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É com muita honra que o Núcleo de Filatelia de Faro organizou a Algar-
pex 2012, pois a mesma apresentou-se como um grande desafio para
este jovem núcleo. Durante os nossos 6 anos de existência muitas têm
sido as iniciativas promovidas por nós, contudo nenhuma delas atingiu a
dimensão da presente iniciativa. Nesta exposição teremos expostas 49
coleções, encontrando-se as mesmas dispersas por 4 locais: na estação
de Correios do Carmo—Faro, no Hotel Faro, no Museu Municipal de Faro
e na Biblioteca Escolar da Escola EB 2/3 Poeta Emiliano da Costa - Estoi.
Com isto pretendemos envolver toda a comunidade farense e diversos
públicos, divulgando assim a Filatelia e a correspondência manuscrita
(que hoje em dia é tão pouco utilizada).
Para dignificar o evento, decidiu este Núcleo solicitar aos Correios de Por-
tugal a emissão de uma carteira temática de selos sobre o Algarve, deno-
minada Algarpex 2012 e dois selos personalizados sobre o dia Mundial do
Turismo (27 de setembro) data escolhida para celebrar a Algarpex 2012.
Não poderíamos terminar esta mensagem sem ressalvar o papel impor-
tante quer das entidades quer das pessoas envolvidas na concretização
deste evento, pois foi com muita satisfação que vimos o seu empenho
muitas das vezes no limite para responder às nossas solicitações.

Um bem haja a todos


A organização




                                    2
o
          Faro 27 de Setembro a 04 de Outubro de 2012

ORGANIZAÇÃO

ATAF (Núcleo de Filatelia de Faro)

COLABORAÇÃO

Associação Filatélica Alentejo-Algarve (Portimão)
Círculo Filatélico Y Numismático de Huelva (Espanha)
Secção Filatélica do Lions Clube de Portimão
Secção de Coleccionismo da Associação Humanitária dos Bombei-
ros Voluntários de Vila Real de Santo António

APOIOS E AGRADECIMENTOS

Federação Portuguesa de Filatelia
Correios de Portugal, E.P.
Câmara Municipal de Municipal de Faro
Hotel Faro

O CARIMBO COMEMORATIVO




                                 3
SELOS PERSONALIZADOS                CARTEIRA TEMÁTICA




Selo Europa   Selo Nacional

PROGRAMA
Dia 27 de Setembro
   16:30 - Inauguração da exposição na Estação de Correios do
       Carmo - Faro;
Dia 28 de Setembro
   20:30 – Encontro de colecionadores na Casa do Povo de Estoi;
Dia 29 de Setembro
   11:30 - Abertura da mostra filatélica e convívio filatélico;
   13:00 – Almoço convívio;
   15:15 – Passeio convívio;
De dia 01 de Outubro a 04 de Outubro
   Visitas dos Alunos das EB 1 de Faro à exposição;

O LOCAL E O HORÁRIO
- Biblioteca escolar Prof. Amílcar Quaresma (08:30 - 16:00—
visitas sujeitas a marcação prévia)
- Estação de Correios do Carmo – Faro (dias úteis das 09:00 às
18:30;
- Museu Municipal de Faro (todos os dias excepto 2.ª Feira das
09:00 às 17:30;
- Hotel Faro (todos os dias das 09:00 às 18:30).

                                 4
COLECÇÕES EXPOSTAS
                Estação de Correios do Carmo – Faro

Coleções Convidadas
Fundação Portuguesa das Comunicações
        Um Mundo uma Rede Postal                                  1 a 17
Fundação Portuguesa das Comunicações
        Um Olhar sobre as Telecomunicações                      18 a20

                               Hotel Faro

Coleção Convidada
Sec. de Colec. da Ass. Humanitária dos Bombeiros Vol. VRSA (Vila Real
Santo António)
         Material Filatélico editado pela Associação                  21

Filatelia Tradicional
Albano Santos (Vila Real de Santo António)
          Pagelas e blocos de Macau                             22 e 23
António Cavaco (Lagoa)
          Blocos de Portugal                                    24 a 26
António Soero (Huelva)
          Grã Bretanha                                          27 a 30
Francisco Galveias (Vila Real de Santo António)
Traje no Feminino                                               31 e 32

Inteiros Postais
M.ª Armanda Borralho (Portimão)
         Pintores nos Inteiros Postais Portugueses              33 a 35

Filatelia Temática
Albano Santos (Vila Real de Santo António)
          Arquitetura espanhola, Turismo e Castelos             36 e 37
Carlos Macedo (Tavira)
          Cosmos                                                38 a 41
Jorge Bomba (Faro)
          Filatelia - Um mundo de imaginação                    42 a 44
José Palma (Olhão)
          Por mares nunca d’antes navegados                     45 a 48

                                    5
Selos Fiscais
José Pérez Varguez(Huelva)
         Selos Locais de Huelva                                  49 a 53
Um Quadro
     Temática
Feliciano Monteiro Flor (Porches)
     Borboletas – Um pouco do Esvoaçar                                54
     Tradicional
Rui Augusto Gomes Bastos (Portimão)
     Macau                                                            55
     Maximafilia
Pinheiro da Silva (Praia da Rocha)
     Quadras de Ant. Aleixo em Postais desenhados por Alb. de Sousa 56


                   Museu Municipal de Faro
Coleções Convidadas
AFAL – Ass. Filatélica Alentejo-Algarve (Portimão)
    Material Filatélico editado pela Associação                  57 e 58
Secção Filatélica Lions Clube de Portimão (Portimão)
    O Lions Clube na Filatelia                                   59 e 60

Filatelia Tradicional
Albano Santos (Vila Real de Santo António)
     Quadras de Moçambique                                       61 a 63
João Barnabé (Portimão)
    Cabo Verde – Monarquia                                       64 e 65
Manuel Reis (Porches)
   Tiras e quadras de Bopphuthatsawana                           66 e 67
Manuel Troncoso Currito (Pozo del Camiño)
   Alemanha Federal                                              68 a 72

Filatelia Temática
António Borralho (Portimão)
     Filatelia Algarvia - Subsídios para a sua História Postal   73 a 75



                                      6
Manuel Garcia (Huelva)
   Modalidades de Colecionismo                       76 a 79
Sandra Santos (Vila Real de Santo António)
   Campeões Olímpicos                                80 a 82
Sandra Santos (Vila Real de Santo António)
   João Paulo II – O seu Pontificado em Selos       83 a 86

Maximafilia
Francisco Galveias (Vila Real de Santo António)
    Animais em vias de extinção                     87 a 91

Classe Aberta
António Moguer (Huelva)
    Os Reis Católicos - O V Centenário              92 a 96
Heredia Machado (Huelva)
   Marcas de Automóveis SEAT                        97 a 99

Um Quadro
    Inteiros Postais
Álvaro Paixão (Portimão)
    Inteiros Postais de Espanha                        100
    Tradicional
José Pinto (Faro)
    Cruz Vermelha                                      101
    Temática
Sebástian Cabeza
       Apontamento literário filatélico ilustrado      102
    História Postal
Francisco Paiva (Faro)
         Marcofilia de Faro                            103




                                     7
Biblioteca Escolar da EB 2/3 Poeta Emiliano da Costa – Estoi

Coleções Convidadas
Núcleo de Filatelia de Faro – Ass. Trabalhadores Autárquicos de Faro (Faro)
     Material Filatélico editado pelo Núcleo                           104
Núcleo Juvenil “Os Amiguinhos dos Selos” (Estoi)
     Coleção de Maximafilia Portugal é Lindo                           105

Filatelia Tradicional
Ilídio Santos (Portimão)
       França                                                   106 a 108

Filatelia Temática
Albano Santos (Vila Real de Santo António)
      Uniformes Militares                                       109 a 112
Ricardo Brito (Albufeira)
      O Portugal Turístico                                      113 e 114
Rui Bastos (Portimão)
      Arquitetura                                               115 a 117
Sandra Santos (Vila Real de Santo António)
      Modalidades Olímpicas                                     118 a 120
Sérgio Pedro (Estoi)
      Vamos Brincar com os Comboios                             121 e 120

Literatura
Ricardo Brito (Albufeira)
      Artigo o Centenário do Turismo                                   122
Sérgio Pedro (Estoi)
      Artigo Algarve em Selos desde 2000 a 2012                        123

Um Quadro
         Temática
Albano Santos (Vila Real de Santo António)
      Sobrescritos de 1.º dia comemorativos                            124
Luís Brás (Faro)
      Gastronomia                                                      126
Sandra Santos (Vila Real de Santo António)
      Cristóvão Colombo                                                127



                                     8
Maximafilia
Feliciano Flor (Porches)
     Flores – Por Montes e Vales                128
Pinheiro da Silva (Praia da Rocha)
     Algumas Aves da Ria Formosa                129

Juventude
Letícia Brito (Albufeira)
     Animais de Estimação                       130
Turma 2.º ano do ano letivo 2011/2012 (Estoi)
     À Volta dos Postais Máximos                129




                                     9
O Algarve em Selos no Séc. XXI
Com o surgir da internet em especial o correio eletrónico, o correio como
era entendido até aí tomou um rumo totalmente diferente, pois, se até o
surgimento da internet a comunicação entre pessoas passava em grande
parte pelo serviço de correios pois o telefone trata somente de dados de
voz e telex de dados escritos relativamente curtos e o custo de aquisição
era bastante elevado para maioria das empresas e indivíduos, com a
internet a possibilidade de transmitir informação quer seja ela escrita,
áudio ou áudio visual massificou-se para maioria da população. Atual-
mente com os grandes motores de busca a competirem diretamente com
outros sites web de “redes sociais”, torna ainda a comunicação entre
indivíduos mais rápida e interativa, relegando assim a comunicação via
carta ou postal para um desuso. Sendo que os próprios colecionadores de
selos adotam a utilização desses meios cada vez mais, esquecendo que a
correspondência “física” (com selo) é a razão principal que promoveu a
existência do colecionismo de selos.
Com o referido anteriormente, não é minha intenção abordar uma dis-
cussão que muitos já vem fazendo há alguns anos, mas sim salientar que
este fenómeno também obrigou a todos os serviços de correio a repensa-
rem as suas emissões de selos, dando cada vez mais um cariz comemora-
tivo ao selo e apostando em produtos “acabados” em que apelam a um
público geral que por norma gosta de determinadas temáticas e pode
assim adquirir os referidos selos incluídos em carteiras, livros ou outros
formatos de acordo com o seu gosto.
Contudo, independentemente das opções dos serviços emissores de
selos e das opções de cada indivíduo, uma das características dos colecio-
nadores sejam ele de selos, moedas, lápis, isqueiros ou qualquer outro
produto é organizar a sua coleção de acordo com os seus critérios.
Neste artigo faz-se um levantamento dos selos colocados em circulação
após o ano 2000 que de uma forma ou de outra estão associados ao
Algarve.

