SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 65
Universidade Federal de Mato Grosso
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Departamento de Geografia
Geografia Agrária do Brasil




                   Alunos: Bruno Camargo e Nayara Spohr
» Fernando Henrique Cardoso nasceu no estado do
  Rio de Janeiro no dia 18 de junho de 1931;

»   Com menos de dez (10) anos mudou-se para São
    Paulo, lá concluiu o curso de Ciências Sociais pela
    Universidade de São Paulo (USP);

» Realizou os estudos de pós-graduação na
  Universidade de Paris. Na década de 1960, após o
  Golpe Militar no Brasil, foi exilado no Chile e
  posteriormente na França, onde realizou seus
  estudos de pós-graduação, retornou para o Brasil
  como professor da USP;

» Após a aposentadoria foi convidado a lecionar em
  algumas      universidades     estrangeiras    e
  fundou, juntamente com outros intelectuais
  brasileiros, o Centro Brasileiro de Análise e
  Planejamento (CEBRAP). Esse Centro tinha como
  principal objetivo a análise da realidade
  socioeconômica da sociedade brasileira.
»   Sua vida política teve início no ano de 1978, quando foi
    eleito suplente do Senador paulista Franco Montoro, no
    ano de 1983 assumiu o senado quando Franco Montoro
    foi eleito governador do estado de São Paulo. Perdeu as
    eleições para a prefeitura de São Paulo para Jânio
    Quadros no ano de 1985, mas em 1986 foi eleito senador
    por São Paulo.

»   Em 1993 deixou o Ministério da Fazenda e lançou sua
    candidatura à presidência da República pelo PSDB, seu
    principal adversário foi Luiz Inácio Lula da Silva, que
    concorria à presidência pelo Partido dos Trabalhadores
    (PT), Lula era o favorito à presidência. Fernando Henrique
    Cardoso ganhou as eleições e assumiu a pasta
    presidencial no ano de 1994. Seu principal objetivo
    durante o primeiro mandato foi o combate à inflação.

»   Governo presidencial de dois mandatos. (1º mandato
    (1994-1997) e 2º mandato (1998-2002));
»   Já no primeiro mandato do presidente Fernando Henrique
    Cardoso, a política agrária sofreu reorientações significativas,
    que marcariam seu segundo mandato, a partir da nomeação de
    Raul Jungmann como ministro do Desenvolvimento Agrário. A
    reforma agrária finalmente encontrou o seu sujeito, a
    agricultura familiar, e o Estado encontrou a sua missão agrária
    como gestor do território.

»   FHC prometeu e assentou 600 mil famílias e distribuiu 22
    milhões de hectares de terra; criou o Ministério do
    Desenvolvimento Agrário (MDA), o Banco da Terra e o
    Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar
    (Pronaf), o maior programa de alívio da pobreza rural; realizou
    a mais extensa mudança na legislação fundiária desde o
    Estatuto da Terra, de 1964. Além disso, instituiu o rito sumário
    nas desapropriações, reformou o Imposto sobre a Propriedade
    Territorial Rural (ITR) e editou uma Lei de Terras, ferindo de
    morte o latifúndio, e cassou o registro administrativo de todos
    os grandes latifúndios do País (cerca de 93 milhões de
    hectares).

»   Nenhum massacre de sem-terra tornou a ocorrer após
    Eldorado dos Carajás, de tristíssima memória. Nenhum
    escândalo de desapropriação fraudulenta de terras ou
    corrupção pipocou. As invasões de propriedades foram caindo
    até alcançarem o seu mais baixo nível em décadas — resultado,
    em parte, da edição da medida provisória (MP) das invasões de
    terra, que determinava a retirada do Programa de Reforma
    Agrária, por dois anos, de qualquer área invadida.
» No primeiro mandato, mas precisamente no de 1997, FHC (como ficou
  conhecido) deu continuidade ao processo de reformas estruturais com a
  finalidade de evitar a volta da inflação, procurando deixar a economia estável.
  Durante este mandado o presidente pautou pela privatização de várias
  estatais brasileiras, como a Companhia Vale do Rio Doce (empresa do setor
  de mineração e siderurgia), a Telebrás (empresa de telecomunicações) e o
  Banespa (banco pertencente ao governo do estado de São Paulo). A compra
  das empresas estatais ocorreu, sobretudo, por grupos estrangeiros, que
  faziam     aquisição     das     ações     ou   compravam       grande   parte
  dessas, assim, tornavam-se sócios majoritários.

» Ainda no ano de 1997, FHC conseguiu enviar e aprovar no Congresso
  Nacional a emenda da reeleição, tornando-se candidato outra vez à
  presidência da república e ainda tendo Lula como seu principal adversário. O
  Plano Real e o controle da inflação continuou sendo sua principal propaganda
  política, o que favoreceu a FHC mais uma vitória nas urnas, conseguindo a
  reeleição.

» No ano de 1999, FHC assumiu o segundo mandato como presidente do
  Brasil, neste mandato não houve grandes investimentos nas reformas
  estruturais (privatizações). Ocorreram, sim, algumas reformas no setor da
  Educação, sendo aprovadas no ano de 1996 as Leis de Diretrizes e Bases para
  a Educação (LDB), e posteriormente foram criados os Parâmetros Curriculares
  para o Ensino Básico.

» FHC deixou a presidência no dia 1 de janeiro de 2003, e quem a assumiu foi
  Luiz Inácio Lula da Silva.
Fernando Henrique Cardoso foi o presidente que
mais assentou famílias de sem-terra entre os quatro
últimos chefes de estado brasileiros. Em seu governo, a
média de famílias assentadas foi de 70.000 por ano. Itamar
Franco foi o pior, com 11.000 famílias por ano. João
Baptista Figueiredo assentou 18.500 famílias por ano; José
Sarney, 18.000; e Fernando Collor, 19.000.
Seu governo retalhou 18
milhões de hectares, uma área
maior que o Uruguai e
equivalente a metade do
território da Alemanha, e neles
assentou 635 000 famílias.
Quase 2 milhões de brasileiros
receberam terras entre 1995 e
2002. Para isso, o antigo
governo FHC gastou 25 bilhões
de reais na aquisição de terra e
na instalação de assentamentos.
» A política de assentamento não é uma alternativa barata. O governo gasta
  até 30.000 reais com cada família que ganha um pedaço de terra.

» A criação de um emprego no comércio custa 40.000 reais. Na
  indústria, 80.000. Só que esses gastos são da iniciativa
  privada, enquanto, no campo, teriam de vir do governo. É investimento
  estatal puro, mesmo que o retorno, no caso, seja alto.

» De cada 30.000 reais investidos, estima-se que 23.000 voltem a seus
  cofres após alguns anos, na forma de impostos e mesmo de pagamentos
  de empréstimos adiantados.

» Para promover a reforma agrária em larga escala, é preciso dinheiro que
  não acaba mais. Seria errado, contudo, em nome da impossibilidade de
  fazer o máximo, recusar-se a fazer até o mínimo. O preço dessa recusa
  está aí, à vista de todos: a urbanização selvagem, a criminalidade em
  alta, a degradação das grandes cidades.
» Conforme dados oficiais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
  Agrária (Incra), o governo de Fernando Henrique Cardoso (de 1995 a 2002)
  assentou 1.219.690 famílias de trabalhadores rurais sem-terra, o maior
  número já registrado na história do Brasil. Porém, os números são
  contestados pelo governo Lula e pelo projeto Dataluta, da Universidade
  Estadual Paulista (Unesp). Conforme o Incra, nos últimos quatro anos do
  governo FHC, foram assentadas 931.696 famílias, sendo 635.035 só em 2002
  (até setembro, período divulgado pelo órgão).

» No primeiro período do governo FHC, foram criados 2.356 projetos de
  assentamentos, e, nos anos seguintes, 782 (em 1999), 720 (2000), 539 (2001)
  e 4.637 (2002). As desapropriações de terras considerados improdutivas
  somaram 7.321.270 hectares de 1995 a 1998.

