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Coletânea de Atividades
                  1º ano
governo do estado de são paulo
             secretaria da educação
   fundação para o desenvolvimento da educação




Coletânea de Atividades
                  1o ano




                São Paulo, 2011
Governo do Estado de São Paulo
                                                                                                     Agradecimentos
                       Governador
                     Geraldo Alckmin                                         Esta publicação contou com a preciosa participação
                                                                             de autores, editores e colaboradores que cederam seu
                      Vice-Governador                                        trabalho sem ônus algum para a SEE. Gostaríamos de
                 Guilherme Afif Domingos                                     agradecer:

                Secretário da Educação                                       À equipe do ISA – Instituto Socioambiental, pelos
            Herman Jacobus Cornelis Voorwald                                 diversos textos de seu site que aqui reproduzimos;

                    Secretário-Adjunto                                       À Editora Peirópolis e Adelsin pelos textos e ilustrações
                João Cardoso Palma Filho                                     de Barangandão Arco-íris – 36 brinquedos
                                                                             inventados por meninos e meninas.
                    Chefe de Gabinete
                     Fernando Padula                                         À Editora Berlendis Vertechia, Bruno Berlendis
                                                                             Vertechia e Luiz Donizete Grupioni, por autorizarem
     Coordenadora de Estudos e Normas Pedagógicas                            a reprodução de trechos do livro Viagem ao Mundo
               Maria de Lourdes Rocha                                        Indígena.

      Coordenador de Ensino da Região Metropolitana                          Ao escritor Walde-mar de Andrade e Silva, pelos textos
                  da Grande São Paulo                                        Mandioca – o pão indígena, Mavutsinim, o primeiro
               José Benedito de Oliveira                                     homem, Guaraná, a essência dos frutos e Mumuru,
                                                                             a estrela dos lagos.
            Coordenador de Ensino do Interior
           Rubens Antônio Mandetta de Souza                                  À Secretaria Municipal de Educação de São José do Rio
                                                                             Preto, por ter cedido trechos do seu material de 1o ano
Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação                    para compor o presente Guia.
                    José Bernardo Ortiz

           Diretora de Projetos Especiais da FDE
                Claudia Rosenberg Aratangy




                Este material foi impresso pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, por meio da
           Fundação para o Desenvolvimento da Educação, para uso da rede estadual de ensino e das prefeituras
             integrantes do Programa de Integração Estado/Município – Ler e Escrever, com base em convênios
               celebrados nos termos do Decreto Estadual 54.553 de 15/07/2009 e alterações posteriores.




                                Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas

                                  São Paulo (Estado) Secretaria da Educação.
                        S239L         Ler e escrever: coletânea de atividades – 1o ano / Secretaria da Educação,
                                  Fundação para o Desenvolvimento da Educação; concepção e elaboração,
                                  Claudia Rosenberg Aratangy; Milou Sequeira; Marisa Garcia. - São Paulo : FDE,
                                  2011.
                                      76 p. : il.

                                      Publicação que integra o Programa Ler e Escrever, complementar ao Guia
                                  de Planejamento e Orientações Didáticas do Professor de 1o ano.

                                       1. Ensino Fundamental 2. Ciclo I 3. Alfabetização 4. Atividade Pedagógica
                                  5. Programa Ler e Escrever 6. São Paulo I. Título. II. Fundação para o
                                  Desenvolvimento da Educação. III. Aratangy, Claudia Rosenberg. IV. Sequeira,
                                  Milou. V. Garcia, Marisa.

                                                                               CDU: 372.4(815.6)
Prezada professora, prezado professor


     Esta coletânea de atividades integra o Programa Ler e Escrever,
sendo complementar ao Guia de Planejamento e Orientações
Didáticas – Professor Alfabetizador – 1o ano. São atividades
exclusivamente voltadas para a análise e reflexão sobre o sistema
de escrita e não seguem uma ordem ou hierarquia prévia, por isso as
páginas são destacáveis: deverão ser utilizadas conforme seu plane-
jamento. Na abertura de cada bloco de atividades há indicações das
páginas onde se podem encontrar no Guia as orientações didáticas
específicas e os objetivos de aprendizagem. Há também várias folhas
pautadas, com pautas bem largas, para que seus alunos, iniciantes no
exercício da escrita, fiquem mais à vontade para grafar letras maiores.

     Para o melhor aproveitamento desta publicação:
   Acompanhe os avanços de seus alunos em relação às hipóteses de es-
  jj
   crita para escolher as atividades com mais critério.
   Muitas atividades requerem a organização dos alunos em duplas. Escolha-
  jj
   -as de modo a proporcionar boas interações – isto é, de modo que haja
   uma troca de saberes entre os alunos e ambos aprendam.
   Leia as orientações do Guia antes de utilizar qualquer uma das pro-
  jj
   postas.
   Cheque se os objetivos das atividades estão afinados com os de seu
  jj
   planejamento.
   Quando tiver dúvidas, discuta-as com seu professor coordenador e com
  jj
   seus colegas de 1o ano.
   Lembre-se de que são atividades para alunos que ainda não leem – ou
  jj
   seja, é preciso, sempre, explicar para eles do que se trata.
   Não é necessário que a classe toda faça sempre a mesma atividade –
  jj
   você pode propor atividades variadas para grupos diferentes, simultane-
   amente.
Esperamos que este material seja útil, mas que não seja único.
Aqui está contemplada apenas uma parte das atividades que devem
compor a rotina de sala de aula, e o desafio é somente para aqueles
que ainda não escrevem alfabeticamente. As atividades voltadas para
a análise e reflexão sobre a linguagem, para a produção de textos e
para as situações de comunicação oral não foram incluídas aqui, pois
não comportam uma formatação em atividades como estas. É funda-
mental, entretanto, que aconteçam concomitantemente às de reflexão
sobre o sistema e estejam presentes no cotidiano. Para tanto, há mui-
tas propostas no Guia que as orientam.




                                                       Bom trabalho!

                                 Equipe do Programa Ler e Escrever
Sumário

Leitura e escrita.  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  . 7


Projeto Brincadeiras Tradicionais .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  . 45


Projeto Índios do Brasil: conhecendo algumas etnias .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  . 51
Leitura e Escrita




As orientações didáticas das atividades constam no Guia de Planejamento e
Orientações Didáticas – 1º ano nas páginas 35 a 62.
ATIVIDADE 1


    NOME                                                                              DATA        /     /



       Consulte a lista de nomes da sua turma. Escolha o nome de dois amigos e copie-os nas linhas abaixo:




9                                                                                            coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 2


     NOME                                                                            DATA        /     /



        usando letras móveis, construa seu nome e copie a escrita na linha abaixo:




10                                                                                          coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 3


     NOME                                                                           DATA        /     /



        escreva na tarjeta o seu nome para montar o rascunho da lista dos nomes da sua turma.




11                                                                                         coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 4


     NOME                                                                           DATA        /     /



        escreva o seu nome e o número do seu telefone para montar a agenda telefônica da sua turma.




        nome:                                                      telefone:




13                                                                                         coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 5


     NOME                                                                         DATA        /     /



                                                    para casa
        escreva o nome das pessoas que moram com você. se precisar, peça ajuda.




15                                                                                       coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 6


     NOME                                                                              DATA        /      /



                                                  bingo de nomes
        você receberá o nome de 4 amigos da sua turma.

        descubra quem são eles e depois cole as tarjetas na cartela abaixo para a brincadeira do bingo.




16                                                                                            coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 7


     NOME                                                                            DATA        /     /



         O PROFESSOR PREPAROU UMA ATIVIDADE COM UMA PARLENDA MUITO CONHECIDA E ACABOU COLANDO OS VERSOS TODOS
     FORA DA ORDEM.

        RECORTE OS VERSOS E COLE-OS NA ORDEM CORRETA DA PARLENDA.




                 MOÇA BONITA                                        REI CAPITÃO

            DO MEU CORAÇÃO                                    SOLDADO LADRÃO




17                                                                                          coletânea de ATIVIDADES
18   coletânea de ATIVIDADES
NOME   DATA        /     /




19                 coletânea de ATIVIDADES
NOME   DATA        /     /




20                 coletânea de ATIVIDADES
NOME   DATA        /     /




21                 coletânea de ATIVIDADES
NOME   DATA        /     /




22                 coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 8


     NOME                                                                                DATA        /     /



                                                        ivan cruz
        o artista plástico nasceu em 1947, no subúrbio do rio de janeiro e brincava pelas ruas de seu bairro, como
     toda criança.

        apesar de gostar muito da arte, ivan cruz fez faculdade de direito, mas
     nunca deixou de lado a pintura.

         em 1986 passou a dedicar-se somente aos seus quadros e esculturas.

         em 1990, pintou seus primeiros quadros com temas de sua infância,
     mais precisamente suas "brincadeiras".

         suas obras fazem muito sucesso em todo o país e exterior.

        ivan cruz diz: "a criança que não brinca, não é feliz; ao adulto que
     quando criança não brincou, faltou-lhe um pedaço no coração".




23                                                                                              coletânea de ATIVIDADES
observe este quadro de ivan cruz:




               Ivan Cruz (www.ivancruz.ning.com). Fonte: www.brincadeiradecrianca.com.br


24                                                                                         coletânea de ATIVIDADES
QUAIS BRINCADEIRAS VOCÊ OBSERVOU NO QUADRO? DISCUTA COM SUA DUPLA E ESCREVA-AS NESTAS LINHAS.




25                                                                                    coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 9


     NOME                                                                           DATA      /     /



        OBSERVE OS BRINQUEDOS E ESCREVA O NOME DE CADA UM DELES, DA MANEIRA QUE CONSEGUIR.




26                                                                                      coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 10


     NOME                                                                             DATA        /     /



        vamos brincar com o jogo da memória?



         nas páginas 29, 31 e 33 aparecem cartas com brinquedos e brincadeiras. escreva o nome delas no espaço
     indicado, recorte-as e você terá um atraente jogo da memória.



        brinque com seus amigos e divirta-se.




