SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 15
MODERNISMO PORTUGUÊS

Unidade 1
Pp. 91-108

**Conteúdo estruturante
Europa – primeiras décadas do século XX
Em Portugal…

José Malhoa,
Praia das Maçãs

… continua a vigorar a corrente naturalista.
Doc. 65, p.
91

ENTRE O NATURALISMO E AS VANGUARDAS
Para os naturalistas a verdade coincidia com o pior
caso possível. Na viragem do século, a obsessão
para revelar essa “verdade” encarnou num homem:
Manuel Laranjeira. “É preciso que alguém diga a
verdade sobre nós” (…). “O mal da sociedade
portuguesa é apenas este: a desagregação da
personalidade coletiva, o sentimento de interesse
nacional abafado na confusão caótica dos
sentimentos de interesse individual”. (…)
Em 1906, Sampaio Bruno (…) refletia no facto,
notado por Junqueiro e Eça, de só os Portugueses,
sobretudo os “portugueses cultos”, não serem
patriotas: “Se a um português se lhe perguntar qual
José Malhoa, Fado, 1910. Museu da Cidade, Lisboa. é a última nação da Europa, ele responderá logo que
é Portugal.”
O conservadorismo da maioria do público
consumidor de arte em Portugal (burguesia)
condiciona a produção artística da época –
ao comprarem um objeto artístico, preferem
adquirir um valor “seguro”, ancorado em
gostos ou artistas creditados.

Rui Ramos, “A segunda fundação”, in História de Portugal, vol. VI,
Círculo de Leitores, 1994
Após a implantação da República…

…os primeiros movimentos de vanguarda chegam a Portugal.

ENTRE O NATURALISMO E AS VANGUARDAS
Primeiro Modernismo (1911-1918)
•Mais

arrojado

do

que

o

Segundo

Modernismo

(caráter

provocatório);
•Pintura: tem início com exposições livres, independentes e
humoristas (a partir de 1911, em Lisboa e no Porto);
•Impulso notável com a eclosão da Primeira Guerra Mundial
(regresso de Amadeo de Souza-Cardoso, Guilherme Santa-Rita,
Eduardo Viana, José Pacheco, Robert Delaunay, Sonia Delaunay).

Doc. 66, p.
93

ENTRE O NATURALISMO E AS VANGUARDAS
O Primeiro Modernismo Português (1911-1918)

O modernismo vanguardista, efetivamente, organiza-se sobre o princípio de que à geração nova cabe o
papel messiânico de romper com o passado e de, sobre os escombros da herança destruída e
abandonada, acelerar a evolução, inventar o futuro, criar um mundo novo.
Se observarmos as principais tendências do primeiro modernismo em geral, encontramos numa
primeira fase duas vertentes: a antitradicionalista e iconoclástica, e a futurista.
A primeira incendeia a tradição e destrói as suas imagens e símbolos; a segunda, complementar,
deseja ultrapassar o passado, transcender o presente e criar desde já o futuro, não sendo pois de
admirar que a expressão do movimento, da velocidade, do futurível na sociedade atual, constitua o seu
principal propósito. Por um lado, o fauvismo, o cubismo, o expressionismo, o abstracionismo, o
dadaísmo; por outro, o movimento propriamente futurista, que entronca nalguns daqueles, mas para
acentuar as dimensões da velocidade, de aceleração, de motricidade social e industrial.
António Quadros, O primeiro modernismo português – vanguarda e tradição , Publ. Europa-América,
1989
 Quais os princípios que regem o primeiro modernismo português?
 Que vanguardas influenciam o primeiro modernismo português?
Primeiro Modernismo (1911-1918)

Revista Orpheu

• Dirigida por Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro;
Doc. 68, p.
• Dois números lançados em 1915;
95
•

N.º 1 – Ode Triunfal de Álvaro de Campos e poema 16 de Mário de
Sá-Carneiro;

•

N.º 2 – pinturas futuristas de Santa-Rita Pintor, Chuva Oblíqua de
Fernando Pessoa e Ode Marítima de Álvaro de Campos;