» Os números de violência no campo apresentados pelo Incra mostram que
  houve redução os assassinatos de trabalhadores rurais dos anos 80 para os
  90. No período FHC, 1996 foi o ano mais violento, com 54 mortes. Em
  1997, houve 30 mortes, e, em 1998, ocorreram 47 casos. Nos anos
  seguintes, o número de homicídios oscilou. Em 1999, foram 27, em
  2000, 10, em 2001, 14, e em 2002, foram registrados 20 casos.

» O número de invasões de terras também seguiu uma tendência de queda a
  partir de 1999, passando de 502 neste ano para 236 no ano seguinte, 158 em
  2001 e 103 em 2002. Em 2003, o número de ocupações de propriedades
  privadas volta a crescer, com 171 (oito primeiros meses do governo Lula).
» Há outros sinais concretos de que a reforma agrária brasileira funciona
  equivocadamente. "Apenas um quinto dos que recebem terra consegue gerar
  renda suficiente para se manter no campo", informa o pesquisador Eliseu
  Roberto Alves, ex-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
  "Os outros abandonam a terra num período máximo de dez anos." O
  fenômeno do esvaziamento populacional no campo, aliás, é absolutamente
  natural e faz parte da História da maioria dos países desenvolvidos neste
  século. Nos Estados Unidos, resta apenas 1,5% da população trabalhando no
  campo. Na França, há 6%, mas isso custa bastante em termos de subsídios. No
  caso do Brasil, a massa que vai sendo derrotada pela tecnologia ganha o rótulo
  de excluída e acaba abastecendo iniciativas que parecem exigir que o planeta
  gire ao contrário.

» Se há uma vantagem no modelo atual, ela é do MST, que continua vendo
  crescer o número de cabeças disponíveis para seguir discursos inflamados
  como os do líder José Rainha, comandante popular com carisma e poder de
  persuasão. Em contrapartida às dificuldades nos projetos de reforma
  agrária, existe no Brasil o sucesso do modelo de cooperativas de pequenos
  proprietários. Em alguns casos, as cooperativas respondem por mais de 30%
  da produção nacional de determinada cultura. O problema é que, para ligar
  uma coisa com a outra, se depende da familiaridade e da aptidão do
  assentado para o trabalho na terra, habilidades pouco comuns entre os
  integrantes das fileiras do MST.
» O primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso havia começado
  com base na suposição de que o Brasil já não era um país
  agrícola, que o número de trabalhadores rurais era
  proporcionalmente pequeno e caminhava para maior redução
  ainda, seguindo a tendência moderna dos países desenvolvidos.
  Dentro e fora do governo, as demandas feitas em nome dos
  trabalhadores do campo, não raro com sua escassa
  participação,       apareciam      para     amplo       espectro
  da intelligentsia brasileira como demandas do Brasil arcaico, em
  descompasso com o Brasil moderno dos projetos nacionais
  de desenvolvimento.

» Para muitos, a pequena agricultura, ou a chamada agricultura
  familiar, estava necessariamente presa a técnicas agrícolas
  atrasadas, de baixa produtividade, e representava uma modalidade de
  economia destituída de empreendedorismo e de futuro. Algo a não
  ser estimulado nem apoiado. Estudiosos de esquerda até
  confundiam, e continuam confundindo, agricultura familiar com
  agricultura de subsistência. Um setor do governo, representado
  sobretudo por economistas, pensava desse modo e até havia quem
  entendesse que mais barata e eficaz do que a reforma agrária seria a
  distribuição direta dos recursos da reforma aos prováveis
  beneficiários, como um subsídio que pudesse servir para o início de
  alguma atividade econômica, de preferência urbana.
» Portanto, a política agrária de Fernando Henrique Cardoso teve por objetivo fazer a
  reforma e ao mesmo tempo instituir a normalidade do conflito, isto é, definir as bases
  institucionais do conflito agrário, fazendo do Estado o mediador e gestor das soluções. A
  Medida Provisória que proíbe vistorias para reforma agrária em terras invadidas, mantida
  pelo governo do PT, propôs-se como o inevitável instrumento do Estado administrador
  da ordem . A política agrária de Fernando Henrique Cardoso foi no sentido de distribuir a
  terra e distribuir a paz social, ao mesmo tempo, atenuando e reduzindo a conflitividade
  dos confrontos sociais que tem a disputa pela terra como causa. A criação da Ouvidoria
  Agrária, entregue a um reputado e competente desembargador, mantido pelo novo
  governo, foi certamente medida das mais acertadas numa linha política de conciliação e
  prudência, com reconhecidos resultados na pacificação do campo.

» Um aspecto essencial de como o governo de Fernando Henrique Cardoso propôs e
  executou sua política agrária diz respeito à clara consciência do presidente de que a
  questão agrária não se apresentava nem se apresenta solitariamente no elenco dos
  problemas a resolver. A questão agrária é, no Brasil, como em tantas outras partes do
  mundo, também uma questão política, pelo conjunto de interesses sociais e políticos que
  acumulou na definição e na sustentação das classes dominantes, particularmente os
  setores que expressam os interesses relativos à propriedade da terra. O Brasil tradicional
  e arcaico da dominação patrimonial, do clientelismo político, do coronelismo, é também
  um produto do regime fundiário e parte da questão agrária. Não fosse assim, a reforma
  teria sido feita e concluída há muito tempo. Por isso mesmo, seu governo adotou um
  conjunto de procedimentos orientados claramente a minar a dominação patrimonial e o
  clientelismo político, interrompendo a circularidade de suas influências na sustentação da
  estrutura do Estado (Cardoso, 1994, pp. 39-41). CPT e MST e as esquerdas em geral não
  se interessaram por esse aspecto essencial do processo político e do momento
  histórico, sem o qual a reforma agrária tem pouco ou nenhum sentido. É essa
  despreocupação que dá às ações desses setores a conotação de ações pré-
  políticas, inseridas na lógica da sociedade tradicional e arcaica.
» Brasil - Famílias assentadas até 10/09/2002
                                     PERÍODO 1995 A 10 DE SETEMBRO DE 2002
             Período
Região                 Incra                                Total de Beneficiários
             1964-1994          Banco da Terra(*) PCPR(*)
                                                            (INCRA+BT+PCPR)

Norte        135.138   219.087 492                          219.579

Nordeste     41.444    191.319 15.191             3.694     210.204
Centro-Oeste 26.196    105.549 7.653                        113.202

