O Curso espera atingir um número significativo de professores(as) bem preparados(as) para lidar com a voz, ferramenta fundamental para sua atividade profissional e também promover a capacidade de se obter um bom relacionamento com os alunos(as).
1. Objetivo – Estrutura – Conteúdo
No âmbito do ensino a participação do professor(a) é efetiva
quando, além de alcançar os objetivos do processo
pedagógico, consegue estabelecer uma real comunicação com os
seus alunos(as). Tais objetivos são reconhecidos pela apreensão dos
conteúdos por parte dos alunos(as), que pode ser reforçada ao se
utilizar, dentre outros recursos, o potencial vocal do professor(a)
para tornar o processo harmonioso, atrativo e mobilizador. A voz é
um recurso que permite a mobilização e a atenção para um
determinado propósito e, por isso, os programas de ensino a
distância devem atribuir mais atenção a esse meio através do qual
professores(as) e alunos(as) têm a oportunidade de compartilhar e
construir conhecimentos.
2. Objetivo
Proporcionar ao professor(a), uma melhor qualidade na
produção da voz, tendo em vista a grande incidência de
alterações vocais apresentadas por esta categoria profissional,
cujas alterações, interferem na transmissão dos conteúdos e,
consequentemente, na difusão dos conhecimentos.
Conscientizar o educador sobre a necessidade da prepação
vocal no exercício da sua atividade em sala de aula, visando
otimizar o uso profissional da voz e identificar aspectos que
interfiram no trabalho, evitando-se assim, alterações causadas
por intenso vocal, estresse físico e mental.
4. Método
Investigação
Investigar a importância dada ao bem-estar vocal do professor(a)
durante o trabalho;
Investigar a própria qualidade vocal;
No que se refere à área de ensino, existem qualidades vocais
percebidas como amigáveis, enquanto outras soam
ásperas, forçadas. Qualidade vocal é o termo empregado para
designar o conjunto de características que identificam a voz
humana (Behlau,1988). Augspach (1993) afirma que a maioria
dos transtornos vocais começam com o uso excessivo da voz em
uma força muscular aumentada. Instala-se uma debilidade que
resulta em fadiga vocal, cuja freqüência pode evoluir para uma
debilidade permanente. Na prática dos professores, as inflexões
vocais que podem gerar fadiga vocal se acentuam quando se
deseja reforçar certos conceitos.
5. Método
Estudo da prevenção
Uma das formas de prevenir esse tipo de problema é manter a
higiene vocal, que consiste de normas básicas que auxiliam a
preservar a saúde vocal e prevenir o aparecimento de alterações e
doenças. Saúde vocal é um conceito que engloba uma série de
aspectos, tais como: voz limpa e clara, emitida sem esforço e
agradável ao ouvinte (Behlau,1999). É importante compreender
quais são os inimigos de uma boa voz, os hábitos nocivos que
prejudicam e colocam em risco a saúde vocal. Do mesmo modo, é
importante saber os procedimentos necessários para manter uma
voz saudável por toda vida.
6. Método
Desenvolvimento da percepção auditiva
Desenvolver conscientemente a percepção auditiva, também é uma
habilidade a ser utilizada para que se perceba a voz e se avalie suas
inferências. Para tanto, sugere-se a gravação das próprias
falas, para que sejam escutadas e criticadas no seu desempenho.
Tal processo, sutil e profundo, poderá fornecer insight para que se
possa eliminar os “ruídos” de toda ordem que perturbam a
comunicação intra e interpessoal.
7. Conteúdo
Programático:
- Levantamento das condições de produção vocal dos professores(as);
- Conhecimento do aparelho fonador e identificação de fatores de risco
para a voz;
- Cuidados com a voz;
- Preparação da voz para o uso profissional;
- Exercícios de impostação vocal com o uso dos instrumentos técnicos
de respiração, apoio, articulação e ressonância, deslocando a voz dos
locais que possam prejudicar o aparelho fonador como garganta (voz
gutural) , nariz (voz anasalada) e faringe (voz entubada, abafada);
- Postura, articulação, interpretação*.
* A interpretação para professores(as) é o estudo de métodos para aperfeiçoar a
comunicação entre professor(a) e aluno(a), pemitindo que a expressão do professor(a) seja
clara e atinja os objetivos da mensagem que ele quer passar de forma segura e direta.
8. 3 aulas (2 horas cada)
Aula 1
- Questionário individual;
- Representação e funcionamento do aparelho fonador;
- Levantamento das condições de produção vocal dos professores(as);
- Apresentação e discussão sobre fatores de risco e cuidados com a
voz;
- Treinamento e aquecimento vocal;
- Prática de uso profissional da voz;
- Treinamento do desaquecimento vocal.
9.
Aula 2
- Preparação da voz para o uso profissional;
- Exercícios de impostação vocal com o uso dos instrumentos técnicos
de respiração, apoio, articulação e ressonância, deslocando a voz
dos locais que possam prejudicar o aparelho fonador como garganta
(voz gutural) , nariz (voz anasalada) e faringe (voz entubada,
abafada);
Aula 3
- Postura, consciência corporal, sinais não verbais;
- Introdução à semiótica da aula (códigos linguísticos entre professor(a)
e aluno(a));
- Interpretação para professores(as);
- Prática;
- Sugestão bibliográfica e videográfica.
10.
RESULTADOS ESPERADOS:
O Curso espera atingir um número significativo de
professores(as) bem preparados(as) para lidar com a voz,
ferramenta fundamental para sua atividade profissional e
também promover a capacidade de se obter um bom
relacionamento com os alunos(as).
11. QUEM MINISTRARÁ O
CURSO?
Dennis Brandão é graduado em Comunicação Social, Publicidade Propaganda e
Criação pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1999), Mestrado em Letras
(Ênfase em Dramaturgia) também pela Universidade Presbiteriana Mackenzie
(2004) e Doutorado em Teologia pela Faculdade de Educação Teológica de São
Paulo (2009). Atualmente é Professor de Língua Portuguesa (E.M) da Escola
Estadual Anhanguera e Diretor da i:i filmes cegos, surdos e mudos, na qual é
fundador. Atuou como Consultor Pedagógico na Editora Moderna e Assistente
Técnico Pedagógico na Diretoria de Ensino Centro Oeste e Professor
Universitário na Universidade Mackenzie, nas Faculdades Integradas Teresa
Martin e UNIESP. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em
Comunicação e Linguagem, pesquisando principalmente os seguintes temas:
educação libertadora, ética, multiculturalidade, audiovisual, saúde mental,
epistemologia da comunicação e Artes. É também Ator e Diretor de Teatro, TV e
Cinema, entre outras funções artísticas (DRT 14.654). Desenvolve a tecnologia
social do "Vídeo Solidário", excelente em Cinema, Dramaturgia, Música,
Educação Especial, Linguagens Contemporâneas, Ocultismo e Artes Plásticas.