                                   10
Muitas poderiam ser as formas de
apresentar os selo que foram colocados
em circulação após o ano 2000 sobre o
Algarve, sendo que a mais prática e
provavelmente lógica seria a cronológi-
ca, porém, entendi que essa forma não
espelhava da forma mais correta a
beleza desta região que é o Algarve,
como tal optei por apresentar os selos
emitido de acordo com temáticas que
defini.
A primeira temática que escolhi para
apresentar é a temática “turismo”.
Nesta temática identifiquei dois selos,
sendo que um deles não referir direta-
                                        Fig. 1 - Emissão Europa - Férias
mente o Algarve trata de um assunto
associado comumente
ao Algarve, nomeada-       Data de Emissão 10 de Maio de 2004
mente, as férias, e        Assunto             Europa - Férias
apesar de não poder-       Largura             40 mm
mos identificar clara-     Altura              30 mm
mente a praia a que        Tiragem             250 000
se refere o selo verifi-   Série               4 selos ou 2 blocos
ca-se que as arribas       Formato             Folhas de 50 unidades
bem como as rochas         Denteado            14 por 14,25
dentro de água se          Papel               Esmalte
assemelham a muitas        Impressor           Offset Joh. Enschéde
praias      algarvias,     Desenho             João Machado
sobretudo as que se
encontram entre Albufeira e a Praia da Rocha.
Seguidamente, e ainda dentro da temática “turismo”, temos então um
selo sobre “Faro - Capital Nacional da Cultura” (Fig. 2), no qual se pode
observar a imagem de um conjunto de pessoas a aplaudir.
Nessa mesma série podemos ainda encontrar outro selo em outra temáti-
ca, nomeadamente, “música”, no qual se pode observar um maestro a
dirigir um orquestra. Relativamente aos dados técnicos cada um dos selos
apresentados teve uma tiragem de 250 000 exemplares.




                                  11
Data de Emissão         15 de Junho de
                                                          2005
                                  Assunto                 Faro, Capital
                                                          Nacional da Cul-
                                                          tura
                                  Largura                 40 mm
                                  Altura                  30,6 mm
                                  Tiragem                 250 000
                                  Série                   4 selos
                                  Folhas                  50 exemplares
                                  Denteado                14 por 14,25
                                  Papel                   Esmalte
                                  Impressor               Offset Joh. Ens-
                                                          chéde
                                  Desenho                 J. Brandão / T.
                                                          Cabral
Fig. 2 e 3 - Faro Capital Nac. da Cultura

Ainda, na oferta turística ao nível de espe-
táculos em 2011, os CTT colocaram em
circulação a série de selos de emissão base
“festas tradicionais portuguesas”, no qual
decidiu inserir a festa “Carnaval de Lou-
lé” (Fig. - 4). A escolha desta festa num selo
de emissão base foi sem dúvida uma feliz
escolha pois o Carnaval de Loulé é uma das
festas mais antigas e emblemáticas do
Algarve.                                       Fig. 4 - Carnaval de Loulé
Data de Emissão            21 de Fevereiro de 2011
Assunto                    Festas Tradicionais de Portuguesas
Largura                    30,6 mm
Altura                     27,7 mm
Tiragem
Série                      5 selos
Folhas                     100 exemplares
Denteado                   11,75 por 11,75
Papel                      FCS
Impressor                  Offset na INCM
Desenho                    Atelier WHITESTUDIO

                                     12
No entanto, o Algarve não é só praia e festas, é também uma região com
muita história, sendo que nesta temática é onde podemos encontrar
maioria dos selos emitidos pelos CTT após o ano 2000.
Começamos então por Silves Xelb (ou Shelb) era o nome dado à cidade de
Silves durante o domínio muçulmano. Dois dos monumentos mais impor-
tantes de Silves são a Sé de Silves (Fig. 5) e o Castelo de Silves (Fig. 6)
                                  Data de           21 de Junho de 2006
                                  Emissão
                                  Assunto           Rota das Catedrais
                                                    Portuguesas
                                  Largura           40 mm
                                  Altura            30,6 mm
                                  Tiragem           235 000
                                  Série             10 selos
                                  Folhas            De 50 exemplares
Fig. 5 - Sé Catedral de Silves    Denteado          Cruz de Cristo 13 por
                                                    13
                                  Papel             FCS 110 g/m2
                                  Impressor         Offset na Joh. Ens-
                                                    chedé
                                  Desenho           A. Santos / H. Soares

                                  Data de Emissão    26 de Setembro de
                                                     2007
                                  Assunto            Emissão conjunta
                                                     Portugal / Marrocos
                                  Largura            30,6 mm
                                  Altura             40 mm
                                  Tiragem            230 000
                                  Série              2 selos
                                  Folha              Com 50 exemplares
                                  Denteado           13 por 13,75
                                  Papel              Esmalte
                                  Impressor          Offset na Cartor
                                  Desenho            A. Santos / T. Coe-
Fig. 6 - Castelo de Silves                           lho / Waugaf 2007



                                    13
Um dos locais mais emblemá-        Data de Emissão     14 de Junho de 2007
ticos do Algarve, nomeada-         Assunto             7 Maravilhas
mente, a Fortaleza de Sagres                           de Portugal
também foi colocada em selo        Largura             40 mm
postal .                           Altura              30,6 mm
                                   Tiragem             230 000
                                   Série               21 selos
                                   Folhas              Mini folha com 7 selos
                                                       diferentes
                                   Denteado            12,75 por 12,5
                                   Papel               Esmalte
                                   Impressor           Offset na INCM

Fig. 7 - Fortaleza de Sagres       Desenho             A. Santos / H. Soares




Fig. 8 - Mini folha no qual está inserido o selo referente à Fortaleza de Sagres


                                     14
Ainda na temática da história/monumentos verificamos que existem mais
alguns selo emitidos, desta vez sobre monumentos que se situam no Con-
celho de Faro, nomeadamente a Sé Catedral de Faro (Fig. - 9) e as Ruínas
de Milreu (Fig.—10).

                                Data de Emissão    21 de Junho de 2006
                                Assunto            Rota das Catedrais
                                                   Portuguesas
                                Largura            40 mm
                                Altura             30,6 mm
                                Tiragem            235 000
                                Série              10 selos
                                Folhas             De 50 exemplares
                                Denteado           Cruz de Cristo 13 por
Fig. 9 - Sé Catedral de Faro                       13
                                Papel              FCS 110 g/m2
                                Impressor          Offset na Joh. Enschedé
                                Desenho            A. Santos / H. Soares




                                Data de Emissão    26 de Setembro de
                                                   2007
                                Assunto            Arqueologia em Portu-
                                                   gal
                                Largura            30,6 mm
                                Altura             40 mm
                                Tiragem            155 000
                                Série              5 selos + 1 bloco
                                Folhas             Com 50 exemplares
                                Denteado           13 por 13
                                Papel              Esmalte
                                Impressor          Offset na Joh. Ensche-
Fig. 10– Ruínas Romanas de                         dé
Milreu (Estoi)                  Desenho            J. Brandão / S. Brito



                                  15
Por fim, na série “Arqueologia em Portugal”, foi emitido ainda um selo
sobre os Monumentos Megalíticos de Alcalar. Ainda dentro desta temáti-
ca temos ainda dois selos postais: um emitido aquando Faro Capital
Nacional da Cultura e na série de selos Herança Romana em Portugal.


                                Data de Emissão   15 de Junho de 2005
                                Assunto           Faro, Capital Nacio-
                                                  nal da Cultura
                                Largura           40 mm
                                Altura            30,6 mm
                                Tiragem           230 000
                                Série             4 selos
Fig. 11 - Monumento Mega-       Folhas            Com 50 exemplares
lítico de Alcalar (Portimão)    Denteado          14 por 14,25
                                Papel             Esmalte
                                Impressor         Offset Joh. Enschéde
                                Desenho           J. Brandão / T.
                                                  Cabral




Fig. 12 - Peça de arqueologia
patente no Museu em Faro        Data de Emissão   21 de Junho de 2006
                                Assunto           Herança Romana em
                                                  Portugal
                                Largura           40 mm
                                Altura            30,6 mm
                                Tiragem           300 000
                                Série             4 selos e um bloco
                                Folhas            Com 50 exemplares
                                Denteado          11,75 por 12,5
                                Papel             Esmalte
                                Impressor         Offset Joh. na INCM
Fig. 13 - Mosaico do Oceano                       J. Brandão / P. Falar-
                                Desenho
(patente no Museu Municpal                        do
de Faro)

                                  16
Entrando noutra temática, que não podemos classificar, como belas artes
mas, no entanto, a designação de monumento também não é a mais ade-
quada. Um dos selos que nos referimos trata-se do selo referente à emis-
são “Chafarizes de Portugal”, no qual foi incluída a Fonte da Senhora da
Saúde em S. Marcos—Tavira

                                 Dt. de Emissão     01 de Outubro de 2003

                                 Assunto            Chafarizes de Portugal
                                 Largura            40 mm
                                 Altura             30,6 mm
                                 Tiragem            250 000
                                 Série              6 selos
                                 Folhas             Com 50 exemplares
                                 Denteado           12 por 12,5
Fig. 14 - Fonte da Senhora
                                 Papel              Esmalte
da Saúde Tavira
                                 Impressor          Offset Litografia Maia


Outro selo cujo tema não pode ser considera como temática belas artes
ou monumentos é do selo postal colocado em circulação a 20/04/2004
                             sobre as cidades anfitriãs do EURO, no
                             qual podemos ver em segundo plano a
                             típica chaminé algarvia. Certo que este
                             selo também se poderia enquadrar numa
                             temática de eventos desportivos ou
                             eventos no Algarve, consideramos mais
                             importante ressaltar o pormenor que
                             destaca este selo dos restantes da série.

Fig. 15 -            Data de Emissão       20 de Abril de 2004
Chaminé Algarvia     Assunto               EURO 2004 - Cidades Anfitriãs
                     Largura               40 mm
                     Altura                30 mm
                     Tiragem               350 000
                     Série                 8 selos
                     Folhas                Folhas de 50 exemplares
                     Denteado              14 por 14,25
                     Papel                 Esmalte
                     Impressor             Offset na Joh. Enschéde
                     Desenho               Acácio Santos


                                  17
No seguimento do selo apresentado na página anterior, saliento agora os
selos emitidos aquando da realização do EURO 2004, no qual podemos
ver o Estádio Algarve reproduzido em dois selos (uma emissão de 28 de
Novembro de 2003 em que foi produzida uma mini folha com 10 selos e
outro a 28 de Abril de 2004). Para o efeito, consideramos estes selos
como temática arquitetura, pois mais do que o evento para o qual ele foi
erguido a obra que ficou independentemente, da opinião pessoal de cada
indivíduo é uma das obras de arquitetura contemporânea mais importan-
te no Algarve.
Dt. de Emissão    28 de Novembro de 2003

Assunto           EURO 2004 - Estádios
Largura           40 mm
Altura            30 mm
Tiragem           120 000
Série             10 selos
Folhas            Folhas miniatura com 10
                  selos diferentes
Denteado          12 por 12,5               Fig. 16 - Estádio Algarve -
                                            Pormenor exterior
Papel             Esmalte
Impressor         Offset na Joh. Enschéde

Desenho           Acácio Santos




                                  Dt. de Emissão    28 de Abril de 2004
                                  Assunto           EURO 2004 - Estádios
                                  Largura           40 mm
                                  Altura            30 mm
                                  Tiragem           350 000
                                  Série             10 selos
                                  Folhas            Com 50 exemplares
                                  Denteado          14 por 14,25
                                  Papel             Esmalte
Fig. 17 - Estádio Algarve -       Impressor         Offset na Joh. Enschéde
Pormenor interior                 Desenho           Acácio Santos


