1. CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DRA. MARIA AUGUSTA SARAIVA
Bruno Marques da Cunha Neto
Nilza Portugal Cunha
Paulo Roberto da Gama e Silva
Plínio Bernardo dos Santos
Análise financeira do Banco Panamericano
Trabalho de Conclusão de Curso
SÃO PAULO
2012
2. CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DRA. MARIA AUGUSTA SARAIVA
Bruno Cunha
Nilza Portugal Cunha
Paulo Roberto da Gama e Silva
Plínio Bernardo dos Santos
Análise financeira do Banco Panamericano
Trabalho de Conclusão de Curso
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Escola Técnica Estadual
Doutora Maria Augusta Saraiva, mantida
pelo Centro Estadual de Educação
Tecnológica Paula Souza, como parte
dos requisitos para a conclusão do curso
Técnico em Contabilidade, sob
orientação do professor Me. Renato
Antonio de Souza.
SÃO PAULO
2012
4. Ficha Catalográfica
CUNHA, Bruno; CUNHA, Nilza Portugal; SILVA, Paulo R. Gama e; Plínio.
Análise financeira do Banco Panamericano
São Paulo: 2012
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Centro Estadual de Educação Tecnológica
Paula Souza – Escola Técnica Estadual Doutora Maria Augusta Saraiva.
Área de concentração: Contabilidade
Orientador: Professor Me. Renato Antônio de Souza
1- Análise financeira 2- Análise de balanço 3- Análise vertical 4- Análise horizontal.
5. Dedicatória
Este trabalho é dedicado à verdade que livra, pois ela enobrece, ilumina e
engrandece o homem, enquanto que a mentira empobrece, obscurece e o
escraviza na própria ignorância.
“Na vida sempre escolha e nunca imponha,
pois somos todos juízes em causa própria”
Osvaldo Polidoro (1910 – 2000)
6. Resumo
Este trabalho tem por objetivo analisar a liquidez financeira, no período
2009/2010 de uma instituição bancária localizada na cidade de São Paulo e
identificar as mudanças significativas que ocorreram nesse período. A
fundamentação teórica adotada neste trabalho foi de Iudícibus (1982), que
considera que “a análise de balanço deve ser entendida dentro de suas
possibilidades e limitações”. Iudícibus (1982), observa que em relação a
análise vertical, “a finalidade principal é denotar o crescimento de itens dos
Balanços e das Demonstrações de Resultados (bem como de outros
demonstrativos) através dos períodos, a fim de caracterizar tendências”. Já na
análise vertical, Iudícibus (1982), entende que ela “é importante para denotar a
estrutura de composição de itens e sua evolução no tempo”. Em relação aos
Índices de liquidez, Iudícibus (1982), escreve que “é importante atentarmos
para o problema dos prazos de vencimentos das contas a receber e a pagar”.
Em relação a metodologia de pesquisa adotada para a realização deste
trabalho, foi a pesquisa documental, que segundo Gaio, Carvalho e Simões
(2008), “para pesquisar, precisamos de métodos e técnicas que nos levam
criteriosamente a resolver problemas (...) é pertinente que a pesquisa científica
esteja alicerçada pelo método”. Como resultado de pesquisa, pudemos verificar
que o banco sofreu forte deterioração financeira, sobretudo pela dilapidação de
seu Patrimônio Líquido, por conta do alto prejuízo acumulado no ano de 2010,
resultado este que influenciou o calculo de vários índices, com variações
significativas. É importante observar que o banco teve um rombo de R$ 4,5
bilhões, que não é visível na análise de seus dados, mas que possivelmente
influenciou o resultado do ano de 2010.
7. Sumário
INTRODUÇÃO .........................................................................................................................08
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................11
1.1 A Importância da análise financeira ..................................................................................11
1.2 Tipos de análise financeira: horizontal e vertical ..............................................................14
1.2.1 Análise Horizontal ..........................................................................................................14
1.2.2 Análise Vertical ...............................................................................................................15
1.3 Índeces de Liquidez ...........................................................................................................16
1.3.1 Liquidez Corrente ...........................................................................................................16
1.3.2 Liquidez Geral ................................................................................................................16
1.3.3 Quocientes de Endividamento .......................................................................................17
1.3.3.1 Participação de Capitais de Terceiros sobre Recursos Totais ......................................17
1.3.4 Rentabilidade Patrimonial .............................................................................................18
1.3.5 Rentabilidade sobre Ativo Total .....................................................................................18
1.3.6 Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido .................................................................19
CAPÍTULO II - METODOLOGIA DE PESQUISA ..........................................................................20
2.1 Pesquisa Documental ........................................................................................................20
2.2 Contexto da Pesquisa ........................................................................................................20
2.3 Instrumentos e Procedimentos da Coleta de Dados .........................................................21
2.4 Procedimentos de Análise de Dados .................................................................................21
CAPÍTULO III - APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .......................................22
3.1 Análise Vertical e horizontal do ativo ................................................................................22
3.1.1 Ativo Circulante ..............................................................................................................28
3.1.2 Disponibilidades .............................................................................................................29
3.1.3 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .........................................................................29
3.1.4 Titulos e Valores Imobiliarios e Instrumentos Financeiros Derivados ............................29
3.1.5 Operações de Crédito .....................................................................................................30
3.1.6 Outros Créditos ...............................................................................................................31
3.1.7 REalizável a Longo Prazo ................................................................................................31
3.1.8 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .........................................................................31
3.1.9 Títulos e Valoresa Mobiliários e Instrumento Financeiro Derivativo .............................31
3.1.10 Operaçõe de Crédito ....................................................................................................32
3.1.11 Outros Créditos ............................................................................................................32
3.1.12 Permanente .................................................................................................................32
8. 3.2 Análise Horizontal e Vertical Passivo ................................................................................33
3.2.1 Passivo Circulante ..........................................................................................................35
3.2.2 Depósitos .......................................................................................................................35
3.2.3 Captações no Mercado Aberto ......................................................................................36
3.2.4 Recurso de Aceite e Emissão de Título ..........................................................................37
3.2.5 Relações Interfinanceiras ..............................................................................................37
3.2.6 Instrumento Financeiro Derivativo ...............................................................................37
3.2.7 Outras Obrigações .......................................................................................................38
3.2.8 Obrigigações Diversas ....................................................................................................38
3.2.9 Exigível a Longo Prazo ....................................................................................................38
3.2.10 Depósitos ......................................................................................................................39
3.2.11 Captações de Mercado Aberto ....................................................................................39
3.2.12 Recursos de Aceites e Emissão de Títulos ....................................................................39
3.2.13 Instrumento Financeiro Derivativo ..............................................................................40
3.2.14 Outras Obrigações ........................................................................................................40
3.2.15 Patrimônio Líquido .......................................................................................................40
3.3 Índices Financeiros ............................................................................................................41
3.3.1 Rentabilidade Patrimonial .............................................................................................41
3.3.2 Rentabilidade sobre ativo total ......................................................................................41
3.3.3 Liquidez Corrente ...........................................................................................................41
3.3.4 Liquidez Geral .................................................................................................................42
3.3.5 Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido .................................................................42
3.3.6 Capital de Terceiros ........................................................................................................43
3.3.7 Depósitos a Vista Sobre o Patrimônio Líquido ...............................................................43
3.3.8 Capital de Giro Próprio ....................................................................................................43
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................48
9. 8
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo (i) analisar a liquidez financeira, no período de
2009/2010, de uma instituição bancária localizada na cidade de São Paulo e (ii)
identificar e refletir sobre as mudanças significativas que ocorreram nesse período.
A pesquisa tem caráter documental pois seu contexto recai sobre o Banco
Panamericano. Essa instituição apresentou no mês de dezembro/2010 um prejuízo
de R$ 133,6 milhões, conforme consta do balanço patrimonial divulgado. Na época,
a diretoria decidiu apresentar apenas o resultado do mês de dezembro/2010 e não
do 4° trimestre do mesmo ano. As irregularidades constatadas no balanço
apontaram um rombo de R$ 4,3 bilhões. Desse montante, R$ 1,6 bilhões eram
referente à carteira de crédito insubsistente; R$ 1,7 bilhões referente a passivos não
registrados de operações de cessão de liquidados/referenciados; R$ 500 milhões
referente a irregularidades na constituição de provisões para perdas de crédito; R$
300,0 milhões referente a ajustes de marcação a mercado e R$ 200 milhões
referente a outros ajustes.
A reversão desse quadro ficou acordada em função do suporte oferecido pela
Caixa Econômica Federal, que é também acionista do banco; pelo novo controlador,
o Banco BTG Pactual e pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), além do depósito
adicional de R$ 13 bilhões feito em conta de “Deposito de acionista”, pelo então
controlador, o Grupo Silvio Santos, em 31/01/2011.
Para chegarmos aos objetivos propostos, é importante levarmos em conta a
importância da análise financeira como instrumento de mensuração dos dados
financeiros de uma instituição, o papel dos índices de liquidez nessa mesma análise,
a sua fundamentação teórica e o significado desses índices. A importância da
análise financeira nunca deve ser menosprezada, uma vez que ela fornece muitas
vezes informações decisivas para o fechamento de um negócio, para a concessão
de crédito a um cliente ou até mesmo mudança na política financeira de uma
empresa. Não raro, decisões desastrosas são evitadas pela leitura cuidadosa dos
índices financeiros de uma organização.
