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CLIPPING – 18/06/2018
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Torrefadores vivem experiência na Região do Cerrado Mineiro
Abic
18/06/2018
Federação dos Cafeicultores do Cerrado
Visando proporcionar cada vez mais a integração da cadeia
produtiva do café, a ABIC – Associação Brasileira da
Industria de Café em parceria com a Federação dos
Cafeicultores do Cerrado promoveu uma Trip to Origin a
Região do Cerrado Mineiro, primeira Denominação de
Origem para cafés no Brasil.
O grupo formado por torrefadores associados a ABIC, além
do diretor Executivo da Associação, Nathan Herszkowicz e
Aline Marotti, do Comitê Permanente de Qualidade,
vivenciaram por dois dias todo o processo no campo, desde
da colheita, preparação do grão e processos, além de fazer
networking entre produtores e torrefadores e estreitar
relações entre a Federação e Cooperativas.
A visita teve por lema “Unidos pela Qualidade” e segundo o diretor Executivo da ABIC – Nathan
Herszkowicz, o contato com o Cerrado Mineiro sempre foi muito produtivo e por isso a escolha
da Região para esta primeira Trip to Origin.
“Viemos conhecer e estreitar as relações com o Cerrado Mineiro, além de conhecer os tipos de
cafés, as formas que são preparados e como isso pode contribuir com a melhoria da bebida
para o consumidor, que o é grande objetivo da ABIC”.
O grupo foi recebido pela família Tudela para um almoço na Fazenda Castelhana em Monte
Carmelo. A tarde uma verdadeira aula de cafeicultura com o produtor Diogo Tudela, que
percorreu todo caminho do café dentro da propriedade, desde a colheita, a seca, a separação
por talhão o extremo cuidado com cada lote, até o benefício e seleção dos grãos.
De lá os industriais seguiram para a monteCCer – Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado
Monte Carmelo onde conheceram todos os cuidados que o café recebe na estocagem e venda.
Eles também puderam provar já alguns lotes da nova safra e o potencial que a safra 2018/2019
já apresenta.
À noite, o presidente da monteCCer e da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco
Sérgio de Assis e sua família receberam os torrefadores em sua propriedade e apresentaram
também o cuidado com seus lotes.
O primeiro dia foi encerrado na Fazenda Água Limpa com um jantar tipicamente mineiro.
Francisco Sérgio de Assis avalia que a Região, através de sua Denominação de Origem, está
pronta para atender a indústria.
“O Cerrado Mineiro tem constância na entrega, alta produtividade e qualidade. A
rastreabilidade é palavra de ordem e a indústria está sentindo que ela precisa ter segurança
alimentar, e o selo além de garantir a Origem e Qualidade ele garante a segurança de um café
produzido com ética, cumprindo toda a legislação ambiental e social brasileira. Que essa seja a
primeira de muitas visitas da indústria à nossa Região” – finalizou Assis.
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A fazenda Freitas da Nunes Coffee, campeã do Cup of Excellence 2017 e recordista mundial
com o maior preço já atingido por uma saca de café, chegando a R$55 mil a saca de 60 quilos,
também esteve no roteiro. Osmar e Gabriel Nunes receberam os torrefadores e apresentaram
o trabalho feito na fazenda, entre eles os mapeamentos de qualidade feitos em todos os
talhões e os testes envolvendo fermentação e diversos processamentos buscando sempre
maior potencial de qualidade para cada café. O grupo visitou também o talhão que produziu o
café mais caro do mundo, uma aérea de cerca de 5 hectares da variedade Bourbon Amarelo,
plantado em 2014.
Para conhecer mais sobre a primeira Denominação de Origem para cafés no Brasil, os
torrefadores fizeram uma visita a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, a entidade gestora
da Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro. O superintendente da Federação,
Juliano Tarabal, apresentou as ferramentas da Denominação de Origem que garantem tanto as
torrefações como aos clientes finais a qualidade, a origem e a autenticidade dos cafés da
Região do Cerrado Mineiro.
Amilton Silva Júnior, das Industrias Brunelli de Ituiutaba destacou a importância da imersão na
Região. “Esse alinhamento entre a indústria e o campo é muito benéfico para toda a cadeia.
Aprender e ver todo o processo, desde a muda até o pós-colheita nos agrega muito, é muito
bom ver tanta gente trabalhando pela qualidade do café. Com certeza vamos buscar aumentar
nosso mix de produtos com cafés da Região do Cerrado Mineiro” – explicou ele.