                                    18
O Farol do Cabo de S. Vicente     Data de Emissão       19 de Junho de 2008
para além do selo abaixo indi-
cado (Fig. 9). surge ainda em     Assunto               Faróis Portugueses
outro selo num segundo pla-       Largura               40 mm
no, nomeadamente no selo
                                  Altura                30,6 mm
referente aos 50 anos do Ins-
tituto Hidrográfico               Tiragem               350 000
                                  Série                 10 selos
                                  Folhas                Com 50 exemplares
                                  Denteado              14 por 14,25
                                  Papel                 Esmalte

                                  Impressor             Offset Joh. Enschéde

                                  Desenho               Acácio Santos


Fig. 18 - Farol do Cabo
de S. Vicente




          Fig. 19- Farol do Cabo de S. Vicente em segundo plano
        Data de Emissão      22 de Setembro de 2010
        Assunto              50 anos do Instituto Hidrográfico
        Largura              40 mm
        Altura               30,6 mm
        Tiragem              230 000
        Série                2 selos
        Formato              Folhas com 20 exemplares
        Denteado             13 por 13
        Papel                Esmalte
        Impressor            Offset na Cartor
        Desenho              Atelier A. Santos / H. Soares


                                    19
As pontes sobre o Rio Guadiana e sobre o Rio Arade foram outras duas
grandes obras contemporâneas colocadas em selo.




          Fig. 20 - Ponte sobre o Guadiana - V. Real St.º António

Data de Emissão         14 de Setembro de 2006
Assunto                 Pontes Ibéricas - Emissão conj. Portugal/Espanha
Largura                 80 mm
Altura                  30,6 mm
Tiragem                 300 000
Série                   2 selos
Formato                 Folhas com 25 exemplares
Denteado                11,75 por 12,5
Papel                   Esmalte
Impressor               Atelier Acácio Santos
Desenho                 Acácio Santos

                                  Dt. de Emissão   16 de Outubro de 2008
                                  Assunto          Pontes e Obras de Arte
                                  Largura          40,0 mm
                                  Altura           30,6 mm
                                  Tiragem          230 000
                                  Série            6 selos + 2 blocos
                                  Folhas           Com 50 exemplares
Fig. 21– Ponte do Arade -         Denteado         11,75 por 11,75
Portimão                          Papel            Esmalte
                                  Impressor        INCM
                                  Desenho          T. Coelho / A. Santos



                                       20
Outra temática que os CTT abordaram como sendo representativa do
Algarve foi o trajo regional da camponesa, que neste artigo decidi inserir
na temática roupas.

                                Dt. de Emissão     28 de Fevereiro de 2007
                                Assunto            Trajes Regionais
                                Largura            40 mm
                                Altura             30,6 mm
                                Tiragem            380 000
                                Série              10 selos
                                Formato            Folhas miniatura com 10
                                                   selos diferentes
                                Denteado           13 por 13,75
Fig. 22 – Traje da Campo-       Papel              Esmalte
nesa                            Impressor          Offset na Cartor
                                Desenho            Vasco Marques

A fauna foi outra das temáticas
que foi selecionadas para repre-
sentar o Algarve, veja o selo em
baixo da série “Faro, Capital
Nacional da Cultura” no qual
está retratada uma concha alu-
dindo ao meio ambiente.



                                   Fig. 23 – Bivalve
Dt. de Emissão                     15 de Junho de 2005
Assunto                            Faro, Capital Nacional da Cultura
Largura                            40 mm
Altura                             30,6 mm
Tiragem                            250 000
Série                              4 selos
Folhas                             Com 50 exemplares
Denteado                           14 por 14,25
Papel                              Esmalte
Impressor                          Offset Joh. Enschéde
Desenho                            J. Brandão / T. Cabral


                                   21
Contudo, quando falamos do Algarve para além das belas paisagens e do
clima pensa-se também na gastronomia, sendo que esta temática ao lon-
go dos últimos 12 anos não foi esquecida pelos CTT.
Neste tema temos um selo sobre o pão de testa do Algarve (Fig. 22) e o
doce D. Rodrigo (Fig. 23), duas especialidades da gastronomia algarvia.




                             Data de Emissão     28 de Julho de 2009
                             Assunto             Pão Tradicional
                             Largura             40 mm
                             Altura              30,6 mm
                             Tiragem             230 000
                             Série               8 selos
Fig. 24 – Pão do Algarve     Folhas              Com 50 exemplares
                             Denteado            13 por 13
                             Papel               Esmalte
                             Impressor           Offset na Cartor
                             Desenho             A. Santos / E. Fonseca


                              Data de Emissão     30 de Maio de 2000
                              Assunto             Doces Conventuais
                                                  2.º Grupo
                              Largura             40 mm
                              Altura              30,6 mm
                              Tiragem             250 000
                              Série               6 selos
                              Folhas              Com 50 exemplares
Fig. 25 – Doce D. Rodrigo
                              Denteado            12 por 12,5
                              Papel               Esmalte
                              Impressor           Offset Litografia
                                                  Maia
                              Desenho             A. Santos



                                 22
Para terminar deixo dois selos que decidi inserir na temática correio e
filatelia, pois um trata-se de uma emissão referente aos 150 anos do 1.º
selo português e refere “Portugal—Faro” e outro pertence à série de selo
do “Correio Escolar 2007”, em que refere na legenda que o desenho
reproduzido no selo é de uma menina de uma Escola do pré escolar do
Concelho de Loulé.

                              Data de Emissão       21 de Julho de 2003
                              Assunto               150.º Aniversário do
                                                    1.º Selo Português -
                                                    Faro
                              Largura               40 mm
                              Altura                30 mm
                              Tiragem               350 000
                              Série                 1 selo
Fig. 26 – 150 Anos do 1.º     Folhas                Com 50 exemplares
Selo Português                Denteado              12 por 12,5
                              Papel                 Esmalte
                              Impressor             Offset Joh. Enschéde
                              Desenho               L. Durão / C. Leitão

                              Data de Emissão     09 de Julho de 2007
                              Assunto             Correio Escolar
                              Largura             40 mm
                              Altura              30,6 mm
                              Tiragem             380 000
                              Série               3 selos
                              Folhas              Com 50 exemplares
                              Denteado            13 com Cruz de Cristo
Fig. 27 – Correio Escolar     Papel               Esmalte
2007                          Impressor           Offset na Cartor
                              Desenho             A. Santos / E. Fonseca

Autoria: Sérgio Pedro

Bibliografia:
http://www.wnsstamps.ch/en
Catálogo Afinsa (2011)



                                  23
INTRODUÇÃO

Portugal foi pioneiro na institucionalização do turismo, e a isso se deveu o
empenho da sociedade civil e do governo republicano em 1911. Noto que
o governo de então aproveitou essa realização para fazer uma operação
de charme junto dos congressistas, sobretudo os estrangeiros, e estes
conferiram o primeiro reconhecimento público ao novo regime político
português, após sete meses da implantação da República.
Desde 2011, as Comemorações dos 100 anos do turismo em Portugal
caracterizam-se por um empenho de muitas entidades públicas e priva-
das, e um conjunto já apreciável de realizações concretizadas, como o
Congresso do Centenário, exposições, seminários, conferências, work-
shops e concertos.
Com um século intervalo, é de relevar a mobilização coletiva, tanto em
1911 como agora nos respetivos congressos, bem como a evolução do
turismo em Portugal, designadamente em aspetos particulares como o
associativismo, o turismo social, o ensino e a investigação.
O século XX testemunhou o Turismo como uma atividade económica, e,
que pelas suas implicações, pelo contexto em que se moveu e pelo carác-
ter de massificação que viria a tomar, é decididamente uma das indús-
trias mais promissoras do século XXI em Portugal e no mundo. Por um
conjunto de fatores (evolução dos transportes, capital e tempo disponí-
veis para os tempos livres, entre outros) que originaram o seu desenvolvi-
mento, o Turismo é uma atividade fundamental dos nossos dias, pelos
milhões de pessoas que movimenta como clientes, pela indução de
empregos que provoca, pelos efeitos multiplicadores sobre outros secto-
res económicos, entre outros.

                                    24
Mas o que caracteriza o Turismo como fenómeno novo, é a sua dimensão
pluridimensional. É mais do que mera atividade económica. É uma ativi-
dade cultural, geográfica, gastronómica, social, religiosa, entre outros.
Segundo a RTA (2001), é um importante motor e catalisador de impactes
naturais e humanos, marcando indelevelmente os territórios onde se
desenvolve e quando evolui para a massificação, esses impactes são
especialmente relevantes e visíveis em diferentes domínios.
Portugal é, de acordo com o Plano Regional de Turismo do Algarve Anos
2000 (RTA, 2001), o país da União Europeia onde as receitas do turismo,
quando comparadas com o PIB atingem a sua maior expressão. O PRTA
refere ainda que o turismo tende a tornar-se o polo determinante e
exclusivo da economia da região do Algarve.
Por outro, a Região de Turismo do Algarve (2001), identifica ainda a inca-
pacidade de ultrapassar a estagnação da quota de mercado no que se
refere ao destino turístico Algarve, e ao mesmo tempo o aparecimento e
evolução de problemas estruturais na região.


A HISTÓRIA DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DO TURISMO PORTUGUÊS

Portugal foi das primeiras nações a enveredar, desde 1911, pela institu-
cionalização governamental do turismo, a par da Áustria e da França,
pioneiras na matéria. No mesmo ano, a Sociedade Portuguesa de Propa-
ganda (SPP), constituída por monárquicos e republicanos, católicos e
maçons, traz para Portugal, a realização do seu IV Congresso Internacio-
nal de Turismo, em Lisboa (PINA 1988). Das conclusões do Congresso
destacou-se a necessidade de criar um organismo oficial de turismo.



                                    25
A 16/05/1911, o Governo Provisório da República decretava a constitui-
ção, no Ministério do Fomento, de um Conselho de Turismo, auxiliado
por uma Repartição de Turismo. (PINA 1988) Em 1911, o Conselho de
Turismo propõe a promoção do país através do cinema (mudo), o que só
se concretiza em 1917 devido a razões orçamentais.
Em Abril de 1917 teve lugar em Lisboa, o I Congresso Hoteleiro. Consistia
em aproximar profissionais e amadores do ramo, com o objetivo de
desenvolver esta indústria. Concluiu-se que os primeiros ensinariam os
segundos.
Nasce em 1918, o primeiro hotel no Algarve, o Grande Hotel de Faro.
Em 1920 foram criadas as Comissões de Turismo, autorizadas a cobrar
uma pequena taxa sobre todos os forasteiros que frequentassem as
estâncias balneares, termais e hotéis de turismo. (PINA 1988)
Em 1921 é reconstruído o Hotel de Santa Luzia, em Viana do Castelo, des-
crito em 1927, pela “The National Geographic Magazine” como “um dos
mais belos do mundo”, apenas comparável aos do Rio de Janeiro ou do
Funchal. (PINA 1988).
Em Maio de 1924 é publicado o Publituris, “o primeiro jornal português
destinado à indústria do turismo”. Raul de Proença inicia a obra “O Guia
de Portugal” sob a proteção da Biblioteca Nacional.
Em 1927, o jogo é regulamentado. São criadas duas zonas de jogo perma-
nente, uma no Estoril e outra na ilha da Madeira, acrescidas de seis zonas
temporárias, distribuídas por Espinho, Figueira da Foz, Praia da Rocha,
Cúria, Sintra e Viana do Castelo. Vingaram em Espinho, Figueira da Foz,
Praia da Rocha (esta por pouco tempo devido à guerra civil espanhola,
1936/1939) e a concessão de Viana do Castelo foi passada para Póvoa do
Varzim. (PINA 1988).