Os dados financeiros fornecidos por uma instituição e a sua análise técnica
mostram a sua capacidade de honrar compromissos, de investimentos, de
crescimento dentro do mercado em que atua e o seu posicionamento em relação à
10. 9
concorrência. Consequentemente, a análise não é somente útil para os seus clientes
como também para a própria empresa. Mostra também se as decisões tomadas pela
diretoria da empresa estão em conformidade com a posição financeira e patrimonial
e se o caminho adotado é o correto para se atingir as metas propostas. A análise
financeira é uma espécie de raio X das contas de uma organização. Assim, não
permite margem para erros e nem mesmo desculpas para decisões equivocadas.
. Tal pesquisa foi elaborada por causa das denúncias de fraude na
contabilidade do banco, pela sua repercussão, ainda mais num ano eleitoral como
foi o de 2010. É importante salientar que o setor financeiro tem na confiança que ele
dá ao público a sua principal característica que o diferencia dos demais setores da
economia porque o setor financeiro, mais do que qualquer outro, tem justamente na
confiança que o público deposita nele o seu diferencial em relação aos outros
setores da economia. A análise financeira de um banco oferece não apenas
informações importantes sobre essa instituição como também nos mostra a
perspectiva do futuro próximo. Além disso, a realização deste trabalho justifica-se,
também, pelo fato de ser pré-requisito para obtenção do Certificado de Conclusão
do Curso Técnico de Contabilidade, cursado na Escola Técnica Estadual Doutora
Maria Augusta Saraiva, mantida pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica
Paula Souza.
Para atingir os objetivos propostos neste trabalho, formulamos as seguintes
perguntas de pesquisa:
1- Qual é a liquidez financeira da instituição pesquisada, no período de
2009/2010?
2- Quais são as mudanças significativas ocorridas nesse período e quais seus
impactos?
Para estabelecer uma ordem e esclarecer o tema proposto, nosso trabalho
apresenta a seguinte organização: no primeiro capítulo, abordaremos a
fundamentação teórica sobre a análise financeira, o papel dos índices de liquidez na
análise, seus aspectos mais relevantes e o conceito dos estudiosos da área, com as
características mais importantes da análise e seus aspectos positivos e negativos.
No segundo capítulo, apresentaremos como a pesquisa foi elaborada e quais foram
os instrumentos utilizados para a coleta e a interpretação de dados. Para finalizar
11. 10
nossa pesquisa, no terceiro e último capítulo, apresentaremos e discutiremos os
resultados encontrados. Em seguida, apresentaremos as considerações finais e as
referências bibliográficas.
12. 11
CAPITULO 1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 - A importância da análise financeira
A importância da análise financeira dos balanços das empresas é
inquestionável nos dias atuais. Em um mundo globalizado, em que a informação se
transmite de forma instantânea e as decisões são tomadas sobre um conjunto de
muitas informações, a análise financeira das demonstrações contábeis de uma
empresa se torna uma ferramenta essencial, até para quantificar o volume de um
negócio a ser empreendido. A questão da análise financeira se prende muito mais a
transparência das informações transmitidas pelas demonstrações financeiras, pois
essas mesmas informações têm de representar de forma adequada a real situação
financeira de uma organização. Assim, a confiança dos números tem de ser total,
pois do contrário, a análise fica comprometida.
Para Iudícibus (1982, p. 58) “a análise de balanço deve ser entendida dentro
de suas possiblidades e limitações”. O autor entende que há “mais problemas do
que soluções a serem investigadas. Por outro lado, essa mesma análise pode se
transformar num poderoso painel de controle da administração”. Além disso,
Iudícibus (1982) aponta alguns detalhes que considera importante para uma análise
mais criteriosa. Entre eles:
- Os registros contábeis da empresa devem ser mantidos com esmero.
- A necessidade de auditoria interna e, sobretudo externa, para assegurar a
veracidade das demonstrações financeiras.
- O cuidado com os valores de contas a receber e estoques a serem extraídos
dos balanços iniciais e finais, pois nem sempre esses valores representam
adequadamente as médias reais do período apurado.
- A correção dos valores em análise, tendo em vista a variação do poder
aquisitivo da moeda.
13. 12
- A análise de balanço não pode ficar limitada a apenas um exercício, pois é
pouco reveladora. Deve haver comparações com os da concorrência e as
metas previamente estabelecidas pela própria administração da empresa.
Ainda segundo o autor, “para facilitar o trabalho de análise, os valores podem
ser arredondados e, se não houver necessidade de um detalhamento muito
específico, as contas do balanço podem ser agrupadas” (IUDICIBUS, 1982, p. 58).
Em seu estudo sobre análise financeira, Lunelli (2011, p. 03) aponta que
“calcular índices é uma tarefa bastante simplista. O que se precisa é meramente um
conhecimento de matemática básica ou financeira e saber classificar as contas das
demonstrações a fim de se aplicar as fórmulas”. Para o autor, “o grande desafio do
problema é a análise e interpretação destes cálculos ou dos índices extraídos.
Calcular é muito simples”. Ainda segundo o autor, “indispensável é reforçar a
necessidade de bem interpretar os dados e informações”. Ainda completa afirmando
que “a importância em se proceder à análise financeira e de balanços é de um grau
de relevância extremamente alto” (LUNELLI, 2011, p. 03).
O autor considera mais interessante e válido “utilizar-se de uma quantidade
limitada e direcionada de índices e quocientes apurados e compará-los com os
padrões do mercado atual e concorrente”. Isto por que, segundo o autor, essa
comparação permite “expressar quais são os reais problemas merecedores de
especial atenção do que apura dezenas de indicadores sem qualquer base
comparativa com significados absolutos ou teóricos”. Considera também que a
análise financeira bem manuseada pode se constituir num “excelente e poderoso
painel de controle” (LUNELLI, 2011, p.03).
Para Assaf Neto (2002 p. 48) em seu estudo sobre estrutura e análise de
balanço, a análise de balanço “visa relatar, com base nas informações contábeis
fornecidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que
determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras”. Para o autor, as
informações representam sobre “a posição passada, presente e futura (projetada) de
uma empresa”. Ele entende também que a preocupação do analista está centrada
nas demonstrações financeiras da empresa, de onde ele “toma ou influencia
decisões sobre a concessão ou não de crédito, investir em seu capital acionário,
alterar política financeira da empresa, se ela é bem administrada, solvente, lucrativa
e se tem condições de saldar as suas dividas”.
14. 13
Para Figueiredo e Morozini (2008, p. 2), a importância da análise financeira é
que ela propicia aos usuários “a obtenção de dados financeiros que possam ser
aproveitados para monitorar a situação financeira das empresas; avaliação da
necessidade de se aumentar/reduzir a capacidade produtiva da organização”. Além
disso, a mesma análise permite determinar o aumento/redução dos financiamentos
requeridos. Os autores entendem que as informações devem ser, além de
verdadeiras, íntegras.
Marion (1998, p. 27) segue pelo mesmo caminho, pois segundo ele, “os
responsáveis pela administração estão tomando decisões, quase todas importantes,
vitais para o sucesso do negócio”. Por isso há necessidade de dados, de
informações corretas, de subsídios que contribuam para a boa tomada de decisão.
O autor compara esses tipos de decisões àquelas importantes que tomamos em
nossas vidas, tais como o casamento, a carreira profissional que vamos seguir a
casa que vamos comprar.
O autor acrescenta que “a contabilidade é o grande instrumento que auxilia a
administração a tomar decisões”. Ela coleta os dados econômicos, “mensurando-o
monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de
comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões” (MARION,
1998, p. 27), completa o autor.
Assim, dois fatores são fundamentais na análise de balanço e nas decisões
concernentes a elas: o volume de informações disponíveis e a qualidade delas. O
trabalho de análise financeira não pode se constituir em algo isolado ou aleatório.
Muito pelo contrário. Os critérios adotados devem ser coerentes com o objetivo a ser
alcançado. Princípios, métodos e metas a serem atingidas são o caminho a ser
trilhado para uma análise séria e bem feita.
1.2 - Tipos de análise financeira: horizontal e vertical
A análise financeira se divide em duas bases: a vertical e horizontal. Cada
uma atende a um objetivo e completam-se. Essas análises permitem, de um lado,
um comparativo ano a ano das contas dos balanços de uma empresa, a sua
evolução para maior ou menor e o significado disso. Esta é a analise Horizontal. Por
15. 14
outro lado, na análise vertical, podemos ver o percentual que cada conta tem no total
do ativo e passivo respectivamente.
1.2.1 - Análise horizontal
Segundo Iudícibus (1982, p. 65), “a finalidade principal da análise horizontal é
denotar o crescimento de itens dos Balanços e das Demonstrações de Resultados
(bem como de outros demonstrativos) através dos períodos, a fim de caracterizar
tendências”. Ainda, segundo o autor, a análise horizontal “aplicada a itens do
balanço, tem o mesmo significado que a aplicada a itens da Demonstração de
Resultado. Trata-se de discernir o ritmo de crescimento dos vários itens”. Iudicibus
(1982, p. 68) cita como exemplo o item “Disponível”. Sua análise horizontal só ganha
sentido se aliada à vertical. Segundo o autor “o Disponível pode ter crescido em
valores absolutos, mas sua participação percentual sobre o ativo corrente ou total
pode ter-se mantido constante ou até diminuído por causa do aumento do giro e das
dimensões da empresa”.
