História da Filosofia

História da Filosofia
Antes: O que é Filosofia?
• A palavra filosofia é de origem grega e significa amor
à sabedoria. Ela surgiu desde o momento em que o
homem começou a refletir sobre o funcionamento da
vida e do universo, buscando uma solução para as
grandes questões da existência humana.
• A Grécia Antiga é conhecida como o berço dos
pensadores, sendo que os sophos (sábios em grego)
buscaram formular, no século VI a.C., explicações
racionais para tudo aquilo que era explicado, até
então, através da mitologia.
2
Os Pré-Socráticos
Podemos afirmar que foi a primeira corrente de
pensamento, surgida na Grécia Antiga por volta do
século VI a.C. Os filósofos que viveram antes de
Sócrates se preocupavam muito com o Universo e
com os fenômenos da natureza. Buscavam explicar
tudo através da razão e do conhecimento científico.
Podemos citar, neste contexto, os físicos Tales de
Mileto, Anaximandro e Heráclito.
Pitágoras desenvolve seu pensamento defendendo a
ideia de que tudo preexiste a alma, já que esta é
imortal. Demócrito e Leucipo defendem a formação
de todas as coisas, a partir da existência dos átomos.
3
Os Pré-Socráticos
Tales de Mileto: Tales na companhia de
Anaximandro e Anaxímenes defendia que a
água, o indefinido, e o ar eram o princípio ou
origem de todas as coisas.
Heráclito: Para Heráclito, o mundo era o
mesmo para todos os seres, nenhum deus,
nenhum homem o criou; mas foi, é, e será
sempre um fogo eternamente vivo, que com
medida se acende e com medida se apaga.
4
Os Sofistas
Os séculos V e IV a.C. na Grécia Antiga
foram de grande desenvolvimento
cultural e científico. O esplendor de
cidades como Atenas, e seu sistema
político democrático, proporcionou o
terreno propício para o desenvolvimento
do pensamento.
5
Neste período, em que já estão avançadas as
questões cosmológicas, a busca pelo ser das
coisas deixa de ser o foco principal das
questões filosóficas, que agora se ocupa com
o homem e suas potencialidades. Era preciso
saber falar para fazer valer seus interesses nas
assembleias. Surgem, então, os famosos
oradores denominados Sofistas, palavra que
significa sábio em grego.
6
Curiosidade!
Sofisma: “Qualquer argumentação que procura
induzir alguém ao erro”, segundo a Porto Editora.
Sofisticar: “Falsificar”; “Adulterar”, segundo a Porto
Editora.
Sofisticado: “Complexo”; “Requintado ao máximo”;
“Artificial, que não é natural, falsamente refinado”
(pejorativo), segundo a Porto Editora.
7
Esses homens, portadores de uma eloquência
incomum, propunham ensinar qualquer coisa
aos cidadãos que almejassem os cargos
públicos ou simplesmente que se defenderiam
em um caso litigioso. No entanto, suas
técnicas nada mais eram do que ensinar a
persuadir convencendo seu interlocutor em
um debate, seja pela emoção, seja pela
passividade deste.
8
Protágoras
Protágoras é conhecido como o primeiro sofista.
Sua fama se estendia por todas as colônias e era
um homem culto e bem sucedido.
Este eminente orador vivia uma forma de
absoluto subjetivismo relativista. Sua máxima “o
homem é a medida de todas as coisas” ilustra
bem o modo de pensar das diferentes pessoas.
Isto quer dizer que cada pessoa, pensa, deseja e
busca algo para si, de tal forma única que
impossibilita que exista uma verdade absoluta.
9
Górgias
Descartando qualquer noção de moral ou virtude,
ele determinou a persuasão como algo essencial
ao homem.
Górgias redigiu um tratado sobre o Não Ser, em
resposta ao filósofo Parmênides, em que consta
o resumo de seu modo Niilista de pensar. Para
ele, nada existe de real; e se nada existe, o
homem não pode conhecer verdadeiramente
nada; e mesmo que algo exista e possa a ser
conhecido, seria impossível comunicar aos outros
este conhecimento.
10
Filósofos Clássicos
Sócrates: Filósofo grego, Sócrates nasceu em
Atenas no ano de 470 a.C. Dedicou-se
inteiramente à missão de despertar e educar
as consciências, tendo como influência a
filosofia de Anaxágoras. Sempre entre jovens,
sempre em discussões, especialmente com os
sofistas, nada escreveu. Por isso, o seu
pensamento tem que ser reconstituído sobre
testemunhos, nem sempre concordes,
de Xenofonte, de Platão e de Aristóteles.
11
Filósofos Clássicos
Para descobrir a maneira como se deve viver, Sócrates
interroga seus interlocutores. Toda a sua filosofia é exposta
em diálogos críticos com seus interlocutores. Sócrates acredita
que para viver bem (de acordo com a virtude) é preciso ser
sábio. Mas como atingir a sabedoria? Para Sócrates, a
sabedoria é fruto de muita investigação que começa pelo
conhecimento de si mesmo. Segundo ele, deve-se seguir a
inscrição do templo de Apolo: conhece-te a ti mesmo. Para
ser Sábio, é preciso confessar, com humildade, a própria
ignorância. “Só sei que não sei”, repetia sempre Sócrates. Por
meio da ironia, levando o interlocutor a cair em contradição,
Sócrates o conduzia a confessar a própria ignorância. Uma
vez confessada a ignorância, o interlocutor estaria disposto a
percorrer o caminho da verdade. Entra em cena a segunda
etapa do método: a maiêutica (arte de dar à luz as idéias,
ou "parto das Idéias"). Para Sócrates, uma mente submetida
a um interrogatório adequado seria capaz de explicitar
conhecimentos que já estavam latentes na alma.
12
Filósofos Clássicos
É preciso um caminho indireto, como a ironia (método de
ensino de Sócrates), porque o caminho para o
conhecimento interior é individual a cada um.
A Ironia possui duplo aspecto: a refutação e a maiêutica.
Através da refutação, Sócrates faz uma cadeia de
raciocínio para provar que a base do que o outro está
pensando está errada. Levava ao ridículo homens
considerados sábios.
A refutação faz parte da maiêutica, que é a arte de Sócrates
projetar ideias, fazer nascer a verdade. Através da
maiêutica, Sócrates fingia ser capaz unicamente de
interrogar, mas não de ensinar alguma coisa, mas levava
o interlocutor, mediante uma série de perguntas
habilmente formuladas, a tomar consciência da própria
ignorância e a confessá-la.
13
Filósofos Clássicos
Platão: Nasceu em Atenas no ano 427 a. C., e
morreu em 347 a.C. Foi discípulo de Sócrates e
mestre de Aristóteles. Era filho de uma nobre
família ateniense e seu nome verdadeiro era
Arístocles. Seu apelido “Platão” foi devido a sua
constituição física e significa “ombros largos”.
"Cada um deve atender às necessidades da
cidade naquilo pelo qual a sua natureza esteja
mais dotada.”
14
Filósofos Clássicos
Para Platão, o verdadeiro conhecimento está no mundo das Idéias.
