIA      JUNTA FREG.
     02 FEV        POESIA AO ANOITECER      PALÁCIO ESTOI      POESIA      JUNTA FREG.
     02 MAR        POESIA AO ANOITECER      PALÁCIO ESTOI      POESIA      JUNTA FREG.
     06 ABR        POESIA AO ANOITECER      PALÁCIO ESTOI      POESIA      JUNTA FREG.
       ABR         CICLO CINEMA ALG**     JUNTA FREGUESIA      CINEMA      JUNTA FREG.
       MAI           VISITAS TEMÁTICAS         MILREU        EDUCAÇÃO        DREALG
     04 MAI        POESIA AO ANOITECER      PALÁCIO ESTOI      POESIA      JUNTA FREG.
   22 > 25 MAI   CICLO DOC. TEMATICO***        MILREU          CINEMA    CINECLUBE FARO
       JUN           VISITAS TEMÁTICAS      MILREU/ESTOI     EDUCAÇÃO      JUNTA FREG.
       JUN        ASTRONOMIA ROMANA            MILREU       ASTRONOMIA     CCVIVA FARO
       JUN          OFICINAS TEMÁTICAS         MILREU        EDUCAÇÃO        DREALG




Notas:
Relativamente a residências artísticas, performances, workshops, debates e
exposições, são iniciativas site-specific não estando incluídas na programação
geral, por dependerem de negociações com os agentes culturais e na
possibilidade de mecenato cultural para desenvolver novos projectos artísticos.

* Poesia ao anoitecer é uma iniciativa que se pretende para as comunidades
locais, por esse mesmo motivo é realizado em parceria com a Junta de
Freguesia e o Palácio de Estoi. Pretende-se que os parceiros artísticos neste
projecto sejam clubes de leitura, amigos de bibliotecas, associações de Poesia e
Literatura da região. Tem como objectivo divulgar a poesia e literatura, criando


                                                                                          11
momentos intimistas e de lazer no Palácio de Estoi. Procura-se também
aproximar públicos específicos e reforçar a relação com as comunidades e
divulgar uma manifestação artística muitas vezes esquecida.

** Ciclo de Cinema Algarvio ou Cinema no Algarve pretende ser uma actividade
de aproximar as comunidades locais com uma selecção de filmes produzidos ou
filmados no Algarve ao longo das últimas décadas. É uma forma de dar a
conhecer um olhar diferente sobre a região do Algarve. Sendo um projecto
pensado para vários públicos, tem também a possibilidade de atrair
comunidades estrangeiras. A realização deste ciclo seria interessante ter lugar
na Casa de Povo ou Junta de Freguesia de Estoi, fortalecendo laços de
proximidade com as comunidades locais.

*** Ciclo de Documentários ou filmes temáticos sobre romanos ou com relação
ao período histórico que se relaciona com as ruínas de Milreu. Esta é uma das
actividades que faz todo o sentido decorrer na Casa Rural. Pretende-se uma
iniciativa de esclarecimento e transmissão de conhecimento sobre vários
aspectos relacionados com o império romano. Fica também em aberto a
possibilidade de uma colectânea de documentários sobre a vida rural que
apresente características agrícolas com a zona de Estoi ou que tenha
directamente a haver com a região. O forma de transmitir a informação poderia
ser, não só por meio do documentário, como também com uma sessão de
debate no final, com moderadores da universidade, profissionais, ou pessoas
relacionadas com trabalhos agrícolas no último caso, contudo, não é vinculativo
a realização de uma com a outra.

Relativamente às acções educativas – visitas orientadas e oficinas temáticas –
nesta programação não são referidas datas específicas, nem a totalidade de
acções possíveis a desenvolver, dado que as mesmas estão pendentes de uma
inscrição prévia. Também uma indicação final de calendário está dependente de
um trabalho prévio de auscultação e divulgação das potencialidades de
educativas e lúdicas da villa romana de Milreu, junto das escolas e instituições
de solidariedade social e outras entidades da região. Só com esse exercício se
consegue maior fluxo de visitantes das camadas mais jovens.

A programação aqui proposta não se pretende fechar sobre si própria,
permitindo dessa forma novas propostas artísticas e iniciativas educativas e
lúdicas. Procurando cumprir uma estratégia e objectivos específicos com esta
proposta, indo ao encontro da necessidade de rigor e controlo de recursos
disponíveis, de forma exequível e sustentada, propõe acções específicas.
Contudo, a abertura a novas possibilidades é uma das maravilhas do ser
humano e suas manifestações culturais, pelo que, se indicam algumas
sugestões que podem perfeitamente integrar a programação aqui delineada.




                                                                             12
Ficam aqui ainda algumas ideias possíveis para integrar a programação:

Serviços Educativos
1. Visitas orientadas temáticas
        a) À descoberta das ruínas
        b) Lugar e mar (interpretação do território)
        c) Produção agrícola (passado vs presente)
        d) Visitas encenadas (actores)
        e) Visitas encenadas (músicos)
        f) Percurso arqueológico e botânico
        g) Percurso pela Aldeia Histórica de Estoi e visita ao Palácio Estoi
2. Ateliers educativos/ lúdicos
        a) Atelier de produção
                I. Doces regionais
                II. Pão
                III. Queijo
                IV. Vinho
        b) Oficina de Arqueologia
        c) Oficinas temáticas:
                I. Divindades;
                II. Usos e costumes;
                II. O público e o privado (conceitos de Favorecimento / Clientela -
                costumes clientelares vs Res publica – sala entrada das termas:
                acolhimento clientela) – espaço público vs privado
        d) Trabalho de campo (Universidade)
        e) Voluntariado
        f) Ocupação de tempos livres
3. Envolvimento com a comunidade
        a) Milreu visto por… (uma personalidade, um intelectual, um residente)

Iniciativas culturais
1. Reflexões sobre questões contemporâneas
2. Workshops
3. Conferências/ Encontros/ Debates
4. Ciclos artísticos
        a) Ciclo de cinema comentado (filmes/ documentários temáticos)
        b) Ciclo de cinema ao ar livre (cinema algarvio/ cinema no Algarve)
        c) Ciclo de Jazz
        d) Ciclo de música intimista (ciclos de música com um ou dois músicos)
        e) Ciclo de Música no Templo (música de câmara)
5. Encontros/ Feiras temáticas/ Degustações (Aromas e Sabores)
6. Encontros de Poesia ao anoitecer
7. Jornadas de observação astronómica temática
8. Performances
9. Site-specific




                                                                                13
III. Cronograma da concepção/ produção mensal

        Calendarização
  Fase de      Intervenientes        Datas      Espaços        Tarefas a desempenhar /       Número / duração das
  projecto                            e/ou      culturais        organização acções a       apresentações / eventos
                                    duração                          desenvolver
Pré-produção    DRCAlg; Museu        Agosto                    Contacto com parceiros e
               Faro; Junta Freg.      2010                        definição de datas
               DRCAlg; Palácio
                                     Agosto                    Contacto com espaços e
                de Estoi; Junta
                                      2010                     agendamento de datas
                      Freg.
                 DRCAlg; LAC;                                        Contacto com
                                     Agosto
               Junta Freguesia;                                 intervenientes sobre as
                                      2010
                  Rui Virgínia                                            JEP
                    DRCAlg;
                                                                     Contacto com
               Conservatórios;
                                     Agosto                     intervenientes sobre as
                     Centro
                                      2010                             JEP (saber
                  Expressões
                                                                    disponibilidade)
                Artísticas Loulé
               DRCAlg; DREAlg                                     Procurar parcerias e
                                     Agosto
                                                                  patrocínios junto da
                                      2010
                                                                          DREAlg
                   DRCAlg            Agosto                       Procurar parcerias e
                                      2010                              patrocínios
                                                                Recolha de informações
                                    Setembro
                                                                dos artistas, preparação
                                      2010
                                                                   da comunicação JEP
                                    Setembro                    Contacto com empresas
                                      2010                       gráficas e orçamentos
 Produção      DRCAlg; Museu        Setembro                        Acções educativas;        Jornadas Europeias
                                                  Milreu
                   Faro               2010                     degustação e espectáculo           Património
Pré-Produção   DRCAlg; Escolas                                 Preparação reuniões com
                                    Setembro                           professores e
                                      2010                            calendarização
                                                                        actividades
                   DRCAlg                                      Agendamento datas com
                                    Outubro                         agentes culturais e
                                     2010                      preparação do programa
                                                                     artístico (Poesia)
Pós-Produção       DRCAlg           Outubro                        Avaliação das JEP e
 e Produção                          2010                         resolução problemas
  Produção         DRCAlg                                         Início da divulgação.
                                    Outubro
                                                                 Acompanhamento das
                                     2010
                                                                   iniciativas a realizar
                  “Equipas”
                                    Novembro                       Apoio logístico e
                  produção,                    Palácio Estoi                                  Poesia ao anoitecer
                                      2010                       resolução problemas
               técnica, artística
Pós-Produção       DRCAlg           Novembro
                                                                 Avaliação actividade
                                      2010
 Produção         “Equipas”
                                    Dezembro                       Apoio logístico e
                  produção,                    Palácio Estoi                                  Poesia ao anoitecer
                                      2010                       resolução problemas
               técnica, artística
Pós-Produção       DRCAlg           Dezembro
                                                                 Avaliação actividade
                                      2010
 Produção         “Equipas”          Janeiro   Palácio Estoi       Apoio logístico e          Poesia ao anoitecer


                                                                                                        14
produção,           2011                        resolução problemas
               técnica, artística
Pós-Produção       DRCAlg            Janeiro
                                                                  Avaliação actividade
                                      2011
 Produção         “Equipas”
                                    Fevereiro                       Apoio logístico e
                  produção,                     Palácio Estoi                                 Poesia ao anoitecer
                                      2011                        resolução problemas
               técnica, artística
Pós-Produção       DRCAlg           Fevereiro
                                                                  Avaliação actividade
                                      2011
Pré-Produção       DRCAlg;           Março
                                                                Preparação Ciclo cinema
                Cineclube Faro        2011
 Produção         “Equipas”
                                     Março                          Apoio logístico e
                  produção,                     Palácio Estoi                                 Poesia ao anoitecer
                                     2011                         resolução problemas
               técnica, artística
Pós-Produção       DRCAlg            Março
                                                                  Avaliação actividade
                                     2011
Pré-Produção       DRCAlg;           Março                      Preparação de licenças de
                Cineclube Faro       2011                         exibição e distribuição
 Produção         “Equipas”
                                      Abril                         Apoio logístico e
                  produção,                     Palácio Estoi                                 Poesia ao anoitecer
                                      2011                        resolução problemas
               técnica, artística
Pós-Produção       DRCAlg             Abril
                                                                  Avaliação actividade
                                      2011
 Produção          DRCAlg;                         Junta
                                      Abril                         Apoio logístico e       Ciclo de Cinema Algarvio/
               Cineclube Faro;                   Freg./Casa
                                      2011                        resolução problemas               no Algarve
               Junta Freguesia                   Povo Estoi
Pós-Produção       DRCAlg             Abril
                                                                  Avaliação actividade
                                      2011
Pré-Produção        DRCAlg;           Abril                     Preparação de licenças de
                Cineclube Faro        2011                        exibição e distribuição
Pré-Produção    DRCAlg; CCVF;
                                      Abril                      Preparação de programa
                grupos Astron.;
                                      2011                      para Astronomia temática
                     UAlg
 Produção          “Equipas”
                                      Maio                          Apoio logístico e
                  produção,                     Palácio Estoi                                 Poesia ao anoitecer
                                      2011                        resolução problemas
               técnica, artística
Pós-Produção        DRCAlg            Maio
                                                                  Avaliação actividade
                                      2011
 Produção          DRCAlg;
                                      Maio                          Apoio logístico e       Ciclo de Documentários
               Cineclube Faro;                     Milreu
                                      2011                        resolução problemas              temáticos
                  Univ. Alg.
Pós-Produção       DRCAlg             Maio
                                                                  Avaliação actividade
                                      2011
 Produção          DRCAlg;           Junho
                                                Milreu/ Estoi      Acções educativas            Visitas temáticas
                                      2011
 Produção      DRCAlg; CCVF;
                                     Junho                          Apoio logístico e
               grupos Astron.;                     Milreu                                     Astronomia temática
                                      2011                        resolução problemas
                    UAlg
Pós-Produção       DRCAlg            Junho
                                                                  Avaliação actividade
                                      2011
 Produção          DRCAlg;           Junho
                                                   Milreu          Acções educativas           Oficinas temáticas
                                      2011
Pós-Produção       DRCAlg            Junho                      Avaliação e balanço final
                                      2011                          da Programação




                                                                                                         15
IV. Afectação de recursos materiais e humanos às acções a
desenvolver

Informações importantes para fazer um orçamento rigoroso
Para elaborar um orçamento rigoroso é essencial ter em conta todas as
despesas, bem como todas as receitas, para evitar grandes surpresas aquando
a concepção das iniciativas propostas. Assim sendo, apresento posteriormente
uma proposta de orçamento com referência aos dados necessários para a
elaboração de um orçamento rigoroso.