Para Moura Ribeiro (2002, p 176), a análise Horizontal tem por finalidade
“evidenciar a evolução dos itens das demonstrações financeiras ao longo dos anos.
Este tipo de análise possibilita o acompanhamento de cada uma das contas que
compõem a demonstração em questão”, ressaltando o autor as tendências
evidenciadas em cada uma delas, sejam de evolução ou de retração. Para o autor, a
analise horizontal “compara a evolução dos valores de cada conta das
demonstrações em análise ao longo de vários períodos”, entendendo também que a
análise Horizontal e Vertical devem ser utilizadas conjuntamente.
1.2.2 Análise vertical
Segundo Iudícibus (1982, p. 69), a análise vertical “é importante para denotar
a estrutura da decomposição de itens e sua evolução no tempo”. Para o autor,
algumas análises verticais já representam quocientes. Como exemplo, ele cita que a
análise de Demonstrativos de resultados “já relaciona uma série de itens de despesa
16. 15
e resultado com a venda. O Lucro Líquido sobre as Vendas é um dos componentes
do cálculo de retorno sobre o investimento”.
Para Iudicibus (1982, p. 73), “conclusões apressadas devem ser evitadas a
partir das análises vertical e horizontal, tomadas isoladas e conjuntamente”. Para o
autor, “somente a apreciação conjunta dos vários quocientes poderá dar uma ideia
mais nítida da situação da empresa”.
Para Moura Ribeiro (2002, p. 173), a análise vertical “é aquela através da qual
se compara cada um dos elementos do conjunto em relação ao total do conjunto.
Ela evidencia a porcentagem de participação de cada elemento no conjunto”.
Segundo o autor, “o principal objetivo da análise vertical é mostrar a importância de
cada conta na demonstração financeira a que pertence”. A análise vertical pode ser
feita em qualquer demonstração financeira, pois, segundo o autor, sua plenitude
ocorre no momento em que é efetuada na Demonstração de Resultado do Exercício.
Segundo Moura Ribeiro (2002, p. 180) “em qualquer processo de análise de
balanço, seja por meio de quocientes, comparação com padrões, análise vertical ou
horizontal, não se pode desprezar o problema da inflação”. Para o autor, para que as
comparações sejam efetuadas visando a menor margem de erro possível, “há
necessidade de traduzir os valores dos exercícios analisados para uma moeda de
poder aquisitivo constante”.
1.3 Índices de liquidez
1.3.1 - Liquidez corrente
Ludicibus (1982, p. 78), esse índice “relaciona o quanto a empresa tem de
disponível e conversível em determinado prazo em dinheiro, com relação às dívidas
de curto prazo”. É um índice muito divulgado e frequentemente considerado como o
melhor indicador da situação de liquidez da empresa. Para o autor, “neste índice é
importante, assim como nos outros, atentarmos para o problema dos prazos de
vencimentos das contas a receber e a pagar”.
Para Moura Ribeiro (2002, p. 141), “este índice quociente revela a capacidade
da empresa para cumprir os seus compromissos de curto prazo, isto é, quanto a
empresa tem de ativo circulante para cada real de passivo circulante”. A
17. 16
interpretação desse quociente, segundo o autor, deve ser direcionada para verificar
a existência do capital circulante líquido. Ele é denominado também de medida de
solvência. Sua fórmula é: Ativo Circulante/Passivo Circulante.
1.3.2 - Liquidez Geral
Segundo Iudícibus (1982, p. 81), “este quociente1 serve para detectar a
saúde financeira (no que se refere à liquidez) de longo prazo da empresa. Da
mesma forma que na liquidez corrente, a questão dos prazos de pagamento e
recebimento são fundamentais”. Para o autor, “no caso do longo prazo é um
complicador a mais, já que se a empresa não tiver valores consideráveis para
receber num período mais longo, a liquidez pode ficar comprometida”.
Para Moura Ribeiro (2002, p. 140), “este quociente evidencia se os recursos
financeiros aplicados no ativo circulante e no ativo não circulante são suficientes
para cobrir as obrigações totais, isto é, quanto a empresa tem de ativo circulante
mais ativo não circulante para cada real de obrigação total”. Para o autor, se este
quociente for igual ou superior a um, “pode se afirmar que a entidade encontra-se
satisfatoriamente estruturada do ponto de vista financeiro”. Sua fórmula de cálculo é:
Ativo Circulante + Ativo não Circulante/Passivo Circulante + Passivo não Circulante.
1.3.3 - Quocientes de Endividamento
1.3.3.1 - Participação de Capitais de Terceiro sobre Recursos Totais
Segundo Iudícibus (1982, p.82), este índice é conhecido também como “Debt
Ratio, de grande relevância, relaciona o Exigível Total (Capitais de Terceiros) com
os Fundos Totais Providos (por Capitais Próprios e Capitais de Terceiros)”. Ainda
segundo o autor, ele expressa o percentual que o endividamento representa sobre
os fundos totais e o percentual do Ativo Total financiado com recursos de terceiros.
Ainda segundo o autor, “é uma forma de encarar a dependência de recursos de
terceiros. Se o quociente for durante vários anos consistente e acentuadamente
maiores que um, denotaria uma dependência exagerada de recursos de terceiros”.
1
Alguns autores usam o termo quociente e outros índices. Neste trabalho, adotamos a expressão quociente
como sinônimo de índice.
18. 17
Para Iudícibus, esse quociente é muito utilizado para retratar o posicionamento das
empresas com relação aos capitais de terceiros. Grande parte das empresas que
vão à falência apresentam durante um período relativamente longo altos quocientes
de Capitais de Terceiros/Capitais Próprios.
Segundo Moura Ribeiro (2002, p. 134), esse quociente revela a “proporção
existente entre capitais de terceiros e capitais próprios, isto é, quando a empresa
utiliza de capitais de terceiros para cada real de capital próprio”. Para o autor, quanto
menor for este quociente melhor, pois menor será o grau de endividamento da
empresa e maior será a sua liberdade financeira para tomar decisões. Fórmula de
cálculo: Participação de Capitais de Terceiros sobre Recursos Totais = Passivo
Total/ Passivo Total + Patrimônio Líquido
Quociente de Capitais de Terceiros/Capital Próprios = Exigível Total/Patrimônio
Líquido
1.3.4 - Rentabilidade Patrimonial
Segundo Iudícibus (1982, p. 96), a importância desse quociente está em
“expressar os resultados globais auferidos pela gerência na gestão de recursos
próprios e de terceiros em benefício dos acionistas”. Para o autor, a principal tarefa
da administração financeira é “maximizar o valor de mercado para o acionista e
estabelecer um fluxo de atividades compensador”. No longo prazo, “o valor de
mercado da ação é influenciado substancialmente pelo quociente de retorno sobre o
Patrimônio Líquido”, completa o autor.
Para Moura Ribeiro (2002, p. 149), “esse quociente revela qual foi a taxa de
rentabilidade obtida pelo capital próprio investido na empresa, isto é, quanto a
empresa ganhou de lucro líquido para cada real de capital próprio investido”. Para o
autor, quanto maior esse quociente, melhor. O autor entende também que a
”interpretação deste índice dever ser direcionada para verificar qual o tempo
necessário para se obter o retorno do capital próprio investido na empresa”.
Fórmula de cálculo: Rentabilidades Patrimonial = Lucro Líquido/Patrimônio Liquido
1.3.5 – Rentabilidade Sobre Ativo Total
19. 18
Segundo Iudícibus (1982, p. 91), o cálculo desse índice é “provavelmente, o
mais importante quociente individual de toda a análise de balanço”. O autor define
esse índice pela sigla QRI (Quociente de Retorno sobre Investimento).
Para Moura Ribeiro (2002, p. 148), esse quociente “evidencia o potencial de
geração de lucros por parte da empresa, isto é, quanto a empresa obteve de lucro
líquido para cada real de investimento total”. A interpretação desse índice, segundo
o autor, “deve ser direcionada para verificar o tempo necessário para que haja
retorno dos capitais totais (Próprios e de terceiros investidos na empresa), Quanto
maior for esse quociente, maior será a lucratividade“, resume o autor. Fórmula de
cálculo: Rentabilidade Sobre Ativo Total = Lucro Líquido/Ativo Total
1.3.6 – Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido
Segundo Iudícibus (1982, p. 103), esse quociente “pretende retratar qual a
porcentagem dos recursos próprios que estão imobilizados em plantas e instalações,
bem como outras imobilizações, ou que não está em giro”. Para o autor, “se
investirmos uma parcela exagerada dos recursos em ativo imobilizado, poderemos
ter sérios problemas de capital de giro líquido”.
Segundo Moura Ribeiro (2002, p 136), “o quociente revela qual parcela do
Patrimônio Líquido foi utilizada para financiar a compra do Ativo Permanente, isto é,
quanto a empresa imobilizou no Ativo Permanente para cada real de Patrimônio
Líquido”. A interpretação desse quociente deverá ser direcionada a verificar a
existência ou não de Capital Circulante Próprio, que se dá ao excesso de Patrimônio
Líquido sobre o Ativo Permanente.
Fórmula de cálculo: Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido = Ativo
Permanente/Patrimônio Líquido.
20. 19
CAPÍTULO 2
METODOLOGIA DE PESQUISA
O objetivo deste capítulo é apresentar informações a respeito da metodologia
de pesquisa utilizada para responder as questões de pesquisa deste trabalho,
apresentando informações a respeito do contexto de pesquisa, dos instrumentos
para coleta de dados e dos processos para análise desses dados.
