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RevisãRoev eissãpo e(IcI)ial (II) 
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I. 
Criar meu web site 
Fazer minha home-page 
Com quantos gigabytes 
Se faz uma jangada 
Um barco que veleja... 
[...] 
Eu quero entrar na rede 
Promover um debate 
Juntar via internet 
Um bando de tietes de Connecticut 
GIL, Gilberto. Pela internet. 
Disponível em: <http://letras.terra. 
com.br/ 
gilberto-gil/68924/>. Acesso em: 9 set. 
2011. 
II. 
O meu endereço tá na internet 
Click para amado@.com 
Vamos resolver de vez o seu futuro 
Sou um homem maduro 
Sou um homem bom 
Que quer uma amiga 
Uma companheira 
Uma amada amante 
Uma namorada 
Pra viver comigo 
Uma vida inteira 
Estando ao meu lado 
Não vai faltar nada 
BATISTA, Amado. Amado@.com. 
Disponível em: <http:// 
letras.terra.com.br/amado-batista/ 
166232>. Acesso em: 9 set. 
2011.
Questão 01 
Sobre os textos I e II, é correto afirmar: 
01)Ambos se reportam à rede como um meio de solucionar 
problemas a distância. 
02)Os dois dialogam ao referendar a internet como chance de 
contato com mundos diferentes. 
03)Tanto o I quanto o II trabalham com o mesmo assunto: a troca de 
ideias entre desconhecidos. 
04)O I traça o perfil da internet como geradora de emoções e o II, 
como causadora de desenlaces. 
05)O I trata da busca de novas descobertas, de novos 
conhecimentos, e o II, da resolução de uma questão amorosa.
Questão 01 
Sobre os textos I e II, é correto afirmar: 
01)Ambos se reportam à rede como um meio de solucionar 
problemas a distância. 
02)Os dois dialogam ao referendar a internet como chance de 
contato com mundos diferentes. 
03)Tanto o I quanto o II trabalham com o mesmo assunto: a troca de 
ideias entre desconhecidos. 
04)O I traça o perfil da internet como geradora de emoções e o II, 
como causadora de desenlaces. 
05)O I trata da busca de novas descobertas, de novos 
conhecimentos, e o II, da resolução de uma questão amorosa.
I. 
Lira IV 
Já, já me vai, Marília, branquejando 
loiro cabelo, que circula a testa; 
este mesmo, que alveja, vai caindo, 
e pouco já me resta. 
As faces vão perdendo as vivas cores, 
e vão-se sobre os ossos enrugando, 
vai fugindo a viveza dos meus olhos; 
tudo se vai mudando. 
Se quero levantar-me, as costas vergam; 
as forças dos meus membros já se 
gastam, 
vou a dar pela casa uns curtos passos, 
pesam-me os pés e arrastam. [...] 
GONZAGA, Tomás Antônio. Lira IV. 
Segunda parte. Marília de 
Dirceu. Salvador: Livraria Progresso, 
1956. p. 113-114. 
II. 
Retrato 
Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim 
magro, 
nem estes olhos tão vazios, 
nem o lábio amargo. 
Eu não tinha estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas; 
eu não tinha este coração 
que nem se mostra. 
Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil: 
–– Em que espelho ficou perdida 
a minha face? 
MEIRELES, Cecília. Retrato. Flor de 
poemas. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira, 1984. p. 63.
Questão 02 
Os dois textos, embora de estilos de época e de autores diferentes, 
têm em comum 
01)a defesa do carpe diem. 
02)a consciência da inexorabilidade do fluir do tempo. 
03)o inconformismo diante de mudanças imprevisíveis. 
04)o choque resultante da constatação entre o real e o idealizado. 
05)o medo de enfrentamento dos problemas decorrentes da 
velhice.
Questão 02 
Os dois textos, embora de estilos de época e de autores diferentes, 
têm em comum 
01)a defesa do carpe diem. 
02)a consciência da inexorabilidade do fluir do tempo. 
03)o inconformismo diante de mudanças imprevisíveis. 
04)o choque resultante da constatação entre o real e o idealizado. 
05)o medo de enfrentamento dos problemas decorrentes da 
velhice.
Questão 03 
A única informação sem suporte, no texto II, é a que declara que, 
diante da imagem refletida no espelho, a voz poética 
01)aparece marcada por um tom melancólico. 
02)se vale de gradações para sugerir a passagem da vida. 
03)revela um sentimento de perplexidade diante das mudanças 
ocorridas. 
04)relembra, com certo amargor, os momentos felizes vividos 
anteriormente. 
05)se indaga, através de metáforas, sobre o lugar em que perdera 
sua juventude.
Questão 03 
A única informação sem suporte, no texto II, é a que declara que, 
diante da imagem refletida no espelho, a voz poética 
01)aparece marcada por um tom melancólico. 
02)se vale de gradações para sugerir a passagem da vida. 
03)revela um sentimento de perplexidade diante das mudanças 
ocorridas. 
04)relembra, com certo amargor, os momentos felizes vividos 
anteriormente. 
05)se indaga, através de metáforas, sobre o lugar em que perdera 
sua juventude.
05 
10 
Poema aos Homens do nosso Tempo 
Ao teu encontro, Homem do meu tempo, 
E à espera de que tu prevaleças 
À rosácea de fogo, ao ódio, às guerras, 
Te cantarei infinitamente à espera de que um dia te conheças 
E convides o poeta e a todos esses amantes da palavra, e os outros, 
Alquimistas, a se sentarem contigo à tua mesa. 
As coisas serão simples e redondas, justas. Te cantarei 
Minha própria rudeza e o difícil de antes, 
Aparências, o amor dilacerado dos homens 
Meu próprio amor que é o teu 
O mistério dos rios, da terra, da semente. 
Te cantarei Aquele que me fez poeta e que me prometeu 
Compaixão e ternura e paz na Terra 
Se ainda encontrasse em ti o que te deu. 
HILST. Hilda. (Júbilo Memória Noviciado da Paixão (1974) – Poemas aos Homens do nosso 
Tempo – IX) [In Poesia: 1959-1979 / Hilda Hilst – São Paulo: Quíron; (Brasília): INL, 1980.] 
Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/hilda.htm#poemas >Acesso em 18 abr. 
2011.
Questão 04 
O eu poético 
01)apresenta um olhar pessimista diante dos valores do homem de 
seu tempo. 
02)não mais se reconhece como poeta diante de mundo cheio de 
ódio e de guerras. 
03)não leva em consideração a identidade inerente entre ele e o 
homem de seu tempo. 
04)acredita que, num tempo futuro melhor, seus versos lembrarão 
o passado laborioso. 
05)crítica a postura do homem de seu tempo, que prefere a guerra 
à sua própria existência.
Questão 04 
O eu poético 
01)apresenta um olhar pessimista diante dos valores do homem de 
seu tempo. 
02)não mais se reconhece como poeta diante de mundo cheio de 
ódio e de guerras. 
03)não leva em consideração a identidade inerente entre ele e o 
homem de seu tempo. 
04)acredita que, num tempo futuro melhor, seus versos lembrarão 
o passado laborioso. 
05)crítica a postura do homem de seu tempo, que prefere a guerra 
à sua própria existência.
