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“Ver as coisas
por fora é fácil
e vão, porque
por dentro das
coisas é que as
coisas são”
(Carlos
Queiróz, poeta
Brasil: Participação
social, crise fiscal,
financiamento e
conquistas na saúde
Paulo Rubem Santiago
Professor da UFPE –CCS-DEF
Mestrando em Educação UFPE
Titular da Comissão de Seguridade Social
da Câmara Federal ( 2007-2014)
Que fazer numa data como
essa?
Observar e refletir acerca da
realidade, através da
história, da economia, das
finanças, do direito, da
sociologia e, sobretudo, da
democracia
Preliminarmente: Vivemos
numa sociedade nunca antes
influenciada por tantas
informações
Saúde: 114 milhões de citações em
0,56 segundo
Porém, o que antes só
encontrávamos nas Bibliotecas
Hoje pode ser carregado num
sem número de pen drives
Contudo, precisamos estar
atentos à produção da
informação e da notícia
Há fatos que se transformam em notícias, há notícias que
se transformam em fatos (com whats app então!!) e há
fatos que jamais serão notícias e assim por diante...
A informação e o conhecimento circulam, incidem,
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isenta de interpretação e interesse
A produção da notícia e da informação é feita por
empresas, por instituições, com objetivos e interesses
Muito cuidado !
O que você lê, o que você ouve, o que você vê como
informação, produzida por um ou mais sujeitos,
reflete costumes, valores,interesses econômicos,
políticos, visões de mundo, estratégias de ação
Não há neutralidade absoluta na informação que lhe
chega sob a forma de notícia, em suas múltiplas
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Notícias e informações são produtos de empresas e
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Um exemplo: O debate da crise
fiscal atual e suas interfaces
“ Um problema central é que nossa teoria
econômica analisa de forma separada elementos
que só adquirem sentido quando analisados de
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elementos resultarão a renda, o consumo, o
investimento, o emprego e a produção”, (p. 138).
“ Democracia econômica ”, Ladislau Dowbor, p.
144-145, Vozes, 2008, São Paulo
Bem longe do Professor
Dowbor, você já percebeu?
O noticiário econômico é, via de regra,
unilateral, foge da pluralidade de
interpretações acerca dos fatos econômicos e
insiste fortemente em soluções específicas,
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parecidos. Por que?
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Jornalista da “Agência Estado”
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DE SÃO PAULO e O ESTADO DE SÃO PAULO
Ouviu dezenas de economistas de bancos, consultores
financeiros e jornalistas da área
Entre o final de 1980 e o começo de 2002 as
instituições financeiras ocuparam as redações de
jornais, rádios e TVs levando “informações
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financeiras. Até hoje.
E a partir daí?
Prevaleceram uma visão e um diagnóstico acerca dos
indicadores econômicos que trazem junto de si um
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Esse diagnóstico é parcial, seletivo, fragmentado, como
bem lembrou o Professor Dowbor antes:
“nossa teoria econômica analisa de forma separada
elementos que só adquirem sentido quando
analisados de forma articulada”
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e financiamento da saúde?
A saúde integra a Seguridade Social
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Como era antes de 1988?
Havia o INAMPS, criado em 1977, com o
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Só tinham acesso aos serviços de saúde os
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Extinto pela Lei 8689/93 , suas competências
foram transferidas para as instâncias federal,
estaduais e municipais responsáveis pelo SUS,
aprovado em 1988 na Constituinte
Constituinte? O que é isso?
Jornadas de Mobilização
Das eleições de 1986 até outubro de 1988 o povo
brasileiro mobilizou-se intensamente indo para
Brasília em caravanas para defender seus pontos de
vista nos diferentes capítulos da futura Constituição
debatida na Assembleia Nacional Constituinte
Na saúde tivemos uma das manifestações mais
intensas e profundas. Fundaram-se um novo
conceito e um novo compromisso por parte do
Estado. Fruto disso o texto da CF traz a Seguridade
Social como sistema de proteção social, nela inserida
a saúde como direito de todos.