• Inclui trabalhos desde o simbolismo ao futurismo,
provocando “o encontro das artes e das letras”.
• É considerada como o expoente do primeiro modernismo
português.
• Constituiu um escândalo que horroriza a sociedade
burguesa.
• Almada Negreiros reage às críticas com o Manifesto
Doc. 69, p.
Anti-Dantas).
96
Primeiro Modernismo (1911-1918)
Revista
Portugal Futurista
• 1917 – 1.ª Conferência Futurista de José de
Almada Negreiros (Teatro República, Lisboa);
• Sai o número único da revista Portugal
Futurista, com colaborações de Santa-Rita
Pintor, Fernando Pessoa, Apollinaire, SáCarneiro;
• Apreendida pela polícia antes de chegar ao
público.
Doc. 70, p.
97
Segundo Modernismo (anos 20 e 30)
Na literatura…
• José Régio, João Gaspar Simões e
Adolfo Casais Monteiro;
• Revista Presença , publicada entre 1927
e 1940, dirigida por José Régio, João
Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca
(mais tarde substituído por Adolfo Casais
Revista Presença, 1927.
Doc. 71, p.
98

Monteiro).
Segundo Modernismo (anos 20 e 30)
Na pintura…
• Almada Negreiros e a sua esposa Sarah Afonso,
Dordio Gomes, Mário Eloy, Carlos Botelho, Abel
Manta, Bernardo Marques, Júlio Reis Pereira,
Maria Helena Vieira da Silva, Eduardo Viana.
• Difusão:
• Exposições independentes;
• Decoração modernista de cafés e clubes

(ex: A

Brasileira do Chiado e o Bristol Club);

Revista ABC, 1921.

• Ilustração de periódicos (por exemplo, a revista
ABC).

Doc. 72, p.
99

http://malomil.blogspot.pt/2012/12/o-fado-do-bristol-club.html
Será que a pintura de Almada Negreiros reflete a alteração de costumes nos anos
20 em Lisboa?

Almada Negreiros, Autorretrato num grupo, 1925
Segundo Modernismo (anos 20 e 30)
• 1933 – António Ferro assume a direção do
Secretariado de Propaganda Nacional;
• O Modernismo torna-se veículo ideológico

António Ferro

do Estado Novo;
• António

Pedro

será

um

dos

principais

promotores do grupo surrealista português
(oposição à «arte oficial» do Estado Novo).
António Pedro, Rapto na
Paisagem Povoada, 1947

ENTRE O NATURALISMO E AS VANGUARDAS
ALGUNS PINTORES MODERNISTAS

AMADEO DE SOUZA-CARDOSO
ALMADA NEGREIROS
EDUARDO VIANA

ENTRE O NATURALISMO E AS VANGUARDAS
“O modernismo português é um
movimento cultural de síntese”

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Álvaro de Campos
Álvaro de CamposÁlvaro de Campos
Álvaro de CamposAna Isabel
 
Historia a-12-ano-resumo
Historia a-12-ano-resumoHistoria a-12-ano-resumo
Historia a-12-ano-resumoEscoladocs
 
Vanguardas Europeias - I Modernismo
Vanguardas Europeias - I ModernismoVanguardas Europeias - I Modernismo
Vanguardas Europeias - I ModernismoCarlos Vieira
 
A questão colonial e o 25 de abril
A questão colonial e o 25 de abrilA questão colonial e o 25 de abril
A questão colonial e o 25 de abrilCarlos Vieira
 
As transformações provocadas pela I Guerra Mundial
As transformações provocadas pela I Guerra MundialAs transformações provocadas pela I Guerra Mundial
As transformações provocadas pela I Guerra MundialTeresa Maia
 
Características Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de CamposCaracterísticas Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de CamposDina Baptista
 
Cultura de massas .
Cultura de massas .Cultura de massas .
Cultura de massas .TavaresJoana
 
A regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismoA regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismohome
 
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das Artes
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das ArtesAs Vanguardas: Ruturas com os Cânones das Artes
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das ArtesJorge Fernandes
 
8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...
8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...
8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...Vítor Santos
 
Estado novo portugal
Estado novo portugalEstado novo portugal
Estado novo portugalTeresa Maia
 
