O documento discute a interpretação teológica de Israel após o exílio babilônico. Aborda a esperança teológica de Israel no período pré-exílico, com foco na promessa feita a Abraão e na esperança no reino de Deus. Também analisa o período do domínio assírio sobre Israel e a atuação dos profetas no século VIII a.C., especialmente Amós, que denunciou a exploração do povo.
2. INTRODUÇÃO
• Chaves de leitura bíblica.
• A história do povo de Israel é construída por
meio da crença em um Deus presente na rotina
diária da nação e com promessas para um
mundo real.
• A perda da independência e as várias
diásporas desse povo mudaram a forma de
pensar e de registrar a fé do povo.
• Conflitos com a influência estrangeira.
Influência que vai impactar também na formação
do cristianismo.
4. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• A história do povo de Israel é baseada na
esperança:
• Em um Deus presente na história e não um Deus
espiritualizado e inatingível.
• Concreta e histórica.
• Em um Deus presente que se interessa em
atender seus anseios concretos.
• Dinâmica da esperança que começa com a
revelação de um Deus que promete terra e um
lugar para viver a um homem chamado Abraão e
sua descendência.
5. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• A história bíblica de Abraão = início no
chamado e conclusão com sua morte (Gn 12-1-
25.11).
• Todavia, seu nome é citado pela primeira vez
em Gn 11.27, na genealogia de Terá, seu pai.
• “Abandono” do pai vivo?
• Segundo Gn 12.1-3, o chamado de Abraão ocorre em Harã;
• Terá faleceu com 205 anos;
• Abraão foi chamado quando ele tinha 75 anos e seu
pai 140 anos (70 anos – Gn 11.26 – 205 anos )
6. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• Uma ruptura radical na vida de Abraão e sua
família.
• A orientação era para deixar o que era
conhecido, palpável e concreto para se apegar
a algo desconhecido e incerto.
• A construção de uma relação de amizade que
vai produzir uma experiência de fé exemplar
para seus descendentes.
• Gn 17.9-14 = participação ativa de Abraão no
imperativo de Deus: “quanto a ti”.
• Sinal da aliança com Abraão sobre sua promessa.
7. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• Abraão não iria ver a promessa da conquista da
terra ser cumprida em sua integralidade.
• Transmissão da fé pelos patriarcas.
• Após um período de opressão em terra
estrangeira (Egito) surge a promessa de
libertação sociopolítica.
• O Êxodo se concretiza (Ex 3,6-10).
• Israel passa a contar sua história a partir deste
evento (1 Rs 6,1; Dt 9,7; Jz 19,30; Jr 7,25, ...)
8. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• O Êxodo passa a ser uma forma da revelação de
Deus (Ex 20,2; Os 11,1; 12,10; 13,4; Dt 6,12;
13,6; Jz 2,1; 1Rs 12,28; ...).
• Em Israel, a referência para Deus era “aquele
que redimiu Israel da escravidão do Egito”.
• Na caminhada pelo deserto, o povo tem a
convicção da presença de Deus.
• ESPERANÇA: O reino de Deus em meio ao
“povo escolhido” = formação de um sistema
igualitário das doze tribos.
9. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• Período dos juízes: esperança que “baseada
nas promessas de Deus se torna o motor que
incentiva o agir”.
• Para defender-se, as tribos convocavam um
exércido de guerreiros voluntários (Jz 5; Jz 6-8;
Jz 10-11; ...). Mas:
• Corrupção dos juízes (1 Sm 8,5;...);
• Incapacidade dos guerreiros voluntários de fazer
frente as exércitos dos filisteus (Saul – 1 Sm 11).
• Samuel inicialmente rejeita pedido de
nomeação de um rei (1 Sm 8,4-7), depois
autoriza. Mas adverte... (1 Sm 8,10-17).
10. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• Samuel no discurso de despedida reconhece
como um erro, mas aceita, porém, ... (1 Sm
12.12,14).