                                   26
Em 1931, o V Congresso Internacional da Crítica, organizado por António
Ferro, trouxe a Portugal a “nata” da cultura europeia e deu origem a
variados artigos favoráveis escritos sobre Portugal pela imprensa estran-
geira. (PINA 1988). António Ferro foi uma personalidade que projetou o
turismo na vida nacional.
Traçou um plano para tornar Portugal conhecido no estrangeiro. Foi esco-
lhido por Oliveira Salazar para dirigir o Secretariado Nacional da Informa-
ção (SNI).
Entre outras iniciativas, elaborou um Estatuto do Turismo. Lançou as Pou-
sadas Regionais.
Em 1931 é criada a Junta Autónoma das Estradas, são construídas as prin-
cipais estradas do país. É desenvolvido o excursionismo automóvel. E com
o excursionismo surgem novos termos como piquenique, excursão, fim-
de-semana, passeio anual da coletividade. (PINA 1988)
Criado em 1903, o Automóvel Clube de Portugal (ACP) desenvolveu o
turismo motorizado: lançou a sua revista; com a Móbil embelezou a sina-
lização das estradas de Portugal; publicava o mapa anual do estado das
estradas. (PINA 1988). No ano seguinte é fundada a Empresa de Viação
do Algarve (EVA). (PINA 1988).
Em 1934, António Ferro promoveu em Londres, a quinzena cultural. Fize-
ram parte da comitiva referenciados conferencistas e os Pauliteiros de
Miranda. Em 1937 apresenta no pavilhão de Portugal na Feira Internacio-
nal de Paris, uma Exposição de arte popular portuguesa (PINA 1988).
A 31/12/1946, a TAP iniciara o seu segundo voo regular, ligando Lisboa a
Lourenço Marques. A viagem durava seis dias, com cinco paragens para
dormidas. (PINA 1988).


                                   27
Comemorações do X Aniversário da TAP (1963)

A 14/06/1940 abriu em Lisboa, no quadro das comemorações do duplo
centenário da fundação e restauração de Portugal, a (tão falada) Exposi-
ção do Mundo Português (PINA 1988).
O estado português tinha como objetivo dar a conhecer ao mundo as
realizações do país. O grande projeto interrompido pela guerra trouxe em
vez do esperado bando de turistas, uma torrente de refugiados.
No decurso da Exposição foi inaugurado o “Flecha de Prata”, o comboio
rápido que ligava Lisboa ao Porto, assim chamado pela introdução do
chapeado em aço inoxidável. (PINA 1988)




                                  28
Em 1947 surge o Primeiro Concurso Nacional de Ranchos Folclóricos,
aquando as comemorações do VIII Centenário de Lisboa,
Em 1948 abriu ao público o Museu de Arte Popular, cuja finalidade, além
de reunir valores patrimoniais, representava uma espécie de catálogo
oficial do folclore português que correu o mundo nas asas do turismo.
Em 1959 nasce a Feira Internacional de Lisboa (FIL) com o objetivo de
promover múltiplos eventos nacionais e internacionais. (PINA 1988).




                    XXVIII Congresso da FIAV (1954)
Em 1960, o “primeiro hotel dos tempos modernos” abre em Monte Gor-
do, o “Vasco da Gama”, fazendo o contraponto à “Pousada do Infante”
que abriu no mesmo ano, em Sagres. (PINA 1988).




                                  29
Em 1964 reúne em Lisboa, o Congresso Anual dos Estudos Turísticos, ano
em que é atingido o primeiro milhão de entradas de visitantes no país.
O turismo pela primeira vez na sua história é incluído num Plano de
Fomento, o Intercalar, vigente entre 1965 e 1967. Na edição seguinte, no
III Plano de Fomento 1968-1973, o turismo passará a ser considerado
como “sector estratégico do crescimento económico”. (PINA 1988)
Em 1968, passados dez anos sobre os resultados de 1958, o número
duplicava para um resultado de 2,5 milhões de visitantes. (PINA 1988) Em
1969 começam a ser publicados anualmente os primeiros índices estatís-
ticos do ramo, pelo Instituto Nacional de Estatística e pelo Gabinete de
Estudos e Planeamento da Direcção-Geral de Turismo, ao mesmo tempo
que é constituído no organismo central o grupo de trabalho das “Cartas
Turísticas”, que se propõe proceder ao levantamento sistemático dos
recursos com que o sector poderá contar, tendo em vista o inadiável
ordenamento turístico do território. (PINA 1988).




     XII Congresso da Associação Iinternacional de Hotelaria (1962)



                                   30
O IV Plano de Fomento, iniciado em 1974 e com fim previsto para 1979
(PINA 1988) justifica o turismo, como “o sector estratégico de desenvolvi-
mento socioeconómico do país” e tinha como metas aumentar o saldo da
balança turística, atenuar desequilíbrios regionais e fomentar o turismo
social. (PINA 1988)
Marcello Caetano altera a equipa de trabalho que Oliveira Salazar tinha
escolhido para levar o turismo a bom porto e passa-se a trabalhar “uma
atividade” no lugar “do fenómeno”, conceito que tinha vingado até àque-
le momento.
Sem soluções para a questão colonial crescentemente condenada pelo
estrangeiro, assiste em 1974 ao desabar do regime. Acrescem ainda,
durante o seu mandato, duas crises económicas internacionais, com
repercussões para o turismo: as dificuldades enfrentadas pela libra em
1968 e a crise energética, petrolífera em 1973, seis meses antes da queda
do regime. (PINA 1988).
Com a mudança do regime a 25/04/74 (abertura do caminho à implanta-
ção da III República), “Portugal muda de país”. Em 1977, desprovido do
espaço colonial, volta-se para o mundo, nomeadamente para a Organiza-
ção para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Organiza-
ção do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e para a Associação Europeia
de Comércio Livre (EFTA), que co-fundara em 1948, 1949 e 1960 respeti-
vamente. A entrada no Conselho da Europa em 1976 reafirma essa vonta-
de. (PINA 1988).
Em resumo, o turismo em Portugal, foi até à década de cinquenta essen-
cialmente elitista, vista pelo regime político vigente com alguma descon-
fiança. O turismo, que se queria cultural, termal, de saúde e repousante,
torna-se então balnear e massificado (Silva, 1998).

                                   31
A partir da década de setenta e meados de oitenta, verifica-se a retoma
dos incentivos financeiros à indústria e um grande crescimento, onde se
começam a destacar o Algarve e a zona de Lisboa, absorvendo, juntas,
cerca de metade do investimento hoteleiro global do país (Pina, 1988).
Este desenvolvimento rápido e abrupto originado pelas atividades de
prestação de serviços turísticos e das atividades de construção e promo-
ção imobiliária, agravou o desordenamento de parte do litoral (caso de
áreas localizadas do Algarve) registando-se a degradação dos elementos
naturais (Cunha, 2003) e ao mesmo tempo a urgência de uma nova visão
para o turismo e integração de conceitos como a sustentabilidade e quali-
dade (Serra, 2004).
Em 1982, é instituído o princípio da descentralização dos poderes do
estado em matéria autárquica turística, representando o estado a partir
desta altura através de Comissões Regionais de Turismo. À falta de um
plano global de desenvolvimento nasce o primeiro Plano Nacional de
Turismo, na sequência dos Planos de Fomento de 1965, 1968 e de 1974.
Em 1986 foram aprovadas as bases essenciais do Plano Nacional de Turis-
mo, aprovadas pelo então X Governo Institucional, presidido por Aníbal
Cavaco Silva. (PINA 1988) Entre 1986 e 1989 é instituído um plano de
médio prazo com o objetivo de atuar acertadamente nas diversas áreas-
chave em que a indústria se movimenta, o ordenamento territorial; o
termalismo; a animação; estruturas administrativas, centrais e regionais;
formação profissional; investimento e promoção. (PINA 1988)
Nesta fase, Portugal passa a ser membro efetivo da Comunidade Econó-
mica Europeia, momento a partir do qual, as estabilidades, política e
governamental, se consumem. (PINA 1988).


                                   32
Para Portugal, o enquadramento na ordem comunitária consolidava, na
sua história, a jovem democracia e espaço de manobra vital para o seu
inadiável desenvolvimento. (PINA 1988)
De forma a comemorar os 75 anos do primeiro organismo oficial do turis-
mo português, o governo decidiu celebrar este evento, no período de
15/05/1986, a 15/05/1987, ao que intitulou Ano do Jubileu do Turismo
Português. A sessão solene de abertura contou com a presença do então
Presidente da República Portuguesa, Mário Soares, do então Secretário-
Geral da Organização Mundial de Turismo (OMT), “Willibald P. Pahr” e do
então Secretário de Estado do Turismo, Licínio Cunha, na Sociedade de
Geografia de Lisboa. (PINA 1988).




                      75 Anos de Turismo (1987)




                                    33
O TURISMO ACTUAL

No que respeita à procura turística por Portugal como destino turístico e
segundo a DGT (2002), 94.8% dos turistas correspondem aos seguintes
mercados (por ordem crescente): Reino Unido; Espanha; Alemanha; Fran-
ça; Holanda; Itália; Estados Unidos e Bélgica.
No contexto da expansão da sua atividade turística, em especial da ofer-
ta, a OMT prevê que Portugal possa alcançar o décimo mercado mundial
dentro de 20 anos, atraindo 44 milhões, face aos 12 milhões e do 16º
lugar à escala mundial atual.
O Turismo é hoje para a economia portuguesa um sector importante
para o desenvolvimento do país. O Plano Estratégico Nacional do Turis-
mo 2006-2015 (PENT), refere ainda que “o plano é uma diretriz em que o
Turismo é reconhecido como um sector estratégico para o desenvolvi-
mento do País e que assenta no potencial turístico nacional como um
todo, apostando no aparecimento de novos pólos de desenvolvimento
nas diferentes regiões”.




               Série Paisagens e Monumentos (1972-1974)


                                    34
O ALGARVE E O TURISMO

Atendendo a um destino turístico maduro, o Algarve, o Turismo apresen-
ta-se como a principal atividade económica e a atividade que maior
impacte tem na economia regional no contexto presente e futuro,
Para a DGT (2002) em termos quantitativos, o Algarve representa 60% da
oferta turística nacional, existindo assim uma grande concentração de
dormidas numa só região. A atividade industrial é residual, e há todo um
conjunto de atividades totalmente dependentes do número de dormidas
na hotelaria: nomeadamente a restauração, o golfe, os parques de diver-
são, a imobiliária, entre outros.




                             O Algarve Turístico


Voltando atrás na história, a atividade turística no Algarve, foi evoluindo
ao longo do século passado. Até à década de cinquenta, o Algarve e o seu
litoral, eram quase expugnáveis e em muitas áreas, as características ori-
ginais prevaleciam (Águas, 1997). A abertura do Aeroporto Internacional
de Faro foi crucial no que diz respeito à massificação e a forte evolução
turística, e que se regista até hoje.