27                                                                                           coletânea de ATIVIDADES
28   coletânea de ATIVIDADES
29   coletânea de ATIVIDADES
30   coletânea de ATIVIDADES
31   coletânea de ATIVIDADES
32   coletânea de ATIVIDADES
33   coletânea de ATIVIDADES
34   coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 11


     NOME                                                                            DATA        /     /



        para resolver esta cruzadinha, você deverá escolher as palavras certas do quadro abaixo:


            4 LETRAS
              LEÃO
               PIPA
               PATA
               PEÃO
            7 LETRAS
            BAMBOLÊ
             PITANGA
             BALANÇO
             BATERIA
            8 LETRAS
            BERIMBAU
            PATINHOS
            RABANETE
             PATINETE




35                                                                                          coletânea de ATIVIDADES
NOME   DATA        /     /




36                 coletânea de ATIVIDADES
NOME   DATA        /     /




37                 coletânea de ATIVIDADES
NOME   DATA        /     /




38                 coletânea de ATIVIDADES
NOME   DATA        /     /




39                 coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 12


     NOME                                                                   DATA        /     /



        em duplas, pinte o nome das brincadeiras que seu professor ditar.


                                             barata no ar
                                             pula corda
                                             balança caixão
                                             amarelinha
                                             cabo de guerra
                                             passa-anel
                                             mãe da rua
                                             coelho na toca
                                             pega-pega
                                             bola queimada


40                                                                                 coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 13


     NOME                                                      DATA        /     /



        ligue o nome dos brinquedos à imagem correspondente:


                 peteca


                 pipa


                 escorregador


                 catavento


                 pião




41                                                                    coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 14


     NOME                                                                            DATA        /     /


        para resolver esta cruzadinha, você deverá escolher as palavras certas do quadro abaixo:

            4 LETRAS           5 LETRAS             6 LETRAS            8 LETRAS                9 LETRAS
              GATO              CABRA                MACACO             CACHORRO               GELADEIRA
              CASA               PEIXE               MENINO             CARNEIRO               TELEVISÃO
              GALO              COBRA                RAPOSA             SALSICHA               TARTARUGA




42                                                                                          coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 15


     NOME                                                                         DATA        /     /


        encontre as respostas das adivinhas e pinte o quadrinho correspondente.



                                                  o que é, o que é?

        1. que está sempre na nossa frente?

                             FUTURO                FÓSFORO               FOFURA


        2. o que mais pesa no mundo?

                          BALANÇO                 BALANÇA                BALEIA


        3. qual a parte do corpo que mais coça?

                               UVA                   URSO                  UNHA




43                                                                                       coletânea de ATIVIDADES
44   coletânea de ATIVIDADES
coletânea de ATIVIDADES
Projeto
Brincadeiras Tradicionais




As orientações didáticas das atividades constam no Guia de Planejamento e
Orientações Didáticas – 1º ano nas páginas 93 a 108.
                                                                            45
ATIVIDADE 16


     NOME                                                                                DATA        /     /

            LEIA ESTA LISTA DE BRINCADEIRAS PARA ALGUÉM DE SUA FAMÍLIA E MARQUE AQUELAS QUE FOREM CONHECIDAS


                                                   PASSA-ANEL

                                                   MAMÃE-POLENTA

                                                   DURO OU MOLE

                                                   ALERTA

                                                   POLÍCIA E LADRÃO

                                                   MÃE DA RUA

                                                   MORTO VIVO




47                                                                                              coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 17


     NOME                                            DATA   /   /




          ACOMPANHE A LEITURA QUE SUA PROFESSORA FARÁ PARA APREN-
      DER UMA NOVA BRINCADEIRA.

                          COELHINHO SAI DA TOCA
            MATERIAL NECESSÁRIO:

            BAMBOLÊS OU GIZ PARA DESENHAR NO CHÃO.

            MODO DE JOGAR:
           DENTRO DE UM ESPAÇO DETERMINADO PREVIAMENTE, AS
      CRIANÇAS SE DISTRIBUEM EM “TOCAS” CONFIGURADAS POR
      BAMBOLÊS, OU POR CÍRCULOS DESENHADOS COM GIZ NO CHÃO.
           NORMALMENTE, FAZ-SE UMA “TOCA” A MENOS DO QUE O TOTAL
      DE PARTICIPANTES, FICANDO UM DELES SEM “TOCA”.
           O EDUCADOR DIZ O MOTE DA BRINCADEIRA: “COELHINHO, SAI
      DA TOCA, UM, DOIS, TRÊS!” AS CRIANÇAS DEVEM ABANDONAR A SUA
      POSIÇÃO ORIGINAL E PROCURAR OUTRA TOCA, CORRENDO O RISCO
      DE FICAR SEM NENHUMA.
           ESSE JOGO FAVORECE OS DESLOCAMENTOS E A PERCEPÇÃO
      DO ESPAÇO. PODEM-SE VARIAR AS FORMAS DE DESLOCAMENTO,
      SALTANDO NUM DOS PÉS, ENGATINHANDO, OU QUICANDO UMA BOLA.
      É POSSÍVEL, AINDA, QUANDO O DESEMPENHO CORPORAL JÁ FOR MAIS
      EFICIENTE, PROPOR QUE AS “TOCAS” SEJAM OCUPADAS POR DUPLAS
      E TRIOS.


                             FICHA DA BRINCADEIRA

      TÍTULO:

      OBJETIVO:

      NÚMERO DE PARTICIPANTES:

      MATERIAL NECESSÁRIO PARA BRINCAR:


48                                              coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 18


     NOME                                                                                     DATA        /       /

                                                          CARINA




      1. PEGUE UM PAPEL GROSSO. CORTE UM PEDAÇO DE UM PALMO    2. AGORA CORTE COMO NO DESENHO. PASSE PEDAÇOS DE
      DE ALTURA POR TRÊS DEDOS DE LARGURA. DOBRE NO MEIO E     CORDÃO PARA FAZER BRAÇOS, PERNAS E CABELOS. PONHA A
      DESENHE A BONECA SEM PERNAS NEM BRAÇOS. DESENHE O        LINHA DE PUXAR, COMO NO DESENHO.
      OUTRO LADO.




                      3. AGORA COLE A OUTRA PARTE.
                      FAÇA SAPATINHOS E A BONECA
                      FICA PRONTA.                             4. SEGURE A LINHA E FAÇA A CARINA ANDAR, DANÇAR E BRINCAR.


      Você pode conStruir Carinas com outros materiais. Experimente gominhas, massinha de modelar, massa de farinha.
      Você pode, ainda, criar muitos personagens de histórias.




49                                                                                                   coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 19


     NOME                                                                                       DATA        /       /

                                                          PARAQUEDAS
      ESTE PARA-QUEDAS É CONHECIDO DOS MENINOS DE TODO O BRASIL. A GENTE VAI PRECISAR DE UM PLÁSTICO COM CINCO PALMOS DE
      LARGURA. PODE SER SACO DE LIXO OU SACOLA DE SUPERMERCADO.




      1. CORTE UM CÍRCULO DO           2. AMARRE SEIS LINHAS DE PAPAGAIO EM
      MAIOR TAMANHO QUE PUDER          VOLTA DO CÍRCULO. AS DISTÂNCIAS ENTRE
                                       AS LINHAS DEVEM SER IGUAIS.




                                                                           4. AGORA ENROLE AS LINHAS
                                                                           COM O PARAQUEDAS EM
                                                                           VOLTA DO JORNAL.
      3. PEGUE UMA FOLHA DE JORNAL, DOBRE E ENROLE.                        JOGUE BEM ALTO E VEJA O
      PEGUE O PARAQUEDAS. SEGURE BEM NO CENTRO. ESTIQUE AS                 PARAQUEDAS ABRIR E CAIR
      LINHAS E AMARRE NO JORNAL. DÊ UM NÓ BEM FIRME.                       DEVAGARINHO.


      VOCÊ PODE CRIAR UM BONECO PARaQUEDISTA DE JORNAL, COM PERNAS E BRAÇOS DE CORDÃO. MISTURANDO AS BONECAS DA PÁGINA
      49. PODE TAMBÉM USAR UM BONECO DE UM BRINQUEDO QUEBRADO.

      EXISTE UMA MANEIRA DE SOLTAR ESTE PARAQUEDAS COMO SE FOSSE UM PAPAGAIO, MAS ISSO VOCÊ VAI TER QUE DESCOBRIR SOZINHO.



50                                                                                                     coletânea de ATIVIDADES
coletânea de ATIVIDADES
Projeto Índios do Brasil:
conhecendo algumas etnias




As orientações didáticas das atividades constam no Guia de Planejamento e
Orientações Didáticas – 1º ano nas páginas 140 a 207.
                                                                            51
ATIVIDADE 20


     NOME                                                                                DATA        /     /


         OBSERVE AS FOTOS, LEIA AS LEGENDAS E CONVERSE COM SEUS COLEGAS.




     CRIANÇA KAIAPÓ          CASAS NUMA ALDEIA WAURÁ, NO MATO              CRIANÇAS GUARANIS EM ESCOLA NA ALDEIA
     PREPARADA PARA          GROSSO. CADA CASA É OCUPADA POR VÁRIAS        KRUKUTU.
     PARTICIPAR DE UM        FAMÍLIAS.
     RITUAL DE SEU POVO.




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ATIVIDADE 21


     NOME                                                                                                                                   DATA            /          /

           ACOMPANHE A LEITURA QUE SUA PROFESSORA FARÁ DESTE TEXTO

                                                                                  APRESENTAÇÃO
              Muitas pessoas acreditam, ainda hoje, que os índios são algo do passado ou que eles estão desaparecendo e perdendo suas cul-
        turas. Outras imaginam que só há índios na Amazônia, que todos falam tupi e moram em ocas. É, tem muita ideia errada sobre os índios
        circulando por aí.