• Saul é rejeitado (1 Sm 15.28-35). Javé continua
sendo o soberano absoluto.
• Reinado de Davi = promessas são parcialmente
concretizadas. O povo se torna respeitado e vive
com certa liberdade e paz.
• Davi, inicialmente, extorquia tributos dos
edomitas, moabitas e filisteus, aliviando as
tribos.
11. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• Situação que passa a ser lembrada em várias
oportunidades na história futura deste povo
(motivação para reformas).
• Com a concretização de grande parte das
promessas vem a estagnação, comodismo e
abusos de poder.
• A dinâmica da esperança cede lugar à
instituição que se julga cada vez mais
independente, a realeza (monarquia).
• Impacto na vida econômica e social da nação.
• Duplo fardo: impostos e trabalhos forçados.
12. Organização social no estágio tribal
IAHWEH
Tribo Tribo Tribo Tribo
Lealdadeexclusiva
Aldeias
14. IAHWEH
Reinado de Davi – nação-Estado
Edomitas
Moabitas
Filisteus
Aldeias
organizadas
por tribos
Teologia Davídica
15. IMPORTANTE
• A partir de Davi a teologia em Israel teve dois focos:
• O êxodo como libertação do povo de Deus;
• A eleição de Davi como filho de Yahweh e defensor de seu
povo.
18. RELEMBRANDO...
• Um povo movido pela promessa feita ao patriarca
Abrão, referencial de fé e experiência com Deus.
• A sociedade tribal israelita - era baseada nas
relações de parentesco, criando fortes vínculos
sociais entres seus membros e exigindo solidariedade
mútua de modo muito rigoroso.
19. RELEMBRANDO...
• A organização monárquica - baseava-se na
centralização do poder nas mãos do governante
dinástico, recriando a oposição cidade x campo e
minando a solidariedade antes estabelecida pela
retribalização israelita.
• A relação agora é de exploração do Estado sobre os
camponeses, exploração que inclui desde a
apropriação do excedente dos produtos e o
trabalho compulsório.
21. • Império assírio dominou todo o mundo bíblico
antigo, entre os séculos IX e VII a. C.
• Nínive, capital da Assíria, foi fundada por Ninrode,
depois que ele deixou a Babilônia.
• Escavações arqueológicas comprovaram que
fortificações e palácios foram construídos nos dias
dos reinados de Salmaneser I (1260 A.C.) e Tiglate-
Pileser I (1114—1076 A.C.).
• Assurbanipal (já em 669 A.C.) fez dessa cidade a sua
principal residência.
PERÍODO DE DOMÍNIO ASSÍRIO
22. • Os assírios tinham uma ambição sem limites. Povo
guerreiro e cruel, reconhecidos por não
demonstrarem sentimentos humanos em sua
expressão facial.
• Fundadores de rigorosa organização de províncias
controladas por um poder central.
• Inovação: transferência dos povos conquistados
para enfraquecê-los (nacionalidade e religiosidade).
• Utilizam métodos de brutalidade e selvageria para
intimidar e humilhar os demais povos. Deixavam
atrás de si povoações em vida e terras
completamente queimadas.
PERÍODO DE DOMÍNIO ASSÍRIO
23. CITAÇÕES SOBRE OS ASSÍRIOS
“Muitos prisioneiros queimei a fogo, muitos capturei
vivos: a uns amputei as mãos e os dedos, a outros
cortei o nariz e as orelhas, a muitos vazei os olhos.
Fiz um montão de vivos e um montão de cabeças; até
as cabeças enfiadas em paus em torno da cidade.
Queimei seus filhos e filhas no fogo. Destruí, devastei
a cidade, queimei-a no fogo e a arrasei
completamente”.
