A autora adota um cão idoso e doente chamado Biscoito de um canil municipal, apesar dos riscos para a saúde do cão. Ela descreve como Biscoito era medroso e tremia no início, mas depois de um ano com ela se tornou um cão feliz e confiante. A autora pede para as pessoas adotarem cães dos canis para salvá-los.
1. Os nossosanimais
Confesso que sou um pouco tarada poranimais.
Tenho um cágado, que me foi oferecido porquenão gostavam dele, tenho dois aquários,um com
120 litros e o outro com 110 litros cheios de peixes tropicais, este é só um deles:
Tenho um coelho anão preto, muito felpudo, o D. Coelhone e tenho o meu cãozinho,o Sr. D.
Biscoito de Portugal.
Não tenho mais por vários factores, algunsjá morreram,como o caso de um pintassilgo que
tinha que morreu de velho, penso eu, com seis anos, duas tartarugas quecomprei, não sei do
que morreram, tinha também uma gata deliciosa, queera do Mauro (o meu marido), mas que
tivemos quedar pois ele de um dia para o outro ficou alérgico a ela ao ponto de ir parar ao
hospital por ter inchado todo, foi uma tristeza para nós cada uma destas perdas.
Tive outros animais, muita gentesabe, mas agora não vou falar disso.
Voltemos ao meu cãozinho. OBiscoito, só tem esse nomefez agora um ano no dia 13 de
fevereiro.
Este animalzinho adorável, o melhor cão que tive até hojehavia sido abandonado por alguém
sem escrúpulos numa estrada qualquer.
Um dia bati o pé cá em casa e teimei que era desta que íamos ter outro cão.
Tínhamos uma cadela, criada pormim desde que nasceu, praticamente,mas com a idade , já
tinha dez anos, tornou-se perigosa para o meu filho, era um animal de 30 kg, e tentou por várias
vezes atacá-lo em bebé, por isso para minha infelicidade,dei-a para uma quinta ondeestá livree
não é perigosa para ninguém.
Ninguém imagina o que sofri com a perda dessa cadela, adorava-a!Ela, monstra, era arraçada
de Labrador com Rafeiro Alentejano, vinha para o meu colo e eu ali ficava sem poder com ela e
debaixo literalmentedela...hehe!O que fazemos pelos animais....
2. Bem, o ano passado, já farta de não ter um cão e com o menino sempre a pedir um, resolvi
começar a pedir aos amigos se sabiam de alguém que tivesse cães para dar.Digo dar porque e
peço já desculpa, detesto que as pessoas vendam animais, parece quese trata de mercadoria e
são seres de pele e osso como nós. Acho que só compraria um animal, tirando algumas
excepções como os peixes que tenho,porexemplo,se esse animal estivesseem risco e o quisesse
salvar dos donos que tinha, caso contrário não compro animais.
Como ninguém tinha ou os que tinham eram para vender, agarrei nos meus sapatinhos e fui ao
Canil Municipal ver o que por lá havia. Esses sim, precisam de um lar e todos, exceptuando
talvez os bebés, têm já uma triste história que se falassem, teriam certamente muito que contar.
Tinha visto no sítio do Canil Municipal, na Internet, um cãozinho pequeno, que era o que
pretendia, queme tinha interessado e lá fui.
Quando lá cheguei, fui muito bem atendida e puseram-me logo à vontade para ver os cãezinhos
que por lá tinham.
Comecei a percorreras boxes e todos faziam festas e a todos eu fazia uma. Quando passei por
uma delas,o cãozinho que lá estava,não fez festa,tinha um ar muito triste e ao
contráriodos outros afastou-se da grade para que não lhe tocasse... Continuei a ver
os cães. O cão que eu tinha em mente, não era bem o que queria e por acaso erao que estava na
última box. Voltei para trás e voltei a percorrer aquilo tudo. Quando passei pelo tal cão que se
tinha afastado da grade, estava agora todo encostado a ela para que finalmente lhe fize sse uma
festa. Fiz-lhe a festa e o olharzinho triste deleanimou-se.Não sei explicar que magia ali
houve,mas apaixonei-me naquele instante por ele!
Fui perguntar se ele estava disponível para adopção, disseram-me que sim e fiquei toda
contente, era a ele que eu queria!Não tinha dúvida nenhuma disso.
Apareceu a veterinária, muito simpática e atenciosa que me explicou que não o podia levar
naquele dia pois tinha que ser desparasitado, chipado e castrado. Refilei, coitado do bicho,ser
castrado mas disseram queeram regras para evitar a proliferação de animais na rua e que era
assim, mandaram-me voltarlá no dia seguinte para o trazer,no dia 13 de fevereiro de 2014,Faz
agora um ano.
Lá fui no dia seguinte, já cheia de saudades dele e ansiosa. quando cheguei, a veterinária disse
que precisava de falar comigo, fiquei preocupada. Disse-me que tudo tinha corrido bem, mas
que o cão já era idoso, que tinha algumas mazelas no corpo, tais como uma orelha rasgada, uma
bochecha também e que tinha um pequeno sopro no coração. Perguntou-me se mesmo assim
estava disposta a ficar com ele!Respondi imediatamente que sim!Por duas razões, primeiro,
poucas pessoas iriam adoptar um cão idoso e doente,acabaria abatido e depois porqueme tinha
apaixonado por ele, não o iria largar só por ser doente e velho!
3. Trouxe o meu Biscoito para casa. Tinha ido a pé pois não tenho carta de condução e ele tinha
acabado de ser operado, trouxe-o a pé sempre ao colo e todo ele tremia e agarrava-se a mim, ele
estava gelado, todo molhado e de certeza, cheio de medo.
Levou meses a habituar-seà casa e sempre com olhos de medo. Mas sempre colado a mim,
era e é a minha sombra! Com o tempo foi-se habituando, começou a ladrinhar
timidamente...
Agora é um cão diferenteao fim de um ano!Já é senhor da sua casa, já reclama, já pede o que
quer, ganhou o espaço dele!Tornou-se um cão feliz. Acho graça que quando está deitado, temos
que o empurrar ou passarpor cima porque o fulano não se mexe um milímetro!
Já não imaginamos a casa sem o Biscoito!
Há muitos Biscoitos por aí,abandonados,maltratados,em risco de ser
abatidos...Fico muito triste por isso.Se pudesse, salvava-os a todos das condições em que
vivem.
Por isso, apelo a todos que,caso tenham condições para isso, vão aos canis e tragam um
animal para casa,um animal para amarem,cuidarem e estimarem.
Lembrem-se sempre queos animais são para toda a vida, não são brinquedos e amam, amam
muito sem nada pedirem em troca, amam incondicionalmente, independentemente do nosso
estado de espírito e estão sempreali para nós.
Somos o centro das vidinhas deles e contam connosco para tudo.
São uma excelente companhia para as crianças e fazem com que elas se sintam responsáveis e
também tenham um companheiro. Há até estudos que dizem quecrianças que crescem c om
animais de estimação são mais felizes, mais responsáveise mais sensíveis para com os animais,
cuidando deles.
Pensem que os animais precisam de cuidados, são um membro da família, precisam de ir à rua,
ter comida e água limpa, precisam de atenção e carinho, de ir ao veterinário. Se não têm
condições para isso, não adoptem.
4. Se têm estas condições e querem ter amorincondicional e uma vida mais preenchida, Adoptem,
salvem esses milhares de animais que estão ali, à esperaque alguém olhe para eles e se apa ixone
e os queira para sempre.
Adoptem!
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nem toda a gente tem oportunidades destas, aproveitem e sejam felizes!
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