UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
MEDIAÇÃO E RESOLUÇÃO PACÍFICA DE CONFLITOS
1. CONFERÊNCIA EDUCAÇÃO DO FUTURO – 2015:
AMOR E INTELIGÊNCIA CRIATIVA
MEDIAÇÃO E RESOLUÇÃO PACÍFICA DE CONFLITOS
Cássio
2. A MEDIAÇÃO DE CONFLITOS
É um instrumento de facilitação do diálogo para a
transformação das pessoas e pacificação dos conflitos;
É interdisciplinar,
O mediador é imparcial;
As pessoas em conflito são as mais indicadas para solucionar
suas questões, mas o momento conflituoso as impede;
O mediador não sugere saídas, ele facilita a reflexão e o
diálogo para que as pessoas mesmas cheguem a solução;
3. As Aspirações da Mediação de Conflitos Comunitários
Resolução pacífica de conflitos como forma de
compreensão e aceitação das diferenças e gestão dos
conflitos que surgem nos relacionamentos interpessoais
A Mediação em seus distintos estágios: educação,
prevenção e tratamento para a mudança das relações
sociais
Jean François Six : “Da dialética podemos recorrer a ideia
da centralidade do conflito como o lugar privilegiado da
transformação e derivar dela a preocupação de ser capaz
de conduzir de forma saudável nossos conflitos”.
Mediação como um movimento cultural e os mediadores
como agentes de mudança de cultura
5. O diálogo é o primeiro passo em direção à convivência,
visto que por meio da comunicação e da escuta,
resgatamos, antes de tudo, nosso senso de vida
comunitária.
É aplicável a uma vasta gama de situações e sempre que
há fragmentação, polarização, dogmatismos e extremismos
que ameacem a coesão do grupo: nos relacionamentos
interpessoais e ações comunitárias, na política e na
diplomacia, e também no mundo das instituições.
6. "O mais importante que se tem a fazer é romper as barreiras
entre as pessoas para que possamos atuar como uma única
inteligência".
(David Bohm)
7. Falar na primeira pessoa [Eu]
Respeitar as diferenças e a diversidade
Ouvir para aprender ou criar algo novo
Suspender temporariamente os
pressupostos, crenças e certezas
Refletir sem julgar
David Bohm
GUIA DE DIÁLOGO
8.
9. Conceitos de Mediação
• Ponto de vista do observador muda completamente a
análise do objeto.
• A mediação da voz aos diferentes, respeita e valoriza as
diferenças
• Entende o conflito e seus participantes como um
sistema complexo que se auto alimenta.
10. Conflitos na Família
A mediação familiar tem foco na proteção dos filhos contra a
animosidade dos pais.
A teoria da mediação interdisciplinar recebe aportes da
psicologia, do direito, da sociologia e de outras áreas do
conhecimento humano, para abrir o canal de comunicação entre
as pessoas, que são inspiradas a dialogarem sobre seus conflitos.
Utiliza-se de técnicas da Comunicação não violenta para
compreender quais as emoções, as necessidade e os pedidos das
pessoas envolvidas,
Utilizam-se técnicas sistêmicas de intervenção, provenientes das
terapias familiares, escuta ativa, resignificação, resumos,
contextualização entre outras, para que as pessoas sejam
legitimadas a resolverem suas questões.
11. Conflitos na Escola
A mediação escolar trabalha transversalmente nas relações
interpessoais dentro do ambiente escolar, tem foco nos conflitos
escolares entre alunos, professores, diretores e pais.
O intuito principal se baseia em fortalecer a cultura do diálogo
como forma de resolver os conflitos e tem a possibilidade de
preparar os alunos na Educação para o Conflito. Como reagir
desde cedo diante de um conflito?
O mediador mirim
Utiliza de meios para se atingir o consenso nos conflitos onde
existam interesses divergentes, valorizando a cooperação em
detrimento da competição.
12. Conflitos na Comunidade
COMUNIDADE: Um tipo de associação entre indivíduos,
espontânea em que diversas razões que podem ser, territoriais,
culturais, sociais, de temporalidade da relação ou de objetivos
comuns, estabelecem uma relação de dependência recíproca entre
seus membros.
CONFLITOS COMUNITÁRIOS: Conflitos relativos a um determinado
agrupamento humano caracterizado pela qualidade e intensidade
dos vínculos interpessoais nas relações marcadas pela
interdependência recíproca de quem participa delas. Estes conflitos
podem se desenvolver tanto em seu interior quanto no exterior
desta comunidade.
13. As relações comunitárias podem ser:
•Relações de vizinhança;
•Relações em âmbito institucional;
•Relações no interior das organizações civis;
•Relações familiares;
•Relações urbanas.
Fatores que podem constituir uma relação conflitiva:
•Fatores pessoais;
•Fatores situacionais;
•Fatores culturais
14. Fatores Pessoais
questões de ordem ideológica pessoal e psicológica
• Auto percepção;
• Pautas de percepção alheia ou do outro;
• Atitudes básicas do indivíduo;
• Pautas habituais de comportamento;
• Habilidades sociais;
• Emocionalidade;
• Valores.
15. Fatores situacionais:
Aspectos de uma situação circunstancial ou permanente
• Condição sócio-econômica;
• Situação de trabalho;
• Questões de gênero;
• Integração ou articulação social;
• Temas familiares;
• Poder ou prestígio;
• Idade.