O movimento da Reforma Sanitária nasceu no contexto da luta
contra a ditadura, no início da década de 1970, propondo um
conjunto de ideias em relação às mudanças e transformações
necessárias na área da saúde, abarcando não apenas o
sistema, mas todo o setor saúde, em busca da melhoria das
condições de vida da população.
Profissionais preocupados com a saúde pública desenvolveram
teses e integraram discussões políticas. Este processo teve
como marco institucional a 8ª Conferência Nacional de Saúde,
realizada em 1986. Entre os políticos que se dedicaram a esta
luta está o sanitarista Sérgio Arouca.
As propostas da Reforma Sanitária resultaram, finalmente, na
universalidade do direito à saúde, oficializado com a
Constituição Federal de 1988 e a criação do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Como a saúde falou alto?
E o que foi dito e defendido?
Fontes da Seguridade Social
Financiada por toda sociedade, de forma direta e indireta, nos termos do
art. 195 da Constituição Federal e da Lei 8.212/91, mediante recursos
provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios
e de contribuições sociais.
No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das
seguintes receitas:
I - receitas da União;
II - receitas das contribuições sociais;
III - receitas de outras fontes.
Constituem contribuições sociais:
a) As das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos
segurados a seu serviço;
b) As dos empregadores domésticos;
c) As dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição;
d) As das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro;
e) As incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.
COFINS: A maior receita
https://www.anfip.org.br/doc/publicacoes/20161013104353_Analise-da-
Seguridade-Social-2015_13-10-2016_Anlise-Seguridade-2015.pdf
Renúncias de arrecadação em 2015
COFINS – R$ 64,41 bilhões, 32% da arrecadação
CSLL – R$ 10,43 bilhões, 17,5% da arrecadação
PIS – R$ 12,94 bilhões, 24,5% da arrecadação
Receitas Desvinculadas pela DRU ( 20%)
2005 - R$ 32,49 bilhões
2008 - R$ 39,2 9bilhões
2010 - R$ 45,86 bilhões
2012 - R$ 58,07 bilhões
2013 - R$ 63,41 bilhões
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Por que foram estabelecidas receitas para a Saúde e a
Seguridade Social e essas receitas são desviadas ?
Impostos e contribuições formam receitas
públicas. Certo?
Receitas públicas integram a arrecadação e são escrituradas nos
orçamentos públicos
Através dos orçamentos a União, os Estados e Municípios pagam
pessoal, compram insumos, contratam e realizam
investimentos
Suas receitas, porém, podem ser objeto de ataque por grupos
com interesses materiais. Por que? Como?
Sonegação, Corrupção, Desonerações
Fabricação de Dívidas e sua remuneração pelo Estado
Explicam-se os interesses, as transformações e
conflitos da humanidade por várias leituras
Fatores religiosos – Guerras entre Muçulmanos
e Cristãos no século XIII
Fatores cognitivos ( conhecimento, invenções,
tecnologias)
Fatores familiares
Fatores territoriais
Fatores materiais ( Os interesses materiais
determinam as transformações sociais)
Na produção social de sua existência os homens estabelecem
relações determinadas, necessárias, independentes da sua
vontade;
Relações de produção que correspondem a um determinado
grau de desenvolvimento das forças produtivas materiais.
O conjunto destas relações constitui a estrutura econômica da
sociedade, a base concreta
Sobre a qual se eleva a superestrutura jurídica e política à qual
correspondem determinadas formas de consciência social;
O modelo de produção da vida material condiciona o
desenvolvimento da vida social, política e intelectual em geral
Uma sucessão de contextos, conflitos e
transformações até os dias de hoje
Povos nômades
Tribos territorializadas
Feudalismo
Nobreza
A Revolução Inglesa ( Século XVII)
Capitalismo Mercantil
Capitalismo Industrial
Capitalismo Financeiro I
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O financiamento da saúde
Está regulamentado desde a Constituição de 1988, com
normas atualizadas em 2015 ( EC 86 )
As regras essenciais de financiamento do SUS não estão
isoladas na Constituição de 1988
São irmãs gêmeas da Previdência Social e da Assistência
Social
Juntas, integram o Sistema de Seguridade Social
É das fontes de receita da Seguridade que deriva o
financiamento do SUS
O que compromete o desempenho do financiamento da
saúde e precariza o SUS?