A construção do modelo soviético
A construção do modelo soviéticoA construção do modelo soviético
A construção do modelo soviéticoCarlos Vieira
 
Implantação do Marxismo-Leninismo na Rússia
Implantação do Marxismo-Leninismo na RússiaImplantação do Marxismo-Leninismo na Rússia
Implantação do Marxismo-Leninismo na Rússiahome
 

La actualidad más candente (20)

Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em Portugal
 
Álvaro de Campos
Álvaro de CamposÁlvaro de Campos
Álvaro de Campos
 
Globalização t2
Globalização t2Globalização t2
Globalização t2
 
Historia a-12-ano-resumo
Historia a-12-ano-resumoHistoria a-12-ano-resumo
Historia a-12-ano-resumo
 
Vanguardas Europeias - I Modernismo
Vanguardas Europeias - I ModernismoVanguardas Europeias - I Modernismo
Vanguardas Europeias - I Modernismo
 
A questão colonial e o 25 de abril
A questão colonial e o 25 de abrilA questão colonial e o 25 de abril
A questão colonial e o 25 de abril
 
O modernismo em portugal
O modernismo em portugalO modernismo em portugal
O modernismo em portugal
 
Fauvismo
FauvismoFauvismo
Fauvismo
 
Cesário verde
Cesário verdeCesário verde
Cesário verde
 
As transformações provocadas pela I Guerra Mundial
As transformações provocadas pela I Guerra MundialAs transformações provocadas pela I Guerra Mundial
As transformações provocadas pela I Guerra Mundial
 
A Geração de Orpheu
A Geração de OrpheuA Geração de Orpheu
A Geração de Orpheu
 
Características Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de CamposCaracterísticas Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de Campos
 
Futurismo
FuturismoFuturismo
Futurismo
 
Cultura de massas .
Cultura de massas .Cultura de massas .
Cultura de massas .
 
A regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismoA regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismo
 
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das Artes
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das ArtesAs Vanguardas: Ruturas com os Cânones das Artes
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das Artes
 
8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...
8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...
8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...
 
Estado novo portugal
Estado novo portugalEstado novo portugal
Estado novo portugal
 
A construção do modelo soviético
A construção do modelo soviéticoA construção do modelo soviético
A construção do modelo soviético
 
Implantação do Marxismo-Leninismo na Rússia
Implantação do Marxismo-Leninismo na RússiaImplantação do Marxismo-Leninismo na Rússia
Implantação do Marxismo-Leninismo na Rússia
 

Destacado

O Modernismo na pintura e na literatura
O Modernismo na pintura e na literaturaO Modernismo na pintura e na literatura
O Modernismo na pintura e na literaturaDina Baptista
 
Ruptura e inovação nas artes e na literatura inês modesto
Ruptura e inovação nas artes e na literatura inês modestoRuptura e inovação nas artes e na literatura inês modesto
Ruptura e inovação nas artes e na literatura inês modestoceufaias
 
Ruptura Inovação nas Artes e na Literatura
Ruptura Inovação nas Artes e na LiteraturaRuptura Inovação nas Artes e na Literatura
Ruptura Inovação nas Artes e na LiteraturaMargarida Moreira
 
Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em PortugalMichele Pó
 
Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em PortugalBlog Estudo
 

Destacado (6)

O Modernismo na pintura e na literatura
O Modernismo na pintura e na literaturaO Modernismo na pintura e na literatura
O Modernismo na pintura e na literatura
 
Ruptura e inovação nas artes e na literatura inês modesto
Ruptura e inovação nas artes e na literatura inês modestoRuptura e inovação nas artes e na literatura inês modesto
Ruptura e inovação nas artes e na literatura inês modesto
 
Ruptura Inovação nas Artes e na Literatura
Ruptura Inovação nas Artes e na LiteraturaRuptura Inovação nas Artes e na Literatura
Ruptura Inovação nas Artes e na Literatura
 
Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em Portugal
 
Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em Portugal
 
Curso de historia da arte
Curso de historia da arteCurso de historia da arte
Curso de historia da arte
 

Similar a 7 O modernismo português (20)