Questão 05 
Sobre os aspectos estilísticos que compõem o poema e seus efeitos de 
sentido, é correto afirmar: 
01)O uso do vocativo “Homem do meu tempo” (v. 1) ratifica a linguagem 
predominantemente denotativa do poema. 
02)“À rosácea de fogo” (v. 3) traz um paradoxo que explicita a ironia do sujeito 
poético quanto aos valores do homem contemporâneo. 
03)O polissíndeto presente em “Compaixão e ternura e paz na Terra” (v. 13) 
pode sugerir o desejo abundante e copioso do sujeito lírico em relação a um 
mundo melhor. 
04)A expressão “amantes da palavra” (v. 5) é uma metáfora que retoma, no 
contexto, a expressão “Homem do meu tempo” (v. 1), a fim de valorizar uma 
das principais características de seu interlocutor. 
05)A declaração “As coisas serão simples e redondas, justas”, (v. 7) põe em 
evidência uma hipérbole que retoma a crítica do sujeito poético em relação às 
escolhas feitas pelo poeta, em seus poemas.
Questão 05 
Sobre os aspectos estilísticos que compõem o poema e seus efeitos de 
sentido, é correto afirmar: 
01)O uso do vocativo “Homem do meu tempo” (v. 1) ratifica a linguagem 
predominantemente denotativa do poema. 
02)“À rosácea de fogo” (v. 3) traz um paradoxo que explicita a ironia do sujeito 
poético quanto aos valores do homem contemporâneo. 
03)O polissíndeto presente em “Compaixão e ternura e paz na Terra” (v. 13) 
pode sugerir o desejo abundante e copioso do sujeito lírico em relação a um 
mundo melhor. 
04)A expressão “amantes da palavra” (v. 5) é uma metáfora que retoma, no 
contexto, a expressão “Homem do meu tempo” (v. 1), a fim de valorizar uma 
das principais características de seu interlocutor. 
05)A declaração “As coisas serão simples e redondas, justas”, (v. 7) põe em 
evidência uma hipérbole que retoma a crítica do sujeito poético em relação às 
escolhas feitas pelo poeta, em seus poemas.
I. 
Soneto 
Anjo no nome, Angélica na cara, 
Isso é ser flor, e Anjo juntamente, 
Ser Angélica flor, e Anjo florente, 
Em quem, senão em vós se uniformara? 
Quem veria uma flor que não cortara 
De verde pé, de rama florescente? 
E quem um Anjo vira tão luzente, 
Que por seu Deus, o não idolatrara? 
Se como Anjo sois dos meus altares, 
Fôreis o meu custódio, e a minha 
guarda, 
Livrara eu de diabólicos azares. 
Mas vejo que tão bela, e tão galharda 
Posto que os Anjos nunca dão pesares, 
Sois Anjo, que me tenta, e não me 
guarda. 
MATOS, Gregório de. Soneto. Gregório de Matos. 2. 
ed. São Paulo: Nova Cultura, 1988. Seleção de textos e 
notas, estudos biográfico, histórico e crítico por Antônio 
Dimas. p. 106. (Literatura comentada). 
II. 
A mulher que passa 
Meu Deus, eu quero a mulher que 
passa, 
Seu dorso frio é um campo de lírios 
Tem sete cores nos seus cabelos 
Sete esperanças na boca fresca! 
Oh! como és linda mulher que passas 
Que me sacias e suplicias 
Dentro das noites, dentro dos dias! 
Teus sentimentos são poesias 
Teus sofrimentos, melancolia. 
Teus pelos leves são relva boa 
Fresca e macia. 
Teus belos braços são cisnes mansos 
Longe das vozes da ventania. 
Meu Deus, eu quero a mulher que 
passa! [...] 
MORAES, Vinicius de. A mulher que passa. Vinicius 
de Moraes. São Paulo: Abril Educação, 1980. Seleção 
de textos e notas, estudos biográfico, histórico e crítico 
por Carlos Felipe Moisés. p. 23-24. (Literatura 
comentada).
Questão 06 
Os dois textos, embora pertençam a autores e a épocas diferentes, 
veem a mulher como 
01)musa inspiradora de grandes obras de ficção. 
02)razão de muitas indagações místicas e metafísicas. 
03)motivo de inquietação e desejo para o gênero oposto. 
04)símbolo de beleza angelical cultuado pelo sexo masculino. 
05)apoio indispensável para o homem no enfrentamento do dia a dia.
Questão 06 
Os dois textos, embora pertençam a autores e a épocas diferentes, 
veem a mulher como 
01)musa inspiradora de grandes obras de ficção. 
02)razão de muitas indagações místicas e metafísicas. 
03)motivo de inquietação e desejo para o gênero oposto. 
04)símbolo de beleza angelical cultuado pelo sexo masculino. 
05)apoio indispensável para o homem no enfrentamento do dia a dia.
Questão 07 
A análise dos dois textos permite afirmar: 
01) Tanto em I quanto em II, a mulher mantém-se impassível diante das 
declarações feitas por seus admiradores. 
02) Em ambos, o eu lírico tem consciência da correspondência dos 
sentimentos nutridos por sua musa, embora isso fique apenas subjacente no 
I. 
03) Nos dois contextos, a mulher é vista como um ser frágil, razão por que as 
duas figuras femininas são comparadas com certos elementos da natureza, 
como flor, campo de lírios, relva... 
04) No I, a figura feminina é um ser dual, mas o anjo que ela aparenta ser não 
se identifica com o bem, apenas e necessariamente, já no II, ela é mais 
sensual, mais acessível aos apelos masculinos. 
05) No II, as referências à mulher dizem respeito unicamente às qualidades 
físicas, o mesmo não ocorrendo no I, em que são destacados os valores 
espirituais do ente enfocado.
Questão 07 
A análise dos dois textos permite afirmar: 
01) Tanto em I quanto em II, a mulher mantém-se impassível diante das 
declarações feitas por seus admiradores. 
02) Em ambos, o eu lírico tem consciência da correspondência dos 
sentimentos nutridos por sua musa, embora isso fique apenas subjacente no 
I. 
03) Nos dois contextos, a mulher é vista como um ser frágil, razão por que as 
duas figuras femininas são comparadas com certos elementos da natureza, 
como flor, campo de lírios, relva... 
04) No I, a figura feminina é um ser dual, mas o anjo que ela aparenta ser não 
se identifica com o bem, apenas e necessariamente, já no II, ela é mais 
sensual, mais acessível aos apelos masculinos. 
05) No II, as referências à mulher dizem respeito unicamente às qualidades 
físicas, o mesmo não ocorrendo no I, em que são destacados os valores 
espirituais do ente enfocado.
I. 
Verbo crackar 
Eu empobreço de repente 
Tu enriqueces por minha causa 
Ele azula para o sertão 
Nós entramos em concordata 
Vós protestais por preferência 
Eles escafedem a massa 
Sê pirata 
Sede trouxas 
Abrindo o pala 
Pessoal sarado 
Oxalá que eu tivesse sabido que esse 
verbo era irregular. 
ANDRADE, Oswald de. Verbo crackar. Memórias 
sentimentais de João Miramar. Disponível em: < 
http://74.125.45.104search?q=cachê:s6ojJHo0S 
UM:www. lumiarte.com/luardeoutono...>. Acesso em: 31 
set. 2008. 