Recursos humanos
Os recursos humanos afectos à proposta em questão basicamente são os
mesmos profissionais afectos ao monumento. Para a concretização das acções,
em regra geral, não será necessário grandes operações logísticas já que toda a
programação é pensada para requerer o mínimo de recursos humanos
envolvidos.

Recursos materiais
Os materiais necessários ao programa de acções não apresenta grandes
dificuldades em providenciar os mesmos. Contudo, existem sempre alguns
imprevistos que são necessários ultrapassar para uma boa concretização das
actividades.

Recursos financeiros
O orçamento aqui apresentado tenta ser o mais completo possível, contudo,
existem alguns custos que são meramente previsões, havendo ainda outros que
são dificilmente apurados nesta fase de projecto. Trata-se de um orçamento
austero, na procura da sustentabilidade e viabilidade financeira e artística.

ORÇAMENTO
DESPESAS                                                         FORMA DE CÁLCULO                 TOTAL
1. Equipa de direcção
1.1. Responsável pela direcção artística                               DRCAlg
1.2. Responsável pelo comissariado executivo e produção                DRCAlg
1.3. Outro [especificar]
                                                                                       Subtotal    0€
2. Equipa artística
2.1. Cineclube de Faro                                                 € x dias                    0€
2.2. Museu Municipal de Faro                                           € x dias                    0€
2.3. Clubes Leitura e afins                                            € x dias                    0€
2.4. Outros                                                   Concerto + degustação(JEP)          250 €
2.5. Intérpretes Profissionais                                         € x dias                    0€
                                                                                       Subtotal   250 €
3. Equipa técnica

3.1. Técnico de Iluminação (montagem e operação)          Equipa do Museu Faro/CM Faro/ Junta      0€
                                                                     Freguesia Estoi
3.2. Técnico de Som (montagem e operação)                 Equipa do Museu Faro/CM Faro/ Junta



                                                                                                     16
Freguesia Estoi                     0€
                                                                               Subtotal     0€

4. Equipamento e espaços de acolhimento
4.1. Espaços de apresentação                     Palácio Estoi / J.Freg. /Milreu            O€
4.2. Equipamentos (projecção vídeo)                           DRCAlg                        O€
                                                                               Subtotal     0€
5. Produção e montagem
5.2. Materiais
                                                      Degustação à romana                  150 €
5.3. Outros                                                  Diversos                      50 €
                                                                               Subtotal    200 €
6. Edição / Registo
6.1. Registo de Vídeo                                         DRCAlg                         0€
6.2. Edição Vídeo                                             DRCAlg                         0€
                                                                               Subtotal     0€
7. Logística
7.1. Deslocações e transportes                           0 € x dias x pax                    0€
7.2. Alojamento                                          0 € x dias x pax                   0€

7.3. Alimentação                                         0 € x dias x pax
                                                                                            0€
                                                                               Subtotal     0€
8. Plano de comunicação
8.1. Informação e textos                                     DRCAlg                          0€
8.2. Design de comunicação                        Concepção gráfica (4 eventos)             500 €
8.3. Impressão / Produção de materiais                Materiais comunicação                1000 €
8.4. Inserções de publicidade                                                                0€
                                                                               Subtotal    1500 €
9. Despesas administrativas e de gestão
9.1. Desvios de produção (margem de erro)               5% (sobre o total)                  0€
9.2. Distribuição cinematográfica
                                                     Licença de distribuição               350 €
9.3. Licença de exibição
                                                               IGAC                         35 €
9.4. Seguros                                                  DRCAlg                        0€
9.5. Licenças e Direitos de Autor                              SPA                         250 €
9.6. Classificação de filmes                                   IGAC                        150 €
                                                                               Subtotal    785 €
                                                        TOTAL GERAL DAS DESPESAS           2735 €




RECEITAS                                              FORMA DE CÁLCULO                     TOTAL
10. Receitas próprias
                                            3 € (bilhete para degustação e concerto) x
10.1. Bilheteira
                                                              80 pax                       240 €
10.2. Outros                                       Apoios logísticos e artísticos
                                                                                Subtotal   240 €
11. Apoios e financiamentos
11.1. Apoios
11.1.1. Câmara Municipal de Faro                         Apoios logísticos                  0€
11.1.2. Junta de Freguesia                               Apoios logísticos                  0€
11.2. Mecenato e patrocínios                                                                0€
11.2.1. Patrocinadores                                                                      0€
11.2.1. Mecenas                                                                             0€
11.3. Outros
                                                                             Subtotal       0€




                                                                                               17
TOTAL GERAL DAS RECEITAS        240 €



QUADRO RESUMO
DESPESAS                                                                              TOTAL
1. Equipa de direcção                                      DRCAlg                      0€
2. Equipa artística                                  Parceiros culturais              250 €
3. Equipa técnica                            DRCAlg; Museu Faro; CMF; JFEstoi          0€
4. Espaços e equipamentos                 Palácio Estoi; Milreu; JF/Casa Povo Estoi    0€
5. Produção e montagem                    DRCAlg; Museu Faro; CMF; JFEstoi            200 €
6. Edição / Registo                                                                    0€
7. Logística                                                                           0€
8. Plano de comunicação                                                               1500 €
9. Despesas administrativas e de gestão                    DRCAlg                     785 €
                                                      TOTAL GERAL DAS DESPESAS        2735 €


RECEITAS                                                                              TOTAL
1. Receitas próprias                                       DRCAlg                     240 €
2. Apoios e financiamentos                         CMF; JFEstoi; Mecenas               0€
                                                      TOTAL GERAL DAS RECEITAS        240 €


                                              Orçamento estimado para a programação   2500 €




 IV.       Promoção/divulgação (Materiais/acções de divulgação)

A estratégia de comunicação da iniciativa passa na primeira fase pela criação da
identidade visual da programação e, na segunda fase pela comunicação aos
públicos.

A identidade visual ficaria a cargo de uma empresa de design – ou em
alternativa a concurso lançado aos alunos da UAlg, sendo posteriormente
analisadas as propostas e escolhida a identidade gráfica mais adequada,
entregando posteriormente à gráfica para impressão – que seria adjudicada
consoante o orçamento proposto e disponibilidade.

A comunicação, promoção ou divulgação passaria pela criação de parceiros na
comunicação, pelo envio de informação à imprensa, em newsletters, e,
divulgação nos sites e redes sociais. Considero importante a constituição de
uma parceria na comunicação, elaborando um acordo com um jornal e uma
rádio regional ou local, em contrapartida, seria a inclusão do logótipo e
referência da entidade em todos os elementos de comunicação, e, em troca,
solicita-se uma cobertura de todos as actividades, antes e durante o programa
cultural. Desta forma, não só a cobertura jornalística pode contribuir para a
divulgação das iniciativas no monumento, como para dar notoriedade aos
parceiros no projecto e à própria DRCAlg.




                                                                                         18
Bibliografia

Andrade, Marco Aurélio, Bernardes, João Pedro Bernardes – “Projecto de recuperação da Casa
Rural nas Ruínas da villa romana de Milreu” in Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 6,
2004, pp.168-171;

Bastos, Jorge de Novaes - “A recuperação da Casa Rural de Milreu: uma visão do projectista”
in Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 6, 2004, pp. 172-177;

Duarte, Pedro Sanches - “A gestão patrimonial como exercício de história das mentalidades” in
Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 6, pp. 234-246;

Lago, Miguel – “O Público e o Privado – Notas para a inovação na gestão do Património
Arqueológico” in Era Arqueologia – N.º 4, 2001, pp. 8-11;

Parreira, Rui – “Notas para um plano de salvaguarda e valorização das Ruínas de Milreu in Era
Arqueologia – N.º 4, 2001, pp150-156;

Parreira, Rui – “Ruínas de Milreu” in Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 1, 2001, p.
86;

Pereira, Paulo – “A Gestão de Sítios Arqueológico – Problemas e hipóteses” in Era Arqueologia –
N.º 4, 2001, pp. 12-21;

Ramalho, Maria Magalhães - “Casa Rural de Milreu: percurso histórico de um edifício” in
Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 6, 2004, pp. 162-167;

Reis, Ditza, Alves, Pedro Serra, – “Centro de Acolhimento e Interpretação de Milreu” in Estudos/
Património – Lisboa. Semestral, N.º 1, 2001, pp. 87-89;

Rodrigues, Sandra – As vias romanas do Algarve – Centro de Estudos do Património da
Universidade do Algarve/ Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve,
Faro, 2004;

Teichner, Félix – “Breve descrição dos vestígios arqueológicos identificados sob a Casa ural de
                                                                                       R
Milreu in Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 6, 2004, pp. 157-161;

VVAA - Programa de intervenção das Aldeias do Algarve – Sotavento, Centro, Barlavento,
edição Comissão de Coordenação da Região do Algarve, 2003.