              Pouca gente sabe quantos grupos indígenas existem hoje no brasil. Pois bem, aí vai a informação: são cerca de 200 sociedades
        indígenas diferentes, falando mais de 170 línguas e dialetos conhecidos. De norte a sul, de leste a oeste, existem aldeias indígenas em
        quase todos os estados que formam o Brasil. Cada uma destas sociedades indígenas tem um modo próprio de ser. Elas não são apenas
        diferentes da nossa sociedade, mas também se diferenciam entre si: nas tradições, nos conhecimentos, na arte, na economia, na histó-
        ria, no jeito de ver o mundo e de se relacionar com a natureza. Alguns desses povos entraram em contato com os brancos há muito tem-
        po, outros, porém, só agora começam a estabelecer relações. Estima-se que a população indígena atualmente totalize mais de 280 mil
        indivíduos. Ao manterem contato com os brancos, os índios mudam. Mas eles não deixam de ser índios por causa disto. Hoje é comum
        vermos índios usando relógios, roupas, gravadores e falando português. E eles continuam sendo índios. Isto ocorre porque as culturas
        indígenas são antigas, mas não são paradas no tempo. Elas se modificam, se transformam em função de novos acontecimentos e situa-
        ções. Como você pode ver, esses dados mostram que os índios não fazem parte só do nosso passado, mas também estão aí no nosso
        presente e vão fazer parte do nosso futuro.

              (...)
                                                                                                                                                   Luís Donizete Benzi Grupioni1

     1	 Introdução do livro Viagem ao mundo indígena, de Luís Donizete Benzi Grupioni. São Paulo: Berlendis e Vertecchia, 1997, p. 3 e 4.


54                                                                                                                                                 coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 22


     NOME                                                                              DATA        /     /


            OBSERVE A FOTO E DISCUTA COM SEUS COLEGAS UMA LEGENDA PARA ACOMPANHÁ-LA.




55                                                                                            coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 23


     NOME                                        DATA    /    /



        ESCREVA AS INFORMAÇÕES QUE SEU PROFESSOR VAI DITAR.

                             povo kaiapó




                            povo xavante




56                                            coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 24


     NOME                                            DATA        /     /

                        APRENDA SOBRE OS YANOMAMIS




                    MULHER YANOMAMI
                    PREPARA UM PRATO
                    COM MANDIOCA EM
                    FORNO LOCALIZADO
                    EM SUA CASA.




                    VISTA AÉREA DE
                    UMA CASA DO POVO
                    YANOMAMI. NELA
                    MORAM VÁRIAS
                    FAMÍLIAS.




57                                                          coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 25


     NOME                                                                                                    DATA        /     /


         ACOMPANHE A LEITURA QUE A PROFESSORA FARÁ DESTE TEXTO.


                                                A ALIMENTAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS


          Os povos indígenas dedicam grande parte do seu tempo a atividades relacionadas à alimenta-
     ção. Isso porque é preciso obter ou produzir os alimentos: criar animais, como galinhas e porcos; re-
     alizar expedições de caça e de pesca; coletar frutos no mato; preparar a roça e colher seus produtos.

          Além de produzir o alimento, também é preciso construir as ferramentas e os utensílios, como
     armadilhas, canoas, cestos, arcos e flechas, zarabatanas, entre outros, necessários para realizar
     as tarefas.

          Para realizar cada uma das atividades, as pessoas devem conhecer muito bem a região onde
     vivem: quais são as épocas de chuva e de seca; como é o comportamento de cada animal; qual
     é a época em que os frutos amadurecem; qual é o melhor período para preparar, plantar e colher
     os produtos da roça etc.

                                                                                                               ÍNDIA XAVANTE EM COLETA
                                                                                                                DE ALIMENTOS NA MATA.



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Atividades da roça
                                               Entre as diferentes populações indígenas, a roça é uma atividade praticada
                                          por homens e mulheres. Mas as atividades que realizam não são as mesmas.

                                               Preparar o terreno para a roça é tarefa dos homens. Primeiro, eles derrubam
                                          um trecho de mato. Depois de um tempo, quando o mato derrubado seca, colocam
                                          fogo para limpar a área e as cinzas são usadas como adubo. Em seguida, fazem
                                          uma limpeza na roça, tirando os galhos e restos de árvores.

                                               As outras atividades da roça são realizadas pelas mulheres. Quando caem
         ÍNDIAS YANOMAMIS COLHENDO        as primeiras chuvas, elas plantam espécies como milho, feijão, mandioca, batata,
           MANDIOCA EM SUA ROÇA.          amendoim, cará etc. Depois mantêm a roça limpa, retirando as ervas daninhas,
                                          que prejudicam o desenvolvimento da plantação.

                                               Quando os alimentos cultivados estão maduros, as mulheres fazem a colheita
                                          e os carregam em cestos de palha até as aldeias.


                                          Atividades de caça
                                               A caça é uma atividade masculina realizada individual ou coletivamente e pode
                                          ser feita nas proximidades da aldeia ou em lugares mais distantes. Nestas ocasi-
                                          ões, os homens passam dias acampados no mato.

     HOMEM XAVANTE COM ANIMAIS E FRUTOS       As armadilhas, arcos, flechas e tudo o que é importante para garantir uma
             COLETADOS NA MATA.           boa caçada é construído pelos homens no dia a dia.




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Para ter sucesso e voltar para casa com muita comida, é importante conhecer os
     hábitos dos animais: se são noturnos ou diurnos; o que gostam de comer; se andam
     sozinhos ou em bando; como são os rastros que deixam no chão; onde costumam se
     esconder; que cheiros têm... Dessa forma, fica mais fácil encontrá-los, preparar a caça-
     da e fazer armadilhas. Os cães também podem ajudar a localizar os animais no mato.


                                  Atividades de pesca
                                       O peixe é um alimento importante para muitas popula-
                                  ções indígenas, que conhecem e usam diferentes técnicas
                                                                                                              A CAÇA É UMA IMPORTANTE FONTE DE
                                  de pesca. As técnicas mais utilizadas pelos diferentes po-
                                                                                                            ALIMENTOS PARA OS ÍNDIOS YANOMAMIS.
                                  vos são: uso do timbó (um tipo de cipó) e outras plantas
                                  venenosas; a pescaria com anzol e linha; uso de armadi-
                                  lhas, flechas...

                                       Em algumas comunidades apenas os homens saem
                                  para pescar e muitas vezes ficam dias acampados perto
                                  de rios e lagoas. A pescaria também pode ser feita pelas
                                  mulheres, ou ser realizada em família, e assim esse traba-
                                  lho vira uma grande diversão!
      ÍNDIOS WAURÁ REALIZAM
         PESCA COM REDE.          FONTE: Instituto Socioambiental | Site Povos Indígenas no Brasil Mirim:
                                           http://pibmirim.socioambiental.org/como-vivem/alimentacao
                                                                                                              OS XAVANTES DEFUMAM OS PEIXES
                                                                                                               PESCADOS PELOS HOMENS PARA
                                                                                                               CONSERVÁ-LOS POR MAIS TEMPO.



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ATIVIDADE 26


     NOME                                                                      DATA        /     /



      COMPLETE OS QUADROS COM INFORMAÇÕES SOBRE OS POVOS INDÍGENAS


                                                      ARMAS E UTENSÍLIOS USADOS PARA OBTER
       ALIMENTOS CULTIVADOS NAS ROÇAS
                                                            OU PREPARAR ALIMENTOS




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ATIVIDADE 27


     NOME                                                                                        DATA        /       /


         ACOMPANHE A LEITURA QUE A PROFESSORA FARÁ DESTE TEXTO.

                                                          Jeitos de aprender
           Os Xavantes, que vivem no estado do Mato Grosso, no cerrado brasi-
     leiro, se autodenominam A’uwé, que na língua Akwén quer dizer “gente”.

         O aprendizado entre os Xavantes é um processo que acontece ao
     longo de toda a vida, desde quando se é criança até a velhice. Em cada
     etapa deste longo caminho, novos conhecimentos são adquiridos nas
     mais diferentes situações: algumas são entendidas como momentos de
     aprendizagem (como é o caso dos rituais), outras estão relacionadas
     com as pequenas atividades realizadas no dia a dia.

          As situações mais cotidianas são momentos de aprendizagem valo-
     rizados pelos A’uwé. As crianças costumam caminhar livres pela aldeia,
     acompanhando outras pessoas (sejam crianças, velhos ou adultos) em
     suas atividades, e é nestas ocasiões que elas aprendem a identificar       ESCOLA LOCALIZADA NUMA ALDEIA XAVANTE.
     as regras que orientam sua sociedade.




62                                                                                                      coletânea de ATIVIDADES
As tarefas domésticas são
                                                      aprendidas no cotidiano. Ao mesmo
                                                      tempo em que ajudam seus paren-
                                                      tes a tomar conta do irmão, lavar
                                                      roupa, levar e trazer recados, prepa-
                                                      rar comidas, as crianças brincam e
                                                      se divertem. Assim o aprendizado
                                                      vai acontecendo aos poucos.

                                                           A brincadeira é um jeito de
                                                      aprender. Os meninos, por exem-
     ESCOLA NA ALDEIA KRUKUTU – ÍNDIOS GUARANIS.      plo, aprendem a fazer arcos e fle-
                                                      chas desde pequenos e brincam
     ao redor da casa imitando caçadores e bichos. Vão aperfeiçoando a maneira de fazer
     os objetos e assim, quando forem adultos, conseguirão fazer arcos e flechas bonitos
     e bons para caçar, além de desenvolverem as habilidades físicas para se tornarem
     bons caçadores.

          As crianças xavantes costumam repetir muitas vezes a mesma brincadeira, bus-
     cando novas possibilidades e desafios a cada repetição. Dessa forma melhoram su-
     as habilidades e aprendem suas possibilidades e do mundo à sua volta. Brincar de
     casinha é um bom exemplo disso. Ao construir com o barro uma casa em miniatura,
                                                                                              CRIANÇAS XAVANTES PILANDO ALIMENTOS.
     imitam as divisões internas de sua própria casa e assim a criança xavante reflete            DESDE PEQUENAS, AS CRIANÇAS
     sobre a organização doméstica e os espaços da aldeia, e aprofunda o conhecimento           APRENDEM A REALIZAR AS ATIVIDADES
     que tem sobre sua comunidade.                                                            NECESSÁRIAS À SOBREVIVÊNCIA DO GRUPO.




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CRIANÇAS WAURÁS ACOMPANHAM SEU PAI EM PESCARIA.

          Os rituais são importantes situações de aprendizagem. Nestes momentos, todo mundo aprende: os jovens aprendem mais
     sobre os valores, princípios e modos de agir do seu grupo e os adultos aprendem com os mais velhos todos os detalhes da rea-
     lização de um ritual.

