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LETRISTAS EM CENA 
Coletânea de Letras Musicais 
Poetas brasileiros 
Autores 
Tirollo Branca et al 
3ª Edição 
Piracicaba/SP 
Sotaques/Editora 
18/06/2014
Coletânea de Letras Musicais 
2 
PROJETO: LETRISTAS EM CENA 3ª EDIÇÃO 
Copyright ©2014 
Projetista: Branca Tirollo 
Obra – Letristas em Cena 
Coletânea de Letras musicais 
3ª Edição 
ISBN: 978-85-67263-06-9 
Fotografia: Colaboração 
Editor: Branca Tirollo 
Sotaques/Editora 
www.sotaques.com.br 
Contato: falex@sotaques.com.br 
Piracicaba/SP/Brasil 
Todos os direitos reservados aos autores: 
Ananias Domiciano Gomes, Ayrton Mugnaini Jr., A. Singulares, Beto Clep, Branca Tirollo, Carlos Alberto Collier Filho, Chico Pires, Dhiogo José Caetano, Etel Frota, Gilbertto Costta, Iso Fischer, I. Malforea, Julio César Nascimento, Kátya Chamma, Luiz Antônio Bergonso, Luiz Menestrel, Marcelo Salvo, Marcelo Secco, Marcos Antonio Passarelli, Marinês Bonacina, Neila Bittencourt Pereira, Nertan Silva-Maia, Priscila Pettine, Renata Machado Gomide, Renato Brito, Rolan Crespo, Rosangela Calza, Rosi Lopes, Samuel Neri, Sonekka, Suzete Oliveira Camargo Dutra, Tato Fischer, Telma Sanchez, Thiago Augusto Arlindo Tomaz da Silva Crepaldi, Valéria Pisauro, Valdemir A. F. Barros, Vanoci Marques, Vuldembergue Farias, Wander Porto, Xavier Peteó, Zezinho Nascimento, Zizen (Marta Nascimento)
Letristas em Cena 
..... 
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Coletânea de Letras Musicais 
4 
APRESENTAÇÃO 
QUEM SABE FAZ A HORA NÃO ESPERA ACONTECER... 
Os versos de Geraldo Vandré da canção “Pra não dizer que não falei das flores” retratam muito bem a tarefa a que Branca Tirollo se propôs, já no ano passado, continuando agora a saga: editar um livro que contenha o maior número de letras de música do Planeta Terra, coisa para o GuinessBook. 
Ano passado saiu a primeira edição virtual, em impressão real a todos os interessados, e agora, em 2014, ela se propõe a reeditar aquele, com novas letras de música acopladas. Participante do Clube Caiubi de Compositores, conclamou seus associados a participarem do feito, sendo atendida por vários, e alguns deles se achegam para esta segunda edição e terceira edição. 
Quando se vê o trabalho pronto, parece que a tarefa engendrada foi muito fácil; quem tem cabelos, sabe quanto cai; quem tinha, também. Parabéns, Branca Tirollo! 
Continue nessa pegada, hora dessas estaremos no Guiness Book. 
Quero ainda mais fortalecer seu empreendimento, usando da máxima que aprendi como sendo de Regina Brett, jornalista americana, com a qual compus uma canção, SER FELIZ, por entender que tais palavras não serviriam apenas para mim: 
O QUE PENSAM DE VOCÊ NÃO É DA SUA CONTA! 
Tato Fischer 
São Paulo, 23 de Maio de 2014.
Letristas em Cena 
..... 
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Coletânea de Letras Musicais 
6 
AGRADECIMENTOS 
Ainda que saibamos o que as mazelas do orgulho podem causar em nós, não hão de obscurecer jamais a gratidão que reside em nossa alma, mesmo que muitos orgulhosos creiam merecer todos os elogios maniqueístas só para si. 
Eis aqui o resultado de uma coletividade de somadores de ideias; idealistas irrecuperáveis que debruçam agradecimentos aos deuses de todas as inspirações, às musas de todos os poetas e a todos os seres materializados que, servindo de instrumento mágico e divino, tornam tudo possível. 
Somos gratos por mantermos nossa sanidade em meio à loucura que é viver sonhando. Os Caiubistas vivem sonhando, cantando e contando sonhos. 
Aos nossos familiares queridos que sempre nos incentivaram e apoiaram ainda que em noites boêmias vão os nossos singelos agradecimentos. 
Agradecemos humildemente a Branca Tirollo por todo o esforço, dedicação e empenho que debruçou para tornar esse projeto possível. Projeto este que, de início sendo de um, tornou-se de todos como réplica de milagre divino que multiplica todas as unidades e cria a propagação. 
Somos gratos ao Pai Universal por permitir a nós todas as possibilidades de realizações. Sem a liberdade de agir, de se rebelar e manifestar que nos fora concedida, a arte não seria possível, então somos gratos.
Letristas em Cena 
..... 
7 
Por fim, não esgotamos aqui todas as possibilidades e muitos outros textos serão criados, frutos de mentes pensantes e de corações pulsantes. Portanto, agradecemos aos nossos parceiros e leitores por permanecer acreditando no trabalho de todos os Letristas que estão em cena e daqueles que ainda estarão. 
Priscila Pettine
Coletânea de Letras Musicais 
8
Letristas em Cena 
..... 
9 
ÍNDICE – Autores 
ANANIAS DOMICIANO GOMES....................... 
AYRTON MUGNAINI JR..................................... 
A. SINGULARES................................................... 
BETO CLEP........................................................... 
BRANCA TIROLLO............................................. 
CARLO ALBERTO COLLIER FILHO............... 
CHICO PIRES....................................................... 
DHIOGO JOSÉ CAETANO................................. 
ETEL FROTA....................................................... 
GILBERTTO COSTTA........................................ 
ISO FISCHER....................................................... 
I. MALFOREA.................................................... 
JULIO CÉSAR NASCIMENTO.......................... 
KÁTIA CHAMMA.............................................. 
LUIZ ANTÔNIO BERGONSO........................... 
LUIZ MENESTREL............................................ 
MARCELO SALVO............................................ 
MARCELO SECCO............................................ 
MARCOS ANTONIO PASSARELLI................ 
MARINÊS BONACINA..................................... 
NELIA BITTENCOURT PEREIRA.................. 
NERTAN SILVA-MAIA..................................... 
PRISCILA PETTINE........................................... 
RENATA MACHADO GOMIDE....................... 
RENATO BRITO................................................. 
ROLAN CRESPO................................................ 
ROSANGELA CALZA....................................... 
ROSI Lopes.......................................................... 
SAMUEL NERI................................................... 
SONEKKA.......................................................... 
SUZETE OLIVEIRA C. DUTRA....................... 
TATO FISCHER................................................. 
0012 
0023 
0034 
0041 
0071 
0151 
0158 
0242 
0246 
0365 
0371 
0399 
0408 
0418 
0430 
0439 
0455 
0461 
0479 
0482 
0487 
0505 
0519 
0608 
0631 
0646 
0656 
0672 
0683 
0701 
0708 
0754
Coletânea de Letras Musicais 
10 
TELMA SANCHEZ.............................................. 
THIAGO AUGUSTO S. CREPALDI.................. 
VALDEMIR A. F. BARROS................................ 
VALÉRIA PISAURO........................................... 
VANOCI MARQUES........................................... 
VULDEMBERG FARIAS.................................... 
WANDER PORTO............................................... 
XAVIER PETEÓ.................................................. 
ZEZINHO NASCIMENTO.................................. 
ZIZEN................................................................... 
*************************** 
EPÍLOGO............................................................. 
0797 
0861 
0864 
0948 
0975 
0994 
1007 
1021 
1084 
1392 
1403
Letristas em Cena 
..... 
11
Coletânea de Letras Musicais 
12 
ANANIAS DOMICIANO GOMES 
Banho de sol...................................... 
0013 
Cadê meu pandeiro.......................... 
0014 
Campeonato de preservação.......... 
0016 
Coruja................................................. 
0017 
Demorou ........................................... 
0018 
Funk dos manos................................ 
0019 
Lele, lelo, lele, lela............................. 
0021
Letristas em Cena 
..... 
13 
BANHO DE SOL 
Hoje é sexta feira 
O fim de semana esta inteiro 
Planejei tudo certo 
Para não dar o inverso 
Vou gastar meu dinheiro 
Vou pular na areia 
Vou jogar futebol 
Deixei tudo combinado 
Para que nada de errado 
Vou tomar banho de sol 
Vou pegar um voo 
Voar de avião 
Voar o Brasil 
Onde todos me viram 
Vou até o Japão 
Sou brasileiro 
Di coração 
Esse é o meu perfil 
Sou mais Brasil 
Pais dos campeões
Coletânea de Letras Musicais 
14 
CADÊ MEU PANDEIRO 
Cadê meu pandeiro cadê, cadê 
Estou querendo achar 
Estou querendo achar 
Hoje é fim de semana 
Fim de semana 
Estou querendo sambar 
Vou chamar meus amigos 
Meus amigos, todo o cidadão 
Todo cidadão vai lá 
Convocar o mundo inteiro 
Pra festa da união 
Trabalhei a semana Inteira 
Semana inteira 
Quase que não deu pra procurar 
Eu senti uma dor no peito 
Quero achar meu pandeiro 
Pra fazer uma festa no jeito 
Cadê meu pandeiro cadê, cadê 
Estou querendo achar 
Estou querendo achar 
Hoje e fim de semana 
Fim de semana 
Estou querendo sambar 
Esta tudo bem certinho 
Bem certinho 
Pra festa começar 
Pra começar
Letristas em Cena 
..... 
15 
E no meio da bagunça 
Perdi meu pandeiro 
E não consigo achar 
Cadê meu pandeiro cadê, cadê 
Não consigo achar 
Não consigo achar 
Hoje é fim de semana 
Fim de semana 
Estou querendo sambar
Coletânea de Letras Musicais 
16 
CAMPEONATO DE PRESERVAÇÃO 
Levantei pensando 
Que poderemos mudar 
Para no futuro 
Não passarmos sede. 
Cultivando nossas matas 
Limpando nossas nascentes 
Preservando nosso verde 
Nossa vida será mais bela 
Com o espelho da natureza 
Se trabalharmos todos juntos 
Venceremos com certeza 
Vamos convocar o mundo 
Nação por nação 
Para um grande campeonato 
De preservação 
Onde o premio e o verde 
E quem preserva é campeão
Letristas em Cena 
..... 
17 
CORUJA 
Gavião que cume 
A coruja que esta 
No toco 
A bicha e feia que dói 
Mexe e corrói 
Vai pro toco 
Cantou a noite inteira 
E o gavião só de olho 
O bicho vai pega 
É asa que vai voar 
Mostrar quem somos 
Gavião acostumou 
Voltar lá no toco 
Coruja malvada 
Esta desconfiada 
Não quer mais sair do toco 
Gavião montou campana 
Armou sua barraca 
Quando ela sair 
O bicho vai subir 
Quebrar a estaca
Coletânea de Letras Musicais 
18 
DEMOROU 
Demorou, demorou 
Inventaram um fuxico 
E ela me deixou 
Inventaram um fuxico 
Que eu tava traindo ela 
Que eu ia pro cabaré 
Invés de ir pra capela 
Demorou, demorou 
Inventaram um fuxico 
E ela me deixou 
Inventaram um fuxico, que 
Eu não gostava de trabalhar 
Que o meu negocio 
Era só beber e cantar 
Demorou, demorou 
Inventaram um fuxico 
E ela me deixou 
Inventaram um fuxico 
Que eu era meio bandido 
Só vivia atrás de mulher 
Largada do marido 
Demorou, demorou 
Inventaram um fuxico 
E ela me deixou
Letristas em Cena 
..... 
19 
FUNK DOS MANOS 
Ola mulheres malucas que 
Andou no meu carrão 
Escutando funk ostentação 
Com as rodas prateadas 
Bancos de couros 
E o meu tesouro 
Nunca me deixa na mão 
Dando volta na cidade 
Em media velocidade 
Medalhão amarelo no peito 
Esse é meu jeito 
Fazendo minha vontade 
Cansei de andar de buzão 
Enfrentando lotação 
Então pensei 
E pensando planejei 
Entrei para funk ostentação 
Hoje estou por cima 
Só curtindo as meninas 
Fazendo o que eu quero 
Sem nem um mistério 
Curtindo minha vida 
Vou dar um conselho 
Para os manos 
Que só anda nos panos 
Agora estou na área 
Vou bater
Coletânea de Letras Musicais 
20 
E não falha 
Mudei, mudei minha aparência
Letristas em Cena 
..... 
21 
LE LÊ, LELÔ, LELÊ, LELÁ. 
Vamos brincar de esconde, esconde. 
Só eu e você. 
Sem ninguém, pra nos achar. 
Onde só você mim acha 
Eu acho você, só naquele escurinho. 
Onde ninguém pode ver 
Esse esconde, esconde. 
Está dando o que fala 
O povo já descobriu 
Que e só eu e você 
Que se encontra para brincar 
Lelê, lelô, lelê, lelá. 
Vamos brincar de esconde, esconde. 
Só eu e você sem ninguém, pra nos achar. 
Esse esconde, esconde. 
Está ficando complicado 
Minha mãe quer ti conhecer 
Seu pai quer me achar 
Vamos dar um tempo 
Se não o bicho vai pegar 
Lelê, lelô, lelê, lelá. 
Vamos brincar de esconde, esconde. 
Só eu e você sem ninguém, pra nos achar.
Coletânea de Letras Musicais 
22
Letristas em Cena 
..... 
23 
AYRTON MUGNAINI JR. 
A primeira última vez......................................... 
Baianinha japonesa............................................. 
Eu acabei de reler a sua carta............................. 
O homem da minha vida..................................... 
Um tiro no escuro................................................ 
Valsa para um sol medroso................................. 
0024 
0025 
0026 
0027 
0029 
0031
Coletânea de Letras Musicais 
24 
A PRIMEIRA ÚLTIMA VEZ 
Minha memória é como eu 
Deveria ser mais seletiva 
Cada momento que a gente viveu 
Pra mim é uma lembrança sempre viva 
Ainda lembro muito bem 
De tudo que a gente fez 
De cada primeira e de cada última vez 
Nosso primeiro beijo ao sol 
Primeira noite de luar 
Primeiro filme, depois primeiro jantar 
Primeira festa, último show 
A primeira flor que eu te dei 
Primeira chuva, último livro que eu ganhei 
Nossa primeira discussão 
Primeira vez que eu disse não 
Primeira vez que eu levei um bofetão 
Lembro muito bem de cada instante 
Até mesmo dos que eu não quero lembrar 
Eu só aprendi 
Após sofrer bastante 
Que todo mundo gosta bastante de ti 
Mas só mesmo tu pra te aguentar 
Tem uma última coisa, meu amor 
Que eu queria te dizer 
Sem medo de ser brega ou me contradizer 
Hoje eu queria te encontrar 
Pra festejarmos com prazer 
O meu primeiro ano longe de você
Letristas em Cena 
..... 
25 
BAIANINHA JAPONESA 
Baianinha japonesa 
Minha linda, meu amor 
Não vou ver maior beleza 
Nem em Tóquio ou Salvador 
Morou na Bahia 
E ela é sansei 
Vem pra minha cidade 
É bom demais, meu rei 
Que koibito 
Baianinha japonesa 
Meu tesouro, minha jóia 
Não vou ver maior beleza 
Nem em Juazeiro ou Nagoya 
Ela tem um charme 
No olhar puxado 
Que ajuda a me puxar 
Pra ficar ao seu lado 
E eu sempre vou 
Não tem canto de alma 
Que ela não atinja 
Ama como gueixa 
E trabalha como ninja 
Que shigoto 
Baianinha japonesa 
Quanto love, sono crazy 
Não vou ver maior beleza 
Nem na Liberdade ou no Largo 13
Coletânea de Letras Musicais 
26 
EU ACABEI DE RELER A SUA CARTA 
Eu acabei de reler a sua carta 
Você me diz que me amar é coisa boa 
Eu reli letra por letra, até a data 
Já faz três anos, mas como o tempo voa 
De lá pra cá a gente foi brigar 
Uma bobagem tão pequena que cresceu 
Mas sei que se eu te perdoar 
Nessa hora quem não me perdoa sou eu 
A carta inclui uma foto, tu e o Nando 
Sorrindo e se abraçando 
Nem dá pra imaginar 
Que se a máquina pegasse pensamento 
Não só o filme, no momento 
Até ela ia queimar 
A resolução que a câmera não vê 
É a pior que eu já vi 
Não chega a 10 dpi 
Releio a carta e penso em você 
Vocês dois sempre brigaram 
Quem sabe até se mataram 
Ou pior, até se casaram
Letristas em Cena 
..... 
27 
O HOMEM DA MINHA VIDA 
Como é bom ser livre pra voar 
E conhecer o amor e seus mistérios 
Mas você não tinha que casar 
Teu único jeito agora é o adultério 
Não fui assistir seu casamento 
Porque o centro da atenção ia mudar 
Não quis estragar esse momento 
Não fui pra ninguém me ver chorar 
Hoje no meu título de eleitor 
Está escrito que eu sou solteiro 
Mas isso é mentira, meu amor 
Só penso em você o tempo inteiro 
A paixão e o desejo me consomem 
Você também se sente consumida 
Mulher de amigo meu pra mim é homem 
Por isso você é o homem da minha vida 
Você mudou seu título de eleitora 
Ganhou o sobrenome do marido 
Porém está me confessando agora 
Que tem um segredo escondido 
Foi tudo um fracasso, na verdade, 
Porque você com ele não se encaixam 
Ele exige alta fidelidade 
Porém a impedância dele é baixa 
Por isso eu fiquei maravilhado 
Quando você nessa vida deu um basta 
E hoje segue o velho ditado
Coletânea de Letras Musicais 
28 
“Burro amarrado também pasta” 
A paixão e o desejo me consomem 
Você também se sente consumida 
Mulher de amigo meu pra mim é homem 
Por isso você é o homem da minha vida
Letristas em Cena 
..... 
29 
UM TIRO NO ESCURO 
(NO AR MAIS UM CAMPEÃO DE VIOLÊNCIA) 
Você está tão diferente 
Você mudou tão de repente 
Ficou nervosa e totalmente irada 
É sorte minha que você não anda armada 
O teu olhar duro me inibe 
Parece a Lilian Witte Fibe 
Já sei o que está acontecendo 
São esses filmes que você anda vendo 
Eles fazem muito mais mal 
Que o Pernalonga e o Pica-Pau 
E me dão até cefaléia 
Tanta violência afligiu-me 
Se você diz que é só um filme 
Você pensa que é só platéia 
Filme com tanta paulada e tiro 
Me deixa aflito 
Parece o ar que eu respiro 
Sujo e gratuito 
O mundo hoje só tem vício 
Se puser cerca vira hospício 
Se cobrir vira circo e não do bom 
Se tirar foto vira anúncio da Benetton 
Baixaria e violência 
Dão cada vez mais audiência 
Não tem problema se tanta gente morrer 
Porque sempre sobra mais alguém pra ver
Coletânea de Letras Musicais 
30 
Eu também estou mudado 
E pra ninguém ficar chocado 
Eu me previno bastante 
Hoje só visto roupa rubra 
Pois caso eu morra e alguém descubra 
O sangue fica menos chocante 
Filme com tanta paulada e tiro 
Me deixa aflito 
Parece o ar que eu respiro 
Sujo e gratuito
Letristas em Cena 
..... 
31 
VALSA PARA UM SOL MEDROSO 
Hoje 
O sol tá fraco 
Brilhando opaco 
Quase mal se vê 
A causa 
Sei desde cedo 
Ele tem medo 
De encontrar você 
Que hoje 
Tá irritada 
Grita por nada 
Um bicho te mordeu 
Tá chata 
E rabugenta 
Quem é que aguenta? 
Ah, eu sei... só eu 
Te amo 
Também agora 
Não só nas horas 
Em que estás feliz 
E o choro 
Nunca foi gafe 
Pois desabafe 
Até ficar feliz 
Grite 
Se descabele 
Cubra minha pele 
Até me soterrar 
Mesmo 
Soterrado e exangue
Coletânea de Letras Musicais 
32 
Um beijo grande 
Inda vou te mandar 
Sabemos 
Que amanhã cedo 
Teu jeito azedo 
Já terá passado 
Não só 
Tua beleza, 
Tua fortaleza 
Me deixa abismado 
Se o Sol 
Estiver chocho 
Direi “seu frouxo, 
Tá pensando o quê? 
Esta 
Mulher-maravilha 
Todo dia brilha 
Mais do que você!”
Letristas em Cena 
..... 
33
Coletânea de Letras Musicais 
34 
A. SINGULARES 
Do teu beijo............................. 
Escala....................................... 
Sobre o dia e a noite............... 
A volta que não acontece..... 
0035 
0036 
0037 
0038
Letristas em Cena 
..... 
35 
DO TEU BEIJO 
Quero tua boca 
Tão minha, tão nua 
A minha, tua 
O instante do beijo encostado 
Beijo não calado, pintado, talhado 
Beijo gravado 
Aquele que fica na boca, segue a gente em cada passo beijo de artista, beijo de palhaço 
Beijo sem pecado, beijo na boa 
Roubado ou doado 
espero um beijo nunca acabado 
Como o vento, que - só de fazer um movimento - 
logo está ao seu lado 
Lábios que acolhem os meus 
Quero beijo sem adeus, nem até breve 
Beijo que sorri em mim 
faz o meu também sorrir (e beijar mais), sem fazer greve 
Quero teu beijo, sou sapo 
desfaz o meu estado e me faz nobre 
Quero teu beijo, sou fraco 
Depois me dá um abraço e me traz sorte 
Me dê outro beijo e quantos mais quiser 
Grudado, lambido, molhado - aceito o beijo que vier 
Selo do momento estado, perpetuado 
Beijo que salivo, me beije o quanto puder
Coletânea de Letras Musicais 
36 
ESCALA 
Dança em mim, chacoalha 
Me batalha em sorte e suor 
Desperte, nessa toada 
o que me colore melhor 
Deita no meu azul 
vamos sumir em violetas 
A sua paz esquenta 
Nessa paleta perfeita 
Assim como faz o vento 
quando te beija e não pede licença 
farei o mesmo contigo 
noite adentro, cores intensas 
Dilui minha tinta no seu gosto 
Me desenhe em seu papel 
Azul embaixo, sou seu mar 
Em cima, um rascunho do céu 
Me escala em tua escala 
Pinta meus móveis, minha casa 
pinta meu corpo, meus sonhos 
Deixa seu quadro risonho 
decorando minha parede 
esquentando nossa amizade 
Seu vermelho me acende 
nele tem a sua imagem.
Letristas em Cena 
..... 
37 
SOBRE O DIA E A NOITE 
O dia 
se você não sabe 
é a noite 
vestida de claro 
Quando se cansa 
tira sua bata 
cerúleo 
para esconder-se 
no escuro 
E veste uma camisola 
de estrelas 
para ser noite 
inteira
Coletânea de Letras Musicais 
38 
A VOLTA QUE NÃO ACONTECE 
Piano que toca 
na noite que encosta 
Esperando alguém que partiu 
Saudade que encosta, 
a lágrima toca 
Escorrendo no rosto como um rio 
A Lua enquadrada, sozinha, amarela 
Estampada na janela aberta 
Espelho - me vejo e fecho a cortina 
Escureço sozinho em sentinela 
Espero de olhos vermelhos, fechados, 
a volta que não acontece 
É como andar na chuva molhado 
perdido, onde não se conhece 
É ser assaltado, agredido 
Não ter sábado ou domingo 
É como não ter feriado, descanso 
Sem sua voz me chamando no ouvido 
É como não ver as flores de Maio, de Junho e de pano 
É noite sem lua, a vida, um engano 
É praia sem mar, surfista sem onda, 
é ovelha sem rebanho 
É ter o copo vazio, 
não se sufocar em goles de vinho 
Quintal sem criança, é vaso sem planta 
é céu sem o azul, é palco sem dança
Letristas em Cena 
..... 
39 
É sapo sem lago, Sapato molhado, 
é fita amarrada sem laço 
É quadro sem cor, dinheiro sem valor 
É sentir frio e não ter cobertor 
É dedo sem aliança 
É gol sem torcida vibrando 
É show de Rock sem banda 
pandeiro, sem samba, tocando 
É letra sem música, só ímpar, sem par 
Palavra jogada sem poesia 
É quadro sem tinta, é desabafar 
os versos com a parede fria 
É desaprender a andar 
De asas quebradas, não posso voar 
Lembranças dos beijos roubados 
Estalam na boca, mas não mais molhados 
É estar parado, apagado 
Viver sem sonho, no mundo jogado, 
ao meio-fio estirado 
Cachorro sem dono, maltratado 
Piano que toca, saudade que encosta 
Na noite que encosta, a lágrima toca 
Esperando alguém que partiu
Coletânea de Letras Musicais 
40
Letristas em Cena 
..... 
41 
BETO CLEP 
Bem melhor do que sonhei........... 
Canção de um novo tempo................. 
Com você......................................... 
Dias de frio...................................... 
Folhas e flores................................. 
Guarde essa canção............................ 
O final vai ser feliz......................... 
Por que não? (tentar ser feliz)...... 
Sem você......................................... 
Seus maiores segredos................... 
Sorrisos enfim................................... 
Tudo acabou.................................. 
Tudo que sei................................... 
Versos poemas e canções.................. 
Vivemos?........................................ 
Vou acreditar.................................. 