                                                                                             19
Endereços electrónicos

http://www.aalca.uevora.pt/jornadas/images/comunicacoes3/%C1rea%20litoral%20do%20anci
%E3o%20

http://www.agecal.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=85&Itemid=2

http://www.apdemografia.pt/pdf/6_Ana_Romao.pdf

http://www.arkeotavira.com/alg-romano/marim2/pdf/resumo-marim.2.pdf

http://www.ccdr-alg.pt/ccdr/parameters/ccdr-alg/files/File/documentos/pi_aldeias03.pdf

http://www.cm-faro.pt/NR/rdonlyres/9D73D9F7-A51D-4721-901E-CCF119D8D109/0/
termos_referencia_Estoi_alterado.pdf

http://www.cm-faro.pt/NR/rdonlyres/3E9B82BB-A4D5-4566-90CF-2E839BEFE0E8/0/Diag

http://www.cm-faro.pt/portal_autarquico/faro/v_pt-PT/menu_turista/concelho/freguesias/

http://www.cultalg.pt

http://www.dosalgarves.com/revistas/N13/3rev13.pdf

http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/70255/

http://www.montalvor.planetaclix.pt/be009.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Estoi

http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/7252/23/Milreu.pdf

http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/7252/23/Milreu.pdf

http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/7252/21/Alcalar.pdf

http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/7252/19/%C3%89vora.pdf

http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/7252/23/Milreu.pdf

http://www.territorioalgarve.pt/Storage/pdfs/Volume_II_ANEXO_R.pdf

http://www.uavm.net/port/educ/programacao_cultural.doc

http://194.65.130.238/media/uploads/revistaestudospatrimonio/n4567/Estudospatrimonio6.pdf




                                                                                         20

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Programa Bloco Salvaterra de Magos
Programa Bloco Salvaterra de MagosPrograma Bloco Salvaterra de Magos
Programa Bloco Salvaterra de MagosMarco Domingos
 
Como criar um centro cultural - Proportas de Luís MILANESI
Como criar um centro cultural - Proportas de Luís MILANESIComo criar um centro cultural - Proportas de Luís MILANESI
Como criar um centro cultural - Proportas de Luís MILANESISheila Silveira
 
Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia abarros
 
Projeto de Georreferênciamento - Itu
Projeto de Georreferênciamento - ItuProjeto de Georreferênciamento - Itu
Projeto de Georreferênciamento - ItuPedro Barciela
 
Câmera municipal de coimbra: Departamento Cultural
Câmera municipal de coimbra: Departamento CulturalCâmera municipal de coimbra: Departamento Cultural
Câmera municipal de coimbra: Departamento CulturalEduardo Albuquerque
 
Procura e oferta turística
Procura e oferta turísticaProcura e oferta turística
Procura e oferta turísticaSonia Silva
 
Impactos cultural sobre o turismo
Impactos cultural sobre o turismoImpactos cultural sobre o turismo
Impactos cultural sobre o turismoAmisse Braga
 
Trabalho Final de Graduação - Espaço Luso-brasileiro - Projeto de Reabilitaçã...
Trabalho Final de Graduação - Espaço Luso-brasileiro - Projeto de Reabilitaçã...Trabalho Final de Graduação - Espaço Luso-brasileiro - Projeto de Reabilitaçã...
Trabalho Final de Graduação - Espaço Luso-brasileiro - Projeto de Reabilitaçã...Luiz Rabelo
 
Museu da Educação SME
Museu da Educação SMEMuseu da Educação SME
Museu da Educação SMEDeise Delf
 
Turismo rural ecologia, lazer e desenvolvimento
Turismo rural  ecologia, lazer e desenvolvimentoTurismo rural  ecologia, lazer e desenvolvimento
Turismo rural ecologia, lazer e desenvolvimentoMarcelo Diedrich
 
Sistema Nacional de Patrimonio Brasileiro: Capacitacao 1
 Sistema Nacional de Patrimonio Brasileiro: Capacitacao 1 Sistema Nacional de Patrimonio Brasileiro: Capacitacao 1
Sistema Nacional de Patrimonio Brasileiro: Capacitacao 1Scott Rains
 
A Assembleia da República - 200 anos do Parlamento Português
A Assembleia da República - 200 anos do Parlamento PortuguêsA Assembleia da República - 200 anos do Parlamento Português
A Assembleia da República - 200 anos do Parlamento PortuguêsArtur Filipe dos Santos
 
Turismo, paisagem natural e cultural Que desafios?
Turismo, paisagem natural e cultural Que desafios?Turismo, paisagem natural e cultural Que desafios?
Turismo, paisagem natural e cultural Que desafios?Ilda Bicacro
 
Patrimônio Cultural Artistico
Patrimônio Cultural ArtisticoPatrimônio Cultural Artistico
Patrimônio Cultural ArtisticoCarolzitaah
 

Mais procurados (19)

Programa Bloco Salvaterra de Magos
Programa Bloco Salvaterra de MagosPrograma Bloco Salvaterra de Magos
Programa Bloco Salvaterra de Magos
 
Caminho Dos Sabores 2
Caminho Dos  Sabores 2Caminho Dos  Sabores 2
Caminho Dos Sabores 2
 
Mesa 3: Melgaço
Mesa 3: MelgaçoMesa 3: Melgaço
Mesa 3: Melgaço
 
Como criar um centro cultural - Proportas de Luís MILANESI
Como criar um centro cultural - Proportas de Luís MILANESIComo criar um centro cultural - Proportas de Luís MILANESI
Como criar um centro cultural - Proportas de Luís MILANESI
 
Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia
 
Projeto de Georreferênciamento - Itu
Projeto de Georreferênciamento - ItuProjeto de Georreferênciamento - Itu
Projeto de Georreferênciamento - Itu
 
Câmera municipal de coimbra: Departamento Cultural
Câmera municipal de coimbra: Departamento CulturalCâmera municipal de coimbra: Departamento Cultural
Câmera municipal de coimbra: Departamento Cultural
 
Procura e oferta turística
Procura e oferta turísticaProcura e oferta turística
Procura e oferta turística
 
Turismo de Lazer e Natureza: Contributo para a implementação da Rota da Serra...
Turismo de Lazer e Natureza: Contributo para a implementação da Rota da Serra...Turismo de Lazer e Natureza: Contributo para a implementação da Rota da Serra...
Turismo de Lazer e Natureza: Contributo para a implementação da Rota da Serra...
 
274
274274
274
 
Impactos cultural sobre o turismo
Impactos cultural sobre o turismoImpactos cultural sobre o turismo
Impactos cultural sobre o turismo
 
Trabalho Final de Graduação - Espaço Luso-brasileiro - Projeto de Reabilitaçã...
Trabalho Final de Graduação - Espaço Luso-brasileiro - Projeto de Reabilitaçã...Trabalho Final de Graduação - Espaço Luso-brasileiro - Projeto de Reabilitaçã...
Trabalho Final de Graduação - Espaço Luso-brasileiro - Projeto de Reabilitaçã...
 
Museu da Educação SME
Museu da Educação SMEMuseu da Educação SME
Museu da Educação SME
 
Turismo rural ecologia, lazer e desenvolvimento
Turismo rural  ecologia, lazer e desenvolvimentoTurismo rural  ecologia, lazer e desenvolvimento
Turismo rural ecologia, lazer e desenvolvimento
 
Sistema Nacional de Patrimonio Brasileiro: Capacitacao 1
 Sistema Nacional de Patrimonio Brasileiro: Capacitacao 1 Sistema Nacional de Patrimonio Brasileiro: Capacitacao 1
Sistema Nacional de Patrimonio Brasileiro: Capacitacao 1
 
A Assembleia da República - 200 anos do Parlamento Português
A Assembleia da República - 200 anos do Parlamento PortuguêsA Assembleia da República - 200 anos do Parlamento Português
A Assembleia da República - 200 anos do Parlamento Português
 
Turismo, paisagem natural e cultural Que desafios?
Turismo, paisagem natural e cultural Que desafios?Turismo, paisagem natural e cultural Que desafios?
Turismo, paisagem natural e cultural Que desafios?
 
Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião
Contributos para um Guia Turístico do Concelho de BaiãoContributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião
Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião
 
Patrimônio Cultural Artistico
Patrimônio Cultural ArtisticoPatrimônio Cultural Artistico
Patrimônio Cultural Artistico
 

Destaque

Planificação tic.lúcia
Planificação tic.lúciaPlanificação tic.lúcia
Planificação tic.lúciapaulasalvador
 
Plano de Intervenção Psicopedagógico para idosos - memória
Plano de Intervenção Psicopedagógico para idosos - memóriaPlano de Intervenção Psicopedagógico para idosos - memória
Plano de Intervenção Psicopedagógico para idosos - memóriaguest517cb4
 
Plano de Intervenção - Idosos
Plano de Intervenção - IdososPlano de Intervenção - Idosos
Plano de Intervenção - IdososAnabelazita
 
Terapia cognitivo comportamental enfoque com idoso
Terapia cognitivo comportamental enfoque com idosoTerapia cognitivo comportamental enfoque com idoso
Terapia cognitivo comportamental enfoque com idosoMarcia Paviani
 
Power point argila
Power point argilaPower point argila
Power point argilaartenamatias
 
Técnicas e propriedades do barro
Técnicas e propriedades do barroTécnicas e propriedades do barro
Técnicas e propriedades do barroManuel Alvernaz
 
Modelo Big 6
Modelo Big 6Modelo Big 6
Modelo Big 6amelasa
 

Destaque (11)

Planificação tic.lúcia
Planificação tic.lúciaPlanificação tic.lúcia
Planificação tic.lúcia
 
Plano de Intervenção Psicopedagógico para idosos - memória
Plano de Intervenção Psicopedagógico para idosos - memóriaPlano de Intervenção Psicopedagógico para idosos - memória
Plano de Intervenção Psicopedagógico para idosos - memória
 
Plano de Intervenção - Idosos
Plano de Intervenção - IdososPlano de Intervenção - Idosos
Plano de Intervenção - Idosos
 
Oficina Artes - Barro
Oficina Artes - BarroOficina Artes - Barro
Oficina Artes - Barro
 
Terapia cognitivo comportamental enfoque com idoso
Terapia cognitivo comportamental enfoque com idosoTerapia cognitivo comportamental enfoque com idoso
Terapia cognitivo comportamental enfoque com idoso
 
Argila
ArgilaArgila
Argila
 
Argilas
ArgilasArgilas
Argilas
 
Power point argila
Power point argilaPower point argila
Power point argila
 
Técnicas e propriedades do barro
Técnicas e propriedades do barroTécnicas e propriedades do barro
Técnicas e propriedades do barro
 
Modelo Big 6
Modelo Big 6Modelo Big 6
Modelo Big 6
 
Os Metais
Os MetaisOs Metais
Os Metais
 

Semelhante a Mestrado Gestão Cultural

Centro de Cultura Contemporânea
Centro de Cultura ContemporâneaCentro de Cultura Contemporânea
Centro de Cultura ContemporâneaPedro Nascimento
 
Projeto de Educação Patrimonial - levantamento e criação acervo museológico
Projeto de Educação Patrimonial - levantamento e criação acervo museológicoProjeto de Educação Patrimonial - levantamento e criação acervo museológico
Projeto de Educação Patrimonial - levantamento e criação acervo museológicoMuriel Pinto
 
Turismo cultural motivo e complemento
Turismo cultural motivo e complementoTurismo cultural motivo e complemento
Turismo cultural motivo e complementoTina Lima
 
Cartilha educação patrimonial jocenaide rosetto
Cartilha educação patrimonial   jocenaide rosettoCartilha educação patrimonial   jocenaide rosetto
Cartilha educação patrimonial jocenaide rosettoGleibiane Silva
 
Centro interpretativo-salinas-porto-ingles
Centro interpretativo-salinas-porto-inglesCentro interpretativo-salinas-porto-ingles
Centro interpretativo-salinas-porto-inglesEdsonTavares33
 
Património cultural - as aldeias do Minho - Sistelo - Artur Filipe dos Wantos
Património cultural - as aldeias do Minho - Sistelo - Artur Filipe dos WantosPatrimónio cultural - as aldeias do Minho - Sistelo - Artur Filipe dos Wantos
Património cultural - as aldeias do Minho - Sistelo - Artur Filipe dos WantosArtur Filipe dos Santos
 