Sudeste      7.914     29.083   9.038                       38.121

Sul          7.842     34.695   19.234                      53.929

Brasil       218.534   579.733 51.608             3.694     635.035
Uma das maiores batalhas enfrentadas pelo
primeiro governo do FHC foi travada no campo.
Vários confrontos envolveram integrantes do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST) e forças policiais. Os mais violentos
ocorreram em Corumbiara (RO), em 1995, e em
Eldorado dos Carajás (PA), em abril de 1996,
quando 19 sem-terra foram massacrados por
policiais  do    estado.     Esses    episódios,
principalmente o do Pará, chocaram a
comunidade nacional e internacional.
Jornal do Brasil divulga a morte dos 19 sem –terra em Eldorado dos Carajás, 1996.
18.abr.1996 - Sem-terra morto pela Polícia Militar com um tiro na cabeça durante o
massacre de Eldorado dos Carajás, no Instituto Médico Legal (IML) de Marabá (PA).
18.abr.1996 - Corpos dos sem-terra
mortos no massacre de Eldorado dos
Carajás jogados em uma sala do
Instituto Médico Legal de Marabá.
18.abr.1996 - Feridos no hospital de Curionópolis (PA), um dia depois do massacre de
Eldorado dos Carajás.
18.abr.1996 - Maria Raimunda exibe raio-x do filho José Carlos Hagarito (ao lado dela), que
foi baleado no massacre de Eldorado dos Carajás e ficou cego de um olho.
18.abr.1996 - Sem-terra procuram corpos em Curionópolis (PA) um dia após o massacre de
Eldorado dos Carajás.
19.abr.1996 - Então presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicentinho (de
camisa azul claro, à esquerda), e José Dirceu (de azul escuro), então presidente do PT, vão a
Curionópolis (PA) para acompanhar o enterro dos 19 sem-terra mortos no massacre de
Eldorado dos Carajás.
20.abr.1996 - Trabalhadores preparam covas para o enterro dos 19 sem-terra mortos em
Eldorado dos Carajás.
20.abr.1996 - Caixões dos sem-terra mortos por policiais em Eldorado dos Carajás.
20.abr.1996 - Multidão, em Curionópolis (PA), se dirige ao enterro dos 19 sem-terra mortos
no massacre de Eldorado dos Carajás.
20.abr.1996 - Sem-terra Andrelina de Souza Araújo, na época com 42 anos, com o filho
Róbson no colo, chora a morte do marido, durante enterro das vítimas do massacre de
Eldorado dos Carajás em Curionópolis (PA).
11.jun.1996 - Cruzes no local do
massacre de Eldorado dos Carajás.
14.jun.1996 - Gerente de fazenda que
denunciou fazendeiros da região como
mandantes do massacre de Eldorado
dos Carajás, refugiado na OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil), em Brasília.
27.ago.1996 - Maria Angélica Araújo de Souza (à direita), mulher de Manoel de
Souza, desaparecido após o massacre de Eldorado dos Carajás.
27.ago.1996 - Posseiros que presenciaram o conflito de Eldorado dos Carajás.
16.ago.1999 - Sem-terra enfrentam policiais
17.abr.1998 - Memorial em homenagem aos em frente ao local em que os oficiais
mortos no massacre de Eldorado dos envolvidos no massacre de Eldorado dos
Carajás.                                Carajás foram julgados, em Belém.
16.ago.1999 - Coronel Mário Collares
Pantoja, um dos oficiais condenados pelo
massacre de Eldorado dos Carajás, chega
na     Unama        (Universidade     da
Amazônia), em Belém, onde foi julgado.




16.ago.1999 - Major José Maria
Oliveira, um dos oficiais condenados
pelo massacre de Eldorado dos
Carajás, chega na Unama (Universidade
da Amazônia), em Belém, onde foi
julgado.
16.ago.1999 - Francinete dos Santos, mulher de Robson Vito Sobrinho, morto no massacre de
Eldorado dos Carajás, e a filha Hailene se abraçam do lado de fora da Unama (Universidade da
Amazônia), em Belém, onde os dois oficiais acusados pelas mortes foram julgados.
17.ago.1999 - Sem-terra fazem vigília em Belém enquanto aguardam fim do julgamento
dos oficiais acusados pelo massacre de Eldorado dos Carajás.
19.ago.1999 - Mulher chora ao lado da imagem dos mortos no massacre de Eldorado dos
Carajás, após a absolvição dos policiais envolvidos nas mortes, em Belém.
19.ago.1999 - Heloísa Helena e outros senadores fazem protesto contra a absolvição dos
policiais envolvidos no massacre de Eldorado dos Carajás, em Brasília.
23.ago.1999 - Monumento feito com troncos de árvore colocado no local em que 19 sem-
terra foram mortos no massacre de Eldorado dos Carajás.
23.ago.1999 - Cemitério onde estão enterradas as vítimas do massacre de Eldorado dos
Carajás.
16.nov.1996 - Casa de um sem-terra que sobreviveu ao massacre de Eldorado dos
Carajás.
12.abr.2001 - As viúvas Maria Alice da Silva, com o retrato do marido Joaquim Pereira, e
Julia Pereira, segurando uma cruz que simboliza Francisco Divino, em Eldorado dos
Carajás. Ambos foram mortos no massacre ocorrido há 16 anos.
12.abr.2001 - Garoto Josivaldo observa painel em homenagem aos mortos no massacre
de Eldorado dos Carajás, em que seu pai morreu.
12.abr.2001 - A viúva Raimunda da
Conceição e o seu filho Leandro
seguram quadro com a imagem de
Leonardo Batista, morto no massacre
de Eldorado dos Carajás.
17.abr.2001 - Integrantes do MST fazem marcha em frente ao Palácio da Justiça, em
Brasília, para relembrar os 19 mortos no massacre de Eldorado dos Carajás.
17.abr.2002 - Policiais entram em confronto com integrantes do MST em Recife, durante
protesto para lembrar os seis anos do massacre de Eldorado dos Carajás.
Jun.2002 - Coronel Mário Collares Pantoja deixa o Tribunal de Justiça do Pará, em
Belém, após ser condenado à pena máxima pelo massacre de Eldorado dos Carajás.
08.abr.2003 - Josimar Pereira de Freitas, atingido com um tiro na perna durante o massacre de Eldorado dos
Carajás, acompanhado de Rubenita Justiniano da Silva (à direita), baleada na boca, em Belém.
17.abr.2003 - Integrantes do MST protestam em frente ao Cristo Redentor, no Rio de
Janeiro, para relembrar o massacre de Eldorado dos Carajás.
17.abr.2004 - Integrantes do MST fazem marcha no local em que houve o massacre de
Eldorado dos Carajás.
19.nov.2004 - Sem-terra fazem encenação do massacre de Eldorado dos Carajás em
frente ao Tribunal de Justiça do Pará, onde foram julgados os envolvidos na morte de 19
sem-terra.
13.abr.2006 - Josimar Pereira de Freitas, atingido por um tiro na perna durante o
massacre de Eldorado dos Carajás, exibe foto de quanto estava no hospital.
13.abr.2006 - Francisco Souza dos Santos segura foto em que ele aparece, ainda criança,
durante protesto contra o massacre de Eldorado dos Carajás, que ele presenciou.
13.abr.2006 - Maria Raimunda exibe foto do filho José Carlos Hagarito (ao lado dela), que
foi baleado no massacre de Eldorado dos Carajás e ficou cego de um olho.
13.abr.2006 - Andrelina de Souza Araújo e o filho Róbson carregam imagem símbolo do
massacre de Eldorado dos Carajás, em que eles aparecem no enterro de João Rodrigues de
Araújo, marido de Andrelina e pai de Róbson.
16.abr.2006 - Pamala, então aos 4
anos, observa uma das fotos de
Sebastião Salgado expostas no local onde
ocorreu o massacre de Eldorado dos
Carajás.
17.abr.2006 - MST protesta em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, para
relembrar o massacre de Eldorado dos Carajás.
17.abr.2007 - Militantes de um acampamento do MST em Piraí (RJ) fecham os dois
sentidos da rodovia Presidente Dutra em protesto para lembrar o Massacre de Eldorado
dos Carajás.
17.abr.2008 - Garimpeiros e militantes do MST paralisam por 7h trem carregado de minério
da Vale, em Parauapebas (PA), para relembrar o massacre de Eldorado dos Carajás.
“No dia 17 de abril de 1996, no   Eldorado dos Carajás, ficaram 19
estado brasileiro do Pará, perto de uma     mortos, além de umas quantas dezenas
povoação chamada Eldorado dos               de pessoas feridas. [...] Demasiado
                                            sabemos que, muito antes da invenção
Carajás (Eldorado: como pode ser
                                            das primeiras armas de fogo, já as
sarcástico o destino de certas              pedras, as foices e os chuços haviam
palavras...), 155 soldados da polícia       sido considerados ilegais nas mãos
militarizada, armados com espingardas       daqueles      que,    obrigados   pela
e metralhadoras, abriram fogo contra        necessidade a reclamar pão para
uma manifestação de camponeses que          comer          e       terra      para
bloquearam a estrada em ação de             trabalhar, encontraram pela frente a
protesto pelo atraso dos procedimentos      polícia militarizada do tempo, armada
legais de expropriação de terras, como      de espadas, lanças e alabardas. Ao
                                            contrário do que geralmente se
parte do esboço ou simulacro de uma
                                            pretende fazer acreditar, não há nada
suposta reforma agrária no qual, entre      mais fácil de compreender que a
avanços      mínimos     e     dramáticos   história do mundo, que muita gente
recuos, se gastaram já cinquenta            ilustrada ainda teima em afirmar ser
anos, sem que alguma vez tivesse sido       complicada        demais     para    o
dada      suficiente    satisfação    aos   entendimento rude do povo.”
gravíssimos problemas de subsistência
(seria mais rigoroso dizer sobrevivência)   SARAMAGO, José. In: SALGADO, Sebastião. Terra.
dos trabalhadores do campo. Naquele         São Paulo: Companhia das letras, 1997.
dia, no chão de
»   MARTINS. José de S. A reforma agrária no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso:
    Tempo soc. Ed 15 nº 2. São Paulo: Novembro 2003.