(ANAIS DE UM DOS REIS ASSÍRIOS)
24. CITAÇÕES SOBRE OS ASSÍRIOS
“[...] E, mesmo quando a realeza é representada em
pleno descanso, não há como não perceber os requintes
de crueldade presentes: numa dessas cenas, o rei
Assurbanipal está descansando num jardim
acompanhado pela rainha. Aí bebem e escutam música.
E a poucos passos do rei, que estava sentado embaixo
de uma parreira, podia ser observada, presa a uma
árvore, a cabeça de Teuman, vencido na última
expedição contra Elam”.
(ROSSI, 2007, p.12)
25. • No auge de sua prosperidade era cercada por uma
muralha interior cuja circunferência era de cerca de
doze quilômetros.
• Sua população era de mais de cento e setenta e
cinco mil pessoas.
• Oséias, último rei do reino do norte, negou pagar
tributo aos assírios e acabou aprisionado. Samaria,
sua capital, foi invadida e arrasada, aproximadamente
em 722 a.C.
• Os registros assírios documentam que nada menos de
27.290 habitantes da cidade de Samaria foram
deportados, e que estrangeiros foram enviados para
vir habitar no lugar deles.
PERÍODO DE DOMÍNIO ASSÍRIO
26. • Em 701 a.C. Ezequias resistiu aos assírios
(Senaqueribe). Entretanto, quarenta e seis cidades de
Judá foram capturadas.
• Judá, nos dias do rei Manassés, tornou-se um reino
vassalo da Assíria.
• Foi nos dias do rei Manassés que o poder assírio
começou a declinar.
• Por fim, o poder assírio caiu em 612 a.C. ante aos
babilônicos.
PERÍODO DE DOMÍNIO ASSÍRIO
28. CRONOLOGIA DO SÉCULO VIII a. C.
(SILVA, 1998, 104)
797-782 : Joás, rei de Israel
796-767 : Amasias, rei de Judá
753-745 : enfraquecimento da Assíria
782/1-753 : Jeroboão II, rei de Israel
ca. 760 : o profeta Amós
767-739 : Ozias, rei de Judá
755-725 : o profeta Oseias
753 (6 meses) : Zacarias, rei de Israel
753/2 (1 mês) : Salum, rei de Israel
753/2-742 : Menahem, rei de Israel
745-727 : Tiglat-Pileser III, rei da Assíria
742/1-740 : Pecahia, rei de Israel
740/39-731 : Pecah, rei de Israel
29. CRONOLOGIA DO SÉCULO VIII a. C.
(SILVA, 1998, 104)
740-701 : o profeta Isaías
739--734 : Joatão, rei de Judá
734/3-716 : Acaz, rei de Judá
734-733 : guerra siro-efraimita
727-701 : o profeta Miqueias
731-722 : Oseias, rei de Israel
726-722 : Salmanasar V, rei da Assíria
722 : tomada de Samaria (assírios)
721-705 : Sargão II, rei da Assíria
716/15-699/98 : Ezequias, rei de Judá
716/15 : reforma de Ezequias
711 : Sargão II toma Azoto
705-681 : Senaquerib, rei da Assíria
30. CONTEXTO - ISRAEL DO SÉCULO VIII a. C.
• A ética javista vai sendo progressivamente
abandonada e a baalização é incentivada pela
classe dominante.
• Quando se aprofunda a crise do javismo e os
camponeses estão sendo duramente explorados,
surgem os profetas.
• Eles denunciam a ruptura das relações de
solidariedade, apontando o comportamento
dominante como idolátrico e despótico.
31. CONTEXTO SÉCULO VIII a. C.
• Os profetas percebem a inadequação existente entre
o javismo que se diz praticar em Israel e as ações
sociais reais anti-javistas que de fato predominam.
• Denunciam o mau funcionamento das instituições
do Estado monárquico e pregam uma recuperação
dos valores do javismo para salvar o país.
33. • Um dos mais clássicos exemplos de atuação
profética que progressivamente, se inquieta com a
situação reinante e parte para o protesto.