Por3 trabalho1
Por3 trabalho1Por3 trabalho1
Por3 trabalho1
 
História da Arte: Semana de 22
História da Arte: Semana de 22História da Arte: Semana de 22
História da Arte: Semana de 22
 
Slides em PDF sobre as Vanguardas Europeias
Slides em PDF sobre as Vanguardas EuropeiasSlides em PDF sobre as Vanguardas Europeias
Slides em PDF sobre as Vanguardas Europeias
 
Modernismo no brasil
Modernismo no brasilModernismo no brasil
Modernismo no brasil
 
PORTUGUES - ATIVIDADES
PORTUGUES - ATIVIDADESPORTUGUES - ATIVIDADES
PORTUGUES - ATIVIDADES
 
Vanguardas europeias 2016
Vanguardas europeias 2016Vanguardas europeias 2016
Vanguardas europeias 2016
 
Vanguardas2017 .
Vanguardas2017 .Vanguardas2017 .
Vanguardas2017 .
 
Vanguardas europeias: Futurismo, Cubismo, Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo
Vanguardas europeias: Futurismo, Cubismo, Expressionismo, Dadaísmo e SurrealismoVanguardas europeias: Futurismo, Cubismo, Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo
Vanguardas europeias: Futurismo, Cubismo, Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
Modernismo2018
Modernismo2018Modernismo2018
Modernismo2018
 
Modernismo no Brasil - 1ª fase
Modernismo no Brasil - 1ª faseModernismo no Brasil - 1ª fase
Modernismo no Brasil - 1ª fase
 
As vanguardas do modernismo
As vanguardas do modernismoAs vanguardas do modernismo
As vanguardas do modernismo
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
Modernismo Desdobramentos
Modernismo DesdobramentosModernismo Desdobramentos
Modernismo Desdobramentos
 
A
AA
A
 
274723639-Vanguardas-Europeias.ppt
274723639-Vanguardas-Europeias.ppt274723639-Vanguardas-Europeias.ppt
274723639-Vanguardas-Europeias.ppt
 
PORTUGUES - Modernismo - 3ºC
PORTUGUES - Modernismo - 3ºCPORTUGUES - Modernismo - 3ºC
PORTUGUES - Modernismo - 3ºC
 

Más de Núria Inácio

4 A regressão do demoliberalismo
4   A regressão do demoliberalismo4   A regressão do demoliberalismo
4 A regressão do demoliberalismoNúria Inácio
 
6 Descrença no positivismo e novas conceções científicas
6   Descrença no positivismo e novas conceções científicas6   Descrença no positivismo e novas conceções científicas
6 Descrença no positivismo e novas conceções científicasNúria Inácio
 
2 Um novo equilíbrio global
2   Um novo equilíbrio global2   Um novo equilíbrio global
2 Um novo equilíbrio globalNúria Inácio
 
3 A revolução russa de 1917 e a implantação do marxismo-leninismo
3 A revolução russa de 1917 e a implantação do marxismo-leninismo3 A revolução russa de 1917 e a implantação do marxismo-leninismo
3 A revolução russa de 1917 e a implantação do marxismo-leninismoNúria Inácio
 

Más de Núria Inácio (6)

4 A regressão do demoliberalismo
4   A regressão do demoliberalismo4   A regressão do demoliberalismo
4 A regressão do demoliberalismo
 
6 Descrença no positivismo e novas conceções científicas
6   Descrença no positivismo e novas conceções científicas6   Descrença no positivismo e novas conceções científicas
6 Descrença no positivismo e novas conceções científicas
 
2 Um novo equilíbrio global
2   Um novo equilíbrio global2   Um novo equilíbrio global
2 Um novo equilíbrio global
 
3 A revolução russa de 1917 e a implantação do marxismo-leninismo
3 A revolução russa de 1917 e a implantação do marxismo-leninismo3 A revolução russa de 1917 e a implantação do marxismo-leninismo
3 A revolução russa de 1917 e a implantação do marxismo-leninismo
 
1 gm
1 gm1 gm
1 gm
 
1ªguerra mundial
1ªguerra mundial1ªguerra mundial
1ªguerra mundial
 

Último

TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptAlineSilvaPotuk
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira partecoletivoddois
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASEdinardo Aguiar
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 anoAdelmaTorres2
 