»   SALGADO, Sebastião. Terra. São Paulo: Companhia das letras, 1997.

»   <http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI137176-EI1774,00
    Governo+FHC+seria+o+que+mais+assentou+ate+hoje.html > Acesso em: 10.05.12

»   <http://www.brasilescola.com/historiab/governo-fernando-henrique-cardoso.htm> Acesso em:
    10.05.12

»   <http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/geografia/geografia_do_brasil/agri
    cultura/brasil_reforma_agraria > Acesso em: 10.05.12

»   <http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/reforma_agrara/historia.html > Acesso em: 10.05.12

»   <http://www.comciencia.br/reportagens/agraria/agr02.shtml > Acesso em: 10.05.12

»   <http://antipetistaconvicto.blogspot.com/2010/07/reforma-agraria-de-fhc-e-de-lula-por.html >
    Acesso em: 10.05.12

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Exercícios de História [Enem: 1998 - 2003]
Exercícios de História [Enem: 1998 - 2003]Exercícios de História [Enem: 1998 - 2003]
Exercícios de História [Enem: 1998 - 2003]Alex Pinheiro
 
Golpe de estado de 1964 nunca mais no brasil docx
Golpe de estado de 1964 nunca mais no brasil docxGolpe de estado de 1964 nunca mais no brasil docx
Golpe de estado de 1964 nunca mais no brasil docxFernando Alcoforado
 
República dos generais - Parte 2
República dos generais - Parte 2República dos generais - Parte 2
República dos generais - Parte 2Valéria Shoujofan
 
Ditadura Militar no Brasil - Prof. Altair Aguilar
Ditadura Militar no Brasil - Prof. Altair AguilarDitadura Militar no Brasil - Prof. Altair Aguilar
Ditadura Militar no Brasil - Prof. Altair AguilarAltair Moisés Aguilar
 
5º era vargas.hist.ed.brasil
5º era vargas.hist.ed.brasil5º era vargas.hist.ed.brasil
5º era vargas.hist.ed.brasilMarcilio Sampaio
 
Brasil país gigante pela própria natureza
Brasil país  gigante pela própria naturezaBrasil país  gigante pela própria natureza
Brasil país gigante pela própria naturezaSalageo Cristina
 
Governo Humberto de Alencar Castelo Branco - 1964 - 1967 - Prof. Altair Aguilar
Governo Humberto de Alencar Castelo Branco - 1964 - 1967 - Prof. Altair AguilarGoverno Humberto de Alencar Castelo Branco - 1964 - 1967 - Prof. Altair Aguilar
Governo Humberto de Alencar Castelo Branco - 1964 - 1967 - Prof. Altair AguilarAltair Moisés Aguilar
 
As lições do golpe de estado de 1964 no brasil
As lições do golpe de estado de 1964 no brasilAs lições do golpe de estado de 1964 no brasil
As lições do golpe de estado de 1964 no brasilFernando Alcoforado
 
A Amazônia a partir da Década de 60 e 70
A Amazônia a partir da Década de 60 e 70A Amazônia a partir da Década de 60 e 70
A Amazônia a partir da Década de 60 e 70Adilson P Motta Motta
 
H brasil periodoregencial
H brasil periodoregencialH brasil periodoregencial
H brasil periodoregencialAndrCosta320
 
A Nova República (1985-)
A Nova República (1985-)A Nova República (1985-)
A Nova República (1985-)Isaquel Silva
 

La actualidad más candente (19)

Governo figueiredo
Governo figueiredoGoverno figueiredo
Governo figueiredo
 
6º ed.regime militar
6º ed.regime militar6º ed.regime militar
6º ed.regime militar
 
Exercícios de História [Enem: 1998 - 2003]
Exercícios de História [Enem: 1998 - 2003]Exercícios de História [Enem: 1998 - 2003]
Exercícios de História [Enem: 1998 - 2003]
 
A Educação na Ditadura Militar
A Educação na Ditadura MilitarA Educação na Ditadura Militar
A Educação na Ditadura Militar
 
Slide educação da ditadura militar
Slide educação da ditadura militarSlide educação da ditadura militar
Slide educação da ditadura militar
 
Slide terceiro ano geral
Slide terceiro ano geralSlide terceiro ano geral
Slide terceiro ano geral
 
Golpe de estado de 1964 nunca mais no brasil docx
Golpe de estado de 1964 nunca mais no brasil docxGolpe de estado de 1964 nunca mais no brasil docx
Golpe de estado de 1964 nunca mais no brasil docx
 
República dos generais - Parte 2
República dos generais - Parte 2República dos generais - Parte 2
República dos generais - Parte 2
 
Ditadura Militar no Brasil - Prof. Altair Aguilar
Ditadura Militar no Brasil - Prof. Altair AguilarDitadura Militar no Brasil - Prof. Altair Aguilar
Ditadura Militar no Brasil - Prof. Altair Aguilar
 
Eja 3 geografia - aula 1
Eja 3   geografia - aula 1Eja 3   geografia - aula 1
Eja 3 geografia - aula 1
 
Era vargas
Era vargasEra vargas
Era vargas
 
5º era vargas.hist.ed.brasil
5º era vargas.hist.ed.brasil5º era vargas.hist.ed.brasil
5º era vargas.hist.ed.brasil
 
Brasil país gigante pela própria natureza
Brasil país  gigante pela própria naturezaBrasil país  gigante pela própria natureza
Brasil país gigante pela própria natureza
 
Governo Humberto de Alencar Castelo Branco - 1964 - 1967 - Prof. Altair Aguilar
Governo Humberto de Alencar Castelo Branco - 1964 - 1967 - Prof. Altair AguilarGoverno Humberto de Alencar Castelo Branco - 1964 - 1967 - Prof. Altair Aguilar
Governo Humberto de Alencar Castelo Branco - 1964 - 1967 - Prof. Altair Aguilar
 
Slides de Geografia do Brasil
Slides de Geografia do BrasilSlides de Geografia do Brasil
Slides de Geografia do Brasil
 
As lições do golpe de estado de 1964 no brasil
As lições do golpe de estado de 1964 no brasilAs lições do golpe de estado de 1964 no brasil
As lições do golpe de estado de 1964 no brasil
 
A Amazônia a partir da Década de 60 e 70
A Amazônia a partir da Década de 60 e 70A Amazônia a partir da Década de 60 e 70
A Amazônia a partir da Década de 60 e 70
 
H brasil periodoregencial
H brasil periodoregencialH brasil periodoregencial
H brasil periodoregencial
 
A Nova República (1985-)
A Nova República (1985-)A Nova República (1985-)
A Nova República (1985-)
 

Destacado

Ivan leonardo muñoz mogollon campeones uefa
Ivan leonardo muñoz mogollon campeones uefaIvan leonardo muñoz mogollon campeones uefa
Ivan leonardo muñoz mogollon campeones uefaIvan Muñoz
 
Historia de la comunicación
Historia de la comunicaciónHistoria de la comunicación
Historia de la comunicaciónLucia
 
Ivan leonardo muñoz mogollon campeones uefa
Ivan leonardo muñoz mogollon campeones uefaIvan leonardo muñoz mogollon campeones uefa
Ivan leonardo muñoz mogollon campeones uefaIvan Muñoz
 
Imprudencia vehicular.
Imprudencia vehicular.Imprudencia vehicular.
Imprudencia vehicular.jefferson
 

Destacado (7)

Trabajo 2
Trabajo 2Trabajo 2
Trabajo 2
 
Organizador
OrganizadorOrganizador
Organizador
 
Ivan leonardo muñoz mogollon campeones uefa
Ivan leonardo muñoz mogollon campeones uefaIvan leonardo muñoz mogollon campeones uefa
Ivan leonardo muñoz mogollon campeones uefa
 
Historia de la comunicación
Historia de la comunicaciónHistoria de la comunicación
Historia de la comunicación
 
Ivan leonardo muñoz mogollon campeones uefa
Ivan leonardo muñoz mogollon campeones uefaIvan leonardo muñoz mogollon campeones uefa
Ivan leonardo muñoz mogollon campeones uefa
 
Imprudencia vehicular.
Imprudencia vehicular.Imprudencia vehicular.
Imprudencia vehicular.
 