0042 
0044 
0046 
0048 
0050 
0052 
0054 
0055 
0057 
0059 
0060 
0062 
0063 
0065 
0067 
0069
Coletânea de Letras Musicais 
42 
BEM MELHOR DO QUE SONHEI 
Para Rose Farias 
Eu tive tenta sorte 
Em te conhecer 
Pra dar sentido em minha vida 
Razão do meu viver 
Agora estou tão feliz 
Você chegou, eu sei 
Pra preencher o vazio 
Que só crescia no meu coração 
Você é tão especial 
Diferente eu sei 
Algo tão bom pra mim 
Bem melhor do que sonhei 
Em poucas palavras 
Eu tento dizer 
O quanto te amo 
O quanto eu gosto de você 
Eu tenho tanto medo 
De um dia te perder 
Se isso acontecesse 
Não saberia o que fazer 
Pois a minha vida 
Só é completa com você 
E pra sempre do seu lado 
Eu quero viver.
Letristas em Cena 
..... 
43 
Eu te amo tanto 
Não sei nem como explicar 
Então eu fiz essa canção 
Pra me declarar 
Em poucas palavras 
Eu tento dizer 
O quanto te amo 
O quanto amo você
Coletânea de Letras Musicais 
44 
CANÇÃO DE UM NOVO TEMPO 
Não tenha medo da tempestade 
Porque ser forte e ter coragem 
São suas virtudes indispensáveis 
A esperança é tão incerta 
Mas pra você palavra certa 
Exprime todos seus sentimentos 
Sua vontade de viver 
Acorde cedo escove os dentes 
E agradeça por estar vivo 
Respire fundo e solte um grito 
Para espantar todos os males 
Acreditar que tudo irá mudar 
E o sol mais uma vez irá brilhar 
Acreditar que tudo irá mudar 
E o sol mais uma vez irá brilhar 
Não é só você que tem problemas 
O mundo está tão cheio deles 
Será mais um serão mais dez 
Ficam os dedos, mas somem os anéis 
Tão importantes te fazem falta 
Mais sei que um dia terás tudo de volta 
A vida vista como num filme 
Em que o final será feliz 
Muitos perigos coisas armadas 
Mas o mocinho vencendo no final
Letristas em Cena 
..... 
45 
Acreditar que tudo irá mudar 
E o sol mais uma vez irá brilhar 
Acreditar que tudo irá mudar 
E o sol mais uma vez irá brilhar
Coletânea de Letras Musicais 
46 
COM VOCÊ 
A tristeza que eu sentia antes 
Hoje eu não sinto, não 
Você trouxe de volta 
A paz no meu coração 
Não me diga que tudo é mentira 
Me diga que tenho razão 
Você faz tão bem pra mim 
Quero estar sempre assim 
Eu tenho muito que viver, 
Eu tenho tanto que aprender. 
O tempo todo quero estar, 
O tempo todo 
Eu quero estar com você. 
O tempo todo quero estar, 
O tempo todo 
Eu quero estar com você. 
Com você, com você, com você 
Com você, com você, com você. 
Eu lembro bem, você me disse 
A vida tem muitos segredos 
Eu não queria fingir, 
Então aprendi a sorrir, 
Só pra te agradar. 
Você faz tão bem pra mim 
Quero estar sempre assim
Letristas em Cena 
..... 
47 
Eu tenho muito que viver, 
Eu tenho tanto que aprender. 
O tempo todo quero estar, 
O tempo todo 
Eu quero estar com você. 
O tempo todo quero estar, 
O tempo todo 
Eu quero estar com você. 
Com você, com você, com você 
Com você, com você, com você.
Coletânea de Letras Musicais 
48 
DIAS DE FRIO 
A chuva que corroem 
A ferida que não dói 
O tempo que destrói 
O resto de sonhos 
A vergonha do espelho 
A imagem que me inibi 
Um barulho na esquina 
O medo eu sei que existe 
Dias de frio 
Noites de inverno 
Só o silêncio 
Ninguém por perto 
Dias de frio 
Noites de inverno 
Só o silêncio 
Ninguém por perto 
O medo é permanente 
Os dias não têm fim 
A segurança inexistente 
Minha vida é assim 
A solidão me incomoda 
E o sol quem me acorda 
Tudo que um dia foi perdido 
Tem certeza não tem volta
Letristas em Cena 
..... 
49 
Dias de frio 
Noites de inverno 
Só o silêncio 
Ninguém por perto 
Dias de frio 
Noites de inverno 
Só o silêncio 
Ninguém por perto
Coletânea de Letras Musicais 
50 
FOLHAS E FLORES 
Leve pra sempre contigo 
A lembrança de um sorriso 
Sem se esquecer de um grande amor 
Que nunca deixou de existir 
Lembre livros folhas e flores 
E paredes desenhadas 
Juras de amor não entendidas 
Lições de vida, não decoradas 
Nossa vida nossa casa 
Um retrato no portão 
A despedida a partida 
Não entendi qual a razão 
Eu tive medo eu tive insônia 
Eu não consegui dormir 
A minha vida indo embora 
Não consigo mais sorrir 
Se um dia perceber 
Que eu estou fazendo falta 
Pode vir pode voltar 
Mas por favor não faça hora 
Lembre só das coisas boas 
Esqueça as coisas ruins 
Tenha certeza de uma coisa 
Nosso amor não terá fim. 
Nossa vida nossa casa
Letristas em Cena 
..... 
51 
Um retrato no portão 
A despedida a partida 
Não entendi qual a razão 
Eu tive medo eu tive insônia 
Eu não consegui dormir 
A minha vida indo embora 
Não consigo mais sorrir
Coletânea de Letras Musicais 
52 
GUARDE ESSA CANÇÃO 
As lagrimas encobriram 
Sorrisos tão imperfeitos 
Não se esqueceras de mim 
Mesmo com todos os meus defeitos 
E tudo que em mim odiavas 
Tenho certeza sentirás tanta falta 
Só se percebe quando perde 
Um dia você vai perceber 
Guarde essa canção 
Como pedido de ajuda 
Guarde essa canção 
Como uma carta de amor 
Escrita na ultima hora 
Minutos antes de ir embora 
Sem coragem de olhar nos seus olhos 
E dizer adeus 
Palavras foram ditas 
Sem nenhuma precaução 
Sentimentos destruídos 
Sem nenhuma explicação 
Feridas ficaram expostas 
E como iriam cicatrizar 
Não haveria remédio 
Para imensa dor curar 
Guarde essa canção
Letristas em Cena 
..... 
53 
Como pedido de ajuda 
Guarde essa canção 
Como uma carta de amor 
Escrita na ultima hora 
Minutos antes de ir embora 
Sem coragem de olhar nos seus olhos 
E dizer adeus
Coletânea de Letras Musicais 
54 
O FINAL VAI SER FELIZ 
Acorde cedo 
Para ver o sol raiar 
Respire fundo 
E não deixe de sonhar 
Eu sei que as coisas 
Não andam assim tão bem 
Mas ficar triste 
Nada vai adiantar 
A vida é um grande Quebra – cabeça 
Cheio de peças para montar 
As peças se encontram se encaixam 
Mesmo não sendo do mesmo lugar 
Quando parece 
O final vai ser feliz 
Você descobre 
A peça estava no lugar errado 
Hora de começar tudo de novo 
Ou quem sabe, talvez . 
Tentar outra vez 
Mas só se tem uma certeza 
O final vai ser feliz. 
Você merece 
Você precisa 
Você será 
Muito feliz
Letristas em Cena 
..... 
55 
POR QUE NÃO? (TENTAR SER FELIZ) 
Te fiz uma canção 
Com palavras doces 
Pra te trazer alivio 
Amenizar as suas dores 
Te fiz uma canção 
Com todo sentimento 
Pra te fazer sorrir 
E eternizar esse momento. 
Então, por que não? 
Tentar ser feliz 
Por que não? 
Então, por que não? 
Tentar ser feliz 
Por que não? 
Abra a janela, 
Olha lá fora, 
O dia está lindo, 
Levanta, acorda. 
Vamos lá fora 
Curtir e viver, 
Felicidade existe 
Só depende de você. 
Então, por que não? 
Tentar ser feliz 
Por que não?
Coletânea de Letras Musicais 
56 
Então, por que não? 
Tentar ser feliz 
Por que não?
Letristas em Cena 
..... 
57 
SEM VOCÊ 
Estrelas Rutilantes 
Sentidos sem razão 
Vontade de sumir 
Mudar de direção 
Pular de paraquedas 
Da asa de avião. 
Não sei por que me sinto assim 
Às vezes eu quero fugir 
E esquecer o que sofri 
E o que ainda vou sofrer 
Estou aprendendo a viver 
Estou aprendendo a viver sem você 
Estou aprendendo a viver 
Estou aprendendo a viver sem você 
Sem você, sem você, sem você 
Sem você, sem você, sem você 
Esqueço de viver os dias tristes 
Pensando em ir dormir mais cedo 
Quando penso em fugir Eu procuro dormir 
Quem sabe amanhã tudo irá mudar 
Não sei por que me sinto assim 
Às vezes eu quero fugir 
E esquecer o que sofri 
E o que ainda vou sofrer
Coletânea de Letras Musicais 
58 
Estou aprendendo a viver 
Estou aprendendo a viver sem você 
Estou aprendendo a viver 
Estou aprendendo a viver sem você 
Sem você, sem você, sem você 
Sem você, sem você, sem você.
Letristas em Cena 
..... 
59 
SEUS MAIORES SEGREDOS 
Não importa o dia , 
Não importa a hora, 
Não importa a intensidade 
O desejo e a vontade. 
Eu quero te dizer 
Eu quero estar só com você 
Mais do que isso eu preciso 
Ter você para sempre comigo. 
Eu quero estar com você 
O maior tempo possível 
Descobrir seus maiores segredos 
Ser muito mais que um amigo. 
É a mais pura verdade 
É a minha realidade 
Eu respiro fundo 
Me encho de coragem 
Só pra te dizer 
Eu quero estar só com você 
Mais do que isso eu preciso 
Ter você para sempre comigo. 
Eu quero estar com você 
O maior tempo possível 
Descobrir seus maiores segredos 
Ser muito mais que um amigo.
Coletânea de Letras Musicais 
60 
SORRISOS ENFIM 
Tantos dias passaram 
Sem que eu consiga imaginar 
Como seria a distância 
Como seria não poder te amar 
Como seria viver 
Sem ter você para admirar 
Sem ter você 
Para comigo caminhar 
Na estrada fria e deserta 
Dessa vida insensata 
Desse mundo inseguro 
Dos dias atuais 
Em que o dinheiro compra quase tudo 
E o amor já não vale mais 
Mas com você é diferente 
Ainda posso acreditar 
Velhas manhãs 
A luz sobre nós 
Dias azuis 
Sorrisos enfim 
Quando o silêncio fala mais que tudo 
Quando olhar soa tão profundo 
E a sua voz se faz tão presente 
É o desejo de querer pra sempre 
Ser só seu ser tão dependente
Letristas em Cena 
..... 
61 
Da palavra do sorriso 
De tudo que vier de você 
Nem consigo imaginar 
A distância como seria 
Como seria sua ausência 
E como eu sofreria 
Melhor nem pensar nisso 
Me acostumei com o seu sorriso 
E não conseguiria mais 
Viver longe de você 
Velhas manhãs 
A luz sobre nós 
Dias azuis 
Sorrisos enfim.
Coletânea de Letras Musicais 
62 
TUDO ACABOU 
Seus olhos não me dizem mais nada 
Apenas caminhos perdidos 
Lembranças doces e amargas 
Bocas dentes e sorrisos 
Todo tempo passado 
Não foi um tempo perdido 
As lembranças boas 
Guardo sempre comigo 
O que foi ... Um sorriso 
O que foi ... O paraíso 
Um sonho... 
Eu não queria acordar 
Aprender a recomeçar 
Não cometer mais os mesmos erros 
Saber escutar 
Ninguém é perfeito 
Como todo sonho bom 
Acabou ao amanhecer 
Tive grandes momentos 
Felizes com você 
O que foi ... Um sorriso 
O que foi ... O paraíso 
Um sonho... 
Eu não queria acordar 
Apague a luz desliga o rádio 
Tudo acabou
Letristas em Cena 
..... 
63 
TUDO QUE SEI 
Eu Aprendi coisas inúteis 
Já me esqueci de coisas fúteis 
Se viver já me ensinaram 
Aprendi tudo errado 
Perdi tanto o meu tempo 
Futuro e passado 
Melhor viver correndo 
Do que ficar parado 
Tudo Que sei Não serve pra nada 
E nada que sei e muito impreciso 
Tudo que sei não serve pra nada 
E o nada que sei e puro improviso 
Estudei mais de dez anos 
E mal sei escrever 
Quase tudo que me ensinaram 
Não precisava aprender 
A vida é um jogo 
Perder e ganhar 
E esse grande jogo 
Estou aprendendo a jogar 
Tudo que sei não serve pra nada 
E nada que sei e muito impreciso 
Tudo que sei não serve pra nada 
E o nada que sei e puro improviso 
Se o começo foi torto e desastroso 
O fim pode ser melhor.
Coletânea de Letras Musicais 
64 
E cada dia o mundo gira, 
O mundo gira ao meu redor 
E já que estou só 
Vou dormir mais meia hora 
Tudo Que sei não serve pra nada 
E nada que sei e muito impreciso 
Tudo que sei não serve pra nada 
E o nada que sei e puro improviso
Letristas em Cena 
..... 
65 
VERSOS POEMAS E CANÇÕES 
Nossa canção 
Um velho rock dos anos oitenta 
Nossa intenção 
Ir embora antes que escureça 
Mudaram as estações 
Mas nossos continuam os mesmos 
Pode se abrir pra mim 
Entre nós não existem segredos 
A tempestade já passou 
Mas ela ainda não me escreveu 
Será que se lembra de mim? 
Ou será que já me esqueceu 
Eu sou mais um passageiro 
Na avenida das desilusões 
Versos poemas e canções 
Procurando encontrar 
Num sorriso num olhar 
A paz que eu preciso 
Pra sonhar 
Hoje leio os jornais 
Não tenho mais quinze anos 
Como mudou minha vida 
Como mudaram meus planos 
Eu sei 
Vida bandida
Coletânea de Letras Musicais 
66 
Por mais que a gente lute 
Sempre resta uma ferida 
Minha timidez 
Era o que me destruía 
Eu não sabia a prática 
Tão pouco a teoria. 
Eu sou mais um passageiro 
Na avenida das desilusões 
Versos poemas e canções. 
Procurando encontrar 
Num sorriso num olhar 
A paz que eu preciso 
Pra sonhar.
Letristas em Cena 
..... 
67 
VIVEMOS? 
Vivemos no país do futuro 
Aonde o futuro nunca chega 
Vivemos uma vida turbulenta 
Recheada de incertezas 
Eu tenho medo do que pode acontecer 
O que será de mim ou de você 
Viver esta cada vez mais difícil 
Como vamos sobreviver 
Queremos um país melhor 
Sonhamos esperamos 
Mas não sabemos até quando 
Não sabemos até quando 
Só temos deveres 
Não temos direitos 
Aqui tudo se compra 
Aqui tudo tem seu preço 
Então continuamos 
Vivendo do avesso 
Um dia se vive mais 
No outro se vive menos 
Vivemos enjaulados 
Numa quase liberdade 
Se hoje estamos livres 
Não estamos de verdade 
Não existe segurança
Coletânea de Letras Musicais 
68 
Quem me da explicação 
Não saio mais de casa 
Tenho medo de ladrão 
Vivemos num país tão desigual 
Qualquer barbaridade já parece normal 
Vivemos no país da impunidade 
Onde não existe igualdade 
Mas perante a lei 
Somos todos iguais 
Será que isso é verdade? 
A verdade existe 
Mas nem sempre é real 
Queremos fazer o bem 
Mas quem manda nos falar
Letristas em Cena 
..... 
69 
VOU ACREDITAR . . . 
Hoje estou tão triste 
Nem eu mesmo sei por quê 
Deve ser passageiro 
Vou tentar esquecer 
Pensei em mudar 
Por alguns dias 
Mais atitudes impensadas 
Não levariam a nada 
Estou cheio de problemas 
Não adianta fugir 
Vou ficar e encarar 
Vou acreditar . . . 
Essa vida é passageira 
Não tenho tempo a perder 
Eu não quero ficar mais triste 
Eu não quero mais sofrer 
Os anos se passaram 
Me deixaram bem mais forte 
Hoje eu traço meu destino 
Eu decido a minha sorte 
As marcas do tempo 
Não vão me incomodar 
Eu serei assim 
Eu vou lutar até o fim 
Estou cheio de problemas
Coletânea de Letras Musicais 
70 
Não adianta fugir 
Vou ficar e encarar de frente 
Vou acreditar . . . 
Essa vida é passageira 
Não tenho tempo a perder 
Eu não quero ficar mais triste 
Eu não quero mais sofrer
Letristas em Cena 
..... 
71
Coletânea de Letras Musicais 
72 
BRANCA TIROLLO 
Acasalamento...................................................... 
0074 
Amor à moda da casa.......................................... 
0076 
Amor inocente.................................................... 
0077 
Asas de poeta...................................................... 
0078 
Ataques sem nexo............................................... 
0079 
Brasil................................................................... 
0081 
Cadê o meu café................................................. 
0082 
Calçadas............................................................. 
0083 
Choro bruto........................................................ 
0084 
Coelhinho da Páscoa.......................................... 
0085 
Coisa.................................................................. 
0086 
Cômodo demais................................................. 
0088 
Democracia obscura.......................................... 
0089 
Desafiando limites............................................. 
0090 
Devastação........................................................ 
0092 
Dondoca............................................................ 
0094 
E assim desejo-te............................................... 
0096 
Fera racional...................................................... 
0097 
O formidável do amor....................................... 
0098 
Fuga no Mensalão.............................................. 
0099 
Hino: ALB.......................................................... 
0101 
Imposto macabro................................................ 
0102 
Ladrão de galinha............................................... 
0104 
Malandro............................................................ 
0106 
Memórias de um Caipiracicabano.................... 
0107 
Mensagem das Caras pintadas........................... 
0108 
Mistério.............................................................. 
0110 
Mudei a formalidade do amor........................... 
0113 
Mutilação........................................................... 
0114 
Não sou inventor do meu destino..................... 
0116 
Noite.................................................................. 
0118 
Olhos de ouro.................................................... 
0121
Letristas em Cena 
..... 
73 
Pássaro da madrugada...................................... 
0124 
Pirado............................................................... 
0125 
Pirataria............................................................ 
0127 
Policial do futuro............................................. 
0129 
Prepare o anzol................................................ 
0131 
Que mal que tem............................................. 
0132 
Refúgio............................................................ 
0133 
Revolução........................................................ 
0134 
Rua Brasil........................................................ 
0135 
O sabor da amizade......................................... 
0137 
Samba do povo............................................... 
0139 
Saudade Tua.................................................... 
0141 
Seu amor é ilusão de ótica............................... 
0142 
Somente por amor............................................ 
0144 
Telhados de vidro............................................. 
0145 
Vai, vai, Brasil! ............................................... 
0146 
Vegetação......................................................... 
0148
Coletânea de Letras Musicais 
74 
ACASALAMENTO 
Ser masculino ou feminino 
Não importa... 
Atitude compõe-se em versos 
Felinos... São exóticos 
Macho ou fêmea... 
Devoram-se... 
Em suas dimensões 
O poeta adormece 
Sobre a página alinhada 
O compositor desperta a canção 
Masculino ou feminino 
Seres se cruzam no tempo. 
Das mais variadas 
Paixões 
Filosofia de vida 
Que marca datas 
E contradições 
Enquanto a poesia se acalma 
Na doce missão 
Do toque sagrado 
De um violão. 
Leva-se a vida 
Na serenidade 
Da consolação. 
Desafios e contrastes
Letristas em Cena 
..... 
75 
Nos acordes, nas rimas. 
A métrica é eletrização 
Escrevo meu verso 
Você ao inverso 
Compõe a canção 
Felinos são exóticos 
Macho ou fêmea 
Devoram-se em suas dimensões 
Seres se cruzam no tempo 
Das mais variadas paixões 
Filosofia de vida 
Que marca datas 
E contradições
Coletânea de Letras Musicais 
76 
AMOR À MODA DA CASA 
Os tempos mudaram, e os amantes, também. 
Uns jogam com a sorte, outros vão e vem. 
Há quem viveu um amor de verão 
E outros sequer conseguiram amar... 
Na trilha do amor, muitos querem aconchego. 
Mas nem sempre acontece, a vida é um mistério. 
Tudo tem seu preço, nada vai mudar. 
Neste vai e vem, também aprendi. 
Que não vale a pena sofrer tanta dor 
Nas desilusões, que tanto insisti. 
Neste vai vem, trocando de amor. 
Hoje sou feliz, não sou inseguro. 
Meu amor é consciente, e vivo melhor. 
O amor, à moda da casa. 
É tudo que tenho, e que dou valor. 
Não me arrisco mais buscando estilhaços 
Pois tenho ao meu lado, a mais bela flor. 
Meu prato do dia, meu ar, minha luz. 
Minha alegria, meu cantar afinado. 
Não percebo se faltar o sal 
Tudo ao seu jeito é bem refinado.
Letristas em Cena 
..... 
77 
AMOR INOCENTE 
Espia a lua mais bela 
Sondando teus olhos azuis 
Pela fresta da janela 
O Arco Iris se vai 
Depois da chuva que cai 
Sobre teu pé de alecrim. 
Joga um beijo da janela 
Encena á luz de vela 
Que o vento traz 
Para mim... 
Mande um sorriso de lembrança 
Uma ponta do jardim 
Umas gotas perfumadas 
Com cheiro desse alecrim 
Faça um pacote de abraços 
Com muitos laços de amor 
Escreva um poema intenso 
Que me encante, por favor... 
Enlaça teus sonhos nos meus 
Deixa o amor propor um brinde 
Debaixo das asas do vento 
Até que a vida se finde
Coletânea de Letras Musicais 
78 
ASAS DE POETA 
Poeta é terra é mar 
Poesia é flor em botão 
Abrindo as asas da vida 
No ritmo e na canção 
Poesias são as ondas do mar 
Avançando as areias tão calmas 
Lavando a alma do homem 
Que vive a chorar suas magoas 
Poetas são as veias dos versos 
Jorrando no verso da sorte 
O clamor 
Lamúrias que fazem qualquer um. 
Chorar 
Na voz de qualquer cantador
Letristas em Cena 
..... 
79 
ATAQUES SEM NEXO 
Entrei na dança da onça pra ver 
Se ela ainda zombava do meu SER 
Notei uma fera insistente, mas nada valente. 
Areia movediça. 
Enquanto surtava ponto.com 
As loucuras da gente 
Ela se lembrou: 
-São artistas! 
Consegui enfim por um fim 
Sem deitar-me aos seus pés 
Conectei meu arsenal 
E consegui ver sorrindo 
No jornal 
Pra fera, 
Pro baixo astral 
Para os meus amigos 
Dediquei meu arsenal 
Que legal! 
Vou... Dar uma volta ao Mundo 
Num segundo de euforia 
Cantar, dançar, sem ataques. 
Comemorar a alegria 
E poder viver 
Pra fera me ver todo dia.
Coletânea de Letras Musicais 
80 
Para os meus amigos 
Dediquei meu arsenal 
Que legal! 
Comemorar a alegria 
E poder viver 
Que legal! 
Comemorar a alegria 
E poder viver
Letristas em Cena 
..... 
81 
BRASIL 
És 
Terra 
Gigante 
Um 
País 
Falante 
O 
Brasil 
Avante
Coletânea de Letras Musicais 
82 
CADÊ O MEU CAFÉ 
( musicada por Luciane Casaretto) 
Cadê o meu café? Meu Café Brasileiro 
Que sabor é esse? Que palha é essa? 
Canta meu Brasil: Isso não me interessa 
Cadê o meu café? Meu Café Brasileiro 
Tá tirando onda, no capitalismo. 
Tá nos bancos das Ilhas fazendo turismo 
Tá na boca do lobo. Tá no estrangeiro 
Tá dentro da linha da corrupção 
Num pulo de gato, guardado em galpão. 
Cadê o meu café? Meu Café Brasileiro? 
Tá na foto que a Nonna tirou no terreiro 
Na roda de samba, no tom do pandeiro. 
Devolvam o sabor do café. 
Do meu Café Brasileiro
Letristas em Cena 
..... 
83 
CALÇADAS 
Corta o vento, vento corta. 
Povo sofrido, temido. 
A procurar sensações 
Uns buscam casa, comida. 
Outros, festas, foliões. 
Há quem procura remédio 
Curador e orações 
Estes são os mais aflitos 
Sem pausa pras refeições. 
Pois enquanto vela a reza 
Esquecem as obrigações. 
Há quem trabalha e cavalga 
Dividindo tempo e questões 
Trocando em cada esquina 
Sábias informações. 
Mas há quem, tagarelando. 
Não consegue encontrar 
O mapa da sua vida 
E um lugar para ficar. 
Estes servem de tropeço 
Pra aqueles que irão chegar 
Ainda sem pensamento 
Se vão ou não, se juntar. 
Com o povo que cavalga 
Sempre no mesmo lugar.
Coletânea de Letras Musicais 
84 
CHORO BRUTO 
Oh! Quão grande é minha angústia 
Que de leve, venta e leva: 
Alegrias, pipas, gritos, 
Risos tensos, sem iguais. 