II. 
Nosso tempo 
O poeta 
declina de toda responsabilidade 
na marcha do mundo capitalista 
e com suas palavras, intuição, símbolos 
e outras armas 
promete ajudar 
a destruí-lo 
como uma pedreira, uma floresta, 
um verme. 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Nosso tempo. 
Disponível em: 
<http://www.lyricstime.com/carlos-drummond-de-andrade- 
nosso-tempo-lyrics.html> . Acesso em: 31 set. 
2008.
Questão 08 
Os dois textos apresentam o sujeito poético 
01)revoltado pela falência fraudulenta de que foi vítima. 
02)desejoso de somar esforços na luta contra a corrupção. 
03)envolvido na turbulência de mais uma crise econômica. 
04)consciente de que o mundo capitalista é marcado por sérias 
irregularidades. 
05)ansioso por resgatar os valores humanos perdidos nos 
descompassos da modernidade.
Questão 08 
Os dois textos apresentam o sujeito poético 
01)revoltado pela falência fraudulenta de que foi vítima. 
02)desejoso de somar esforços na luta contra a corrupção. 
03)envolvido na turbulência de mais uma crise econômica. 
04)consciente de que o mundo capitalista é marcado por sérias 
irregularidades. 
05)ansioso por resgatar os valores humanos perdidos nos 
descompassos da modernidade.
Revisão (ii)
Questão 09 
Marque V ou F, conforme o caso. 
No texto I, constituem uma antítese os versos 
( )“Eu empobreço de repente” / “Tu enriqueces por minha causa”. 
( )“Ele azula para o sertão” / “Nós entramos em concordata”. 
( )“Vós protestais por preferência” / “Eles escafedem a massa”. 
( )“Sê pirata” / “Sede trouxas”. 
( )“Abrindo o pala” / “Pessoal sarado”. 
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a 
01) V F V F V 
02) F V F V F 
03) V F F V F 
04) F V V F V 
05) V V V V V
Questão 09 
Marque V ou F, conforme o caso. 
No texto I, constituem uma antítese os versos 
( )“Eu empobreço de repente” / “Tu enriqueces por minha causa”. 
( )“Ele azula para o sertão” / “Nós entramos em concordata”. 
( )“Vós protestais por preferência” / “Eles escafedem a massa”. 
( )“Sê pirata” / “Sede trouxas”. 
( )“Abrindo o pala” / “Pessoal sarado”. 
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a 
01) V F V F V 
02) F V F V F 
03) V F F V F 
04) F V V F V 
05) V V V V V
Escuta: 
o que passou passou 
e não há força 
capaz de mudar isto. 
Nesta tarde de férias, disponível, podes, 
se quiseres, relembrar. 
Mas nada acenderá de novo 
o lume 
que na carne das horas se perdeu. 
[...] 
O que passou passou e, muito embora, 
voltas às velhas ruas à procura. 
Aqui estão as casas, a amarela, 
a braca, a de azulejo, e o sol 
que nelas bate é o mesmo 
sol 
que o Universo não mudou nestes vinte anos. 
[...] 
Caminhas no passado e no presente. 
Aquela porta, o batente de pedra, 
o cimento da calçada, até a falha do cimento. 
Não sabes já 
se lembras, se descobres. 
E com surpresa vês o poste, o muro, 
a esquina, o gato na janela, 
em soluços quase te perguntas 
onde está o menino 
igual àquele que cruza a rua agora, 
franzino assim, moreno assim. 
Se tudo continua, a porta 
a calçada a platibanda, 
onde está o menino que também 
aqui esteve? aqui nesta calçada 
se sentou? 
[...] 
O que passou passou. 
Jamais acenderás de novo 
o lume 
do tempo que apagou. 
GULLAR, Ferreira. Praia do caju. Toda poesia. 2. Ed., Rio de 
Janeiro: Civilização Brasileira, 1981. p. 245-246
Questão 10 
Para o sujeito poético, 
01)o fruir a vida implica esquecimento do que passou. 
02)o desejo de reviver o passado é uma inútil perda de tempo. 
03)as recordações simbolizam, dentre outros sentimentos, angústia 
e tristeza. 
04)o resgate do passado é inteiramente impossível, salvo através da 
lembrança. 
05)a evasão de uma realidade hostil é o caminho certo para 
preencher o vazio do que ficou atrás.
Questão 10 
Para o sujeito poético, 
01)o fruir a vida implica esquecimento do que passou. 
02)o desejo de reviver o passado é uma inútil perda de tempo. 
03)as recordações simbolizam, dentre outros sentimentos, angústia 
e tristeza. 
04)o resgate do passado é inteiramente impossível, salvo através da 
lembrança. 
05)a evasão de uma realidade hostil é o caminho certo para 
preencher o vazio do que ficou atrás.
Questão 11 
“Se tudo continua, a porta 
a calçada a platibanda, 
onde está o menino que também 
aqui esteve? aqui nesta calçada 
se sentou?” 
A leitura desses versos sugere 
01)temor do desconhecido. 
02)inaceitação da realidade. 
03)resignação diante do irreversível. 
04)possibilidade de mudar o próprio destino. 
05)racionalidade em face de uma nova descoberta.
Questão 11 
“Se tudo continua, a porta 
a calçada a platibanda, 
onde está o menino que também 
aqui esteve? aqui nesta calçada 
se sentou?” 
A leitura desses versos sugere 
01)temor do desconhecido. 
02)inaceitação da realidade. 
03)resignação diante do irreversível. 
04)possibilidade de mudar o próprio destino. 
05)racionalidade em face de uma nova descoberta.
I. 
Sucede, Marília bela, 
à medonha noite o dia; 
a estação chuvosa e fria 
à quente, seca estação. 
Muda-se a sorte dos tempos; 
só a minha sorte não? 
[...] 
Nenhum dos homens conserva 
alegre sempre o seu rosto; 
depois das penas vem gosto, 
depois do gosto aflição. 
Muda-se a sorte dos homens; 
só a minha sorte não? 
GONZAGA, Tomás Antônio. Lira XXXVI. 
Marília de Dirceu. São Paulo: 
Círculo do Livro, s.d. p. 90-91. 
II. 
Meu Deus! e quantas eu amei!... 
Contudo 
Das noites voluptuosas da existência 
Só restam-me saudades dessas horas 
Que iluminou tua alma d’inocência! 
[...] 
E por três noites padeci três anos, 
Na vida cheia de saudade infinda... 
Três anos de esperança e de martírio... 
Três anos de sofrer – e espero ainda! 
AZEVEDO, Álvares de. Saudades. Lira 
dos vinte anos. São Paulo: 
FTD, 1994. p. 97.
Questão 12 
Os textos, embora pertençam a estilos de época diferentes, 
expressam, em comum, 
01)um sentimentalismo exacerbado. 
02)um questionamento acerca do destino. 
03)a tradução de um convencionalismo estético. 
04)um sujeito poético consciente da efemeridade das coisas. 
05)o sentimento de descrença na intervenção divina no destino 
humano.
Questão 12 
Os textos, embora pertençam a estilos de época diferentes, 
expressam, em comum, 
01)um sentimentalismo exacerbado. 