Um de seus textos mais interessantes é a Alegoria da Caverna.
Nesse texto Platão faz uma tentativa de explicar a condição do
filósofo, ou seja, o papel daquele que busca levar os seus
companheiros ao conhecimento da verdade. Platão descreve que;
há homens presos, desde meninos, por correntes nos pés e no
pescoço, com o rosto voltado para o fundo da Caverna. Próximo à
entrada da caverna desfila-se com muitos objetos diferentes, cujas
sombras são projetadas pela luz do Sol na parede do fundo. Os
prisioneiros contemplam as sombras, pensando tratar-se da
realidade, pois é a única que conhecem. Um dos prisioneiros
consegue escapar, e, voltando-se para a entrada da caverna, num
primeiro momento tem sua vista ofuscada pela luz intensa, mas
aos poucos ele se acostuma e começa a descobrir que a realidade
é bem diferente daquela que ele conheceu a vida toda, por meio
das sombras. Esse homem se compadece dos companheiros da
prisão e volta para lhes anunciar aquilo que contemplara. Ele é
chamado de louco e é morto pelos companheiros.
15
Filósofos Clássicos
Aristóteles: Nasceu em Estagira, na península macedônica
da Calcídica (por isso é também chamado de o Estagirita).
Era filho de Nicômaco, amigo e médico pessoal do rei
Amintas 2º.
Aos 16 ou 17 anos, Aristóteles mudou-se para Atenas, então o
centro intelectual e artístico da Grécia, e estudou na
Academia de Platão até a morte do mestre, no ano 347 a.C.
Seus escritos abrangem diversos assuntos, como a física,
a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica,
a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia.
“O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o
que diz.”
16
Filósofos Clássicos
Fundou sua própria escola de filosofia, próxima ao templo de
Apolo Liceano (por isso passa a se chamar Liceu), seguindo
uma orientação que rivaliza com a Academia
de Platão que, nesse tempo, é dirigida por Xenócrates. A
Academia era mais voltada para as Matemáticas
e Filosofia, enquanto o Liceu se dedicava principalmente
às Ciências Naturais. Sua principal Obra:
Metafísica/Órganon: A obra de Aristóteles – corpus
aristotelicum foi organizada por Andrônico de Rodes, que
dirigiu o Liceu no século I a.C. Na sua Metafísica, Aristóteles
ensina sobre o Ente, que é tudo aquilo que é, que tem Ser.
É a noção mais abrangente de todas. Aristóteles cria a
teoria das quatro causas do ser: material, formal, eficiente
e final. Para Aristóteles, a permanência e o movimento
necessitam dessa teoria para que possam ser explicados: a
teoria das causas do Ser.
17
Filósofos Clássicos
Há causas que são:
a) Intrínsecas (estáticas – explicam o ser)
1. Material: responde à pergunta do que é feita alguma coisa.
2. Formal: responde à pergunta como uma coisa é feita? É o ato ou
perfeição pelo qual uma coisa é o que é. Pode-se chamar também de
essência.
b) Extrínsecas (dinâmicas – explicam o vir a ser ou devir)
1. Eficiente: responde à pergunta quem fez? Trata-se do agente ou
princípio do qual resulta a coisa.
2. Final: responde à pergunta para que é feita? Trata-se do objetivo que
move o agente a atuar sobre tal coisa.
Por exemplo: uma mesa feita de madeira (causa material), com um lugar
para colocar os livros (causa formal), feita pelo marceneiro (causa
eficiente) para servir ao estudo dos alunos (causa final).
Inteligência Divina na filosofia de Aristóteles: atração do ser. Para
Aristóteles, há uma substância supra-sensível que é a Inteligência Divina
(1º motor imóvel – ato puro) que pensa a si mesma e atua como Causa
Final (por atração) e não como causa eficiente (pois, segundo ele, o
Universo sempre teria existido).
18
Filósofos Clássicos
A concepção aristotélica de Física parte do movimento,
elucidando-o nas análises dos conceitos de
crescimento, alteração e mudança. A teoria do ato e
potência, com implicações metafísicas, é o
fundamento do sistema. Ato e potência relacionam-se
com o movimento enquanto que a matéria e forma
com a ausência de movimento.
O papel da mulher: A análise sobre a procriação de
Aristóteles descreve um elemento masculino ativo
trazendo vida a um elemento do sexo feminino inerte
e passivo.
19
Filósofos Clássicos
A Lógica de Aristóteles constitui o exemplo mais
sistemático de filosofia em dois mil anos de história.
Sua premissa principal envolve uma teoria de caráter
semântico desenvolvida por ele para servir de
estrutura para a compreensão da veracidade de
proposições.
Introduziu a análise da quantificação dos enunciados e
das variáveis, realizou o estudo sistemático dos casos
em que dois enunciados implicam um terceiro,
estabeleceu o primeiro sistema dedutivo ou silogístico
e criou a primeira lógica modal, que, ao contrário da
lógica pré-aristotélica, admitia outras possibilidades
além de "verdadeiro" e "falso".
20
Filósofos Clássicos
O silogismo é o estudo da correção (validade) ou incorreção
(invalidade) dos argumentos encadeados segundo
premissas das quais é licito se extrair uma conclusão. Sua
validade depende da Forma e não da verdade ou
falsidade das premissas. Desse modo, é possível distinguir
argumentos bem feitos, formalmente válidos, dos
falaciosos, ainda que a aparência nos induza a enganos.
Por exemplo:
P1 - Todo homem é mortal (V)
P2 - Sócrates é homem (V)
C - Logo, Sócrates é mortal (V).
“P” é premissa.
“C” é conclusão.
21
A é B
Logo , B é C
C é A
Filósofos Clássicos
Quadro Comparativo
22
Período Pós-Socrático
Esta época vai do final do período clássico (320 a.C.) até o começo
da Era Cristã, dentro de um contexto histórico que representa o
final da hegemonia política e militar da Grécia.
Ceticismo: de acordo com os pensadores céticos, a dúvida deve estar
sempre presente, pois o ser humano não consegue conhecer nada
de forma exata e segura.
Epicurismo: é o sistema filosófico que prega a procura dos
prazeres moderados para atingir um estado de tranquilidade e de
libertação do medo, com a ausência de sofrimento corporal pelo
conhecimento do funcionamento do mundo e da limitação dos
desejos.
Estoicismo: os sábios estoicos como, por exemplo Marco Aurélio e
Sêneca, defendiam a razão a qualquer preço. Os fenômenos
exteriores à vida deviam ser deixados de lado, como a emoção, o
prazer e o sofrimento.
23
Pensamento Medieval
O pensamento na Idade Média foi muito influenciado pela
Igreja Católica Desta forma, o teocentrismo acabou por
definir as formas de sentir, ver e também pensar durante
o período medieval. De acordo com Santo Agostinho,
importante teólogo romano, o conhecimento e as ideias
eram de origem divina.