A Trip foi encerrada com uma visita a Expocaccer em Patrocínio, onde o grupo conferiu
também os cuidados com cada lote e toda a estrutura comercial. A Dulcerrado Cafés Especiais
do Produtor foi a última etapa da visita onde puderam conferir na xícara o resultado de tanto
cuidado com cada café produzido no Cerrado Mineiro.
Diante de tanta tecnologia e profissionalização da cafeicultura no Cerrado, Nathan Herszkowicz
encerrou a visita enfatizando que “o Cerrado representa a modernidade, onde os conceitos se
renovam e não há medo de arriscar, além disso a união dos produtores em torno das
cooperativas também é um traço muito forte desta região” – finalizou ele.
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Minasul: Academia do Campo está formando a primeira turma
Ascom Minasul
18/06/2018
Foram muitos dias sentados, muitas
horas de atenção, muitas perguntas
feitas e muitas respostas também
ajuntadas. A primeira turma do
projeto Academia no Campo,
caminha para a conclusão. O
décimo e último módulo, vem aí,
trazendo a realização de um
objetivo conquistado, uma etapa
concluída para pequenos e grandes
produtores, que durante os últimos
dez meses, se sentaram lado a lado
com o propósito de estudar e
aprender mais sobre o próprio
negócio, o café.
Esse gostinho de vitória está sendo
saboreado com muita alegria pelo
cooperado Marcelo Henrique de Carvalho, que se dispôs a fazer o curso e não faltou em
nenhum módulo, desde o dia 6 de setembro, quando tudo começou, no ano passado. Os 120
quilômetros de deslocamento nunca diminui o entusiasmo de Marcelo, nem da esposa, Heloísa
Helena da Cruz carvalho, a fiel companheira de todos os momentos.
“Fácil não é, mas nada é fácil, nem tão difícil para quem se dispõe. Eu e minha esposa
decidimos aprender um pouco mais e encarar juntos mais esse desafio”, fala.
A alegria da reta final, se soma ao do aprendizado acumulado, imprescindível, cada dia mais,
conforme ele. “Foi valioso. Aprendemos muito, desde a semente, a mudinha, a lavoura, a
colheita, beneficiamento, certificação, venda, tudo. Aprendemos muito sobre cada etapa. Um
conhecimento que ninguém vai nos tirar”, reconhece.
Nem todo mundo que começou junto, está concluindo o curso, por motivos os mais diversos,
boa parte dos antigos colegas, ficaram pelo caminho. Marcelo decidiu que cada dia seria um
investimento e assim prosseguiu. “Eu e minha esposa tempos muito trabalho lá na roça, mas
incluímos a Academia no Campo como um desses afazeres que a gente não pode adiar, nem
parar no meio, como uma das necessidades da lavoura daquelas que não pode esperar, sobre
o risco de grande prejuízo. Assim, não tinha desculpa”, diz.
Atentos a tudo, eles aprenderam sobre técnicas de manejo, gerenciamento empresarial da
fazenda, gestão de pessoas, novas tecnologia para o campo e formas de combate a pragas e
muito mais. Conhecimento que de agora em diante, passam a empregar no dia a dia, nas
tarefas diárias de todo o ciclo da produção.
A coordenadora de Gestão de Pessoas da Minasul, Raquel Martins, explica que todo o
conteúdo dos módulos foi planejado, pensado de forma a propiciar esse conhecimento. “Nós
tivemos aqui nesses meses, verdadeiros especialistas em cada um dos assuntos estudados.
Foram técnicos, professores de universidades, agrônomos, especialistas em cultivos,
máquinas, defensivos, estocagem, negócios, certificação. Tudo foi feito para cumprirmos bem
esse propósito de levar ao produtor rural mais conhecimento sobre o manejo das lavouras e o
gerenciamento da propriedade”, diz.
Para os próximos meses, novos encontros estão agendados – ninguém quer ficar
desatualizado. “É como uma estrada: depois que você põe o pé nela descobre que tem muito
caminho pela frente, mas só quem começa a caminhar tem essa percepção”, ensina Marcelo.
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Tecnologia pode detectar doenças em cafeeiros um mês antes
Canal Rural
18/06/2018
O manejo preventivo faz toda a diferença na lavoura, poupando agricultores de infestações
graves, que acarretaram em grandes perdas de produção. Pensando nisso, a Embrapa — em
parceria com a startup Agrosmart — desenvolveu uma plataforma digital capaz de detectar
doenças com um mês de antecedência.