                                        35
O crescimento massivo a partir dos anos 70, acarretou um excesso da
capacidade de oferta de alojamento, e a intermediação da oferta turística
na mão de um número reduzido de grandes operadores, criando com isso
dependência comercial e capacidade de manobra reduzida na fixação dos
preços, contribuindo igualmente para a redução dessa margem de inter-
mediação. Este facto ocorre, quando existe um agravamento de alguns
dos desequilíbrios fundamentais do mercado, como o agravamento da
concentração nos mercados de origem dos turistas, nomeadamente da
Espanha, do Reino Unido e da Alemanha a representar e a registar um
aumento da percentagem das dormidas na hotelaria global dos turistas
destes mercados.

TURISMO QUE FUTURO?
Atualmente, o crescimento dos fluxos turísticos com a consequente inter-
nacionalização e globalização dos agentes envolvidos foi acompanhado
pela difusão dos destinos turísticos à escala mundial.
Hoje, a indústria turística constitui 12% do PIB global, e suporta 250
milhões de postos de trabalho (9% do emprego total) (WTTC, 1997) a
nível mundial.
O número de turistas estrangeiros chegados a todos os países do mundo
passou de 25 milhões, em 1950, para mais de 700 milhões em 2003 e
uma previsão de 1000 milhões de chegadas de turistas em 2010 e 1560
milhões em 2020 (717 milhões de chegadas para a Europa), segundo a
WTTC (2004).
Em relação à procura, a Europa é o continente que possui a maior con-
centração turística recebendo cerca de 3/4 do turismo europeu e 2/5 do
turismo mundial, seguida pela Ásia e Pacífico e Américas (WTO, 2004).

                                    36
Portugal foi dos primeiros países europeus e mundiais a profissionalizar o
Turismo.
A institucionalização do Turismo português, para além de visar promover
o país e também o recém-implantado regime republicano, este viu ao
contrário da Monarquia, uma atividade económica crucial para o futuro
da nação.
O momento foi único na medida que é reconhecido a importância desta
atividade, ao mesmo tempo que passou a legislar-se, a regular e estrutu-
rar todo o setor turístico.