          Estes momentos buscam enfatizar as divisões e as regras sociais xavantes e fixar os conhecimentos sobre as mesmas. Têm
     por objetivo marcar períodos de amadurecimento, de passagem de uma fase da vida para outra, da fase de criança para a idade
     adulta, por exemplo. Nos rituais de passagem aprende-se como agir socialmente: o que a comunidade espera, quais atitudes se
     deve ter dali para frente. Os rituais têm objetivos concretos, como demonstrar que aqueles meninos já conseguem enfrentar de-
     safios físicos, que conhecem importantes cantos etc.
                           FONTE: Instituto Socioambiental | Site Povos Indígenas no Brasil Mirim http://pibmirim.socioambiental. org/como-vivem/aprender



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ATIVIDADE 28


    NOME                                          DATA       /   /




     ACOMPANHE A LETRA DA MÚSICA PINDORAMA E, EM SEGUIDA, FAÇA UMA
     ILUSTRAÇÃO PARA AS ESTROFES INDICADAS.



                               PINDORAMA
                                         PALAVRA CANTADA
                                          (TERRA À VISTA!)



     PINDORAMA, PINDORAMA
     É O BRASIL ANTES DE CABRAL
     PINDORAMA, PINDORAMA
     É TÃO LONGE DE PORTUGAL
     FICA ALÉM, MUITO ALÉM
     DO ENCONTRO DO MAR COM O CÉU
     FICA ALÉM, MUITO ALÉM
     DOS DOMÍNIOS DE DOM MANUEL

     VERA CRUZ, VERA CRUZ
     QUEM ACHOU FOI PORTUGAL
     VERA CRUZ, VERA CRUZ
     ATRÁS DO MONTE PASCOAL
     BEM ALI CABRAL VIU
     DIA 22 DE ABRIL
     NÃO SÓ VIU, DESCOBRIU
     TODA A TERRA DO BRASIL

     PINDORAMA, PINDORAMA
     MAS OS ÍNDIOS JÁ ESTAVAM AQUI
     PINDORAMA, PINDORAMA
     JÁ FALAVAM TUPI-TUPI
     SÓ DEPOIS, VÊM VOCÊS
     QUE FALAVAM TUPI-PORTUGUÊS
     SÓ DEPOIS COM VOCÊS
     NOSSA VIDA MUDOU DE UMA VEZ



coletânea de ATIVIDADES                                              65
PERO VAZ, PERO VAZ
     DISSE EM UMA CARTA AO REI
     QUE NUM ALTAR, SOB A CRUZ
     REZOU MISSA O NOSSO FREI
     MAS DEPOIS SEU CABRAL
     FOI SAINDO DEVAGAR
     DO PAÍS TROPICAL
     PARA AS ÍNDIAS ENCONTRAR

     PARA AS ÍNDIAS, PARA AS ÍNDIAS
     MAS AS ÍNDIAS JÁ ESTAVAM AQUI
     AVISAMOS: “OLHA AS ÍNDIAS!”
     MAS CABRAL NÃO ENTENDE TUPI
     SE MUDOU PARA O MAR
     VER AS ÍNDIAS EM OUTRO LUGAR
     DEU CHABU, DEU AZAR
     MUITAS NAUS NÃO PUDERAM VOLTAR
     MAS, ENFIM, DESCONFIO
     NÃO FOI NADA OCASIONAL
     QUE CABRAL, NUM DESVIO
     VIU A TERRA E DISSE: “UAU!”
     NÃO FOI NAU, FOI NAVIO
     FOI UM PLANO IMPERIAL
     PRA APORTAR SEU NAVIO
     NUM PAÍS MONUMENTAL

     AO ÁLVARES CABRAL
     AO EL REI DOM MANUEL
     AO ÍNDIO DO BRASIL
     E AINDA QUEM ME OUVIU
     VOU DIZER, DESCOBRI
     O BRASIL TÁ INTEIRINHO NA VOZ
     QUEM QUISER VAI OUVIR
     PINDORAMA TÁ DENTRO DE NÓS

     AO ÁLVARES CABRAL
     AO EL REI DOM MANUEL
     AO ÍNDIO DO BRASIL
     E AINDA QUEM ME OUVIU
     VOU DIZER, VEM OUVIR
     É UM PAÍS MUITO SUTIL
     QUEM QUISER DESCOBRIR
     SÓ DEPOIS DO ANO 2000


66                                    coletânea de ATIVIDADES
ATIVIDADE 29


    NOME                                                  DATA      /     /




                           Mandioca – o pão indígena
         Mara era uma jovem índia, filha de um cacique, que sonhava com o amor
    e um casamento feliz. Em noites quentes, enquanto todos dormiam, deitava-
    -se na rede ao relento e ficava a contemplar a Lua, alimentando seu desejo
    de tornar-se esposa e mãe. Porém, não havia na tribo jovem algum a quem
    daria seu coração.

        Certa noite, Mara adormeceu na rede e teve um sonho estranho: um jo-
    vem loiro e belo descia da Lua e dizia que a amava. O sonho repetiu-se muitas
    vezes e ela acabou por apaixonar-se. Entretanto, não o contou a ninguém. O
    jovem, depois de haver conquistado seu coração, desapareceu de seus sonhos
    como por encanto, deixando-a mergulhada em profunda tristeza.

         Passado algum tempo, a filha do cacique, embora virgem, percebeu que
    esperava um filho. Contou então a seus pais o que sucedera; a mãe deu-
    -lhe seu apoio, mas o severo pai, não acreditando no que ouvira, passou a
    desprezá-la.

         Para a surpresa de todos, Mara deu à luz uma linda menina, de pele mui-
    to alva e cabelos tão loiros quanto a luz do luar. Deram-lhe o nome de Mandi
    e na tribo era adorada como uma divindade.

         Pouco tempo depois, a menina adoeceu e acabou falecendo, deixando a
    todos amargurados. Somente seu avô, que nunca aceitara a netinha, manteve-
    -se indiferente. Mara sepultou a filha em sua oca, por não querer separar-se
    dela. Desconsolada, chorava todos os dias de joelhos diante do local, deixan-
    do cair leite de seus seios na sepultura. Talvez assim a filhinha voltasse à
    vida, pensava. Até que um dia surgiu uma fenda na terra de onde brotou um
    arbusto. A mãe surpreendeu-se; talvez o corpo da filha desejasse dali sair.
    Resolveu então remover a terra, encontrando apenas raízes muito brancas,
    como Mandi, que ao serem raspadas exalavam um aroma agradável.

         Naquela mesma noite, o jovem loiro apareceu em sonho ao cacique, reve-
    lando a razão do nascimento de Mandi. Sua filha não mentira. A criança havia
    vindo à Terra para ter seu corpo transformado no principal alimento indígena.
    O jovem ensinou-lhe como preparar e cultivar o vegetal.

coletânea de ATIVIDADES                                                             67
No dia seguinte, o cacique reuniu toda a tribo e, abraçando a filha, con-
     tou a todos o que acontecera. O novo alimento recebeu o nome de Mandioca,
     pois Mandi fora sepultada na oca.

                          Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros, Walde-Mar de Andrade e Silva




                          Mavutsinim, o primeiro homem
         Mito da Nação Kamaiurá

           No princípio existia apenas Mavutsinim, que vivia sozinho na região do
     Morená. Não tendo família nem parentes, possuía apenas para si o paraíso
     inteiro.

          Um dia, sentiu-se muito, muito só. Usou então de seus poderes sobrena-
     turais, transformando uma concha da lagoa em uma linda mulher e casou-se
     com ela.

          Tempos depois, nasceu seu filho. Mavutsinim, sem nada explicar, levou
     a criança à mata, de onde não mais retornaram. A mãe, desconsolada, voltou
     para a lagoa, transformando-se novamente em concha.

         Apesar de ninguém haver visto a criança, os índios acreditam que do filho
     de Mavutsinim tenham se originado todos os povos indígenas.

                          Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros, Walde-Mar de Andrade e Silva




                          Guaraná, a essência dos frutos
         Lenda da Nação Satere-Maué

          Aguiry era o mais alegre indiozinho de sua tribo. Alimentava-se somente
     de frutas e todos os dias saía pela floresta a procura delas, trazendo-as num
     cesto para distribuí-las entre seus amigos.

         Certo dia, Aguiry perdeu-se na mata, por afastar-se demais da aldeia.
     Acabou por dormir na mata, pois ao cair da noite não conseguira encontrar o
     caminho de volta.

          Jurupari, o demônio das trevas, vagava pela floresta. Tinha corpo de mor-
     cego, bico de coruja e também se alimentava de frutas. Ao encontrar o índio
     ao lado do cesto, não hesitou em atacá-lo.

          Os índios, preocupados com o menino, saíram a sua procura, encontran-
     do-o morto ao lado do cesto vazio. Tupã, o Deus do Bem, ordenou que retiras-

68                                                           coletânea de ATIVIDADES
sem os olhos da criança e os plantassem sob uma grande árvore seca. Seus
    amigos deveriam regar o local com lágrimas, até que ali brotasse uma nova
    planta, da qual nasceria o fruto que conteria a essência de todos os outros,
    deixando aqueles que dele comessem mais fortes e mais felizes.

         A planta que brotou dos olhos de Aguiry possui as sementes em forma
    de olhos, recebendo o nome de Guaraná.

                         Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros, Walde-Mar de Andrade e Silva




                           Mumuru, a estrela dos lagos
        Lenda da Nação Mundurucu

         Maraí, uma jovem e bela índia, muito amava a natureza. Passava seus
    dias a brincar perto do lago, tornando-se amiga dos peixes, das aves e dos
    outros animais. À noite, ficava a contemplar a chegada da Lua e das estrelas.
    Nasceu-lhe então um forte desejo de tornar-se também uma estrela.

         Perguntou ao pai como surgem aqueles pontinhos brilhantes no céu e,
    com grande alegria, veio a saber que a Lua ouvia os desejos das moças e,
    ao se esconder atrás das montanhas, transformava-as em estrelas. A partir
    deste instante, todas as noites Maraí esperava pela Lua, suplicando que a
    levasse para o céu, bem no alto.