A ferramenta foi construída no conceito de “internet das coisas”, que consiste na troca
automática de dados, via rede, sem interferência humana. Sensores instalados no meio da
lavoura monitoram temperatura e umidade do ar e das folhas. As informações são levantadas a
cada 15 minutos e enviadas à central. O computador processa os dados e produz um relatório
que indica riscos ao cafezal e oferece dicas de manejo.
O diretor de produto da Agrosmart, Raphael Pizzi, explica que os modelos que existem no
Brasil são de longa escala, baseados em grandes regiões, como, por exemplo, sul da Bahia. “A
ideia do nosso sistema é que essa análise seja local. Sabemos que os microclimas mudam
muito, e o produtor pode estar dentro de uma região, mas com um microclima muito específico
na sua fazenda”, explica.
Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente têm coletado informações para criar uma modelo
de previsão de ocorrência de doenças. Nesta primeira etapa, a mais estudada é a ferrugem do
café. “A ideia é coletar os dados de incidência e severidade, e depois correlacionar os dados,
para ver se estão prevendo realmente o que está ocorrendo no campo”, diz a fitopatologista
Kátia Nechet.
A plataforma estará disponível para uso comercial em dois anos, mas os técnicos pretendem
disponibilizar uma versão gratuita até o fim de 2018. Kátia aposta que a ferramenta ajudará na
redução de custos com aplicação de defensivos e aumentará a produtividade das lavouras.
“Você não vai trabalhar com controle curativo, e sim preventivo. Reduzirá também o impacto
ambiental da estratégia de controle”, pontua.
Um estudo realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) junto ao Ministério da
Ciência, Tecnologia e Informação (MCTIC) mostra que a plataforma pode aumentar em 25% a
produção de grãos no país nos próximos 12 anos.
Mas, apesar da ideia ser promissora, a chefe geral da unidade de Informática da Embrapa,
Silvia Massruhá, alerta que há problemas a serem solucionados. Em relação à conectividade,
Silvia explica que apenas a internet comercial, existente nas grandes cidades, não é suficiente.
“Também precisamos desenvolver uma rede própria, para fazer a comunicação entre as
máquinas no campo”. A ausência de leis específicas, que garantam mais segurança no tráfego
de informação, também é um outro ponto a ser resolvido.
IEA aponta perspectiva positiva para o mercado futuro do café
Último Instante
18/06/2018
A iniciativa do Federal Reserve de elevar as taxas de juros de longo prazo dos títulos de
tesouro causou turbulência nas economias menos estabilizadas ao redor do mundo, obrigando
nossa vizinha Argentina a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI). No Brasil, que está
com as contas um pouco menos desorganizadas, mesmo a autoridade monetária afirmando
que possui reservas suficientes e que poderia atuar no mercado para evitar a escalada do
dólar, o cenário político conturbado causado pelas incertezas com progressivo incremento do
déficit fiscal, conduzindo os investidores a apostarem contra a moeda brasileira.
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De acordo com Celso Luís Vegro, pesquisador do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, “a desvalorização do real,
em maio de 2018, acentuou o movimento dos investidores nos contratos futuros negociados na
B3. Ainda que o País conte com expressiva reserva, a desconfiança por parte do mercado,
fatalmente trará consequências nefastas para a economia já em situação de beirada de
abismo”, afirmou.
As cotações do mercado futuro de café arábica registradas na Bolsa de Nova York
contabilizadas em maio de 2018 refletem medianamente a intensidade do movimento de
desvalorização cambial brasileiro.
Entre a primeira e a terceira semanas do mês, as médias das cotações futuras exibiam baixa
consistente. Na posição de dezembro deste ano, por exemplo, declinaram de US$ 129,61/lbp
para US$ 123,33/lbp, ou seja, declínio de 4,84% no período, percentual esse que, porém, foi
parcialmente devolvido com alta sustentada nas duas semanas seguintes do mês.
A Bolsa de Londres exibiu médias semanais para as cotações futuras de robusta muito
próximas às registradas para o arábica em Nova York, ou seja, queda nas cotações médias
entre a primeira e a terceira semanas do mês e incremento na quarta. Na última semana do
mês, o robusta voltou a cair, destoando do arábica que se manteve em ligeira alta.