Porém, a partir do século V até o século XIII, uma nova linha
de pensamento ganha importância na Europa. Surge a
escolástica, conjunto de ideias que visava unir a fé com o
pensamento racional de Platão e Aristóteles. O principal
representante desta linha de pensamento foi Tomás de
Aquino.
24
Santo Agostinho
Aurélio Agostinho, o Santo Agostinho de Hipona foi um
importante bispo cristão e teólogo. Nasceu na região
norte da África em 354 e morreu em 430. Era filho de
mãe que seguia o cristianismo, porém seu pai era
pagão. Logo, em sua formação, teve importante
influência do maniqueísmo (sistema religioso que une
elementos cristãos e pagãos).
"Se você acredita no que lhe agrada nos evangelhos e
rejeita o que não gosta, não é nos evangelhos que
você crê, mas em você."
25
• Escreveu diversos sermões importantes. Em “A Cidade
de Deus”, Santo Agostinho combate as heresias e o
paganismo. Na obra “Confissões” fez uma descrição
de sua vida antes da conversão ao cristianismo.
Santo Agostinho analisava a vida levando em
consideração a psicologia e o conhecimento da
natureza.
• Para o bispo, nada era mais importante do que a fé
em Jesus e em Deus. A Bíblia, por exemplo, deveria ser
analisada levando-se em conta os conhecimentos
naturais de cada época.
26
A Escolástica
A Escolástica tem tanto um significado mais limitado, ao se referir
às disciplinas ministradas nas escolas medievais – o trivium:
gramática, retórica e dialética; e o quadrivium: aritmética,
geometria, astronomia e música -, quanto uma conotação mais
ampla, ao se reportar à linha filosófica adotada pela Igreja na
Idade Média.
Os escolásticos tentam harmonizar ideais platônicos com fatores de
natureza espiritual, à luz do cristianismo vigente no Ocidente.
Mesmo depois, quando Aristóteles, discípulo de Platão, é
contemplado no pensamento cristão através de Tomás de Aquino,
o neoplatonismo adotado pela Igreja é preservado. Assim, a
escolástica será permanentemente atravessada por dois universos
distintos – a fé herdada da mentalidade platônica e a razão
aristotélica.
Agostinho, mais tradicional, clama por um predomínio da fé, em
detrimento da razão, ao passo que Tomás de Aquino acredita na
independência da esfera racional no momento de buscar as
respostas mais apropriadas, embora não rejeite a prioridade da fé
com relação à razão.
27
Tomás de Aquino
Nascido em uma família de nobres, Tomás de Aquino
fez os primeiros estudos no castelo de Monte Cassino.
Em Nápoles, para onde foi em 1239, estudou artes
liberais (trivium e quadrivium), ingressando, em
seguida, na Ordem dos Dominicanos, em 1244. De
Nápoles, a caminho de Paris, em companhia do Geral
da ordem, foi seqüestrado por seus irmãos,
inconformados com seu ingresso no convento.
No ano seguinte, fiel a sua vocação religiosa, viajou a
Paris, onde se tornou discípulo de Alberto Magno.
“A humildade é o primeiro degrau para a sabedoria.”
28
A primeira questão de que se ocupa Tomás de Aquino -
na Suma Teológica, sua obra máxima - é a das
relações entre a ciência e a fé, a filosofia e a teologia.
Fundada na revelação, a teologia é a ciência
suprema, da qual a filosofia é serva ou auxiliar. À
filosofia, procedendo de acordo com a razão, cabe
demonstrar a existência e a natureza de Deus.
Profundamente influenciado por Aristóteles, Tomás
de Aquino sustenta que nada está na inteligência que
não tenha estado antes nos sentidos, razão pela qual
não podemos ter de Deus, imediatamente, uma idéia
clara e distinta.
29
Duas provas da existência de Deus:
1) o movimento existe e é uma evidência para os nossos
sentidos; ora, tudo o que se move é movido por outro
motor; se esse motor, por sua vez, é movido, precisará de
um motor que o mova, e, assim, indefinidamente, o que é
impossível, se não houver um primeiro motor imóvel, que
move sem ser movido, que é Deus;
5) a ordem do mundo implica em que os seres tendam todos
para um fim, não em virtude de um acaso, mas da
inteligência que os dirige; logo, há um ser inteligente que
os dirige; logo, há um ser inteligente que ordena a
natureza e a encaminha para seu fim; esse ser inteligente
é Deus.
Obs.: São cinco provas, no total.
30
• Para Tomás de Aquino, o homem é corpo e alma
inteligente, incorpórea (ou imaterial), e se encontra,
no universo, entre os anjos e os animais. Princípio vital,
a alma é o ato do corpo organizado que tem a vida
em potência.
• Conhecer, para Tomás de Aquino, não é lembrar-se,
como pretendia Platão, mas extrair, por meio do
intelecto agente, a forma universal que se acha
contida nos objetos sensíveis e particulares. Do
conhecimento depende o apetite, ou o desejo,
inclinação da alma pelo bem.
31
Pensamento Moderno
• Com o Renascimento Cultural e Científico, o surgimento da burguesia e o
fim da Idade Média, as formas de pensar sobre o mundo e o Universo
ganham novos rumos. A definição de conhecimento deixa de ser religiosa
para entrar num âmbito racional e científico. O teocentrismo é deixado
de lado e entre em cena o antropocentrismo ( homem no centro do
Universo ). Neste contexto, René Descartes cria o cartesianismo,
privilegiando a razão e considerando-a base de todo conhecimento.
• A burguesia, camada social em crescimento econômico e político, tem
seus ideais representados no empirismo e no idealismo.
No século XVII, o pesquisador e sábio inglês Francis Bacon cria um
método experimental, conhecido como empirismo. Neste mesmo sentido,
desenvolvem seus pensamentos Thomas Hobbes e John Locke.
• Conhecido como o precursor do pensamento filosófico moderno, o filósofo
e matemático francês René Descartes dá uma grande contribuição para
a Filosofia no século XVII ao desenvolver o Método Cartesiano.
32
Pensamento Moderno
• O iluminismo surge em pleno século das Luzes, o século XVIII. A experiência, a
razão e o método científico passam a ser as únicas formas de obtenção do
conhecimento. Este, a única forma de tirar o homem das trevas da
ignorância. Podemos citar, nesta época, os pensadores Immanuel Kant,
Friedrich Hegel, Montesquieu, Diderot, D'Alembert e Rousseau.
• O século XIX é marcado pelo positivismo de Auguste Comte. O ideal de uma
sociedade baseada na ordem e progresso influencia nas formas de refletir
sobre as coisas. O fato histórico deve falar por si próprio e o método científico,
controlado e medido, deve ser a única forma de se chegar ao conhecimento.
• Neste mesmo século, Karl Marx utiliza o método dialético para desenvolver
sua teoria marxista. Através do materialismo histórico, Marx propõe entender
o funcionamento da sociedade para poder modificá-la. Através de uma
revolução proletária, a burguesia seria retirada do controle dos bens de
produção que seriam controlados pelos trabalhadores.