Das palavras ainda não ditas 
O pensamento é quem fica 
Sobrepondo pesos mais. 
Quão grande é minha angústia. 
Que de leve, aumenta os ais. 
Oh! Quão grande alegria que se esvai...
Letristas em Cena 
..... 
85 
COELHINHO DA PÁSCOA 
Coelhinho da Páscoa 
Que trouxe pra mim 
Uma música bela, 
Desafio sem fim 
Se há um amigo 
Não há pranto e dor 
Desafiando os limites do amor 
Nesse tempo de crise 
Em que tudo não são flores 
Preservar os amores 
É estar numa marquise 
Esperando em paz 
Pelas graças dos céus 
Recarregando de gás 
Enchendo-me de Deus 
Se essa passagem existir mesmo 
Não há como resistir 
Mesmo que eu fique a esmo 
O perdão vou LHE pedir
Coletânea de Letras Musicais 
86 
COISA 
Jogaram na lama o meu quintal 
Minha cozinha está na lua 
Enxugaram o Pantanal 
Molharam a mão da minha rua 
Toma cuidado vão molhar a sua 
Queimaram os meus neurônios 
E adulteram os livros principais 
Trocaram educação moral e cívica 
Por duas matérias que dão mais 
Sexo e Box, na escola são reais. 
Meu filho cursando a quarta B 
Está de olho no vídeo game 
Que está na vitrine da loja 3D 
Ainda me fala sem medo 
Papai: eu ganhei um E 
Jogaram a merda na TV 
Obrigam-me a ouvir mentiras 
E ainda falam mal de você 
Enquanto você pira 
Os ratos ficam na mira 
Eu quero fama, quero mina, quero minha grana. 
Não preciso mais de tempo pra pensar 
Já sou velho na cor dos cabelos 
Eu quero um tempo pra falar 
Sou velho no rock, e na minha loucura. 
E quero você, pra me escutar.
Letristas em Cena 
..... 
87 
Você! Você! Você! 
Você! Você! Você! 
Livra-se desta coisa 
Eu quero um país inteiro pra me ouvir 
Você! Você! Você! 
Leva pro facebook 
Tweeds pro mundo 
No e-mail da titia 
Pra aquela gata 
Que te deu mole 
Diga para o papai 
Que a sua mãe 
Já sabe 
Fale pro teu filho 
Se livrar desta coisa 
E não se esqueça de 
Avisar os jornais 
Que não estamos aqui 
Pra brincar.
Coletânea de Letras Musicais 
88 
CÔMODO DEMAIS 
Hoje acordei a mil por hora 
Tinha tantos afazeres 
E acabei por esquecer 
Do nosso amor. 
Tudo o que eu 
Tinha a fazer 
Era em torno 
De ti? 
Oh! Oh! Oh! 
Cômodo demais 
Eu só quero liberdade e Paz 
Oh! Oh! Oh! 
Cômodo demais...
Letristas em Cena 
..... 
89 
DEMOCRACIA OBSCURA 
Democracia. Parada, quebrada, estação 
sem luz. 
É feita de rombos, boicote, panela, 
insanidade total. 
Barreira na vida, beco sem saída, dinheiro, 
roubada. 
Malandragem, picaretas, escola do mau. 
Quem mandou virar o jogo fui eu 
Eu quero silêncio agora. 
Eu quero é ser feliz, acordar e dormir. 
Sem barulho, sem buzinas. 
Sem bolso que domine a Lei 
A lei que se aplica 
No que não se tem 
Eu quero viajar 
E fugir 
Quero ver 
O amanhecer 
Dormir. 
Sou Patriota brasileiro 
Quero ver a democracia 
Democraticamente, fluir.
Coletânea de Letras Musicais 
90 
DESAFIANDO LIMITES 
Caminhos incertos, dedos incertos, desertos. 
Sombras que desaparecem ao meio dia 
Quando o sol divide o céu em partes iguais. 
A lua flutua, não é prata nem cinza, nem preta. 
Nem branca, vaidade ou mentira, não é ilusão. 
É tão somente a lua em sua estação. 
Na vida há segredo há coragem e medo. 
Cada um do seu jeito sente sua emoção. 
Na minha parede não tem calendário 
Sou eu quem marca o dia do meu carnaval 
O natal que foi ontem comemoro amanhã 
Neste manjar de fé provo a minha avelã 
Rega meu seco jardim o pranto de outros 
Daqueles que nunca choraram por mim 
Não existem fronteiras é um desafio sem fim, 
Desafio sem fim 
Neste moçar peço que as pedras não rolem 
Mas devagar murmurando, uma a uma se vão. 
E vou passando meia face anjo meia face fera 
Desafiando a espada a enfrentar a guerra 
Às vezes penso que estou morta e voltei 
Terminar meu choro, pra quem. 
Ainda não me viu chorar 
São incertos os passos, que tento. 
Encenar neste compasso
Letristas em Cena 
..... 
91 
Sonho por razões desconhecidas, desconhecidas. 
Embora eu cante alto, no palco sombrio da vida. 
Tudo que exala do meu ser dizem ser vergonha 
Eu digo que apesar das barganhas 
Tenho sorte e todas as batalhas são vencidas 
Tenho sorte e todas as batalhas são vencidas 
Moro num lago formado das águas, do meu pranto. 
Cada canto é um endereço. Ai, ai, a vida é essa. 
Se eu afundar neste chão aqui vai, o meu apreço. 
Meu pranto já virou tinta. Não será em absoluto 
Desconhecido da sorte, do mal, do bem, da morte. 
Serei sempre uma estrela viva, a colorir um luto. 
Rega meu seco jardim o pranto de outros 
Daqueles que nunca choraram por mim 
Não existem fronteiras é um desafio sem fim, 
Desafio sem fim
Coletânea de Letras Musicais 
92 
DEVASTAÇÃO 
Olho com tristeza, os campos e as matas. 
O rio que pingando não faz serenatas 
O asfalto que corta além dos sertões 
E os animais em extinções 
As aves no céu não cantam em festa. 
Os homens magoados não fazem canções 
Inspirados na lei da floresta 
Os filhos de outrora eram educados 
Pelas famílias e seus professores 
Hoje o governo quer ensiná-los 
Aplicando Leis com tais dissabores 
Não valorizam os Mestres e a escola 
Separam todos por classes sociais 
Crianças, os jovens e velhos. 
Aplicando sem piedade 
Golpes, e mais golpes fatais. 
Querem cobrar respeito e ordem 
Falam muito em preservação 
Mas vivem em plena desordem 
Destruindo os povos e a própria nação 
Vendem a alma do povo e da terra 
Queimam o verde, desbarrancam os morros. 
Colocam na mesa do trabalhador 
O pão da dor e a morte sem socorro. 
Sem terra, sem teto, sem dignidade.
Letristas em Cena 
..... 
93 
Sem ambição, o povo se isola. 
Caindo na cova que o governo cavou 
Pra matar o pobre, preso na gaiola. 
Não há outro jeito, o povo precisa. 
Lutar com a espada, e vencer o dragão. 
Para acalmar a fúria que sente 
Partindo pra guerra, defendendo a nação.
Coletânea de Letras Musicais 
94 
DONDOCA 
Dondoca... 
É isso o que você é 
Folgada, maliciosa 
Só pensa em raspar o pé 
Vive pintando os olhos 
E a sobrancelha, tá ué. 
Dondoca... 
Nada vai te consertar 
Você precisa de cafuné 
E eu... 
De um bom jantar 
Não me venha reclamar 
Que as unhas estão lascadas 
Que o fogão não é pra você 
Eu comprei pensando no nosso jantar... 
E o que me aguarda 
É o seu blasfemar! 
Dondoca... 
Você é o que é... 
Vive pra se embonecar 
Mas não serve nem 
Pra lavar os meus pés. 
Dondoca... 
Hoje você vai pagar 
O preço da sua vaidade 
Vou te botar na calçada 
Fechar a porta da entrada 
E assistir o seu penar
Letristas em Cena 
..... 
95 
Ver você na arte bancada 
Roendo as unhas e se lembrar de mim 
Vai aprender que a vida não se vive assim. 
Dondoca... 
É isso o que você é 
Vai sentir a barriga vazia 
E esquecer, de raspar os pés. 
Vai me pedir arrego 
E preparar o melhor jantar 
Aí quem sabe eu me apego 
Na hora do amor te farei cafuné. 
Dondoca... 
É isso, o que você é!
Coletânea de Letras Musicais 
96 
E ASSIM DESEJO-TE 
Não quero que seja meu deus 
Nem meu demônio nem ateu. 
Nem meu sonho nem meu eu. 
Seja apenas, meu. 
Seja meu homem, meu prazer. 
Mas não seja minha vida 
Eu quero desfrutar do que é bom 
Eu quero apenas uma ida 
À volta não me interessa 
Eu quero voltar só, sem pressa.
Letristas em Cena 
..... 
97 
FERA RACIONAL 
Eis que febril queima, este corpo meu. 
Num instante dócil - quando me toca o seu. 
Estes teus braços - em laços, em plumas. 
Teus encantos - espantos espumam. 
Teus olhos domados - em risos, em versos. 
Teus pecados meigos - de afagos, e beijos. 
Eis que a ti revelo - meus sonhos em gritos. 
Num súbito instante - de amores, e dores. 
Por teus insultos - deboches, rumores, 
Nestes negros olhos - de glória, delírios. 
De pegadas duras - desvairadas loucuras, 
Deste pranto falso - de torturas, castigos. 
Eis que tu tão farto - tão nítido e puro. 
No tapete enrola - teu corpo, tua face, 
Nestas melodias - sussurros, desgastes. 
Destas noites loucas - de pasmo contraste. 
Tuas fantasias de sonhos malucos, 
Tua frente fria - de tristes desastres. 
Eis que tu voltas sereno, calado. 
Num olhar carente - de intrigas e abraços: 
Destas peles rubras, de apertos, marcadas. 
No meu corpo sadio, e esgotado. 
Neste alívio fértil - que exala, espalha, 
Descansa-te nu, sereno e domado.
Coletânea de Letras Musicais 
98 
O FORMIDÁVEL DO AMOR 
Um consolo romântico me adormece 
No sonho eu me ponho a rezar 
O som da oração segue o vento 
Abrindo a janela do teu aposento 
A lua sonda-te e pousa 
No luar do teu sonhar 
O eco da minha prece te chama 
A essência do meu amor te perfuma 
É o formidável das loucuras de quem ama 
Se levantar e tocar na maçaneta 
Não te assuste. Acaricie meu sonhar 
Que pelas madrugadas vagueia, 
Tentando deliciar seus meigos olhos 
Para teus doces beijos roubar.
Letristas em Cena 
..... 
99 
FUGA NO MENSALÃO 
(reservada para Gustavo de Godoy) 
Contradição 
Omissão e obscuridade. 
Cacos estilhados, papéis picados. 
Engavetados, mofados 
O brasileiro 
Cobrou resultado 
Vergonha nacional 
E segue afora. 
Um fora da Lei. 
Mais uma vez 
Pega o ladrão 
Ele quer se safar 
Do camburão 
Pega o ladrão 
Vergonha nacional 
E segue afora. 
Um fora da Lei 
Mais uma vez 
Tenha certeza: o jornal sabia 
E a sua tia, também. 
O seu melhor amigo 
Com certeza acoitou 
O Brasileiro viveu a fantasia
Coletânea de Letras Musicais 
100 
Que o país poderia mudar 
Por um dia 
Vergonha nacional. 
E segue afora. 
Um fora da Lei 
Mais uma vez
Letristas em Cena 
..... 
101 
HINO DA ACADEMIA DE 
LETRAS DO BRASIL 
(Musicada por Vuldembergue Farias) 
Sobre um brado pensamento glorioso 
Na passagem do milênio então surgiu 
Agregando valores conquistamos 
Academia de Letras do Brasil 
Despertai-vos há tempo, vamos seguir. 
Escreva seu verso, para o universo servir. 
Tua tese, seu cântico, sua escrita, teu encanto. 
Pelo bem da humanidade, por um novo porvir. 
Avante, sempre vamos escrevendo. 
Tentando a humanidade, humanizar. 
Na Ordem de Platão, despertando talentos. 
Levante a Bandeira, vamos atuar. 
Pela paz, pelo amor, pela evolução. 
Abrace o livro, a informação. 
Desperte os talentos, e os pensamentos. 
Através da escrita, eis a revolução. 
Diga não a fome e a miséria 
Plante arvore frutífera, sementes de feijão. 
Projetando o futuro dos filhos da terra 
Que breve vem pra colher este quinhão.
Coletânea de Letras Musicais 
102 
IMPOSTO MACABRO 
(Reservada para Gustavo Godoy) 
Cortei a maioria dos gastos 
O orçamento aos pedaços. 
Não dá pra infringir a Lei 
Preciso pagar os credores 
Mas, não sei: 
Se eu pago os impostos, 
Ou se continuo a comer 
Eu gosto muito do meu Ser. 
Remédios! Remédios, mais remédios. 
Meu coração precisa bater. 
Nas minhas contas eu noto 
Remédios, remédios, remédios. 
Quarenta e oito por cento 
De impostos. 
Este é o meu dilema 
Não foi a TV 
Nem a geladeira 
Muito menos o carro 
Eu moro num beco 
E ando a pé 
Não dá pra infringir a Lei 
Preciso pagar os credores 
Mas, não sei: 
Se eu pago os impostos, 
Ou se continuo a comer 
Não há remédio pra se viver 
Não há remédio, pra esquecer.
Letristas em Cena 
..... 
103 
Não há remédio no SUS, vai ver. 
Vai ver e comprove, faça a prova dos nove. 
Se eu contar não vão acreditar 
Não passa na TV, nos jornais, nem na roda 
de samba. 
Mas vale a pena relembrar. 
Eu era apenas uma criança 
Que nem trança sabia fazer 
Tudo o que eu fazia era plantar e colher 
Na era do café, tudo era mandado. 
E quando o ano findava, o governo arrecadava. 
Cinquenta por cento de todo mingau 
Que eu tinha pra comer. 
De grão em grão, mesmo sem razão. 
No Palácio do governo pode conferir se quiser 
Cada tijolo assentado é parte do meu quinhão. 
Só não ouço falar de onde veio 
Só não leio nos jornais de onde veio 
Ninguém comenta a realidade 
Só não ouço falar de onde veio 
Só não leio nos jornais de onde veio 
Só não ouço falar de onde veio
Coletânea de Letras Musicais 
104 
INFERNO NO INVERNO 
Foi-se o verão 
Chegou o outono em sua palidez 
Ouve um gemido distante, o sol se apagou. 
Manhã agonizante, estranhos flutuantes. 
Não eram trovões, nem a chuva caia. 
Sobre a terra abrasada, houve grande motim. 
Crianças gritavam, por todo lugar. 
Grávidas morriam em plena agonia. 
O medo chegou bem perto de mim 
Olhei para os lados, não compreendia. 
Liguei a TV, não funcionava. 
Não tinha mais água, nem energia. 
Não eram bandidos, nem o fim do mundo. 
As prisões abriam-se as portas 
Os presos temidos voltavam às celas 
Num passo ligeiro entre idas e voltas. 
Tive sede procurei por água. 
Encontrei soldados da Força Armada 
Tentei falar com o governo do estado 
Mas Brasília já estava calada 
As prisões abriram as portas 
Para os homens de bem abrigar 
Seus filhos e netos ainda pequeninos 
Soldados estavam às beiras das fontes 
Guardando as águas que haviam roubado.
Letristas em Cena 
..... 
105 
Notei que a morte então se alastrava 
E sem esperança, com sede eu sofria. 
Não mais que dez dias, já sem força alguma. 
Velei meu enterro, enquanto eu morria.
Coletânea de Letras Musicais 
106 
LADRÃO DE GALINHA 
Você conhece o ladrão de galinha 
Que abriu um comércio na rua ao lado 
Ele passou quatro anos roubando 
De galinha em galinha, ele fez um sobrado. 
Adquiriu uma fazendo em Minas 
Na praia construiu sua mansão. 
Comprou uma gata de estilo invocado. 
De repente o povo resolveu acordar 
De prontidão a sondar o safado 
E todo mundo começou a gritar 
Pega o ladrão, mas tomem cuidado. 
O cabra tem capanga e cunha forte 
Bala de borracha e spray de pimenta 
Não é difícil conhecer o pau mandado 
Ele usa botina e farda cinzenta. 
Não sobrou cidadão sem ser lesado
Letristas em Cena 
..... 
107 
MALANDRO 
Malandro... 
É isso o que você é 
Não serve nem pra massagear os meus pés 
Cansados... 
Por tantos vai e vem na cozinha 
Preparando, seu café, seu jantar. 
Enquanto você... 
Dá em cima da vizinha 
Malandro... 
Você não serve pra nada 
Não trabalha, não estuda. 
Só pensa nas coxas das mocinhas 
E no jantar, come as coxas da minha galinha. 
Malandro... 
Vou botar você pra fora 
E aí, quero ver quem vai abrir. 
A porta da casa pra você dormir 
Vou assistir de camarote 
De olhar cabisbaixo, sentado em caixote. 
Aí... Vai me pedir arrego 
Tentar... Me convencer de que mudou... 
Mas eu... Não vou cair na armadilha 
Pois malandro igual a você 
Não passa mais na minha trilha. 
Malandro!
Coletânea de Letras Musicais 
108 
MEMÓRIAS DE UM CAIPIRACICABANO 
(Declamado) 
Este é um pequeno trecho - guardo e prezo - 
O verde lar dos bichos, borboletas coloridas. 
Beija-flor encantado, beijando a flor do capim. 
Bando de andorinhas riscando o céu nublado 
Garças tranquilamente, cruzando o véu prateado. 
A encantar querubins 
Paraíso que Deus criou, cheio de verso e canção. 
Descanso de nossos filhos, a nossa roça de pão. 
Recanto de enamorados, calçados com os pés no chão. 
Não se via aqui miséria, nenhuma reclamação. 
O céu estava na terra, e as estrelas sobre as mãos. 
Passaram por este trecho, homens de terras distantes. 
Não plantaram semente, mas espalharam corantes. 
Não criaram versos e rimas - sequer uma melodia 
Roubaram nossas canções, sufocando a poesia. 
Cantaram nossas canções - grande astúcia - 
Destruíram um paraíso pra provocar a angústia 
Hoje o Caipira chora, memorizando o passado. 
Belezas mui fulgurantes, que nada tinha de errado. 
Falo do verde das matas, que deitavam nas cascatas. 
Do tom que as pedras e as águas exibiam serenatas 
Reclamam por não ouvir, o barulho das correntezas. 
Que no velho engenho ecoava com muita delicadeza.
Letristas em Cena 
..... 
109 
Quando passam por estas bandas - frias e quebrantadas. 
Lagrimas velam o penoso chão – coagida é a boca- 
A confessar o que extravasa em cada coração. 
Onde os gringos navegaram, entre as colinas e os portos. 
Navegam na lama quente, milhares de peixes mortos. 
E neste trecho de pedras, caminha o triste Caipira. 
Em meio às impurezas, movido pela incerteza. 
Abandonado, o Caipira. Vive como alma penada 
Passando fome e sede, sentado a beira de um rio. 
Memorizando a paisagem. Do antigo Rio Piracicaba.
Coletânea de Letras Musicais 
110 
MENSAGEM DAS CARAS PINTADAS 
Gente! Somos gente. Nesta terra de Deus 
Brasil! Pátria amada. Terra sagrada. 
Somos gente implorando, os nossos quinhões. 
Entre os mais de cento, e noventa milhões. 
Se livre das drogas! Faça como eu 
Ame a si próprio corra atrás do que é seu. 
Se livre dos reis, que esta terra é de Deus. 
Raça de gente, gente valente. 
Cara pintada, cara amarrada. 
Cara de fome, cara drogada. 
Cara de raiva, cara forjada. 
É gente sofrida, buscando na vida. 
Pão e guarida, de cara pintada. 
Esconde o rosto, por que tem vergonha. 
A noite anda e de dia sonha. 
Esperando do céu socorro e perdão. 
Onde tudo é limpo não existe pão. 
E ainda deve pra sociedade. 
Uma vida de satisfação. 
Se bater na porta do rei ele grita: 
- Sai daqui malandro! Trabalhar é bom. 
Mas não dão emprego pro tal cidadão. 
Gente valente vira cara pintada. 
Busca socorro na maior perdição. 
Envolve-se nas drogas, e vira ladrão. 
Miséria que queima a mente e a alma. 
Seca o corpo e traz desespero.
Letristas em Cena 
..... 
111 
Vai cegando gente de cara pintada. 
Que é obrigado, assumir todo erro. 
Saia da roubada, isso é confusão. 
Ninguém te entende, o se ta na prisão. 
Caia na real, você, você, você é gente. 
Não faça cumprir a ordem do rei. 
Levanta a cabeça, e de sua mão. 
A favor da guerra contra a corrupção 
Não ouça o rei, ele é folgado. 
Ele não cheira, não injeta, não traga. 
Envolve-te no vicio, por uma migalha. 
Ele enche o bolso do seu rosto suado. 
O seu fica furado, funde sua mente. 
O rei vira passado, você o presente. 
Você vira culpado, o rei o inocente. 
Não tenha medo seja esperto 
Cheire uma flor e sinta o perfume. 
Erga para o rei, um sinal vermelho. 
Levanta tua cara, olhe no espelho. 
Fuja da dor, encontre o amor. 
Não seja tolo, o rei é seu pavor. 
Ele bebe teu sangue, te enterra. 
Vive mais que você, muitas primaveras. 
Usa gravata, carro importado, terno bom. 
E você drogado, ganha sete palmo de chão. 
Pra você não tem lei, ninguém tem pena. 
Quem te condena não tem coração. 
É o próprio rei que te da à cama.
Coletânea de Letras Musicais 
112 
Pra você dormir deitado na lama. 
O rei te ilude pra uma vida melhor. 
Muda de cara, te prega moral. 
E por baixo do pano te joga na pior. 
Gente! Livre-se da ilusão. 
Devolva o troco pro seu inimigo. 
Se livre do castigo dizendo não. 
Não se esconda na sombra do medo. 
Que a vida passa e você se acaba. 
Sem saber por que viveu. 
Ninguém se importa se ler no jornal. 
Na primeira, página que você morreu. 
O próprio rei tomando whisky 
Vai ironizar sorrir e dizer: 
-Quem é esse? Que bom! Não foi dessa vez. 
Este eu não o conheço! Graças a Deus 
Agora eu quero ver, você que ta assistindo. 
Abrir espaço na primeira página. 
Contar para mundo que me viu sorrindo 
Anuncie! Põe no seu jornal. 
Trate a gente de igual pra igual 
Não quero ler que alguém morreu. 
Aqui quem fala é um cara pintada 
Saindo da roubada. 
Graças a Deus 
(Peça Teatral ensaiada na periferia. Apoio negado pelos governantes). Um grupo de adolescentes envolvidos 
sofreram em questão. (Na época atual é lamentável a situação dos jovens, na maioria)
Letristas em Cena 
..... 
113 
MISTÉRIO 
Do meu jeito doce acontece 
A todo vapor, em busca do amor. 
Que traga, escurece, amanhece 
E pro lado da cama se mexe 
Querendo falar. 
Tolices. Dos acordos, loucuras. 
Acordes, leituras: 
Bilhetes malvados 
Da sua insanidade 
Sou anjo da noite macabra 
Você me protege, no embalo. 
Me faz delirar. 
Me faz delirar 
(Para a peça teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos, o palco da vida. Aprovado pelo Ministério da Cultura [Pronac nº 079 515]. A verba não foi liberada pelas empresas por não constar na ficha técnica artistas da grande mídia) 
Lei Rouanet - A Lei n° 8.313/91 permite que os projetos aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) recebam patrocínios e doações de empresas e pessoas, que poderão abater, ainda que parcialmente, os benefícios concedidos do Imposto de Renda devido. 
(Esta história precisa ser mudada. Justiça Social. 
(Direitos iguais para todos).
Coletânea de Letras Musicais 
114 
MUDEI A FORMALIDADE DO AMOR 
(musicada por Vinne Decco) 
E o vento levou 
Meu único verbo! 
Amar! Amar! 
Antes era o amor, 
Nosso verbo predileto. 
Eu amava, ele amava, 
Amávamo-nos. 
Éramos dois em um. 
Um para o outro 
Dois sem terceiros. 
Depois começamos: 
Se der vamos! 
Hoje vou pensar, 
Se ainda te quero. 
Muitos verbos 
Aproximaram-se 
Invadiram 
Dominaram 
Hoje está assim: 
Eu amei, adorei, 
Louvei, me casei. 
Vivi ,sofri ,cansei. 
Pensei resolver. 
Larguei e sumi.
Letristas em Cena 
..... 
115 
Voltei! 
Acha! Pra que? 
Um time de futebol? 
Somente um artilheiro 
Meu amor! Sem verbo.
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116 
MUTILAÇÃO 
Noto que o tempo não se importa 
Vai passando pela minha porta 
Devagar. .. 
Eu corro e invento a minha vida 
Se para uma estrada sem saída 
Eu não sei... 
Prefiro ficar. Delirando... 
E sonhar... 
Não conheço mais a brisa mansa 
Nem o sorriso da roseira em flor 
Não tenho encontrado a primavera 
E o verão já se foi. 
Devagar... 
Passou a guerra e desconheço 
O que chamam de céu e de luar 
Não me lembro de mais estrelas 
Nem de mar. 