Na região de Franca, principal cinturão produtor de arábica do Estado de São Paulo, os
cafeicultores receberam, na média do mês de maio, R$ 445,14/sc pelo tipo 6, bebida dura.
Comparando-se esse preço com a média da cotação futura em segunda posição (quinta
semana de setembro) de US$ 123,94/lbp, após efetuar as devidas conversões e ajustes,
obtêm-se uma vantagem de 5% frente à venda no mercado físico, o que, em tempos de
declínio da Selic e baixo retorno para as aplicações financeiras, pode ser um atrativo relevante
para aumentar o número de operações contratadas.
A sinalização de que o mercado não deve encontrar constrangimentos no fluxo de suprimento
é atestada pela prevalência da posição vendida entre os fundos e grandes investidores. “Em
junho inicia-se o inverno no Hemisfério Sul, caso o rigor do inverno se mantenha nos mesmos
moldes dos anos anteriores, uma reação para as cotações somente deve ser esperada a partir
de outubro, quando começam a se formar as expectativas para a próxima safra”, concluiu o
pesquisador.
Bahia deve colher 2 milhões de sacas de café conilon
Sistema FAEB
18/06/2018
Fonte: Jornal CORREIO
Mais de 2 milhões de sacas de café conilon devem sair das fazendas do Sul e Extremo Sul da
Bahia este ano. Não é uma supersafra, mas os resultados animam os produtores rurais da
região, que no ano passado produziram 1 milhão e 800 mil sacas, consolidando a Bahia como
segunda maior produtora desta variedade de café no Brasil. O Espírito Santo ainda ocupa a
primeira posição no ranking, com cerca de 6 milhões de sacas por ano.
De acordo com Gilberto Borlini, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Itabela, “este
ano está sendo um ano de recuperação, devido à seca que a gente passou. As lavouras estão
bonitas, mas ainda estamos colhendo e não contabilizamos. Ano que vem promete ser uma
boa safra, vai ser um ano ainda mais promissor”.
Alguns produtores estão colhendo até 20% a mais do que em 2017. A alta produtividade seria
resultado de bons período de chuva, que possibilitaram uma recuperação depois de quase 5
anos de seca, mas sobretudo da tecnificação aplicada no cultivo.
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Tradição
Na fazenda Luciana, em Itabela, os pés carregados de café - com hastes que chegam a pender
em direção ao chão - enchem os olhos de quem visita o cafezal mantido pela família Covre. Os
frutos de um vermelho-cereja intenso dão um colorido especial nos mais de 1 milhão de pés de
café conillon espalhados por 350 hectares. Um cenário de beleza e eficiência. Entre as fileiras,
máquinas e 150 funcionários estão em ação na colheita de uma das maiores safras dos últimos
anos. São seis dias de trabalho intensos, de segunda a sábado, para dar conta de tantos
frutos.
Ricardo Covre, que faz parte da terceira geração da família a produzir café, ainda não sabe
qual o tamanho total da produção este ano, nem quanto será colhidos em toneladas, mas
adianta:
A colheita deve ser concluída até o fim de junho e os produtores já planejam comemorar. “Uma
boa safra, um bom ano, por isso vamos realizar a Festa do Café entre os dias 24 e 26 de
agosto para celebrar”, afirma Covre.
Preços
Os preços ainda preocupam os cafeicultores. Com maior oferta do produto no mercado, o valor
da saca está bem abaixo dos R$ 550 atingidos no ano passado. A saca de 60 kg está sendo
comercializada a R$ 320. O problema é que o custo de produção está girando em torno de R$
349, o que significa um prejuízo de pelo menos R$ 29 por saca.
“Recuperou em questão de produtividade. Mas em termos financeiros ainda não é tão rápido.
Os preços ainda não estão como gostaríamos, não estão muito satisfatórios. Estamos na Linha
do Equador, empatados, no limite do custo de produção”, acrescente Covre.
Uma das principais commodities do Brasil, o café sofre as influências do mercado internacional,
das bolsas de mercadorias, das exportações, das manipulações dos grandes compradores e
das variações cambiais, e isto vem prejudicando o produtor brasileiro, que muitas vezes precisa
comprar insumos no mercado externo.
Segundo o presidente da Associação de Produtores de Café da Bahia, João Lopes Araújo, “o
preço do café hoje está inferior ao que o produtor precisa. Não fica margem para cuidar da
lavoura. O agricultor está esperando que o mercado reaja e que ele possa ter uma
remuneração maior”.