• Ainda neste contexto, Friedrich Nietzsche faz duras críticas aos valores
tradicionais da sociedade, representados pelo cristianismo e pela cultura
ocidental. O pensamento, para libertar, deve ser livre de qualquer forma de
controle moral ou cultural.
33
Um Filósofo Moderno
Friedrich Schelling: 21 de janeiro de 1775, Leonberg, Württemberg
(Alemanha)
20 de agosto de 1854, Ragaz (Suíça).
Metafísica teísta
Concebendo a natureza como totalidade viva, ou manifestação exterior da
razão em sua totalidade, que se desenvolve por força de sua dialética
interna, Schelling supera o ponto de vista do entendimento de Kant e de
Fichte, e chega ao ponto de vista da razão, que resolve a contradição da
natureza e do espírito, do finito e do infinito, do objeto e do sujeito.
Schelling, porém, concebe essa razão de modo místico: é Deus quem cria as
coisas ao pensá-las.
Em sua última filosofia, Schelling retorna, inclusive, à religião cristã positiva
e, em seus trabalhos sobre a mitologia, elabora uma metafísica teísta,
fundada na liberdade humana. Exerceu, com isso, influência sobre os
precursores do existencialismo.
34
Estética e idealismo
Schelling é uma das figuras representativas do romantismo
alemão, revelando, em sua obra, um senso vivo de beleza
e de arte. Sua concepção a respeito do absoluto, unidade
da natureza e do espírito, que se revela na história, na
arte e na religião, exerceu profunda influência na estética,
especialmente na estética hegeliana.
A filosofia de Schelling constitui um elo importante na
passagem do idealismo religioso de Kant e de Fichte para
o idealismo objetivo de Hegel. Todavia, embora sustente a
possibilidade de conhecimento do absoluto, Schelling não
mostra o caminho desse conhecimento e sua intuição
intelectual, à maneira do gênio criador, permanece o
privilégio de iniciados e eleitos.
35
Pensamento Contemporâneo
Durante o século XX várias correntes de pensamentos
agiram ao mesmo tempo. As releituras do marxismo e
novas propostas surgem a partir de Antonio Gramsci,
Henri Lefebvre, Michel Foucault, Leon Trótski, Louis
Althusser e Gyorgy Lukács. A antropologia ganha
importância e influencia o pensamento do período,
graças aos estudos de Claude Lévi-Strauss. A
fenomenologia, descrição das coisas percebidas pela
consciência humana, tem seu maior representante em
Edmund Husserl. A existência humana ganha
importância nas reflexões de Jean-Paul Sartre, o
criador do existencialismo.
36
Filosofia Contemporânea
Edmund Husserl: 8 de abril de 1859, Prossnitz
(hoje Prostejov, na República Checa)
27 de abril de 1938, Freiburg (Alemanha).
Na raiz do pensamento de Husserl encontram-
se as seguintes influências principais: Franz
Brentano e, por seu intermédio, a tradição
grega e escolástica; Bolzano, Descartes,
Leibniz, o empirismo inglês e o kantismo.
37
Filosofia Contemporânea
Fenomenologia
A "redução fenomenológica", na expressão de Husserl, é o processo que consiste
em pôr "entre parênteses" a existência dos conteúdos da consciência, ou das
vivências, e também do eu, enquanto sujeito psicofísico ou suporte
existencial da consciência, assim reduzida ao eu puro, ou transcendental.
Trata-se, portanto de se realizar uma redução "eidética", ou seja, reduzir as
vivências à sua essência ("eidos"), objetos ideais que não se acham na
mente (hipótese psicológica), nem no mundo platônico das idéias (hipótese
metafísica), nem na inteligência divina (hipótese teológica). Tais objetos
são ideais, são "significações", alheias ao tempo e ao espaço, de validade
permanente.
Enquanto ciência, a fenomenologia é, assim, investigação de essências e de
relações entre essências, quer dizer, a determinação de configurações
essenciais da consciência e de seus correlatos intencionais, investigados e
fixados de modo puramente contemplativo em sua conexão sistemática.
38
Filosofia Contemporânea
Crítica ao historicismo
A história, enquanto ciência empírica do espírito, nada pode decidir por si mesma,
sobre a distinção entre religião, filosofia, arte , etc. como configurações culturais, ou
formas contingentes de manifestação, e sua idéia ou essência, em sentido socrático.
De razões históricas, diz Husserl, só podem resultar conseqüências históricas - e é um
contra-senso pretender refutar idéias por meio de fatos. A história, que se constitui de
fatos, nada pode provar contra a possibilidade de valores absolutos. A significação
de uma configuração histórica como fato nada tem a ver com sua validade. A
norma do matemático está na matemática, do lógico na lógica, do ético na ética,
etc.
A época atual, diz Husserl, só quer acreditar em realidades. Sua mais forte realidade
é a ciência; por conseqüência, aquilo de que mais precisa é da ciência filosófica, que
exclui qualquer preconceito ou tradição que se deva aceitar como princípio. Não se
trata de excluir a história, mas de reconhecer que o incentivo para filosofar não vem
das filosofias históricas, mas das coisas e dos problemas.
Ciência dos verdadeiros princípios, das origens, das raízes, a filosofia também deve ser
radical em seus métodos, não renunciando, em hipótese alguma, à exclusão radical
dos preconceitos. Assim entendida, diz Husserl, a fenomenologia abre um campo de
trabalho infinito, proporcionando conhecimentos rigorosos e decisivos à filosofia
ulterior.
39
Um filósofo atual
Olavo Luiz Pimentel de Carvalho é um jornalista,
filósofo, professor, conferencista, ensaísta e
astrólogo brasileiro de matriz conservadora,
considerado um dos articulistas mais
abertamente de direita do país em atividade.
"Somente a consciência individual do agente
dá testemunho dos atos sem testemunha, e
não há ato mais desprovido de testemunha
externa do que o ato de conhecer."
40
Um filósofo atual
• Olavo define o conservadorismo como a "política que se constitui da síntese inseparável
de economia de livre mercado, democracia parlamentar, lei e ordem, moral judaico-
cristã e predomínio da cultura clássica na educação".
• Ainda afirma que "é uma farsa monstruosa situar nazismo e fascismo na extrema-
direita, subentendendo que a democracia liberal está no centro, mais próxima do
socialismo. Ao contrário: o que há de mais radicalmente oposto ao socialismo é a
democracia liberal. Esta é a única verdadeira direita. É mesmo a extrema-direita: a
única que assume o compromisso sagrado de jamais se acumpliciar com o socialismo.
Nazismo e fascismo não são extrema-direita, pela simples razão de que não são direita
nenhuma: são o maldito centro, são o meio-caminho andado, são o abre-alas do
sangrento carnaval socialista".
• Diz que o governo militar "se ocupou de combater a guerrilha, mas não de combater o
comunismo na esfera cultural, social e moral. Havia a famosa teoria da panela de
pressão, do general Golbery do Couto e Silva. Ele dizia: „Não podemos tampar todos os
buraquinhos e fazer pressão, porque senão ela estoura'. A válvula que eles deixaram
para a esquerda foram as universidades e o aparato cultural. Na mesma época, uma
parte da esquerda foi para a guerrilha, mas a maior parte dela se encaixou no
esquema pregado por Antonio Gramsci, que é a revolução cultural, a penetração lenta
e gradual em todas as instituições de cultura, mídia etc‟. "O período militar foi a época
de maior progresso da indústria editorial de esquerda no Brasil. Nunca se publicou
tanto livro de esquerda".