Urubamba
UrubambaUrubamba
Urubamba
 

Similar a Política agrária de FHC

Privatizações no governo de fernando henrique cardoso
Privatizações no governo de fernando henrique cardosoPrivatizações no governo de fernando henrique cardoso
Privatizações no governo de fernando henrique cardosoSuzana Pessoa
 
Governo collor
Governo collorGoverno collor
Governo collorwgenilene
 
Governo collor
Governo collorGoverno collor
Governo collorwgenilene
 
O circuito de produção e o espaço industrial
O circuito de produção e  o espaço industrialO circuito de produção e  o espaço industrial
O circuito de produção e o espaço industrialGilberto Pires
 
Sampaio santos, leandro fernandes. virga, thaís. bolívia conflitos e mudanç...
Sampaio santos, leandro fernandes. virga, thaís. bolívia   conflitos e mudanç...Sampaio santos, leandro fernandes. virga, thaís. bolívia   conflitos e mudanç...
Sampaio santos, leandro fernandes. virga, thaís. bolívia conflitos e mudanç...Leandro Fernandes Sampaio Santos
 
3ºano ditadura e democracia no brasil
3ºano ditadura e democracia no brasil3ºano ditadura e democracia no brasil
3ºano ditadura e democracia no brasilDaniel Alves Bronstrup
 
3º ano - Ditadura Militar e República Nova.
3º ano - Ditadura Militar e República Nova.3º ano - Ditadura Militar e República Nova.
3º ano - Ditadura Militar e República Nova.Daniel Alves Bronstrup
 
3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização
3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização
3º ano - Ditadura Militar e RedemocratizaçãoDaniel Alves Bronstrup
 
O Governo Collor e Itamar Franco
O Governo Collor e Itamar FrancoO Governo Collor e Itamar Franco
O Governo Collor e Itamar FrancoRenzo-3M4
 
Brasil Contemporâneo - Prof. Medeiros
Brasil Contemporâneo - Prof. MedeirosBrasil Contemporâneo - Prof. Medeiros
Brasil Contemporâneo - Prof. MedeirosJoão Medeiros
 
9o. ano.revisão do capítulo 16
9o. ano.revisão do capítulo 169o. ano.revisão do capítulo 16
9o. ano.revisão do capítulo 16Raquel Avila
 
9o. ano.revisão do capítulo 16
9o. ano.revisão do capítulo 169o. ano.revisão do capítulo 16
9o. ano.revisão do capítulo 16Raquel Avila
 
Fernando Collor e Itamar Franco
Fernando Collor e Itamar FrancoFernando Collor e Itamar Franco
Fernando Collor e Itamar FrancoBeatriz Miranda
 
Conteúdo recuperação história Eduardo
Conteúdo recuperação história   EduardoConteúdo recuperação história   Eduardo
Conteúdo recuperação história Eduardorafaelcef3
 
3ano-ditaduraedemocracianobrasil-210929030546.pptx
3ano-ditaduraedemocracianobrasil-210929030546.pptx3ano-ditaduraedemocracianobrasil-210929030546.pptx
3ano-ditaduraedemocracianobrasil-210929030546.pptxRobsonAbreuProfessor
 
Revisão de prova de história 3º
Revisão de prova de história 3ºRevisão de prova de história 3º
Revisão de prova de história 3ºeunamahcado
 

Similar a Política agrária de FHC (20)

Privatizações no governo de fernando henrique cardoso
Privatizações no governo de fernando henrique cardosoPrivatizações no governo de fernando henrique cardoso
Privatizações no governo de fernando henrique cardoso
 
Governo collor
Governo collorGoverno collor
Governo collor
 
Governo collor
Governo collorGoverno collor
Governo collor
 
Brasil 1985 até itamar
Brasil    1985 até itamarBrasil    1985 até itamar
Brasil 1985 até itamar
 
O circuito de produção e o espaço industrial
O circuito de produção e  o espaço industrialO circuito de produção e  o espaço industrial
O circuito de produção e o espaço industrial
 
Sampaio santos, leandro fernandes. virga, thaís. bolívia conflitos e mudanç...
Sampaio santos, leandro fernandes. virga, thaís. bolívia   conflitos e mudanç...Sampaio santos, leandro fernandes. virga, thaís. bolívia   conflitos e mudanç...
Sampaio santos, leandro fernandes. virga, thaís. bolívia conflitos e mudanç...
 
3ºano ditadura e democracia no brasil
3ºano ditadura e democracia no brasil3ºano ditadura e democracia no brasil
3ºano ditadura e democracia no brasil
 
3º ano - Ditadura Militar e República Nova.
3º ano - Ditadura Militar e República Nova.3º ano - Ditadura Militar e República Nova.
3º ano - Ditadura Militar e República Nova.
 
Resumo e atividades sobre nova república
Resumo e atividades sobre  nova repúblicaResumo e atividades sobre  nova república
Resumo e atividades sobre nova república
 
3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização
3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização
3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização
 
O Governo Collor e Itamar Franco
O Governo Collor e Itamar FrancoO Governo Collor e Itamar Franco
O Governo Collor e Itamar Franco
 
Brasil Contemporâneo - Prof. Medeiros
Brasil Contemporâneo - Prof. MedeirosBrasil Contemporâneo - Prof. Medeiros
Brasil Contemporâneo - Prof. Medeiros
 
9o. ano.revisão do capítulo 16
9o. ano.revisão do capítulo 169o. ano.revisão do capítulo 16
9o. ano.revisão do capítulo 16
 
9o. ano.revisão do capítulo 16
9o. ano.revisão do capítulo 169o. ano.revisão do capítulo 16
9o. ano.revisão do capítulo 16
 
Fernando Collor e Itamar Franco
Fernando Collor e Itamar FrancoFernando Collor e Itamar Franco
Fernando Collor e Itamar Franco
 
Conteúdo recuperação história Eduardo
Conteúdo recuperação história   EduardoConteúdo recuperação história   Eduardo
Conteúdo recuperação história Eduardo
 
3ano-ditaduraedemocracianobrasil-210929030546.pptx
3ano-ditaduraedemocracianobrasil-210929030546.pptx3ano-ditaduraedemocracianobrasil-210929030546.pptx
3ano-ditaduraedemocracianobrasil-210929030546.pptx
 
Brasil ditadura militar 2012
Brasil ditadura militar 2012Brasil ditadura militar 2012
Brasil ditadura militar 2012
 
Brasil 1985 até itamar
Brasil 1985 até itamarBrasil 1985 até itamar
Brasil 1985 até itamar
 
Revisão de prova de história 3º
Revisão de prova de história 3ºRevisão de prova de história 3º
Revisão de prova de história 3º
 

Último

v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 anoAdelmaTorres2
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfpaulafernandes540558
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfangelicass1
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...Martin M Flynn
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024GleyceMoreiraXWeslle
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira partecoletivoddois
 