Devagar... 
Eu sonho ser aquela criança 
Balançando firme a sua trança 
Na esperança de encontrar. 
Seu par. 
Devagar... 
Abraço a meu brinquedo e choro. 
Quase sempre, eu sei não me engano. 
A fome é pontual e chega na hora do jantar
Letristas em Cena 
..... 
117 
Devagar... 
Olho o pão escasso sobre a mesa. 
Já não sei se quero mais rezar 
Num instante noto que a pobreza 
Paira sobre o ar. 
Devagar... 
Aguardo o momento 
Pra ver os aviões de guerra 
Retirando nossa água 
Da terra 
Devagar... 
Submundo profundo 
Nem seu quinhão conseguiu. 
Em troca da moeda forte 
Venderam a alma do Brasil. 
Devagar... 
Eu corro e invento a minha vida 
Se para uma estrada sem saída 
Eu não sei. 
Prefiro ficar delirando. 
E sonhar... 
Devagar. 
Cabeça maluca, a cuca explodiu. 
Em troca da moeda forte. 
Venderam a alma do Brasil. 
Devagar...devagar...devagar...
Coletânea de Letras Musicais 
118 
NÃO SOU INVENTOR DO MEU DESTINO 
Alo irmandade. Chegam aí irmãos. Na paz. 
Não sou do mal. Sou pau mandado. 
Menino desprezado. Que um dia sorriu 
Nesta terra de ninguém. Toda galera viu 
Ouvir a quem? Fuji da escola eu não tinha mochila, 
Lápis de cor. Nas cores do meu mundo 
Pintei o sete, manchei. 
Não conheço meu pai, minha mãe morreu. 
Minha tia me acolheu. E pra sobreviver 
Ela me mandava pedir nos bairros nobres 
Onde nunca a porta eu vi abrir 
Com muita sorte eu conseguia fugir do camburão 
Homens armados, atirando em todo lado. 
Sem ao menos perguntar: 
Quem é você? Cidadão. 
Mas eu falava: Sou da paz. Menino fujão. 
Segura essa irmão! Você ensina com perfeição. 
Como se mira uma arma pra um cidadão 
Agora eu cresci, sai nos jornais, na primeira página. 
Fiquei famoso. Pinto a cara pra ninguém saber 
Quando pego o jornal pra me ver. 
Hipocrisia! Eu não nasci assim. Eu levo a vida 
Que traçaram pra mim. Chumbo trocado não dói. 
Dizem que sou chapadão. Pera aí, meu irmão!
Letristas em Cena 
..... 
119 
Não quero matar. Mas, também não quero morrer. 
Eu sou da paz, pego pra comer. Vendo pra ganhar, 
Uso pra esquecer. Nesta área não falta patrão 
Há muito eu quero saber. Alguém pode informar? 
Fala ai sociedade! Onde arrumo um emprego legal 
E uma faculdade. 
Onde posso me curar? Procura-se um medico entendido 
Sobre abandono, corpo e alma feridos. 
Sobre hipocrisia, caligrafia fácil. 
Que um cérebro aguente 
Com fome e cansaço 
Fala aí doutor! Se há remédio pra esta dor? 
Dizem que sou chapadão. 
Pera aí, meu irmão! 
Não quero matar 
Mas também não quero morrer 
Eu sou da paz, pego pra comer. 
Vendo pra ganhar, uso pra esquecer. 
Nesta área não falta patrão 
Há muito eu quero saber. Alguém pode informar? 
Fala ai sociedade! Onde arrumo emprego 
E uma faculdade. 
Onde posso me curar 
Procura-se um medico entendido 
Sobre abandono, corpo e alma feridos. 
Sobre hipocrisia, caligrafia fácil. 
Que um cérebro aguente
Coletânea de Letras Musicais 
120 
Com fome e cansaço 
Fala aí doutor! Há remédio pra esta dor? 
(Para a peça teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos. Aprovado pelo Ministério da Cultura [Pronac nº 079 515]. A verba não foi liberada pelas empresas por não constar na ficha técnica artistas da grande mídia) 
Lei Rouanet - A Lei n° 8.313/91 permite que os projetos aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) recebam patrocínios e doações de empresas e pessoas, que poderão abater, ainda que parcialmente, os benefícios concedidos do Imposto de Renda devido. 
(Esta história precisa ser mudada. Justiça Social. 
(Direitos iguais para todos).
Letristas em Cena 
..... 
121 
NOITE 
Noite! Poema e canção 
Rima de cólera e dor 
Divina noite de estrelas 
Com negros cachos em flor 
Amo-te! Tanto, tanto 
Amo-te! Tanto, tanto 
Amo-te! Tanto, tanto 
Cada canto de seus encantos 
Em todos os versos que são meus 
Amo a paz que bela serena 
Nos meus olhos a brilha.... ar 
Os brilhantes que são seus
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122 
OLHOS DE OURO 
(musicada por Vuldembergue Farias) 
Ouvi falar um dia, que a sorte não seria. 
Um bem pra quem não tem - em si a alegria. 
Jurei então deixar, o vento me levar, 
Com as folhas do jardim. 
Na linha do pensamento 
A minha ousadia 
Voltou para ficar. 
Mudei a cor da LUA, nas luzes do ALECRIM. 
As folhas secas soltei 
Saudando o verde sem fim 
Onde caíram, não sei. 
Sobre asas, num sonho bem distante. 
Sorrindo me peguei 
Voando os horizontes 
Procurando alegrias perdidas a fins 
Meus olhos eram de ouro 
Um vaso feito de touro 
Guardando as jóias pra mim. 
Não vou chorar, não vou. 
Não vou chorar, não vou. 
Não vou chorar, não vou. 
Não vou chorar, não vou. 
O tempo que se foi 
A ruína que ficou 
O tempo, que se foi. 
Não vou chorar. Não vou.
Letristas em Cena 
..... 
123 
Não vou chorar, não vou. 
Não vou chorar, não vou. 
Não vou chorar, não vou. 
Não vou chorar, não vou. 
O tempo que se foi 
A ruína que ficou 
Não vou. Chorar, não vou. 
Não vou chorar, não vou. 
Não vou. Chorar... 
Não vou chorar, não vou. 
Eu canto a minha liberdade 
Eu danço com minha voz 
Eu ando com minha coragem 
Na veracidade do vento 
No vento que corta o algoz 
No vento que corta o algoz.
Coletânea de Letras Musicais 
124 
PÁSSARO DA MADRUGADA 
Canta, canta, passarinho, o terreiro está molhado. 
Molha o bico, bate as asas, voa sobre meu telhado. 
Não vá embora, não é hora de partir. 
Nunca pense em desistir, nem deixar o seu reinado. 
Quando a chuva for embora, vou sair pelas estradas. 
Levando minha viola, pra cantar pra minha amada. 
Todo dia ela pergunta, para um belo beija-flor. 
Onde anda o meu amor, pássaro da madrugada. 
Canta, canta passarinho. Vem treinar comigo agora 
Ensaiar pra serenata, mais uma canção de amor. 
Vamos juntos nesta estrada, desafiar a escuridão. 
Cantar para o meu amor, vestida em linho bordado. 
Canta, canta passarinho. Testemunha bem pertinho. 
Um casal apaixonado. Construindo o seu ninho. 
Vem cantar comigo agora, não demore já é hora. 
O padre espera na capela, o casamento foi marcado. 
Canta, canta passarinho, testemunha deste amor. 
Vem viver no meu telhado, ver um casal enamorado. 
Amar sem preconceito, e ser feliz sem sentir dor.
Letristas em Cena 
..... 
125 
PIRADO 
Chega de horário gratuito no Rádio e na TV 
Ele quer fama, quer mina, quer grana. 
Eu não preciso mais de tempo pra pensar 
Já sou velho na cor dos cabelos 
Eu quero um tempo pra falar 
Sou velho no rock, e na minha loucura. 
E quero você, pra me escutar. 
Eu sou viajado, pirado, tatuado. 
Livre do medo, de pesadelo, e ilusão. 
Eu canto pra espantar a morte 
E minha sorte é não viajar de avião 
Eu quero um tempo pra falar 
Sou velho no rock, e na minha loucura. 
E quero você, pra me escutar. 
Não tampo o sol com a peneira 
Nem canto mentira de babão 
Eu quero ver os ratos de esgoto 
Na classe operária deste chão 
Eu quero um tempo pra falar 
Sou velho no rock, e na minha loucura. 
E quero você, pra me escutar. 
Não quero mais ouvir baboseira 
Se o prato do dia é capitão 
Não brinque com a cafeteira 
Ela não faz bola de sabão 
Eu quero um tempo pra falar 
Sou velho no rock, e na minha loucura.
Coletânea de Letras Musicais 
126 
E quero você, pra me escutar. 
Não trance a trilha da sorte 
Ratos de encruzilhada 
Se eu cruzar teu caminho 
Vão ficar sem estrada 
Eu quero um tempo pra falar 
Sou velho no rock, e na minha loucura. 
E quero você, pra me escutar. 
Afrouxa o cinto e requebra 
Pare de torrar minha grana no ar 
Devolva minha primeira idade 
Que vou te ensinar a mamar 
Eu quero um tempo pra falar 
Sou velho no rock, e na minha loucura. 
E quero você, pra me escutar. 
Ele quer fama, quer mina, quer grana 
Não preciso mais de tempo pra pensar 
Já sou velho na cor dos cabelos 
Eu quero um tempo pra falar 
Sou velho no rock, e na minha loucura. 
E quero você, pra me escutar.
Letristas em Cena 
..... 
127 
PIRATARIA 
Rock (reservada para Gustavo Godoy) 
É onda, é fato, é rastro, trapaça. 
Entregues ao léu, com admiração. 
É o bolso que apóia, o corte é real. 
Implica na fama, do bem e do mal. 
Botam culpa no diabo 
Mas fazem tudo igual. 
Sem timidez, sem alma e razão. 
Virou ponta de estoque 
Do norte ao sul, abrindo barreiras. 
Na cara do povo fazendo arrastão. 
Pirataria real. Franquia sem autorização 
Pirataria na boa, na rua, na praça. 
Na bilheteria do metro. 
Enquanto se ganha na raça 
Se paga direitos, que viram fumaça. 
Da arte, da voz, de um inventor. 
Seu nome na boca do povo 
Entregue na boca do lobo 
Por qualquer malandro 
Trapaceador. 
Piratas. Acham que pirataria é legal 
Não há justiça, pra ela não faz tanto mal. 
A lei é minúscula, e ninguém se assusta. 
Os homens da lei são fatais. 
Piratas não são desiguais
Coletânea de Letras Musicais 
128 
Pirataria real. Franquia sem autorização 
Pirataria na boa, na rua, na praça. 
Na bilheteria do metro. 
Enquanto se ganha na raça 
Se paga direitos, que viram fumaça. 
Da arte, da voz, de um cantador. 
Seu nome na boca do povo 
Entregue na boca do lobo 
Por qualquer malandro 
Trapaceador. 
Piratas. Acham que pirataria é legal 
Não há justiça, pra ela não faz tanto mal. 
A lei é minúscula, e ninguém se assusta. 
Os homens da lei são fatais. 
Piratas não são desiguais
Letristas em Cena 
..... 
129 
POLICIAL DO FUTURO 
Eu estava parado, desiludido. 
Peguei os documentos e saí 
Cruzei a esquina, policia me parou. 
Mão na parede. Abre as pernas safado 
Você tem o direito de permanecer calado. 
Pegou minha carteira, leu meus documentos. 
Carregou a foto da mina e levou meus trocados 
E repetiu: 
Você tem o direito de permanecer calado 
Pegou meu celular, ligou pro chefão e falou: 
Peguei um ladrão! Doutor. 
O delegado respondeu: contrata ele. Senhor. 
Vi-me obrigado seguir seus conselhos 
E agora no espelho eu brinco 
Não sou mais desempregado 
Emprestam-me uma farda 
Sou policial do futuro 
E me deixam liberado. 
Mãos na cabeça! Safado! 
(Para a peça teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos. Aprovado pelo Ministério da Cultura [Pronac nº 079 515]. A verba não foi liberada pelas empresas por não constar na ficha técnica artistas da grande mídia) 
Lei Rouanet - A Lei n° 8.313/91 permite que os projetos aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura
Coletânea de Letras Musicais 
130 
(CNIC) recebam patrocínios e doações de empresas e pessoas, que poderão abater, ainda que parcialmente, os benefícios concedidos do Imposto de Renda devido. 
(Esta história precisa ser mudada. Justiça Social. 
(Direitos iguais para todos).
Letristas em Cena 
..... 
131 
PREPARE O ANZOL 
É hora de samba, chega mais cá. 
Escolha seu par, ou sambe sozinho. 
Reúna os amigos, pra comemorar. 
A dança, e a música, vão começar. 
É na avenida, em ruas ou becos. 
Pode ser na laje, com chuva ou sol. 
Pode ser ao luar, pela madrugada. 
É hora de pesca, prepare o anzol. 
Refrão: 
Somos a força, a luta e o protesto. 
Contra todos os ditos inconsequentes. 
Ditadores, que atacam sem nexo. 
A dignidade, e a honra da gente. 
É hora do grito, pela liberdade. 
Chegou o momento da revolução 
Não deixe ninguém pensar que és tolo 
Toda raça e cor, toda classe, senhores! 
São filhos da terra, desta Nação
Coletânea de Letras Musicais 
132 
QUE MAL QUE TEM 
Menina quando chega pra quebrar 
Joga a trança sobre o ombro e 
Começa a rebolar 
Envolve seus cabelos cacheados 
No seu jeito rebolado 
Vem me tirar pra dançar 
Ai que chamego, falando no seu ouvido. 
Abraço meu violão 
E ela vem me abraçar 
É desse jeito, eu não tenho mais conserto. 
Envolvido em tantos cachos 
Eu não penso em me casar 
Eu sei que é loucura de pião 
Que um par de coxas mexe 
Com meu pobre coração 
Imagine uma menina em cada canto 
Jogando os seus encantos 
Trançando-me no salão. 
Ai, ai, é muito bom. 
Ui, ui, que mal que tem? 
Enrolado de meninas 
E não ser de ninguém. 
Que mal que tem? 
Ai, ai, é muito bom. 
Ui, ui, que mal que tem?
Letristas em Cena 
..... 
133 
REFÚGIO 
Sou apenas uma pena 
Que sobrevoa serena 
Que leve pousa sob pena 
A encenar a minha própria cena 
Sou a situação do dia encenado 
Da hora da escrita 
Da fonte calculada 
Dos minutos contados 
Dos segundos perdidos do nada 
Sou a voz que grita submissa, 
presa às palavras. 
No eco dos gritos 
A sombra que revela os meios 
e compõe os fins 
Sou a leve pena que sobrepõe o infinito 
A esmagar assim meu Ser 
Sem aplausos.
Coletânea de Letras Musicais 
134 
REVOLUÇÃO 2014 
Brasil, o país das maravilhas. 
Maior extensão de água e tanto mar 
Cerrados, rios, riachos e matas. 
Berço de beleza natural 
Povo, que teme a depredação. 
Desta beleza cheia de encantos mil 
Entramos nessa luta pra vencer 
A hipocrisia que devasta o Brasil 
Avante, avante vamos reagir. 
A mobilização já começou 
Não tente desistir, não vamos renunciar. 
A luta segue, até o povo, seu desejo conquistar. 
Saúde, educação e moradia. 
O direito de ajudar a governar 
Com planilhas de custos publicadas 
Pra que possa o cidadão fiscalizar. 
Fora, fora, governantes que trilharam. 
No caminho da maior corrupção 
Sem direitos de ao Palácio retornarem 
E ditarem o que fazer com a nação 
Queremos baixar nossos impostos 
Passe livre para o trabalhador 
Mesa farta para todo cidadão 
Com justiça, liberdade e amor. 
Bis
Letristas em Cena 
..... 
135 
Avante, avante vamos reagir. 
A mobilização já começou 
Não tente desistir, não vamos renunciar. 
A luta segue, até o povo, seu desejo conquistar.
Coletânea de Letras Musicais 
136 
RUA BRASIL 
( musicada por Luciane Casaretto) 
Aqui passam bicicletas velhas, carros importados. 
Homens descalços, crianças amedrontadas. 
Palhaços, gente chorando, cantando. 
Gente mentindo. Mulheres sinceras 
Mulheres guerreiras, sofridas. 
Também as trapaceiras 
Passam pipoqueiros, festas juninas, lua cheia. 
Lampião. Sol ardente, tempo quente. 
Inverno e solidão. Passam mendigos 
Papagaios, andorinhas, gaviões. 
Passam também as desilusões 
Passam nuvens de fumaça, aviões, mares. 
Navios estrangeiros, diplomatas, cidades. 
E capitais. De tudo passa um pouco 
Nocivos, perigosos e loucos. 
Passam crianças pedintes, mauricinhos. 
Prostitutas, ventania, temporais, lixeiros. 
Padeiros, vendedores, bicheiros. 
Folias dos carnavais 
Passa os anos, a coragem e a dor. 
O medo o terror. Passam rios 
Balas perdidas, o sono. 
Pessoas corrompidas 
Passam riquezas, ladrões, drogas.
Letristas em Cena 
..... 
137 
Até disco voador e astronautas 
Passam vidas passadas 
Águas poluídas, magoadas. 
Passam governos, juízes, paixões. 
Dissabores, almas penadas. 
Vagões. Passa o tempo 
E os reis desatentos 
Deixando que passe 
E atravesse o mar 
Amazônia
Coletânea de Letras Musicais 
138 
O SABOR DA AMIZADE 
Tudo começou da ousadia 
Talvez um sonho, nada mais. 
Havia pedras no caminho, havia. 
Mas a coragem não ficou pra traz. 
Quando um amigo escreveu: 
A palidez da noite não importa 
A lua se esconde e logo volta 
A brilhar... 
E o vento dança no mesmo lugar 
Leva teu escudo e enfrenta 
Conhece a ti e isso é o que interessa 
Comece a voar... 
Voei... Voei... Voei. 
As minhas mãos cansadas, ávidas. 
Suguei... Suguei... Suguei. 
As pedras rolaram, a porta se abriu. 
E a bonança logo surgiu 
Voei... Voei... Voei. 
As minhas mãos cansadas, ávidas. 
Suguei... Suguei... Suguei. 
As pedras rolaram, a porta se abriu. 
E a bonança logo surgiu 
Amigos, mais amigos e muitos mais amigos. 
De repente uma cidade, um rio. 
Uma canção, mais mil canções, 
Um novo continente, 
Palavras, versos, rimas,
Letristas em Cena 
..... 
139 
Das cantigas e fadigas. 
Um livro se abriu. 
Voei... Voei... Voei. 
As minhas mãos cansadas, ávidas. 
Suguei... Suguei... Suguei. 
Voei... Voei... Voei. 
As minhas mãos cansadas, ávidas.
Coletânea de Letras Musicais 
140 
SAMBA DO POVO 
O povo sambou, a noite inteira. 
Quem não sambou jogou capoeira. 
Quem não fez nada, dormiu. 
A noite inteira 
O dia inteiro 
O ano inteiro 
O povo sambou, na madrugada. 
E durante o dia, saiu na avenida. 
Sambou, o povo sambou. 
E do samba fez nascer um novo dia 
Quem quiser entrar na roda de samba 
Não deixe o vizinho te incomodar 
Faça reza forte pra ele acalmar 
Mas vá ao samba, sambar. 
Vá acordar a dona consciência 
Que dormiu o dia inteiro 
A noite inteira 
O ano inteiro 
Chama pra sambar, o povo brasileiro. 
Bota pra acordar, governante desordeiro. 
Chama pra sambar, o povo brasileiro. 
Bota pra acordar, governante desordeiro.
Letristas em Cena 
..... 
141 
SAUDADE TUA 
( musicada por Luciane Casaretto) 
Vou sair por ai 
Sufocar minha dor, noite adentro. 
Arrancar esta dor que consome 
Ah! Se Avisar sem demora 
Cortando o abismo da minha alma 
Que cala por amor, Esta dor tão amarga. 
Vou voar com a voz 
Alcançar o infinito 
Deixar recados, através dos meus gritos. 
Sonhar feito anjo 
Fazer as promessas que fiz 
Colorir nosso leito 
Rimar meus versos 
Na saudade tua 
Vou sair por ai 
Sufocar minha dor, noite adentro. 
Arrancar esta dor que consome 
Ah! Se Avisar sem demora 
Cortando o abismo da minha alma 
Que cala por amor, esta dor tão amarga. 
Vem brincar comigo 
Neste sonho de grandes amantes 
Transformar meus medos 
Em desejos tão louco por ti 
Mover o infinito 
O eco das vozes, meu corpo.
Coletânea de Letras Musicais 
142 
Acordar um poema 
Dos versos em dor 
Da saudade tua 
Da saudade tua 
Da saudade tua
Letristas em Cena 
..... 
143 
SEU AMOR É UMA ILUSÃO DE ÓTICA 
Quando eu olho para o alto 
Disfarçando uma saudade 
Vejo a lua bem depressa deslizando 
Entre as nuvens que no céu se vão 
Uma ilusão, de ótica. 
São as nuvens movidas pelo vento 
Na imensidão. 
Assim, é o seu amor. 
Parece tão perfeito, mas é dor. 
Enquanto você passa como as nuvens 
O vento sopra forte em meu coração. 
E a saudade, tem seu fim. 
Eu sei que se eu tentar 
As nuvens alcançar... 
Não vou conseguir 
E a tempestade vai continuar 
Eu disfarço esta saudade 
Por que as nuvens são reais 
E olhando para o céu 
A lua me consola 
Assim como eu, está sempre. 
No mesmo lugar 
O seu amor 
É uma ilusão de ótica.
Coletânea de Letras Musicais 
144 
SOMENTE POR AMOR 
Não me olhe simplesmente 
Tão somente por prazer 
Sou ser humano carente 
Posso me envaidecer 
Quero mais que a cor dos olhos 
Mais que um traje a rigor 
Quero alem da amizade 
Alem da paixão, quero amor. 
Cansei-me das aventuras 
Céu e mar estão pequenos 
Não abrigam mais palavras 
Nem suportam mais venenos 
Não exiba os teus olhos 
Que o olhar já não importa 
Conheci todos os olhares 
Nas minhas idas e voltas 
Nas minhas idas e voltas 
Não sufoque a minha taça 
Desse vinho que embriaga 
Nem me leve pra uma dança 
Nesta alta madrugada 
Quando você for embora 
Se o acaso acontecer 
Volte na segunda feira 
Com o amor que eu quero ter.
Letristas em Cena 
..... 
145 
TELHADOS DE VIDRO 
Menino de rua, sozinho em meio à multidão. 
Jogando olhares pidonhos 
Sufocam olhares, medonhos. 
Fazendo tremer a cidade confusa 
Indiscretamente hipócrita! 
Trancafiada na sua indiscrição. 
Golpes fatais, indignação! 
Cidadão! 
Ele só quer descansar na rua ao lado 
Observar os palácios da cidade 
E seus telhados de vidro 
Adormecer num papelão 
Acordar sorrindo 
Com duas simples moedas. 
Ser, ser, ser, Cidadão! 
Telhados de vidro, assistidos. 
Já não confundem menino 
Golpes fatais, indignação! 
Com duas moedas apenas 
Entra um sorriso em cena 
Sobre qualquer papelão 
Cidadão! Cidadão!
Coletânea de Letras Musicais 
146 
VAI, VAI BRASIL! 
(musicada por Vuldembergue Farias) 
Nasceu um poeta que se dava o respeito 
Era amigo do peito, de um escravo sofredor. 
O tempo passou, e o poeta encantou. 
Descreveu sua história, pra tirar a dor, do peito. 
A Princesa já havia passado 
Pra sempre libertado 
O escravo sofredor 
Mas, de Lei em Lei, eis o pecado. 
De senador em senador, nasce. 
O escravo remunerado 
Entrou na dança, toda raça, toda cor 
Criaram pontes, ao criarem tantas Leis. 
E para esconder a grande explosão 
Inventaram: bolsa família e cesta básica 
Cobrando imposto dobrado 
Trocaram a fome pela desilusão 
Fizeram amigos e abriram fronteiras 
Onde passam drogas e armas pesadas 
Por onde se faz política intensamente 
Fazendo o povo perder a estribeira 
A democracia é muito disputada 
A lei se confunde em seus mil e um artigos 
Vai pra cadeia o bom cidadão 
Pode crer os bandidos se passam de amigos.
Letristas em Cena 
..... 
147 
Vai, vai, vai 
Brasil de mil e uma cores 
De ódio e amores 
De soberanos infiéis 
Vai, vai, vai,... 
Levar pra eles o meu recado 
Diga que já me cansei 
De ser. Escravo remunerado.
Coletânea de Letras Musicais 
148 
VEGETAÇÃO 
Hoje acordei com um nó na garganta 
Nada está no lugar, tudo virou arrogância. 
Eu já não sei se o tempo vai curar 
Este domínio de mercado furado 
País das maravilhas que virou babado 
Todo mundo grita, todo mundo quer. 
Não tem pra homem, nem tem pra mulher. 
Eu olho a minha cara no espelho 
E me pergunto se ainda quero viver 
Pagando limousine, carro importado. 
Pra quem deveria cuidar do meu Ser 
Pra conseguir um emprego melhor 
Falam que preciso me especializar 
Enquanto vejo sentado no trono 
Dando ordens, sorrindo a falar. 
Um homem qualquer 
De qualquer lugar 
Eu quero mudar meu país 
Mas não me deixam. 