         Muitos dias se passaram sem que a jovem realizasse seu sonho. Resol-
    veu então aguardar a chegada da Lua junto aos peixes do lago. Assim que
    esta apareceu, Maraí encantou-se com sua imagem refletida na água, sendo
    atraída para dentro do lago, de onde não mais voltou.

         A pedido dos peixes, pássaros e outros animais, Maraí não foi levada para
    o céu. A lua transformou-a numa bela planta, ganhando o nome de Mumuru, a
    Vitória-Régia. Ela vive nos lagos e rios da Amazônia. Sua flor se abre sempre
    à meia-noite e tem o formato de uma estrela. Assim a linda jovem tornou-se
    a rainha da noite, a estrela dos lagos, a enfeitar ainda mais a Natureza com
    sua beleza e seu perfume.

                         Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros, Walde-Mar de Andrade e Silva




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74                 coletânea de ATIVIDADES
Concepção e elaboração
Claudia Rosenberg Aratangy
      Milou Sequeira
       Marisa Garcia

    Coordenação gráfica
Departamento Editorial da FDE
       Brigitte Aubert

           Fotos
          Studio R

    Editoração e revisão
   Daniele Fátima Oliveira

CTP impressão e acabamento
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Esdeva Indústria Gráfica S/A

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Coletanea 1o ano_baixa

  • 2. governo do estado de são paulo secretaria da educação fundação para o desenvolvimento da educação Coletânea de Atividades 1o ano São Paulo, 2011
  • 3. Governo do Estado de São Paulo Agradecimentos Governador Geraldo Alckmin Esta publicação contou com a preciosa participação de autores, editores e colaboradores que cederam seu Vice-Governador trabalho sem ônus algum para a SEE. Gostaríamos de Guilherme Afif Domingos agradecer: Secretário da Educação À equipe do ISA – Instituto Socioambiental, pelos Herman Jacobus Cornelis Voorwald diversos textos de seu site que aqui reproduzimos; Secretário-Adjunto À Editora Peirópolis e Adelsin pelos textos e ilustrações João Cardoso Palma Filho de Barangandão Arco-íris – 36 brinquedos inventados por meninos e meninas. Chefe de Gabinete Fernando Padula À Editora Berlendis Vertechia, Bruno Berlendis Vertechia e Luiz Donizete Grupioni, por autorizarem Coordenadora de Estudos e Normas Pedagógicas a reprodução de trechos do livro Viagem ao Mundo Maria de Lourdes Rocha Indígena. Coordenador de Ensino da Região Metropolitana Ao escritor Walde-mar de Andrade e Silva, pelos textos da Grande São Paulo Mandioca – o pão indígena, Mavutsinim, o primeiro José Benedito de Oliveira homem, Guaraná, a essência dos frutos e Mumuru, a estrela dos lagos. Coordenador de Ensino do Interior Rubens Antônio Mandetta de Souza À Secretaria Municipal de Educação de São José do Rio Preto, por ter cedido trechos do seu material de 1o ano Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação para compor o presente Guia. José Bernardo Ortiz Diretora de Projetos Especiais da FDE Claudia Rosenberg Aratangy Este material foi impresso pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, por meio da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, para uso da rede estadual de ensino e das prefeituras integrantes do Programa de Integração Estado/Município – Ler e Escrever, com base em convênios celebrados nos termos do Decreto Estadual 54.553 de 15/07/2009 e alterações posteriores. Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. S239L Ler e escrever: coletânea de atividades – 1o ano / Secretaria da Educação, Fundação para o Desenvolvimento da Educação; concepção e elaboração, Claudia Rosenberg Aratangy; Milou Sequeira; Marisa Garcia. - São Paulo : FDE, 2011. 76 p. : il. Publicação que integra o Programa Ler e Escrever, complementar ao Guia de Planejamento e Orientações Didáticas do Professor de 1o ano. 1. Ensino Fundamental 2. Ciclo I 3. Alfabetização 4. Atividade Pedagógica 5. Programa Ler e Escrever 6. São Paulo I. Título. II. Fundação para o Desenvolvimento da Educação. III. Aratangy, Claudia Rosenberg. IV. Sequeira, Milou. V. Garcia, Marisa. CDU: 372.4(815.6)
  • 4. Prezada professora, prezado professor Esta coletânea de atividades integra o Programa Ler e Escrever, sendo complementar ao Guia de Planejamento e Orientações Didáticas – Professor Alfabetizador – 1o ano. São atividades exclusivamente voltadas para a análise e reflexão sobre o sistema de escrita e não seguem uma ordem ou hierarquia prévia, por isso as páginas são destacáveis: deverão ser utilizadas conforme seu plane- jamento. Na abertura de cada bloco de atividades há indicações das páginas onde se podem encontrar no Guia as orientações didáticas específicas e os objetivos de aprendizagem. Há também várias folhas pautadas, com pautas bem largas, para que seus alunos, iniciantes no exercício da escrita, fiquem mais à vontade para grafar letras maiores. Para o melhor aproveitamento desta publicação: Acompanhe os avanços de seus alunos em relação às hipóteses de es- jj crita para escolher as atividades com mais critério. Muitas atividades requerem a organização dos alunos em duplas. Escolha- jj -as de modo a proporcionar boas interações – isto é, de modo que haja uma troca de saberes entre os alunos e ambos aprendam. Leia as orientações do Guia antes de utilizar qualquer uma das pro- jj postas. Cheque se os objetivos das atividades estão afinados com os de seu jj planejamento. Quando tiver dúvidas, discuta-as com seu professor coordenador e com jj seus colegas de 1o ano. Lembre-se de que são atividades para alunos que ainda não leem – ou jj seja, é preciso, sempre, explicar para eles do que se trata. Não é necessário que a classe toda faça sempre a mesma atividade – jj você pode propor atividades variadas para grupos diferentes, simultane- amente.
  • 5. Esperamos que este material seja útil, mas que não seja único. Aqui está contemplada apenas uma parte das atividades que devem compor a rotina de sala de aula, e o desafio é somente para aqueles que ainda não escrevem alfabeticamente. As atividades voltadas para a análise e reflexão sobre a linguagem, para a produção de textos e para as situações de comunicação oral não foram incluídas aqui, pois não comportam uma formatação em atividades como estas. É funda- mental, entretanto, que aconteçam concomitantemente às de reflexão sobre o sistema e estejam presentes no cotidiano. Para tanto, há mui- tas propostas no Guia que as orientam. Bom trabalho! Equipe do Programa Ler e Escrever
  • 6. Sumário Leitura e escrita. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Projeto Brincadeiras Tradicionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Projeto Índios do Brasil: conhecendo algumas etnias . . . . . . . . . . . . 51
  • 7.
  • 8. Leitura e Escrita As orientações didáticas das atividades constam no Guia de Planejamento e Orientações Didáticas – 1º ano nas páginas 35 a 62.
  • 9.
  • 10. ATIVIDADE 1 NOME DATA / / Consulte a lista de nomes da sua turma. Escolha o nome de dois amigos e copie-os nas linhas abaixo: 9 coletânea de ATIVIDADES
  • 11. ATIVIDADE 2 NOME DATA / / usando letras móveis, construa seu nome e copie a escrita na linha abaixo: 10 coletânea de ATIVIDADES
  • 12. ATIVIDADE 3 NOME DATA / / escreva na tarjeta o seu nome para montar o rascunho da lista dos nomes da sua turma. 11 coletânea de ATIVIDADES
  • 13.
  • 14. ATIVIDADE 4 NOME DATA / / escreva o seu nome e o número do seu telefone para montar a agenda telefônica da sua turma. nome: telefone: 13 coletânea de ATIVIDADES
  • 15.
  • 16. ATIVIDADE 5 NOME DATA / / para casa escreva o nome das pessoas que moram com você. se precisar, peça ajuda. 15 coletânea de ATIVIDADES
  • 17. ATIVIDADE 6 NOME DATA / / bingo de nomes você receberá o nome de 4 amigos da sua turma. descubra quem são eles e depois cole as tarjetas na cartela abaixo para a brincadeira do bingo. 16 coletânea de ATIVIDADES
  • 18. ATIVIDADE 7 NOME DATA / / O PROFESSOR PREPAROU UMA ATIVIDADE COM UMA PARLENDA MUITO CONHECIDA E ACABOU COLANDO OS VERSOS TODOS FORA DA ORDEM. RECORTE OS VERSOS E COLE-OS NA ORDEM CORRETA DA PARLENDA. MOÇA BONITA REI CAPITÃO DO MEU CORAÇÃO SOLDADO LADRÃO 17 coletânea de ATIVIDADES
  • 19. 18 coletânea de ATIVIDADES
  • 20. NOME DATA / / 19 coletânea de ATIVIDADES
  • 21. NOME DATA / / 20 coletânea de ATIVIDADES