2.1- Pesquisa documental
Segundo Gaio, Carvalho e Simões (2008, p 148) “para pesquisar, precisamos
de métodos e técnicas que nos levam criteriosamente a resolver problemas (...) é
pertinente que a pesquisa científica esteja alicerçada pelo método”. Segundo os
autores, isso significa “elucidar a capacidade de observar, selecionar e organizar
cientificamente os caminhos que devem ser percorridos para que a investigação se
concretize”.
A pesquisa documental é um procedimento que se utiliza de métodos e
técnicas para a apreensão, compreensão e análise de documentos dos mais
varados tipos. Alguns autores consideram que pesquisa documental e pesquisa
bibliográfica são sinônimos, pois elas se restringem a análise documentos.
Assim, existe uma discussão acadêmica sobre como classificar o trabalho
acadêmico com documentos. É pesquisa, método, análise ou técnica documental.
2.2 - Contexto da pesquisa
Este trabalho tem por objetivo (i) analisar a liquidez financeira, no período de
2009/2010 de uma instituição bancária localizada na cidade de São Paulo e (ii)
identificar e refletir sobre as mudanças significativas que ocorreram nesse período.
A instituição pesquisada é o Banco Panamericano, que é um banco
brasileiro, com sede em São Paulo, fundado pelo Senhor Abravanel, mais conhecido
por Silvio Santos, controlado de 1990 até 2011 pelo Grupo Silvio Santos. Seu foco é
o financiamento ao varejo, mais especificamente, financiamento de veículos, cartões
21. 20
de credito, empréstimos pessoais e descontos de duplicatas. A instituição está
presente em todas as capitais e principais cidades brasileiras e em seus mais de 28
mil parceiros comerciais.
A origem do Banco Panamericano remonta a 1969, quando o Grupo Silvio
Santos assumiu o controle acionário da Real Sul S/A e que se transformou em Baú
Financeira. Em 1990, foi autorizado a atuar como banco múltiplo. Em dezembro de
2009, a Caixa Econômica Federal pagou R$ 739,2 milhões para adquirir pouco mais
de um terço do capital total do Banco. Em 2010, o Banco Panamericano tinha 34
agências espalhadas pelo Brasil e em alguns países da América do sul.
2.3 - Instrumentos e procedimentos de coleta de dados
Os documentos coletados foram as Demonstrações Financeiras e Balanço
Patrimonial do Banco Panamericano, referente ao período de 2009/2010, por meio
da internet, a partir de pesquisa realizada no www.google.com.br, por meio da
palavra-chave balanço do Banco Panamericano 2009 e balanço do Banco
Panamericano 2010.
O período escolhido se deve ao fato de que nessa época aconteceram as
fraudes contábeis, o que posteriormente foi divulgado na imprensa com grande
repercussão. Diante da gravidade dos fatos e de suas consequências, foi bastante
oportuno podermos fazer esta pesquisa, para uma análise financeira das
demonstrações contábeis do banco. Foram procedidas as análises verticais e
horizontais dos respectivos balanços, assim como a análise dos índices de liquidez.
2.4 - Procedimentos de análise de dados
Em primeiro lugar, foi realizada a análise vertical e horizontal dos balanços
patrimoniais da instituição pesquisada, nos termos da teoria apresentada no capítulo
anterior.
Em seguida, foi identificado os índices de liquidez, também nos termos da
teoria apresentada no já mencionado capítulo anterior.
Finalmente, aplicamos a análise de conteúdo tanto na análise vertical e
horizontal quanto nos índices de liquidez. Análise de conteúdo é um método de
análise de dados pautado pela atribuição de sentidos a informações textuais.
22. 21
CAPÍTULO 3
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
3.1 - Análise vertical e horizontal do ativo
Tabela 1 – Análise Vertical do ativo
BALANÇOS PATRIMONIAIS DO BANCO PANAMERICANO DE 31/12/2009 E
31/12/2010
(EM MILHARES DE REAIS) 2010 2009
ATIVO
CIRCULANTE 5.497.267 5.744.288
Disponibilidades 9.222 4.664
Aplicações Interfinanceiras de liquidez 636.184 892.150
Aplicação no mercado aberto 210.769 700.146
Aplicações em depósitos interfinanceiros 425.415 192.004
Títulos e val. mobiliários e instrum. Financ. Derivativos 65.565 291.696
Carteira própria 61.082 212.375
Vinculados a compromisso de recompra 0 73.185
Instrumentos financeiros derivativos 4.450 6.103
Outras aplicações 33 33
Relações interfinanceiras 2.151 31.731
Pagamentos e recebimentos a liquidar 0 0
Créditos vinculados - depósitos no Banco Central 831 5.120
Correspondentes no país 1.320 26.611
Relações interdependências 911 1.405
Transferências internas de recursos 911 1405
Operações de crédito 2.857.322 3.090.554
Operações de Crédito - setor privado 3.877.388 3.531.352
(Provisão para crédito de provisão duvidosa) -1.020.066 -440.798
Operações de arrecadamento mercantil 327392 341320
Provisão de arrecadamento a receber 376072 382035
(Prov. p/ créd. arrendamento merc. de liq. duvidosa -48680 -40715
Outros créditos 1.339.105 826.443
Rendas a receber 5.491 2.720
Negociação e intermediação de valores 19.368 462
Prêmios de seguros a receber -999 1635
Diversos 842.554 835.626
Títulos de crédito a receber 456.848 0
(Prov. p/ outros créd, de liquidação duvidosa) -24.157 14.008
Outros valores e bens 209.415 264.325
Outros valores e bens 207.837 197.801
(Provisão para desvalorização) -126.032 -99.446
Despesas antecipadas 127.610 165.970
REALIZAVEL A LONGO PRAZO 7.630.994 5.801.133
Aplicação interfinanceira de liquidez 163.392 87.112
23. 22
Aplicação em depósitos interfinanceiros 163.392 87.112
Tit. e valores mobiliados e instrum. Finan. Derivativos 500.297 101.047
Carteira própria 381.321 35.443
Vinculados com compromissos de recompra 114.681 25.711
Instrumentos financeiros derivativos 4.277 39.893
Operações de créditos 4.490.229 4.110.921
Operações de créditos - setor privado 4.490.229 4.110.921
Operações de arrendamento mercantil 682504 759.484
Operações de arrendamentos a receber 862504 759484
Outros créditos 1.574.044 439.490
Diversos 1.574.044 439.490
Outros valores e bens 220.546 303.079
Despesas antecipadas 220.546 303.079
PERMANENTES 46.272 45.136
Investimentos 1.221 3.266
Participações em coligadas controladas 0 0
Imóveis destinados a renda 0 1.783
Imobilizado de uso 37.330 1.483
Outros investimentos 0 1.483
Imóveis de uso 140 39.789
Outras imobilizações de uso 88.524 42.464
(Depreciações acumuladas) -31.364 32.897
Intangíveis 7.751 2.081
Ativo Intangível 15.387 10.620
(Amortização acumulada) -7.636 -5.222
TOTAL DO ATIVO 13.174.533 11.590.557
24. 23
Tabela 2 – Análise horizontal do Ativo
BALANÇOS PATRIMONIAIS DO BANCO
PANAMERICANO DE 31/12/2009 E 31/12/2010
(EM MILHARES DE REAIS) 2010 2009
ATIVO
CIRCULANTE 5.497.267 5.744.288
104,49
Disponibilidades 9.222 4.664
0,08
Aplicações Interfinanceiras de liquidez 636.184 892.150
16,23
Aplicação no mercado aberto 210.769 700.146
12,74
Aplicações em depósitos interfinanceiros 425.415 192.004
3,49
Títulos e Val. Mobiliários e instrum. Finan. Derivativos 65.565 291.696
5,31
Carteira própria 61.082 212.375
3,86
Vinculados a compromisso de recompra 0 73.185
1,33
Instrumentos financeiros derivativos 4.450 6.103
0,11
Outras aplicações 33 33
0,00
Relações interfinanceiras 2.151 31.731
0,58
Pagamentos e recebimentos a liquidar 0 0
-
Créditos vinculados - depósitos no Banco Central 831 5.120
0,09
Correspondentes no país 1.320 26.611
0,48
Relações interdependências 911 1.405
0,03
Transferências internas de recursos 911 1.405
0,03
Operações de crédito 2.857.322 3.090.554
56,22
Operações de Crédito - setor privado 3.877.388 3.531.352
64,24
-
(Provisão para crédito de provisão duvidosa) -440.798
1.020.066 (8,02)
Operações de arrecadamento mercantil 327.392 341.320
6,21
Provisão de arrecadamento a receber 376.072 382.035
6,95
(Prov. p/ créd. arrendamento merc. de liq. duvidosa -48.680 -40.715
(0,74)
Outros créditos 1.339.105 826.443
15,03
25. 24
Rendas a receber 5.491 2.720
0,05
Negociação e intermediação de valores 19.368 462
0,01
Prêmios de seguros a receber -999 1.635
0,03
Diversos 842.554 835.626
15,20
Títulos de crédito a receber 456.848 0
-
(Prov. p/ outros créd, de liquidação duvidosa) -24.157 14.008
0,25
Outros valores e bens 209.415 264.325
4,81
Outros valores e bens 207.837 197.801
3,60
(Provisão para desvalorização) -126.032 -99.446
(1,81)
Despesas antecipadas 127.610 165.970
3,02
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 7.630.994 5.801.133
105,53
Aplicação interfinanceira de liquidez 163.392 87.112
1,58
Aplicação em depósitos interfinanceiros 163.392 87.112
1,58
Tít. e valores mobiliados e instrum. finan. derivativos 500.297 101.047
1,84
Carteira própria 381.321 35.443
0,64
Vinculados com compromissos de recompra 11.681 25.711
0,47
Instrumentos financeiros derivativos 4.277 39.893
0,73
Operações de créditos 4.490.229 4.110.921
74,78
Operações de créditos - setor privado 4.490.229 4.110.921
74,78
Operações de arrendamento mercantil 682.504 759.484
13,82
Operações de arrendamentos a receber 862.504 759.484
13,82
Outros créditos 1.574.044 439.490
7,99
Diversos 1.574.044 439.490
7,99
Outros valores e bens 220.546 303.079
5,51
Despesas antecipadas 220.546 303.079
5,51
PERMANENTES 46.272 45.136
0,82
Investimentos 1.221 3.266
0,06
Participações em coligadas controladas 0 0
-
26. 25
Imóveis destinados à renda 0 1.783
0,03
Imobilizado de uso 37.330 1.483
0,03
Outros investimentos 0 1.483
0,03
Imóveis de uso 140 39.789
0,72
Outras imobilizações de uso 88.524 42.464
0,77
(Depreciações acumuladas) -31.364 32.897
0,60
Intangíveis 7.751 2.081
0,04
Ativo Intangível 15.387 10.620
0,19
(Amortização acumulada) -7.636 -5.222
(0,09)
TOTAL DO ATIVO 13.174.533 11.590.557
210,84
3.1.1 - Ativo Circulante
Conforme tabela acima, no conjunto das operações de curto prazo (360 dias),
verificamos que o banco diminuiu as suas operações nesse período. Em 2009 elas
representavam 49,56% do total do Ativo, diminuindo para 41,73% em 2010. No
comparativo do período, houve redução de 4,30%.