Trabalho de Geografia A - Mértola
Trabalho de Geografia A - MértolaTrabalho de Geografia A - Mértola
Trabalho de Geografia A - Mértolacarolinagomesss
 
20160120 pru tp2 relatório final luis susana
20160120 pru tp2 relatório final luis susana20160120 pru tp2 relatório final luis susana
20160120 pru tp2 relatório final luis susanaPlanningwithCommunities
 
Apresentação museu municipal de coruchee
Apresentação  museu municipal de corucheeApresentação  museu municipal de coruchee
Apresentação museu municipal de corucheeTânia Prates
 
Anexos Itinerários turísticos book
Anexos Itinerários turísticos bookAnexos Itinerários turísticos book
Anexos Itinerários turísticos bookCarlos Alberto Abreu
 
INTEGRAÇÃO ARTE, CULTURA E TURISMO - THAYANNE ELER
INTEGRAÇÃO ARTE, CULTURA E TURISMO - THAYANNE ELERINTEGRAÇÃO ARTE, CULTURA E TURISMO - THAYANNE ELER
INTEGRAÇÃO ARTE, CULTURA E TURISMO - THAYANNE ELERThayanne Eler
 
COIMBRA - Comemoração do Dia Mundial do Turismo e das Jornadas Europeias do P...
COIMBRA - Comemoração do Dia Mundial do Turismo e das Jornadas Europeias do P...COIMBRA - Comemoração do Dia Mundial do Turismo e das Jornadas Europeias do P...
COIMBRA - Comemoração do Dia Mundial do Turismo e das Jornadas Europeias do P...Câmara Municipal de Coimbra
 
Apresentação Parque Histórico de Carambeí
Apresentação Parque Histórico de CarambeíApresentação Parque Histórico de Carambeí
Apresentação Parque Histórico de CarambeíTarás Antônio Dilay
 
Topicos 7, 8 e 9 turismo, prodrao de produção e consumo
Topicos 7, 8 e 9 turismo, prodrao de produção e consumoTopicos 7, 8 e 9 turismo, prodrao de produção e consumo
Topicos 7, 8 e 9 turismo, prodrao de produção e consumoAtividades Diversas Cláudia
 
Projecto Educação Patrimonial
Projecto Educação PatrimonialProjecto Educação Patrimonial
Projecto Educação PatrimonialDália Silva
 

Semelhante a Mestrado Gestão Cultural (20)

Centro de Cultura Contemporânea
Centro de Cultura ContemporâneaCentro de Cultura Contemporânea
Centro de Cultura Contemporânea
 
Encontro dos Museus Salesianos de Dom Bosco
Encontro dos Museus Salesianos de Dom BoscoEncontro dos Museus Salesianos de Dom Bosco
Encontro dos Museus Salesianos de Dom Bosco
 
Turismo
TurismoTurismo
Turismo
 
Projeto de Educação Patrimonial - levantamento e criação acervo museológico
Projeto de Educação Patrimonial - levantamento e criação acervo museológicoProjeto de Educação Patrimonial - levantamento e criação acervo museológico
Projeto de Educação Patrimonial - levantamento e criação acervo museológico
 
Caderno tcc1 renato
Caderno tcc1 renatoCaderno tcc1 renato
Caderno tcc1 renato
 
Turismo cultural motivo e complemento
Turismo cultural motivo e complementoTurismo cultural motivo e complemento
Turismo cultural motivo e complemento
 
Cartilha educação patrimonial jocenaide rosetto
Cartilha educação patrimonial   jocenaide rosettoCartilha educação patrimonial   jocenaide rosetto
Cartilha educação patrimonial jocenaide rosetto
 
Centro interpretativo-salinas-porto-ingles
Centro interpretativo-salinas-porto-inglesCentro interpretativo-salinas-porto-ingles
Centro interpretativo-salinas-porto-ingles
 
Património cultural - as aldeias do Minho - Sistelo - Artur Filipe dos Wantos
Património cultural - as aldeias do Minho - Sistelo - Artur Filipe dos WantosPatrimónio cultural - as aldeias do Minho - Sistelo - Artur Filipe dos Wantos
Património cultural - as aldeias do Minho - Sistelo - Artur Filipe dos Wantos
 
Museu
MuseuMuseu
Museu
 
Trabalho de Geografia A - Mértola
Trabalho de Geografia A - MértolaTrabalho de Geografia A - Mértola
Trabalho de Geografia A - Mértola
 
20160120 pru tp2 relatório final luis susana
20160120 pru tp2 relatório final luis susana20160120 pru tp2 relatório final luis susana
20160120 pru tp2 relatório final luis susana
 
Apresentação museu municipal de coruchee
Apresentação  museu municipal de corucheeApresentação  museu municipal de coruchee
Apresentação museu municipal de coruchee
 
Anexos Itinerários turísticos book
Anexos Itinerários turísticos bookAnexos Itinerários turísticos book
Anexos Itinerários turísticos book
 
INTEGRAÇÃO ARTE, CULTURA E TURISMO - THAYANNE ELER
INTEGRAÇÃO ARTE, CULTURA E TURISMO - THAYANNE ELERINTEGRAÇÃO ARTE, CULTURA E TURISMO - THAYANNE ELER
INTEGRAÇÃO ARTE, CULTURA E TURISMO - THAYANNE ELER
 
COIMBRA - Comemoração do Dia Mundial do Turismo e das Jornadas Europeias do P...
COIMBRA - Comemoração do Dia Mundial do Turismo e das Jornadas Europeias do P...COIMBRA - Comemoração do Dia Mundial do Turismo e das Jornadas Europeias do P...
COIMBRA - Comemoração do Dia Mundial do Turismo e das Jornadas Europeias do P...
 
Apresentação Parque Histórico de Carambeí
Apresentação Parque Histórico de CarambeíApresentação Parque Histórico de Carambeí
Apresentação Parque Histórico de Carambeí
 
Topicos 7, 8 e 9 turismo, prodrao de produção e consumo
Topicos 7, 8 e 9 turismo, prodrao de produção e consumoTopicos 7, 8 e 9 turismo, prodrao de produção e consumo
Topicos 7, 8 e 9 turismo, prodrao de produção e consumo
 
Tópico 7. turismo
Tópico 7. turismoTópico 7. turismo
Tópico 7. turismo
 
Projecto Educação Patrimonial
Projecto Educação PatrimonialProjecto Educação Patrimonial
Projecto Educação Patrimonial
 

Mais de Pedro Nascimento

Término de responsabilidad Tavira Granfondo Español
Término de responsabilidad Tavira Granfondo EspañolTérmino de responsabilidad Tavira Granfondo Español
Término de responsabilidad Tavira Granfondo EspañolPedro Nascimento
 
Responsability Term Tavira Granfondo
Responsability Term Tavira Granfondo Responsability Term Tavira Granfondo
Responsability Term Tavira Granfondo Pedro Nascimento
 
Termo responsabilidade Tavira Granfondo Português
Termo responsabilidade Tavira Granfondo PortuguêsTermo responsabilidade Tavira Granfondo Português
Termo responsabilidade Tavira Granfondo PortuguêsPedro Nascimento
 
RACEBOOK_TAVIRA_GRANFONDO_2022
RACEBOOK_TAVIRA_GRANFONDO_2022RACEBOOK_TAVIRA_GRANFONDO_2022
RACEBOOK_TAVIRA_GRANFONDO_2022Pedro Nascimento
 
Racebook Tavira Bike Race 2019
Racebook Tavira Bike Race 2019Racebook Tavira Bike Race 2019
Racebook Tavira Bike Race 2019Pedro Nascimento
 
Declaración Carrera Abierta GranFondo Tavira (espanhol)
Declaración Carrera Abierta GranFondo Tavira (espanhol)Declaración Carrera Abierta GranFondo Tavira (espanhol)
Declaración Carrera Abierta GranFondo Tavira (espanhol)Pedro Nascimento
 
Declaração de Prova Aberta GranFondo Tavira 2018
Declaração de Prova Aberta GranFondo Tavira 2018Declaração de Prova Aberta GranFondo Tavira 2018
Declaração de Prova Aberta GranFondo Tavira 2018Pedro Nascimento
 
Percurso MedioFondo Tavira 2018
Percurso MedioFondo Tavira 2018Percurso MedioFondo Tavira 2018
Percurso MedioFondo Tavira 2018Pedro Nascimento
 
Dossier patrocinio TBR2016
Dossier patrocinio TBR2016Dossier patrocinio TBR2016
Dossier patrocinio TBR2016Pedro Nascimento
 
Revista FESTA DOS PESCADORES 2015
Revista FESTA DOS PESCADORES 2015Revista FESTA DOS PESCADORES 2015
Revista FESTA DOS PESCADORES 2015Pedro Nascimento
 
TBR2014 - Tempos e voltas por atleta
TBR2014 - Tempos e voltas por atletaTBR2014 - Tempos e voltas por atleta
TBR2014 - Tempos e voltas por atletaPedro Nascimento
 
TBR2014 - Classificação final
TBR2014 - Classificação finalTBR2014 - Classificação final
TBR2014 - Classificação finalPedro Nascimento
 
TBR2014 - Classificação final por categorias
TBR2014 - Classificação final por categoriasTBR2014 - Classificação final por categorias
TBR2014 - Classificação final por categoriasPedro Nascimento
 
Regulamento oficial TBR2014
Regulamento oficial TBR2014Regulamento oficial TBR2014
Regulamento oficial TBR2014Pedro Nascimento
 
Regulamento.Oficial.TBR2014
Regulamento.Oficial.TBR2014Regulamento.Oficial.TBR2014
Regulamento.Oficial.TBR2014Pedro Nascimento
 
Cv pedro nascimento2013(lowres)
Cv pedro nascimento2013(lowres)Cv pedro nascimento2013(lowres)
Cv pedro nascimento2013(lowres)Pedro Nascimento
 
ETPM2012 - avaliação do Encontro
ETPM2012 - avaliação do EncontroETPM2012 - avaliação do Encontro
ETPM2012 - avaliação do EncontroPedro Nascimento
 

Mais de Pedro Nascimento (20)

Término de responsabilidad Tavira Granfondo Español
Término de responsabilidad Tavira Granfondo EspañolTérmino de responsabilidad Tavira Granfondo Español
Término de responsabilidad Tavira Granfondo Español
 
Responsability Term Tavira Granfondo
Responsability Term Tavira Granfondo Responsability Term Tavira Granfondo
Responsability Term Tavira Granfondo
 
Termo responsabilidade Tavira Granfondo Português
Termo responsabilidade Tavira Granfondo PortuguêsTermo responsabilidade Tavira Granfondo Português
Termo responsabilidade Tavira Granfondo Português
 
RACEBOOK_TAVIRA_GRANFONDO_2022
RACEBOOK_TAVIRA_GRANFONDO_2022RACEBOOK_TAVIRA_GRANFONDO_2022
RACEBOOK_TAVIRA_GRANFONDO_2022
 
Racebook Tavira Bike Race 2019
Racebook Tavira Bike Race 2019Racebook Tavira Bike Race 2019
Racebook Tavira Bike Race 2019
 
Declaración Carrera Abierta GranFondo Tavira (espanhol)
Declaración Carrera Abierta GranFondo Tavira (espanhol)Declaración Carrera Abierta GranFondo Tavira (espanhol)
Declaración Carrera Abierta GranFondo Tavira (espanhol)
 