Autoria: Ricardo Brito




                                   37
Email: nucleofilateliafaro@gmail.com
Website: http://nucleofilateliafaro.blogspot.pt




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Catalogo Algarpex 2012

  • 1.
  • 2. É com muita honra que o Núcleo de Filatelia de Faro organizou a Algar- pex 2012, pois a mesma apresentou-se como um grande desafio para este jovem núcleo. Durante os nossos 6 anos de existência muitas têm sido as iniciativas promovidas por nós, contudo nenhuma delas atingiu a dimensão da presente iniciativa. Nesta exposição teremos expostas 49 coleções, encontrando-se as mesmas dispersas por 4 locais: na estação de Correios do Carmo—Faro, no Hotel Faro, no Museu Municipal de Faro e na Biblioteca Escolar da Escola EB 2/3 Poeta Emiliano da Costa - Estoi. Com isto pretendemos envolver toda a comunidade farense e diversos públicos, divulgando assim a Filatelia e a correspondência manuscrita (que hoje em dia é tão pouco utilizada). Para dignificar o evento, decidiu este Núcleo solicitar aos Correios de Por- tugal a emissão de uma carteira temática de selos sobre o Algarve, deno- minada Algarpex 2012 e dois selos personalizados sobre o dia Mundial do Turismo (27 de setembro) data escolhida para celebrar a Algarpex 2012. Não poderíamos terminar esta mensagem sem ressalvar o papel impor- tante quer das entidades quer das pessoas envolvidas na concretização deste evento, pois foi com muita satisfação que vimos o seu empenho muitas das vezes no limite para responder às nossas solicitações. Um bem haja a todos A organização 2
  • 3. o Faro 27 de Setembro a 04 de Outubro de 2012 ORGANIZAÇÃO ATAF (Núcleo de Filatelia de Faro) COLABORAÇÃO Associação Filatélica Alentejo-Algarve (Portimão) Círculo Filatélico Y Numismático de Huelva (Espanha) Secção Filatélica do Lions Clube de Portimão Secção de Coleccionismo da Associação Humanitária dos Bombei- ros Voluntários de Vila Real de Santo António APOIOS E AGRADECIMENTOS Federação Portuguesa de Filatelia Correios de Portugal, E.P. Câmara Municipal de Municipal de Faro Hotel Faro O CARIMBO COMEMORATIVO 3
  • 4. SELOS PERSONALIZADOS CARTEIRA TEMÁTICA Selo Europa Selo Nacional PROGRAMA Dia 27 de Setembro 16:30 - Inauguração da exposição na Estação de Correios do Carmo - Faro; Dia 28 de Setembro 20:30 – Encontro de colecionadores na Casa do Povo de Estoi; Dia 29 de Setembro 11:30 - Abertura da mostra filatélica e convívio filatélico; 13:00 – Almoço convívio; 15:15 – Passeio convívio; De dia 01 de Outubro a 04 de Outubro Visitas dos Alunos das EB 1 de Faro à exposição; O LOCAL E O HORÁRIO - Biblioteca escolar Prof. Amílcar Quaresma (08:30 - 16:00— visitas sujeitas a marcação prévia) - Estação de Correios do Carmo – Faro (dias úteis das 09:00 às 18:30; - Museu Municipal de Faro (todos os dias excepto 2.ª Feira das 09:00 às 17:30; - Hotel Faro (todos os dias das 09:00 às 18:30). 4
  • 5. COLECÇÕES EXPOSTAS Estação de Correios do Carmo – Faro Coleções Convidadas Fundação Portuguesa das Comunicações Um Mundo uma Rede Postal 1 a 17 Fundação Portuguesa das Comunicações Um Olhar sobre as Telecomunicações 18 a20 Hotel Faro Coleção Convidada Sec. de Colec. da Ass. Humanitária dos Bombeiros Vol. VRSA (Vila Real Santo António) Material Filatélico editado pela Associação 21 Filatelia Tradicional Albano Santos (Vila Real de Santo António) Pagelas e blocos de Macau 22 e 23 António Cavaco (Lagoa) Blocos de Portugal 24 a 26 António Soero (Huelva) Grã Bretanha 27 a 30 Francisco Galveias (Vila Real de Santo António) Traje no Feminino 31 e 32 Inteiros Postais M.ª Armanda Borralho (Portimão) Pintores nos Inteiros Postais Portugueses 33 a 35 Filatelia Temática Albano Santos (Vila Real de Santo António) Arquitetura espanhola, Turismo e Castelos 36 e 37 Carlos Macedo (Tavira) Cosmos 38 a 41 Jorge Bomba (Faro) Filatelia - Um mundo de imaginação 42 a 44 José Palma (Olhão) Por mares nunca d’antes navegados 45 a 48 5
  • 6. Selos Fiscais José Pérez Varguez(Huelva) Selos Locais de Huelva 49 a 53 Um Quadro Temática Feliciano Monteiro Flor (Porches) Borboletas – Um pouco do Esvoaçar 54 Tradicional Rui Augusto Gomes Bastos (Portimão) Macau 55 Maximafilia Pinheiro da Silva (Praia da Rocha) Quadras de Ant. Aleixo em Postais desenhados por Alb. de Sousa 56 Museu Municipal de Faro Coleções Convidadas AFAL – Ass. Filatélica Alentejo-Algarve (Portimão) Material Filatélico editado pela Associação 57 e 58 Secção Filatélica Lions Clube de Portimão (Portimão) O Lions Clube na Filatelia 59 e 60 Filatelia Tradicional Albano Santos (Vila Real de Santo António) Quadras de Moçambique 61 a 63 João Barnabé (Portimão) Cabo Verde – Monarquia 64 e 65 Manuel Reis (Porches) Tiras e quadras de Bopphuthatsawana 66 e 67 Manuel Troncoso Currito (Pozo del Camiño) Alemanha Federal 68 a 72 Filatelia Temática António Borralho (Portimão) Filatelia Algarvia - Subsídios para a sua História Postal 73 a 75 6
  • 7. Manuel Garcia (Huelva) Modalidades de Colecionismo 76 a 79 Sandra Santos (Vila Real de Santo António) Campeões Olímpicos 80 a 82 Sandra Santos (Vila Real de Santo António) João Paulo II – O seu Pontificado em Selos 83 a 86 Maximafilia Francisco Galveias (Vila Real de Santo António) Animais em vias de extinção 87 a 91 Classe Aberta António Moguer (Huelva) Os Reis Católicos - O V Centenário 92 a 96 Heredia Machado (Huelva) Marcas de Automóveis SEAT 97 a 99 Um Quadro Inteiros Postais Álvaro Paixão (Portimão) Inteiros Postais de Espanha 100 Tradicional José Pinto (Faro) Cruz Vermelha 101 Temática Sebástian Cabeza Apontamento literário filatélico ilustrado 102 História Postal Francisco Paiva (Faro) Marcofilia de Faro 103 7
  • 8. Biblioteca Escolar da EB 2/3 Poeta Emiliano da Costa – Estoi Coleções Convidadas Núcleo de Filatelia de Faro – Ass. Trabalhadores Autárquicos de Faro (Faro) Material Filatélico editado pelo Núcleo 104 Núcleo Juvenil “Os Amiguinhos dos Selos” (Estoi) Coleção de Maximafilia Portugal é Lindo 105 Filatelia Tradicional Ilídio Santos (Portimão) França 106 a 108 Filatelia Temática Albano Santos (Vila Real de Santo António) Uniformes Militares 109 a 112 Ricardo Brito (Albufeira) O Portugal Turístico 113 e 114 Rui Bastos (Portimão) Arquitetura 115 a 117 Sandra Santos (Vila Real de Santo António) Modalidades Olímpicas 118 a 120 Sérgio Pedro (Estoi) Vamos Brincar com os Comboios 121 e 120 Literatura Ricardo Brito (Albufeira) Artigo o Centenário do Turismo 122 Sérgio Pedro (Estoi) Artigo Algarve em Selos desde 2000 a 2012 123 Um Quadro Temática Albano Santos (Vila Real de Santo António) Sobrescritos de 1.º dia comemorativos 124 Luís Brás (Faro) Gastronomia 126 Sandra Santos (Vila Real de Santo António) Cristóvão Colombo 127 8
  • 9. Maximafilia Feliciano Flor (Porches) Flores – Por Montes e Vales 128 Pinheiro da Silva (Praia da Rocha) Algumas Aves da Ria Formosa 129 Juventude Letícia Brito (Albufeira) Animais de Estimação 130 Turma 2.º ano do ano letivo 2011/2012 (Estoi) À Volta dos Postais Máximos 129 9
  • 10. O Algarve em Selos no Séc. XXI Com o surgir da internet em especial o correio eletrónico, o correio como era entendido até aí tomou um rumo totalmente diferente, pois, se até o surgimento da internet a comunicação entre pessoas passava em grande parte pelo serviço de correios pois o telefone trata somente de dados de voz e telex de dados escritos relativamente curtos e o custo de aquisição era bastante elevado para maioria das empresas e indivíduos, com a internet a possibilidade de transmitir informação quer seja ela escrita, áudio ou áudio visual massificou-se para maioria da população. Atual- mente com os grandes motores de busca a competirem diretamente com outros sites web de “redes sociais”, torna ainda a comunicação entre indivíduos mais rápida e interativa, relegando assim a comunicação via carta ou postal para um desuso. Sendo que os próprios colecionadores de selos adotam a utilização desses meios cada vez mais, esquecendo que a correspondência “física” (com selo) é a razão principal que promoveu a existência do colecionismo de selos. Com o referido anteriormente, não é minha intenção abordar uma dis- cussão que muitos já vem fazendo há alguns anos, mas sim salientar que este fenómeno também obrigou a todos os serviços de correio a repensa- rem as suas emissões de selos, dando cada vez mais um cariz comemora- tivo ao selo e apostando em produtos “acabados” em que apelam a um público geral que por norma gosta de determinadas temáticas e pode assim adquirir os referidos selos incluídos em carteiras, livros ou outros formatos de acordo com o seu gosto. Contudo, independentemente das opções dos serviços emissores de selos e das opções de cada indivíduo, uma das características dos colecio- nadores sejam ele de selos, moedas, lápis, isqueiros ou qualquer outro produto é organizar a sua coleção de acordo com os seus critérios. Neste artigo faz-se um levantamento dos selos colocados em circulação após o ano 2000 que de uma forma ou de outra estão associados ao Algarve. 10
  • 11. Muitas poderiam ser as formas de apresentar os selo que foram colocados em circulação após o ano 2000 sobre o Algarve, sendo que a mais prática e provavelmente lógica seria a cronológi- ca, porém, entendi que essa forma não espelhava da forma mais correta a beleza desta região que é o Algarve, como tal optei por apresentar os selos emitido de acordo com temáticas que defini. A primeira temática que escolhi para apresentar é a temática “turismo”. Nesta temática identifiquei dois selos, sendo que um deles não referir direta- Fig. 1 - Emissão Europa - Férias mente o Algarve trata de um assunto associado comumente ao Algarve, nomeada- Data de Emissão 10 de Maio de 2004 mente, as férias, e Assunto Europa - Férias apesar de não poder- Largura 40 mm mos identificar clara- Altura 30 mm mente a praia a que Tiragem 250 000 se refere o selo verifi- Série 4 selos ou 2 blocos ca-se que as arribas Formato Folhas de 50 unidades bem como as rochas Denteado 14 por 14,25 dentro de água se Papel Esmalte assemelham a muitas Impressor Offset Joh. Enschéde praias algarvias, Desenho João Machado sobretudo as que se encontram entre Albufeira e a Praia da Rocha. Seguidamente, e ainda dentro da temática “turismo”, temos então um selo sobre “Faro - Capital Nacional da Cultura” (Fig. 2), no qual se pode observar a imagem de um conjunto de pessoas a aplaudir. Nessa mesma série podemos ainda encontrar outro selo em outra temáti- ca, nomeadamente, “música”, no qual se pode observar um maestro a dirigir um orquestra. Relativamente aos dados técnicos cada um dos selos apresentados teve uma tiragem de 250 000 exemplares. 11
  • 12. Data de Emissão 15 de Junho de 2005 Assunto Faro, Capital Nacional da Cul- tura Largura 40 mm Altura 30,6 mm Tiragem 250 000 Série 4 selos Folhas 50 exemplares Denteado 14 por 14,25 Papel Esmalte Impressor Offset Joh. Ens- chéde Desenho J. Brandão / T. Cabral Fig. 2 e 3 - Faro Capital Nac. da Cultura Ainda, na oferta turística ao nível de espe- táculos em 2011, os CTT colocaram em circulação a série de selos de emissão base “festas tradicionais portuguesas”, no qual decidiu inserir a festa “Carnaval de Lou- lé” (Fig. - 4). A escolha desta festa num selo de emissão base foi sem dúvida uma feliz escolha pois o Carnaval de Loulé é uma das festas mais antigas e emblemáticas do Algarve. Fig. 4 - Carnaval de Loulé Data de Emissão 21 de Fevereiro de 2011 Assunto Festas Tradicionais de Portuguesas Largura 30,6 mm Altura 27,7 mm Tiragem Série 5 selos Folhas 100 exemplares Denteado 11,75 por 11,75 Papel FCS Impressor Offset na INCM Desenho Atelier WHITESTUDIO 12
  • 13. No entanto, o Algarve não é só praia e festas, é também uma região com muita história, sendo que nesta temática é onde podemos encontrar maioria dos selos emitidos pelos CTT após o ano 2000. Começamos então por Silves Xelb (ou Shelb) era o nome dado à cidade de Silves durante o domínio muçulmano. Dois dos monumentos mais impor- tantes de Silves são a Sé de Silves (Fig. 5) e o Castelo de Silves (Fig. 6) Data de 21 de Junho de 2006 Emissão Assunto Rota das Catedrais Portuguesas Largura 40 mm Altura 30,6 mm Tiragem 235 000 Série 10 selos Folhas De 50 exemplares Fig. 5 - Sé Catedral de Silves Denteado Cruz de Cristo 13 por 13 Papel FCS 110 g/m2 Impressor Offset na Joh. Ens- chedé Desenho A. Santos / H. Soares Data de Emissão 26 de Setembro de 2007 Assunto Emissão conjunta Portugal / Marrocos Largura 30,6 mm Altura 40 mm Tiragem 230 000 Série 2 selos Folha Com 50 exemplares Denteado 13 por 13,75 Papel Esmalte Impressor Offset na Cartor Desenho A. Santos / T. Coe- Fig. 6 - Castelo de Silves lho / Waugaf 2007 13
  • 14. Um dos locais mais emblemá- Data de Emissão 14 de Junho de 2007 ticos do Algarve, nomeada- Assunto 7 Maravilhas mente, a Fortaleza de Sagres de Portugal também foi colocada em selo Largura 40 mm postal . Altura 30,6 mm Tiragem 230 000 Série 21 selos Folhas Mini folha com 7 selos diferentes Denteado 12,75 por 12,5 Papel Esmalte Impressor Offset na INCM Fig. 7 - Fortaleza de Sagres Desenho A. Santos / H. Soares Fig. 8 - Mini folha no qual está inserido o selo referente à Fortaleza de Sagres 14
