1. GÊNERO TEXTUAL
ROMANCE
C. E. PRESIDENTE COSTA E SILVA 9º ANO – E.F
PROFESSORA ANA NERY SANTOS
2. DEFINIÇÃO
romance (segundo Aurélio)
[Do lat. tard. romanice (adv.) /lat. romanicus, ‘de Roma’.]
Substantivo masculino.
1. Cada uma das variedades surgidas da evolução do latim vulgar
falado pelas populações que ocupavam as diversas regiões da
România e que se constituiu na fase preliminar de uma língua
românica [Sin. desus.: romanço.]
2. Língua românica, por oposição ao latim; românico.
3. Liter. Descrição longa das ações e sentimentos de personagens
fictícios, numa transposição da vida para um plano artístico.
4. Liter. Pop. Bras. Restr. Folheto impresso de mais de 16
páginas, especialmente os de assunto amoroso.
5. Bras. Namoro; caso.
3. O VOCÁBULO
A palavra romance pode ter surgido de:
a) romans (vocábulo da língua provençal) que por sua vez deriva da forma
latina romanicus;
b) romanice (hipótese mais convincente) que designava qualquer obra escrita
em romanço, língua falada nas regiões ocupadas pelos romanos, e que já
se diferenciava do latine loqui (falar latino).
Destas hipóteses apresentadas, vem o termo primitivo Romanço, que
passou a rotular obras de cunho popular e folclórico. E, como estas eram
de carácter predominantemente imaginativo e fantasista, o termo servia
para caracterizar essas narrativas, tanto em prosa, como em verso. Daí o
caráter ficcional do romance.
4. ANTECEDENTES HISTÓRICOS
1808: Chegada da Família
Real Portuguesa ao Brasil,
que culminou com a
criação de uma imprensa
nacional.
1822: Independência
política do Brasil.
1830: os romances
Capa do livro 1808 de Laurentino estrangeiros se
Gomes que narra a chegada da popularizam pela cidade
Família Real ao Brasil
do Rio de Janeiro.
5. ROMANCE
• ROMANCE: prosa, mais ou menos longa, na
qual se narram fatos imaginários, às vezes
inspirados em histórias reais, cujo centro de
interesse pode estar no relato de aventuras,
no estudo de costumes ou tipos psicológicos,
na crítica social etc.
Dicionário Houaiss Eletrônico
6. O GÊNERO TEXTUAL ROMANCE
CARACTERÍSTICAS
O romance caracteriza-se por ser uma narrativa longa com
muitos personagens, espaço variado, tempo ilimitado,
vários conflitos e um enredo complexo.
Em parte considerável dos romances, o enredo é narrado
em primeira pessoa, pelo próprio personagem principal, de
modo que a obra parece auto-biografia imaginária.
Em grande parte dos romances do séc. XIX o romancista-
narrador intervém frequentemente na narração,
interrompendo-a por meio de reflexões sobre os
acontecimentos e os personagens.
7. CARACTERÍSTICAS
A estrutura desse tipo de narrativa (prosa de ficção) é complexa, já que
não acomoda apenas um núcleo, mas várias tramas se desencadeiam
durante a narração da história principal, em uma sequência temporal.
Abandono da métrica, uso de linguagem coloquial e ausência de modelos
pré-concebidos;
Narrativa de fácil compreensão e temas corriqueiros (envolvimentos
sentimentais, dificuldades econômicas e sociais).
Talvez o fator mais importante seja a busca da verossimilhança por
parte dos autores:
Os personagens, mesmo fictícios e vivendo situações inventadas, estão num
contexto histórico e as circunstâncias são reais, dando uma noção de realidade
para o leitor.
O autor fornece uma sólida e consistente descrição dos múltiplos aspectos da
existência humana.
8. O ROMANCE NO BRASIL
• Os romances estrangeiros, marcados por
lances melodramáticos e finais felizes
caíram no gosto dos jovens da Corte;
• Eles eram traduzidos, principalmente do
francês e publicados em jornais, na forma
de folhetins.
9. O ROMANCE NO BRASIL
• Foi no século XIX que o romance sofreu o
seu maior impulso, em resposta ao gosto
de um público crescentemente burguês,
cada vez mais alfabetizado e
majoritariamente feminino, que apreciava
a fruição das experiências sentimentais,
individuais, e os quadros realistas dos
costumes da época.
10. Além de enfocar um tipo de hábito que crescia na época – o da leitura
- , a composição aponta ainda para outros elementos, o público leitor
feminino e a classe social a que pertencia esse público
11. FOLHETINS
OS FOLHETINS ONTEM
Publicação diária ou semanal Ampliava o
público leitor (principalmente mulheres) A
invenção dos ganchos Século XX (extinção)
1970 (nova tentativa).
12. FOLHETINS
O Romance de folhetim ou folhetim, romance de aventuras,
cheio de surpresas e percalços, surgiu na França no início do
século XIX, junto ao nascimento da imprensa. Foi importado
para o Brasil logo depois, fazendo enorme sucesso na
segunda metade do século XIX, principalmente entre as
mulheres. Eram publicados em episódios em jornais da
capital do Império (Rio de Janeiro) e jornais do interior, em
espaços destinados a entretenimento, como uma novela da
TV, por este motivo as novelas também são conhecidas
como folhetins.
14. ROMANCE
AS PRIMEIRAS TENTATIVAS
O primeiro brasileiro a tentar
escrever um romance de
folhetim foi Antônio
Gonçalves TEIXEIRA E SOUSA,
em1843. Porém, a obra era
de péssima qualidade, não
fazendo sucesso com o
público.
15. AUTORES DE ROMANCES DO SÉC.
XIX
• Autores brasileiros como
Joaquim Manuel de Macedo, José de
Alencar, Machado de Assis, Manuel
Antônio de Almeida, Lima Barreto ,
dentre outros, tiveram obras suas
publicadas em folhetins para depois
serem editadas em livros.