16. Fatores Culturais
Universos de sentidos e significações
•Crenças;
•Identidades;
•Pautas comunicacionais;
•Pautas de interação social.
17. Conflitos Públicos
Conflitos que de um lado tem a presença do estado e suas
instituições públicas e de outro a sociedade.
Características:
•Deficiências da administração pública;
•Governos ineficientes e de má gestão;
•Situação de abandono social;
•Problemas políticos econômicos e sociais
18. Conflitos Interculturais
• A diversidade cultural
• Diferenças de identidade;
• A religião;
• O idioma;
• A desigualdade social;
• Diferenças ideológicas;
• As minorias;
• Os preconceitos;
• A sexualidade
19. • Principais Modelos de Mediação aplicados:
• O Modelo Tradicional baseado na escola de
Negociação de Harvard;
• O Modelo transformativo de Bush e Folger;
• O Modelo Circular Narrativo
• A proposta de John Paul Lederach
SP 2012
Intervenções
20. Modelo pensado como método para a negociação
colaborativa assistida por um terceiro. A comunicação é
entendida em sentido linear.
Objetivo:
Estabelecer um acordo entre os participantes baseado em
seus interesses.
Premissas:
• Evitar que os participantes retroajam ao passado;
• Estabelecer um olhar para o futuro;
• Desativar as emoções negativas dos participantes;
• Separar os problemas das pessoas;
• Valorizar os pontos de acordo
• Do caos à ordem
• Concentrar atenção nos interesses não nas posições
Modelo Tradicional Linear de Harvard
21. O Modelo Transformativo Comunitário de Bush e Folger
Modelo centrado no favorecimento das
transformações pessoais e sociais dentro do conflito.
Objetivos:
Transformar as relações humanas e sociais
Premissas:
• Microfoco nas abordagens dos participantes
• Favorecimento da reflexão para a tomada de
decisões
• ampliar as perspectivas com intuito de transformar
• utilização da valorização (capacidade de agir) e do
reconhecimento (protagonismo)
22. O Modelo Circular Narrativo de Sara Cobb
Modelo centrado nas narrativas trazidas pelas partes.
Considera a causalidade e a comunicação como
processos de dinâmica circular que se retroalimentam.
Utiliza a narrativa das partes como base analítica e
propositiva.
Objetivo:
Permitir a comunicação e a interação das partes visando
a superação do conflito
Premissas:
• Conhecer os significados dados as atitudes dos outros e
o contexto onde se desenvolvem
• Necessidade das pessoas transformarem a história
conflitiva em um processo que facilite a superação
• Nossos relatos e o de outros refletem aspectos de
nossa Identidade.
23. A proposta comunitária de John Paul Lederach
Basea-se na transformação de conflitos comunitários
construção da paz e conciliação
Objetivo:
Fortalecimento de lideranças comunitárias,
espaços de diálogo entre os diversos atores, o uso
das redes sociais e da mediação para atingir
pacificação social
Premissas:
• Conhecimento da polarizações;
• utilização de espaços de articulação estratégia e
construtiva
• Processos de mudanças não-violenta
24. Abordagem dos Conflitos no Cenário Social Urbano
• Ação Coletiva. Atores Coletivos. Minoria
Ativa: Grupo capaz de atuar estratégicamente
de forma coletiva, com fim de transformar
uma situação objetiva;
• Acontecimento: Algo que se sucede que
provoca a ruptura da ordem constituída
sendo necessário analisá-lo e compreendê-lo
de forma a poder trabalhar nas
tranformações produzidas : Antes, Durante,
Depois
• Liderança Social: Líderes naturais ou auto-
impostos
25. Abordagem dos Conflitos no Cenário Social Urbano
• Fortalecimento Comunitário: processo
mediante o qual os membros de uma comunidade
desenvolvem conjuntamente capacidades e recursos
para controlar sua situação de vida, atuando de
maneira comprometida, consciente e crítica para obter
a transformação de seu entorno segundo suas
necessidades e aspirações, transformando a si mesmos.
1. Prevenção
2. Representações Sociais
3. Redes Sociais
26. Referências Bibliográficas
• Conversando a gente se entende – Margareth
Wheathey
• Diálogo – David Bohn
• Dinâmica da Mediação – Jean François Six;
• Mediación Conducción de Disputas, Comunicacción y
Técnicas – Marinés Suares;
• La Promesa de Mediación – Robert Busch e Joseph
Folger;
• Disciplinas Restaurativas para Escolas – Juddy Mullet e
Lorraine Amstutz;
• Construção de Consenso – Kay Pranis;
• Transformação de Conflitos – John Paul Lederach
Notas del editor
David Bohm, 1917-1992
Físico quântico, professor, trabalhou com Albert Einstein e foi considerado por ele seu sucessor intelectual.
Em colaboração com Karl Pribram, neurocientista de Stanford, estabeleceu a fundamentação para a teoria de que o cérebro funciona de forma similar a um holograma.
Entrevistou o filósofo indiano Krishnamurti por 10 anos. De sua compreensão física e filosófica criou os Diálogos de Bohm, que estimulam a criação de "objetivos coletivos" e "espaço livre" como pré-requisitos para a superação da fragmentação na sociedade.