Declaração de Prova Aberta GranFondo Tavira 2018
Declaração de Prova Aberta GranFondo Tavira 2018Declaração de Prova Aberta GranFondo Tavira 2018
Declaração de Prova Aberta GranFondo Tavira 2018
 
Percurso MedioFondo Tavira 2018
Percurso MedioFondo Tavira 2018Percurso MedioFondo Tavira 2018
Percurso MedioFondo Tavira 2018
 
Regulamento TBR2016
Regulamento TBR2016Regulamento TBR2016
Regulamento TBR2016
 
Dossier patrocinio TBR2016
Dossier patrocinio TBR2016Dossier patrocinio TBR2016
Dossier patrocinio TBR2016
 
Revista FESTA DOS PESCADORES 2015
Revista FESTA DOS PESCADORES 2015Revista FESTA DOS PESCADORES 2015
Revista FESTA DOS PESCADORES 2015
 
Race Book TBR2015
Race Book TBR2015Race Book TBR2015
Race Book TBR2015
 
TBR2014 - Tempos e voltas por atleta
TBR2014 - Tempos e voltas por atletaTBR2014 - Tempos e voltas por atleta
TBR2014 - Tempos e voltas por atleta
 
TBR2014 - Classificação final
TBR2014 - Classificação finalTBR2014 - Classificação final
TBR2014 - Classificação final
 
TBR2014 - Classificação final por categorias
TBR2014 - Classificação final por categoriasTBR2014 - Classificação final por categorias
TBR2014 - Classificação final por categorias
 
Race Book TBR2014
Race Book TBR2014Race Book TBR2014
Race Book TBR2014
 
Regulamento oficial TBR2014
Regulamento oficial TBR2014Regulamento oficial TBR2014
Regulamento oficial TBR2014
 
Regulamento.Oficial.TBR2014
Regulamento.Oficial.TBR2014Regulamento.Oficial.TBR2014
Regulamento.Oficial.TBR2014
 
Cv pedro nascimento2013(lowres)
Cv pedro nascimento2013(lowres)Cv pedro nascimento2013(lowres)
Cv pedro nascimento2013(lowres)
 
ETPM2012 - avaliação do Encontro
ETPM2012 - avaliação do EncontroETPM2012 - avaliação do Encontro
ETPM2012 - avaliação do Encontro
 