02)um questionamento acerca do destino. 
03)a tradução de um convencionalismo estético. 
04)um sujeito poético consciente da efemeridade das coisas. 
05)o sentimento de descrença na intervenção divina no destino 
humano.
Jovens professores, imbuídos de anárquicos modismos europeus, 
debatiam as matérias com os alunos, escutando objeções, admitindo 
dúvidas. Intolerável licenciosidade — na opinião do professor Argolo de 
Araújo. Sua sala de aulas não se transformaria em tasca de heréticos e 
baderneiros, em bordel de parvoíces. Quando, aleitado no mau exemplo 
de outras cátedras, um tal de Ju, acadêmico de curso brilhante — 
distinção em todas as matérias —, acusou-lhe as ideias de retrógradas, 
exigiu inquérito e suspensão do atrevido que lhe interrompera a aula com 
espantoso brado: 
— Professor Nilo Argolo, o senhor é o próprio Savonarola saído da 
Inquisição para a Faculdade de Medicina da Bahia! 
Amado, Jorge. Tenda dos Milagres. 45. ed. Rio de Janeiro: Record, 2006. p. 
141.
Questão 13 
A afirmativa em desacordo com o texto e a obra em sua totalidade 
é a 
01)O narrador apresenta a articulação entre espaço geográfico e 
espaço identitário. 
02)O romance comprova a concepção de literatura como 
instrumento de contestação. 
03)A identidade do negro, através de Archanjo, revela-se ligada tão 
somente ao corpo e seu apelo sensual. 
04)A narrativa objetiva a desconstrução da imagem da cultura afro-brasileira 
veiculada pelas elites conservadoras. 
05)O professor Argolo é portador de discurso depreciador de negros 
e mestiços, eco do pensamento
Questão 13 
A afirmativa em desacordo com o texto e a obra em sua totalidade 
é a 
01)O narrador apresenta a articulação entre espaço geográfico e 
espaço identitário. 
02)O romance comprova a concepção de literatura como 
instrumento de contestação. 
03)A identidade do negro, através de Archanjo, revela-se ligada tão 
somente ao corpo e seu apelo sensual. 
04)A narrativa objetiva a desconstrução da imagem da cultura afro-brasileira 
veiculada pelas elites conservadoras. 
05)O professor Argolo é portador de discurso depreciador de negros 
e mestiços, eco do pensamento
Dias depois da morte de D. Mariquinha, Seu Lula, todo de 
luto, reuniu os negros no pátio da casa-grande e falou para 
eles. A voz não era mais aquela voz mansa de outros 
tempos. Agora Seu Lula era o dono de tudo. O feitor, o negro 
Deodato, recebera as suas instruções aos gritos. Seu Lula 
não queria vadiação naquele engenho. Agora, todas as 
tardes, os negros teriam que rezar as ave-marias. Negro não 
podia mais andar de reza para S. Cosme e S. Damião. Aquilo 
era feitiçaria. 
REGO, José Lins do. Fogo morto. 33. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989. 
p. 148.
Questão 14 
O fragmento pertence à obra “Fogo Morto”, de José Lins do Rego, um dos 
importantes autores da chamada geração de 30 do Modernismo brasileiro. 
A alternativa que contém um pensamento comum ao fragmento e à obra 
“Tenda dos Milagres”, de Jorge Amado, é a 
01)Enfoque crítico da abolição da escravatura e seus efeitos. 
02)Retratos de uma ordem socioeconômica em transformação. 
03)Defesa da consciência revolucionária como meio de mudança social. 
04)Destaque para a relevância do papel social do negro na história do país. 
05)Desqualificação das crenças dos negros como mecanismo de opressão.
Questão 14 
O fragmento pertence à obra “Fogo Morto”, de José Lins do Rego, um dos 
importantes autores da chamada geração de 30 do Modernismo brasileiro. 
A alternativa que contém um pensamento comum ao fragmento e à obra 
“Tenda dos Milagres”, de Jorge Amado, é a 
01)Enfoque crítico da abolição da escravatura e seus efeitos. 
02)Retratos de uma ordem socioeconômica em transformação. 
03)Defesa da consciência revolucionária como meio de mudança social. 
04)Destaque para a relevância do papel social do negro na história do país. 
05)Desqualificação das crenças dos negros como mecanismo de opressão.
Não houve jeito de a agência funerária receber o esquife de volta, nem 
pela metade do preço. Tiveram de pagar, mas Vanda aproveitou as velas 
que sobraram. O caixão está até hoje no armazém de Eduardo, 
esperançoso ainda de vendê-lo a um morto de segunda mão. Quanto à 
frase derradeira, há versões variadas. Mas, quem poderia ouvir direito no 
meio daquele temporal? Segundo um trovador do Mercado, passou-se 
assim: 
“No meio da confusão 
ouviu-se Quincas dizer: 
“— Me enterro como entender 
na hora que resolver. 
Podem guardar seu caixão 
pra melhor ocasião. 
Não vou deixar me prender 
em cova rasa no chão.” 
E foi impossível saber 
o resto de sua oração.” 
AMADO, Jorge. A morte e a morte de Quincas Berro D’água. 44. ed. Rio de Janeiro: Record, 1979. p. 
103.
Questão 15 
O trecho, inserido na obra, permite afirmar: 
01)A morte de Joaquim e a morte de Quincas equivalem-se simbolicamente. 
02)O velho marinheiro, rebelde em vida, submete-se, na morte, às convenções 
sociais. 
03)O herói, apesar de alçado à condição de mito, tem vetada a chance de 
escolher a forma de transposição para o outro mundo. 
04)O valor de Quincas como ser humano é diretamente proporcional ao seu 
status social no universo de que faz parte sua família. 
05)O mar, por sua simbologia, apresenta-se como o espaço compatível com a 
dimensão alcançada por Quincas, em sua trajetória existencial, para recebê-lo na 
morte.
Questão 15 
O trecho, inserido na obra, permite afirmar: 
01)A morte de Joaquim e a morte de Quincas equivalem-se simbolicamente. 
02)O velho marinheiro, rebelde em vida, submete-se, na morte, às convenções 
sociais. 
03)O herói, apesar de alçado à condição de mito, tem vetada a chance de 
escolher a forma de transposição para o outro mundo. 
04)O valor de Quincas como ser humano é diretamente proporcional ao seu 
status social no universo de que faz parte sua família. 
05)O mar, por sua simbologia, apresenta-se como o espaço compatível com a 
dimensão alcançada por Quincas, em sua trajetória existencial, para recebê-lo na 
morte.
Pareceu-me que, ao entrar no largo, vinha de longa viagem. 
Certeza tenho agora de que vinha de tão longa viagem, mas 
de tão longa viagem que a morta não a interrompeu. Em 
delírio, já criatura de um mundo que não o nosso, entre cores 
e luzes, a morte não a matou porque morreu fora do corpo. E, 
por isso, não morreu no Largo da Palma. 
FILHO, Adonias. Um corpo sem nome. O Largo da Palma. Rio de Janeiro: Civilização 
Brasileira, 1981. p. 76.
Questão 16 
Considere o trecho inserido no todo da narrativa e assinale a única afirmativa 
em desacordo com o conto Um corpo sem nome. 