  • 15. Ainda na temática da história/monumentos verificamos que existem mais alguns selo emitidos, desta vez sobre monumentos que se situam no Con- celho de Faro, nomeadamente a Sé Catedral de Faro (Fig. - 9) e as Ruínas de Milreu (Fig.—10). Data de Emissão 21 de Junho de 2006 Assunto Rota das Catedrais Portuguesas Largura 40 mm Altura 30,6 mm Tiragem 235 000 Série 10 selos Folhas De 50 exemplares Denteado Cruz de Cristo 13 por Fig. 9 - Sé Catedral de Faro 13 Papel FCS 110 g/m2 Impressor Offset na Joh. Enschedé Desenho A. Santos / H. Soares Data de Emissão 26 de Setembro de 2007 Assunto Arqueologia em Portu- gal Largura 30,6 mm Altura 40 mm Tiragem 155 000 Série 5 selos + 1 bloco Folhas Com 50 exemplares Denteado 13 por 13 Papel Esmalte Impressor Offset na Joh. Ensche- Fig. 10– Ruínas Romanas de dé Milreu (Estoi) Desenho J. Brandão / S. Brito 15
  • 16. Por fim, na série “Arqueologia em Portugal”, foi emitido ainda um selo sobre os Monumentos Megalíticos de Alcalar. Ainda dentro desta temáti- ca temos ainda dois selos postais: um emitido aquando Faro Capital Nacional da Cultura e na série de selos Herança Romana em Portugal. Data de Emissão 15 de Junho de 2005 Assunto Faro, Capital Nacio- nal da Cultura Largura 40 mm Altura 30,6 mm Tiragem 230 000 Série 4 selos Fig. 11 - Monumento Mega- Folhas Com 50 exemplares lítico de Alcalar (Portimão) Denteado 14 por 14,25 Papel Esmalte Impressor Offset Joh. Enschéde Desenho J. Brandão / T. Cabral Fig. 12 - Peça de arqueologia patente no Museu em Faro Data de Emissão 21 de Junho de 2006 Assunto Herança Romana em Portugal Largura 40 mm Altura 30,6 mm Tiragem 300 000 Série 4 selos e um bloco Folhas Com 50 exemplares Denteado 11,75 por 12,5 Papel Esmalte Impressor Offset Joh. na INCM Fig. 13 - Mosaico do Oceano J. Brandão / P. Falar- Desenho (patente no Museu Municpal do de Faro) 16
  • 17. Entrando noutra temática, que não podemos classificar, como belas artes mas, no entanto, a designação de monumento também não é a mais ade- quada. Um dos selos que nos referimos trata-se do selo referente à emis- são “Chafarizes de Portugal”, no qual foi incluída a Fonte da Senhora da Saúde em S. Marcos—Tavira Dt. de Emissão 01 de Outubro de 2003 Assunto Chafarizes de Portugal Largura 40 mm Altura 30,6 mm Tiragem 250 000 Série 6 selos Folhas Com 50 exemplares Denteado 12 por 12,5 Fig. 14 - Fonte da Senhora Papel Esmalte da Saúde Tavira Impressor Offset Litografia Maia Outro selo cujo tema não pode ser considera como temática belas artes ou monumentos é do selo postal colocado em circulação a 20/04/2004 sobre as cidades anfitriãs do EURO, no qual podemos ver em segundo plano a típica chaminé algarvia. Certo que este selo também se poderia enquadrar numa temática de eventos desportivos ou eventos no Algarve, consideramos mais importante ressaltar o pormenor que destaca este selo dos restantes da série. Fig. 15 - Data de Emissão 20 de Abril de 2004 Chaminé Algarvia Assunto EURO 2004 - Cidades Anfitriãs Largura 40 mm Altura 30 mm Tiragem 350 000 Série 8 selos Folhas Folhas de 50 exemplares Denteado 14 por 14,25 Papel Esmalte Impressor Offset na Joh. Enschéde Desenho Acácio Santos 17
  • 18. No seguimento do selo apresentado na página anterior, saliento agora os selos emitidos aquando da realização do EURO 2004, no qual podemos ver o Estádio Algarve reproduzido em dois selos (uma emissão de 28 de Novembro de 2003 em que foi produzida uma mini folha com 10 selos e outro a 28 de Abril de 2004). Para o efeito, consideramos estes selos como temática arquitetura, pois mais do que o evento para o qual ele foi erguido a obra que ficou independentemente, da opinião pessoal de cada indivíduo é uma das obras de arquitetura contemporânea mais importan- te no Algarve. Dt. de Emissão 28 de Novembro de 2003 Assunto EURO 2004 - Estádios Largura 40 mm Altura 30 mm Tiragem 120 000 Série 10 selos Folhas Folhas miniatura com 10 selos diferentes Denteado 12 por 12,5 Fig. 16 - Estádio Algarve - Pormenor exterior Papel Esmalte Impressor Offset na Joh. Enschéde Desenho Acácio Santos Dt. de Emissão 28 de Abril de 2004 Assunto EURO 2004 - Estádios Largura 40 mm Altura 30 mm Tiragem 350 000 Série 10 selos Folhas Com 50 exemplares Denteado 14 por 14,25 Papel Esmalte Fig. 17 - Estádio Algarve - Impressor Offset na Joh. Enschéde Pormenor interior Desenho Acácio Santos 18
  • 19. O Farol do Cabo de S. Vicente Data de Emissão 19 de Junho de 2008 para além do selo abaixo indi- cado (Fig. 9). surge ainda em Assunto Faróis Portugueses outro selo num segundo pla- Largura 40 mm no, nomeadamente no selo Altura 30,6 mm referente aos 50 anos do Ins- tituto Hidrográfico Tiragem 350 000 Série 10 selos Folhas Com 50 exemplares Denteado 14 por 14,25 Papel Esmalte Impressor Offset Joh. Enschéde Desenho Acácio Santos Fig. 18 - Farol do Cabo de S. Vicente Fig. 19- Farol do Cabo de S. Vicente em segundo plano Data de Emissão 22 de Setembro de 2010 Assunto 50 anos do Instituto Hidrográfico Largura 40 mm Altura 30,6 mm Tiragem 230 000 Série 2 selos Formato Folhas com 20 exemplares Denteado 13 por 13 Papel Esmalte Impressor Offset na Cartor Desenho Atelier A. Santos / H. Soares 19
  • 20. As pontes sobre o Rio Guadiana e sobre o Rio Arade foram outras duas grandes obras contemporâneas colocadas em selo. Fig. 20 - Ponte sobre o Guadiana - V. Real St.º António Data de Emissão 14 de Setembro de 2006 Assunto Pontes Ibéricas - Emissão conj. Portugal/Espanha Largura 80 mm Altura 30,6 mm Tiragem 300 000 Série 2 selos Formato Folhas com 25 exemplares Denteado 11,75 por 12,5 Papel Esmalte Impressor Atelier Acácio Santos Desenho Acácio Santos Dt. de Emissão 16 de Outubro de 2008 Assunto Pontes e Obras de Arte Largura 40,0 mm Altura 30,6 mm Tiragem 230 000 Série 6 selos + 2 blocos Folhas Com 50 exemplares Fig. 21– Ponte do Arade - Denteado 11,75 por 11,75 Portimão Papel Esmalte Impressor INCM Desenho T. Coelho / A. Santos 20
  • 21. Outra temática que os CTT abordaram como sendo representativa do Algarve foi o trajo regional da camponesa, que neste artigo decidi inserir na temática roupas. Dt. de Emissão 28 de Fevereiro de 2007 Assunto Trajes Regionais Largura 40 mm Altura 30,6 mm Tiragem 380 000 Série 10 selos Formato Folhas miniatura com 10 selos diferentes Denteado 13 por 13,75 Fig. 22 – Traje da Campo- Papel Esmalte nesa Impressor Offset na Cartor Desenho Vasco Marques A fauna foi outra das temáticas que foi selecionadas para repre- sentar o Algarve, veja o selo em baixo da série “Faro, Capital Nacional da Cultura” no qual está retratada uma concha alu- dindo ao meio ambiente. Fig. 23 – Bivalve Dt. de Emissão 15 de Junho de 2005 Assunto Faro, Capital Nacional da Cultura Largura 40 mm Altura 30,6 mm Tiragem 250 000 Série 4 selos Folhas Com 50 exemplares Denteado 14 por 14,25 Papel Esmalte Impressor Offset Joh. Enschéde Desenho J. Brandão / T. Cabral 21
  • 22. Contudo, quando falamos do Algarve para além das belas paisagens e do clima pensa-se também na gastronomia, sendo que esta temática ao lon- go dos últimos 12 anos não foi esquecida pelos CTT. Neste tema temos um selo sobre o pão de testa do Algarve (Fig. 22) e o doce D. Rodrigo (Fig. 23), duas especialidades da gastronomia algarvia. Data de Emissão 28 de Julho de 2009 Assunto Pão Tradicional Largura 40 mm Altura 30,6 mm Tiragem 230 000 Série 8 selos Fig. 24 – Pão do Algarve Folhas Com 50 exemplares Denteado 13 por 13 Papel Esmalte Impressor Offset na Cartor Desenho A. Santos / E. Fonseca Data de Emissão 30 de Maio de 2000 Assunto Doces Conventuais 2.º Grupo Largura 40 mm Altura 30,6 mm Tiragem 250 000 Série 6 selos Folhas Com 50 exemplares Fig. 25 – Doce D. Rodrigo Denteado 12 por 12,5 Papel Esmalte Impressor Offset Litografia Maia Desenho A. Santos 22
  • 23. Para terminar deixo dois selos que decidi inserir na temática correio e filatelia, pois um trata-se de uma emissão referente aos 150 anos do 1.º selo português e refere “Portugal—Faro” e outro pertence à série de selo do “Correio Escolar 2007”, em que refere na legenda que o desenho reproduzido no selo é de uma menina de uma Escola do pré escolar do Concelho de Loulé. Data de Emissão 21 de Julho de 2003 Assunto 150.º Aniversário do 1.º Selo Português - Faro Largura 40 mm Altura 30 mm Tiragem 350 000 Série 1 selo Fig. 26 – 150 Anos do 1.º Folhas Com 50 exemplares Selo Português Denteado 12 por 12,5 Papel Esmalte Impressor Offset Joh. Enschéde Desenho L. Durão / C. Leitão Data de Emissão 09 de Julho de 2007 Assunto Correio Escolar Largura 40 mm Altura 30,6 mm Tiragem 380 000 Série 3 selos Folhas Com 50 exemplares Denteado 13 com Cruz de Cristo Fig. 27 – Correio Escolar Papel Esmalte 2007 Impressor Offset na Cartor Desenho A. Santos / E. Fonseca Autoria: Sérgio Pedro Bibliografia: http://www.wnsstamps.ch/en Catálogo Afinsa (2011) 23
  • 24. INTRODUÇÃO Portugal foi pioneiro na institucionalização do turismo, e a isso se deveu o empenho da sociedade civil e do governo republicano em 1911. Noto que o governo de então aproveitou essa realização para fazer uma operação de charme junto dos congressistas, sobretudo os estrangeiros, e estes conferiram o primeiro reconhecimento público ao novo regime político português, após sete meses da implantação da República. Desde 2011, as Comemorações dos 100 anos do turismo em Portugal caracterizam-se por um empenho de muitas entidades públicas e priva- das, e um conjunto já apreciável de realizações concretizadas, como o Congresso do Centenário, exposições, seminários, conferências, work- shops e concertos. Com um século intervalo, é de relevar a mobilização coletiva, tanto em 1911 como agora nos respetivos congressos, bem como a evolução do turismo em Portugal, designadamente em aspetos particulares como o associativismo, o turismo social, o ensino e a investigação. O século XX testemunhou o Turismo como uma atividade económica, e, que pelas suas implicações, pelo contexto em que se moveu e pelo carác- ter de massificação que viria a tomar, é decididamente uma das indús- trias mais promissoras do século XXI em Portugal e no mundo. Por um conjunto de fatores (evolução dos transportes, capital e tempo disponí- veis para os tempos livres, entre outros) que originaram o seu desenvolvi- mento, o Turismo é uma atividade fundamental dos nossos dias, pelos milhões de pessoas que movimenta como clientes, pela indução de empregos que provoca, pelos efeitos multiplicadores sobre outros secto- res económicos, entre outros. 24
  • 25. Mas o que caracteriza o Turismo como fenómeno novo, é a sua dimensão pluridimensional. É mais do que mera atividade económica. É uma ativi- dade cultural, geográfica, gastronómica, social, religiosa, entre outros. Segundo a RTA (2001), é um importante motor e catalisador de impactes naturais e humanos, marcando indelevelmente os territórios onde se desenvolve e quando evolui para a massificação, esses impactes são especialmente relevantes e visíveis em diferentes domínios. Portugal é, de acordo com o Plano Regional de Turismo do Algarve Anos 2000 (RTA, 2001), o país da União Europeia onde as receitas do turismo, quando comparadas com o PIB atingem a sua maior expressão. O PRTA refere ainda que o turismo tende a tornar-se o polo determinante e exclusivo da economia da região do Algarve. Por outro, a Região de Turismo do Algarve (2001), identifica ainda a inca- pacidade de ultrapassar a estagnação da quota de mercado no que se refere ao destino turístico Algarve, e ao mesmo tempo o aparecimento e evolução de problemas estruturais na região. A HISTÓRIA DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DO TURISMO PORTUGUÊS Portugal foi das primeiras nações a enveredar, desde 1911, pela institu- cionalização governamental do turismo, a par da Áustria e da França, pioneiras na matéria. No mesmo ano, a Sociedade Portuguesa de Propa- ganda (SPP), constituída por monárquicos e republicanos, católicos e maçons, traz para Portugal, a realização do seu IV Congresso Internacio- nal de Turismo, em Lisboa (PINA 1988). Das conclusões do Congresso destacou-se a necessidade de criar um organismo oficial de turismo. 25
  • 26. A 16/05/1911, o Governo Provisório da República decretava a constitui- ção, no Ministério do Fomento, de um Conselho de Turismo, auxiliado por uma Repartição de Turismo. (PINA 1988) Em 1911, o Conselho de Turismo propõe a promoção do país através do cinema (mudo), o que só se concretiza em 1917 devido a razões orçamentais. Em Abril de 1917 teve lugar em Lisboa, o I Congresso Hoteleiro. Consistia em aproximar profissionais e amadores do ramo, com o objetivo de desenvolver esta indústria. Concluiu-se que os primeiros ensinariam os segundos. Nasce em 1918, o primeiro hotel no Algarve, o Grande Hotel de Faro. Em 1920 foram criadas as Comissões de Turismo, autorizadas a cobrar uma pequena taxa sobre todos os forasteiros que frequentassem as estâncias balneares, termais e hotéis de turismo. (PINA 1988) Em 1921 é reconstruído o Hotel de Santa Luzia, em Viana do Castelo, des- crito em 1927, pela “The National Geographic Magazine” como “um dos mais belos do mundo”, apenas comparável aos do Rio de Janeiro ou do Funchal. (PINA 1988). Em Maio de 1924 é publicado o Publituris, “o primeiro jornal português destinado à indústria do turismo”. Raul de Proença inicia a obra “O Guia de Portugal” sob a proteção da Biblioteca Nacional. Em 1927, o jogo é regulamentado. São criadas duas zonas de jogo perma- nente, uma no Estoril e outra na ilha da Madeira, acrescidas de seis zonas temporárias, distribuídas por Espinho, Figueira da Foz, Praia da Rocha, Cúria, Sintra e Viana do Castelo. Vingaram em Espinho, Figueira da Foz, Praia da Rocha (esta por pouco tempo devido à guerra civil espanhola, 1936/1939) e a concessão de Viana do Castelo foi passada para Póvoa do Varzim. (PINA 1988). 26
