2. Como se distribui o diagnóstico e a
morte por câncer?
• Os mais ricos OU os mais
pobres...
• têm mais (diagnóstico de)
câncer (incidência)
• e morrem mais daquele
câncer (mortalidade
específica)?
• ou morrem mais
(mortalidade geral)?
• DEPENDE DO CÂNCER
• Se sim, porque?
“Sobrediagnóstico”
• Overdiagnosis é um
diagnóstico verdadeiro,
porém desnecessário, com
maior potencial de causar
danos do que benefícios.
Este fenômeno decorre da
cultura do check-up,
propagada pelo lobby em
prol do excesso de exames
em pessoas saudáveis.
3. Como se distribui espacialmente o
diagnóstico e a morte por câncer?
• Rastreamento seguro e
efetivo -> reduz
morbidade e
mortalidade
• Ex. papanicolaou
(citologia oncótica do
colo do útero)
• Rastreamento inseguro
e inefetivo -> pode
aumentar a morbidade
e mortalidade (geral e
específica)
• Ex. de rastreamentos
questionáveis:
mamografia e PSA
(câncer de próstata)
4. Modelos explicativos sobre câncer de mama – incidência e mortalidade
O problema do lead time bias (viés do tempo de espera) e a invisibilidade dos efeitos adversos
7. O que as mulheres imaginam de proteção (entendem que os médicos dizem)
8. FATORES DE RISCO “AMBIENTAIS E
DE ESTILO DE VIDA" (MODIFICÁVEIS)
• FALTA DE ATIVIDADE FÍSICA
• ESTAR ACIMA DO PESO OU OBESO
• DIETA POBRE EM ALIMENTOS NÃO-
PROCESSADOS
• TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL
COMBINADA (HRT): TOMAR A TERAPIA
DE REPOSIÇÃO HORMONAL
COMBINADA PARA A MENOPAUSA,
PODE AUMENTAR O RISCO DE CÂNCER
DE MAMA E AUMENTA O RISCO DE QUE
O CÂNCER SERÁ DETECTADO EM UM
ESTÁGIO MAIS AVANÇADO.
• CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS -
QUANTO MAIS ÁLCOOL QUE VOCÊ
CONSOME, MAIOR O RISCO.
• RADIAÇÃO NO PEITO: TENDO A TERAPIA
DE RADIAÇÃO PARA O PEITO ANTES DA
IDADE DE 30 PODE AUMENTAR O RISCO
DE CÂNCER DE MAMA.
http://www.nationalbreastcancer.org/breast-cancer-risk-factors
10. Loberg M, Lousdal ML, Bretthauer M, Kalager M. Benefits and harms of
mammography screening. Breast Cancer Research. 2015, 17:63.
12. O que eu nós achávamos, até julho:
• A mamografia não reduzia a mortalidade geral, no máximo
reduzia minimamente, e talvez, a mortalidade específica por
câncer de mama.
• Além de causar problemas graves de sobrediagnóstico e
sobretratamento, que são agora considerados agravos à saúde.
O que nós descobrimos:
• Saíram vários estudos grandes dizendo que a mamografia não
reduz nem mesmo a mortalidade por câncer de mama,
• não reduz os casos avançados como se acreditava, nem reduz o
número de cirurgias mutiladoras.
• Enfim, parece que ficamos só com os danos.
• Isso talvez ajude a explicar porque este resultado encontrado
por vocês de quanto mais mamografia, mais morte.
• Mais ricas e mais escolarizadas, mais setor suplementar, mais
TRH e mais mamografias, mais incidência e mais morte
13. Figure 2. Relative risk of ovarian cancer by duration of use in current and past users of hormone therapy*Risk relative to never-users
of hormone therapy, stratified by age at diagnosis, study, and body-mass index, and adjusted for age at menopause, hysterecto...
Collaborative Group on Epidemiological Studies of Ovarian Cancer
Menopausal hormone use and ovarian cancer risk: individual participant meta-analysis of 52 epidemiological studies
null, Volume 385, Issue 9980, 2015, 1835–1842
http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(14)61687-1
O viés de publicação – caso do TRH e câncer de ovário
17. Bleyer A, Welch HG. N Engl J Med 2012;367:1998-2005.
Use of Screening Mammography and Incidence of Stage-
Specific Breast Cancer in the United States, 1976–2008.
19. Bleyer A, Welch HG. N Engl J Med 2012;367:1998-2005.
Trends in the Annual Incidence of Late-Stage Breast Cancer
and Its Two Components (Regional and Distant Disease)
among U.S. Women 40 Years of Age or Older, 1976–2008.
22. A mortalidade por câncer de mama em SP aumentou ano a ano: 12,72/100.000
em 2009; 13,18 em 2010; 13,36 em 2011; 13,45 em 2012; 14,02 em 2013