41
Espero que tenham gostado!
42
1 de 42

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História da Filosofia

  • 2. Antes: O que é Filosofia? • A palavra filosofia é de origem grega e significa amor à sabedoria. Ela surgiu desde o momento em que o homem começou a refletir sobre o funcionamento da vida e do universo, buscando uma solução para as grandes questões da existência humana. • A Grécia Antiga é conhecida como o berço dos pensadores, sendo que os sophos (sábios em grego) buscaram formular, no século VI a.C., explicações racionais para tudo aquilo que era explicado, até então, através da mitologia. 2
  • 3. Os Pré-Socráticos Podemos afirmar que foi a primeira corrente de pensamento, surgida na Grécia Antiga por volta do século VI a.C. Os filósofos que viveram antes de Sócrates se preocupavam muito com o Universo e com os fenômenos da natureza. Buscavam explicar tudo através da razão e do conhecimento científico. Podemos citar, neste contexto, os físicos Tales de Mileto, Anaximandro e Heráclito. Pitágoras desenvolve seu pensamento defendendo a ideia de que tudo preexiste a alma, já que esta é imortal. Demócrito e Leucipo defendem a formação de todas as coisas, a partir da existência dos átomos. 3
  • 4. Os Pré-Socráticos Tales de Mileto: Tales na companhia de Anaximandro e Anaxímenes defendia que a água, o indefinido, e o ar eram o princípio ou origem de todas as coisas. Heráclito: Para Heráclito, o mundo era o mesmo para todos os seres, nenhum deus, nenhum homem o criou; mas foi, é, e será sempre um fogo eternamente vivo, que com medida se acende e com medida se apaga. 4
  • 5. Os Sofistas Os séculos V e IV a.C. na Grécia Antiga foram de grande desenvolvimento cultural e científico. O esplendor de cidades como Atenas, e seu sistema político democrático, proporcionou o terreno propício para o desenvolvimento do pensamento. 5
  • 6. Neste período, em que já estão avançadas as questões cosmológicas, a busca pelo ser das coisas deixa de ser o foco principal das questões filosóficas, que agora se ocupa com o homem e suas potencialidades. Era preciso saber falar para fazer valer seus interesses nas assembleias. Surgem, então, os famosos oradores denominados Sofistas, palavra que significa sábio em grego. 6
  • 7. Curiosidade! Sofisma: “Qualquer argumentação que procura induzir alguém ao erro”, segundo a Porto Editora. Sofisticar: “Falsificar”; “Adulterar”, segundo a Porto Editora. Sofisticado: “Complexo”; “Requintado ao máximo”; “Artificial, que não é natural, falsamente refinado” (pejorativo), segundo a Porto Editora. 7
  • 8. Esses homens, portadores de uma eloquência incomum, propunham ensinar qualquer coisa aos cidadãos que almejassem os cargos públicos ou simplesmente que se defenderiam em um caso litigioso. No entanto, suas técnicas nada mais eram do que ensinar a persuadir convencendo seu interlocutor em um debate, seja pela emoção, seja pela passividade deste. 8
  • 9. Protágoras Protágoras é conhecido como o primeiro sofista. Sua fama se estendia por todas as colônias e era um homem culto e bem sucedido. Este eminente orador vivia uma forma de absoluto subjetivismo relativista. Sua máxima “o homem é a medida de todas as coisas” ilustra bem o modo de pensar das diferentes pessoas. Isto quer dizer que cada pessoa, pensa, deseja e busca algo para si, de tal forma única que impossibilita que exista uma verdade absoluta. 9
  • 10. Górgias Descartando qualquer noção de moral ou virtude, ele determinou a persuasão como algo essencial ao homem. Górgias redigiu um tratado sobre o Não Ser, em resposta ao filósofo Parmênides, em que consta o resumo de seu modo Niilista de pensar. Para ele, nada existe de real; e se nada existe, o homem não pode conhecer verdadeiramente nada; e mesmo que algo exista e possa a ser conhecido, seria impossível comunicar aos outros este conhecimento. 10
  • 11. Filósofos Clássicos Sócrates: Filósofo grego, Sócrates nasceu em Atenas no ano de 470 a.C. Dedicou-se inteiramente à missão de despertar e educar as consciências, tendo como influência a filosofia de Anaxágoras. Sempre entre jovens, sempre em discussões, especialmente com os sofistas, nada escreveu. Por isso, o seu pensamento tem que ser reconstituído sobre testemunhos, nem sempre concordes, de Xenofonte, de Platão e de Aristóteles. 11
  • 12. Filósofos Clássicos Para descobrir a maneira como se deve viver, Sócrates interroga seus interlocutores. Toda a sua filosofia é exposta em diálogos críticos com seus interlocutores. Sócrates acredita que para viver bem (de acordo com a virtude) é preciso ser sábio. Mas como atingir a sabedoria? Para Sócrates, a sabedoria é fruto de muita investigação que começa pelo conhecimento de si mesmo. Segundo ele, deve-se seguir a inscrição do templo de Apolo: conhece-te a ti mesmo. Para ser Sábio, é preciso confessar, com humildade, a própria ignorância. “Só sei que não sei”, repetia sempre Sócrates. Por meio da ironia, levando o interlocutor a cair em contradição, Sócrates o conduzia a confessar a própria ignorância. Uma vez confessada a ignorância, o interlocutor estaria disposto a percorrer o caminho da verdade. Entra em cena a segunda etapa do método: a maiêutica (arte de dar à luz as idéias, ou "parto das Idéias"). Para Sócrates, uma mente submetida a um interrogatório adequado seria capaz de explicitar conhecimentos que já estavam latentes na alma. 12
  • 13. Filósofos Clássicos É preciso um caminho indireto, como a ironia (método de ensino de Sócrates), porque o caminho para o conhecimento interior é individual a cada um. A Ironia possui duplo aspecto: a refutação e a maiêutica. Através da refutação, Sócrates faz uma cadeia de raciocínio para provar que a base do que o outro está pensando está errada. Levava ao ridículo homens considerados sábios. A refutação faz parte da maiêutica, que é a arte de Sócrates projetar ideias, fazer nascer a verdade. Através da maiêutica, Sócrates fingia ser capaz unicamente de interrogar, mas não de ensinar alguma coisa, mas levava o interlocutor, mediante uma série de perguntas habilmente formuladas, a tomar consciência da própria ignorância e a confessá-la. 13
  • 14. Filósofos Clássicos Platão: Nasceu em Atenas no ano 427 a. C., e morreu em 347 a.C. Foi discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles. Era filho de uma nobre família ateniense e seu nome verdadeiro era Arístocles. Seu apelido “Platão” foi devido a sua constituição física e significa “ombros largos”. "Cada um deve atender às necessidades da cidade naquilo pelo qual a sua natureza esteja mais dotada.” 14