01)O narrador mostra-se reflexivo em face da morte e do tempo. 
02)O enunciador apresenta-se na primeira pessoa, revelando-se onisciente. 
03)O mistério da identidade da morta aguça no narrador uma curiosidade 
compassiva. 
04)O locutor, motivado pelo episódio da morta, resgata da memória uma 
experiência de sua juventude que o revela como ser solidário. 
05)As circunstâncias que envolvem o fato narrado conduzem o narrador à 
conclusão de que a morte da individualidade daquela mulher é anterior à do 
corpo.
Questão 16 
Considere o trecho inserido no todo da narrativa e assinale a única afirmativa 
em desacordo com o conto Um corpo sem nome. 
01)O narrador mostra-se reflexivo em face da morte e do tempo. 
02)O enunciador apresenta-se na primeira pessoa, revelando-se onisciente. 
03)O mistério da identidade da morta aguça no narrador uma curiosidade 
compassiva. 
04)O locutor, motivado pelo episódio da morta, resgata da memória uma 
experiência de sua juventude que o revela como ser solidário. 
05)As circunstâncias que envolvem o fato narrado conduzem o narrador à 
conclusão de que a morte da individualidade daquela mulher é anterior à do 
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  • 2. I. Criar meu web site Fazer minha home-page Com quantos gigabytes Se faz uma jangada Um barco que veleja... [...] Eu quero entrar na rede Promover um debate Juntar via internet Um bando de tietes de Connecticut GIL, Gilberto. Pela internet. Disponível em: <http://letras.terra. com.br/ gilberto-gil/68924/>. Acesso em: 9 set. 2011. II. O meu endereço tá na internet Click para amado@.com Vamos resolver de vez o seu futuro Sou um homem maduro Sou um homem bom Que quer uma amiga Uma companheira Uma amada amante Uma namorada Pra viver comigo Uma vida inteira Estando ao meu lado Não vai faltar nada BATISTA, Amado. Amado@.com. Disponível em: <http:// letras.terra.com.br/amado-batista/ 166232>. Acesso em: 9 set. 2011.
  • 3. Questão 01 Sobre os textos I e II, é correto afirmar: 01)Ambos se reportam à rede como um meio de solucionar problemas a distância. 02)Os dois dialogam ao referendar a internet como chance de contato com mundos diferentes. 03)Tanto o I quanto o II trabalham com o mesmo assunto: a troca de ideias entre desconhecidos. 04)O I traça o perfil da internet como geradora de emoções e o II, como causadora de desenlaces. 05)O I trata da busca de novas descobertas, de novos conhecimentos, e o II, da resolução de uma questão amorosa.
  • 4. Questão 01 Sobre os textos I e II, é correto afirmar: 01)Ambos se reportam à rede como um meio de solucionar problemas a distância. 02)Os dois dialogam ao referendar a internet como chance de contato com mundos diferentes. 03)Tanto o I quanto o II trabalham com o mesmo assunto: a troca de ideias entre desconhecidos. 04)O I traça o perfil da internet como geradora de emoções e o II, como causadora de desenlaces. 05)O I trata da busca de novas descobertas, de novos conhecimentos, e o II, da resolução de uma questão amorosa.
  • 5. I. Lira IV Já, já me vai, Marília, branquejando loiro cabelo, que circula a testa; este mesmo, que alveja, vai caindo, e pouco já me resta. As faces vão perdendo as vivas cores, e vão-se sobre os ossos enrugando, vai fugindo a viveza dos meus olhos; tudo se vai mudando. Se quero levantar-me, as costas vergam; as forças dos meus membros já se gastam, vou a dar pela casa uns curtos passos, pesam-me os pés e arrastam. [...] GONZAGA, Tomás Antônio. Lira IV. Segunda parte. Marília de Dirceu. Salvador: Livraria Progresso, 1956. p. 113-114. II. Retrato Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: –– Em que espelho ficou perdida a minha face? MEIRELES, Cecília. Retrato. Flor de poemas. 6. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p. 63.
  • 6. Questão 02 Os dois textos, embora de estilos de época e de autores diferentes, têm em comum 01)a defesa do carpe diem. 02)a consciência da inexorabilidade do fluir do tempo. 03)o inconformismo diante de mudanças imprevisíveis. 04)o choque resultante da constatação entre o real e o idealizado. 05)o medo de enfrentamento dos problemas decorrentes da velhice.
  • 7. Questão 02 Os dois textos, embora de estilos de época e de autores diferentes, têm em comum 01)a defesa do carpe diem. 02)a consciência da inexorabilidade do fluir do tempo. 03)o inconformismo diante de mudanças imprevisíveis. 04)o choque resultante da constatação entre o real e o idealizado. 05)o medo de enfrentamento dos problemas decorrentes da velhice.
  • 8. Questão 03 A única informação sem suporte, no texto II, é a que declara que, diante da imagem refletida no espelho, a voz poética 01)aparece marcada por um tom melancólico. 02)se vale de gradações para sugerir a passagem da vida. 03)revela um sentimento de perplexidade diante das mudanças ocorridas. 04)relembra, com certo amargor, os momentos felizes vividos anteriormente. 05)se indaga, através de metáforas, sobre o lugar em que perdera sua juventude.
  • 9. Questão 03 A única informação sem suporte, no texto II, é a que declara que, diante da imagem refletida no espelho, a voz poética 01)aparece marcada por um tom melancólico. 02)se vale de gradações para sugerir a passagem da vida. 03)revela um sentimento de perplexidade diante das mudanças ocorridas. 04)relembra, com certo amargor, os momentos felizes vividos anteriormente. 05)se indaga, através de metáforas, sobre o lugar em que perdera sua juventude.
  • 10. 05 10 Poema aos Homens do nosso Tempo Ao teu encontro, Homem do meu tempo, E à espera de que tu prevaleças À rosácea de fogo, ao ódio, às guerras, Te cantarei infinitamente à espera de que um dia te conheças E convides o poeta e a todos esses amantes da palavra, e os outros, Alquimistas, a se sentarem contigo à tua mesa. As coisas serão simples e redondas, justas. Te cantarei Minha própria rudeza e o difícil de antes, Aparências, o amor dilacerado dos homens Meu próprio amor que é o teu O mistério dos rios, da terra, da semente. Te cantarei Aquele que me fez poeta e que me prometeu Compaixão e ternura e paz na Terra Se ainda encontrasse em ti o que te deu. HILST. Hilda. (Júbilo Memória Noviciado da Paixão (1974) – Poemas aos Homens do nosso Tempo – IX) [In Poesia: 1959-1979 / Hilda Hilst – São Paulo: Quíron; (Brasília): INL, 1980.] Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/hilda.htm#poemas >Acesso em 18 abr. 2011.
  • 11. Questão 04 O eu poético 01)apresenta um olhar pessimista diante dos valores do homem de seu tempo. 02)não mais se reconhece como poeta diante de mundo cheio de ódio e de guerras. 03)não leva em consideração a identidade inerente entre ele e o homem de seu tempo. 04)acredita que, num tempo futuro melhor, seus versos lembrarão o passado laborioso. 05)crítica a postura do homem de seu tempo, que prefere a guerra à sua própria existência.