  • 22. NOME DATA / / 21 coletânea de ATIVIDADES
  • 23. NOME DATA / / 22 coletânea de ATIVIDADES
  • 24. ATIVIDADE 8 NOME DATA / / ivan cruz o artista plástico nasceu em 1947, no subúrbio do rio de janeiro e brincava pelas ruas de seu bairro, como toda criança. apesar de gostar muito da arte, ivan cruz fez faculdade de direito, mas nunca deixou de lado a pintura. em 1986 passou a dedicar-se somente aos seus quadros e esculturas. em 1990, pintou seus primeiros quadros com temas de sua infância, mais precisamente suas "brincadeiras". suas obras fazem muito sucesso em todo o país e exterior. ivan cruz diz: "a criança que não brinca, não é feliz; ao adulto que quando criança não brincou, faltou-lhe um pedaço no coração". 23 coletânea de ATIVIDADES
  • 25. observe este quadro de ivan cruz: Ivan Cruz (www.ivancruz.ning.com). Fonte: www.brincadeiradecrianca.com.br 24 coletânea de ATIVIDADES
  • 26. QUAIS BRINCADEIRAS VOCÊ OBSERVOU NO QUADRO? DISCUTA COM SUA DUPLA E ESCREVA-AS NESTAS LINHAS. 25 coletânea de ATIVIDADES
  • 27. ATIVIDADE 9 NOME DATA / / OBSERVE OS BRINQUEDOS E ESCREVA O NOME DE CADA UM DELES, DA MANEIRA QUE CONSEGUIR. 26 coletânea de ATIVIDADES
  • 28. ATIVIDADE 10 NOME DATA / / vamos brincar com o jogo da memória? nas páginas 29, 31 e 33 aparecem cartas com brinquedos e brincadeiras. escreva o nome delas no espaço indicado, recorte-as e você terá um atraente jogo da memória. brinque com seus amigos e divirta-se. 27 coletânea de ATIVIDADES
  • 29. 28 coletânea de ATIVIDADES
  • 30. 29 coletânea de ATIVIDADES
  • 31. 30 coletânea de ATIVIDADES
  • 32. 31 coletânea de ATIVIDADES
  • 33. 32 coletânea de ATIVIDADES
  • 34. 33 coletânea de ATIVIDADES
  • 35. 34 coletânea de ATIVIDADES
  • 36. ATIVIDADE 11 NOME DATA / / para resolver esta cruzadinha, você deverá escolher as palavras certas do quadro abaixo: 4 LETRAS LEÃO PIPA PATA PEÃO 7 LETRAS BAMBOLÊ PITANGA BALANÇO BATERIA 8 LETRAS BERIMBAU PATINHOS RABANETE PATINETE 35 coletânea de ATIVIDADES
  • 37. NOME DATA / / 36 coletânea de ATIVIDADES
  • 38. NOME DATA / / 37 coletânea de ATIVIDADES
  • 39. NOME DATA / / 38 coletânea de ATIVIDADES
  • 40. NOME DATA / / 39 coletânea de ATIVIDADES
  • 41. ATIVIDADE 12 NOME DATA / / em duplas, pinte o nome das brincadeiras que seu professor ditar. barata no ar pula corda balança caixão amarelinha cabo de guerra passa-anel mãe da rua coelho na toca pega-pega bola queimada 40 coletânea de ATIVIDADES
  • 42. ATIVIDADE 13 NOME DATA / / ligue o nome dos brinquedos à imagem correspondente: peteca pipa escorregador catavento pião 41 coletânea de ATIVIDADES
  • 43. ATIVIDADE 14 NOME DATA / / para resolver esta cruzadinha, você deverá escolher as palavras certas do quadro abaixo: 4 LETRAS 5 LETRAS 6 LETRAS 8 LETRAS 9 LETRAS GATO CABRA MACACO CACHORRO GELADEIRA CASA PEIXE MENINO CARNEIRO TELEVISÃO GALO COBRA RAPOSA SALSICHA TARTARUGA 42 coletânea de ATIVIDADES
  • 44. ATIVIDADE 15 NOME DATA / / encontre as respostas das adivinhas e pinte o quadrinho correspondente. o que é, o que é? 1. que está sempre na nossa frente? FUTURO FÓSFORO FOFURA 2. o que mais pesa no mundo? BALANÇO BALANÇA BALEIA 3. qual a parte do corpo que mais coça? UVA URSO UNHA 43 coletânea de ATIVIDADES
  • 45. 44 coletânea de ATIVIDADES
  • 46. coletânea de ATIVIDADES Projeto Brincadeiras Tradicionais As orientações didáticas das atividades constam no Guia de Planejamento e Orientações Didáticas – 1º ano nas páginas 93 a 108. 45
  • 47.
  • 48. ATIVIDADE 16 NOME DATA / / LEIA ESTA LISTA DE BRINCADEIRAS PARA ALGUÉM DE SUA FAMÍLIA E MARQUE AQUELAS QUE FOREM CONHECIDAS PASSA-ANEL MAMÃE-POLENTA DURO OU MOLE ALERTA POLÍCIA E LADRÃO MÃE DA RUA MORTO VIVO 47 coletânea de ATIVIDADES
  • 49. ATIVIDADE 17 NOME DATA / / ACOMPANHE A LEITURA QUE SUA PROFESSORA FARÁ PARA APREN- DER UMA NOVA BRINCADEIRA. COELHINHO SAI DA TOCA MATERIAL NECESSÁRIO: BAMBOLÊS OU GIZ PARA DESENHAR NO CHÃO. MODO DE JOGAR: DENTRO DE UM ESPAÇO DETERMINADO PREVIAMENTE, AS CRIANÇAS SE DISTRIBUEM EM “TOCAS” CONFIGURADAS POR BAMBOLÊS, OU POR CÍRCULOS DESENHADOS COM GIZ NO CHÃO. NORMALMENTE, FAZ-SE UMA “TOCA” A MENOS DO QUE O TOTAL DE PARTICIPANTES, FICANDO UM DELES SEM “TOCA”. O EDUCADOR DIZ O MOTE DA BRINCADEIRA: “COELHINHO, SAI DA TOCA, UM, DOIS, TRÊS!” AS CRIANÇAS DEVEM ABANDONAR A SUA POSIÇÃO ORIGINAL E PROCURAR OUTRA TOCA, CORRENDO O RISCO DE FICAR SEM NENHUMA. ESSE JOGO FAVORECE OS DESLOCAMENTOS E A PERCEPÇÃO DO ESPAÇO. PODEM-SE VARIAR AS FORMAS DE DESLOCAMENTO, SALTANDO NUM DOS PÉS, ENGATINHANDO, OU QUICANDO UMA BOLA. É POSSÍVEL, AINDA, QUANDO O DESEMPENHO CORPORAL JÁ FOR MAIS EFICIENTE, PROPOR QUE AS “TOCAS” SEJAM OCUPADAS POR DUPLAS E TRIOS. FICHA DA BRINCADEIRA TÍTULO: OBJETIVO: NÚMERO DE PARTICIPANTES: MATERIAL NECESSÁRIO PARA BRINCAR: 48 coletânea de ATIVIDADES
  • 50. ATIVIDADE 18 NOME DATA / / CARINA 1. PEGUE UM PAPEL GROSSO. CORTE UM PEDAÇO DE UM PALMO 2. AGORA CORTE COMO NO DESENHO. PASSE PEDAÇOS DE DE ALTURA POR TRÊS DEDOS DE LARGURA. DOBRE NO MEIO E CORDÃO PARA FAZER BRAÇOS, PERNAS E CABELOS. PONHA A DESENHE A BONECA SEM PERNAS NEM BRAÇOS. DESENHE O LINHA DE PUXAR, COMO NO DESENHO. OUTRO LADO. 3. AGORA COLE A OUTRA PARTE. FAÇA SAPATINHOS E A BONECA FICA PRONTA. 4. SEGURE A LINHA E FAÇA A CARINA ANDAR, DANÇAR E BRINCAR. Você pode conStruir Carinas com outros materiais. Experimente gominhas, massinha de modelar, massa de farinha. Você pode, ainda, criar muitos personagens de histórias. 49 coletânea de ATIVIDADES
  • 51. ATIVIDADE 19 NOME DATA / / PARAQUEDAS ESTE PARA-QUEDAS É CONHECIDO DOS MENINOS DE TODO O BRASIL. A GENTE VAI PRECISAR DE UM PLÁSTICO COM CINCO PALMOS DE LARGURA. PODE SER SACO DE LIXO OU SACOLA DE SUPERMERCADO. 1. CORTE UM CÍRCULO DO 2. AMARRE SEIS LINHAS DE PAPAGAIO EM MAIOR TAMANHO QUE PUDER VOLTA DO CÍRCULO. AS DISTÂNCIAS ENTRE AS LINHAS DEVEM SER IGUAIS. 4. AGORA ENROLE AS LINHAS COM O PARAQUEDAS EM VOLTA DO JORNAL. 3. PEGUE UMA FOLHA DE JORNAL, DOBRE E ENROLE. JOGUE BEM ALTO E VEJA O PEGUE O PARAQUEDAS. SEGURE BEM NO CENTRO. ESTIQUE AS PARAQUEDAS ABRIR E CAIR LINHAS E AMARRE NO JORNAL. DÊ UM NÓ BEM FIRME. DEVAGARINHO. VOCÊ PODE CRIAR UM BONECO PARaQUEDISTA DE JORNAL, COM PERNAS E BRAÇOS DE CORDÃO. MISTURANDO AS BONECAS DA PÁGINA 49. PODE TAMBÉM USAR UM BONECO DE UM BRINQUEDO QUEBRADO. EXISTE UMA MANEIRA DE SOLTAR ESTE PARAQUEDAS COMO SE FOSSE UM PAPAGAIO, MAS ISSO VOCÊ VAI TER QUE DESCOBRIR SOZINHO. 50 coletânea de ATIVIDADES
  • 52. coletânea de ATIVIDADES Projeto Índios do Brasil: conhecendo algumas etnias As orientações didáticas das atividades constam no Guia de Planejamento e Orientações Didáticas – 1º ano nas páginas 140 a 207. 51
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  • 54. ATIVIDADE 20 NOME DATA / / OBSERVE AS FOTOS, LEIA AS LEGENDAS E CONVERSE COM SEUS COLEGAS. CRIANÇA KAIAPÓ CASAS NUMA ALDEIA WAURÁ, NO MATO CRIANÇAS GUARANIS EM ESCOLA NA ALDEIA PREPARADA PARA GROSSO. CADA CASA É OCUPADA POR VÁRIAS KRUKUTU. PARTICIPAR DE UM FAMÍLIAS. RITUAL DE SEU POVO. 53 coletânea de ATIVIDADES
  • 55. ATIVIDADE 21 NOME DATA / / ACOMPANHE A LEITURA QUE SUA PROFESSORA FARÁ DESTE TEXTO APRESENTAÇÃO Muitas pessoas acreditam, ainda hoje, que os índios são algo do passado ou que eles estão desaparecendo e perdendo suas cul- turas. Outras imaginam que só há índios na Amazônia, que todos falam tupi e moram em ocas. É, tem muita ideia errada sobre os índios circulando por aí. Pouca gente sabe quantos grupos indígenas existem hoje no brasil. Pois bem, aí vai a informação: são cerca de 200 sociedades indígenas diferentes, falando mais de 170 línguas e dialetos conhecidos. De norte a sul, de leste a oeste, existem aldeias indígenas em quase todos os estados que formam o Brasil. Cada uma destas sociedades indígenas tem um modo próprio de ser. Elas não são apenas diferentes da nossa sociedade, mas também se diferenciam entre si: nas tradições, nos conhecimentos, na arte, na economia, na histó- ria, no jeito de ver o mundo e de se relacionar com a natureza. Alguns desses povos entraram em contato com os brancos há muito tem- po, outros, porém, só agora começam a estabelecer relações. Estima-se que a população indígena atualmente totalize mais de 280 mil indivíduos. Ao manterem contato com os brancos, os índios mudam. Mas eles não deixam de ser índios por causa disto. Hoje é comum vermos índios usando relógios, roupas, gravadores e falando português. E eles continuam sendo índios. Isto ocorre porque as culturas indígenas são antigas, mas não são paradas no tempo. Elas se modificam, se transformam em função de novos acontecimentos e situa- ções. Como você pode ver, esses dados mostram que os índios não fazem parte só do nosso passado, mas também estão aí no nosso presente e vão fazer parte do nosso futuro. (...) Luís Donizete Benzi Grupioni1 1 Introdução do livro Viagem ao mundo indígena, de Luís Donizete Benzi Grupioni. São Paulo: Berlendis e Vertecchia, 1997, p. 3 e 4. 54 coletânea de ATIVIDADES