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalSilvana Silva
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024GleyceMoreiraXWeslle
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileirosMary Alvarenga
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESpatriciasofiacunha18
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdfDemetrio Ccesa Rayme
 
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdforganizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdfCarlosRodrigues832670
 

Último (20)

TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
 
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
 
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdforganizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
 

7 O modernismo português

  • 1. MODERNISMO PORTUGUÊS Unidade 1 Pp. 91-108 **Conteúdo estruturante
  • 2. Europa – primeiras décadas do século XX
  • 3. Em Portugal… José Malhoa, Praia das Maçãs … continua a vigorar a corrente naturalista. Doc. 65, p. 91 ENTRE O NATURALISMO E AS VANGUARDAS
  • 4. Para os naturalistas a verdade coincidia com o pior caso possível. Na viragem do século, a obsessão para revelar essa “verdade” encarnou num homem: Manuel Laranjeira. “É preciso que alguém diga a verdade sobre nós” (…). “O mal da sociedade portuguesa é apenas este: a desagregação da personalidade coletiva, o sentimento de interesse nacional abafado na confusão caótica dos sentimentos de interesse individual”. (…) Em 1906, Sampaio Bruno (…) refletia no facto, notado por Junqueiro e Eça, de só os Portugueses, sobretudo os “portugueses cultos”, não serem patriotas: “Se a um português se lhe perguntar qual José Malhoa, Fado, 1910. Museu da Cidade, Lisboa. é a última nação da Europa, ele responderá logo que é Portugal.” O conservadorismo da maioria do público consumidor de arte em Portugal (burguesia) condiciona a produção artística da época – ao comprarem um objeto artístico, preferem adquirir um valor “seguro”, ancorado em gostos ou artistas creditados. Rui Ramos, “A segunda fundação”, in História de Portugal, vol. VI, Círculo de Leitores, 1994
  • 5. Após a implantação da República… …os primeiros movimentos de vanguarda chegam a Portugal. ENTRE O NATURALISMO E AS VANGUARDAS
  • 6. Primeiro Modernismo (1911-1918) •Mais arrojado do que o Segundo Modernismo (caráter provocatório); •Pintura: tem início com exposições livres, independentes e humoristas (a partir de 1911, em Lisboa e no Porto); •Impulso notável com a eclosão da Primeira Guerra Mundial (regresso de Amadeo de Souza-Cardoso, Guilherme Santa-Rita, Eduardo Viana, José Pacheco, Robert Delaunay, Sonia Delaunay). Doc. 66, p. 93 ENTRE O NATURALISMO E AS VANGUARDAS
  • 7. O Primeiro Modernismo Português (1911-1918) O modernismo vanguardista, efetivamente, organiza-se sobre o princípio de que à geração nova cabe o papel messiânico de romper com o passado e de, sobre os escombros da herança destruída e abandonada, acelerar a evolução, inventar o futuro, criar um mundo novo. Se observarmos as principais tendências do primeiro modernismo em geral, encontramos numa primeira fase duas vertentes: a antitradicionalista e iconoclástica, e a futurista. A primeira incendeia a tradição e destrói as suas imagens e símbolos; a segunda, complementar, deseja ultrapassar o passado, transcender o presente e criar desde já o futuro, não sendo pois de admirar que a expressão do movimento, da velocidade, do futurível na sociedade atual, constitua o seu principal propósito. Por um lado, o fauvismo, o cubismo, o expressionismo, o abstracionismo, o dadaísmo; por outro, o movimento propriamente futurista, que entronca nalguns daqueles, mas para acentuar as dimensões da velocidade, de aceleração, de motricidade social e industrial. António Quadros, O primeiro modernismo português – vanguarda e tradição , Publ. Europa-América, 1989  Quais os princípios que regem o primeiro modernismo português?  Que vanguardas influenciam o primeiro modernismo português?