Ratos doentes, 
Inconsequentes 
Bolinhas de sabão 
Que se vão 
Baratas espertas 
Infectadas 
Na minha mesa, não!
Letristas em Cena 
..... 
149 
É uma roubada 
Partidos quebrados 
Ninhos de cobras 
Painel de recados 
Sem cara na cara 
Sanduíche a moda de nada 
Eu quero cuidar do que é meu 
E não me deixam 
Não quero matar os judeus 
Disso não se queixam 
Não quero lavar meu dinheiro 
Nem ao povo dizer: Meu Deus! 
Me deixem. 
Todo mundo grita, todo mundo quer. 
Não tem pra homem, nem tem pra mulher 
Eu quero mudar meu país 
Mas não me deixam
Coletânea de Letras Musicais 
150
Letristas em Cena 
..... 
151 
CARLOS ALBERTO COLLIER FILHO 
(CHARLOT COLLIER) 
Busca................................................................... 
0152 
Céu encarnado..................................................... 
0153 
Menina Rosa dor................................................. 
0154 
Meu velho pai...................................................... 
0156
Coletânea de Letras Musicais 
152 
BUSCA 
Vou 
Já nem sei onde encontrar 
Busco a mim dentro dos outros 
Pelas coisas a procurar 
Busco 
Busco a DEUS não sei por quê 
Um amigo particular 
Busco terra meu lugar 
Busco 
Chão vermelho para pisar 
Céu azul para sonhar 
Ora o que é que há 
Teu teclado enferrujou 
Soluções não vais me dar mais 
Confessor.
Letristas em Cena 
..... 
153 
CÉU ENCARNADO 
Homenagem a meu filho 
Carlos Alberto Collier Neto (Beto). 
Quero mais não te ordeno 
Calmo e sereno 
Sempre a predizer 
Que algo a se transformar 
Muda de lugar 
Com os temporais 
Carlinhos criança 
Que não dança a dança 
Dizendo sonhar 
Carlos que renova, retira, renova 
Com medo de errar 
Carlinhos crescido 
No sonho encantado 
No certo ou errado 
No céu encarnado.
Coletânea de Letras Musicais 
154 
MENINA ROSA DOR 
Resolvi não sei por que 
Dar um ponto de parada 
Pra tentar rememorar 
O que eu sempre quis guardar 
Procurando pelo sonho 
Pela estrada percorrida 
Cheguei enfim a infância 
Esplendor de minha vida 
Aí encontrei três rosas 
Cada uma de uma cor 
Uma rosa outra vermelha 
E por fim rosa da dor 
Perguntando a primeira 
Onde era o meu caminho 
Recebi como resposta 
Um não sei fiquei sozinho 
Perguntando a vermelha 
A mesma decepção 
E por fim rosa da dor 
Que me disse com emoção 
Procurando mais a frente 
Pela estrada percorrida 
Encontrei uma menina 
Que brincava com uma flor
Letristas em Cena 
..... 
155 
De beleza se confunde 
Coma flor em suas mãos 
Mais de alma desenganos 
Aí perdi meu coração 
Olhei pétalas tão brancas 
De uma alvura infinita 
Ri de mim de meu amor 
Ri da rosa que era dor 
Acordei olhei pra vida 
Meu olhar então molhou.
Coletânea de Letras Musicais 
156 
MEU VELHO PAI 
Homenagem a meu pai 
Carlos Alberto Collier. 
Nas cordas do violão 
Vou compondo esta canção 
Com auxilio do pandeiro 
Vou falar para o mundo inteiro 
O que vem do coração 
Do amor mais profundo 
Que eu trago em meu peito 
Do amigo e companheiro 
Você foi sempre o primeiro 
A me dar esta lição 
De como viver a vida 
Você foi a inspiração 
Pelo tempo e pela vida 
Fui compondo esta canção 
Meu velho pai 
Eu te agradeço 
Com todo apreço 
Quero me lembrar de você.
Letristas em Cena 
..... 
157
Coletânea de Letras Musicais 
158 
CHICO PIRES 
Acreditar e mudar............................................. 
Ai nasceu o amor............................................. 
Amando você................................................... 
Amanhecer e renascer..................................... 
Amigos, alma e fé............................................ 
Amor em ascensão.......................................... 
As razões de estar aqui.................................... 
Assinte.............................................................. 
Balada pra amar............................................... 
Boa ação........................................................... 
Boas horas........................................................ 
Caminho de fé .................................................. 
Chance de vida................................................. 
Chegando com luz........................................... 
Conscientizando............................................... 
Contrassensos................................................... 
Convivendo com as críticas........................... 
Coração alerta.................................................. 
Desidério.......................................................... 
Divagando........................................................ 
Escute o meu som............................................ 
Filha................................................................. 
Forte amizade.................................................. 
Gente pequena................................................. 
Imagens de paz................................................ 
Inocência.......................................................... 
Interrogações................................................... 
Linda maranhense.......................................... 
Livre como o pássaro..................................... 
Luz vinda da floresta...................................... 
Mãe.................................................................. 
Magia do sol.................................................... 
0161 
0162 
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0192
Letristas em Cena 
..... 
159 
A maternidade.................................................. 
Menina que mudou a vida............................. 
Meu canto........................................................ 
Meu coração insiste......................................... 
Minhas dádivas................................................ 
Moçada alegria................................................. 
Momentos mágicos.......................................... 
Nada além......................................................... 
Naturalmente natureza.................................... 
Natureza............................................................ 
Nos bares da vida (Sampa bares) ................. 
Olhar no caminho............................................. 
Olhos lindos..................................................... 
Olhos pequenos............................................... 
O sol chega com você..................................... 
Pensando a vida............................................... 
Povo de Jesus ................................................. 
Quando sobra o tempo................................... 
Querer é poder................................................. 
Reacendeu o amor.......................................... 
Reencontro....................................................... 
Reflexão........................................................... 
Saudade............................................................ 
Sentimento menino.......................................... 
Serena e marcante........................................... 
Sertão esquecido.............................................. 
Sétimas............................................................. 
Simples presença.............................................. 
Simplesmente saudade.................................... 
Sol de todo dia.................................................. 
Sol é vida.......................................................... 
Sonho, vida, vitória.......................................... 
Sua Santidade................................................... 
Submergir......................................................... 
0193 
0194 
0195 
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  • 1. LETRISTAS EM CENA Coletânea de Letras Musicais Poetas brasileiros Autores Tirollo Branca et al 3ª Edição Piracicaba/SP Sotaques/Editora 18/06/2014
  • 2. Coletânea de Letras Musicais 2 PROJETO: LETRISTAS EM CENA 3ª EDIÇÃO Copyright ©2014 Projetista: Branca Tirollo Obra – Letristas em Cena Coletânea de Letras musicais 3ª Edição ISBN: 978-85-67263-06-9 Fotografia: Colaboração Editor: Branca Tirollo Sotaques/Editora www.sotaques.com.br Contato: falex@sotaques.com.br Piracicaba/SP/Brasil Todos os direitos reservados aos autores: Ananias Domiciano Gomes, Ayrton Mugnaini Jr., A. Singulares, Beto Clep, Branca Tirollo, Carlos Alberto Collier Filho, Chico Pires, Dhiogo José Caetano, Etel Frota, Gilbertto Costta, Iso Fischer, I. Malforea, Julio César Nascimento, Kátya Chamma, Luiz Antônio Bergonso, Luiz Menestrel, Marcelo Salvo, Marcelo Secco, Marcos Antonio Passarelli, Marinês Bonacina, Neila Bittencourt Pereira, Nertan Silva-Maia, Priscila Pettine, Renata Machado Gomide, Renato Brito, Rolan Crespo, Rosangela Calza, Rosi Lopes, Samuel Neri, Sonekka, Suzete Oliveira Camargo Dutra, Tato Fischer, Telma Sanchez, Thiago Augusto Arlindo Tomaz da Silva Crepaldi, Valéria Pisauro, Valdemir A. F. Barros, Vanoci Marques, Vuldembergue Farias, Wander Porto, Xavier Peteó, Zezinho Nascimento, Zizen (Marta Nascimento)
  • 4. Coletânea de Letras Musicais 4 APRESENTAÇÃO QUEM SABE FAZ A HORA NÃO ESPERA ACONTECER... Os versos de Geraldo Vandré da canção “Pra não dizer que não falei das flores” retratam muito bem a tarefa a que Branca Tirollo se propôs, já no ano passado, continuando agora a saga: editar um livro que contenha o maior número de letras de música do Planeta Terra, coisa para o GuinessBook. Ano passado saiu a primeira edição virtual, em impressão real a todos os interessados, e agora, em 2014, ela se propõe a reeditar aquele, com novas letras de música acopladas. Participante do Clube Caiubi de Compositores, conclamou seus associados a participarem do feito, sendo atendida por vários, e alguns deles se achegam para esta segunda edição e terceira edição. Quando se vê o trabalho pronto, parece que a tarefa engendrada foi muito fácil; quem tem cabelos, sabe quanto cai; quem tinha, também. Parabéns, Branca Tirollo! Continue nessa pegada, hora dessas estaremos no Guiness Book. Quero ainda mais fortalecer seu empreendimento, usando da máxima que aprendi como sendo de Regina Brett, jornalista americana, com a qual compus uma canção, SER FELIZ, por entender que tais palavras não serviriam apenas para mim: O QUE PENSAM DE VOCÊ NÃO É DA SUA CONTA! Tato Fischer São Paulo, 23 de Maio de 2014.
  • 6. Coletânea de Letras Musicais 6 AGRADECIMENTOS Ainda que saibamos o que as mazelas do orgulho podem causar em nós, não hão de obscurecer jamais a gratidão que reside em nossa alma, mesmo que muitos orgulhosos creiam merecer todos os elogios maniqueístas só para si. Eis aqui o resultado de uma coletividade de somadores de ideias; idealistas irrecuperáveis que debruçam agradecimentos aos deuses de todas as inspirações, às musas de todos os poetas e a todos os seres materializados que, servindo de instrumento mágico e divino, tornam tudo possível. Somos gratos por mantermos nossa sanidade em meio à loucura que é viver sonhando. Os Caiubistas vivem sonhando, cantando e contando sonhos. Aos nossos familiares queridos que sempre nos incentivaram e apoiaram ainda que em noites boêmias vão os nossos singelos agradecimentos. Agradecemos humildemente a Branca Tirollo por todo o esforço, dedicação e empenho que debruçou para tornar esse projeto possível. Projeto este que, de início sendo de um, tornou-se de todos como réplica de milagre divino que multiplica todas as unidades e cria a propagação. Somos gratos ao Pai Universal por permitir a nós todas as possibilidades de realizações. Sem a liberdade de agir, de se rebelar e manifestar que nos fora concedida, a arte não seria possível, então somos gratos.
  • 7. Letristas em Cena ..... 7 Por fim, não esgotamos aqui todas as possibilidades e muitos outros textos serão criados, frutos de mentes pensantes e de corações pulsantes. Portanto, agradecemos aos nossos parceiros e leitores por permanecer acreditando no trabalho de todos os Letristas que estão em cena e daqueles que ainda estarão. Priscila Pettine
  • 8. Coletânea de Letras Musicais 8
  • 9. Letristas em Cena ..... 9 ÍNDICE – Autores ANANIAS DOMICIANO GOMES....................... AYRTON MUGNAINI JR..................................... A. SINGULARES................................................... BETO CLEP........................................................... BRANCA TIROLLO............................................. CARLO ALBERTO COLLIER FILHO............... CHICO PIRES....................................................... DHIOGO JOSÉ CAETANO................................. ETEL FROTA....................................................... GILBERTTO COSTTA........................................ ISO FISCHER....................................................... I. MALFOREA.................................................... JULIO CÉSAR NASCIMENTO.......................... KÁTIA CHAMMA.............................................. LUIZ ANTÔNIO BERGONSO........................... LUIZ MENESTREL............................................ MARCELO SALVO............................................ MARCELO SECCO............................................ MARCOS ANTONIO PASSARELLI................ MARINÊS BONACINA..................................... NELIA BITTENCOURT PEREIRA.................. NERTAN SILVA-MAIA..................................... PRISCILA PETTINE........................................... RENATA MACHADO GOMIDE....................... RENATO BRITO................................................. ROLAN CRESPO................................................ ROSANGELA CALZA....................................... ROSI Lopes.......................................................... SAMUEL NERI................................................... SONEKKA.......................................................... SUZETE OLIVEIRA C. DUTRA....................... TATO FISCHER................................................. 0012 0023 0034 0041 0071 0151 0158 0242 0246 0365 0371 0399 0408 0418 0430 0439 0455 0461 0479 0482 0487 0505 0519 0608 0631 0646 0656 0672 0683 0701 0708 0754
  • 10. Coletânea de Letras Musicais 10 TELMA SANCHEZ.............................................. THIAGO AUGUSTO S. CREPALDI.................. VALDEMIR A. F. BARROS................................ VALÉRIA PISAURO........................................... VANOCI MARQUES........................................... VULDEMBERG FARIAS.................................... WANDER PORTO............................................... XAVIER PETEÓ.................................................. ZEZINHO NASCIMENTO.................................. ZIZEN................................................................... *************************** EPÍLOGO............................................................. 0797 0861 0864 0948 0975 0994 1007 1021 1084 1392 1403
  • 11. Letristas em Cena ..... 11
  • 12. Coletânea de Letras Musicais 12 ANANIAS DOMICIANO GOMES Banho de sol...................................... 0013 Cadê meu pandeiro.......................... 0014 Campeonato de preservação.......... 0016 Coruja................................................. 0017 Demorou ........................................... 0018 Funk dos manos................................ 0019 Lele, lelo, lele, lela............................. 0021
  • 13. Letristas em Cena ..... 13 BANHO DE SOL Hoje é sexta feira O fim de semana esta inteiro Planejei tudo certo Para não dar o inverso Vou gastar meu dinheiro Vou pular na areia Vou jogar futebol Deixei tudo combinado Para que nada de errado Vou tomar banho de sol Vou pegar um voo Voar de avião Voar o Brasil Onde todos me viram Vou até o Japão Sou brasileiro Di coração Esse é o meu perfil Sou mais Brasil Pais dos campeões
  • 14. Coletânea de Letras Musicais 14 CADÊ MEU PANDEIRO Cadê meu pandeiro cadê, cadê Estou querendo achar Estou querendo achar Hoje é fim de semana Fim de semana Estou querendo sambar Vou chamar meus amigos Meus amigos, todo o cidadão Todo cidadão vai lá Convocar o mundo inteiro Pra festa da união Trabalhei a semana Inteira Semana inteira Quase que não deu pra procurar Eu senti uma dor no peito Quero achar meu pandeiro Pra fazer uma festa no jeito Cadê meu pandeiro cadê, cadê Estou querendo achar Estou querendo achar Hoje e fim de semana Fim de semana Estou querendo sambar Esta tudo bem certinho Bem certinho Pra festa começar Pra começar
  • 15. Letristas em Cena ..... 15 E no meio da bagunça Perdi meu pandeiro E não consigo achar Cadê meu pandeiro cadê, cadê Não consigo achar Não consigo achar Hoje é fim de semana Fim de semana Estou querendo sambar
  • 16. Coletânea de Letras Musicais 16 CAMPEONATO DE PRESERVAÇÃO Levantei pensando Que poderemos mudar Para no futuro Não passarmos sede. Cultivando nossas matas Limpando nossas nascentes Preservando nosso verde Nossa vida será mais bela Com o espelho da natureza Se trabalharmos todos juntos Venceremos com certeza Vamos convocar o mundo Nação por nação Para um grande campeonato De preservação Onde o premio e o verde E quem preserva é campeão
  • 17. Letristas em Cena ..... 17 CORUJA Gavião que cume A coruja que esta No toco A bicha e feia que dói Mexe e corrói Vai pro toco Cantou a noite inteira E o gavião só de olho O bicho vai pega É asa que vai voar Mostrar quem somos Gavião acostumou Voltar lá no toco Coruja malvada Esta desconfiada Não quer mais sair do toco Gavião montou campana Armou sua barraca Quando ela sair O bicho vai subir Quebrar a estaca
  • 18. Coletânea de Letras Musicais 18 DEMOROU Demorou, demorou Inventaram um fuxico E ela me deixou Inventaram um fuxico Que eu tava traindo ela Que eu ia pro cabaré Invés de ir pra capela Demorou, demorou Inventaram um fuxico E ela me deixou Inventaram um fuxico, que Eu não gostava de trabalhar Que o meu negocio Era só beber e cantar Demorou, demorou Inventaram um fuxico E ela me deixou Inventaram um fuxico Que eu era meio bandido Só vivia atrás de mulher Largada do marido Demorou, demorou Inventaram um fuxico E ela me deixou
  • 19. Letristas em Cena ..... 19 FUNK DOS MANOS Ola mulheres malucas que Andou no meu carrão Escutando funk ostentação Com as rodas prateadas Bancos de couros E o meu tesouro Nunca me deixa na mão Dando volta na cidade Em media velocidade Medalhão amarelo no peito Esse é meu jeito Fazendo minha vontade Cansei de andar de buzão Enfrentando lotação Então pensei E pensando planejei Entrei para funk ostentação Hoje estou por cima Só curtindo as meninas Fazendo o que eu quero Sem nem um mistério Curtindo minha vida Vou dar um conselho Para os manos Que só anda nos panos Agora estou na área Vou bater
  • 20. Coletânea de Letras Musicais 20 E não falha Mudei, mudei minha aparência
  • 21. Letristas em Cena ..... 21 LE LÊ, LELÔ, LELÊ, LELÁ. Vamos brincar de esconde, esconde. Só eu e você. Sem ninguém, pra nos achar. Onde só você mim acha Eu acho você, só naquele escurinho. Onde ninguém pode ver Esse esconde, esconde. Está dando o que fala O povo já descobriu Que e só eu e você Que se encontra para brincar Lelê, lelô, lelê, lelá. Vamos brincar de esconde, esconde. Só eu e você sem ninguém, pra nos achar. Esse esconde, esconde. Está ficando complicado Minha mãe quer ti conhecer Seu pai quer me achar Vamos dar um tempo Se não o bicho vai pegar Lelê, lelô, lelê, lelá. Vamos brincar de esconde, esconde. Só eu e você sem ninguém, pra nos achar.
  • 22. Coletânea de Letras Musicais 22
  • 23. Letristas em Cena ..... 23 AYRTON MUGNAINI JR. A primeira última vez......................................... Baianinha japonesa............................................. Eu acabei de reler a sua carta............................. O homem da minha vida..................................... Um tiro no escuro................................................ Valsa para um sol medroso................................. 0024 0025 0026 0027 0029 0031
  • 24. Coletânea de Letras Musicais 24 A PRIMEIRA ÚLTIMA VEZ Minha memória é como eu Deveria ser mais seletiva Cada momento que a gente viveu Pra mim é uma lembrança sempre viva Ainda lembro muito bem De tudo que a gente fez De cada primeira e de cada última vez Nosso primeiro beijo ao sol Primeira noite de luar Primeiro filme, depois primeiro jantar Primeira festa, último show A primeira flor que eu te dei Primeira chuva, último livro que eu ganhei Nossa primeira discussão Primeira vez que eu disse não Primeira vez que eu levei um bofetão Lembro muito bem de cada instante Até mesmo dos que eu não quero lembrar Eu só aprendi Após sofrer bastante Que todo mundo gosta bastante de ti Mas só mesmo tu pra te aguentar Tem uma última coisa, meu amor Que eu queria te dizer Sem medo de ser brega ou me contradizer Hoje eu queria te encontrar Pra festejarmos com prazer O meu primeiro ano longe de você
  • 25. Letristas em Cena ..... 25 BAIANINHA JAPONESA Baianinha japonesa Minha linda, meu amor Não vou ver maior beleza Nem em Tóquio ou Salvador Morou na Bahia E ela é sansei Vem pra minha cidade É bom demais, meu rei Que koibito Baianinha japonesa Meu tesouro, minha jóia Não vou ver maior beleza Nem em Juazeiro ou Nagoya Ela tem um charme No olhar puxado Que ajuda a me puxar Pra ficar ao seu lado E eu sempre vou Não tem canto de alma Que ela não atinja Ama como gueixa E trabalha como ninja Que shigoto Baianinha japonesa Quanto love, sono crazy Não vou ver maior beleza Nem na Liberdade ou no Largo 13
  • 26. Coletânea de Letras Musicais 26 EU ACABEI DE RELER A SUA CARTA Eu acabei de reler a sua carta Você me diz que me amar é coisa boa Eu reli letra por letra, até a data Já faz três anos, mas como o tempo voa De lá pra cá a gente foi brigar Uma bobagem tão pequena que cresceu Mas sei que se eu te perdoar Nessa hora quem não me perdoa sou eu A carta inclui uma foto, tu e o Nando Sorrindo e se abraçando Nem dá pra imaginar Que se a máquina pegasse pensamento Não só o filme, no momento Até ela ia queimar A resolução que a câmera não vê É a pior que eu já vi Não chega a 10 dpi Releio a carta e penso em você Vocês dois sempre brigaram Quem sabe até se mataram Ou pior, até se casaram
  • 27. Letristas em Cena ..... 27 O HOMEM DA MINHA VIDA Como é bom ser livre pra voar E conhecer o amor e seus mistérios Mas você não tinha que casar Teu único jeito agora é o adultério Não fui assistir seu casamento Porque o centro da atenção ia mudar Não quis estragar esse momento Não fui pra ninguém me ver chorar Hoje no meu título de eleitor Está escrito que eu sou solteiro Mas isso é mentira, meu amor Só penso em você o tempo inteiro A paixão e o desejo me consomem Você também se sente consumida Mulher de amigo meu pra mim é homem Por isso você é o homem da minha vida Você mudou seu título de eleitora Ganhou o sobrenome do marido Porém está me confessando agora Que tem um segredo escondido Foi tudo um fracasso, na verdade, Porque você com ele não se encaixam Ele exige alta fidelidade Porém a impedância dele é baixa Por isso eu fiquei maravilhado Quando você nessa vida deu um basta E hoje segue o velho ditado
  • 28. Coletânea de Letras Musicais 28 “Burro amarrado também pasta” A paixão e o desejo me consomem Você também se sente consumida Mulher de amigo meu pra mim é homem Por isso você é o homem da minha vida
  • 29. Letristas em Cena ..... 29 UM TIRO NO ESCURO (NO AR MAIS UM CAMPEÃO DE VIOLÊNCIA) Você está tão diferente Você mudou tão de repente Ficou nervosa e totalmente irada É sorte minha que você não anda armada O teu olhar duro me inibe Parece a Lilian Witte Fibe Já sei o que está acontecendo São esses filmes que você anda vendo Eles fazem muito mais mal Que o Pernalonga e o Pica-Pau E me dão até cefaléia Tanta violência afligiu-me Se você diz que é só um filme Você pensa que é só platéia Filme com tanta paulada e tiro Me deixa aflito Parece o ar que eu respiro Sujo e gratuito O mundo hoje só tem vício Se puser cerca vira hospício Se cobrir vira circo e não do bom Se tirar foto vira anúncio da Benetton Baixaria e violência Dão cada vez mais audiência Não tem problema se tanta gente morrer Porque sempre sobra mais alguém pra ver
  • 30. Coletânea de Letras Musicais 30 Eu também estou mudado E pra ninguém ficar chocado Eu me previno bastante Hoje só visto roupa rubra Pois caso eu morra e alguém descubra O sangue fica menos chocante Filme com tanta paulada e tiro Me deixa aflito Parece o ar que eu respiro Sujo e gratuito
  • 31. Letristas em Cena ..... 31 VALSA PARA UM SOL MEDROSO Hoje O sol tá fraco Brilhando opaco Quase mal se vê A causa Sei desde cedo Ele tem medo De encontrar você Que hoje Tá irritada Grita por nada Um bicho te mordeu Tá chata E rabugenta Quem é que aguenta? Ah, eu sei... só eu Te amo Também agora Não só nas horas Em que estás feliz E o choro Nunca foi gafe Pois desabafe Até ficar feliz Grite Se descabele Cubra minha pele Até me soterrar Mesmo Soterrado e exangue
  • 32. Coletânea de Letras Musicais 32 Um beijo grande Inda vou te mandar Sabemos Que amanhã cedo Teu jeito azedo Já terá passado Não só Tua beleza, Tua fortaleza Me deixa abismado Se o Sol Estiver chocho Direi “seu frouxo, Tá pensando o quê? Esta Mulher-maravilha Todo dia brilha Mais do que você!”