3.1.2 - Disponibilidades
A conta Disponibilidades normalmente representa o volume de dinheiro
disponível para o banco honrar os seus compromissos de curto prazo (nas notas
explicativas o banco não específica o objetivo dessa conta, limitando-se apenas a
informar que ela se constitui em moeda nacional (97% do total) e estrangeira (3% do
total). Verifica-se que nesse item houve um aumento de sua participação em relação
ao total do ativo, de 0,04% de 2009 para 0,07% em 2010. No comparativo do
período, houve um aumento de 97,73%. Não obstante esse aumento, observa-se
que ele representa um valor muito pequeno em relação aos recursos totais
movimentados pelo banco.
27. 26
3.1.3 - Aplicações Interfinanceiras de Liquidez
Essa conta compreende as aplicações feitas em outros bancos via CDI,
(Certificado de Depósito Interbancário), com prazo máximo de 90 dias de
vencimento. Nesse grupo estão as operações com títulos como Debêntures, LFTs
(Letras financeiras do Tesouro), LTNs (Letras do Tesouro Nacional) etc. Verificamos
que em 2009 essa conta representava 7,70% do total do ativo, diminuindo para
4,83% em 2010. No comparativo do período, houve um decréscimo de 28,69%,
evidenciando uma diminuição geral de suas aplicações. Nas operações de mercado
aberto, houve uma redução no período de 69,90%, enquanto que nos depósitos
interfinanceiros houve um aumento de 121,57% no mesmo período. Ambas as
contas fazem parte dessas aplicações.
3.1.4 -Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros
Derivativos
Conforme tabela acima, são títulos de renda fixa ou variável que o banco
compra para a sua carteira ou para a carteira vinculada a compromissos de
recompra. Esses títulos são convertidos na data do balanço a valores de mercado,
podendo ou não haver provisões para possíveis desvalorizações. Já os Instrumentos
Financeiros Derivativos é um instrumento financeiro ou um outro contrato, cujo valor
está sujeito a variações da taxa de câmbio, taxa de juros, preços de uma commodity,
índice de preços, rating de crédito etc. Eles representam ativos ou passivos
financeiros porque são direitos ou obrigações de liquidar um instrumento financeiro
com outra entidade sob condições favoráveis (ativo financeiro) ou desfavoráveis
(passivo financeiro).
Nessa conta, houve grande redução do volume aplicado pelo banco. Em
2009, ela representava 2,52% do total do ativo, caindo para 0,50% em 2010. No
comparativo do período, houve redução de 77,52%, motivado pelas perdas que o
banco teve no período, de acordo com as suas notas explicativas.
28. 27
3.1.5 - Operações de Crédito
Operações de crédito são empréstimos que o banco faz para pessoas físicas,
empresas ou setor público. Entre eles estão as operações de capital de giro, CDC
(crédito direto ao consumidor), empréstimos imobiliários, repasses do BNDES,
Finame entre outros. Verificamos que o banco manteve o nível de suas operações
no período. Em 2009 elas representavam 26,66% do total do ativo e em 2010,
21,69%. No comparativo do período, houve redução de 7,55%. No crédito para o
setor privado, houve um aumento de 9,80%, enquanto que na provisão para
devedores duvidosos o crescimento foi expressivo, de 131,41%, ou seja, apesar da
diminuição das operações, houve um grande aumento das provisões que
representavam 3,80% e 26,31% respectivamente nesse período, em relação ao total
do volume das operações de crédito. De acordo com os dados das notas
explicativas do banco, houve um aumento da inadimplência, além de atrasos nos
repasses ao que o banco tem direito por parte de governos estaduais e municipais.
O Banco tem uma tabela de “Provisões Requeridas”, que indica o grau de risco das
operações. Ela varia de 0,50% a 70% do valor a vencer. Nesse caso, o percentual
refere-se à provisão a ser feita em relação ao valor de cada operação.
3.1.6 - Outros Créditos
Essa conta é representada por Fianças, Avais, Renda de Comissões e
Corretagem, entre outros tipos de operações. Nessa conta, diferentemente da conta
anterior, houve aumento das operações. Em 2009, ela representava 7,31% do total
do ativo, atingindo 10,54% em 2010. No comparativo do período, houve crescimento
de 68,08% no período, mostrando que o banco buscava aparentemente operações
que oferecessem menores riscos e melhores rentabilidades.
3.1.7 - Realizável a Longo Prazo
A partir da tabela acima, podemos verificar que no conjunto das operações de
longo prazo, verifica-se que o banco aumentou essas operações. Em 2009, elas
representavam 50,05% do total do ativo, aumentando para 57,92% em 2010. No
comparativo do período, houve crescimento de 31,54%.
29. 28
3.1.8 - Aplicações Interfinanceiras de Liquidez
Conforme tabela acima, essa conta representa as aplicações feitas em outros
bancos via CDI. Em 2009 elas representavam 0,75% do total do ativo, passando
para 1,24% em 2010. No comparativo do período, ela teve crescimento de 87,57%.
Observa-se que essa conta teve um movimento inverso ao que ocorreu no ativo
circulante, quando houve uma diminuição das operações de curto prazo.
3.1.9 - Títulos e Valores Mobiliários e Instrumento Financeiro
Derivativo
Como pode ser observado na tabela acima, essa conta representa títulos de
renda fixa ou variável que o banco compra para a sua carteira ou para carteira
vinculada compromissos de recompra. Em 2009, ela representava 0,87% do total do
ativo, passando para 3,80% em 2010. No comparativo do período, houve
crescimento de 395,10%. Observa-se que ela teve, da mesma forma que na conta
anterior, um movimento inverso ao que ocorreu no ativo circulante, quando houve
uma redução no volume das operações.
3.1.10 - Operações de Crédito
Operações de crédito são empréstimos que o banco faz para pessoas físicas,
empresas ou setor público. Analisando a tabela acima, percebemos que em 2009,
essa conta representava 35,47% do total do ativo, diminuindo para 34,08% em 2010.
No comparativo do período, houve, entretanto, um crescimento de 9,23%, ou seja, a
exemplo de outras contas, o banco concentrou essas aplicações em valores maiores
no longo prazo.
3.1.11- Outros Créditos
Essa conta refere-se às Fianças, Avais, Rendas de Comissões e
Corretagens, entre outros tipos de operações. A partir da tabela acima, podemos
verificar que em 2009 ela representava 3,79% do total do ativo, passando para
11,95% em 2010. No comparativo do período, ela cresceu 258,15%. Nota-se que o
30. 29
banco aumentou esses tipos de operações, tanto em curto como em longo prazo,
diminuindo outras operações de crédito, denotando aparentemente, uma política de
operações de menores riscos.
3.1.12 - Permanente
Essa conta teve pequena variação no período analisado, conforme
verificamos na tabela acima. Em 2009, ela representava 0,39% do total do ativo,
mantendo praticamente o mesmo percentual em 2010, que foi de 0,35%. No
comparativo, houve aumento de 2,52%. O banco fez investimentos em coligadas e
em imobilização em uso em valores poucos expressivos.