• Pastor, vaqueiro e cultivador de sicômoros, homem
rude e simples, Amós era de Técua, cidade de Judá,
comissionado para atuar no reino do norte até ser
expulso do santuário por contrariar os interesses
reais.
• As chamadas "visões simbólicas" de seu livro
apresentam esta maturação vocacional do pastor de
Técua.
PROFETA AMÓS
34. • A época em que atuou Amós é a da aparente
prosperidade criada pelo governo de Jeroboão II em
Israel.
• O Estado alargou suas fronteiras geográficas,
políticas e comerciais e aprofundou a divisão
campo/cidade, típica do regime tributário.
• O javismo foi sendo abandonado e aumentou a
exploração dos camponeses.
• Dirigindo-se aos seus ouvintes do norte, Amós acusa-
os de espoliar o pequeno camponês, que está
perdendo sua herança e sua liberdade.
PROFETA AMÓS
35. • Olhando ao redor de Israel, Amós vê uma série de crimes e
desmandos cometidos por reinos e cidades vizinhas.
• Mas vê em Israel um processo mais acelerado de
despotismo e o denuncia com todas as letras.
• O núcleo do livro de Amós é composto por uma série de
palavras e ameaças contra Israel.
• O profeta denuncia o luxo dos ricos, sua costumeira prática
da injustiça contra os pobres, o falso culto prestado a
Iahweh e a falsa segurança religiosa que seus ouvintes
imaginam possuir.
PROFETA AMÓS
37. • Os responsáveis pela desagregação social, membros da
elite dominante, são devidamente denunciados por
Oseias.
• Parte de uma aparente experiência pessoal - um
casamento desastrado - para denunciar a ruptura da
fidelidade israelita à aliança javista e a procura dos ídolos
que se generaliza no Israel de sua época.
• Infelizmente, o profeta não foi ouvido pela maioria e o
reino do norte conheceu seu fim definitivo poucos anos
após o término de sua pregação.
PROFETA OSÉIAS
38. • Apesar da crítica social e da veemente condenação da
idolatria, Oseias vislumbra uma possibilidade de saída da
crise, pois crê na misericórdia de Iahweh que não
abandonará o seu povo.
• Oseias apela, no final de seu livro, de várias maneiras e
com imagens poéticas de grande sensibilidade, à volta ao
javismo, para salvação.
PROFETA OSÉIAS
39. • Vivendo numa época de grande instabilidade
política, Oseias assiste durante sua vida a
sucessivos golpes de Estado e à crescente e
desastrosa interferência assíria na região.
• Reino Norte é praticamente destruído em 722 a.C.
pelos assírios. O último rei foi Oséias.
PROFETA OSÉIAS
41. • Quando assume o governo, Ezequias, de fato,
promove uma reforma bastante interessante.
• Todavia, se levanta contra o poderio assírio de
Senaquerib, que arrasa o país em 701 a.C. e, por
pouco, não toma Jerusalém.
• Isaías denuncia a falsa confiança de Jerusalém nas
alianças com o Egito e na esperada derrota assíria.
PROFETA ISAÍAS
42. • Isaías prevê que Judá fracassará, como de fato
fracassou, transformando-se num joguete de grandes
potências e escusos interesses.
• Iahweh está comprometido com a cidade de
Jerusalém e salvará o seu povo, conduzindo-o a um
reino de paz onde, um dia, não haverá mais
opressão.
• Na mesma época em que Isaías pregava em
Jerusalém surgiu ali outro importante profeta,
originário de Morasti-Gat, situada na região limítrofe
com os filisteus, o camponês Miqueias.
PROFETA ISAÍAS
43. • Miqueias, na sua franca linguagem camponesa,
denuncia duramente as autoridades de Jerusalém
como responsáveis pela crise imensa porque passa
o país.
• Quem deveria defender os injustiçados, promovia a
injustiça.