Mestrado Gestão Cultural

  • 1. UNIVERSIDADE: Universidade do Algarve CURSO: Pós-Graduação em Gestão Cultural UNIDADE CURRICULAR: Gestão de Sítios e Interpretação do Território Docentes: Santiago Macias, santiagomacias@sapo.pt João Bernardes, jbernar@ualg.pt Rui Parreira, r.is.parreira@gmail.com Cláudio Torres, torresclaudio@sapo.pt Discente: Pedro Nascimento – N. 22113 Trabalho pratico individual: Programação de uma intervenção de valorização de um sítio / de um monumento histórico visitável. Este trabalho surge no âmbito da disciplina de Gestão de Sítios e Interpretação do Território, na qual nos foi proposto a realização de uma programação de uma intervenção de valorização de um sítio arqueológico ou de um monumento histórico visitável, onde se deveria imprimir uma nova dinâmica. A opção de sítio e monumento foi a villa romana de Milreu. Foi definido os objectivos e estruturado o trabalho. Neste sentido, as partes constituintes deste projecto são: a contextualização e caracterização do Centro de Interpretação e o histórico do programa de acção cultural, cujo conteúdo abarca a caracterização do território e seu histórico, as potencialidades e ameaças, o programa museológico; a concepção e elaboração de uma programação, referindo os pontos de partida e as linhas orientadoras, objectivos e respectivo plano de acção; o cronograma da concepção/ produção do programa de acção cultural; os recursos materiais, humanos e financeiros afectos às acções a desenvolver; culminando com a promoção e as acções de divulgação.
  • 2. I. Contextualização / Caracterização do Centro Interpretação e histórico do programa de acção cultural 1. Contextualização histórica e do território Milreu é o testemunho de uma importante villa rústica romana, habitada desde o séc. I da Era Cristã, com vestígios de ocupação contínua até ao séc. XI. Localizada junto da actual aldeia de Estoi e a cerca de 8 km da cidade de Ossónoba (Faro), Milreu beneficiava das nascentes serranas então ali existentes, cuja água era conduzida por gravidade, satisfazendo as necessidades do quotidiano rural e também da forte vivência lúdica. No século IV, foi erguido um edifício religioso ricamente decorado e ainda hoje conservado até ao arranque das abóbadas, destinado ao culto privado da família. Neste período foi criado um cemitério, com sepulturas rodeando o pódio e com um pequeno mausoléu. Cristianizado no século VI, o templo serviria também o culto no período islâmico e até ao século XI. Entre os século XVI e XIX, e sobre as divisões privadas da antiga casa romana, foi erguida uma casa rural com contrafortes cilíndricos. O conhecimento da sua história revela-nos que terá sido habitada por famílias de elevado estatuto social e político, às quais eram proporcionadas as necessidades não só de um quotidiano rural, como também de grande vivência lúdica. A riqueza desta villa rústica está patente no importante volume de achados arqueológicos, como mosaicos de temática predominantemente marinha, revestimentos marmóreos e cerâmicos diversos, estuques pintados e escultura decorativa. Estoi é uma freguesia do concelho de Faro, com 46,58 km² de área e 3 538 habitantes (2001). A paisagem da freguesia integra-se no Barrocal do centro algarvio e abrange a transição Litoral/Barrocal, cujas manchas urbanas alternam com manchas agrícolas, muitas delas abandonadas (sobretudo as de sequeiro). À medida que se avança para norte, a paisagem toma uma feição progressivamente mais rural, apesar de todos os aglomerados apresentarem formas e expressões dissonantes relativamente às que tradicionalmente marcavam esta paisagem. Mantêm-se algumas áreas agrícolas com um uso diferenciado, por vezes com alternância de sequeiro e regadio, de que resulta uma interessante paisagem cromática. A aldeia histórica, assim como a sua envolvente paisagística, caracteriza-se pela presença do pomar tradicional de sequeiro, mas também pelo edificado tradicional algarvio, que encontra em Estoi um dos seus melhores exemplares. A aldeia apresenta um conjunto de valor arquitectónico, sendo o edifício mais marcante o Palácio de Estoi e os seus jardins, que muito recentemente foi adaptado a Pousada, tendo o respectivo projecto de alteração sido da autoria do Arq.º Gonçalo Byrne. De referir ainda a villa romana de Milreu, a Igreja Matriz, o Antigo Paço Procissional e a Ermida de Nossa Senhora do Pé da Cruz. 2
  • 3. A população mantém ainda hoje uma forte relação com o passado, reconhecendo o valor simbólico do espaço público e dos edifícios mais marcantes na área do plano, verificando-se que se mantém ainda nos dias de hoje todo um conjunto de tradições ligadas à prática agrícola e à sua sazonalidade, das quais se destaca a Festa da Pinha (1 e 2 Maio), uma extraordinária celebração da Primavera. 2. Potencialidades e ameaças Pretende-se com este ponto, conhecer a capacidades e dificuldades do Centro de Interpretação de Milreu, avaliar o seu funcionamento, a sua monitorização e a sua adequação ao visitante. Potencialidades Neste Algarve já tão descaracterizado, a aldeia de Estoi preserva, ainda, um património cultural e etnográfico notável, de que são exemplo algumas festas e feiras tradicionais, e um património histórico e arquitectónico único, representado pela villa romana de Milreu, Palácio de Estoi e por marcas da arquitectura tradicional no traçado das casas que se perfilam ao longo das ruas da aldeia. A vocação turística e cultural de Estoi, apoiada por um conjunto de equipamentos de apoio ao turismo e à cultura, como as Ruínas de Milreu e o Palácio de Estoi, recuperado e transformado em Pousada, conduz à necessidade de criar mecanismos que promovam a imagem do aglomerado e dos produtos e actividades tradicionais, mas que permitam em simultâneo a preservação e revitalização do património e paisagem. As potencialidades são diversas, ficando aqui algumas sugestões: - Criar rotas temáticas como forma de desenvolver o circuito turístico cultural e paisagístico; - Fomentar o turismo de natureza e tornar a freguesia num destino de bem- estar e lazer; - Dinamizar uma rede de equipamentos culturais que valorize identidades, patrimónios e formas de expressão artística; - Promoção de actividades relacionadas com o turismo, na sua vertente cultural, baseado na recuperação e revitalização do património cultural existente. O Plano de Intervenção de Estoi – no âmbito do Programa de Revitalização das Aldeias do Algarve – define como estratégia afirmar Estoi como uma referência cultural no sul peninsular e com centro habitacional de qualidade. Este plano apresenta um conjunto de estratégias de intervenção, nomeadamente: - Proteger, valorizar e dinamizar o património existente - Desenvolver acções de sensibilização e informação direccionadas para os residentes; - Preservar o património; - Promover festividades que facilitem o conhecimento da história local, do património, dos usos e tradições; - Reforçar a identidade cultural local 3
  • 4. - Apoiar as associações locais, facilitando a profissionalização das actividades das actividades e serviços que as organizam. Com vista a tais estratégias, foram definidas pelo plano de intervenção algumas medidas, destacando a Medida 4 – Animação cultural, Etnográfica e Desportiva e a Medida 5 – Património e Qualificação urbana. Relativamente ao Centro de Interpretação são aspectos positivos: - O próprio Centro de Acolhimento e Interpretação; - A riqueza dos vestígios arqueológicos; - A existência de facilidades para pessoas com mobilidade reduzida; - A integridade dos vestígios arqueológicos e estado de conservação; - A Localização numa região de grande fluxo turístico e respectivo aumento de Turismo Cultural; - Importante conjunto patrimonial; - Parque de Estacionamento próprio; - Casa Rural com capacidade para várias actividades culturais; - A exposição permanente; - A promoção, a recuperação e a valorização do Património histórico e arqueológico; - Possibilidade de crescimento na complementaridade dos circuitos urbanos e culturais e temáticos; - Potencialidade de realização de Acções Pedagógicas e Educativas com entidades locais. Ameaças Esta análise SWOT sobre a villa romana de Milreu e potencialidades e pontos a melhorar são extremamente importantes para melhor compreender o espaço museológico, a sua relação com o território e as necessidades e interesses dos públicos. Assim, passo a enumerar alguns aspectos a considerar: - Sinalização e informação a melhorar; - Fragilidade dos monumentos arqueológicos; - Localizados em zonas rurais distantes da costa - Instabilidade política e económica; - Insuficientes esforços de promoção e divulgação o monumento; - Ausência de estudos regulares de satisfação do visitante - Falta de formação dos assistentes na área da Interpretação e difusão do Património; - Sinalética exterior insuficiente (acessos exteriores ao sítio durante a viagem até Milreu); - Acessibilidades e transportes precários; - Falta de estratégias promocionais conjuntas com outros monumentos e Património regional; - Falta de um programa de acção cultural e de educação artística e patrimonial. 4
  • 5. 3. Programa Museológico e programa de acção cultural O programa museológico da villa romana de Milreu (até 2010) São objectivos gerais para a criação de Centros de Acolhimento e Interpretação do Património, o acolhimento e a disponibilização de informação e conhecimento sobre o local que estão a visitar. Por outro lado, o Centro de Interpretação tem a “capacidade” de interagir com o visitante, ou seja, fornece uma interpretação e perspectivas, permitindo a liberdade de pensamento memórias, mas disciplina os fluxos de visita, associando-lhes uma componente informativa e mesmo uma componente científica. Neste âmbito, o Centro de Interpretação é uma forma de salvaguardar e divulgar o local, na medida em que se prepara o local para receber os visitantes de uma forma equilibrada, controlada e respeitando o seu espaço. O Centro de Acolhimento e Interpretação de Milreu apresenta-se como sendo um espaço que possibilita a entrada no recinto da estação arqueológica e onde se dá apoio ao visitante. Neste local estão disponíveis publicações e objectos de divulgação, fornecendo informação sobre a história do local. Revela-se um espaço com capacidade de estabelecer condições para a salvaguarda e dinamização cultural (e turística) dos sítios arqueológicos, através da investigação, preservação, valorização e divulgação, criando infra-estruturas de acolhimento do público e de interpretação dos sítios seleccionados. Relativamente aos dados apresentados nos gráficos abaixo, estes são meramente informativos dado que não existe uma política de estatísticas desde a inauguração do Centro de Interpretação, nem os valores são exaustivos. Desta forma, a informação serve essencialmente para melhor conhecer as tipologias de visitante, e, melhor planificar estratégias e acções a desenvolver no futuro neste monumento. É possível entender que a maior fatia de visitantes é o público geral, seguido dos reformados. Isto indica-nos que, em relação aos públicos jovens e às crianças ainda à muito a trabalhar. Neste sentido um serviço educativo (que exige uma continuidade) ou um projecto educativo (numa lógica mais pontual mas com alguma regularidade), podem contribuir para divulgar a villa romana de Milreu e transmitir conhecimento e envolver as comunidades locais. Muito embora, a envolvência da comunidade local é outra lacuna do Centro de Interpretação. Sobre as visitas de estudo, existe ainda uma possibilidade de trabalhar este público visto que o mesmo apresenta uma percentagem interessante no número de visitantes assim como na representatividade. Contudo, este é um trabalho a efectuar com muita planificação e antecedência, já que as acções devem ser preparadas considerando os currículos escolares e em parceria com os professores, logo no início de Setembro, para constituir um projecto educativo para todo o ano. 5
  • 6. 6
  • 7. Histórico da programação em Milreu Apresenta-se seguidamente um pequeno historial de actividades desenvolvidas nas ruínas de Milreu. Dia Internacional dos Monumentos e Sítios I. “Território – Um Património Plural" com a realização de Actividades Educativas nas Ruínas de Milreu e uma conferência proferida pelo Sr. Arquitecto João Cerejeiro, responsável pelo projecto de recuperação e valorização dos Jardins históricos do Palácio de Estoi (18 de Abril de 2007); II. Visitas temáticas pelo Dr. João Pedro Bernardes da Universidade do Algarve (15h00 de 18 de Abril de 2010): – “Património Rural Paisagens Culturais” - “Produção Agrícola na Villa Romana de Milreu” III. Degustação de produtos Regionais, com participação da: Confraria de Gastrónomos do Algarve (doces regionais e outros produtos); Quinta Barranco Longo (produtor de vinho); Viveiros Monte Rosa (produtor de azeite) (16h00 de 18 de Abril de 2010). Jornadas Europeias de Património I. Temática "Património em Diálogo" incluíram a realização de várias actividades nas Ruínas: - Visitas guiadas; - Prova de vinhos produzidos na região, pela Confraria de Enólogos do Algarve; - Concerto nas Ruínas pela Orquestra do Algarve. (21 de Setembro de 2007) II. Temática “Vi(r)Ver o Património”, com exposição de Júlio Pomar “Figuras de convite”, organizada pela DRCAlg, em colaboração com a Galeria Ratton e apresenta um conjunto de seis painéis, com um auto-retrato do artista. (25 de Setembro até ao dia 5 de Março de 2010) Conferências I. Casa do Povo de Estoi, sobre os Mosaicos de Milreu, proferida pela Dr.ª Cristina Oliveira. (21 de Setembro de 2007) Exposições na Casa Rural das Ruínas I."O meu Mundo" reuniu os melhores trabalhos realizados pelos alunos da Escola Poeta Emiliano da Costa em Estoi e foi vista por mais de 1400 visitantes nos meses de Junho e Julho; II. “Pássaro em Terra”, exposição de René Bertholo. (24 de Abril a 29 de Setembro Inauguração: 24 de Abril às 18.00hs) Projecto de Educação artística e patrimonial I. "Lugares Mágicos do Algarve" - Uma iniciativa de Atelier Educativo com o apoio da Direcção Regional de Cultura do Algarve, no âmbito do Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social, sendo a 1.ª fase (Abril/Junho) terá a sua conclusão no dia 5 de Junho, às 16h00, na Villa Romana de Milreu. Os formandos do atelier de 7