Já são poucos os males, eis um a mais:
PEC 241/ EC 95, de 2016
Sonegação (Vide “Operação Zelotes”)
Sonegadores contumazes devem R$ 160,2 bilhões
2000 empresas devem R$ 126 bilhões
Estoque: R$ 1,3 trilhão para R$ 1,5 trilhão entre
2013 e 2015:
Cresceu 36,77% . A inflação foi 23,66%
Causa: Favores para a renegociação da dívida com
sonegadores, gerando mau costume nos não-
sonegadores.
Fonte: IBMEC/ Relatório da Receita acerca da
renegociação da Dívida via REFIS
Elevadas desonerações prejudicam a arrecadação,
sem garantias de novos investimentos e empregos
Valor das renúncias totais e o das novas
renúncias adotadas a partir de 2010, com
vigência até 2019:
R$ 446 bilhões
Para piorar, recursos dos royalties que seriam um
“plus”, vieram para o lado de dentro do Orçamento do
SUS
2015: Emenda Constitucional 86 modificou o montante mínimo
a ser gasto pela União, para 15% da receita corrente líquida
(artigo 198, I), e de forma progressiva
13,2% (em 2016), 13,7% (em 2017) , 15% apenas em 2021.
Miragem a ser alcançada após seis anos da promulgação da EC
86/15 (artigo 2º).
Manobra vergonhosa: O artigo 3º da EC 86/15 dispõe que parte
da do valor dos royalties do petróleo seriam utilizados para
esse cômputo.
Isso reduz ainda mais esse valor mínimo, pois o artigo 4º da Lei
12.858/13 previa que seu uso seria um acréscimo aos
montantes mínimos obrigatórios previstos na Constituição.
Quem ganha com a dívida pública
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas
de discriminação
Política Fiscal: O Estado arrecada impostos e
contribuições sociais. Para atender a que
objetivos?
Gastão Wagner, no Fórum Permanente de
Políticas Públicas e Cidadania
8 de agosto, Unicamp, SP.
“O Brasil não pode viver sem o Sistema Único de Saúde,
seria um grande retrocesso na nossa qualidade e
esperança de vida, e o SUS está sendo desconstruído,
está sendo desmontado. Não há um enfrentamento
aberto, não ouvimos dos políticos que se vai fechar o
SUS ou até mesmo privatiza-lo, mas como também
não cuidam dele – e dá muito trabalho cuidar dele, de
fato estamos tendo uma redução da capacidade de
atendimento do SUS e a população agoniada”
Ligia Bahia
Referências que você não pode deixar de consultar
O juro da notícia – Paula Puliti, Insular, Florianópolis, 2013
SUS : O desafio de ser único, de Carlos Octávio Ocké-Reis,
Fiocruz, Rio de Janeiro, 2013
Desigualdade Econômica no Brasil, de Márcio Pochmann,
Ideias & Letras, São Paulo, 2015r
www.cartamaior.com.br
www.plataformapoliticasocial.com.br
https://pensesus.fiocruz.br/reforma-sanitaria
http://static.scielo.org/scielobooks/4ndgv/pdf/paim-978857541
www.facebook.com/paulorubemsantiago
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Terapia Ocupacional, saúde financiamento e participação social 1 09 2017

  • 1. “Ver as coisas por fora é fácil e vão, porque por dentro das coisas é que as coisas são” (Carlos Queiróz, poeta
  • 2. Brasil: Participação social, crise fiscal, financiamento e conquistas na saúde Paulo Rubem Santiago Professor da UFPE –CCS-DEF Mestrando em Educação UFPE Titular da Comissão de Seguridade Social da Câmara Federal ( 2007-2014)
  • 3. Que fazer numa data como essa? Observar e refletir acerca da realidade, através da história, da economia, das finanças, do direito, da sociologia e, sobretudo, da democracia
  • 4. Preliminarmente: Vivemos numa sociedade nunca antes influenciada por tantas informações
  • 5. Saúde: 114 milhões de citações em 0,56 segundo
  • 6. Porém, o que antes só encontrávamos nas Bibliotecas
  • 7. Hoje pode ser carregado num sem número de pen drives