  • 15. Filósofos Clássicos Para Platão, o verdadeiro conhecimento está no mundo das Idéias. Um de seus textos mais interessantes é a Alegoria da Caverna. Nesse texto Platão faz uma tentativa de explicar a condição do filósofo, ou seja, o papel daquele que busca levar os seus companheiros ao conhecimento da verdade. Platão descreve que; há homens presos, desde meninos, por correntes nos pés e no pescoço, com o rosto voltado para o fundo da Caverna. Próximo à entrada da caverna desfila-se com muitos objetos diferentes, cujas sombras são projetadas pela luz do Sol na parede do fundo. Os prisioneiros contemplam as sombras, pensando tratar-se da realidade, pois é a única que conhecem. Um dos prisioneiros consegue escapar, e, voltando-se para a entrada da caverna, num primeiro momento tem sua vista ofuscada pela luz intensa, mas aos poucos ele se acostuma e começa a descobrir que a realidade é bem diferente daquela que ele conheceu a vida toda, por meio das sombras. Esse homem se compadece dos companheiros da prisão e volta para lhes anunciar aquilo que contemplara. Ele é chamado de louco e é morto pelos companheiros. 15
  • 16. Filósofos Clássicos Aristóteles: Nasceu em Estagira, na península macedônica da Calcídica (por isso é também chamado de o Estagirita). Era filho de Nicômaco, amigo e médico pessoal do rei Amintas 2º. Aos 16 ou 17 anos, Aristóteles mudou-se para Atenas, então o centro intelectual e artístico da Grécia, e estudou na Academia de Platão até a morte do mestre, no ano 347 a.C. Seus escritos abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia. “O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz.” 16
  • 17. Filósofos Clássicos Fundou sua própria escola de filosofia, próxima ao templo de Apolo Liceano (por isso passa a se chamar Liceu), seguindo uma orientação que rivaliza com a Academia de Platão que, nesse tempo, é dirigida por Xenócrates. A Academia era mais voltada para as Matemáticas e Filosofia, enquanto o Liceu se dedicava principalmente às Ciências Naturais. Sua principal Obra: Metafísica/Órganon: A obra de Aristóteles – corpus aristotelicum foi organizada por Andrônico de Rodes, que dirigiu o Liceu no século I a.C. Na sua Metafísica, Aristóteles ensina sobre o Ente, que é tudo aquilo que é, que tem Ser. É a noção mais abrangente de todas. Aristóteles cria a teoria das quatro causas do ser: material, formal, eficiente e final. Para Aristóteles, a permanência e o movimento necessitam dessa teoria para que possam ser explicados: a teoria das causas do Ser. 17
  • 18. Filósofos Clássicos Há causas que são: a) Intrínsecas (estáticas – explicam o ser) 1. Material: responde à pergunta do que é feita alguma coisa. 2. Formal: responde à pergunta como uma coisa é feita? É o ato ou perfeição pelo qual uma coisa é o que é. Pode-se chamar também de essência. b) Extrínsecas (dinâmicas – explicam o vir a ser ou devir) 1. Eficiente: responde à pergunta quem fez? Trata-se do agente ou princípio do qual resulta a coisa. 2. Final: responde à pergunta para que é feita? Trata-se do objetivo que move o agente a atuar sobre tal coisa. Por exemplo: uma mesa feita de madeira (causa material), com um lugar para colocar os livros (causa formal), feita pelo marceneiro (causa eficiente) para servir ao estudo dos alunos (causa final). Inteligência Divina na filosofia de Aristóteles: atração do ser. Para Aristóteles, há uma substância supra-sensível que é a Inteligência Divina (1º motor imóvel – ato puro) que pensa a si mesma e atua como Causa Final (por atração) e não como causa eficiente (pois, segundo ele, o Universo sempre teria existido). 18
  • 19. Filósofos Clássicos A concepção aristotélica de Física parte do movimento, elucidando-o nas análises dos conceitos de crescimento, alteração e mudança. A teoria do ato e potência, com implicações metafísicas, é o fundamento do sistema. Ato e potência relacionam-se com o movimento enquanto que a matéria e forma com a ausência de movimento. O papel da mulher: A análise sobre a procriação de Aristóteles descreve um elemento masculino ativo trazendo vida a um elemento do sexo feminino inerte e passivo. 19
  • 20. Filósofos Clássicos A Lógica de Aristóteles constitui o exemplo mais sistemático de filosofia em dois mil anos de história. Sua premissa principal envolve uma teoria de caráter semântico desenvolvida por ele para servir de estrutura para a compreensão da veracidade de proposições. Introduziu a análise da quantificação dos enunciados e das variáveis, realizou o estudo sistemático dos casos em que dois enunciados implicam um terceiro, estabeleceu o primeiro sistema dedutivo ou silogístico e criou a primeira lógica modal, que, ao contrário da lógica pré-aristotélica, admitia outras possibilidades além de "verdadeiro" e "falso". 20
  • 21. Filósofos Clássicos O silogismo é o estudo da correção (validade) ou incorreção (invalidade) dos argumentos encadeados segundo premissas das quais é licito se extrair uma conclusão. Sua validade depende da Forma e não da verdade ou falsidade das premissas. Desse modo, é possível distinguir argumentos bem feitos, formalmente válidos, dos falaciosos, ainda que a aparência nos induza a enganos. Por exemplo: P1 - Todo homem é mortal (V) P2 - Sócrates é homem (V) C - Logo, Sócrates é mortal (V). “P” é premissa. “C” é conclusão. 21 A é B Logo , B é C C é A
  • 23. Período Pós-Socrático Esta época vai do final do período clássico (320 a.C.) até o começo da Era Cristã, dentro de um contexto histórico que representa o final da hegemonia política e militar da Grécia. Ceticismo: de acordo com os pensadores céticos, a dúvida deve estar sempre presente, pois o ser humano não consegue conhecer nada de forma exata e segura. Epicurismo: é o sistema filosófico que prega a procura dos prazeres moderados para atingir um estado de tranquilidade e de libertação do medo, com a ausência de sofrimento corporal pelo conhecimento do funcionamento do mundo e da limitação dos desejos. Estoicismo: os sábios estoicos como, por exemplo Marco Aurélio e Sêneca, defendiam a razão a qualquer preço. Os fenômenos exteriores à vida deviam ser deixados de lado, como a emoção, o prazer e o sofrimento. 23
  • 24. Pensamento Medieval O pensamento na Idade Média foi muito influenciado pela Igreja Católica Desta forma, o teocentrismo acabou por definir as formas de sentir, ver e também pensar durante o período medieval. De acordo com Santo Agostinho, importante teólogo romano, o conhecimento e as ideias eram de origem divina. Porém, a partir do século V até o século XIII, uma nova linha de pensamento ganha importância na Europa. Surge a escolástica, conjunto de ideias que visava unir a fé com o pensamento racional de Platão e Aristóteles. O principal representante desta linha de pensamento foi Tomás de Aquino. 24
  • 25. Santo Agostinho Aurélio Agostinho, o Santo Agostinho de Hipona foi um importante bispo cristão e teólogo. Nasceu na região norte da África em 354 e morreu em 430. Era filho de mãe que seguia o cristianismo, porém seu pai era pagão. Logo, em sua formação, teve importante influência do maniqueísmo (sistema religioso que une elementos cristãos e pagãos). "Se você acredita no que lhe agrada nos evangelhos e rejeita o que não gosta, não é nos evangelhos que você crê, mas em você." 25