  • 8. cerâmica e estampagem têxtil, sob a orientação do ceramista Miguel Cheta, darão a conhecer as suas criações artísticas: Breve introdução à técnica da Majolica, Cerâmica e Estampagem têxtil (10 Abril a 12 Junho); - As visitas serão guiadas por um técnico superior da Direcção Regional. II. Concepção e elaboração de uma programação de acção cultural anual para Milreu Questões prévias Para a concretização deste trabalho – desenvolver uma estratégia de acção cultural para um centro de interpretação que possui um historial e vida própia muito particulares, com uma política museológica definida - surgiram algumas questões prévias que foi necessário reflectir: - Os aspectos de «valorização» já definidos na vertente conservação física do sítio, plano de manutenção e intervenções de restauro/reabilitação, deixou margem para questões de programação da promoção/divulgação/serviço educativo; - Desenvolver actividades para um programa de intervenção de reabilitação no templo de Milreu, na perspectiva de criar um espaço de usos múltiplos onde possam acontecer espectáculos e intervenções site-specific; - Equacionar as variantes possíveis de um modelo de gestão para as ruínas de Milreu; - Fazer a ligação à comunidade local a partir do programa definido para as Áreas de baixa Densidade/Aldeias do Algarve. Foi também importante reflectir sobre questões chave para elaborar esta proposta como: a Gestão Cultural; a valorização, salvaguarda, divulgação do património; bem patrimonial vs conceito de monumento; memória vs consumo vs crítica/ conhecimento; sobre símbolo e signo; significado e significante; representação e prolongamento do pensamento humano; consciência do passado das identidades humanas; humanização dos monumentos e sítios; programação de proximidade. De forma a enquadrar e melhor relacionar as questões da gestão de um monumento pela entidade responsável, com os planos de intervenção já propostos, relacionar a divulgação e educação patrimonial com a comunidade local e os visitantes ao monumento, e nesse sentido o enquadramento entre as várias necessidades só é possível delineando e conhecendo as atribuições específicas de cada uma das partes envolvidas. São objectivos específicos da DRCAlg relativamente aos monumentos afectos: - Incentivar a investigação, recolha, registo e divulgação de bens ou práticas culturais tradicionais, numa lógica de afirmação de identidades regionais (artesanato, usos e costumes, gastronomia, música, danças, literatura, etc.); - Incentivar a criação e divulgação de referências artísticas contemporâneas do Algarve, independentemente das formas de expressão que assumam (literatura, teatro, música, dança, cinema, fotografia, artes, multimédia, etc.); 8
  • 9. - Fomentar acções de divulgação, quer do património cultural, quer de repertórios artístico-culturais tradicionais ou contemporâneos do Algarve junto dos turistas que visitam a região; - Agendar programação de espectáculos de natureza diversa ou outras animações culturais, tendo em conta os fluxos turísticos; - Fomentar a formação educativa dos públicos, numa lógica de construção de patamares estruturantes de práticas culturais plurais; - Cooperar com as autarquias e outros agentes no estabelecimento de projectos de programação de espectáculos de música, teatro, dança ou outras animações culturais para a região do Algarve; Relativamente às linhas gerais de um programa e valorização de Milreu, o plano de gestão e manutenção das ruínas pretende: - Criar medidas de conservação curativas e preventivas para garantir a integridade para o futuro, e, como um “objecto museológico visitável”, sendo edifícios arruinados expostos aos elementos naturais e sujeitos ao contacto directo e desgastante do público visitante – situação acentuada pela opção de evitar o distanciamento que frequentemente a encenação museográfica interpõe entre o utente e o objecto de fruição (objecto de sacrifício); - Desenvolver um plano de acções de extensão cultural vocacionadas para a divulgação científica da estação arqueológica e dirigidas aos utentes do sítio, numa perspectiva que não se pode resumir à criação de um “parque lúdico” mas que se deve inserir num programa de intervenção cultural, a desenvolver preferencialmente em parceria com o Museu de Faro; - Criar condições preferenciais para gestão destes “pequenos monumentos” afectos à DRCAlg, diferente ao que tem sido praticada, a qual exigiria um “curador do sítio”, a parceria com museus locais, a contratualização através de contratos-programa a estabelecer com entidades não governamentais, ou mesmo a dependência de unidades museológicas de retaguarda, em vez das DRC. Com base nas questões prévias, linhas gerais e objectivos da DRCAlg para Milreu, constituiu-se as linhas orientadoras e as metas a alcançar. Linhas orientadoras e objectivos para o programa de acção cultural Foram definidas as seguintes orientações com vista à criação de linhas de acção: - Valorização da vertente de educação artística e patrimonial; - Transmissão de conhecimentos e valores; - Articulação do passado com a arte e vida contemporânea; - Ligação com as comunidades locais; - Integração com o Programa Museológico, valorização e manutenção física do Centro de Interpretação. 9
  • 10. São metas desta programação: - Conceber iniciativas com o máximo rigor histórico possível, perfeitamente adaptadas ao espaço; - Desenvolver iniciativas culturais promovendo o cruzamento artístico contemporâneo com as memórias do sítio arqueológico; - Conseguir valor acrescentado ao monumento pelas iniciativas mas não desvirtualizar as ruínas de Milreu; - Desenvolver uma programação diversificada para atrair públicos, com vista a uma educação patrimonial, artística e valores; - Criar diversificação e qualidade nas propostas culturais; - Envolver as comunidades locais; - Promover as relações institucionais e parcerias com os agentes culturais. Programa de Acção Cultural, objectivos e linhas de acção Qualquer programação cultural debate-se com as questões fundamentais a reflectir – porquê, para quê, com que finalidade? - definindo as acções em função de determinados objectivos a atingir. Estas são determinadas a partir de uma auscultação de necessidades, posteriormente estabelecendo um conjunto de metas a atingir para colmatar os problemas detectados. Tendo em vista o alcance das metas definidas, estabelecem-se as estratégias. É com base nestas, que o programa de actividades se delineia. E este, estabelece-se em função, claro está, das estratégias e objectivos, dos recursos existentes (financeiros, materiais e humanos) e dos destinatários. Uma das grandes questões da programação cultural, a ideia desta ser uma sistematização da cultura, numa seriação temporal e geográfica da mesma: nem tudo pode ser apresentado em todos os lugares, nem todos os lugares estão capacitados para receber todas as manifestações culturais. Como a cultura é muito diversa e muito abrangente, cabe ao programador, mediante os recursos disponíveis e critérios estéticos próprios, definir qual o tipo de actividade para atingir certas margens de público e qual o melhor modo de o fazer. Uma oferta diversificada e dispersa no tempo, flutuante e efémera, é entendida como um objecto consumível, por isso não é recomendável para este conjunto patrimonial. Uma estratégia mais interessante pode ser uma programação anual concentrada, temática e dirigida a determinados tipologias de públicos, promovendo a imaginação, a fantasia, o conhecimento, valores artísticos e patrimoniais. Esta proposta de programação cultural é um convite aberto ao envolvimento dos cidadãos na participação activa da descoberta da herança cultural, reforçando a memória colectiva e de afirmação de um Património comum cuja riqueza reside na sua diversidade. A programação geral tem como objectivos específicos em algumas das suas propostas, estreitar relações com vários públicos, com as comunidades locais, 10
  • 11. assim como, fortalecer a imagem da villa romana de Milreu e DRCAlg, saindo de portas e ter um papel mais activo na sociedade civil. A constituição das linhas de acção propostas tem em consideração os recursos necessários para as concretizar. Numa fase de contenção financeira e austeridade económica e de financiamentos, são propostas iniciativas direccionadas essencialmente para as escolas, para a comunidade local e algumas actividades para públicos mais gerais. É tido em consideração que a tutela do monumento não possui meios próprios suficientes para grandes manifestações artísticas, sendo que esta proposta é contida, procura ser exequível e acima de tudo sustentável, não só financeiramente, mas também nos seus impactos de conservação do monumento, recursos humanos, de degradação ambiental, contendo uma linha minimamente continua de actividades que pode ser continuada – mesmo para além deste propósito e do seu período temporal – pelos parceiros que se pretendem envolver nos projectos. Nesse sentido, esta é a proposta de acção cultural para as ruínas de Milreu: PROGRAMAÇÃO GERAL DATA ACTIVIDADE LOCAL DESCRIÇÃO PARCERIA 24 > 26 SET JORNADAS EUR. PAT. MILREU DIVERSOS MUSEU M. FARO OUT OFICINAS TEMÁTICAS MILREU EDUCAÇÃO DREALG OUT VISITAS TEMÁTICAS MILREU EDUCAÇÃO DREALG NOV VISITAS TEMÁTICAS MILREU EDUCAÇÃO DREALG 03 NOV POESIA AO ANOITECER* PALÁCIO ESTOI POESIA JUNTA FREG. 01 DEZ POESIA AO ANOITECER PALÁCIO ESTOI POESIA JUNTA FREG. 05 JAN POESIA AO ANOITECER PALÁCIO ESTOI POESIA JUNTA FREG. 02 FEV POESIA AO ANOITECER PALÁCIO ESTOI POESIA JUNTA FREG. 02 MAR POESIA AO ANOITECER PALÁCIO ESTOI POESIA JUNTA FREG. 06 ABR POESIA AO ANOITECER PALÁCIO ESTOI POESIA JUNTA FREG. ABR CICLO CINEMA ALG** JUNTA FREGUESIA CINEMA JUNTA FREG. MAI VISITAS TEMÁTICAS MILREU EDUCAÇÃO DREALG 04 MAI POESIA AO ANOITECER PALÁCIO ESTOI POESIA JUNTA FREG. 22 > 25 MAI CICLO DOC. TEMATICO*** MILREU CINEMA CINECLUBE FARO JUN VISITAS TEMÁTICAS MILREU/ESTOI EDUCAÇÃO JUNTA FREG. JUN ASTRONOMIA ROMANA MILREU ASTRONOMIA CCVIVA FARO JUN OFICINAS TEMÁTICAS MILREU EDUCAÇÃO DREALG Notas: Relativamente a residências artísticas, performances, workshops, debates e exposições, são iniciativas site-specific não estando incluídas na programação geral, por dependerem de negociações com os agentes culturais e na possibilidade de mecenato cultural para desenvolver novos projectos artísticos. * Poesia ao anoitecer é uma iniciativa que se pretende para as comunidades locais, por esse mesmo motivo é realizado em parceria com a Junta de Freguesia e o Palácio de Estoi. Pretende-se que os parceiros artísticos neste projecto sejam clubes de leitura, amigos de bibliotecas, associações de Poesia e Literatura da região. Tem como objectivo divulgar a poesia e literatura, criando 11
  • 12. momentos intimistas e de lazer no Palácio de Estoi. Procura-se também aproximar públicos específicos e reforçar a relação com as comunidades e divulgar uma manifestação artística muitas vezes esquecida. ** Ciclo de Cinema Algarvio ou Cinema no Algarve pretende ser uma actividade de aproximar as comunidades locais com uma selecção de filmes produzidos ou filmados no Algarve ao longo das últimas décadas. É uma forma de dar a conhecer um olhar diferente sobre a região do Algarve. Sendo um projecto pensado para vários públicos, tem também a possibilidade de atrair comunidades estrangeiras. A realização deste ciclo seria interessante ter lugar na Casa de Povo ou Junta de Freguesia de Estoi, fortalecendo laços de proximidade com as comunidades locais. *** Ciclo de Documentários ou filmes temáticos sobre romanos ou com relação ao período histórico que se relaciona com as ruínas de Milreu. Esta é uma das actividades que faz todo o sentido decorrer na Casa Rural. Pretende-se uma iniciativa de esclarecimento e transmissão de conhecimento sobre vários aspectos relacionados com o império romano. Fica também em aberto a possibilidade de uma colectânea de documentários sobre a vida rural que apresente características agrícolas com a zona de Estoi ou que tenha directamente a haver com a região. O forma de transmitir a informação poderia ser, não só por meio do documentário, como também com uma sessão de debate no final, com moderadores da universidade, profissionais, ou pessoas relacionadas com trabalhos agrícolas no último caso, contudo, não é vinculativo a realização de uma com a outra. Relativamente às acções educativas – visitas orientadas e oficinas temáticas – nesta programação não são referidas datas específicas, nem a totalidade de acções possíveis a desenvolver, dado que as mesmas estão pendentes de uma inscrição prévia. Também uma indicação final de calendário está dependente de um trabalho prévio de auscultação e divulgação das potencialidades de educativas e lúdicas da villa romana de Milreu, junto das escolas e instituições de solidariedade social e outras entidades da região. Só com esse exercício se consegue maior fluxo de visitantes das camadas mais jovens. A programação aqui proposta não se pretende fechar sobre si própria, permitindo dessa forma novas propostas artísticas e iniciativas educativas e lúdicas. Procurando cumprir uma estratégia e objectivos específicos com esta proposta, indo ao encontro da necessidade de rigor e controlo de recursos disponíveis, de forma exequível e sustentada, propõe acções específicas. Contudo, a abertura a novas possibilidades é uma das maravilhas do ser humano e suas manifestações culturais, pelo que, se indicam algumas sugestões que podem perfeitamente integrar a programação aqui delineada. 12