Último (20)

v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 
(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..
(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..
(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
 
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppttreinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
 

Política agrária de FHC

  • 1. Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Ciências Humanas e Sociais Departamento de Geografia Geografia Agrária do Brasil Alunos: Bruno Camargo e Nayara Spohr
  • 2. » Fernando Henrique Cardoso nasceu no estado do Rio de Janeiro no dia 18 de junho de 1931; » Com menos de dez (10) anos mudou-se para São Paulo, lá concluiu o curso de Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP); » Realizou os estudos de pós-graduação na Universidade de Paris. Na década de 1960, após o Golpe Militar no Brasil, foi exilado no Chile e posteriormente na França, onde realizou seus estudos de pós-graduação, retornou para o Brasil como professor da USP; » Após a aposentadoria foi convidado a lecionar em algumas universidades estrangeiras e fundou, juntamente com outros intelectuais brasileiros, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). Esse Centro tinha como principal objetivo a análise da realidade socioeconômica da sociedade brasileira.
  • 3. » Sua vida política teve início no ano de 1978, quando foi eleito suplente do Senador paulista Franco Montoro, no ano de 1983 assumiu o senado quando Franco Montoro foi eleito governador do estado de São Paulo. Perdeu as eleições para a prefeitura de São Paulo para Jânio Quadros no ano de 1985, mas em 1986 foi eleito senador por São Paulo. » Em 1993 deixou o Ministério da Fazenda e lançou sua candidatura à presidência da República pelo PSDB, seu principal adversário foi Luiz Inácio Lula da Silva, que concorria à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Lula era o favorito à presidência. Fernando Henrique Cardoso ganhou as eleições e assumiu a pasta presidencial no ano de 1994. Seu principal objetivo durante o primeiro mandato foi o combate à inflação. » Governo presidencial de dois mandatos. (1º mandato (1994-1997) e 2º mandato (1998-2002));
  • 4. » Já no primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, a política agrária sofreu reorientações significativas, que marcariam seu segundo mandato, a partir da nomeação de Raul Jungmann como ministro do Desenvolvimento Agrário. A reforma agrária finalmente encontrou o seu sujeito, a agricultura familiar, e o Estado encontrou a sua missão agrária como gestor do território. » FHC prometeu e assentou 600 mil famílias e distribuiu 22 milhões de hectares de terra; criou o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Banco da Terra e o Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar (Pronaf), o maior programa de alívio da pobreza rural; realizou a mais extensa mudança na legislação fundiária desde o Estatuto da Terra, de 1964. Além disso, instituiu o rito sumário nas desapropriações, reformou o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e editou uma Lei de Terras, ferindo de morte o latifúndio, e cassou o registro administrativo de todos os grandes latifúndios do País (cerca de 93 milhões de hectares). » Nenhum massacre de sem-terra tornou a ocorrer após Eldorado dos Carajás, de tristíssima memória. Nenhum escândalo de desapropriação fraudulenta de terras ou corrupção pipocou. As invasões de propriedades foram caindo até alcançarem o seu mais baixo nível em décadas — resultado, em parte, da edição da medida provisória (MP) das invasões de terra, que determinava a retirada do Programa de Reforma Agrária, por dois anos, de qualquer área invadida.
  • 5. » No primeiro mandato, mas precisamente no de 1997, FHC (como ficou conhecido) deu continuidade ao processo de reformas estruturais com a finalidade de evitar a volta da inflação, procurando deixar a economia estável. Durante este mandado o presidente pautou pela privatização de várias estatais brasileiras, como a Companhia Vale do Rio Doce (empresa do setor de mineração e siderurgia), a Telebrás (empresa de telecomunicações) e o Banespa (banco pertencente ao governo do estado de São Paulo). A compra das empresas estatais ocorreu, sobretudo, por grupos estrangeiros, que faziam aquisição das ações ou compravam grande parte dessas, assim, tornavam-se sócios majoritários. » Ainda no ano de 1997, FHC conseguiu enviar e aprovar no Congresso Nacional a emenda da reeleição, tornando-se candidato outra vez à presidência da república e ainda tendo Lula como seu principal adversário. O Plano Real e o controle da inflação continuou sendo sua principal propaganda política, o que favoreceu a FHC mais uma vitória nas urnas, conseguindo a reeleição. » No ano de 1999, FHC assumiu o segundo mandato como presidente do Brasil, neste mandato não houve grandes investimentos nas reformas estruturais (privatizações). Ocorreram, sim, algumas reformas no setor da Educação, sendo aprovadas no ano de 1996 as Leis de Diretrizes e Bases para a Educação (LDB), e posteriormente foram criados os Parâmetros Curriculares para o Ensino Básico. » FHC deixou a presidência no dia 1 de janeiro de 2003, e quem a assumiu foi Luiz Inácio Lula da Silva.
  • 6. Fernando Henrique Cardoso foi o presidente que mais assentou famílias de sem-terra entre os quatro últimos chefes de estado brasileiros. Em seu governo, a média de famílias assentadas foi de 70.000 por ano. Itamar Franco foi o pior, com 11.000 famílias por ano. João Baptista Figueiredo assentou 18.500 famílias por ano; José Sarney, 18.000; e Fernando Collor, 19.000.
  • 7. Seu governo retalhou 18 milhões de hectares, uma área maior que o Uruguai e equivalente a metade do território da Alemanha, e neles assentou 635 000 famílias. Quase 2 milhões de brasileiros receberam terras entre 1995 e 2002. Para isso, o antigo governo FHC gastou 25 bilhões de reais na aquisição de terra e na instalação de assentamentos.
  • 8. » A política de assentamento não é uma alternativa barata. O governo gasta até 30.000 reais com cada família que ganha um pedaço de terra. » A criação de um emprego no comércio custa 40.000 reais. Na indústria, 80.000. Só que esses gastos são da iniciativa privada, enquanto, no campo, teriam de vir do governo. É investimento estatal puro, mesmo que o retorno, no caso, seja alto. » De cada 30.000 reais investidos, estima-se que 23.000 voltem a seus cofres após alguns anos, na forma de impostos e mesmo de pagamentos de empréstimos adiantados. » Para promover a reforma agrária em larga escala, é preciso dinheiro que não acaba mais. Seria errado, contudo, em nome da impossibilidade de fazer o máximo, recusar-se a fazer até o mínimo. O preço dessa recusa está aí, à vista de todos: a urbanização selvagem, a criminalidade em alta, a degradação das grandes cidades.
  • 9.
  • 10. » Conforme dados oficiais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o governo de Fernando Henrique Cardoso (de 1995 a 2002) assentou 1.219.690 famílias de trabalhadores rurais sem-terra, o maior número já registrado na história do Brasil. Porém, os números são contestados pelo governo Lula e pelo projeto Dataluta, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Conforme o Incra, nos últimos quatro anos do governo FHC, foram assentadas 931.696 famílias, sendo 635.035 só em 2002 (até setembro, período divulgado pelo órgão). » No primeiro período do governo FHC, foram criados 2.356 projetos de assentamentos, e, nos anos seguintes, 782 (em 1999), 720 (2000), 539 (2001) e 4.637 (2002). As desapropriações de terras considerados improdutivas somaram 7.321.270 hectares de 1995 a 1998. » Os números de violência no campo apresentados pelo Incra mostram que houve redução os assassinatos de trabalhadores rurais dos anos 80 para os 90. No período FHC, 1996 foi o ano mais violento, com 54 mortes. Em 1997, houve 30 mortes, e, em 1998, ocorreram 47 casos. Nos anos seguintes, o número de homicídios oscilou. Em 1999, foram 27, em 2000, 10, em 2001, 14, e em 2002, foram registrados 20 casos. » O número de invasões de terras também seguiu uma tendência de queda a partir de 1999, passando de 502 neste ano para 236 no ano seguinte, 158 em 2001 e 103 em 2002. Em 2003, o número de ocupações de propriedades privadas volta a crescer, com 171 (oito primeiros meses do governo Lula).