  • 56. ATIVIDADE 22 NOME DATA / / OBSERVE A FOTO E DISCUTA COM SEUS COLEGAS UMA LEGENDA PARA ACOMPANHÁ-LA. 55 coletânea de ATIVIDADES
  • 57. ATIVIDADE 23 NOME DATA / / ESCREVA AS INFORMAÇÕES QUE SEU PROFESSOR VAI DITAR. povo kaiapó povo xavante 56 coletânea de ATIVIDADES
  • 58. ATIVIDADE 24 NOME DATA / / APRENDA SOBRE OS YANOMAMIS MULHER YANOMAMI PREPARA UM PRATO COM MANDIOCA EM FORNO LOCALIZADO EM SUA CASA. VISTA AÉREA DE UMA CASA DO POVO YANOMAMI. NELA MORAM VÁRIAS FAMÍLIAS. 57 coletânea de ATIVIDADES
  • 59. ATIVIDADE 25 NOME DATA / / ACOMPANHE A LEITURA QUE A PROFESSORA FARÁ DESTE TEXTO. A ALIMENTAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS Os povos indígenas dedicam grande parte do seu tempo a atividades relacionadas à alimenta- ção. Isso porque é preciso obter ou produzir os alimentos: criar animais, como galinhas e porcos; re- alizar expedições de caça e de pesca; coletar frutos no mato; preparar a roça e colher seus produtos. Além de produzir o alimento, também é preciso construir as ferramentas e os utensílios, como armadilhas, canoas, cestos, arcos e flechas, zarabatanas, entre outros, necessários para realizar as tarefas. Para realizar cada uma das atividades, as pessoas devem conhecer muito bem a região onde vivem: quais são as épocas de chuva e de seca; como é o comportamento de cada animal; qual é a época em que os frutos amadurecem; qual é o melhor período para preparar, plantar e colher os produtos da roça etc. ÍNDIA XAVANTE EM COLETA DE ALIMENTOS NA MATA. 58 coletânea de ATIVIDADES
  • 60. Atividades da roça Entre as diferentes populações indígenas, a roça é uma atividade praticada por homens e mulheres. Mas as atividades que realizam não são as mesmas. Preparar o terreno para a roça é tarefa dos homens. Primeiro, eles derrubam um trecho de mato. Depois de um tempo, quando o mato derrubado seca, colocam fogo para limpar a área e as cinzas são usadas como adubo. Em seguida, fazem uma limpeza na roça, tirando os galhos e restos de árvores. As outras atividades da roça são realizadas pelas mulheres. Quando caem ÍNDIAS YANOMAMIS COLHENDO as primeiras chuvas, elas plantam espécies como milho, feijão, mandioca, batata, MANDIOCA EM SUA ROÇA. amendoim, cará etc. Depois mantêm a roça limpa, retirando as ervas daninhas, que prejudicam o desenvolvimento da plantação. Quando os alimentos cultivados estão maduros, as mulheres fazem a colheita e os carregam em cestos de palha até as aldeias. Atividades de caça A caça é uma atividade masculina realizada individual ou coletivamente e pode ser feita nas proximidades da aldeia ou em lugares mais distantes. Nestas ocasi- ões, os homens passam dias acampados no mato. HOMEM XAVANTE COM ANIMAIS E FRUTOS As armadilhas, arcos, flechas e tudo o que é importante para garantir uma COLETADOS NA MATA. boa caçada é construído pelos homens no dia a dia. 59 coletânea de ATIVIDADES
  • 61. Para ter sucesso e voltar para casa com muita comida, é importante conhecer os hábitos dos animais: se são noturnos ou diurnos; o que gostam de comer; se andam sozinhos ou em bando; como são os rastros que deixam no chão; onde costumam se esconder; que cheiros têm... Dessa forma, fica mais fácil encontrá-los, preparar a caça- da e fazer armadilhas. Os cães também podem ajudar a localizar os animais no mato. Atividades de pesca O peixe é um alimento importante para muitas popula- ções indígenas, que conhecem e usam diferentes técnicas A CAÇA É UMA IMPORTANTE FONTE DE de pesca. As técnicas mais utilizadas pelos diferentes po- ALIMENTOS PARA OS ÍNDIOS YANOMAMIS. vos são: uso do timbó (um tipo de cipó) e outras plantas venenosas; a pescaria com anzol e linha; uso de armadi- lhas, flechas... Em algumas comunidades apenas os homens saem para pescar e muitas vezes ficam dias acampados perto de rios e lagoas. A pescaria também pode ser feita pelas mulheres, ou ser realizada em família, e assim esse traba- lho vira uma grande diversão! ÍNDIOS WAURÁ REALIZAM PESCA COM REDE. FONTE: Instituto Socioambiental | Site Povos Indígenas no Brasil Mirim: http://pibmirim.socioambiental.org/como-vivem/alimentacao OS XAVANTES DEFUMAM OS PEIXES PESCADOS PELOS HOMENS PARA CONSERVÁ-LOS POR MAIS TEMPO. 60 coletânea de ATIVIDADES
  • 62. ATIVIDADE 26 NOME DATA / / COMPLETE OS QUADROS COM INFORMAÇÕES SOBRE OS POVOS INDÍGENAS ARMAS E UTENSÍLIOS USADOS PARA OBTER ALIMENTOS CULTIVADOS NAS ROÇAS OU PREPARAR ALIMENTOS 61 coletânea de ATIVIDADES
  • 63. ATIVIDADE 27 NOME DATA / / ACOMPANHE A LEITURA QUE A PROFESSORA FARÁ DESTE TEXTO. Jeitos de aprender Os Xavantes, que vivem no estado do Mato Grosso, no cerrado brasi- leiro, se autodenominam A’uwé, que na língua Akwén quer dizer “gente”. O aprendizado entre os Xavantes é um processo que acontece ao longo de toda a vida, desde quando se é criança até a velhice. Em cada etapa deste longo caminho, novos conhecimentos são adquiridos nas mais diferentes situações: algumas são entendidas como momentos de aprendizagem (como é o caso dos rituais), outras estão relacionadas com as pequenas atividades realizadas no dia a dia. As situações mais cotidianas são momentos de aprendizagem valo- rizados pelos A’uwé. As crianças costumam caminhar livres pela aldeia, acompanhando outras pessoas (sejam crianças, velhos ou adultos) em suas atividades, e é nestas ocasiões que elas aprendem a identificar ESCOLA LOCALIZADA NUMA ALDEIA XAVANTE. as regras que orientam sua sociedade. 62 coletânea de ATIVIDADES
  • 64. As tarefas domésticas são aprendidas no cotidiano. Ao mesmo tempo em que ajudam seus paren- tes a tomar conta do irmão, lavar roupa, levar e trazer recados, prepa- rar comidas, as crianças brincam e se divertem. Assim o aprendizado vai acontecendo aos poucos. A brincadeira é um jeito de aprender. Os meninos, por exem- ESCOLA NA ALDEIA KRUKUTU – ÍNDIOS GUARANIS. plo, aprendem a fazer arcos e fle- chas desde pequenos e brincam ao redor da casa imitando caçadores e bichos. Vão aperfeiçoando a maneira de fazer os objetos e assim, quando forem adultos, conseguirão fazer arcos e flechas bonitos e bons para caçar, além de desenvolverem as habilidades físicas para se tornarem bons caçadores. As crianças xavantes costumam repetir muitas vezes a mesma brincadeira, bus- cando novas possibilidades e desafios a cada repetição. Dessa forma melhoram su- as habilidades e aprendem suas possibilidades e do mundo à sua volta. Brincar de casinha é um bom exemplo disso. Ao construir com o barro uma casa em miniatura, CRIANÇAS XAVANTES PILANDO ALIMENTOS. imitam as divisões internas de sua própria casa e assim a criança xavante reflete DESDE PEQUENAS, AS CRIANÇAS sobre a organização doméstica e os espaços da aldeia, e aprofunda o conhecimento APRENDEM A REALIZAR AS ATIVIDADES que tem sobre sua comunidade. NECESSÁRIAS À SOBREVIVÊNCIA DO GRUPO. 63 coletânea de ATIVIDADES
  • 65. CRIANÇAS WAURÁS ACOMPANHAM SEU PAI EM PESCARIA. Os rituais são importantes situações de aprendizagem. Nestes momentos, todo mundo aprende: os jovens aprendem mais sobre os valores, princípios e modos de agir do seu grupo e os adultos aprendem com os mais velhos todos os detalhes da rea- lização de um ritual. Estes momentos buscam enfatizar as divisões e as regras sociais xavantes e fixar os conhecimentos sobre as mesmas. Têm por objetivo marcar períodos de amadurecimento, de passagem de uma fase da vida para outra, da fase de criança para a idade adulta, por exemplo. Nos rituais de passagem aprende-se como agir socialmente: o que a comunidade espera, quais atitudes se deve ter dali para frente. Os rituais têm objetivos concretos, como demonstrar que aqueles meninos já conseguem enfrentar de- safios físicos, que conhecem importantes cantos etc. FONTE: Instituto Socioambiental | Site Povos Indígenas no Brasil Mirim http://pibmirim.socioambiental. org/como-vivem/aprender 64 coletânea de ATIVIDADES