3.2 - Análise vertical e horizontal do passivo
Tabela 3 – Análise vertical do Passivo
BALANÇOS PATRIMONIAIS DO BANCO PANAMERICANO DE 31/12/2009 E 2010
(EM MILHARES DE REAIS) 2010 % 2009 %
PASSIVO
CIRCULANTE 5.533.362 47,74 7.737.113 58,73
Depósitos 2.994.356 25,83 3.267.170 24,80
Depósitos a vista 26.633 0,23 43.234 0,33
Depósitos interfinanceiros 726.450 6,27 804.224 6,10
Depósitos a prazo 2.462.067 21,24 2.419.712 18,37
Outros depósitos 478 0,00 0 -
Captações do mercado aberto 64.454 0,56 2.001 0,02
Carteira própria 65.454 0,56 0 -
Carteira de terceiros 0 - 2001 0,02
Recurso de aceite e emissão de título 63.858 0,55 15.979 0,12
Recurso de debêntures em moeda nacional 266164 2,30 0 -
Obrigações por título. e valores mobiliários no ext. 364.694 3,15 15.979 0,12
Relações interfinanceiras 31.408 0,27 1.594.853 12,11
Recebimentos e pagamentos a liquidar 0 - 0 -
Correspondentes no país 31.408 0,27 1.594.853 12,11
Relações interdependências 964 0,01 522 0,00
Recursos em transito de terceiros 964 0,01 522 0,00
Instrumentos financeiros derivativos 146.432 1,26 253.259 1,92
Instrumentos financeiros derivativos 146.432 1,26 253.259 1,92
Outras obrigações 1.467.888 12,66 2.603.329 19,76
Cobranças e arrecadação de tributos assemelhados 9.106 0,08 5.707 0,04
Sociais e estatutária 41.096 0,35 5.183 0,04
Fiscais e previdenciárias 12.397 0,11 24.724 0,19
Provisões técnicas de seguros e previdências 103736 0,90 129.385 0,98
Providências tec. de seguros e previdência compelem. 106 0,00 86 0,00
Negociação e intermediação de valores 102 0,00 19119 0,15
31. 30
Dúvidas subordinadas 11.101 0,10 24.657 0,19
Diversas 1.290.244 11,13 2.349.468 17,83
EXIGÍVEL Em LONGO PRAZO 4.938.717 42,61 5.413.023 41,09
Depósitos 2.030.682 17,52 2.318.638 17,60
Depósitos interfinanceiros 27.137 0,23 12.639 0,10
Depósitos a prazo 2.003.545 17,29 2.305.999 17,50
Captações do mercado aberto 25.732 0,22 114.530 0,87
Carteira própria 25.732 0,22 114.530 0,87
Recurso de aceita e emissão de título 348.080 3,00 833.100 6,32
Recurso de debênture em moedas nacional 0 - 0 -
Obrigações de títulos e Val. Mobiliários no exterior 348.080 3,00 833.100 6,32
Instrumentos financeiros derivativos 156.256 1,35 199.645 1,52
Instrumentos financeiros derivativos 156.256 1,35 199.645 1,52
Relações interfinanceiras 20.080 0,17 0 -
Correspondentes no país 20.280 0,17 0 -
Outras obrigações 2.357.881 20,34 1.947.101 14,78
Fiscais e previdenciários 467.243 4,03 654.883 4,97
Dívidas subordinadas 217.550 1,88 1.041.375 7,90
Diversas 1.673.088 14,43 250.843 1,90
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 0 - 3.545 0,03
Resultado de exercícios futuros 0 - 3.545 0,03
PARTICIPAÇÃO DE ACIONISTAS MINORITÁRIOS 1707 0,01 1.702 0,01
Participação de acionistas minoritários 1707 0,01 1.702 0,01
PATRIMONIO LÍQUIDO 1.313.771 11,33 19.150 0,15
CAPITAL SOCIAL 1.108.091 9,56 1.108.091 8,41
De domiciliado no país 947.909 8,18 1.020.428 7,75
De domiciliados no exterior 160.182 1,38 87.663 0,67
Reservas de capital 172 0,00 172 0,00
Reservas de lucros 1 0,00 0 -
Ajuste de avaliações patrimoniais TVM derivativos 0 - 5 0,00
Ajuste de avaliações patrimoniais 1 0,00 0 -
Prejuízos acumulados 0 - -1089118 (8,27)
Ações em tesouraria -23982 (0,21) 0 -
TOTAL DO PASSIVO 11.590.557 100,00 13.174.533 100,00
Tabela 4 – Análise horizontal do passivo
BALANÇOS PATRIMONIAIS DO BANCO PANAMERICANO DE 31/12/2009 E 2010
(EM MILHARES DE REAIS) 2010 2009 %
PASSIVO
CIRCULANTE 5.533.362 7.737.113 139,83
Depósitos 2.994.356 3.267.170 59,04
Depósitos a vista 26.633 43.234 0,78
Depósitos interfinanceiros 726.450 804.224 14,53
Depósitos a prazo 2.462.067 2.419.712 43,73
Outros depósitos 478 0 -
Captações do mercado aberto 64.454 2.001 0,04
Carteira própria 65.454 0 -
Carteira de terceiros 0 2001 0,04
Recurso de aceite e emissão de título 63.858 15.979 0,29
Recurso de debêntures em moeda nacional 266164 0 -
Obrigações por título. e valores mobiliários no ext. 364.694 15.979 0,29
Relações interfinanceiras 31.408 1.594.853 28,82
32. 31
Recebimentos e pagamentos a liquidar 0 0 -
Correspondentes no país 31.408 1.594.853 28,82
Relações interdependências 964 522 0,01
Recursos em trânsito de terceiros 964 522 0,01
Instrumentos financeiros derivativos 146.432 253.259 4,58
Outras obrigações 1.467.888 2.603.329 47,05
Cobranças e arrecadação de tributos assemelhados 9.106 5.707 0,10
Sociais e estatutária 41.096 5.183 0,09
Fiscais e previdenciárias 12.397 24.724 0,45
Provisões técnicas de seguros e previdências 103736 129.385 2,34
Providências tec. de seguros e previdência complementar 106 86 0,00
Negociação e intermediação de valores 102 19119 0,35
Duvidas subordinada 11.101 24.657 0,45
Diversas 1.290.244 2.349.468 42,46
EXIGÍVEL Em LONGO PRAZO 4.938.717 5.413.023 97,83
Depósitos 2.030.682 2.318.638 41,90
Depósitos interfinanceiros 27.137 12.639 0,23
Depósitos a prazo 2.003.545 2.305.999 41,67
Captações do mercado aberto 25.732 114.530 2,07
Carteira própria 25.732 114.530 2,07
Recurso de aceite e emissão de título 348.080 833.100 15,06
Recurso de debênture em moedas nacional 0 0 -
Obrigações de títulos e Val. Mobiliados no ex. 348.080 833.100 15,06
Instrumentos financeiros derivativos 156.256 199.645 3,61
Relações interfinanceiras 20.080 0 -
Correspondentes no país 20.280 0 -
Outras obrigações 2.357.881 1.947.101 35,19
Fiscais e previdenciários 467.243 654.883 11,84
Dívidas subordinadas 217.550 1.041.375 18,82
Diversas 1.673.088 250.843 4,53
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 0 3.545 0,06
Resultado de exercícios futuros 0 3.545 0,06
PARTICIPAÇÃO DE ACIONISTAS MINORITÁRIOS 1707 1.702 0,03
Participação de acionistas minoritários 1707 1.702 0,03
PATRIMONIO LÍQUIDO 1.313.771 19.150 0,35
CAPITAL SOCIAL 1.108.091 1.108.091 20,03
De domiciliado no país 947.909 1.020.428 18,44
De domiciliados no exterior 160.182 87.663 1,58
Reservas de capital 172 172 0,00
Reservas de lucros 1 0 -
Ajuste de avaliações patrimoniais TVM derivativos 0 5 0,00
Ajuste de avaliações patrimoniais 1 0 -
Prejuízos acumulados 0 -1089118 (19,68)
Ações em tesouraria -23982 0 -
TOTAL DO PASSIVO 11.590.557 13.174.533 113,67
3.2.1 – Passivo Circulante
A partir da análise da tabela acima, percebemos que em 2009 o passivo
circulante representava 46,04% do total do Passivo, aumentando para 58,73% em
2010. No comparativo do período, houve aumento de 44,99%, denotando que o
banco tem as suas obrigações concentradas em maior parte no curto prazo.
33. 32
3.2.2 – Depósitos
- A vista: representa o saldo das contas de pessoas físicas e jurídicas,
disponíveis para movimentação. No período 2009/2010, essa conta representa
menos de 1% dos depósitos totais, tendo no comparativo um crescimento de
70,46%, evidenciando uma maior captação junto aos clientes.
- Depósitos Interfinanceiros: São recursos recebidos de outros bancos,
relativos aos valores que transitam entre bancos e são remunerados pelos bancos
que receberam os depósitos. Os depósitos interfinanceiros do banco representam
cerca de 24% dos depósitos totais no período, tendo no comparativo 2009/2010 um
crescimento de 12,08%, evidenciando um aumento das operações interbancárias.
- Depósitos a prazo: São depósitos remunerados a determinadas taxas a
prazo. O mais conhecido componente dessa conta são os CDBs (Certificados de
Depósitos Bancários). Nessa conta também estão os depósitos judiciais, feitos por
empresas que questionam o pagamento de impostos, ou por um inquilino que
questiona na justiça o pagamento de seus aluguéis. Esses depósitos representam
mais de 70% dos depósitos totais no período 2009/2010 e tiveram um crescimento
de 7,92% no comparativo do período, mantendo um nível compatível de sua
participação nessa conta.