  • 11. » Há outros sinais concretos de que a reforma agrária brasileira funciona equivocadamente. "Apenas um quinto dos que recebem terra consegue gerar renda suficiente para se manter no campo", informa o pesquisador Eliseu Roberto Alves, ex-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. "Os outros abandonam a terra num período máximo de dez anos." O fenômeno do esvaziamento populacional no campo, aliás, é absolutamente natural e faz parte da História da maioria dos países desenvolvidos neste século. Nos Estados Unidos, resta apenas 1,5% da população trabalhando no campo. Na França, há 6%, mas isso custa bastante em termos de subsídios. No caso do Brasil, a massa que vai sendo derrotada pela tecnologia ganha o rótulo de excluída e acaba abastecendo iniciativas que parecem exigir que o planeta gire ao contrário. » Se há uma vantagem no modelo atual, ela é do MST, que continua vendo crescer o número de cabeças disponíveis para seguir discursos inflamados como os do líder José Rainha, comandante popular com carisma e poder de persuasão. Em contrapartida às dificuldades nos projetos de reforma agrária, existe no Brasil o sucesso do modelo de cooperativas de pequenos proprietários. Em alguns casos, as cooperativas respondem por mais de 30% da produção nacional de determinada cultura. O problema é que, para ligar uma coisa com a outra, se depende da familiaridade e da aptidão do assentado para o trabalho na terra, habilidades pouco comuns entre os integrantes das fileiras do MST.
  • 12. » O primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso havia começado com base na suposição de que o Brasil já não era um país agrícola, que o número de trabalhadores rurais era proporcionalmente pequeno e caminhava para maior redução ainda, seguindo a tendência moderna dos países desenvolvidos. Dentro e fora do governo, as demandas feitas em nome dos trabalhadores do campo, não raro com sua escassa participação, apareciam para amplo espectro da intelligentsia brasileira como demandas do Brasil arcaico, em descompasso com o Brasil moderno dos projetos nacionais de desenvolvimento. » Para muitos, a pequena agricultura, ou a chamada agricultura familiar, estava necessariamente presa a técnicas agrícolas atrasadas, de baixa produtividade, e representava uma modalidade de economia destituída de empreendedorismo e de futuro. Algo a não ser estimulado nem apoiado. Estudiosos de esquerda até confundiam, e continuam confundindo, agricultura familiar com agricultura de subsistência. Um setor do governo, representado sobretudo por economistas, pensava desse modo e até havia quem entendesse que mais barata e eficaz do que a reforma agrária seria a distribuição direta dos recursos da reforma aos prováveis beneficiários, como um subsídio que pudesse servir para o início de alguma atividade econômica, de preferência urbana.
  • 13. » Portanto, a política agrária de Fernando Henrique Cardoso teve por objetivo fazer a reforma e ao mesmo tempo instituir a normalidade do conflito, isto é, definir as bases institucionais do conflito agrário, fazendo do Estado o mediador e gestor das soluções. A Medida Provisória que proíbe vistorias para reforma agrária em terras invadidas, mantida pelo governo do PT, propôs-se como o inevitável instrumento do Estado administrador da ordem . A política agrária de Fernando Henrique Cardoso foi no sentido de distribuir a terra e distribuir a paz social, ao mesmo tempo, atenuando e reduzindo a conflitividade dos confrontos sociais que tem a disputa pela terra como causa. A criação da Ouvidoria Agrária, entregue a um reputado e competente desembargador, mantido pelo novo governo, foi certamente medida das mais acertadas numa linha política de conciliação e prudência, com reconhecidos resultados na pacificação do campo. » Um aspecto essencial de como o governo de Fernando Henrique Cardoso propôs e executou sua política agrária diz respeito à clara consciência do presidente de que a questão agrária não se apresentava nem se apresenta solitariamente no elenco dos problemas a resolver. A questão agrária é, no Brasil, como em tantas outras partes do mundo, também uma questão política, pelo conjunto de interesses sociais e políticos que acumulou na definição e na sustentação das classes dominantes, particularmente os setores que expressam os interesses relativos à propriedade da terra. O Brasil tradicional e arcaico da dominação patrimonial, do clientelismo político, do coronelismo, é também um produto do regime fundiário e parte da questão agrária. Não fosse assim, a reforma teria sido feita e concluída há muito tempo. Por isso mesmo, seu governo adotou um conjunto de procedimentos orientados claramente a minar a dominação patrimonial e o clientelismo político, interrompendo a circularidade de suas influências na sustentação da estrutura do Estado (Cardoso, 1994, pp. 39-41). CPT e MST e as esquerdas em geral não se interessaram por esse aspecto essencial do processo político e do momento histórico, sem o qual a reforma agrária tem pouco ou nenhum sentido. É essa despreocupação que dá às ações desses setores a conotação de ações pré- políticas, inseridas na lógica da sociedade tradicional e arcaica.
  • 14. » Brasil - Famílias assentadas até 10/09/2002 PERÍODO 1995 A 10 DE SETEMBRO DE 2002 Período Região Incra Total de Beneficiários 1964-1994 Banco da Terra(*) PCPR(*) (INCRA+BT+PCPR) Norte 135.138 219.087 492 219.579 Nordeste 41.444 191.319 15.191 3.694 210.204 Centro-Oeste 26.196 105.549 7.653 113.202 Sudeste 7.914 29.083 9.038 38.121 Sul 7.842 34.695 19.234 53.929 Brasil 218.534 579.733 51.608 3.694 635.035
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. Uma das maiores batalhas enfrentadas pelo primeiro governo do FHC foi travada no campo. Vários confrontos envolveram integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e forças policiais. Os mais violentos ocorreram em Corumbiara (RO), em 1995, e em Eldorado dos Carajás (PA), em abril de 1996, quando 19 sem-terra foram massacrados por policiais do estado. Esses episódios, principalmente o do Pará, chocaram a comunidade nacional e internacional.
  • 21. Jornal do Brasil divulga a morte dos 19 sem –terra em Eldorado dos Carajás, 1996.
  • 22.
  • 23. 18.abr.1996 - Sem-terra morto pela Polícia Militar com um tiro na cabeça durante o massacre de Eldorado dos Carajás, no Instituto Médico Legal (IML) de Marabá (PA).
  • 24. 18.abr.1996 - Corpos dos sem-terra mortos no massacre de Eldorado dos Carajás jogados em uma sala do Instituto Médico Legal de Marabá.
  • 25. 18.abr.1996 - Feridos no hospital de Curionópolis (PA), um dia depois do massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 26. 18.abr.1996 - Maria Raimunda exibe raio-x do filho José Carlos Hagarito (ao lado dela), que foi baleado no massacre de Eldorado dos Carajás e ficou cego de um olho.
  • 27. 18.abr.1996 - Sem-terra procuram corpos em Curionópolis (PA) um dia após o massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 28. 19.abr.1996 - Então presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicentinho (de camisa azul claro, à esquerda), e José Dirceu (de azul escuro), então presidente do PT, vão a Curionópolis (PA) para acompanhar o enterro dos 19 sem-terra mortos no massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 29. 20.abr.1996 - Trabalhadores preparam covas para o enterro dos 19 sem-terra mortos em Eldorado dos Carajás.
  • 30. 20.abr.1996 - Caixões dos sem-terra mortos por policiais em Eldorado dos Carajás.
  • 31. 20.abr.1996 - Multidão, em Curionópolis (PA), se dirige ao enterro dos 19 sem-terra mortos no massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 32. 20.abr.1996 - Sem-terra Andrelina de Souza Araújo, na época com 42 anos, com o filho Róbson no colo, chora a morte do marido, durante enterro das vítimas do massacre de Eldorado dos Carajás em Curionópolis (PA).