  • 8. Contudo, precisamos estar atentos à produção da informação e da notícia Há fatos que se transformam em notícias, há notícias que se transformam em fatos (com whats app então!!) e há fatos que jamais serão notícias e assim por diante... A informação e o conhecimento circulam, incidem, formam, provocam, fazem pensar, forjam comportamentos e manifestações de opinião A notícia é um produto derivado dos fatos, jamais sendo isenta de interpretação e interesse A produção da notícia e da informação é feita por empresas, por instituições, com objetivos e interesses
  • 9. Muito cuidado ! O que você lê, o que você ouve, o que você vê como informação, produzida por um ou mais sujeitos, reflete costumes, valores,interesses econômicos, políticos, visões de mundo, estratégias de ação Não há neutralidade absoluta na informação que lhe chega sob a forma de notícia, em suas múltiplas formas de veiculação e poder ( Rádio, TV, Jornal, Internet) Notícias e informações são produtos de empresas e instituições inseridas na sociedade
  • 10. Um exemplo: O debate da crise fiscal atual e suas interfaces “ Um problema central é que nossa teoria econômica analisa de forma separada elementos que só adquirem sentido quando analisados de forma articulada. Os elementos são fundamentalmente os juros, a inflação, o câmbio, a carga tributária e o estoque da dívida. Desses elementos resultarão a renda, o consumo, o investimento, o emprego e a produção”, (p. 138). “ Democracia econômica ”, Ladislau Dowbor, p. 144-145, Vozes, 2008, São Paulo
  • 11. Bem longe do Professor Dowbor, você já percebeu? O noticiário econômico é, via de regra, unilateral, foge da pluralidade de interpretações acerca dos fatos econômicos e insiste fortemente em soluções específicas, dando voz a um sem número de pessoas, intelectuais, profissionais,empresarios e economistas que pensam, todos, muito parecidos. Por que?
  • 12. Isso foi desvendado por Paula Puliti, Jornalista da “Agência Estado”
  • 13.
  • 14. O que ela estudou? 14 anos de reportagens econômicas dos jornais FOLHA DE SÃO PAULO e O ESTADO DE SÃO PAULO Ouviu dezenas de economistas de bancos, consultores financeiros e jornalistas da área Entre o final de 1980 e o começo de 2002 as instituições financeiras ocuparam as redações de jornais, rádios e TVs levando “informações econômicas”, cedendo “especialistas”para serem entrevistados. Bancos criam departamentos de economia para cuidar disso PRONTO: O jornalismo foi dominado pelas instituições financeiras. Até hoje.
  • 15. E a partir daí? Prevaleceram uma visão e um diagnóstico acerca dos indicadores econômicos que trazem junto de si um elenco de recomendações, medidas a serem tomadas pelos governos Esse diagnóstico é parcial, seletivo, fragmentado, como bem lembrou o Professor Dowbor antes: “nossa teoria econômica analisa de forma separada elementos que só adquirem sentido quando analisados de forma articulada”
  • 16. O que isso tem a ver com saúde, direito à saúde e financiamento da saúde? A saúde integra a Seguridade Social
  • 17. Sempre foi assim? Não. Como era antes de 1988? Havia o INAMPS, criado em 1977, com o Sistema Nacional de Assistência e Previdência. Só tinham acesso aos serviços de saúde os trabalhadores que pagassem por eles; Extinto pela Lei 8689/93 , suas competências foram transferidas para as instâncias federal, estaduais e municipais responsáveis pelo SUS, aprovado em 1988 na Constituinte
  • 19. Jornadas de Mobilização Das eleições de 1986 até outubro de 1988 o povo brasileiro mobilizou-se intensamente indo para Brasília em caravanas para defender seus pontos de vista nos diferentes capítulos da futura Constituição debatida na Assembleia Nacional Constituinte Na saúde tivemos uma das manifestações mais intensas e profundas. Fundaram-se um novo conceito e um novo compromisso por parte do Estado. Fruto disso o texto da CF traz a Seguridade Social como sistema de proteção social, nela inserida a saúde como direito de todos.