Os depósitos totais representavam 19,34% do total do passivo em 2009,
aumentando para 24,80% em 2010. No comparativo do período, teve um
crescimento de 9,11%, o que representa um crescimento que pode ser considerado
normal.
3.2.3 – Captações no Mercado Aberto
As captações no mercado aberto são operações lastreadas com títulos do
banco (Carteira Própria) ou títulos de terceiros (Carteira de Terceiros). Nessa conta,
o banco captou para a sua carteira própria o valor de R$ 64,454 milhões em 2009,
não existindo registro da mesma operação em 2010. Já na carteira de terceiro, não
34. 33
houve captação em 2009. Em 2010, ela apresentava um saldo de R$ 2,001 milhões.
Esses valores representam menos de 1% do total do passivo.
3.2.4 – Recurso de Aceite e Emissão de Título
Esse tipo de recurso refere-se a recursos de debêntures emitidos pelo banco
em operação de arrendamento mercantil. Em 2009, esses recursos representavam
5,44% do total do passivo, reduzindo-se para 0,14% em 2010. No comparativo do
período, houve queda de 3.848,04%. Segundo Nota Explicativa do banco, houve
vencimento e liquidação de 12.500 debêntures não conversíveis em ações em
Dezembro/2010, o que pode explicar a diminuição sensível no saldo dessa conta.
3.2.5 – Relações Interfinanceiras
As relações interfinanceiras possuem o mesmo conceito das contas que ficam
no ativo (inclui os cheques que estão sendo compensados) entre os bancos e outros
papéis, como pagamento de boletos. Nessa conta, entram créditos vinculados ao
Banco Central (depósitos em moedas estrangeiras, depósitos para a contratação de
câmbio etc). Em 2009, esses valores representavam 0,27% do total do Passivo,
atingindo 12,11% em 2010. No comparativo, houve crescimento de 4.977,86%,
mostrando uma variação extremamente elevada, conforme observado na tabela
acima.
3.2.6 – Instrumento Financeiro Derivativo
Trata-se de um instrumento financeiro ou outro contrato que sofre variação de
vários índices, dependendo do tipo de contrato. Em 2009, representava 1,26% do
total do Passivo, passando para 1,92% em 2010, como pode ser verificado na tabela
acima. No comparativo do período, houve crescimento de 72,95%. Essa conta
mostra que a sua participação no total do passivo não é muito representativa, porém
a variação do volume operado aumentou de forma considerável de um ano para
outro.
35. 34
3.2.7 – Outras Obrigações
Essas obrigações são representadas por Obrigações Fiscais e
Previdenciárias (impostos e contribuições que o banco ainda não pagou) e cobrança
e arrecadação de tributos (impostos e taxas pagos nas agências). Em 2009, elas
representavam 12,67% do total do ativo, aumentando para 19,76% em 2010. No
comparativo do período, houve crescimento de 77,35%, como pode ser observado
da leitura da tabela acima. De acordo com os dados das Notas Explicativas do
banco, houve um aumento das obrigações do banco para com o Fisco e a
Previdência Social.
3.2.8 - Obrigações Diversas
Segundo Nota Explicativa do banco, essa conta é representada por captação
de recursos por meio de FIDCs (Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios),
valores a pagar por compras de cartões de crédito (clientes), provisão para créditos
cedidos de liquidação duvidosa, arrecadação de cobrança, cheques administrativo,
depósitos de terceiro, etc. Em 2009, elas representavam 11,13% do total do Passivo,
crescendo para 18,17% em 2010. No comparativo, houve crescimento de 85,58%,
conforme observado na tabela acima, evidenciando um aumento considerável nas
obrigações do banco para com os seus clientes e nas operações com recursos de
terceiros.
3.2.9 – Exigível a Longo Prazo
Em 2009, essa conta representava 42,61% do total do Passivo. Em 2010,
41,09%. No comparativo do período, houve um aumento de 9,60%, como observado
na tabela acima. Contrastando com o Ativo, em que a maior parte das operações
está concentrada em longo prazo, enquanto que no passivo ela está no curto prazo.
36. 35
3.2.10 – Depósitos
- Depósitos Interfinanceiros: Recursos recebidos de outros bancos relativos
aos valores que transitam entre bancos e que são remunerados pelos bancos que
receberam os depósitos. Esses depósitos representavam menos de 1% do total dos
depósitos totais no período 2009/2010, com variação negativa no comparativo do
período de 53,43%, o que pode ser verificado na tabela acima.
- Depósitos a Prazo: Da mesma forma que no passivo circulante, são
depósitos remunerados a determinadas taxas e prazos. Eles representavam mais de
99% dos depósitos totais do banco no período 2009/2010, com crescimento de seu
volume no comparativo do período de 15,10%. Já os depósitos totais representavam
18,04% do total do passivo em 2009 e 17,60% em 2010, tendo uma variação
positiva de 14,18%.
3.2.11 – Captações do Mercado Aberto
Conforme tabela acima, essas operações são lastreadas com títulos do banco
(Carteira Própria) ou títulos de terceiros (Carteira de Terceiros). Em 2009, elas
representavam 0,22% do total do passivo e em 2010, 0,87%, o que apresenta no
comparativo do período uma variação de 345,09%, o que pode ser verificado na
tabela acima apresentada. Apesar da significativa variação de um ano para o outro,
ainda sim a participação no total do passivo é pouco expressiva.
3.2.12 – Recursos de Aceites e Emissão de Títulos
Esses recursos referem-se a obrigações por títulos e valores mobiliários no
exterior. Em 2009, representavam 3,09% do total do passivo e em 2010, 6,32%. No
comparativo do período, houve aumento de 139,34%, evidenciando um expressivo
aumento dessas operações, o que pode ser constatado na tabela acima.
3.2.13 – Instrumento Financeiro Derivativo
37. 36
Trata-se de um instrumento financeiro ou outro contrato sujeito a variações
cambiais, de juros, etc. Em 2009, ele representava 1,35% do total do passivo,
passando para 1,52% em 2010. No comparativo do período, houve crescimento de
27,77%, conforme verificado na tabela acima, evidenciando um aumento das
obrigações nesse tipo de operações, ainda que ela não seja significativa em relação
ao total do passivo.
3.2.14 – Outras Obrigações
Essas obrigações referem-se às obrigações fiscais e previdenciárias, da
mesma forma que no passivo circulante. Em 2009, elas representavam 19,16% do
total do passivo, diminuindo para 14,78% em 2010, o que pode ser constatado pela
leitura da tabela acima. No comparativo do período, houve redução de 28,75%, o
que mostra que as obrigações do banco são significativas, embora tenham
diminuído no período.
3.2.15 – Patrimônio Líquido
Conforme tabela acima, em 2009, o Patrimônio Líquido representava 11,33%
do total do Passivo. Em 2010, representava 0,15%. No comparativo do período
houve redução de 6.760,42%. O Capital Social não sofreu variação no período e
representava, em 2009 e 2010, respectivamente, 9,56% e 8,41% do total do
Passivo. Em 2009, o banco não registrou no seu Patrimônio Líquido lucro ou
prejuízo acumulado e em 2010 o prejuízo acumulado foi de R$ 1.089,1 bilhão. Esse
prejuízo pulverizou as reservas de lucro do banco que eram de R$229,489 milhões
em 2009, reduzindo o Patrimônio Líquido do banco de R$ 1.313,77 bilhão em 2009
para R$ 19,150 milhões em 2010. Esse prejuízo acumulado representava, em 2010,
8,27% do total do Passivo, ou seja, os valores apresentados pelo banco mostram
uma situação crítica do ponto de vista financeiro, o que possivelmente levou o banco
a situação de insolvência.
3.3 – Índices financeiros
38. 37
3.3.1 – Rentabilidade patrimonial
Lucro Líquido/Patrimônio Líquido
2009 => O Banco não declarou no seu balanço lucro ou prejuízo, o que
impossibilita o cálculo desse quociente.
2010 => (1.089.118/19.150) = (5.687,30 %)
Como o banco não declarou lucro ou prejuízo no seu balanço de 2009,
ficamos impossibilitado de fazermos uma comparação entre os dois exercícios. Em
2010, o prejuízo acumulado foi de R$ 1,089 bilhão, que pulverizou o Patrimônio
Líquido, que era de R$ 1.313,7 bilhão.
3.3.2 – Rentabilidade sobre o Ativo Total
Lucro Líquido/Ativo Total
2009 => O banco não declarou lucro ou prejuízo em seu balanço em 2009.
2010 => (1.089.118/13.174.533) = (8,27%)
Como o banco não declarou lucro ou prejuízo no seu balanço de 2009,
ficamos impossibilitados de fazermos uma comparação entre os dois exercícios. Em
2010 o prejuízo de R$1,089 bilhão gerou um retorno de rentabilidade negativa sobre
o ativo total de 8,27%.
3.3.3 – Liquidez Corrente
Ativo Circulante/Passivo Circulante
2009 => 5.744.288/5.335.862 = 1,08
2010 => 5.497.267./7.737.113 = 0,71
Em 2009, o banco tinha um quociente de 1,08, ou seja, para cada R$1,00 de
obrigações de curto prazo (360 dias), ele tinha R$1,08 de disponibilidade de curto
prazo para saldar os seus compromissos. Em 2010, houve uma significativa
deterioração, com o quociente caindo para 0,71, ou seja, para cada R$1,00 de
obrigação de curto prazo, o banco tinha R$ 0,71 de disponibilidade de curto prazo
para saldar os seus compromissos, evidenciando uma piora considerável na liquidez
de curto prazo. A variação no comparativo do período dos índices foi negativa em
34,21%.