  • 33. 11.jun.1996 - Cruzes no local do massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 34. 14.jun.1996 - Gerente de fazenda que denunciou fazendeiros da região como mandantes do massacre de Eldorado dos Carajás, refugiado na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em Brasília.
  • 35. 27.ago.1996 - Maria Angélica Araújo de Souza (à direita), mulher de Manoel de Souza, desaparecido após o massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 36. 27.ago.1996 - Posseiros que presenciaram o conflito de Eldorado dos Carajás.
  • 37. 16.ago.1999 - Sem-terra enfrentam policiais 17.abr.1998 - Memorial em homenagem aos em frente ao local em que os oficiais mortos no massacre de Eldorado dos envolvidos no massacre de Eldorado dos Carajás. Carajás foram julgados, em Belém.
  • 38. 16.ago.1999 - Coronel Mário Collares Pantoja, um dos oficiais condenados pelo massacre de Eldorado dos Carajás, chega na Unama (Universidade da Amazônia), em Belém, onde foi julgado. 16.ago.1999 - Major José Maria Oliveira, um dos oficiais condenados pelo massacre de Eldorado dos Carajás, chega na Unama (Universidade da Amazônia), em Belém, onde foi julgado.
  • 39. 16.ago.1999 - Francinete dos Santos, mulher de Robson Vito Sobrinho, morto no massacre de Eldorado dos Carajás, e a filha Hailene se abraçam do lado de fora da Unama (Universidade da Amazônia), em Belém, onde os dois oficiais acusados pelas mortes foram julgados.
  • 40. 17.ago.1999 - Sem-terra fazem vigília em Belém enquanto aguardam fim do julgamento dos oficiais acusados pelo massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 41. 19.ago.1999 - Mulher chora ao lado da imagem dos mortos no massacre de Eldorado dos Carajás, após a absolvição dos policiais envolvidos nas mortes, em Belém.
  • 42. 19.ago.1999 - Heloísa Helena e outros senadores fazem protesto contra a absolvição dos policiais envolvidos no massacre de Eldorado dos Carajás, em Brasília.
  • 43. 23.ago.1999 - Monumento feito com troncos de árvore colocado no local em que 19 sem- terra foram mortos no massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 44. 23.ago.1999 - Cemitério onde estão enterradas as vítimas do massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 45. 16.nov.1996 - Casa de um sem-terra que sobreviveu ao massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 46. 12.abr.2001 - As viúvas Maria Alice da Silva, com o retrato do marido Joaquim Pereira, e Julia Pereira, segurando uma cruz que simboliza Francisco Divino, em Eldorado dos Carajás. Ambos foram mortos no massacre ocorrido há 16 anos.
  • 47. 12.abr.2001 - Garoto Josivaldo observa painel em homenagem aos mortos no massacre de Eldorado dos Carajás, em que seu pai morreu.
  • 48. 12.abr.2001 - A viúva Raimunda da Conceição e o seu filho Leandro seguram quadro com a imagem de Leonardo Batista, morto no massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 49. 17.abr.2001 - Integrantes do MST fazem marcha em frente ao Palácio da Justiça, em Brasília, para relembrar os 19 mortos no massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 50. 17.abr.2002 - Policiais entram em confronto com integrantes do MST em Recife, durante protesto para lembrar os seis anos do massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 51. Jun.2002 - Coronel Mário Collares Pantoja deixa o Tribunal de Justiça do Pará, em Belém, após ser condenado à pena máxima pelo massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 52. 08.abr.2003 - Josimar Pereira de Freitas, atingido com um tiro na perna durante o massacre de Eldorado dos Carajás, acompanhado de Rubenita Justiniano da Silva (à direita), baleada na boca, em Belém.
  • 53. 17.abr.2003 - Integrantes do MST protestam em frente ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, para relembrar o massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 54. 17.abr.2004 - Integrantes do MST fazem marcha no local em que houve o massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 55. 19.nov.2004 - Sem-terra fazem encenação do massacre de Eldorado dos Carajás em frente ao Tribunal de Justiça do Pará, onde foram julgados os envolvidos na morte de 19 sem-terra.
  • 56. 13.abr.2006 - Josimar Pereira de Freitas, atingido por um tiro na perna durante o massacre de Eldorado dos Carajás, exibe foto de quanto estava no hospital.
  • 57. 13.abr.2006 - Francisco Souza dos Santos segura foto em que ele aparece, ainda criança, durante protesto contra o massacre de Eldorado dos Carajás, que ele presenciou.
  • 58. 13.abr.2006 - Maria Raimunda exibe foto do filho José Carlos Hagarito (ao lado dela), que foi baleado no massacre de Eldorado dos Carajás e ficou cego de um olho.
  • 59. 13.abr.2006 - Andrelina de Souza Araújo e o filho Róbson carregam imagem símbolo do massacre de Eldorado dos Carajás, em que eles aparecem no enterro de João Rodrigues de Araújo, marido de Andrelina e pai de Róbson.
  • 60. 16.abr.2006 - Pamala, então aos 4 anos, observa uma das fotos de Sebastião Salgado expostas no local onde ocorreu o massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 61. 17.abr.2006 - MST protesta em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, para relembrar o massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 62. 17.abr.2007 - Militantes de um acampamento do MST em Piraí (RJ) fecham os dois sentidos da rodovia Presidente Dutra em protesto para lembrar o Massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 63. 17.abr.2008 - Garimpeiros e militantes do MST paralisam por 7h trem carregado de minério da Vale, em Parauapebas (PA), para relembrar o massacre de Eldorado dos Carajás.
  • 64. “No dia 17 de abril de 1996, no Eldorado dos Carajás, ficaram 19 estado brasileiro do Pará, perto de uma mortos, além de umas quantas dezenas povoação chamada Eldorado dos de pessoas feridas. [...] Demasiado sabemos que, muito antes da invenção Carajás (Eldorado: como pode ser das primeiras armas de fogo, já as sarcástico o destino de certas pedras, as foices e os chuços haviam palavras...), 155 soldados da polícia sido considerados ilegais nas mãos militarizada, armados com espingardas daqueles que, obrigados pela e metralhadoras, abriram fogo contra necessidade a reclamar pão para uma manifestação de camponeses que comer e terra para bloquearam a estrada em ação de trabalhar, encontraram pela frente a protesto pelo atraso dos procedimentos polícia militarizada do tempo, armada legais de expropriação de terras, como de espadas, lanças e alabardas. Ao contrário do que geralmente se parte do esboço ou simulacro de uma pretende fazer acreditar, não há nada suposta reforma agrária no qual, entre mais fácil de compreender que a avanços mínimos e dramáticos história do mundo, que muita gente recuos, se gastaram já cinquenta ilustrada ainda teima em afirmar ser anos, sem que alguma vez tivesse sido complicada demais para o dada suficiente satisfação aos entendimento rude do povo.” gravíssimos problemas de subsistência (seria mais rigoroso dizer sobrevivência) SARAMAGO, José. In: SALGADO, Sebastião. Terra. dos trabalhadores do campo. Naquele São Paulo: Companhia das letras, 1997. dia, no chão de
  • 65. » MARTINS. José de S. A reforma agrária no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso: Tempo soc. Ed 15 nº 2. São Paulo: Novembro 2003. » SALGADO, Sebastião. Terra. São Paulo: Companhia das letras, 1997. » <http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI137176-EI1774,00 Governo+FHC+seria+o+que+mais+assentou+ate+hoje.html > Acesso em: 10.05.12 » <http://www.brasilescola.com/historiab/governo-fernando-henrique-cardoso.htm> Acesso em: 10.05.12 » <http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/geografia/geografia_do_brasil/agri cultura/brasil_reforma_agraria > Acesso em: 10.05.12 » <http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/reforma_agrara/historia.html > Acesso em: 10.05.12 » <http://www.comciencia.br/reportagens/agraria/agr02.shtml > Acesso em: 10.05.12 » <http://antipetistaconvicto.blogspot.com/2010/07/reforma-agraria-de-fhc-e-de-lula-por.html > Acesso em: 10.05.12