  • 20. O movimento da Reforma Sanitária nasceu no contexto da luta contra a ditadura, no início da década de 1970, propondo um conjunto de ideias em relação às mudanças e transformações necessárias na área da saúde, abarcando não apenas o sistema, mas todo o setor saúde, em busca da melhoria das condições de vida da população. Profissionais preocupados com a saúde pública desenvolveram teses e integraram discussões políticas. Este processo teve como marco institucional a 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986. Entre os políticos que se dedicaram a esta luta está o sanitarista Sérgio Arouca. As propostas da Reforma Sanitária resultaram, finalmente, na universalidade do direito à saúde, oficializado com a Constituição Federal de 1988 e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
  • 21. Como a saúde falou alto?
  • 22. E o que foi dito e defendido?
  • 23. Fontes da Seguridade Social Financiada por toda sociedade, de forma direta e indireta, nos termos do art. 195 da Constituição Federal e da Lei 8.212/91, mediante recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de contribuições sociais. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes receitas: I - receitas da União; II - receitas das contribuições sociais; III - receitas de outras fontes. Constituem contribuições sociais: a) As das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço; b) As dos empregadores domésticos; c) As dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição; d) As das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro; e) As incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.
  • 24. COFINS: A maior receita https://www.anfip.org.br/doc/publicacoes/20161013104353_Analise-da- Seguridade-Social-2015_13-10-2016_Anlise-Seguridade-2015.pdf
  • 25. Renúncias de arrecadação em 2015 COFINS – R$ 64,41 bilhões, 32% da arrecadação CSLL – R$ 10,43 bilhões, 17,5% da arrecadação PIS – R$ 12,94 bilhões, 24,5% da arrecadação Receitas Desvinculadas pela DRU ( 20%) 2005 - R$ 32,49 bilhões 2008 - R$ 39,2 9bilhões 2010 - R$ 45,86 bilhões 2012 - R$ 58,07 bilhões 2013 - R$ 63,41 bilhões 2014 - R$ 63,13 bilhões 2015 - R$ 63,81 bilhões
  • 26. Por que foram estabelecidas receitas para a Saúde e a Seguridade Social e essas receitas são desviadas ? Impostos e contribuições formam receitas públicas. Certo? Receitas públicas integram a arrecadação e são escrituradas nos orçamentos públicos Através dos orçamentos a União, os Estados e Municípios pagam pessoal, compram insumos, contratam e realizam investimentos Suas receitas, porém, podem ser objeto de ataque por grupos com interesses materiais. Por que? Como? Sonegação, Corrupção, Desonerações Fabricação de Dívidas e sua remuneração pelo Estado
  • 27. Explicam-se os interesses, as transformações e conflitos da humanidade por várias leituras Fatores religiosos – Guerras entre Muçulmanos e Cristãos no século XIII Fatores cognitivos ( conhecimento, invenções, tecnologias) Fatores familiares Fatores territoriais Fatores materiais ( Os interesses materiais determinam as transformações sociais)
  • 28. Na produção social de sua existência os homens estabelecem relações determinadas, necessárias, independentes da sua vontade; Relações de produção que correspondem a um determinado grau de desenvolvimento das forças produtivas materiais. O conjunto destas relações constitui a estrutura econômica da sociedade, a base concreta Sobre a qual se eleva a superestrutura jurídica e política à qual correspondem determinadas formas de consciência social; O modelo de produção da vida material condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intelectual em geral
  • 29. Uma sucessão de contextos, conflitos e transformações até os dias de hoje
  • 34. A Revolução Inglesa ( Século XVII)
  • 39. O financiamento da saúde Está regulamentado desde a Constituição de 1988, com normas atualizadas em 2015 ( EC 86 ) As regras essenciais de financiamento do SUS não estão isoladas na Constituição de 1988 São irmãs gêmeas da Previdência Social e da Assistência Social Juntas, integram o Sistema de Seguridade Social É das fontes de receita da Seguridade que deriva o financiamento do SUS O que compromete o desempenho do financiamento da saúde e precariza o SUS?