  • 27. Em 1931, o V Congresso Internacional da Crítica, organizado por António Ferro, trouxe a Portugal a “nata” da cultura europeia e deu origem a variados artigos favoráveis escritos sobre Portugal pela imprensa estran- geira. (PINA 1988). António Ferro foi uma personalidade que projetou o turismo na vida nacional. Traçou um plano para tornar Portugal conhecido no estrangeiro. Foi esco- lhido por Oliveira Salazar para dirigir o Secretariado Nacional da Informa- ção (SNI). Entre outras iniciativas, elaborou um Estatuto do Turismo. Lançou as Pou- sadas Regionais. Em 1931 é criada a Junta Autónoma das Estradas, são construídas as prin- cipais estradas do país. É desenvolvido o excursionismo automóvel. E com o excursionismo surgem novos termos como piquenique, excursão, fim- de-semana, passeio anual da coletividade. (PINA 1988) Criado em 1903, o Automóvel Clube de Portugal (ACP) desenvolveu o turismo motorizado: lançou a sua revista; com a Móbil embelezou a sina- lização das estradas de Portugal; publicava o mapa anual do estado das estradas. (PINA 1988). No ano seguinte é fundada a Empresa de Viação do Algarve (EVA). (PINA 1988). Em 1934, António Ferro promoveu em Londres, a quinzena cultural. Fize- ram parte da comitiva referenciados conferencistas e os Pauliteiros de Miranda. Em 1937 apresenta no pavilhão de Portugal na Feira Internacio- nal de Paris, uma Exposição de arte popular portuguesa (PINA 1988). A 31/12/1946, a TAP iniciara o seu segundo voo regular, ligando Lisboa a Lourenço Marques. A viagem durava seis dias, com cinco paragens para dormidas. (PINA 1988). 27
  • 28. Comemorações do X Aniversário da TAP (1963) A 14/06/1940 abriu em Lisboa, no quadro das comemorações do duplo centenário da fundação e restauração de Portugal, a (tão falada) Exposi- ção do Mundo Português (PINA 1988). O estado português tinha como objetivo dar a conhecer ao mundo as realizações do país. O grande projeto interrompido pela guerra trouxe em vez do esperado bando de turistas, uma torrente de refugiados. No decurso da Exposição foi inaugurado o “Flecha de Prata”, o comboio rápido que ligava Lisboa ao Porto, assim chamado pela introdução do chapeado em aço inoxidável. (PINA 1988) 28
  • 29. Em 1947 surge o Primeiro Concurso Nacional de Ranchos Folclóricos, aquando as comemorações do VIII Centenário de Lisboa, Em 1948 abriu ao público o Museu de Arte Popular, cuja finalidade, além de reunir valores patrimoniais, representava uma espécie de catálogo oficial do folclore português que correu o mundo nas asas do turismo. Em 1959 nasce a Feira Internacional de Lisboa (FIL) com o objetivo de promover múltiplos eventos nacionais e internacionais. (PINA 1988). XXVIII Congresso da FIAV (1954) Em 1960, o “primeiro hotel dos tempos modernos” abre em Monte Gor- do, o “Vasco da Gama”, fazendo o contraponto à “Pousada do Infante” que abriu no mesmo ano, em Sagres. (PINA 1988). 29
  • 30. Em 1964 reúne em Lisboa, o Congresso Anual dos Estudos Turísticos, ano em que é atingido o primeiro milhão de entradas de visitantes no país. O turismo pela primeira vez na sua história é incluído num Plano de Fomento, o Intercalar, vigente entre 1965 e 1967. Na edição seguinte, no III Plano de Fomento 1968-1973, o turismo passará a ser considerado como “sector estratégico do crescimento económico”. (PINA 1988) Em 1968, passados dez anos sobre os resultados de 1958, o número duplicava para um resultado de 2,5 milhões de visitantes. (PINA 1988) Em 1969 começam a ser publicados anualmente os primeiros índices estatís- ticos do ramo, pelo Instituto Nacional de Estatística e pelo Gabinete de Estudos e Planeamento da Direcção-Geral de Turismo, ao mesmo tempo que é constituído no organismo central o grupo de trabalho das “Cartas Turísticas”, que se propõe proceder ao levantamento sistemático dos recursos com que o sector poderá contar, tendo em vista o inadiável ordenamento turístico do território. (PINA 1988). XII Congresso da Associação Iinternacional de Hotelaria (1962) 30
  • 31. O IV Plano de Fomento, iniciado em 1974 e com fim previsto para 1979 (PINA 1988) justifica o turismo, como “o sector estratégico de desenvolvi- mento socioeconómico do país” e tinha como metas aumentar o saldo da balança turística, atenuar desequilíbrios regionais e fomentar o turismo social. (PINA 1988) Marcello Caetano altera a equipa de trabalho que Oliveira Salazar tinha escolhido para levar o turismo a bom porto e passa-se a trabalhar “uma atividade” no lugar “do fenómeno”, conceito que tinha vingado até àque- le momento. Sem soluções para a questão colonial crescentemente condenada pelo estrangeiro, assiste em 1974 ao desabar do regime. Acrescem ainda, durante o seu mandato, duas crises económicas internacionais, com repercussões para o turismo: as dificuldades enfrentadas pela libra em 1968 e a crise energética, petrolífera em 1973, seis meses antes da queda do regime. (PINA 1988). Com a mudança do regime a 25/04/74 (abertura do caminho à implanta- ção da III República), “Portugal muda de país”. Em 1977, desprovido do espaço colonial, volta-se para o mundo, nomeadamente para a Organiza- ção para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Organiza- ção do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e para a Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA), que co-fundara em 1948, 1949 e 1960 respeti- vamente. A entrada no Conselho da Europa em 1976 reafirma essa vonta- de. (PINA 1988). Em resumo, o turismo em Portugal, foi até à década de cinquenta essen- cialmente elitista, vista pelo regime político vigente com alguma descon- fiança. O turismo, que se queria cultural, termal, de saúde e repousante, torna-se então balnear e massificado (Silva, 1998). 31
  • 32. A partir da década de setenta e meados de oitenta, verifica-se a retoma dos incentivos financeiros à indústria e um grande crescimento, onde se começam a destacar o Algarve e a zona de Lisboa, absorvendo, juntas, cerca de metade do investimento hoteleiro global do país (Pina, 1988). Este desenvolvimento rápido e abrupto originado pelas atividades de prestação de serviços turísticos e das atividades de construção e promo- ção imobiliária, agravou o desordenamento de parte do litoral (caso de áreas localizadas do Algarve) registando-se a degradação dos elementos naturais (Cunha, 2003) e ao mesmo tempo a urgência de uma nova visão para o turismo e integração de conceitos como a sustentabilidade e quali- dade (Serra, 2004). Em 1982, é instituído o princípio da descentralização dos poderes do estado em matéria autárquica turística, representando o estado a partir desta altura através de Comissões Regionais de Turismo. À falta de um plano global de desenvolvimento nasce o primeiro Plano Nacional de Turismo, na sequência dos Planos de Fomento de 1965, 1968 e de 1974. Em 1986 foram aprovadas as bases essenciais do Plano Nacional de Turis- mo, aprovadas pelo então X Governo Institucional, presidido por Aníbal Cavaco Silva. (PINA 1988) Entre 1986 e 1989 é instituído um plano de médio prazo com o objetivo de atuar acertadamente nas diversas áreas- chave em que a indústria se movimenta, o ordenamento territorial; o termalismo; a animação; estruturas administrativas, centrais e regionais; formação profissional; investimento e promoção. (PINA 1988) Nesta fase, Portugal passa a ser membro efetivo da Comunidade Econó- mica Europeia, momento a partir do qual, as estabilidades, política e governamental, se consumem. (PINA 1988). 32
  • 33. Para Portugal, o enquadramento na ordem comunitária consolidava, na sua história, a jovem democracia e espaço de manobra vital para o seu inadiável desenvolvimento. (PINA 1988) De forma a comemorar os 75 anos do primeiro organismo oficial do turis- mo português, o governo decidiu celebrar este evento, no período de 15/05/1986, a 15/05/1987, ao que intitulou Ano do Jubileu do Turismo Português. A sessão solene de abertura contou com a presença do então Presidente da República Portuguesa, Mário Soares, do então Secretário- Geral da Organização Mundial de Turismo (OMT), “Willibald P. Pahr” e do então Secretário de Estado do Turismo, Licínio Cunha, na Sociedade de Geografia de Lisboa. (PINA 1988). 75 Anos de Turismo (1987) 33
  • 34. O TURISMO ACTUAL No que respeita à procura turística por Portugal como destino turístico e segundo a DGT (2002), 94.8% dos turistas correspondem aos seguintes mercados (por ordem crescente): Reino Unido; Espanha; Alemanha; Fran- ça; Holanda; Itália; Estados Unidos e Bélgica. No contexto da expansão da sua atividade turística, em especial da ofer- ta, a OMT prevê que Portugal possa alcançar o décimo mercado mundial dentro de 20 anos, atraindo 44 milhões, face aos 12 milhões e do 16º lugar à escala mundial atual. O Turismo é hoje para a economia portuguesa um sector importante para o desenvolvimento do país. O Plano Estratégico Nacional do Turis- mo 2006-2015 (PENT), refere ainda que “o plano é uma diretriz em que o Turismo é reconhecido como um sector estratégico para o desenvolvi- mento do País e que assenta no potencial turístico nacional como um todo, apostando no aparecimento de novos pólos de desenvolvimento nas diferentes regiões”. Série Paisagens e Monumentos (1972-1974) 34
  • 35. O ALGARVE E O TURISMO Atendendo a um destino turístico maduro, o Algarve, o Turismo apresen- ta-se como a principal atividade económica e a atividade que maior impacte tem na economia regional no contexto presente e futuro, Para a DGT (2002) em termos quantitativos, o Algarve representa 60% da oferta turística nacional, existindo assim uma grande concentração de dormidas numa só região. A atividade industrial é residual, e há todo um conjunto de atividades totalmente dependentes do número de dormidas na hotelaria: nomeadamente a restauração, o golfe, os parques de diver- são, a imobiliária, entre outros. O Algarve Turístico Voltando atrás na história, a atividade turística no Algarve, foi evoluindo ao longo do século passado. Até à década de cinquenta, o Algarve e o seu litoral, eram quase expugnáveis e em muitas áreas, as características ori- ginais prevaleciam (Águas, 1997). A abertura do Aeroporto Internacional de Faro foi crucial no que diz respeito à massificação e a forte evolução turística, e que se regista até hoje. 35
  • 36. O crescimento massivo a partir dos anos 70, acarretou um excesso da capacidade de oferta de alojamento, e a intermediação da oferta turística na mão de um número reduzido de grandes operadores, criando com isso dependência comercial e capacidade de manobra reduzida na fixação dos preços, contribuindo igualmente para a redução dessa margem de inter- mediação. Este facto ocorre, quando existe um agravamento de alguns dos desequilíbrios fundamentais do mercado, como o agravamento da concentração nos mercados de origem dos turistas, nomeadamente da Espanha, do Reino Unido e da Alemanha a representar e a registar um aumento da percentagem das dormidas na hotelaria global dos turistas destes mercados. TURISMO QUE FUTURO? Atualmente, o crescimento dos fluxos turísticos com a consequente inter- nacionalização e globalização dos agentes envolvidos foi acompanhado pela difusão dos destinos turísticos à escala mundial. Hoje, a indústria turística constitui 12% do PIB global, e suporta 250 milhões de postos de trabalho (9% do emprego total) (WTTC, 1997) a nível mundial. O número de turistas estrangeiros chegados a todos os países do mundo passou de 25 milhões, em 1950, para mais de 700 milhões em 2003 e uma previsão de 1000 milhões de chegadas de turistas em 2010 e 1560 milhões em 2020 (717 milhões de chegadas para a Europa), segundo a WTTC (2004). Em relação à procura, a Europa é o continente que possui a maior con- centração turística recebendo cerca de 3/4 do turismo europeu e 2/5 do turismo mundial, seguida pela Ásia e Pacífico e Américas (WTO, 2004). 36
  • 37. Portugal foi dos primeiros países europeus e mundiais a profissionalizar o Turismo. A institucionalização do Turismo português, para além de visar promover o país e também o recém-implantado regime republicano, este viu ao contrário da Monarquia, uma atividade económica crucial para o futuro da nação. O momento foi único na medida que é reconhecido a importância desta atividade, ao mesmo tempo que passou a legislar-se, a regular e estrutu- rar todo o setor turístico. Autoria: Ricardo Brito 37