  • 66. ATIVIDADE 28 NOME DATA / / ACOMPANHE A LETRA DA MÚSICA PINDORAMA E, EM SEGUIDA, FAÇA UMA ILUSTRAÇÃO PARA AS ESTROFES INDICADAS. PINDORAMA PALAVRA CANTADA (TERRA À VISTA!) PINDORAMA, PINDORAMA É O BRASIL ANTES DE CABRAL PINDORAMA, PINDORAMA É TÃO LONGE DE PORTUGAL FICA ALÉM, MUITO ALÉM DO ENCONTRO DO MAR COM O CÉU FICA ALÉM, MUITO ALÉM DOS DOMÍNIOS DE DOM MANUEL VERA CRUZ, VERA CRUZ QUEM ACHOU FOI PORTUGAL VERA CRUZ, VERA CRUZ ATRÁS DO MONTE PASCOAL BEM ALI CABRAL VIU DIA 22 DE ABRIL NÃO SÓ VIU, DESCOBRIU TODA A TERRA DO BRASIL PINDORAMA, PINDORAMA MAS OS ÍNDIOS JÁ ESTAVAM AQUI PINDORAMA, PINDORAMA JÁ FALAVAM TUPI-TUPI SÓ DEPOIS, VÊM VOCÊS QUE FALAVAM TUPI-PORTUGUÊS SÓ DEPOIS COM VOCÊS NOSSA VIDA MUDOU DE UMA VEZ coletânea de ATIVIDADES 65
  • 67. PERO VAZ, PERO VAZ DISSE EM UMA CARTA AO REI QUE NUM ALTAR, SOB A CRUZ REZOU MISSA O NOSSO FREI MAS DEPOIS SEU CABRAL FOI SAINDO DEVAGAR DO PAÍS TROPICAL PARA AS ÍNDIAS ENCONTRAR PARA AS ÍNDIAS, PARA AS ÍNDIAS MAS AS ÍNDIAS JÁ ESTAVAM AQUI AVISAMOS: “OLHA AS ÍNDIAS!” MAS CABRAL NÃO ENTENDE TUPI SE MUDOU PARA O MAR VER AS ÍNDIAS EM OUTRO LUGAR DEU CHABU, DEU AZAR MUITAS NAUS NÃO PUDERAM VOLTAR MAS, ENFIM, DESCONFIO NÃO FOI NADA OCASIONAL QUE CABRAL, NUM DESVIO VIU A TERRA E DISSE: “UAU!” NÃO FOI NAU, FOI NAVIO FOI UM PLANO IMPERIAL PRA APORTAR SEU NAVIO NUM PAÍS MONUMENTAL AO ÁLVARES CABRAL AO EL REI DOM MANUEL AO ÍNDIO DO BRASIL E AINDA QUEM ME OUVIU VOU DIZER, DESCOBRI O BRASIL TÁ INTEIRINHO NA VOZ QUEM QUISER VAI OUVIR PINDORAMA TÁ DENTRO DE NÓS AO ÁLVARES CABRAL AO EL REI DOM MANUEL AO ÍNDIO DO BRASIL E AINDA QUEM ME OUVIU VOU DIZER, VEM OUVIR É UM PAÍS MUITO SUTIL QUEM QUISER DESCOBRIR SÓ DEPOIS DO ANO 2000 66 coletânea de ATIVIDADES
  • 68. ATIVIDADE 29 NOME DATA / / Mandioca – o pão indígena Mara era uma jovem índia, filha de um cacique, que sonhava com o amor e um casamento feliz. Em noites quentes, enquanto todos dormiam, deitava- -se na rede ao relento e ficava a contemplar a Lua, alimentando seu desejo de tornar-se esposa e mãe. Porém, não havia na tribo jovem algum a quem daria seu coração. Certa noite, Mara adormeceu na rede e teve um sonho estranho: um jo- vem loiro e belo descia da Lua e dizia que a amava. O sonho repetiu-se muitas vezes e ela acabou por apaixonar-se. Entretanto, não o contou a ninguém. O jovem, depois de haver conquistado seu coração, desapareceu de seus sonhos como por encanto, deixando-a mergulhada em profunda tristeza. Passado algum tempo, a filha do cacique, embora virgem, percebeu que esperava um filho. Contou então a seus pais o que sucedera; a mãe deu- -lhe seu apoio, mas o severo pai, não acreditando no que ouvira, passou a desprezá-la. Para a surpresa de todos, Mara deu à luz uma linda menina, de pele mui- to alva e cabelos tão loiros quanto a luz do luar. Deram-lhe o nome de Mandi e na tribo era adorada como uma divindade. Pouco tempo depois, a menina adoeceu e acabou falecendo, deixando a todos amargurados. Somente seu avô, que nunca aceitara a netinha, manteve- -se indiferente. Mara sepultou a filha em sua oca, por não querer separar-se dela. Desconsolada, chorava todos os dias de joelhos diante do local, deixan- do cair leite de seus seios na sepultura. Talvez assim a filhinha voltasse à vida, pensava. Até que um dia surgiu uma fenda na terra de onde brotou um arbusto. A mãe surpreendeu-se; talvez o corpo da filha desejasse dali sair. Resolveu então remover a terra, encontrando apenas raízes muito brancas, como Mandi, que ao serem raspadas exalavam um aroma agradável. Naquela mesma noite, o jovem loiro apareceu em sonho ao cacique, reve- lando a razão do nascimento de Mandi. Sua filha não mentira. A criança havia vindo à Terra para ter seu corpo transformado no principal alimento indígena. O jovem ensinou-lhe como preparar e cultivar o vegetal. coletânea de ATIVIDADES 67
  • 69. No dia seguinte, o cacique reuniu toda a tribo e, abraçando a filha, con- tou a todos o que acontecera. O novo alimento recebeu o nome de Mandioca, pois Mandi fora sepultada na oca. Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros, Walde-Mar de Andrade e Silva Mavutsinim, o primeiro homem Mito da Nação Kamaiurá No princípio existia apenas Mavutsinim, que vivia sozinho na região do Morená. Não tendo família nem parentes, possuía apenas para si o paraíso inteiro. Um dia, sentiu-se muito, muito só. Usou então de seus poderes sobrena- turais, transformando uma concha da lagoa em uma linda mulher e casou-se com ela. Tempos depois, nasceu seu filho. Mavutsinim, sem nada explicar, levou a criança à mata, de onde não mais retornaram. A mãe, desconsolada, voltou para a lagoa, transformando-se novamente em concha. Apesar de ninguém haver visto a criança, os índios acreditam que do filho de Mavutsinim tenham se originado todos os povos indígenas. Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros, Walde-Mar de Andrade e Silva Guaraná, a essência dos frutos Lenda da Nação Satere-Maué Aguiry era o mais alegre indiozinho de sua tribo. Alimentava-se somente de frutas e todos os dias saía pela floresta a procura delas, trazendo-as num cesto para distribuí-las entre seus amigos. Certo dia, Aguiry perdeu-se na mata, por afastar-se demais da aldeia. Acabou por dormir na mata, pois ao cair da noite não conseguira encontrar o caminho de volta. Jurupari, o demônio das trevas, vagava pela floresta. Tinha corpo de mor- cego, bico de coruja e também se alimentava de frutas. Ao encontrar o índio ao lado do cesto, não hesitou em atacá-lo. Os índios, preocupados com o menino, saíram a sua procura, encontran- do-o morto ao lado do cesto vazio. Tupã, o Deus do Bem, ordenou que retiras- 68 coletânea de ATIVIDADES
  • 70. sem os olhos da criança e os plantassem sob uma grande árvore seca. Seus amigos deveriam regar o local com lágrimas, até que ali brotasse uma nova planta, da qual nasceria o fruto que conteria a essência de todos os outros, deixando aqueles que dele comessem mais fortes e mais felizes. A planta que brotou dos olhos de Aguiry possui as sementes em forma de olhos, recebendo o nome de Guaraná. Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros, Walde-Mar de Andrade e Silva Mumuru, a estrela dos lagos Lenda da Nação Mundurucu Maraí, uma jovem e bela índia, muito amava a natureza. Passava seus dias a brincar perto do lago, tornando-se amiga dos peixes, das aves e dos outros animais. À noite, ficava a contemplar a chegada da Lua e das estrelas. Nasceu-lhe então um forte desejo de tornar-se também uma estrela. Perguntou ao pai como surgem aqueles pontinhos brilhantes no céu e, com grande alegria, veio a saber que a Lua ouvia os desejos das moças e, ao se esconder atrás das montanhas, transformava-as em estrelas. A partir deste instante, todas as noites Maraí esperava pela Lua, suplicando que a levasse para o céu, bem no alto. Muitos dias se passaram sem que a jovem realizasse seu sonho. Resol- veu então aguardar a chegada da Lua junto aos peixes do lago. Assim que esta apareceu, Maraí encantou-se com sua imagem refletida na água, sendo atraída para dentro do lago, de onde não mais voltou. A pedido dos peixes, pássaros e outros animais, Maraí não foi levada para o céu. A lua transformou-a numa bela planta, ganhando o nome de Mumuru, a Vitória-Régia. Ela vive nos lagos e rios da Amazônia. Sua flor se abre sempre à meia-noite e tem o formato de uma estrela. Assim a linda jovem tornou-se a rainha da noite, a estrela dos lagos, a enfeitar ainda mais a Natureza com sua beleza e seu perfume. Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros, Walde-Mar de Andrade e Silva coletânea de ATIVIDADES 69
  • 71. NOME DATA / / 70 coletânea de ATIVIDADES
  • 72. NOME DATA / / 71 coletânea de ATIVIDADES
  • 73. NOME DATA / / 72 coletânea de ATIVIDADES
  • 74. NOME DATA / / 73 coletânea de ATIVIDADES
  • 75. NOME DATA / / 74 coletânea de ATIVIDADES
  • 76.
  • 77. Concepção e elaboração Claudia Rosenberg Aratangy Milou Sequeira Marisa Garcia Coordenação gráfica Departamento Editorial da FDE Brigitte Aubert Fotos Studio R Editoração e revisão Daniele Fátima Oliveira CTP impressão e acabamento , Esdeva Indústria Gráfica S/A Tiragem 300.000 exemplares