  • 33. Letristas em Cena ..... 33
  • 34. Coletânea de Letras Musicais 34 A. SINGULARES Do teu beijo............................. Escala....................................... Sobre o dia e a noite............... A volta que não acontece..... 0035 0036 0037 0038
  • 35. Letristas em Cena ..... 35 DO TEU BEIJO Quero tua boca Tão minha, tão nua A minha, tua O instante do beijo encostado Beijo não calado, pintado, talhado Beijo gravado Aquele que fica na boca, segue a gente em cada passo beijo de artista, beijo de palhaço Beijo sem pecado, beijo na boa Roubado ou doado espero um beijo nunca acabado Como o vento, que - só de fazer um movimento - logo está ao seu lado Lábios que acolhem os meus Quero beijo sem adeus, nem até breve Beijo que sorri em mim faz o meu também sorrir (e beijar mais), sem fazer greve Quero teu beijo, sou sapo desfaz o meu estado e me faz nobre Quero teu beijo, sou fraco Depois me dá um abraço e me traz sorte Me dê outro beijo e quantos mais quiser Grudado, lambido, molhado - aceito o beijo que vier Selo do momento estado, perpetuado Beijo que salivo, me beije o quanto puder
  • 36. Coletânea de Letras Musicais 36 ESCALA Dança em mim, chacoalha Me batalha em sorte e suor Desperte, nessa toada o que me colore melhor Deita no meu azul vamos sumir em violetas A sua paz esquenta Nessa paleta perfeita Assim como faz o vento quando te beija e não pede licença farei o mesmo contigo noite adentro, cores intensas Dilui minha tinta no seu gosto Me desenhe em seu papel Azul embaixo, sou seu mar Em cima, um rascunho do céu Me escala em tua escala Pinta meus móveis, minha casa pinta meu corpo, meus sonhos Deixa seu quadro risonho decorando minha parede esquentando nossa amizade Seu vermelho me acende nele tem a sua imagem.
  • 37. Letristas em Cena ..... 37 SOBRE O DIA E A NOITE O dia se você não sabe é a noite vestida de claro Quando se cansa tira sua bata cerúleo para esconder-se no escuro E veste uma camisola de estrelas para ser noite inteira
  • 38. Coletânea de Letras Musicais 38 A VOLTA QUE NÃO ACONTECE Piano que toca na noite que encosta Esperando alguém que partiu Saudade que encosta, a lágrima toca Escorrendo no rosto como um rio A Lua enquadrada, sozinha, amarela Estampada na janela aberta Espelho - me vejo e fecho a cortina Escureço sozinho em sentinela Espero de olhos vermelhos, fechados, a volta que não acontece É como andar na chuva molhado perdido, onde não se conhece É ser assaltado, agredido Não ter sábado ou domingo É como não ter feriado, descanso Sem sua voz me chamando no ouvido É como não ver as flores de Maio, de Junho e de pano É noite sem lua, a vida, um engano É praia sem mar, surfista sem onda, é ovelha sem rebanho É ter o copo vazio, não se sufocar em goles de vinho Quintal sem criança, é vaso sem planta é céu sem o azul, é palco sem dança
  • 39. Letristas em Cena ..... 39 É sapo sem lago, Sapato molhado, é fita amarrada sem laço É quadro sem cor, dinheiro sem valor É sentir frio e não ter cobertor É dedo sem aliança É gol sem torcida vibrando É show de Rock sem banda pandeiro, sem samba, tocando É letra sem música, só ímpar, sem par Palavra jogada sem poesia É quadro sem tinta, é desabafar os versos com a parede fria É desaprender a andar De asas quebradas, não posso voar Lembranças dos beijos roubados Estalam na boca, mas não mais molhados É estar parado, apagado Viver sem sonho, no mundo jogado, ao meio-fio estirado Cachorro sem dono, maltratado Piano que toca, saudade que encosta Na noite que encosta, a lágrima toca Esperando alguém que partiu
  • 40. Coletânea de Letras Musicais 40
  • 41. Letristas em Cena ..... 41 BETO CLEP Bem melhor do que sonhei........... Canção de um novo tempo................. Com você......................................... Dias de frio...................................... Folhas e flores................................. Guarde essa canção............................ O final vai ser feliz......................... Por que não? (tentar ser feliz)...... Sem você......................................... Seus maiores segredos................... Sorrisos enfim................................... Tudo acabou.................................. Tudo que sei................................... Versos poemas e canções.................. Vivemos?........................................ Vou acreditar.................................. 0042 0044 0046 0048 0050 0052 0054 0055 0057 0059 0060 0062 0063 0065 0067 0069
  • 42. Coletânea de Letras Musicais 42 BEM MELHOR DO QUE SONHEI Para Rose Farias Eu tive tenta sorte Em te conhecer Pra dar sentido em minha vida Razão do meu viver Agora estou tão feliz Você chegou, eu sei Pra preencher o vazio Que só crescia no meu coração Você é tão especial Diferente eu sei Algo tão bom pra mim Bem melhor do que sonhei Em poucas palavras Eu tento dizer O quanto te amo O quanto eu gosto de você Eu tenho tanto medo De um dia te perder Se isso acontecesse Não saberia o que fazer Pois a minha vida Só é completa com você E pra sempre do seu lado Eu quero viver.
  • 43. Letristas em Cena ..... 43 Eu te amo tanto Não sei nem como explicar Então eu fiz essa canção Pra me declarar Em poucas palavras Eu tento dizer O quanto te amo O quanto amo você
  • 44. Coletânea de Letras Musicais 44 CANÇÃO DE UM NOVO TEMPO Não tenha medo da tempestade Porque ser forte e ter coragem São suas virtudes indispensáveis A esperança é tão incerta Mas pra você palavra certa Exprime todos seus sentimentos Sua vontade de viver Acorde cedo escove os dentes E agradeça por estar vivo Respire fundo e solte um grito Para espantar todos os males Acreditar que tudo irá mudar E o sol mais uma vez irá brilhar Acreditar que tudo irá mudar E o sol mais uma vez irá brilhar Não é só você que tem problemas O mundo está tão cheio deles Será mais um serão mais dez Ficam os dedos, mas somem os anéis Tão importantes te fazem falta Mais sei que um dia terás tudo de volta A vida vista como num filme Em que o final será feliz Muitos perigos coisas armadas Mas o mocinho vencendo no final
  • 45. Letristas em Cena ..... 45 Acreditar que tudo irá mudar E o sol mais uma vez irá brilhar Acreditar que tudo irá mudar E o sol mais uma vez irá brilhar
  • 46. Coletânea de Letras Musicais 46 COM VOCÊ A tristeza que eu sentia antes Hoje eu não sinto, não Você trouxe de volta A paz no meu coração Não me diga que tudo é mentira Me diga que tenho razão Você faz tão bem pra mim Quero estar sempre assim Eu tenho muito que viver, Eu tenho tanto que aprender. O tempo todo quero estar, O tempo todo Eu quero estar com você. O tempo todo quero estar, O tempo todo Eu quero estar com você. Com você, com você, com você Com você, com você, com você. Eu lembro bem, você me disse A vida tem muitos segredos Eu não queria fingir, Então aprendi a sorrir, Só pra te agradar. Você faz tão bem pra mim Quero estar sempre assim
  • 47. Letristas em Cena ..... 47 Eu tenho muito que viver, Eu tenho tanto que aprender. O tempo todo quero estar, O tempo todo Eu quero estar com você. O tempo todo quero estar, O tempo todo Eu quero estar com você. Com você, com você, com você Com você, com você, com você.
  • 48. Coletânea de Letras Musicais 48 DIAS DE FRIO A chuva que corroem A ferida que não dói O tempo que destrói O resto de sonhos A vergonha do espelho A imagem que me inibi Um barulho na esquina O medo eu sei que existe Dias de frio Noites de inverno Só o silêncio Ninguém por perto Dias de frio Noites de inverno Só o silêncio Ninguém por perto O medo é permanente Os dias não têm fim A segurança inexistente Minha vida é assim A solidão me incomoda E o sol quem me acorda Tudo que um dia foi perdido Tem certeza não tem volta
  • 49. Letristas em Cena ..... 49 Dias de frio Noites de inverno Só o silêncio Ninguém por perto Dias de frio Noites de inverno Só o silêncio Ninguém por perto
  • 50. Coletânea de Letras Musicais 50 FOLHAS E FLORES Leve pra sempre contigo A lembrança de um sorriso Sem se esquecer de um grande amor Que nunca deixou de existir Lembre livros folhas e flores E paredes desenhadas Juras de amor não entendidas Lições de vida, não decoradas Nossa vida nossa casa Um retrato no portão A despedida a partida Não entendi qual a razão Eu tive medo eu tive insônia Eu não consegui dormir A minha vida indo embora Não consigo mais sorrir Se um dia perceber Que eu estou fazendo falta Pode vir pode voltar Mas por favor não faça hora Lembre só das coisas boas Esqueça as coisas ruins Tenha certeza de uma coisa Nosso amor não terá fim. Nossa vida nossa casa
  • 51. Letristas em Cena ..... 51 Um retrato no portão A despedida a partida Não entendi qual a razão Eu tive medo eu tive insônia Eu não consegui dormir A minha vida indo embora Não consigo mais sorrir
  • 52. Coletânea de Letras Musicais 52 GUARDE ESSA CANÇÃO As lagrimas encobriram Sorrisos tão imperfeitos Não se esqueceras de mim Mesmo com todos os meus defeitos E tudo que em mim odiavas Tenho certeza sentirás tanta falta Só se percebe quando perde Um dia você vai perceber Guarde essa canção Como pedido de ajuda Guarde essa canção Como uma carta de amor Escrita na ultima hora Minutos antes de ir embora Sem coragem de olhar nos seus olhos E dizer adeus Palavras foram ditas Sem nenhuma precaução Sentimentos destruídos Sem nenhuma explicação Feridas ficaram expostas E como iriam cicatrizar Não haveria remédio Para imensa dor curar Guarde essa canção
  • 53. Letristas em Cena ..... 53 Como pedido de ajuda Guarde essa canção Como uma carta de amor Escrita na ultima hora Minutos antes de ir embora Sem coragem de olhar nos seus olhos E dizer adeus
  • 54. Coletânea de Letras Musicais 54 O FINAL VAI SER FELIZ Acorde cedo Para ver o sol raiar Respire fundo E não deixe de sonhar Eu sei que as coisas Não andam assim tão bem Mas ficar triste Nada vai adiantar A vida é um grande Quebra – cabeça Cheio de peças para montar As peças se encontram se encaixam Mesmo não sendo do mesmo lugar Quando parece O final vai ser feliz Você descobre A peça estava no lugar errado Hora de começar tudo de novo Ou quem sabe, talvez . Tentar outra vez Mas só se tem uma certeza O final vai ser feliz. Você merece Você precisa Você será Muito feliz
  • 55. Letristas em Cena ..... 55 POR QUE NÃO? (TENTAR SER FELIZ) Te fiz uma canção Com palavras doces Pra te trazer alivio Amenizar as suas dores Te fiz uma canção Com todo sentimento Pra te fazer sorrir E eternizar esse momento. Então, por que não? Tentar ser feliz Por que não? Então, por que não? Tentar ser feliz Por que não? Abra a janela, Olha lá fora, O dia está lindo, Levanta, acorda. Vamos lá fora Curtir e viver, Felicidade existe Só depende de você. Então, por que não? Tentar ser feliz Por que não?
  • 56. Coletânea de Letras Musicais 56 Então, por que não? Tentar ser feliz Por que não?
  • 57. Letristas em Cena ..... 57 SEM VOCÊ Estrelas Rutilantes Sentidos sem razão Vontade de sumir Mudar de direção Pular de paraquedas Da asa de avião. Não sei por que me sinto assim Às vezes eu quero fugir E esquecer o que sofri E o que ainda vou sofrer Estou aprendendo a viver Estou aprendendo a viver sem você Estou aprendendo a viver Estou aprendendo a viver sem você Sem você, sem você, sem você Sem você, sem você, sem você Esqueço de viver os dias tristes Pensando em ir dormir mais cedo Quando penso em fugir Eu procuro dormir Quem sabe amanhã tudo irá mudar Não sei por que me sinto assim Às vezes eu quero fugir E esquecer o que sofri E o que ainda vou sofrer
  • 58. Coletânea de Letras Musicais 58 Estou aprendendo a viver Estou aprendendo a viver sem você Estou aprendendo a viver Estou aprendendo a viver sem você Sem você, sem você, sem você Sem você, sem você, sem você.
  • 59. Letristas em Cena ..... 59 SEUS MAIORES SEGREDOS Não importa o dia , Não importa a hora, Não importa a intensidade O desejo e a vontade. Eu quero te dizer Eu quero estar só com você Mais do que isso eu preciso Ter você para sempre comigo. Eu quero estar com você O maior tempo possível Descobrir seus maiores segredos Ser muito mais que um amigo. É a mais pura verdade É a minha realidade Eu respiro fundo Me encho de coragem Só pra te dizer Eu quero estar só com você Mais do que isso eu preciso Ter você para sempre comigo. Eu quero estar com você O maior tempo possível Descobrir seus maiores segredos Ser muito mais que um amigo.
  • 60. Coletânea de Letras Musicais 60 SORRISOS ENFIM Tantos dias passaram Sem que eu consiga imaginar Como seria a distância Como seria não poder te amar Como seria viver Sem ter você para admirar Sem ter você Para comigo caminhar Na estrada fria e deserta Dessa vida insensata Desse mundo inseguro Dos dias atuais Em que o dinheiro compra quase tudo E o amor já não vale mais Mas com você é diferente Ainda posso acreditar Velhas manhãs A luz sobre nós Dias azuis Sorrisos enfim Quando o silêncio fala mais que tudo Quando olhar soa tão profundo E a sua voz se faz tão presente É o desejo de querer pra sempre Ser só seu ser tão dependente
  • 61. Letristas em Cena ..... 61 Da palavra do sorriso De tudo que vier de você Nem consigo imaginar A distância como seria Como seria sua ausência E como eu sofreria Melhor nem pensar nisso Me acostumei com o seu sorriso E não conseguiria mais Viver longe de você Velhas manhãs A luz sobre nós Dias azuis Sorrisos enfim.
  • 62. Coletânea de Letras Musicais 62 TUDO ACABOU Seus olhos não me dizem mais nada Apenas caminhos perdidos Lembranças doces e amargas Bocas dentes e sorrisos Todo tempo passado Não foi um tempo perdido As lembranças boas Guardo sempre comigo O que foi ... Um sorriso O que foi ... O paraíso Um sonho... Eu não queria acordar Aprender a recomeçar Não cometer mais os mesmos erros Saber escutar Ninguém é perfeito Como todo sonho bom Acabou ao amanhecer Tive grandes momentos Felizes com você O que foi ... Um sorriso O que foi ... O paraíso Um sonho... Eu não queria acordar Apague a luz desliga o rádio Tudo acabou
  • 63. Letristas em Cena ..... 63 TUDO QUE SEI Eu Aprendi coisas inúteis Já me esqueci de coisas fúteis Se viver já me ensinaram Aprendi tudo errado Perdi tanto o meu tempo Futuro e passado Melhor viver correndo Do que ficar parado Tudo Que sei Não serve pra nada E nada que sei e muito impreciso Tudo que sei não serve pra nada E o nada que sei e puro improviso Estudei mais de dez anos E mal sei escrever Quase tudo que me ensinaram Não precisava aprender A vida é um jogo Perder e ganhar E esse grande jogo Estou aprendendo a jogar Tudo que sei não serve pra nada E nada que sei e muito impreciso Tudo que sei não serve pra nada E o nada que sei e puro improviso Se o começo foi torto e desastroso O fim pode ser melhor.
  • 64. Coletânea de Letras Musicais 64 E cada dia o mundo gira, O mundo gira ao meu redor E já que estou só Vou dormir mais meia hora Tudo Que sei não serve pra nada E nada que sei e muito impreciso Tudo que sei não serve pra nada E o nada que sei e puro improviso
  • 65. Letristas em Cena ..... 65 VERSOS POEMAS E CANÇÕES Nossa canção Um velho rock dos anos oitenta Nossa intenção Ir embora antes que escureça Mudaram as estações Mas nossos continuam os mesmos Pode se abrir pra mim Entre nós não existem segredos A tempestade já passou Mas ela ainda não me escreveu Será que se lembra de mim? Ou será que já me esqueceu Eu sou mais um passageiro Na avenida das desilusões Versos poemas e canções Procurando encontrar Num sorriso num olhar A paz que eu preciso Pra sonhar Hoje leio os jornais Não tenho mais quinze anos Como mudou minha vida Como mudaram meus planos Eu sei Vida bandida
  • 66. Coletânea de Letras Musicais 66 Por mais que a gente lute Sempre resta uma ferida Minha timidez Era o que me destruía Eu não sabia a prática Tão pouco a teoria. Eu sou mais um passageiro Na avenida das desilusões Versos poemas e canções. Procurando encontrar Num sorriso num olhar A paz que eu preciso Pra sonhar.
  • 67. Letristas em Cena ..... 67 VIVEMOS? Vivemos no país do futuro Aonde o futuro nunca chega Vivemos uma vida turbulenta Recheada de incertezas Eu tenho medo do que pode acontecer O que será de mim ou de você Viver esta cada vez mais difícil Como vamos sobreviver Queremos um país melhor Sonhamos esperamos Mas não sabemos até quando Não sabemos até quando Só temos deveres Não temos direitos Aqui tudo se compra Aqui tudo tem seu preço Então continuamos Vivendo do avesso Um dia se vive mais No outro se vive menos Vivemos enjaulados Numa quase liberdade Se hoje estamos livres Não estamos de verdade Não existe segurança
  • 68. Coletânea de Letras Musicais 68 Quem me da explicação Não saio mais de casa Tenho medo de ladrão Vivemos num país tão desigual Qualquer barbaridade já parece normal Vivemos no país da impunidade Onde não existe igualdade Mas perante a lei Somos todos iguais Será que isso é verdade? A verdade existe Mas nem sempre é real Queremos fazer o bem Mas quem manda nos falar
  • 69. Letristas em Cena ..... 69 VOU ACREDITAR . . . Hoje estou tão triste Nem eu mesmo sei por quê Deve ser passageiro Vou tentar esquecer Pensei em mudar Por alguns dias Mais atitudes impensadas Não levariam a nada Estou cheio de problemas Não adianta fugir Vou ficar e encarar Vou acreditar . . . Essa vida é passageira Não tenho tempo a perder Eu não quero ficar mais triste Eu não quero mais sofrer Os anos se passaram Me deixaram bem mais forte Hoje eu traço meu destino Eu decido a minha sorte As marcas do tempo Não vão me incomodar Eu serei assim Eu vou lutar até o fim Estou cheio de problemas
  • 70. Coletânea de Letras Musicais 70 Não adianta fugir Vou ficar e encarar de frente Vou acreditar . . . Essa vida é passageira Não tenho tempo a perder Eu não quero ficar mais triste Eu não quero mais sofrer
  • 71. Letristas em Cena ..... 71
  • 72. Coletânea de Letras Musicais 72 BRANCA TIROLLO Acasalamento...................................................... 0074 Amor à moda da casa.......................................... 0076 Amor inocente.................................................... 0077 Asas de poeta...................................................... 0078 Ataques sem nexo............................................... 0079 Brasil................................................................... 0081 Cadê o meu café................................................. 0082 Calçadas............................................................. 0083 Choro bruto........................................................ 0084 Coelhinho da Páscoa.......................................... 0085 Coisa.................................................................. 0086 Cômodo demais................................................. 0088 Democracia obscura.......................................... 0089 Desafiando limites............................................. 0090 Devastação........................................................ 0092 Dondoca............................................................ 0094 E assim desejo-te............................................... 0096 Fera racional...................................................... 0097 O formidável do amor....................................... 0098 Fuga no Mensalão.............................................. 0099 Hino: ALB.......................................................... 0101 Imposto macabro................................................ 0102 Ladrão de galinha............................................... 0104 Malandro............................................................ 0106 Memórias de um Caipiracicabano.................... 0107 Mensagem das Caras pintadas........................... 0108 Mistério.............................................................. 0110 Mudei a formalidade do amor........................... 0113 Mutilação........................................................... 0114 Não sou inventor do meu destino..................... 0116 Noite.................................................................. 0118 Olhos de ouro.................................................... 0121
  • 73. Letristas em Cena ..... 73 Pássaro da madrugada...................................... 0124 Pirado............................................................... 0125 Pirataria............................................................ 0127 Policial do futuro............................................. 0129 Prepare o anzol................................................ 0131 Que mal que tem............................................. 0132 Refúgio............................................................ 0133 Revolução........................................................ 0134 Rua Brasil........................................................ 0135 O sabor da amizade......................................... 0137 Samba do povo............................................... 0139 Saudade Tua.................................................... 0141 Seu amor é ilusão de ótica............................... 0142 Somente por amor............................................ 0144 Telhados de vidro............................................. 0145 Vai, vai, Brasil! ............................................... 0146 Vegetação......................................................... 0148
  • 74. Coletânea de Letras Musicais 74 ACASALAMENTO Ser masculino ou feminino Não importa... Atitude compõe-se em versos Felinos... São exóticos Macho ou fêmea... Devoram-se... Em suas dimensões O poeta adormece Sobre a página alinhada O compositor desperta a canção Masculino ou feminino Seres se cruzam no tempo. Das mais variadas Paixões Filosofia de vida Que marca datas E contradições Enquanto a poesia se acalma Na doce missão Do toque sagrado De um violão. Leva-se a vida Na serenidade Da consolação. Desafios e contrastes
  • 75. Letristas em Cena ..... 75 Nos acordes, nas rimas. A métrica é eletrização Escrevo meu verso Você ao inverso Compõe a canção Felinos são exóticos Macho ou fêmea Devoram-se em suas dimensões Seres se cruzam no tempo Das mais variadas paixões Filosofia de vida Que marca datas E contradições
  • 76. Coletânea de Letras Musicais 76 AMOR À MODA DA CASA Os tempos mudaram, e os amantes, também. Uns jogam com a sorte, outros vão e vem. Há quem viveu um amor de verão E outros sequer conseguiram amar... Na trilha do amor, muitos querem aconchego. Mas nem sempre acontece, a vida é um mistério. Tudo tem seu preço, nada vai mudar. Neste vai e vem, também aprendi. Que não vale a pena sofrer tanta dor Nas desilusões, que tanto insisti. Neste vai vem, trocando de amor. Hoje sou feliz, não sou inseguro. Meu amor é consciente, e vivo melhor. O amor, à moda da casa. É tudo que tenho, e que dou valor. Não me arrisco mais buscando estilhaços Pois tenho ao meu lado, a mais bela flor. Meu prato do dia, meu ar, minha luz. Minha alegria, meu cantar afinado. Não percebo se faltar o sal Tudo ao seu jeito é bem refinado.
  • 77. Letristas em Cena ..... 77 AMOR INOCENTE Espia a lua mais bela Sondando teus olhos azuis Pela fresta da janela O Arco Iris se vai Depois da chuva que cai Sobre teu pé de alecrim. Joga um beijo da janela Encena á luz de vela Que o vento traz Para mim... Mande um sorriso de lembrança Uma ponta do jardim Umas gotas perfumadas Com cheiro desse alecrim Faça um pacote de abraços Com muitos laços de amor Escreva um poema intenso Que me encante, por favor... Enlaça teus sonhos nos meus Deixa o amor propor um brinde Debaixo das asas do vento Até que a vida se finde
  • 78. Coletânea de Letras Musicais 78 ASAS DE POETA Poeta é terra é mar Poesia é flor em botão Abrindo as asas da vida No ritmo e na canção Poesias são as ondas do mar Avançando as areias tão calmas Lavando a alma do homem Que vive a chorar suas magoas Poetas são as veias dos versos Jorrando no verso da sorte O clamor Lamúrias que fazem qualquer um. Chorar Na voz de qualquer cantador
  • 79. Letristas em Cena ..... 79 ATAQUES SEM NEXO Entrei na dança da onça pra ver Se ela ainda zombava do meu SER Notei uma fera insistente, mas nada valente. Areia movediça. Enquanto surtava ponto.com As loucuras da gente Ela se lembrou: -São artistas! Consegui enfim por um fim Sem deitar-me aos seus pés Conectei meu arsenal E consegui ver sorrindo No jornal Pra fera, Pro baixo astral Para os meus amigos Dediquei meu arsenal Que legal! Vou... Dar uma volta ao Mundo Num segundo de euforia Cantar, dançar, sem ataques. Comemorar a alegria E poder viver Pra fera me ver todo dia.
  • 80. Coletânea de Letras Musicais 80 Para os meus amigos Dediquei meu arsenal Que legal! Comemorar a alegria E poder viver Que legal! Comemorar a alegria E poder viver
  • 81. Letristas em Cena ..... 81 BRASIL És Terra Gigante Um País Falante O Brasil Avante
  • 82. Coletânea de Letras Musicais 82 CADÊ O MEU CAFÉ ( musicada por Luciane Casaretto) Cadê o meu café? Meu Café Brasileiro Que sabor é esse? Que palha é essa? Canta meu Brasil: Isso não me interessa Cadê o meu café? Meu Café Brasileiro Tá tirando onda, no capitalismo. Tá nos bancos das Ilhas fazendo turismo Tá na boca do lobo. Tá no estrangeiro Tá dentro da linha da corrupção Num pulo de gato, guardado em galpão. Cadê o meu café? Meu Café Brasileiro? Tá na foto que a Nonna tirou no terreiro Na roda de samba, no tom do pandeiro. Devolvam o sabor do café. Do meu Café Brasileiro
  • 83. Letristas em Cena ..... 83 CALÇADAS Corta o vento, vento corta. Povo sofrido, temido. A procurar sensações Uns buscam casa, comida. Outros, festas, foliões. Há quem procura remédio Curador e orações Estes são os mais aflitos Sem pausa pras refeições. Pois enquanto vela a reza Esquecem as obrigações. Há quem trabalha e cavalga Dividindo tempo e questões Trocando em cada esquina Sábias informações. Mas há quem, tagarelando. Não consegue encontrar O mapa da sua vida E um lugar para ficar. Estes servem de tropeço Pra aqueles que irão chegar Ainda sem pensamento Se vão ou não, se juntar. Com o povo que cavalga Sempre no mesmo lugar.