  • 26. • Escreveu diversos sermões importantes. Em “A Cidade de Deus”, Santo Agostinho combate as heresias e o paganismo. Na obra “Confissões” fez uma descrição de sua vida antes da conversão ao cristianismo. Santo Agostinho analisava a vida levando em consideração a psicologia e o conhecimento da natureza. • Para o bispo, nada era mais importante do que a fé em Jesus e em Deus. A Bíblia, por exemplo, deveria ser analisada levando-se em conta os conhecimentos naturais de cada época. 26
  • 27. A Escolástica A Escolástica tem tanto um significado mais limitado, ao se referir às disciplinas ministradas nas escolas medievais – o trivium: gramática, retórica e dialética; e o quadrivium: aritmética, geometria, astronomia e música -, quanto uma conotação mais ampla, ao se reportar à linha filosófica adotada pela Igreja na Idade Média. Os escolásticos tentam harmonizar ideais platônicos com fatores de natureza espiritual, à luz do cristianismo vigente no Ocidente. Mesmo depois, quando Aristóteles, discípulo de Platão, é contemplado no pensamento cristão através de Tomás de Aquino, o neoplatonismo adotado pela Igreja é preservado. Assim, a escolástica será permanentemente atravessada por dois universos distintos – a fé herdada da mentalidade platônica e a razão aristotélica. Agostinho, mais tradicional, clama por um predomínio da fé, em detrimento da razão, ao passo que Tomás de Aquino acredita na independência da esfera racional no momento de buscar as respostas mais apropriadas, embora não rejeite a prioridade da fé com relação à razão. 27
  • 28. Tomás de Aquino Nascido em uma família de nobres, Tomás de Aquino fez os primeiros estudos no castelo de Monte Cassino. Em Nápoles, para onde foi em 1239, estudou artes liberais (trivium e quadrivium), ingressando, em seguida, na Ordem dos Dominicanos, em 1244. De Nápoles, a caminho de Paris, em companhia do Geral da ordem, foi seqüestrado por seus irmãos, inconformados com seu ingresso no convento. No ano seguinte, fiel a sua vocação religiosa, viajou a Paris, onde se tornou discípulo de Alberto Magno. “A humildade é o primeiro degrau para a sabedoria.” 28
  • 29. A primeira questão de que se ocupa Tomás de Aquino - na Suma Teológica, sua obra máxima - é a das relações entre a ciência e a fé, a filosofia e a teologia. Fundada na revelação, a teologia é a ciência suprema, da qual a filosofia é serva ou auxiliar. À filosofia, procedendo de acordo com a razão, cabe demonstrar a existência e a natureza de Deus. Profundamente influenciado por Aristóteles, Tomás de Aquino sustenta que nada está na inteligência que não tenha estado antes nos sentidos, razão pela qual não podemos ter de Deus, imediatamente, uma idéia clara e distinta. 29
  • 30. Duas provas da existência de Deus: 1) o movimento existe e é uma evidência para os nossos sentidos; ora, tudo o que se move é movido por outro motor; se esse motor, por sua vez, é movido, precisará de um motor que o mova, e, assim, indefinidamente, o que é impossível, se não houver um primeiro motor imóvel, que move sem ser movido, que é Deus; 5) a ordem do mundo implica em que os seres tendam todos para um fim, não em virtude de um acaso, mas da inteligência que os dirige; logo, há um ser inteligente que os dirige; logo, há um ser inteligente que ordena a natureza e a encaminha para seu fim; esse ser inteligente é Deus. Obs.: São cinco provas, no total. 30
  • 31. • Para Tomás de Aquino, o homem é corpo e alma inteligente, incorpórea (ou imaterial), e se encontra, no universo, entre os anjos e os animais. Princípio vital, a alma é o ato do corpo organizado que tem a vida em potência. • Conhecer, para Tomás de Aquino, não é lembrar-se, como pretendia Platão, mas extrair, por meio do intelecto agente, a forma universal que se acha contida nos objetos sensíveis e particulares. Do conhecimento depende o apetite, ou o desejo, inclinação da alma pelo bem. 31
  • 32. Pensamento Moderno • Com o Renascimento Cultural e Científico, o surgimento da burguesia e o fim da Idade Média, as formas de pensar sobre o mundo e o Universo ganham novos rumos. A definição de conhecimento deixa de ser religiosa para entrar num âmbito racional e científico. O teocentrismo é deixado de lado e entre em cena o antropocentrismo ( homem no centro do Universo ). Neste contexto, René Descartes cria o cartesianismo, privilegiando a razão e considerando-a base de todo conhecimento. • A burguesia, camada social em crescimento econômico e político, tem seus ideais representados no empirismo e no idealismo. No século XVII, o pesquisador e sábio inglês Francis Bacon cria um método experimental, conhecido como empirismo. Neste mesmo sentido, desenvolvem seus pensamentos Thomas Hobbes e John Locke. • Conhecido como o precursor do pensamento filosófico moderno, o filósofo e matemático francês René Descartes dá uma grande contribuição para a Filosofia no século XVII ao desenvolver o Método Cartesiano. 32
  • 33. Pensamento Moderno • O iluminismo surge em pleno século das Luzes, o século XVIII. A experiência, a razão e o método científico passam a ser as únicas formas de obtenção do conhecimento. Este, a única forma de tirar o homem das trevas da ignorância. Podemos citar, nesta época, os pensadores Immanuel Kant, Friedrich Hegel, Montesquieu, Diderot, D'Alembert e Rousseau. • O século XIX é marcado pelo positivismo de Auguste Comte. O ideal de uma sociedade baseada na ordem e progresso influencia nas formas de refletir sobre as coisas. O fato histórico deve falar por si próprio e o método científico, controlado e medido, deve ser a única forma de se chegar ao conhecimento. • Neste mesmo século, Karl Marx utiliza o método dialético para desenvolver sua teoria marxista. Através do materialismo histórico, Marx propõe entender o funcionamento da sociedade para poder modificá-la. Através de uma revolução proletária, a burguesia seria retirada do controle dos bens de produção que seriam controlados pelos trabalhadores. • Ainda neste contexto, Friedrich Nietzsche faz duras críticas aos valores tradicionais da sociedade, representados pelo cristianismo e pela cultura ocidental. O pensamento, para libertar, deve ser livre de qualquer forma de controle moral ou cultural. 33