• Não existia a mínima preocupação de exercer a
justiça e respeitar o direito do pobre que é, na sua
expressão, colocado na panela e cozinhado pelos
poderosos de turno.
PROFETA MIQUÉIAS
44. • Daí a discussão com seus adversários que, a
serviço do poder, desmentem o profeta morastita e
procuram constantemente reafirmar que não há
razão para preocupação, pois tudo corre bem.
• Miqueias faz verdadeira cruzada contra esta
"teologia da opressão".
• Miqueias ataca o falso discurso javista celebrado no
culto hipócrita e exige a prática do direito e da
solidariedade javista como o único caminho que
poderá salvar o seu povo e o seu país.
PROFETA MIQUÉIAS
46. CONTEXTO
• Embora Ezequias (727 a 698 a.C.) buscou a
independência de Judá, na realidade não conseguiu.
• Adesão crescentes de práticas e costumes
estrangeiros e pagãos.
• Manasses (698 a 643) contribuiu sensivelmente para
esse crescimento (2Rs 21:3-9) e derramamento de
sangue inocente (2Rs 21:16).
47. CONTEXTO
• Amon (643 a 640), descendente de Manassés, deu
seguimento às políticas do pai, mas sua tendência anti-
assíria causou seu assassinato pelos membros da
corte.
• Amon foi substituído por Josias, que teve dois grupos
que durante sua menoridade disputavam o poder:
• O povo da terra – camponeses proprietários que haviam
colocado Josias no poder (2Rs 21:24) – defendiam a
tradição judaíta e favoráveis à dinastia davídica.
• Nobres e príncipes (1:8) – buscavam a manutenção da
situação social e religiosa por meio de alianças estrangeiras
(Egito ou Assíria = grupos).
50. INTRODUÇÃO
• O livro de Naum tem, basicamente, um duplo
propósito.
1. Profetizar sobre o julgamento de Nínive mediante a
providência vingadora de Deus; e
2. Poderoso alento consolador à nação de Judá, que seria
libertada da opressão assíria.
• Data provável: entre 668 e 654 a.C.
51. CONTEXTO
• Judá, nos dias do rei Manassés, tornou-se um reino
vassalo da Assíria.
• Muito provável que Naum tenha vivido sob o reinado
do rei Manassés (698-643 a.C.).
• Naum deve ter percebido a perversa política pró-
assíria, que produziu muita corrupção e a decadência
do chamado “povo de Iahweh”, especialmente a elite
judaíta.
• Manassés = introdução de cultos à Baal, ao Deus Sol
e aos astros, como também práticas de adivinhação e
magias. Além de oferecer o próprio filho em sacrifício à
Moloque.
52. CONTEXTO
• Foi nos dias do rei Manassés que o poder assírio
começou a declinar.
• Faraó Neco, temendo a Babilônia, que cada vez
mais avultava em potência, aliou-se à Assíria e obteve
por consentimento, o controle de Judá e da Síria.
• A cidade de Nínive foi destruída em 612 A.C., graças
aos esforços combinados dos medos, babilônios e citas.
Mas só caiu por causa das brechas feitas em suas
muralhas defensivas pelas águas de enchente (Na 2:6-
8).
• Naum descreveu vívida e profeticamente a queda da
cidade.
53. Texto Tema Subtemas
1:1-2:1
Deus age na
história
• Abertura do livro (1:1)
• O senhorio de Deus sobre a
história (1:2-8)
• Deus está atento às tramas
dos opressores (1:9-2:1)
2:2-3:19
A ruina do
opressor e a
celebração
dos
oprimidos
• O poder opressor em
queda (2:2-3:7)
• Nenhum império é
indestrutível (3:8-17)
• Os oprimidos celebram a
queda dos opressores
(3:18-19)
55. SOFONIAS
• No tempo do rei Josias (1:1), que reinou no período de
640-609 a.C.