Para baratear os custos, os cafeicultores estão investindo na mecanização da lavoura. “O custo
operacional do café elevou muito e os problemas com mão de obra estão dificultando demais.
A gente não sabe se o mercado vai ou não melhorar. Até 2020 não tem expectativa de melhora
no preço. Sorte que a gente conseguiu entrar com maquinário na colheita e isto está ajudando
a estabilizar os custos. 40% dos produtores já tem máquinas colhedeiras. A gente não pode
parar”, afirma Gilberto Borlini.
USDA estima safra de café recorde em 18/19
Redação Reuters
18/06/2018
Por Marcy Nicholson
Reuters - O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) disse
nesta sexta-feira que estima uma produção global de café em 2018/19 em um recorde de 171,2
milhões de sacas de 60 quilos, com o consumo também atingindo um recorde de 163,2 milhões
de sacas, em sua primeira previsão para a próxima temporada.
O USDA estimou a safra do Brasil, maior produtor do mundo, em um recorde de 60,2 milhões
de sacas, acima das 50,9 milhões de sacas de 2017/18. Já a colheita do Vietnã em 2018/19,
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segundo maior produtor global, foi prevista em um recorde de 29,9 milhões de sacas, ante 29,3
milhões no ano anterior.
UFLA: pesquisador aponta influência dos fatores institucionais em economias cafeeiras
Ascom InovaCafé
18/06/2018
Muito além do fator preço, os fatores
institucionais – como a legislação e os
costumes de um país – têm o poder de
influenciar as relações econômicas. É isso
que comprova a tese de doutorado “Os
efeitos dos fatores institucionais sobre o
desenvolvimento das economias cafeeiras”,
de autoria de Eduardo Cesar Silva,
apresentada à Universidade Federal de
Lavras (UFLA) em junho de 2018, no âmbito
do Programa de Pós-Graduação em
Administração (PPGA). Orientada pelo
professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior, a
pesquisa baseou-se nos conceitos da Nova
Economia Institucional (NEI) e utilizou como
metodologia a detecção de outliers em
séries de tempo, ou seja, observações de valor atípico geralmente causadas por intervenções
políticas, mudanças econômicas ou fenômenos meteorológicos.
No trabalho, foram analisadas as séries de exportação de café verde de 16 países
concorrentes do Brasil: Colômbia, Venezuela, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México,
Congo, Costa do Marfim, Etiópia, Madagascar, Quênia, Tanzânia, Uganda, Índia, Indonésia e
Vietnã. Também foram objeto de estudo as séries de produção de café de cinco estados
brasileiros: Bahia, Paraná, Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais.
“Foi possível comprovar que a instabilidade política, entre outros fatores, afeta negativamente a
exportação de café. Além disso, programas governamentais de expansão da área cultivada
foram responsáveis pela consolidação de algumas das principais regiões produtoras de café
atualmente”, explicou o pesquisador. Os resultados mostraram que, em determinados
momentos e circunstâncias, ocorrem mudanças na estrutura das séries de exportação e
produção, causadas por fatores institucionais.
Como uma das constatações da pesquisa, Silva trouxe como exemplo os países africanos, cuja
instabilidade política após a independência, marcada por ditaduras, golpes de estado e
guerras, causou diversos outliers nas séries temporais. “Vários autores apontam que a situação
precária de muitas comunidades é causada pela estrutura da cadeia produtiva, marcada pelo
poder de mercado de algumas poucas empresas de exportação, importação e torrefação que
deprimem os preços pagos pelo grão. Os resultados do estudo atestam que o ambiente
institucional pode ser o fator preponderante, indicando um novo caminho: como construí-lo de
forma inclusiva para que fomente o desenvolvimento não só da cafeicultura, mas da economia”,
pontuou.
Com relação aos estados brasileiros, os resultados revelaram que os programas de renovação
e ampliação de lavouras realizados nas décadas de 1960 e 1970 tiveram grande impacto sobre
a produção das principais regiões cafeeiras do país. Os estados de Minas Gerais e Espírito
Santo foram os que mais se beneficiaram desses programas e das novas tecnologias
desenvolvidas posteriormente. “Esta pesquisa comprovou que o desenvolvimento da
cafeicultura depende de um ambiente institucional estável e inclusivo, que gere segurança aos
cafeicultores e fomente a pesquisa”, finalizou o pesquisador.