  • 84. Coletânea de Letras Musicais 84 CHORO BRUTO Oh! Quão grande é minha angústia Que de leve, venta e leva: Alegrias, pipas, gritos, Risos tensos, sem iguais. Das palavras ainda não ditas O pensamento é quem fica Sobrepondo pesos mais. Quão grande é minha angústia. Que de leve, aumenta os ais. Oh! Quão grande alegria que se esvai...
  • 85. Letristas em Cena ..... 85 COELHINHO DA PÁSCOA Coelhinho da Páscoa Que trouxe pra mim Uma música bela, Desafio sem fim Se há um amigo Não há pranto e dor Desafiando os limites do amor Nesse tempo de crise Em que tudo não são flores Preservar os amores É estar numa marquise Esperando em paz Pelas graças dos céus Recarregando de gás Enchendo-me de Deus Se essa passagem existir mesmo Não há como resistir Mesmo que eu fique a esmo O perdão vou LHE pedir
  • 86. Coletânea de Letras Musicais 86 COISA Jogaram na lama o meu quintal Minha cozinha está na lua Enxugaram o Pantanal Molharam a mão da minha rua Toma cuidado vão molhar a sua Queimaram os meus neurônios E adulteram os livros principais Trocaram educação moral e cívica Por duas matérias que dão mais Sexo e Box, na escola são reais. Meu filho cursando a quarta B Está de olho no vídeo game Que está na vitrine da loja 3D Ainda me fala sem medo Papai: eu ganhei um E Jogaram a merda na TV Obrigam-me a ouvir mentiras E ainda falam mal de você Enquanto você pira Os ratos ficam na mira Eu quero fama, quero mina, quero minha grana. Não preciso mais de tempo pra pensar Já sou velho na cor dos cabelos Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura. E quero você, pra me escutar.
  • 87. Letristas em Cena ..... 87 Você! Você! Você! Você! Você! Você! Livra-se desta coisa Eu quero um país inteiro pra me ouvir Você! Você! Você! Leva pro facebook Tweeds pro mundo No e-mail da titia Pra aquela gata Que te deu mole Diga para o papai Que a sua mãe Já sabe Fale pro teu filho Se livrar desta coisa E não se esqueça de Avisar os jornais Que não estamos aqui Pra brincar.
  • 88. Coletânea de Letras Musicais 88 CÔMODO DEMAIS Hoje acordei a mil por hora Tinha tantos afazeres E acabei por esquecer Do nosso amor. Tudo o que eu Tinha a fazer Era em torno De ti? Oh! Oh! Oh! Cômodo demais Eu só quero liberdade e Paz Oh! Oh! Oh! Cômodo demais...
  • 89. Letristas em Cena ..... 89 DEMOCRACIA OBSCURA Democracia. Parada, quebrada, estação sem luz. É feita de rombos, boicote, panela, insanidade total. Barreira na vida, beco sem saída, dinheiro, roubada. Malandragem, picaretas, escola do mau. Quem mandou virar o jogo fui eu Eu quero silêncio agora. Eu quero é ser feliz, acordar e dormir. Sem barulho, sem buzinas. Sem bolso que domine a Lei A lei que se aplica No que não se tem Eu quero viajar E fugir Quero ver O amanhecer Dormir. Sou Patriota brasileiro Quero ver a democracia Democraticamente, fluir.
  • 90. Coletânea de Letras Musicais 90 DESAFIANDO LIMITES Caminhos incertos, dedos incertos, desertos. Sombras que desaparecem ao meio dia Quando o sol divide o céu em partes iguais. A lua flutua, não é prata nem cinza, nem preta. Nem branca, vaidade ou mentira, não é ilusão. É tão somente a lua em sua estação. Na vida há segredo há coragem e medo. Cada um do seu jeito sente sua emoção. Na minha parede não tem calendário Sou eu quem marca o dia do meu carnaval O natal que foi ontem comemoro amanhã Neste manjar de fé provo a minha avelã Rega meu seco jardim o pranto de outros Daqueles que nunca choraram por mim Não existem fronteiras é um desafio sem fim, Desafio sem fim Neste moçar peço que as pedras não rolem Mas devagar murmurando, uma a uma se vão. E vou passando meia face anjo meia face fera Desafiando a espada a enfrentar a guerra Às vezes penso que estou morta e voltei Terminar meu choro, pra quem. Ainda não me viu chorar São incertos os passos, que tento. Encenar neste compasso
  • 91. Letristas em Cena ..... 91 Sonho por razões desconhecidas, desconhecidas. Embora eu cante alto, no palco sombrio da vida. Tudo que exala do meu ser dizem ser vergonha Eu digo que apesar das barganhas Tenho sorte e todas as batalhas são vencidas Tenho sorte e todas as batalhas são vencidas Moro num lago formado das águas, do meu pranto. Cada canto é um endereço. Ai, ai, a vida é essa. Se eu afundar neste chão aqui vai, o meu apreço. Meu pranto já virou tinta. Não será em absoluto Desconhecido da sorte, do mal, do bem, da morte. Serei sempre uma estrela viva, a colorir um luto. Rega meu seco jardim o pranto de outros Daqueles que nunca choraram por mim Não existem fronteiras é um desafio sem fim, Desafio sem fim
  • 92. Coletânea de Letras Musicais 92 DEVASTAÇÃO Olho com tristeza, os campos e as matas. O rio que pingando não faz serenatas O asfalto que corta além dos sertões E os animais em extinções As aves no céu não cantam em festa. Os homens magoados não fazem canções Inspirados na lei da floresta Os filhos de outrora eram educados Pelas famílias e seus professores Hoje o governo quer ensiná-los Aplicando Leis com tais dissabores Não valorizam os Mestres e a escola Separam todos por classes sociais Crianças, os jovens e velhos. Aplicando sem piedade Golpes, e mais golpes fatais. Querem cobrar respeito e ordem Falam muito em preservação Mas vivem em plena desordem Destruindo os povos e a própria nação Vendem a alma do povo e da terra Queimam o verde, desbarrancam os morros. Colocam na mesa do trabalhador O pão da dor e a morte sem socorro. Sem terra, sem teto, sem dignidade.
  • 93. Letristas em Cena ..... 93 Sem ambição, o povo se isola. Caindo na cova que o governo cavou Pra matar o pobre, preso na gaiola. Não há outro jeito, o povo precisa. Lutar com a espada, e vencer o dragão. Para acalmar a fúria que sente Partindo pra guerra, defendendo a nação.
  • 94. Coletânea de Letras Musicais 94 DONDOCA Dondoca... É isso o que você é Folgada, maliciosa Só pensa em raspar o pé Vive pintando os olhos E a sobrancelha, tá ué. Dondoca... Nada vai te consertar Você precisa de cafuné E eu... De um bom jantar Não me venha reclamar Que as unhas estão lascadas Que o fogão não é pra você Eu comprei pensando no nosso jantar... E o que me aguarda É o seu blasfemar! Dondoca... Você é o que é... Vive pra se embonecar Mas não serve nem Pra lavar os meus pés. Dondoca... Hoje você vai pagar O preço da sua vaidade Vou te botar na calçada Fechar a porta da entrada E assistir o seu penar
  • 95. Letristas em Cena ..... 95 Ver você na arte bancada Roendo as unhas e se lembrar de mim Vai aprender que a vida não se vive assim. Dondoca... É isso o que você é Vai sentir a barriga vazia E esquecer, de raspar os pés. Vai me pedir arrego E preparar o melhor jantar Aí quem sabe eu me apego Na hora do amor te farei cafuné. Dondoca... É isso, o que você é!
  • 96. Coletânea de Letras Musicais 96 E ASSIM DESEJO-TE Não quero que seja meu deus Nem meu demônio nem ateu. Nem meu sonho nem meu eu. Seja apenas, meu. Seja meu homem, meu prazer. Mas não seja minha vida Eu quero desfrutar do que é bom Eu quero apenas uma ida À volta não me interessa Eu quero voltar só, sem pressa.
  • 97. Letristas em Cena ..... 97 FERA RACIONAL Eis que febril queima, este corpo meu. Num instante dócil - quando me toca o seu. Estes teus braços - em laços, em plumas. Teus encantos - espantos espumam. Teus olhos domados - em risos, em versos. Teus pecados meigos - de afagos, e beijos. Eis que a ti revelo - meus sonhos em gritos. Num súbito instante - de amores, e dores. Por teus insultos - deboches, rumores, Nestes negros olhos - de glória, delírios. De pegadas duras - desvairadas loucuras, Deste pranto falso - de torturas, castigos. Eis que tu tão farto - tão nítido e puro. No tapete enrola - teu corpo, tua face, Nestas melodias - sussurros, desgastes. Destas noites loucas - de pasmo contraste. Tuas fantasias de sonhos malucos, Tua frente fria - de tristes desastres. Eis que tu voltas sereno, calado. Num olhar carente - de intrigas e abraços: Destas peles rubras, de apertos, marcadas. No meu corpo sadio, e esgotado. Neste alívio fértil - que exala, espalha, Descansa-te nu, sereno e domado.
  • 98. Coletânea de Letras Musicais 98 O FORMIDÁVEL DO AMOR Um consolo romântico me adormece No sonho eu me ponho a rezar O som da oração segue o vento Abrindo a janela do teu aposento A lua sonda-te e pousa No luar do teu sonhar O eco da minha prece te chama A essência do meu amor te perfuma É o formidável das loucuras de quem ama Se levantar e tocar na maçaneta Não te assuste. Acaricie meu sonhar Que pelas madrugadas vagueia, Tentando deliciar seus meigos olhos Para teus doces beijos roubar.
  • 99. Letristas em Cena ..... 99 FUGA NO MENSALÃO (reservada para Gustavo de Godoy) Contradição Omissão e obscuridade. Cacos estilhados, papéis picados. Engavetados, mofados O brasileiro Cobrou resultado Vergonha nacional E segue afora. Um fora da Lei. Mais uma vez Pega o ladrão Ele quer se safar Do camburão Pega o ladrão Vergonha nacional E segue afora. Um fora da Lei Mais uma vez Tenha certeza: o jornal sabia E a sua tia, também. O seu melhor amigo Com certeza acoitou O Brasileiro viveu a fantasia
  • 100. Coletânea de Letras Musicais 100 Que o país poderia mudar Por um dia Vergonha nacional. E segue afora. Um fora da Lei Mais uma vez
  • 101. Letristas em Cena ..... 101 HINO DA ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL (Musicada por Vuldembergue Farias) Sobre um brado pensamento glorioso Na passagem do milênio então surgiu Agregando valores conquistamos Academia de Letras do Brasil Despertai-vos há tempo, vamos seguir. Escreva seu verso, para o universo servir. Tua tese, seu cântico, sua escrita, teu encanto. Pelo bem da humanidade, por um novo porvir. Avante, sempre vamos escrevendo. Tentando a humanidade, humanizar. Na Ordem de Platão, despertando talentos. Levante a Bandeira, vamos atuar. Pela paz, pelo amor, pela evolução. Abrace o livro, a informação. Desperte os talentos, e os pensamentos. Através da escrita, eis a revolução. Diga não a fome e a miséria Plante arvore frutífera, sementes de feijão. Projetando o futuro dos filhos da terra Que breve vem pra colher este quinhão.
  • 102. Coletânea de Letras Musicais 102 IMPOSTO MACABRO (Reservada para Gustavo Godoy) Cortei a maioria dos gastos O orçamento aos pedaços. Não dá pra infringir a Lei Preciso pagar os credores Mas, não sei: Se eu pago os impostos, Ou se continuo a comer Eu gosto muito do meu Ser. Remédios! Remédios, mais remédios. Meu coração precisa bater. Nas minhas contas eu noto Remédios, remédios, remédios. Quarenta e oito por cento De impostos. Este é o meu dilema Não foi a TV Nem a geladeira Muito menos o carro Eu moro num beco E ando a pé Não dá pra infringir a Lei Preciso pagar os credores Mas, não sei: Se eu pago os impostos, Ou se continuo a comer Não há remédio pra se viver Não há remédio, pra esquecer.
  • 103. Letristas em Cena ..... 103 Não há remédio no SUS, vai ver. Vai ver e comprove, faça a prova dos nove. Se eu contar não vão acreditar Não passa na TV, nos jornais, nem na roda de samba. Mas vale a pena relembrar. Eu era apenas uma criança Que nem trança sabia fazer Tudo o que eu fazia era plantar e colher Na era do café, tudo era mandado. E quando o ano findava, o governo arrecadava. Cinquenta por cento de todo mingau Que eu tinha pra comer. De grão em grão, mesmo sem razão. No Palácio do governo pode conferir se quiser Cada tijolo assentado é parte do meu quinhão. Só não ouço falar de onde veio Só não leio nos jornais de onde veio Ninguém comenta a realidade Só não ouço falar de onde veio Só não leio nos jornais de onde veio Só não ouço falar de onde veio
  • 104. Coletânea de Letras Musicais 104 INFERNO NO INVERNO Foi-se o verão Chegou o outono em sua palidez Ouve um gemido distante, o sol se apagou. Manhã agonizante, estranhos flutuantes. Não eram trovões, nem a chuva caia. Sobre a terra abrasada, houve grande motim. Crianças gritavam, por todo lugar. Grávidas morriam em plena agonia. O medo chegou bem perto de mim Olhei para os lados, não compreendia. Liguei a TV, não funcionava. Não tinha mais água, nem energia. Não eram bandidos, nem o fim do mundo. As prisões abriam-se as portas Os presos temidos voltavam às celas Num passo ligeiro entre idas e voltas. Tive sede procurei por água. Encontrei soldados da Força Armada Tentei falar com o governo do estado Mas Brasília já estava calada As prisões abriram as portas Para os homens de bem abrigar Seus filhos e netos ainda pequeninos Soldados estavam às beiras das fontes Guardando as águas que haviam roubado.
  • 105. Letristas em Cena ..... 105 Notei que a morte então se alastrava E sem esperança, com sede eu sofria. Não mais que dez dias, já sem força alguma. Velei meu enterro, enquanto eu morria.
  • 106. Coletânea de Letras Musicais 106 LADRÃO DE GALINHA Você conhece o ladrão de galinha Que abriu um comércio na rua ao lado Ele passou quatro anos roubando De galinha em galinha, ele fez um sobrado. Adquiriu uma fazendo em Minas Na praia construiu sua mansão. Comprou uma gata de estilo invocado. De repente o povo resolveu acordar De prontidão a sondar o safado E todo mundo começou a gritar Pega o ladrão, mas tomem cuidado. O cabra tem capanga e cunha forte Bala de borracha e spray de pimenta Não é difícil conhecer o pau mandado Ele usa botina e farda cinzenta. Não sobrou cidadão sem ser lesado
  • 107. Letristas em Cena ..... 107 MALANDRO Malandro... É isso o que você é Não serve nem pra massagear os meus pés Cansados... Por tantos vai e vem na cozinha Preparando, seu café, seu jantar. Enquanto você... Dá em cima da vizinha Malandro... Você não serve pra nada Não trabalha, não estuda. Só pensa nas coxas das mocinhas E no jantar, come as coxas da minha galinha. Malandro... Vou botar você pra fora E aí, quero ver quem vai abrir. A porta da casa pra você dormir Vou assistir de camarote De olhar cabisbaixo, sentado em caixote. Aí... Vai me pedir arrego Tentar... Me convencer de que mudou... Mas eu... Não vou cair na armadilha Pois malandro igual a você Não passa mais na minha trilha. Malandro!
  • 108. Coletânea de Letras Musicais 108 MEMÓRIAS DE UM CAIPIRACICABANO (Declamado) Este é um pequeno trecho - guardo e prezo - O verde lar dos bichos, borboletas coloridas. Beija-flor encantado, beijando a flor do capim. Bando de andorinhas riscando o céu nublado Garças tranquilamente, cruzando o véu prateado. A encantar querubins Paraíso que Deus criou, cheio de verso e canção. Descanso de nossos filhos, a nossa roça de pão. Recanto de enamorados, calçados com os pés no chão. Não se via aqui miséria, nenhuma reclamação. O céu estava na terra, e as estrelas sobre as mãos. Passaram por este trecho, homens de terras distantes. Não plantaram semente, mas espalharam corantes. Não criaram versos e rimas - sequer uma melodia Roubaram nossas canções, sufocando a poesia. Cantaram nossas canções - grande astúcia - Destruíram um paraíso pra provocar a angústia Hoje o Caipira chora, memorizando o passado. Belezas mui fulgurantes, que nada tinha de errado. Falo do verde das matas, que deitavam nas cascatas. Do tom que as pedras e as águas exibiam serenatas Reclamam por não ouvir, o barulho das correntezas. Que no velho engenho ecoava com muita delicadeza.
  • 109. Letristas em Cena ..... 109 Quando passam por estas bandas - frias e quebrantadas. Lagrimas velam o penoso chão – coagida é a boca- A confessar o que extravasa em cada coração. Onde os gringos navegaram, entre as colinas e os portos. Navegam na lama quente, milhares de peixes mortos. E neste trecho de pedras, caminha o triste Caipira. Em meio às impurezas, movido pela incerteza. Abandonado, o Caipira. Vive como alma penada Passando fome e sede, sentado a beira de um rio. Memorizando a paisagem. Do antigo Rio Piracicaba.
  • 110. Coletânea de Letras Musicais 110 MENSAGEM DAS CARAS PINTADAS Gente! Somos gente. Nesta terra de Deus Brasil! Pátria amada. Terra sagrada. Somos gente implorando, os nossos quinhões. Entre os mais de cento, e noventa milhões. Se livre das drogas! Faça como eu Ame a si próprio corra atrás do que é seu. Se livre dos reis, que esta terra é de Deus. Raça de gente, gente valente. Cara pintada, cara amarrada. Cara de fome, cara drogada. Cara de raiva, cara forjada. É gente sofrida, buscando na vida. Pão e guarida, de cara pintada. Esconde o rosto, por que tem vergonha. A noite anda e de dia sonha. Esperando do céu socorro e perdão. Onde tudo é limpo não existe pão. E ainda deve pra sociedade. Uma vida de satisfação. Se bater na porta do rei ele grita: - Sai daqui malandro! Trabalhar é bom. Mas não dão emprego pro tal cidadão. Gente valente vira cara pintada. Busca socorro na maior perdição. Envolve-se nas drogas, e vira ladrão. Miséria que queima a mente e a alma. Seca o corpo e traz desespero.
  • 111. Letristas em Cena ..... 111 Vai cegando gente de cara pintada. Que é obrigado, assumir todo erro. Saia da roubada, isso é confusão. Ninguém te entende, o se ta na prisão. Caia na real, você, você, você é gente. Não faça cumprir a ordem do rei. Levanta a cabeça, e de sua mão. A favor da guerra contra a corrupção Não ouça o rei, ele é folgado. Ele não cheira, não injeta, não traga. Envolve-te no vicio, por uma migalha. Ele enche o bolso do seu rosto suado. O seu fica furado, funde sua mente. O rei vira passado, você o presente. Você vira culpado, o rei o inocente. Não tenha medo seja esperto Cheire uma flor e sinta o perfume. Erga para o rei, um sinal vermelho. Levanta tua cara, olhe no espelho. Fuja da dor, encontre o amor. Não seja tolo, o rei é seu pavor. Ele bebe teu sangue, te enterra. Vive mais que você, muitas primaveras. Usa gravata, carro importado, terno bom. E você drogado, ganha sete palmo de chão. Pra você não tem lei, ninguém tem pena. Quem te condena não tem coração. É o próprio rei que te da à cama.
  • 112. Coletânea de Letras Musicais 112 Pra você dormir deitado na lama. O rei te ilude pra uma vida melhor. Muda de cara, te prega moral. E por baixo do pano te joga na pior. Gente! Livre-se da ilusão. Devolva o troco pro seu inimigo. Se livre do castigo dizendo não. Não se esconda na sombra do medo. Que a vida passa e você se acaba. Sem saber por que viveu. Ninguém se importa se ler no jornal. Na primeira, página que você morreu. O próprio rei tomando whisky Vai ironizar sorrir e dizer: -Quem é esse? Que bom! Não foi dessa vez. Este eu não o conheço! Graças a Deus Agora eu quero ver, você que ta assistindo. Abrir espaço na primeira página. Contar para mundo que me viu sorrindo Anuncie! Põe no seu jornal. Trate a gente de igual pra igual Não quero ler que alguém morreu. Aqui quem fala é um cara pintada Saindo da roubada. Graças a Deus (Peça Teatral ensaiada na periferia. Apoio negado pelos governantes). Um grupo de adolescentes envolvidos sofreram em questão. (Na época atual é lamentável a situação dos jovens, na maioria)
  • 113. Letristas em Cena ..... 113 MISTÉRIO Do meu jeito doce acontece A todo vapor, em busca do amor. Que traga, escurece, amanhece E pro lado da cama se mexe Querendo falar. Tolices. Dos acordos, loucuras. Acordes, leituras: Bilhetes malvados Da sua insanidade Sou anjo da noite macabra Você me protege, no embalo. Me faz delirar. Me faz delirar (Para a peça teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos, o palco da vida. Aprovado pelo Ministério da Cultura [Pronac nº 079 515]. A verba não foi liberada pelas empresas por não constar na ficha técnica artistas da grande mídia) Lei Rouanet - A Lei n° 8.313/91 permite que os projetos aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) recebam patrocínios e doações de empresas e pessoas, que poderão abater, ainda que parcialmente, os benefícios concedidos do Imposto de Renda devido. (Esta história precisa ser mudada. Justiça Social. (Direitos iguais para todos).
  • 114. Coletânea de Letras Musicais 114 MUDEI A FORMALIDADE DO AMOR (musicada por Vinne Decco) E o vento levou Meu único verbo! Amar! Amar! Antes era o amor, Nosso verbo predileto. Eu amava, ele amava, Amávamo-nos. Éramos dois em um. Um para o outro Dois sem terceiros. Depois começamos: Se der vamos! Hoje vou pensar, Se ainda te quero. Muitos verbos Aproximaram-se Invadiram Dominaram Hoje está assim: Eu amei, adorei, Louvei, me casei. Vivi ,sofri ,cansei. Pensei resolver. Larguei e sumi.
  • 115. Letristas em Cena ..... 115 Voltei! Acha! Pra que? Um time de futebol? Somente um artilheiro Meu amor! Sem verbo.
  • 116. Coletânea de Letras Musicais 116 MUTILAÇÃO Noto que o tempo não se importa Vai passando pela minha porta Devagar. .. Eu corro e invento a minha vida Se para uma estrada sem saída Eu não sei... Prefiro ficar. Delirando... E sonhar... Não conheço mais a brisa mansa Nem o sorriso da roseira em flor Não tenho encontrado a primavera E o verão já se foi. Devagar... Passou a guerra e desconheço O que chamam de céu e de luar Não me lembro de mais estrelas Nem de mar. Devagar... Eu sonho ser aquela criança Balançando firme a sua trança Na esperança de encontrar. Seu par. Devagar... Abraço a meu brinquedo e choro. Quase sempre, eu sei não me engano. A fome é pontual e chega na hora do jantar
  • 117. Letristas em Cena ..... 117 Devagar... Olho o pão escasso sobre a mesa. Já não sei se quero mais rezar Num instante noto que a pobreza Paira sobre o ar. Devagar... Aguardo o momento Pra ver os aviões de guerra Retirando nossa água Da terra Devagar... Submundo profundo Nem seu quinhão conseguiu. Em troca da moeda forte Venderam a alma do Brasil. Devagar... Eu corro e invento a minha vida Se para uma estrada sem saída Eu não sei. Prefiro ficar delirando. E sonhar... Devagar. Cabeça maluca, a cuca explodiu. Em troca da moeda forte. Venderam a alma do Brasil. Devagar...devagar...devagar...
  • 118. Coletânea de Letras Musicais 118 NÃO SOU INVENTOR DO MEU DESTINO Alo irmandade. Chegam aí irmãos. Na paz. Não sou do mal. Sou pau mandado. Menino desprezado. Que um dia sorriu Nesta terra de ninguém. Toda galera viu Ouvir a quem? Fuji da escola eu não tinha mochila, Lápis de cor. Nas cores do meu mundo Pintei o sete, manchei. Não conheço meu pai, minha mãe morreu. Minha tia me acolheu. E pra sobreviver Ela me mandava pedir nos bairros nobres Onde nunca a porta eu vi abrir Com muita sorte eu conseguia fugir do camburão Homens armados, atirando em todo lado. Sem ao menos perguntar: Quem é você? Cidadão. Mas eu falava: Sou da paz. Menino fujão. Segura essa irmão! Você ensina com perfeição. Como se mira uma arma pra um cidadão Agora eu cresci, sai nos jornais, na primeira página. Fiquei famoso. Pinto a cara pra ninguém saber Quando pego o jornal pra me ver. Hipocrisia! Eu não nasci assim. Eu levo a vida Que traçaram pra mim. Chumbo trocado não dói. Dizem que sou chapadão. Pera aí, meu irmão!