• Atuou, provavelmente, antes da reforma política,
religiosa, econômica e social realizada por Josias (621
a.C.) – 2 Rs 23:4ss.
• Antes da vocação de Jeremias (627 a.C.), que ocorreu
no décimo terceiro ano do reinado de Josias (Jr 1:2).
• Período provável: 640 a 630 a.C.
56. Texto Tema Subtemas
1:2-2:3
Iahweh
desmascara a
corrupção
• A corrupção religiosa (1:4-6)
• Corrupção dos poderoso (1:7-9)
• O alicerce da corrupção (1:10-11)
• O julgamento e a sentença
condenatória (1:14-18)
• Haverá escapatória? (2:1-3)
2:4-3:8
A amplitude
do
julgamento
• Oeste: Filisteus (2:4-7)
• Leste: Moab e Amon (2:88-11)
• Sul: Egito (2:12)
• Norte: Assíria (2:13-15)
• Jerusalém, a corrupta (3:1-8)
3:9-20
A esperança
vem dos
oprimidos
• Conversão dos povos (3:9-10)
• O remanescente preservado (3:11-13)
• Deus no meio do povo (3:14-18a)
• Promessas de Deus (3:18b-20)
Fonte: Balancin e Storniollo (2011) - Adaptado
57. Haverá escapatória (2:1-3)
• Última oportunidade antes do julgamento, uma
conversão radical.
Descaso com
Iahweh
Procura de
riqueza
INJUSTIÇA
Procurar a
Iahweh
Procurar a
pobreza
JUSTIÇA
Fonte: Balancin e Storniollo (2011, p. 18) - adaptado
58. A amplitude do julgamento (2:4-3:8)
Jerusalém
(3:1-8)
NORTE
Assíria
(2:13-15)
OESTE
Filisteus
(2:4-7)
LESTE
Moab e Amon
(2:8-11)
SUL
Egito
(2:12) Fonte: Balancin e Storniollo (2011, p. 22) - adaptado
60. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• Até o exílio a teologia preponderante é de um
Deus que age e controla a história, um senhor
absoluto, cujo projeto escatológico é construído
dentro do próprio tempo contínuo do mundo.
• Confiança na inviolabilidade de Jerusalém.
• A queda do Estado de Judá foi o evento que teve
maior efeito de transformação sobre o javismo.
• O desastre do exílio se transformou em um
trampolim para as novas teologias pelas quais
Israel entendia sua experiência histórica como
povo de Deus.
62. BLANK, Reinol J. Escatologia do mundo: o projeto cósmico de Deus
(Escatologia II). São Paulo: Paulus, 2001.
CAZELLES, Henri. História política de Israel: desde as origens até
Alexandre magno. São Paulo: Paulinas, 1986.
DONNER, H. História de Israel e dos povos vizinhos: Da época da
divisão do reino até Alexandre Magno. V 2. São Leopoldo:
Sinodal, 1997.
FOHRER, G. História da religião de Israel. São Paulo: Paulinas,
1983.
GOTTWALD, N.K. Introdução sócio-literária à Bíblia Hebraica. São
Paulo: Paulinas, 1988.
REFERÊNCIAS
63. KLEIN, Ralph W. Israel no Exílio: uma interpretação teológica.
Santo André: Academia Cristã; São Paulo: Paulus, 2012.
LIENEMANN-PERRIN, Christine. Missão e diálogo inter-religioso.
São Leopoldo: Sinodal; CEBI, 2005.
PIXLEY, Jorge. A História de Israel a partir dos pobres. Petrópolis:
Vozes, 1989.
SCHWANTES, M. Breve história de Israel. São Leopoldo: Oikos,
2008.
SCHWANTES, M. Sofrimento e esperança no exílio. São Leopoldo:
Sinodal, 1987.
STORNIOLO, Ivo. Como ler o Livro de Jó: o desafio da verdadeira
religião. 5. ed. São Paulo: Paulus, 2008.
REFERÊNCIAS