  • 34. Um Filósofo Moderno Friedrich Schelling: 21 de janeiro de 1775, Leonberg, Württemberg (Alemanha) 20 de agosto de 1854, Ragaz (Suíça). Metafísica teísta Concebendo a natureza como totalidade viva, ou manifestação exterior da razão em sua totalidade, que se desenvolve por força de sua dialética interna, Schelling supera o ponto de vista do entendimento de Kant e de Fichte, e chega ao ponto de vista da razão, que resolve a contradição da natureza e do espírito, do finito e do infinito, do objeto e do sujeito. Schelling, porém, concebe essa razão de modo místico: é Deus quem cria as coisas ao pensá-las. Em sua última filosofia, Schelling retorna, inclusive, à religião cristã positiva e, em seus trabalhos sobre a mitologia, elabora uma metafísica teísta, fundada na liberdade humana. Exerceu, com isso, influência sobre os precursores do existencialismo. 34
  • 35. Estética e idealismo Schelling é uma das figuras representativas do romantismo alemão, revelando, em sua obra, um senso vivo de beleza e de arte. Sua concepção a respeito do absoluto, unidade da natureza e do espírito, que se revela na história, na arte e na religião, exerceu profunda influência na estética, especialmente na estética hegeliana. A filosofia de Schelling constitui um elo importante na passagem do idealismo religioso de Kant e de Fichte para o idealismo objetivo de Hegel. Todavia, embora sustente a possibilidade de conhecimento do absoluto, Schelling não mostra o caminho desse conhecimento e sua intuição intelectual, à maneira do gênio criador, permanece o privilégio de iniciados e eleitos. 35
  • 36. Pensamento Contemporâneo Durante o século XX várias correntes de pensamentos agiram ao mesmo tempo. As releituras do marxismo e novas propostas surgem a partir de Antonio Gramsci, Henri Lefebvre, Michel Foucault, Leon Trótski, Louis Althusser e Gyorgy Lukács. A antropologia ganha importância e influencia o pensamento do período, graças aos estudos de Claude Lévi-Strauss. A fenomenologia, descrição das coisas percebidas pela consciência humana, tem seu maior representante em Edmund Husserl. A existência humana ganha importância nas reflexões de Jean-Paul Sartre, o criador do existencialismo. 36
  • 37. Filosofia Contemporânea Edmund Husserl: 8 de abril de 1859, Prossnitz (hoje Prostejov, na República Checa) 27 de abril de 1938, Freiburg (Alemanha). Na raiz do pensamento de Husserl encontram- se as seguintes influências principais: Franz Brentano e, por seu intermédio, a tradição grega e escolástica; Bolzano, Descartes, Leibniz, o empirismo inglês e o kantismo. 37
  • 38. Filosofia Contemporânea Fenomenologia A "redução fenomenológica", na expressão de Husserl, é o processo que consiste em pôr "entre parênteses" a existência dos conteúdos da consciência, ou das vivências, e também do eu, enquanto sujeito psicofísico ou suporte existencial da consciência, assim reduzida ao eu puro, ou transcendental. Trata-se, portanto de se realizar uma redução "eidética", ou seja, reduzir as vivências à sua essência ("eidos"), objetos ideais que não se acham na mente (hipótese psicológica), nem no mundo platônico das idéias (hipótese metafísica), nem na inteligência divina (hipótese teológica). Tais objetos são ideais, são "significações", alheias ao tempo e ao espaço, de validade permanente. Enquanto ciência, a fenomenologia é, assim, investigação de essências e de relações entre essências, quer dizer, a determinação de configurações essenciais da consciência e de seus correlatos intencionais, investigados e fixados de modo puramente contemplativo em sua conexão sistemática. 38
  • 39. Filosofia Contemporânea Crítica ao historicismo A história, enquanto ciência empírica do espírito, nada pode decidir por si mesma, sobre a distinção entre religião, filosofia, arte , etc. como configurações culturais, ou formas contingentes de manifestação, e sua idéia ou essência, em sentido socrático. De razões históricas, diz Husserl, só podem resultar conseqüências históricas - e é um contra-senso pretender refutar idéias por meio de fatos. A história, que se constitui de fatos, nada pode provar contra a possibilidade de valores absolutos. A significação de uma configuração histórica como fato nada tem a ver com sua validade. A norma do matemático está na matemática, do lógico na lógica, do ético na ética, etc. A época atual, diz Husserl, só quer acreditar em realidades. Sua mais forte realidade é a ciência; por conseqüência, aquilo de que mais precisa é da ciência filosófica, que exclui qualquer preconceito ou tradição que se deva aceitar como princípio. Não se trata de excluir a história, mas de reconhecer que o incentivo para filosofar não vem das filosofias históricas, mas das coisas e dos problemas. Ciência dos verdadeiros princípios, das origens, das raízes, a filosofia também deve ser radical em seus métodos, não renunciando, em hipótese alguma, à exclusão radical dos preconceitos. Assim entendida, diz Husserl, a fenomenologia abre um campo de trabalho infinito, proporcionando conhecimentos rigorosos e decisivos à filosofia ulterior. 39
  • 40. Um filósofo atual Olavo Luiz Pimentel de Carvalho é um jornalista, filósofo, professor, conferencista, ensaísta e astrólogo brasileiro de matriz conservadora, considerado um dos articulistas mais abertamente de direita do país em atividade. "Somente a consciência individual do agente dá testemunho dos atos sem testemunha, e não há ato mais desprovido de testemunha externa do que o ato de conhecer." 40
  • 41. Um filósofo atual • Olavo define o conservadorismo como a "política que se constitui da síntese inseparável de economia de livre mercado, democracia parlamentar, lei e ordem, moral judaico- cristã e predomínio da cultura clássica na educação". • Ainda afirma que "é uma farsa monstruosa situar nazismo e fascismo na extrema- direita, subentendendo que a democracia liberal está no centro, mais próxima do socialismo. Ao contrário: o que há de mais radicalmente oposto ao socialismo é a democracia liberal. Esta é a única verdadeira direita. É mesmo a extrema-direita: a única que assume o compromisso sagrado de jamais se acumpliciar com o socialismo. Nazismo e fascismo não são extrema-direita, pela simples razão de que não são direita nenhuma: são o maldito centro, são o meio-caminho andado, são o abre-alas do sangrento carnaval socialista". • Diz que o governo militar "se ocupou de combater a guerrilha, mas não de combater o comunismo na esfera cultural, social e moral. Havia a famosa teoria da panela de pressão, do general Golbery do Couto e Silva. Ele dizia: „Não podemos tampar todos os buraquinhos e fazer pressão, porque senão ela estoura'. A válvula que eles deixaram para a esquerda foram as universidades e o aparato cultural. Na mesma época, uma parte da esquerda foi para a guerrilha, mas a maior parte dela se encaixou no esquema pregado por Antonio Gramsci, que é a revolução cultural, a penetração lenta e gradual em todas as instituições de cultura, mídia etc‟. "O período militar foi a época de maior progresso da indústria editorial de esquerda no Brasil. Nunca se publicou tanto livro de esquerda". 41
  • 42. Espero que tenham gostado! 42