  • 119. Letristas em Cena ..... 119 Não quero matar. Mas, também não quero morrer. Eu sou da paz, pego pra comer. Vendo pra ganhar, Uso pra esquecer. Nesta área não falta patrão Há muito eu quero saber. Alguém pode informar? Fala ai sociedade! Onde arrumo um emprego legal E uma faculdade. Onde posso me curar? Procura-se um medico entendido Sobre abandono, corpo e alma feridos. Sobre hipocrisia, caligrafia fácil. Que um cérebro aguente Com fome e cansaço Fala aí doutor! Se há remédio pra esta dor? Dizem que sou chapadão. Pera aí, meu irmão! Não quero matar Mas também não quero morrer Eu sou da paz, pego pra comer. Vendo pra ganhar, uso pra esquecer. Nesta área não falta patrão Há muito eu quero saber. Alguém pode informar? Fala ai sociedade! Onde arrumo emprego E uma faculdade. Onde posso me curar Procura-se um medico entendido Sobre abandono, corpo e alma feridos. Sobre hipocrisia, caligrafia fácil. Que um cérebro aguente
  • 120. Coletânea de Letras Musicais 120 Com fome e cansaço Fala aí doutor! Há remédio pra esta dor? (Para a peça teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos. Aprovado pelo Ministério da Cultura [Pronac nº 079 515]. A verba não foi liberada pelas empresas por não constar na ficha técnica artistas da grande mídia) Lei Rouanet - A Lei n° 8.313/91 permite que os projetos aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) recebam patrocínios e doações de empresas e pessoas, que poderão abater, ainda que parcialmente, os benefícios concedidos do Imposto de Renda devido. (Esta história precisa ser mudada. Justiça Social. (Direitos iguais para todos).
  • 121. Letristas em Cena ..... 121 NOITE Noite! Poema e canção Rima de cólera e dor Divina noite de estrelas Com negros cachos em flor Amo-te! Tanto, tanto Amo-te! Tanto, tanto Amo-te! Tanto, tanto Cada canto de seus encantos Em todos os versos que são meus Amo a paz que bela serena Nos meus olhos a brilha.... ar Os brilhantes que são seus
  • 122. Coletânea de Letras Musicais 122 OLHOS DE OURO (musicada por Vuldembergue Farias) Ouvi falar um dia, que a sorte não seria. Um bem pra quem não tem - em si a alegria. Jurei então deixar, o vento me levar, Com as folhas do jardim. Na linha do pensamento A minha ousadia Voltou para ficar. Mudei a cor da LUA, nas luzes do ALECRIM. As folhas secas soltei Saudando o verde sem fim Onde caíram, não sei. Sobre asas, num sonho bem distante. Sorrindo me peguei Voando os horizontes Procurando alegrias perdidas a fins Meus olhos eram de ouro Um vaso feito de touro Guardando as jóias pra mim. Não vou chorar, não vou. Não vou chorar, não vou. Não vou chorar, não vou. Não vou chorar, não vou. O tempo que se foi A ruína que ficou O tempo, que se foi. Não vou chorar. Não vou.
  • 123. Letristas em Cena ..... 123 Não vou chorar, não vou. Não vou chorar, não vou. Não vou chorar, não vou. Não vou chorar, não vou. O tempo que se foi A ruína que ficou Não vou. Chorar, não vou. Não vou chorar, não vou. Não vou. Chorar... Não vou chorar, não vou. Eu canto a minha liberdade Eu danço com minha voz Eu ando com minha coragem Na veracidade do vento No vento que corta o algoz No vento que corta o algoz.
  • 124. Coletânea de Letras Musicais 124 PÁSSARO DA MADRUGADA Canta, canta, passarinho, o terreiro está molhado. Molha o bico, bate as asas, voa sobre meu telhado. Não vá embora, não é hora de partir. Nunca pense em desistir, nem deixar o seu reinado. Quando a chuva for embora, vou sair pelas estradas. Levando minha viola, pra cantar pra minha amada. Todo dia ela pergunta, para um belo beija-flor. Onde anda o meu amor, pássaro da madrugada. Canta, canta passarinho. Vem treinar comigo agora Ensaiar pra serenata, mais uma canção de amor. Vamos juntos nesta estrada, desafiar a escuridão. Cantar para o meu amor, vestida em linho bordado. Canta, canta passarinho. Testemunha bem pertinho. Um casal apaixonado. Construindo o seu ninho. Vem cantar comigo agora, não demore já é hora. O padre espera na capela, o casamento foi marcado. Canta, canta passarinho, testemunha deste amor. Vem viver no meu telhado, ver um casal enamorado. Amar sem preconceito, e ser feliz sem sentir dor.
  • 125. Letristas em Cena ..... 125 PIRADO Chega de horário gratuito no Rádio e na TV Ele quer fama, quer mina, quer grana. Eu não preciso mais de tempo pra pensar Já sou velho na cor dos cabelos Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura. E quero você, pra me escutar. Eu sou viajado, pirado, tatuado. Livre do medo, de pesadelo, e ilusão. Eu canto pra espantar a morte E minha sorte é não viajar de avião Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura. E quero você, pra me escutar. Não tampo o sol com a peneira Nem canto mentira de babão Eu quero ver os ratos de esgoto Na classe operária deste chão Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura. E quero você, pra me escutar. Não quero mais ouvir baboseira Se o prato do dia é capitão Não brinque com a cafeteira Ela não faz bola de sabão Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura.
  • 126. Coletânea de Letras Musicais 126 E quero você, pra me escutar. Não trance a trilha da sorte Ratos de encruzilhada Se eu cruzar teu caminho Vão ficar sem estrada Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura. E quero você, pra me escutar. Afrouxa o cinto e requebra Pare de torrar minha grana no ar Devolva minha primeira idade Que vou te ensinar a mamar Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura. E quero você, pra me escutar. Ele quer fama, quer mina, quer grana Não preciso mais de tempo pra pensar Já sou velho na cor dos cabelos Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura. E quero você, pra me escutar.
  • 127. Letristas em Cena ..... 127 PIRATARIA Rock (reservada para Gustavo Godoy) É onda, é fato, é rastro, trapaça. Entregues ao léu, com admiração. É o bolso que apóia, o corte é real. Implica na fama, do bem e do mal. Botam culpa no diabo Mas fazem tudo igual. Sem timidez, sem alma e razão. Virou ponta de estoque Do norte ao sul, abrindo barreiras. Na cara do povo fazendo arrastão. Pirataria real. Franquia sem autorização Pirataria na boa, na rua, na praça. Na bilheteria do metro. Enquanto se ganha na raça Se paga direitos, que viram fumaça. Da arte, da voz, de um inventor. Seu nome na boca do povo Entregue na boca do lobo Por qualquer malandro Trapaceador. Piratas. Acham que pirataria é legal Não há justiça, pra ela não faz tanto mal. A lei é minúscula, e ninguém se assusta. Os homens da lei são fatais. Piratas não são desiguais
  • 128. Coletânea de Letras Musicais 128 Pirataria real. Franquia sem autorização Pirataria na boa, na rua, na praça. Na bilheteria do metro. Enquanto se ganha na raça Se paga direitos, que viram fumaça. Da arte, da voz, de um cantador. Seu nome na boca do povo Entregue na boca do lobo Por qualquer malandro Trapaceador. Piratas. Acham que pirataria é legal Não há justiça, pra ela não faz tanto mal. A lei é minúscula, e ninguém se assusta. Os homens da lei são fatais. Piratas não são desiguais
  • 129. Letristas em Cena ..... 129 POLICIAL DO FUTURO Eu estava parado, desiludido. Peguei os documentos e saí Cruzei a esquina, policia me parou. Mão na parede. Abre as pernas safado Você tem o direito de permanecer calado. Pegou minha carteira, leu meus documentos. Carregou a foto da mina e levou meus trocados E repetiu: Você tem o direito de permanecer calado Pegou meu celular, ligou pro chefão e falou: Peguei um ladrão! Doutor. O delegado respondeu: contrata ele. Senhor. Vi-me obrigado seguir seus conselhos E agora no espelho eu brinco Não sou mais desempregado Emprestam-me uma farda Sou policial do futuro E me deixam liberado. Mãos na cabeça! Safado! (Para a peça teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos. Aprovado pelo Ministério da Cultura [Pronac nº 079 515]. A verba não foi liberada pelas empresas por não constar na ficha técnica artistas da grande mídia) Lei Rouanet - A Lei n° 8.313/91 permite que os projetos aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura
  • 130. Coletânea de Letras Musicais 130 (CNIC) recebam patrocínios e doações de empresas e pessoas, que poderão abater, ainda que parcialmente, os benefícios concedidos do Imposto de Renda devido. (Esta história precisa ser mudada. Justiça Social. (Direitos iguais para todos).
  • 131. Letristas em Cena ..... 131 PREPARE O ANZOL É hora de samba, chega mais cá. Escolha seu par, ou sambe sozinho. Reúna os amigos, pra comemorar. A dança, e a música, vão começar. É na avenida, em ruas ou becos. Pode ser na laje, com chuva ou sol. Pode ser ao luar, pela madrugada. É hora de pesca, prepare o anzol. Refrão: Somos a força, a luta e o protesto. Contra todos os ditos inconsequentes. Ditadores, que atacam sem nexo. A dignidade, e a honra da gente. É hora do grito, pela liberdade. Chegou o momento da revolução Não deixe ninguém pensar que és tolo Toda raça e cor, toda classe, senhores! São filhos da terra, desta Nação
  • 132. Coletânea de Letras Musicais 132 QUE MAL QUE TEM Menina quando chega pra quebrar Joga a trança sobre o ombro e Começa a rebolar Envolve seus cabelos cacheados No seu jeito rebolado Vem me tirar pra dançar Ai que chamego, falando no seu ouvido. Abraço meu violão E ela vem me abraçar É desse jeito, eu não tenho mais conserto. Envolvido em tantos cachos Eu não penso em me casar Eu sei que é loucura de pião Que um par de coxas mexe Com meu pobre coração Imagine uma menina em cada canto Jogando os seus encantos Trançando-me no salão. Ai, ai, é muito bom. Ui, ui, que mal que tem? Enrolado de meninas E não ser de ninguém. Que mal que tem? Ai, ai, é muito bom. Ui, ui, que mal que tem?
  • 133. Letristas em Cena ..... 133 REFÚGIO Sou apenas uma pena Que sobrevoa serena Que leve pousa sob pena A encenar a minha própria cena Sou a situação do dia encenado Da hora da escrita Da fonte calculada Dos minutos contados Dos segundos perdidos do nada Sou a voz que grita submissa, presa às palavras. No eco dos gritos A sombra que revela os meios e compõe os fins Sou a leve pena que sobrepõe o infinito A esmagar assim meu Ser Sem aplausos.
  • 134. Coletânea de Letras Musicais 134 REVOLUÇÃO 2014 Brasil, o país das maravilhas. Maior extensão de água e tanto mar Cerrados, rios, riachos e matas. Berço de beleza natural Povo, que teme a depredação. Desta beleza cheia de encantos mil Entramos nessa luta pra vencer A hipocrisia que devasta o Brasil Avante, avante vamos reagir. A mobilização já começou Não tente desistir, não vamos renunciar. A luta segue, até o povo, seu desejo conquistar. Saúde, educação e moradia. O direito de ajudar a governar Com planilhas de custos publicadas Pra que possa o cidadão fiscalizar. Fora, fora, governantes que trilharam. No caminho da maior corrupção Sem direitos de ao Palácio retornarem E ditarem o que fazer com a nação Queremos baixar nossos impostos Passe livre para o trabalhador Mesa farta para todo cidadão Com justiça, liberdade e amor. Bis
  • 135. Letristas em Cena ..... 135 Avante, avante vamos reagir. A mobilização já começou Não tente desistir, não vamos renunciar. A luta segue, até o povo, seu desejo conquistar.
  • 136. Coletânea de Letras Musicais 136 RUA BRASIL ( musicada por Luciane Casaretto) Aqui passam bicicletas velhas, carros importados. Homens descalços, crianças amedrontadas. Palhaços, gente chorando, cantando. Gente mentindo. Mulheres sinceras Mulheres guerreiras, sofridas. Também as trapaceiras Passam pipoqueiros, festas juninas, lua cheia. Lampião. Sol ardente, tempo quente. Inverno e solidão. Passam mendigos Papagaios, andorinhas, gaviões. Passam também as desilusões Passam nuvens de fumaça, aviões, mares. Navios estrangeiros, diplomatas, cidades. E capitais. De tudo passa um pouco Nocivos, perigosos e loucos. Passam crianças pedintes, mauricinhos. Prostitutas, ventania, temporais, lixeiros. Padeiros, vendedores, bicheiros. Folias dos carnavais Passa os anos, a coragem e a dor. O medo o terror. Passam rios Balas perdidas, o sono. Pessoas corrompidas Passam riquezas, ladrões, drogas.
  • 137. Letristas em Cena ..... 137 Até disco voador e astronautas Passam vidas passadas Águas poluídas, magoadas. Passam governos, juízes, paixões. Dissabores, almas penadas. Vagões. Passa o tempo E os reis desatentos Deixando que passe E atravesse o mar Amazônia
  • 138. Coletânea de Letras Musicais 138 O SABOR DA AMIZADE Tudo começou da ousadia Talvez um sonho, nada mais. Havia pedras no caminho, havia. Mas a coragem não ficou pra traz. Quando um amigo escreveu: A palidez da noite não importa A lua se esconde e logo volta A brilhar... E o vento dança no mesmo lugar Leva teu escudo e enfrenta Conhece a ti e isso é o que interessa Comece a voar... Voei... Voei... Voei. As minhas mãos cansadas, ávidas. Suguei... Suguei... Suguei. As pedras rolaram, a porta se abriu. E a bonança logo surgiu Voei... Voei... Voei. As minhas mãos cansadas, ávidas. Suguei... Suguei... Suguei. As pedras rolaram, a porta se abriu. E a bonança logo surgiu Amigos, mais amigos e muitos mais amigos. De repente uma cidade, um rio. Uma canção, mais mil canções, Um novo continente, Palavras, versos, rimas,
  • 139. Letristas em Cena ..... 139 Das cantigas e fadigas. Um livro se abriu. Voei... Voei... Voei. As minhas mãos cansadas, ávidas. Suguei... Suguei... Suguei. Voei... Voei... Voei. As minhas mãos cansadas, ávidas.
  • 140. Coletânea de Letras Musicais 140 SAMBA DO POVO O povo sambou, a noite inteira. Quem não sambou jogou capoeira. Quem não fez nada, dormiu. A noite inteira O dia inteiro O ano inteiro O povo sambou, na madrugada. E durante o dia, saiu na avenida. Sambou, o povo sambou. E do samba fez nascer um novo dia Quem quiser entrar na roda de samba Não deixe o vizinho te incomodar Faça reza forte pra ele acalmar Mas vá ao samba, sambar. Vá acordar a dona consciência Que dormiu o dia inteiro A noite inteira O ano inteiro Chama pra sambar, o povo brasileiro. Bota pra acordar, governante desordeiro. Chama pra sambar, o povo brasileiro. Bota pra acordar, governante desordeiro.
  • 141. Letristas em Cena ..... 141 SAUDADE TUA ( musicada por Luciane Casaretto) Vou sair por ai Sufocar minha dor, noite adentro. Arrancar esta dor que consome Ah! Se Avisar sem demora Cortando o abismo da minha alma Que cala por amor, Esta dor tão amarga. Vou voar com a voz Alcançar o infinito Deixar recados, através dos meus gritos. Sonhar feito anjo Fazer as promessas que fiz Colorir nosso leito Rimar meus versos Na saudade tua Vou sair por ai Sufocar minha dor, noite adentro. Arrancar esta dor que consome Ah! Se Avisar sem demora Cortando o abismo da minha alma Que cala por amor, esta dor tão amarga. Vem brincar comigo Neste sonho de grandes amantes Transformar meus medos Em desejos tão louco por ti Mover o infinito O eco das vozes, meu corpo.
  • 142. Coletânea de Letras Musicais 142 Acordar um poema Dos versos em dor Da saudade tua Da saudade tua Da saudade tua
  • 143. Letristas em Cena ..... 143 SEU AMOR É UMA ILUSÃO DE ÓTICA Quando eu olho para o alto Disfarçando uma saudade Vejo a lua bem depressa deslizando Entre as nuvens que no céu se vão Uma ilusão, de ótica. São as nuvens movidas pelo vento Na imensidão. Assim, é o seu amor. Parece tão perfeito, mas é dor. Enquanto você passa como as nuvens O vento sopra forte em meu coração. E a saudade, tem seu fim. Eu sei que se eu tentar As nuvens alcançar... Não vou conseguir E a tempestade vai continuar Eu disfarço esta saudade Por que as nuvens são reais E olhando para o céu A lua me consola Assim como eu, está sempre. No mesmo lugar O seu amor É uma ilusão de ótica.
  • 144. Coletânea de Letras Musicais 144 SOMENTE POR AMOR Não me olhe simplesmente Tão somente por prazer Sou ser humano carente Posso me envaidecer Quero mais que a cor dos olhos Mais que um traje a rigor Quero alem da amizade Alem da paixão, quero amor. Cansei-me das aventuras Céu e mar estão pequenos Não abrigam mais palavras Nem suportam mais venenos Não exiba os teus olhos Que o olhar já não importa Conheci todos os olhares Nas minhas idas e voltas Nas minhas idas e voltas Não sufoque a minha taça Desse vinho que embriaga Nem me leve pra uma dança Nesta alta madrugada Quando você for embora Se o acaso acontecer Volte na segunda feira Com o amor que eu quero ter.
  • 145. Letristas em Cena ..... 145 TELHADOS DE VIDRO Menino de rua, sozinho em meio à multidão. Jogando olhares pidonhos Sufocam olhares, medonhos. Fazendo tremer a cidade confusa Indiscretamente hipócrita! Trancafiada na sua indiscrição. Golpes fatais, indignação! Cidadão! Ele só quer descansar na rua ao lado Observar os palácios da cidade E seus telhados de vidro Adormecer num papelão Acordar sorrindo Com duas simples moedas. Ser, ser, ser, Cidadão! Telhados de vidro, assistidos. Já não confundem menino Golpes fatais, indignação! Com duas moedas apenas Entra um sorriso em cena Sobre qualquer papelão Cidadão! Cidadão!
  • 146. Coletânea de Letras Musicais 146 VAI, VAI BRASIL! (musicada por Vuldembergue Farias) Nasceu um poeta que se dava o respeito Era amigo do peito, de um escravo sofredor. O tempo passou, e o poeta encantou. Descreveu sua história, pra tirar a dor, do peito. A Princesa já havia passado Pra sempre libertado O escravo sofredor Mas, de Lei em Lei, eis o pecado. De senador em senador, nasce. O escravo remunerado Entrou na dança, toda raça, toda cor Criaram pontes, ao criarem tantas Leis. E para esconder a grande explosão Inventaram: bolsa família e cesta básica Cobrando imposto dobrado Trocaram a fome pela desilusão Fizeram amigos e abriram fronteiras Onde passam drogas e armas pesadas Por onde se faz política intensamente Fazendo o povo perder a estribeira A democracia é muito disputada A lei se confunde em seus mil e um artigos Vai pra cadeia o bom cidadão Pode crer os bandidos se passam de amigos.
  • 147. Letristas em Cena ..... 147 Vai, vai, vai Brasil de mil e uma cores De ódio e amores De soberanos infiéis Vai, vai, vai,... Levar pra eles o meu recado Diga que já me cansei De ser. Escravo remunerado.
  • 148. Coletânea de Letras Musicais 148 VEGETAÇÃO Hoje acordei com um nó na garganta Nada está no lugar, tudo virou arrogância. Eu já não sei se o tempo vai curar Este domínio de mercado furado País das maravilhas que virou babado Todo mundo grita, todo mundo quer. Não tem pra homem, nem tem pra mulher. Eu olho a minha cara no espelho E me pergunto se ainda quero viver Pagando limousine, carro importado. Pra quem deveria cuidar do meu Ser Pra conseguir um emprego melhor Falam que preciso me especializar Enquanto vejo sentado no trono Dando ordens, sorrindo a falar. Um homem qualquer De qualquer lugar Eu quero mudar meu país Mas não me deixam. Ratos doentes, Inconsequentes Bolinhas de sabão Que se vão Baratas espertas Infectadas Na minha mesa, não!
  • 149. Letristas em Cena ..... 149 É uma roubada Partidos quebrados Ninhos de cobras Painel de recados Sem cara na cara Sanduíche a moda de nada Eu quero cuidar do que é meu E não me deixam Não quero matar os judeus Disso não se queixam Não quero lavar meu dinheiro Nem ao povo dizer: Meu Deus! Me deixem. Todo mundo grita, todo mundo quer. Não tem pra homem, nem tem pra mulher Eu quero mudar meu país Mas não me deixam
  • 150. Coletânea de Letras Musicais 150
  • 151. Letristas em Cena ..... 151 CARLOS ALBERTO COLLIER FILHO (CHARLOT COLLIER) Busca................................................................... 0152 Céu encarnado..................................................... 0153 Menina Rosa dor................................................. 0154 Meu velho pai...................................................... 0156
  • 152. Coletânea de Letras Musicais 152 BUSCA Vou Já nem sei onde encontrar Busco a mim dentro dos outros Pelas coisas a procurar Busco Busco a DEUS não sei por quê Um amigo particular Busco terra meu lugar Busco Chão vermelho para pisar Céu azul para sonhar Ora o que é que há Teu teclado enferrujou Soluções não vais me dar mais Confessor.
  • 153. Letristas em Cena ..... 153 CÉU ENCARNADO Homenagem a meu filho Carlos Alberto Collier Neto (Beto). Quero mais não te ordeno Calmo e sereno Sempre a predizer Que algo a se transformar Muda de lugar Com os temporais Carlinhos criança Que não dança a dança Dizendo sonhar Carlos que renova, retira, renova Com medo de errar Carlinhos crescido No sonho encantado No certo ou errado No céu encarnado.
  • 154. Coletânea de Letras Musicais 154 MENINA ROSA DOR Resolvi não sei por que Dar um ponto de parada Pra tentar rememorar O que eu sempre quis guardar Procurando pelo sonho Pela estrada percorrida Cheguei enfim a infância Esplendor de minha vida Aí encontrei três rosas Cada uma de uma cor Uma rosa outra vermelha E por fim rosa da dor Perguntando a primeira Onde era o meu caminho Recebi como resposta Um não sei fiquei sozinho Perguntando a vermelha A mesma decepção E por fim rosa da dor Que me disse com emoção Procurando mais a frente Pela estrada percorrida Encontrei uma menina Que brincava com uma flor
  • 155. Letristas em Cena ..... 155 De beleza se confunde Coma flor em suas mãos Mais de alma desenganos Aí perdi meu coração Olhei pétalas tão brancas De uma alvura infinita Ri de mim de meu amor Ri da rosa que era dor Acordei olhei pra vida Meu olhar então molhou.
  • 156. Coletânea de Letras Musicais 156 MEU VELHO PAI Homenagem a meu pai Carlos Alberto Collier. Nas cordas do violão Vou compondo esta canção Com auxilio do pandeiro Vou falar para o mundo inteiro O que vem do coração Do amor mais profundo Que eu trago em meu peito Do amigo e companheiro Você foi sempre o primeiro A me dar esta lição De como viver a vida Você foi a inspiração Pelo tempo e pela vida Fui compondo esta canção Meu velho pai Eu te agradeço Com todo apreço Quero me lembrar de você.
  • 157. Letristas em Cena ..... 157
  • 158. Coletânea de Letras Musicais 158 CHICO PIRES Acreditar e mudar............................................. Ai nasceu o amor............................................. Amando você................................................... Amanhecer e renascer..................................... Amigos, alma e fé............................................ Amor em ascensão.......................................... As razões de estar aqui.................................... Assinte.............................................................. Balada pra amar............................................... Boa ação........................................................... Boas horas........................................................ Caminho de fé .................................................. Chance de vida................................................. Chegando com luz........................................... Conscientizando............................................... Contrassensos................................................... Convivendo com as críticas........................... Coração alerta.................................................. Desidério.......................................................... Divagando........................................................ Escute o meu som............................................ Filha................................................................. Forte amizade.................................................. Gente pequena................................................. Imagens de paz................................................ Inocência.......................................................... Interrogações................................................... Linda maranhense.......................................... Livre como o pássaro..................................... Luz vinda da floresta...................................... Mãe.................................................................. Magia do sol.................................................... 0161 0162 0163 0164 0165 0166 0167 0168 0169 0170 0171 0172 0173 0174 0175 0176 0177 0178 0179 0180 0181 0182 0183 0184 0185 0186 0187 0188 0189 0190 0191 0192
  • 159. Letristas em Cena ..... 159 A maternidade.................................................. Menina que mudou a vida............................. Meu canto........................................................ Meu coração insiste......................................... Minhas dádivas................................................ Moçada alegria................................................. Momentos mágicos.......................................... Nada além......................................................... Naturalmente natureza.................................... Natureza............................................................ Nos bares da vida (Sampa bares) ................. Olhar no caminho............................................. Olhos lindos..................................................... Olhos pequenos............................................... O sol chega com você..................................... Pensando a vida............................................... Povo de Jesus ................................................. Quando sobra o tempo................................... Querer é poder................................................. Reacendeu o amor.......................................... Reencontro....................................................... Reflexão........................................................... Saudade............................................................ Sentimento menino.......................................... Serena e marcante........................................... Sertão esquecido.............................................. Sétimas............................................................. Simples presença.............................................. Simplesmente saudade.................................... Sol de todo dia.................................................. Sol é vida.......................................................... Sonho, vida, vitória.......................................... Sua Santidade................................................... Submergir......................................................... 0193 0194 0195 0196 0197 0198 0199 0200 0101 0202 0203 0204 0205 0206 0207 0208 0209 0210 0211 0212 0213 0214 0215 0216 0217 0218 0219 0220 0221 0222 0223 0224 0225 0226