  • 12. Questão 04 O eu poético 01)apresenta um olhar pessimista diante dos valores do homem de seu tempo. 02)não mais se reconhece como poeta diante de mundo cheio de ódio e de guerras. 03)não leva em consideração a identidade inerente entre ele e o homem de seu tempo. 04)acredita que, num tempo futuro melhor, seus versos lembrarão o passado laborioso. 05)crítica a postura do homem de seu tempo, que prefere a guerra à sua própria existência.
  • 13. Questão 05 Sobre os aspectos estilísticos que compõem o poema e seus efeitos de sentido, é correto afirmar: 01)O uso do vocativo “Homem do meu tempo” (v. 1) ratifica a linguagem predominantemente denotativa do poema. 02)“À rosácea de fogo” (v. 3) traz um paradoxo que explicita a ironia do sujeito poético quanto aos valores do homem contemporâneo. 03)O polissíndeto presente em “Compaixão e ternura e paz na Terra” (v. 13) pode sugerir o desejo abundante e copioso do sujeito lírico em relação a um mundo melhor. 04)A expressão “amantes da palavra” (v. 5) é uma metáfora que retoma, no contexto, a expressão “Homem do meu tempo” (v. 1), a fim de valorizar uma das principais características de seu interlocutor. 05)A declaração “As coisas serão simples e redondas, justas”, (v. 7) põe em evidência uma hipérbole que retoma a crítica do sujeito poético em relação às escolhas feitas pelo poeta, em seus poemas.
  • 14. Questão 05 Sobre os aspectos estilísticos que compõem o poema e seus efeitos de sentido, é correto afirmar: 01)O uso do vocativo “Homem do meu tempo” (v. 1) ratifica a linguagem predominantemente denotativa do poema. 02)“À rosácea de fogo” (v. 3) traz um paradoxo que explicita a ironia do sujeito poético quanto aos valores do homem contemporâneo. 03)O polissíndeto presente em “Compaixão e ternura e paz na Terra” (v. 13) pode sugerir o desejo abundante e copioso do sujeito lírico em relação a um mundo melhor. 04)A expressão “amantes da palavra” (v. 5) é uma metáfora que retoma, no contexto, a expressão “Homem do meu tempo” (v. 1), a fim de valorizar uma das principais características de seu interlocutor. 05)A declaração “As coisas serão simples e redondas, justas”, (v. 7) põe em evidência uma hipérbole que retoma a crítica do sujeito poético em relação às escolhas feitas pelo poeta, em seus poemas.
  • 15. I. Soneto Anjo no nome, Angélica na cara, Isso é ser flor, e Anjo juntamente, Ser Angélica flor, e Anjo florente, Em quem, senão em vós se uniformara? Quem veria uma flor que não cortara De verde pé, de rama florescente? E quem um Anjo vira tão luzente, Que por seu Deus, o não idolatrara? Se como Anjo sois dos meus altares, Fôreis o meu custódio, e a minha guarda, Livrara eu de diabólicos azares. Mas vejo que tão bela, e tão galharda Posto que os Anjos nunca dão pesares, Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda. MATOS, Gregório de. Soneto. Gregório de Matos. 2. ed. São Paulo: Nova Cultura, 1988. Seleção de textos e notas, estudos biográfico, histórico e crítico por Antônio Dimas. p. 106. (Literatura comentada). II. A mulher que passa Meu Deus, eu quero a mulher que passa, Seu dorso frio é um campo de lírios Tem sete cores nos seus cabelos Sete esperanças na boca fresca! Oh! como és linda mulher que passas Que me sacias e suplicias Dentro das noites, dentro dos dias! Teus sentimentos são poesias Teus sofrimentos, melancolia. Teus pelos leves são relva boa Fresca e macia. Teus belos braços são cisnes mansos Longe das vozes da ventania. Meu Deus, eu quero a mulher que passa! [...] MORAES, Vinicius de. A mulher que passa. Vinicius de Moraes. São Paulo: Abril Educação, 1980. Seleção de textos e notas, estudos biográfico, histórico e crítico por Carlos Felipe Moisés. p. 23-24. (Literatura comentada).
  • 16. Questão 06 Os dois textos, embora pertençam a autores e a épocas diferentes, veem a mulher como 01)musa inspiradora de grandes obras de ficção. 02)razão de muitas indagações místicas e metafísicas. 03)motivo de inquietação e desejo para o gênero oposto. 04)símbolo de beleza angelical cultuado pelo sexo masculino. 05)apoio indispensável para o homem no enfrentamento do dia a dia.
  • 17. Questão 06 Os dois textos, embora pertençam a autores e a épocas diferentes, veem a mulher como 01)musa inspiradora de grandes obras de ficção. 02)razão de muitas indagações místicas e metafísicas. 03)motivo de inquietação e desejo para o gênero oposto. 04)símbolo de beleza angelical cultuado pelo sexo masculino. 05)apoio indispensável para o homem no enfrentamento do dia a dia.
  • 18. Questão 07 A análise dos dois textos permite afirmar: 01) Tanto em I quanto em II, a mulher mantém-se impassível diante das declarações feitas por seus admiradores. 02) Em ambos, o eu lírico tem consciência da correspondência dos sentimentos nutridos por sua musa, embora isso fique apenas subjacente no I. 03) Nos dois contextos, a mulher é vista como um ser frágil, razão por que as duas figuras femininas são comparadas com certos elementos da natureza, como flor, campo de lírios, relva... 04) No I, a figura feminina é um ser dual, mas o anjo que ela aparenta ser não se identifica com o bem, apenas e necessariamente, já no II, ela é mais sensual, mais acessível aos apelos masculinos. 05) No II, as referências à mulher dizem respeito unicamente às qualidades físicas, o mesmo não ocorrendo no I, em que são destacados os valores espirituais do ente enfocado.
  • 19. Questão 07 A análise dos dois textos permite afirmar: 01) Tanto em I quanto em II, a mulher mantém-se impassível diante das declarações feitas por seus admiradores. 02) Em ambos, o eu lírico tem consciência da correspondência dos sentimentos nutridos por sua musa, embora isso fique apenas subjacente no I. 03) Nos dois contextos, a mulher é vista como um ser frágil, razão por que as duas figuras femininas são comparadas com certos elementos da natureza, como flor, campo de lírios, relva... 04) No I, a figura feminina é um ser dual, mas o anjo que ela aparenta ser não se identifica com o bem, apenas e necessariamente, já no II, ela é mais sensual, mais acessível aos apelos masculinos. 05) No II, as referências à mulher dizem respeito unicamente às qualidades físicas, o mesmo não ocorrendo no I, em que são destacados os valores espirituais do ente enfocado.
  • 20. I. Verbo crackar Eu empobreço de repente Tu enriqueces por minha causa Ele azula para o sertão Nós entramos em concordata Vós protestais por preferência Eles escafedem a massa Sê pirata Sede trouxas Abrindo o pala Pessoal sarado Oxalá que eu tivesse sabido que esse verbo era irregular. ANDRADE, Oswald de. Verbo crackar. Memórias sentimentais de João Miramar. Disponível em: < http://74.125.45.104search?q=cachê:s6ojJHo0S UM:www. lumiarte.com/luardeoutono...>. Acesso em: 31 set. 2008. II. Nosso tempo O poeta declina de toda responsabilidade na marcha do mundo capitalista e com suas palavras, intuição, símbolos e outras armas promete ajudar a destruí-lo como uma pedreira, uma floresta, um verme. ANDRADE, Carlos Drummond de. Nosso tempo. Disponível em: <http://www.lyricstime.com/carlos-drummond-de-andrade- nosso-tempo-lyrics.html> . Acesso em: 31 set. 2008.