  • 8. Primeiro Modernismo (1911-1918) Revista Orpheu • Dirigida por Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro; Doc. 68, p. • Dois números lançados em 1915; 95 • N.º 1 – Ode Triunfal de Álvaro de Campos e poema 16 de Mário de Sá-Carneiro; • N.º 2 – pinturas futuristas de Santa-Rita Pintor, Chuva Oblíqua de Fernando Pessoa e Ode Marítima de Álvaro de Campos; • Inclui trabalhos desde o simbolismo ao futurismo, provocando “o encontro das artes e das letras”. • É considerada como o expoente do primeiro modernismo português. • Constituiu um escândalo que horroriza a sociedade burguesa. • Almada Negreiros reage às críticas com o Manifesto Doc. 69, p. Anti-Dantas). 96
  • 9. Primeiro Modernismo (1911-1918) Revista Portugal Futurista • 1917 – 1.ª Conferência Futurista de José de Almada Negreiros (Teatro República, Lisboa); • Sai o número único da revista Portugal Futurista, com colaborações de Santa-Rita Pintor, Fernando Pessoa, Apollinaire, SáCarneiro; • Apreendida pela polícia antes de chegar ao público. Doc. 70, p. 97
  • 10. Segundo Modernismo (anos 20 e 30) Na literatura… • José Régio, João Gaspar Simões e Adolfo Casais Monteiro; • Revista Presença , publicada entre 1927 e 1940, dirigida por José Régio, João Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca (mais tarde substituído por Adolfo Casais Revista Presença, 1927. Doc. 71, p. 98 Monteiro).
  • 11. Segundo Modernismo (anos 20 e 30) Na pintura… • Almada Negreiros e a sua esposa Sarah Afonso, Dordio Gomes, Mário Eloy, Carlos Botelho, Abel Manta, Bernardo Marques, Júlio Reis Pereira, Maria Helena Vieira da Silva, Eduardo Viana. • Difusão: • Exposições independentes; • Decoração modernista de cafés e clubes (ex: A Brasileira do Chiado e o Bristol Club); Revista ABC, 1921. • Ilustração de periódicos (por exemplo, a revista ABC). Doc. 72, p. 99 http://malomil.blogspot.pt/2012/12/o-fado-do-bristol-club.html
  • 12. Será que a pintura de Almada Negreiros reflete a alteração de costumes nos anos 20 em Lisboa? Almada Negreiros, Autorretrato num grupo, 1925
  • 13. Segundo Modernismo (anos 20 e 30) • 1933 – António Ferro assume a direção do Secretariado de Propaganda Nacional; • O Modernismo torna-se veículo ideológico António Ferro do Estado Novo; • António Pedro será um dos principais promotores do grupo surrealista português (oposição à «arte oficial» do Estado Novo). António Pedro, Rapto na Paisagem Povoada, 1947 ENTRE O NATURALISMO E AS VANGUARDAS
  • 14. ALGUNS PINTORES MODERNISTAS AMADEO DE SOUZA-CARDOSO ALMADA NEGREIROS EDUARDO VIANA ENTRE O NATURALISMO E AS VANGUARDAS
  • 15. “O modernismo português é um movimento cultural de síntese”

Notas del editor

  1. Sim, pois vemos numa mesa, que se supõe de um café, um grupo de pessoas que inclui duas mulheres, estando uma delas a fumar. A pintura reflete a mudança que em Portugal, à semelhança do resto da Europa, se verificou na forma como as mulheres se comportavam em público. Esta mudança foi importante mas a verdade é que foi, por vezes, mais aparente do que real, não se verificando uma mudança significativa no papel atribuído a cada um dos sexos. Também isto está patente de certa forma na pintura, pois as mulheres estão em segundo plano e diríamos que quase apenas como “elementos decorativos”.
  2. Porque abarca influências das mais variadas vanguardas artísticas internacionais, à mistura com um sentimento de frustração relativamente ao meio cultural português, que leva os seus seguidores a preconizar um “novo começo”. É também, um movimento nacionalista, na medida em que pretende que Portugal se torne grande e compita em pé de igualdade com os outros países da Europa. Neste sentido é um movimento que nasce de um certo complexo de inferioridade e que tenta arranjar soluções para ultrapassar aquilo que considera ser o atraso atávico de Portugal.