  • 40. Já são poucos os males, eis um a mais: PEC 241/ EC 95, de 2016
  • 41. Sonegação (Vide “Operação Zelotes”) Sonegadores contumazes devem R$ 160,2 bilhões 2000 empresas devem R$ 126 bilhões Estoque: R$ 1,3 trilhão para R$ 1,5 trilhão entre 2013 e 2015: Cresceu 36,77% . A inflação foi 23,66% Causa: Favores para a renegociação da dívida com sonegadores, gerando mau costume nos não- sonegadores. Fonte: IBMEC/ Relatório da Receita acerca da renegociação da Dívida via REFIS
  • 42. Elevadas desonerações prejudicam a arrecadação, sem garantias de novos investimentos e empregos Valor das renúncias totais e o das novas renúncias adotadas a partir de 2010, com vigência até 2019: R$ 446 bilhões
  • 43. Para piorar, recursos dos royalties que seriam um “plus”, vieram para o lado de dentro do Orçamento do SUS 2015: Emenda Constitucional 86 modificou o montante mínimo a ser gasto pela União, para 15% da receita corrente líquida (artigo 198, I), e de forma progressiva 13,2% (em 2016), 13,7% (em 2017) , 15% apenas em 2021. Miragem a ser alcançada após seis anos da promulgação da EC 86/15 (artigo 2º). Manobra vergonhosa: O artigo 3º da EC 86/15 dispõe que parte da do valor dos royalties do petróleo seriam utilizados para esse cômputo. Isso reduz ainda mais esse valor mínimo, pois o artigo 4º da Lei 12.858/13 previa que seu uso seria um acréscimo aos montantes mínimos obrigatórios previstos na Constituição.
  • 44.
  • 45. Quem ganha com a dívida pública
  • 46. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação Política Fiscal: O Estado arrecada impostos e contribuições sociais. Para atender a que objetivos?
  • 47. Gastão Wagner, no Fórum Permanente de Políticas Públicas e Cidadania 8 de agosto, Unicamp, SP. “O Brasil não pode viver sem o Sistema Único de Saúde, seria um grande retrocesso na nossa qualidade e esperança de vida, e o SUS está sendo desconstruído, está sendo desmontado. Não há um enfrentamento aberto, não ouvimos dos políticos que se vai fechar o SUS ou até mesmo privatiza-lo, mas como também não cuidam dele – e dá muito trabalho cuidar dele, de fato estamos tendo uma redução da capacidade de atendimento do SUS e a população agoniada”
  • 48.
  • 50.
  • 51. Referências que você não pode deixar de consultar O juro da notícia – Paula Puliti, Insular, Florianópolis, 2013 SUS : O desafio de ser único, de Carlos Octávio Ocké-Reis, Fiocruz, Rio de Janeiro, 2013 Desigualdade Econômica no Brasil, de Márcio Pochmann, Ideias & Letras, São Paulo, 2015r www.cartamaior.com.br www.plataformapoliticasocial.com.br https://pensesus.fiocruz.br/reforma-sanitaria http://static.scielo.org/scielobooks/4ndgv/pdf/paim-978857541 www.facebook.com/paulorubemsantiago www.ipea.gov.br / www.cebes.org.br/ www.abrasco.org.br