  • 21. Questão 08 Os dois textos apresentam o sujeito poético 01)revoltado pela falência fraudulenta de que foi vítima. 02)desejoso de somar esforços na luta contra a corrupção. 03)envolvido na turbulência de mais uma crise econômica. 04)consciente de que o mundo capitalista é marcado por sérias irregularidades. 05)ansioso por resgatar os valores humanos perdidos nos descompassos da modernidade.
  • 22. Questão 08 Os dois textos apresentam o sujeito poético 01)revoltado pela falência fraudulenta de que foi vítima. 02)desejoso de somar esforços na luta contra a corrupção. 03)envolvido na turbulência de mais uma crise econômica. 04)consciente de que o mundo capitalista é marcado por sérias irregularidades. 05)ansioso por resgatar os valores humanos perdidos nos descompassos da modernidade.
  • 24. Questão 09 Marque V ou F, conforme o caso. No texto I, constituem uma antítese os versos ( )“Eu empobreço de repente” / “Tu enriqueces por minha causa”. ( )“Ele azula para o sertão” / “Nós entramos em concordata”. ( )“Vós protestais por preferência” / “Eles escafedem a massa”. ( )“Sê pirata” / “Sede trouxas”. ( )“Abrindo o pala” / “Pessoal sarado”. A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a 01) V F V F V 02) F V F V F 03) V F F V F 04) F V V F V 05) V V V V V
  • 25. Questão 09 Marque V ou F, conforme o caso. No texto I, constituem uma antítese os versos ( )“Eu empobreço de repente” / “Tu enriqueces por minha causa”. ( )“Ele azula para o sertão” / “Nós entramos em concordata”. ( )“Vós protestais por preferência” / “Eles escafedem a massa”. ( )“Sê pirata” / “Sede trouxas”. ( )“Abrindo o pala” / “Pessoal sarado”. A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a 01) V F V F V 02) F V F V F 03) V F F V F 04) F V V F V 05) V V V V V
  • 26. Escuta: o que passou passou e não há força capaz de mudar isto. Nesta tarde de férias, disponível, podes, se quiseres, relembrar. Mas nada acenderá de novo o lume que na carne das horas se perdeu. [...] O que passou passou e, muito embora, voltas às velhas ruas à procura. Aqui estão as casas, a amarela, a braca, a de azulejo, e o sol que nelas bate é o mesmo sol que o Universo não mudou nestes vinte anos. [...] Caminhas no passado e no presente. Aquela porta, o batente de pedra, o cimento da calçada, até a falha do cimento. Não sabes já se lembras, se descobres. E com surpresa vês o poste, o muro, a esquina, o gato na janela, em soluços quase te perguntas onde está o menino igual àquele que cruza a rua agora, franzino assim, moreno assim. Se tudo continua, a porta a calçada a platibanda, onde está o menino que também aqui esteve? aqui nesta calçada se sentou? [...] O que passou passou. Jamais acenderás de novo o lume do tempo que apagou. GULLAR, Ferreira. Praia do caju. Toda poesia. 2. Ed., Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981. p. 245-246
  • 27. Questão 10 Para o sujeito poético, 01)o fruir a vida implica esquecimento do que passou. 02)o desejo de reviver o passado é uma inútil perda de tempo. 03)as recordações simbolizam, dentre outros sentimentos, angústia e tristeza. 04)o resgate do passado é inteiramente impossível, salvo através da lembrança. 05)a evasão de uma realidade hostil é o caminho certo para preencher o vazio do que ficou atrás.
  • 28. Questão 10 Para o sujeito poético, 01)o fruir a vida implica esquecimento do que passou. 02)o desejo de reviver o passado é uma inútil perda de tempo. 03)as recordações simbolizam, dentre outros sentimentos, angústia e tristeza. 04)o resgate do passado é inteiramente impossível, salvo através da lembrança. 05)a evasão de uma realidade hostil é o caminho certo para preencher o vazio do que ficou atrás.
  • 29. Questão 11 “Se tudo continua, a porta a calçada a platibanda, onde está o menino que também aqui esteve? aqui nesta calçada se sentou?” A leitura desses versos sugere 01)temor do desconhecido. 02)inaceitação da realidade. 03)resignação diante do irreversível. 04)possibilidade de mudar o próprio destino. 05)racionalidade em face de uma nova descoberta.
  • 30. Questão 11 “Se tudo continua, a porta a calçada a platibanda, onde está o menino que também aqui esteve? aqui nesta calçada se sentou?” A leitura desses versos sugere 01)temor do desconhecido. 02)inaceitação da realidade. 03)resignação diante do irreversível. 04)possibilidade de mudar o próprio destino. 05)racionalidade em face de uma nova descoberta.
  • 31. I. Sucede, Marília bela, à medonha noite o dia; a estação chuvosa e fria à quente, seca estação. Muda-se a sorte dos tempos; só a minha sorte não? [...] Nenhum dos homens conserva alegre sempre o seu rosto; depois das penas vem gosto, depois do gosto aflição. Muda-se a sorte dos homens; só a minha sorte não? GONZAGA, Tomás Antônio. Lira XXXVI. Marília de Dirceu. São Paulo: Círculo do Livro, s.d. p. 90-91. II. Meu Deus! e quantas eu amei!... Contudo Das noites voluptuosas da existência Só restam-me saudades dessas horas Que iluminou tua alma d’inocência! [...] E por três noites padeci três anos, Na vida cheia de saudade infinda... Três anos de esperança e de martírio... Três anos de sofrer – e espero ainda! AZEVEDO, Álvares de. Saudades. Lira dos vinte anos. São Paulo: FTD, 1994. p. 97.
  • 32. Questão 12 Os textos, embora pertençam a estilos de época diferentes, expressam, em comum, 01)um sentimentalismo exacerbado. 02)um questionamento acerca do destino. 03)a tradução de um convencionalismo estético. 04)um sujeito poético consciente da efemeridade das coisas. 05)o sentimento de descrença na intervenção divina no destino humano.
  • 33. Questão 12 Os textos, embora pertençam a estilos de época diferentes, expressam, em comum, 01)um sentimentalismo exacerbado. 02)um questionamento acerca do destino. 03)a tradução de um convencionalismo estético. 04)um sujeito poético consciente da efemeridade das coisas. 05)o sentimento de descrença na intervenção divina no destino humano.
  • 34. Jovens professores, imbuídos de anárquicos modismos europeus, debatiam as matérias com os alunos, escutando objeções, admitindo dúvidas. Intolerável licenciosidade — na opinião do professor Argolo de Araújo. Sua sala de aulas não se transformaria em tasca de heréticos e baderneiros, em bordel de parvoíces. Quando, aleitado no mau exemplo de outras cátedras, um tal de Ju, acadêmico de curso brilhante — distinção em todas as matérias —, acusou-lhe as ideias de retrógradas, exigiu inquérito e suspensão do atrevido que lhe interrompera a aula com espantoso brado: — Professor Nilo Argolo, o senhor é o próprio Savonarola saído da Inquisição para a Faculdade de Medicina da Bahia! Amado, Jorge. Tenda dos Milagres. 45. ed. Rio de Janeiro: Record, 2006. p. 141.