39. 38
3.3.4 – Liquidez Geral
Ativo Circ. + Ativo não Circ./Passivo Circ. + Passivo não Circ.
2009 => 5.744.288 + 5801.133/5.335.862 + 4.938.717= 1,12
2010 => 5.497.267 + 630.994/7.737.113 + 5.413.023= 0,99
Em 2009, o banco tinha um quociente de 1,12, ou seja, para cada R1,00 de
obrigações de curto e longo prazo, ele tinha R$1,12 de disponibilidade para saldar
esses compromissos. Em 2010, esse quociente era de 0,99, ou seja, para cada
R$1,00 de obrigações de curto e longo prazo, o banco tinha R$1,00 de
disponibilidade. A exemplo da liquidez corrente, o banco teve uma diminuição de sua
disponibilidade, embora em menor grau. No comparativo do período, essa
diminuição foi negativa em 11,61%.
3.3.5 – Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido
Ativo Permanente/Patrimônio Líquido
2009 => 45.136/1.313.771 = 3,44%
2010 => 46.272/19.150 = 241,63
Em 2009, o banco tinha um grau de Imobilização baixo, de 3,44%. Em 2010,
esse percentual subiu para 241,63%. Isso se deve ao fato de que, com o alto
prejuízo registrado em 2010, o ativo permanente, que teve pouca variação no
período
3.3.6 – Capital de Terceiros
Exigível Total/Patrimônio Líquido, ou seja,
Passivo Circ. + Passivo não Circulante/Patrimônio Líquido
2009 => 5.335.862 + 4.938.717/1.313.717 = 7,82
2010 => 7.737.113 + 5.413.717/19.150 = 686,69
Em 2009, para cada R$ 1,00 de capital próprio, o banco tinha R$ 7,82 de
participação de capital de terceiros. Em 2010, para cada R$ 1,00 de capital próprio,
o banco tinha R$ 686,69 de capital de terceiros. O forte prejuízo que o banco teve
em 2010 fez com que essa relação registrar grande variação. Embora tenha havido
40. 39
variação de valores entre 2009 e 2010 no capital de terceiros, isto por si próprio não
explica o aumento da participação de capitais de terceiros.
3.3.7 – Depósitos a Vista sobre o Patrimônio Líquido
Depósitos a Vista/Patrimônio Líquido
2009 => 25.363/1.313.771 = 1,93
2010 => 43.234/19.150 = 225,77
Em 2009, os depósitos a vista representavam 1,93% do patrimônio líquido.
Em 2010, 225,77%. No período 2009/2010, o banco aumentou o seu depósito a
vista em 70,46%. Entretanto, eles representavam menos de 1% dos depósitos totais.
Embora tenha havido variação significativa no período, isso não explica por si
próprio o alto aumento de sua participação em relação ao Patrimônio Líquido. O
prejuízo registrado pelo banco em 2010, pulverizou o seu patrimônio É importante
observar que em 2009, as reservas de lucros eram de R$ 229,489 milhões,
enquanto que em 2010 elas inexistiam.
3.3.8 – Capital de Giro Próprio
Patrimônio Líquido – Ativo não Circulante + Ativo Permanente
2009=> 1.313.771 – (5.801.133 + 45.136) = (4.532.498)
2010=> 19150 – (7.630.994 + 46.272) = (7.658.116)
Em 2009, o banco tinha um capital de giro próprio negativo de R$4.532,5
bilhões, aumentando para R$ 7.677,3 bilhões em 2010. No comparativo do período
houve aumento de 69,37%. O banco, devido à deterioração financeira que sofreu,
teve um aumento considerável no capital de giro próprio negativo.
41. 40
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve por objetivo analisar a liquidez financeira, no período de
2009/2010, de uma instituição bancária localizada na cidade de são Paulo e
identificar as mudanças significativas que ocorreram nesse período.
Em relação à análise de liquidez financeira do banco, pudemos verificar que
houve forte deterioração financeira, sobretudo no ano de 2010, período em que o
prejuízo acumulado pulverizou o Patrimônio Líquido da instituição, o que deve ter
gerado a situação de insolvência que motivou a intervenção e consequente venda e
troca do controlador majoritário. É importante lembrar que o banco, por conta das
fraudes que ocorreram, teve um rombo de R$ 4,5 bilhões, que possivelmente
influenciou no péssimo resultado do ano de 2010. A leitura dos resultados
encontrados através das análises horizontais e verticais e dos índices financeiros
não permite visualizar o rombo, porém permitiu verificar a deterioração financeira do
banco.
Em relação às mudanças significativas que ocorreram nesse período,
pudemos observar que, por um lado, o banco concentrou a maior parte de suas
aplicações no Ativo de Longo Prazo (Não Circulante), em detrimento do Ativo de
Curto Prazo (circulante). Em compensação, as suas captações foram maiores no
Passivo de Curto Prazo (Circulante), em detrimento do Passivo de Longo Prazo
(Não Circulante). Consequentemente, isso influenciou o resultado da análise de
todas as contas que tiveram variações por conta dessa política do banco em relação
às suas operações financeiras. Consideramos que o fato de o banco aumentar as
suas captações de curto prazo se deve, possivelmente, a problemas de liquidez de
curto prazo que o banco enfrentava. Entretanto, observa-se o descompasso em
relação à aplicação desses recursos, uma vez que o banco aumentou isso no longo
prazo, numa aparente contradição em relação às reais necessidades dessa
instituição.
Este trabalho traz como contribuição o fato de que a análise financeira é muito
mais complexa do que aparenta e não permite conclusões definitivas. Toda análise
financeira é limitada pelo fato de que só podemos analisar o que está exposto no
balanço e que nem sempre a informação nele contido é de qualidade desejável.
42. 41
Basta verificar o caso do Banco Panamericano, objetivo deste trabalho, cujos
auditores independentes não detectaram ou talvez tenham se omitido em relação à
verdadeira situação do banco, assim como a fiscalização do Banco Central, que
segundo noticiário da época, também não “constatou” nada de aparentemente
anormal em relação à contabilidade dessa instituição.
Na realidade, todo trabalho acadêmico, por uma questão de bom senso, não
deve fazer conclusões definitivas sobre o tema pesquisado. Neste caso, a questão
vai além dos motivos expostos acima. No trabalho de pesquisa metodológico,
pudemos verificar que há controvérsia até mesmo sobre o que é uma pesquisa
documental, que é o caso deste trabalho. Em relação à teoria, não encontramos
maiores dificuldades, pois os autores pesquisados têm, de uma forma geral, opiniões
que pouco conflitam entre si.
Assim, fica a sugestão de que trabalhos como este devem ter, sobretudo,
quando voltados para instituições financeiras, o cuidado de uma pesquisa preliminar
atenta às questões teóricas, para que se possa encontrar material que atenda aos
objetivos estabelecidos na pesquisa. Além disso, o trabalho de análise vertical e
horizontal deve ser feito com uma leitura atenta das notas explicativas do banco,
para que se possa ter numa noção exata do que representa cada conta e o
significado dela dentro do balanço banco. Além disso, no momento de relatar por
escrito os resultados obtidos, é importante agrupar algumas contas, pois várias delas
têm valores pouco significativos em relação às operações do banco.
Por fim, é necessário lembrar o quanto a profissão de contador está exposta
aos riscos de negligenciar a ética e a verdade. A história de que em contabilidade
dois mais dois não são necessariamente igual a quatro, é uma grande verdade, e
não apenas uma anedota. Podemos imaginar o que pode ter se passado na cabeça
dos responsáveis pela contabilidade do banco, ao elaborarem as demonstrações
financeiras da instituição, ao mesmo tempo em que, talvez, tinham conhecimento
das fraudes que eram cometidas pelos administradores e que desembarcavam na
contabilidade. Em nossa dedicatória, falamos da verdade que livra e da mentira que
escraviza. Ao mesmo tempo, citamos a frase de um escritor, em que ele coloca que
“na vida sempre escolha e nunca imponha, pois somos todos juízes em causa
própria”. Na vida, ser honesto pode ser perigoso, dependendo das circunstâncias.
Mas ser desonesto é sempre fatal.
43. 42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 7ª edição. São Paulo:
Atlas, 2002.
FIGUEIREDO, Valdeci Lino; MOROZINI, João Francisco. Análise econômico-
financeira preventiva para insolvência. Revista Eletrônica Latu Sensu. Ano 3, nº 1,
março de 2008.
GAIO, Carvalho; Simões, R.B., Simões, R. Métodos e técnicas de pesquisa: A
metodologia em questão, In GAIO, R (org.) Metodologia de pesquisa e produção de
conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2008.
IUDÍCIBUS, Sérgio. Análise de Balanços. 4ª edição. São Paulo: Atlas, 1982.
LUNELLI, Reinaldo Luiz. Análise das demonstrações financeiras. Disponível em
http://www.portaldecontabilidade.com.br. Acesso em 14.06.12.
MARION, J. C. Monografia para os cursos de administração, contabilidade e
economia. 1ª Edição. São Paulo: Atlas, 2002.
RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e análise de balanço fácil. 6ª Edição. São Paulo:
Saraiva, 2002.