  • 13. Ficam aqui ainda algumas ideias possíveis para integrar a programação: Serviços Educativos 1. Visitas orientadas temáticas a) À descoberta das ruínas b) Lugar e mar (interpretação do território) c) Produção agrícola (passado vs presente) d) Visitas encenadas (actores) e) Visitas encenadas (músicos) f) Percurso arqueológico e botânico g) Percurso pela Aldeia Histórica de Estoi e visita ao Palácio Estoi 2. Ateliers educativos/ lúdicos a) Atelier de produção I. Doces regionais II. Pão III. Queijo IV. Vinho b) Oficina de Arqueologia c) Oficinas temáticas: I. Divindades; II. Usos e costumes; II. O público e o privado (conceitos de Favorecimento / Clientela - costumes clientelares vs Res publica – sala entrada das termas: acolhimento clientela) – espaço público vs privado d) Trabalho de campo (Universidade) e) Voluntariado f) Ocupação de tempos livres 3. Envolvimento com a comunidade a) Milreu visto por… (uma personalidade, um intelectual, um residente) Iniciativas culturais 1. Reflexões sobre questões contemporâneas 2. Workshops 3. Conferências/ Encontros/ Debates 4. Ciclos artísticos a) Ciclo de cinema comentado (filmes/ documentários temáticos) b) Ciclo de cinema ao ar livre (cinema algarvio/ cinema no Algarve) c) Ciclo de Jazz d) Ciclo de música intimista (ciclos de música com um ou dois músicos) e) Ciclo de Música no Templo (música de câmara) 5. Encontros/ Feiras temáticas/ Degustações (Aromas e Sabores) 6. Encontros de Poesia ao anoitecer 7. Jornadas de observação astronómica temática 8. Performances 9. Site-specific 13
  • 14. III. Cronograma da concepção/ produção mensal Calendarização Fase de Intervenientes Datas Espaços Tarefas a desempenhar / Número / duração das projecto e/ou culturais organização acções a apresentações / eventos duração desenvolver Pré-produção DRCAlg; Museu Agosto Contacto com parceiros e Faro; Junta Freg. 2010 definição de datas DRCAlg; Palácio Agosto Contacto com espaços e de Estoi; Junta 2010 agendamento de datas Freg. DRCAlg; LAC; Contacto com Agosto Junta Freguesia; intervenientes sobre as 2010 Rui Virgínia JEP DRCAlg; Contacto com Conservatórios; Agosto intervenientes sobre as Centro 2010 JEP (saber Expressões disponibilidade) Artísticas Loulé DRCAlg; DREAlg Procurar parcerias e Agosto patrocínios junto da 2010 DREAlg DRCAlg Agosto Procurar parcerias e 2010 patrocínios Recolha de informações Setembro dos artistas, preparação 2010 da comunicação JEP Setembro Contacto com empresas 2010 gráficas e orçamentos Produção DRCAlg; Museu Setembro Acções educativas; Jornadas Europeias Milreu Faro 2010 degustação e espectáculo Património Pré-Produção DRCAlg; Escolas Preparação reuniões com Setembro professores e 2010 calendarização actividades DRCAlg Agendamento datas com Outubro agentes culturais e 2010 preparação do programa artístico (Poesia) Pós-Produção DRCAlg Outubro Avaliação das JEP e e Produção 2010 resolução problemas Produção DRCAlg Início da divulgação. Outubro Acompanhamento das 2010 iniciativas a realizar “Equipas” Novembro Apoio logístico e produção, Palácio Estoi Poesia ao anoitecer 2010 resolução problemas técnica, artística Pós-Produção DRCAlg Novembro Avaliação actividade 2010 Produção “Equipas” Dezembro Apoio logístico e produção, Palácio Estoi Poesia ao anoitecer 2010 resolução problemas técnica, artística Pós-Produção DRCAlg Dezembro Avaliação actividade 2010 Produção “Equipas” Janeiro Palácio Estoi Apoio logístico e Poesia ao anoitecer 14
  • 15. produção, 2011 resolução problemas técnica, artística Pós-Produção DRCAlg Janeiro Avaliação actividade 2011 Produção “Equipas” Fevereiro Apoio logístico e produção, Palácio Estoi Poesia ao anoitecer 2011 resolução problemas técnica, artística Pós-Produção DRCAlg Fevereiro Avaliação actividade 2011 Pré-Produção DRCAlg; Março Preparação Ciclo cinema Cineclube Faro 2011 Produção “Equipas” Março Apoio logístico e produção, Palácio Estoi Poesia ao anoitecer 2011 resolução problemas técnica, artística Pós-Produção DRCAlg Março Avaliação actividade 2011 Pré-Produção DRCAlg; Março Preparação de licenças de Cineclube Faro 2011 exibição e distribuição Produção “Equipas” Abril Apoio logístico e produção, Palácio Estoi Poesia ao anoitecer 2011 resolução problemas técnica, artística Pós-Produção DRCAlg Abril Avaliação actividade 2011 Produção DRCAlg; Junta Abril Apoio logístico e Ciclo de Cinema Algarvio/ Cineclube Faro; Freg./Casa 2011 resolução problemas no Algarve Junta Freguesia Povo Estoi Pós-Produção DRCAlg Abril Avaliação actividade 2011 Pré-Produção DRCAlg; Abril Preparação de licenças de Cineclube Faro 2011 exibição e distribuição Pré-Produção DRCAlg; CCVF; Abril Preparação de programa grupos Astron.; 2011 para Astronomia temática UAlg Produção “Equipas” Maio Apoio logístico e produção, Palácio Estoi Poesia ao anoitecer 2011 resolução problemas técnica, artística Pós-Produção DRCAlg Maio Avaliação actividade 2011 Produção DRCAlg; Maio Apoio logístico e Ciclo de Documentários Cineclube Faro; Milreu 2011 resolução problemas temáticos Univ. Alg. Pós-Produção DRCAlg Maio Avaliação actividade 2011 Produção DRCAlg; Junho Milreu/ Estoi Acções educativas Visitas temáticas 2011 Produção DRCAlg; CCVF; Junho Apoio logístico e grupos Astron.; Milreu Astronomia temática 2011 resolução problemas UAlg Pós-Produção DRCAlg Junho Avaliação actividade 2011 Produção DRCAlg; Junho Milreu Acções educativas Oficinas temáticas 2011 Pós-Produção DRCAlg Junho Avaliação e balanço final 2011 da Programação 15
  • 16. IV. Afectação de recursos materiais e humanos às acções a desenvolver Informações importantes para fazer um orçamento rigoroso Para elaborar um orçamento rigoroso é essencial ter em conta todas as despesas, bem como todas as receitas, para evitar grandes surpresas aquando a concepção das iniciativas propostas. Assim sendo, apresento posteriormente uma proposta de orçamento com referência aos dados necessários para a elaboração de um orçamento rigoroso. Recursos humanos Os recursos humanos afectos à proposta em questão basicamente são os mesmos profissionais afectos ao monumento. Para a concretização das acções, em regra geral, não será necessário grandes operações logísticas já que toda a programação é pensada para requerer o mínimo de recursos humanos envolvidos. Recursos materiais Os materiais necessários ao programa de acções não apresenta grandes dificuldades em providenciar os mesmos. Contudo, existem sempre alguns imprevistos que são necessários ultrapassar para uma boa concretização das actividades. Recursos financeiros O orçamento aqui apresentado tenta ser o mais completo possível, contudo, existem alguns custos que são meramente previsões, havendo ainda outros que são dificilmente apurados nesta fase de projecto. Trata-se de um orçamento austero, na procura da sustentabilidade e viabilidade financeira e artística. ORÇAMENTO DESPESAS FORMA DE CÁLCULO TOTAL 1. Equipa de direcção 1.1. Responsável pela direcção artística DRCAlg 1.2. Responsável pelo comissariado executivo e produção DRCAlg 1.3. Outro [especificar] Subtotal 0€ 2. Equipa artística 2.1. Cineclube de Faro € x dias 0€ 2.2. Museu Municipal de Faro € x dias 0€ 2.3. Clubes Leitura e afins € x dias 0€ 2.4. Outros Concerto + degustação(JEP) 250 € 2.5. Intérpretes Profissionais € x dias 0€ Subtotal 250 € 3. Equipa técnica 3.1. Técnico de Iluminação (montagem e operação) Equipa do Museu Faro/CM Faro/ Junta 0€ Freguesia Estoi 3.2. Técnico de Som (montagem e operação) Equipa do Museu Faro/CM Faro/ Junta 16
  • 17. Freguesia Estoi 0€ Subtotal 0€ 4. Equipamento e espaços de acolhimento 4.1. Espaços de apresentação Palácio Estoi / J.Freg. /Milreu O€ 4.2. Equipamentos (projecção vídeo) DRCAlg O€ Subtotal 0€ 5. Produção e montagem 5.2. Materiais Degustação à romana 150 € 5.3. Outros Diversos 50 € Subtotal 200 € 6. Edição / Registo 6.1. Registo de Vídeo DRCAlg 0€ 6.2. Edição Vídeo DRCAlg 0€ Subtotal 0€ 7. Logística 7.1. Deslocações e transportes 0 € x dias x pax 0€ 7.2. Alojamento 0 € x dias x pax 0€ 7.3. Alimentação 0 € x dias x pax 0€ Subtotal 0€ 8. Plano de comunicação 8.1. Informação e textos DRCAlg 0€ 8.2. Design de comunicação Concepção gráfica (4 eventos) 500 € 8.3. Impressão / Produção de materiais Materiais comunicação 1000 € 8.4. Inserções de publicidade 0€ Subtotal 1500 € 9. Despesas administrativas e de gestão 9.1. Desvios de produção (margem de erro) 5% (sobre o total) 0€ 9.2. Distribuição cinematográfica Licença de distribuição 350 € 9.3. Licença de exibição IGAC 35 € 9.4. Seguros DRCAlg 0€ 9.5. Licenças e Direitos de Autor SPA 250 € 9.6. Classificação de filmes IGAC 150 € Subtotal 785 € TOTAL GERAL DAS DESPESAS 2735 € RECEITAS FORMA DE CÁLCULO TOTAL 10. Receitas próprias 3 € (bilhete para degustação e concerto) x 10.1. Bilheteira 80 pax 240 € 10.2. Outros Apoios logísticos e artísticos Subtotal 240 € 11. Apoios e financiamentos 11.1. Apoios 11.1.1. Câmara Municipal de Faro Apoios logísticos 0€ 11.1.2. Junta de Freguesia Apoios logísticos 0€ 11.2. Mecenato e patrocínios 0€ 11.2.1. Patrocinadores 0€ 11.2.1. Mecenas 0€ 11.3. Outros Subtotal 0€ 17
  • 18. TOTAL GERAL DAS RECEITAS 240 € QUADRO RESUMO DESPESAS TOTAL 1. Equipa de direcção DRCAlg 0€ 2. Equipa artística Parceiros culturais 250 € 3. Equipa técnica DRCAlg; Museu Faro; CMF; JFEstoi 0€ 4. Espaços e equipamentos Palácio Estoi; Milreu; JF/Casa Povo Estoi 0€ 5. Produção e montagem DRCAlg; Museu Faro; CMF; JFEstoi 200 € 6. Edição / Registo 0€ 7. Logística 0€ 8. Plano de comunicação 1500 € 9. Despesas administrativas e de gestão DRCAlg 785 € TOTAL GERAL DAS DESPESAS 2735 € RECEITAS TOTAL 1. Receitas próprias DRCAlg 240 € 2. Apoios e financiamentos CMF; JFEstoi; Mecenas 0€ TOTAL GERAL DAS RECEITAS 240 € Orçamento estimado para a programação 2500 € IV. Promoção/divulgação (Materiais/acções de divulgação) A estratégia de comunicação da iniciativa passa na primeira fase pela criação da identidade visual da programação e, na segunda fase pela comunicação aos públicos. A identidade visual ficaria a cargo de uma empresa de design – ou em alternativa a concurso lançado aos alunos da UAlg, sendo posteriormente analisadas as propostas e escolhida a identidade gráfica mais adequada, entregando posteriormente à gráfica para impressão – que seria adjudicada consoante o orçamento proposto e disponibilidade. A comunicação, promoção ou divulgação passaria pela criação de parceiros na comunicação, pelo envio de informação à imprensa, em newsletters, e, divulgação nos sites e redes sociais. Considero importante a constituição de uma parceria na comunicação, elaborando um acordo com um jornal e uma rádio regional ou local, em contrapartida, seria a inclusão do logótipo e referência da entidade em todos os elementos de comunicação, e, em troca, solicita-se uma cobertura de todos as actividades, antes e durante o programa cultural. Desta forma, não só a cobertura jornalística pode contribuir para a divulgação das iniciativas no monumento, como para dar notoriedade aos parceiros no projecto e à própria DRCAlg. 18
  • 19. Bibliografia Andrade, Marco Aurélio, Bernardes, João Pedro Bernardes – “Projecto de recuperação da Casa Rural nas Ruínas da villa romana de Milreu” in Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 6, 2004, pp.168-171; Bastos, Jorge de Novaes - “A recuperação da Casa Rural de Milreu: uma visão do projectista” in Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 6, 2004, pp. 172-177; Duarte, Pedro Sanches - “A gestão patrimonial como exercício de história das mentalidades” in Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 6, pp. 234-246; Lago, Miguel – “O Público e o Privado – Notas para a inovação na gestão do Património Arqueológico” in Era Arqueologia – N.º 4, 2001, pp. 8-11; Parreira, Rui – “Notas para um plano de salvaguarda e valorização das Ruínas de Milreu in Era Arqueologia – N.º 4, 2001, pp150-156; Parreira, Rui – “Ruínas de Milreu” in Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 1, 2001, p. 86; Pereira, Paulo – “A Gestão de Sítios Arqueológico – Problemas e hipóteses” in Era Arqueologia – N.º 4, 2001, pp. 12-21; Ramalho, Maria Magalhães - “Casa Rural de Milreu: percurso histórico de um edifício” in Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 6, 2004, pp. 162-167; Reis, Ditza, Alves, Pedro Serra, – “Centro de Acolhimento e Interpretação de Milreu” in Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 1, 2001, pp. 87-89; Rodrigues, Sandra – As vias romanas do Algarve – Centro de Estudos do Património da Universidade do Algarve/ Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, Faro, 2004; Teichner, Félix – “Breve descrição dos vestígios arqueológicos identificados sob a Casa ural de R Milreu in Estudos/ Património – Lisboa. Semestral, N.º 6, 2004, pp. 157-161; VVAA - Programa de intervenção das Aldeias do Algarve – Sotavento, Centro, Barlavento, edição Comissão de Coordenação da Região do Algarve, 2003. 19
  • 20. Endereços electrónicos http://www.aalca.uevora.pt/jornadas/images/comunicacoes3/%C1rea%20litoral%20do%20anci %E3o%20 http://www.agecal.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=85&Itemid=2 http://www.apdemografia.pt/pdf/6_Ana_Romao.pdf http://www.arkeotavira.com/alg-romano/marim2/pdf/resumo-marim.2.pdf http://www.ccdr-alg.pt/ccdr/parameters/ccdr-alg/files/File/documentos/pi_aldeias03.pdf http://www.cm-faro.pt/NR/rdonlyres/9D73D9F7-A51D-4721-901E-CCF119D8D109/0/ termos_referencia_Estoi_alterado.pdf http://www.cm-faro.pt/NR/rdonlyres/3E9B82BB-A4D5-4566-90CF-2E839BEFE0E8/0/Diag http://www.cm-faro.pt/portal_autarquico/faro/v_pt-PT/menu_turista/concelho/freguesias/ http://www.cultalg.pt http://www.dosalgarves.com/revistas/N13/3rev13.pdf http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/70255/ http://www.montalvor.planetaclix.pt/be009.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Estoi http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/7252/23/Milreu.pdf http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/7252/23/Milreu.pdf http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/7252/21/Alcalar.pdf http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/7252/19/%C3%89vora.pdf http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/7252/23/Milreu.pdf http://www.territorioalgarve.pt/Storage/pdfs/Volume_II_ANEXO_R.pdf http://www.uavm.net/port/educ/programacao_cultural.doc http://194.65.130.238/media/uploads/revistaestudospatrimonio/n4567/Estudospatrimonio6.pdf 20