  • 35. Questão 13 A afirmativa em desacordo com o texto e a obra em sua totalidade é a 01)O narrador apresenta a articulação entre espaço geográfico e espaço identitário. 02)O romance comprova a concepção de literatura como instrumento de contestação. 03)A identidade do negro, através de Archanjo, revela-se ligada tão somente ao corpo e seu apelo sensual. 04)A narrativa objetiva a desconstrução da imagem da cultura afro-brasileira veiculada pelas elites conservadoras. 05)O professor Argolo é portador de discurso depreciador de negros e mestiços, eco do pensamento
  • 36. Questão 13 A afirmativa em desacordo com o texto e a obra em sua totalidade é a 01)O narrador apresenta a articulação entre espaço geográfico e espaço identitário. 02)O romance comprova a concepção de literatura como instrumento de contestação. 03)A identidade do negro, através de Archanjo, revela-se ligada tão somente ao corpo e seu apelo sensual. 04)A narrativa objetiva a desconstrução da imagem da cultura afro-brasileira veiculada pelas elites conservadoras. 05)O professor Argolo é portador de discurso depreciador de negros e mestiços, eco do pensamento
  • 37. Dias depois da morte de D. Mariquinha, Seu Lula, todo de luto, reuniu os negros no pátio da casa-grande e falou para eles. A voz não era mais aquela voz mansa de outros tempos. Agora Seu Lula era o dono de tudo. O feitor, o negro Deodato, recebera as suas instruções aos gritos. Seu Lula não queria vadiação naquele engenho. Agora, todas as tardes, os negros teriam que rezar as ave-marias. Negro não podia mais andar de reza para S. Cosme e S. Damião. Aquilo era feitiçaria. REGO, José Lins do. Fogo morto. 33. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989. p. 148.
  • 38. Questão 14 O fragmento pertence à obra “Fogo Morto”, de José Lins do Rego, um dos importantes autores da chamada geração de 30 do Modernismo brasileiro. A alternativa que contém um pensamento comum ao fragmento e à obra “Tenda dos Milagres”, de Jorge Amado, é a 01)Enfoque crítico da abolição da escravatura e seus efeitos. 02)Retratos de uma ordem socioeconômica em transformação. 03)Defesa da consciência revolucionária como meio de mudança social. 04)Destaque para a relevância do papel social do negro na história do país. 05)Desqualificação das crenças dos negros como mecanismo de opressão.
  • 39. Questão 14 O fragmento pertence à obra “Fogo Morto”, de José Lins do Rego, um dos importantes autores da chamada geração de 30 do Modernismo brasileiro. A alternativa que contém um pensamento comum ao fragmento e à obra “Tenda dos Milagres”, de Jorge Amado, é a 01)Enfoque crítico da abolição da escravatura e seus efeitos. 02)Retratos de uma ordem socioeconômica em transformação. 03)Defesa da consciência revolucionária como meio de mudança social. 04)Destaque para a relevância do papel social do negro na história do país. 05)Desqualificação das crenças dos negros como mecanismo de opressão.
  • 40. Não houve jeito de a agência funerária receber o esquife de volta, nem pela metade do preço. Tiveram de pagar, mas Vanda aproveitou as velas que sobraram. O caixão está até hoje no armazém de Eduardo, esperançoso ainda de vendê-lo a um morto de segunda mão. Quanto à frase derradeira, há versões variadas. Mas, quem poderia ouvir direito no meio daquele temporal? Segundo um trovador do Mercado, passou-se assim: “No meio da confusão ouviu-se Quincas dizer: “— Me enterro como entender na hora que resolver. Podem guardar seu caixão pra melhor ocasião. Não vou deixar me prender em cova rasa no chão.” E foi impossível saber o resto de sua oração.” AMADO, Jorge. A morte e a morte de Quincas Berro D’água. 44. ed. Rio de Janeiro: Record, 1979. p. 103.
  • 41. Questão 15 O trecho, inserido na obra, permite afirmar: 01)A morte de Joaquim e a morte de Quincas equivalem-se simbolicamente. 02)O velho marinheiro, rebelde em vida, submete-se, na morte, às convenções sociais. 03)O herói, apesar de alçado à condição de mito, tem vetada a chance de escolher a forma de transposição para o outro mundo. 04)O valor de Quincas como ser humano é diretamente proporcional ao seu status social no universo de que faz parte sua família. 05)O mar, por sua simbologia, apresenta-se como o espaço compatível com a dimensão alcançada por Quincas, em sua trajetória existencial, para recebê-lo na morte.
  • 42. Questão 15 O trecho, inserido na obra, permite afirmar: 01)A morte de Joaquim e a morte de Quincas equivalem-se simbolicamente. 02)O velho marinheiro, rebelde em vida, submete-se, na morte, às convenções sociais. 03)O herói, apesar de alçado à condição de mito, tem vetada a chance de escolher a forma de transposição para o outro mundo. 04)O valor de Quincas como ser humano é diretamente proporcional ao seu status social no universo de que faz parte sua família. 05)O mar, por sua simbologia, apresenta-se como o espaço compatível com a dimensão alcançada por Quincas, em sua trajetória existencial, para recebê-lo na morte.
  • 43. Pareceu-me que, ao entrar no largo, vinha de longa viagem. Certeza tenho agora de que vinha de tão longa viagem, mas de tão longa viagem que a morta não a interrompeu. Em delírio, já criatura de um mundo que não o nosso, entre cores e luzes, a morte não a matou porque morreu fora do corpo. E, por isso, não morreu no Largo da Palma. FILHO, Adonias. Um corpo sem nome. O Largo da Palma. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981. p. 76.
  • 44. Questão 16 Considere o trecho inserido no todo da narrativa e assinale a única afirmativa em desacordo com o conto Um corpo sem nome. 01)O narrador mostra-se reflexivo em face da morte e do tempo. 02)O enunciador apresenta-se na primeira pessoa, revelando-se onisciente. 03)O mistério da identidade da morta aguça no narrador uma curiosidade compassiva. 04)O locutor, motivado pelo episódio da morta, resgata da memória uma experiência de sua juventude que o revela como ser solidário. 05)As circunstâncias que envolvem o fato narrado conduzem o narrador à conclusão de que a morte da individualidade daquela mulher é anterior à do corpo.
  • 45. Questão 16 Considere o trecho inserido no todo da narrativa e assinale a única afirmativa em desacordo com o conto Um corpo sem nome. 01)O narrador mostra-se reflexivo em face da morte e do tempo. 02)O enunciador apresenta-se na primeira pessoa, revelando-se onisciente. 03)O mistério da identidade da morta aguça no narrador uma curiosidade compassiva. 04)O locutor, motivado pelo episódio da morta, resgata da memória uma experiência de sua juventude que o revela como ser solidário. 05)As circunstâncias que envolvem o fato narrado conduzem o narrador à conclusão de que a morte da individualidade daquela mulher é anterior à do corpo.