O documento descreve as transformações demográficas e urbanas do Brasil nas últimas décadas, incluindo o crescimento das cidades, a transição para uma população majoritariamente urbana, e os problemas sociais resultantes como o desemprego e a falta de habitação.
1. CELM
Geografia – 2º ano
O Espaço urbano brasileiro
Janiere Mendonça
2. As transformações ocorridas na estrutura
produtiva do país nas últimas décadas levaram a um
redirecionamento do perfil demográfico brasileiro. A
modernização alterou, direta e indiretamente, a
dinâmica populacional, reduzindo a taxa de natalidade
e de mortalidade infantil, paulatinamente. Assim, o país
atravessa o chamado período de transição demográfica,
com a diminuição da parcela de jovens e o aumento da
porcentagem da população idosa.
Tais alterações fizeram distribuir a população
por todo o território brasileiro. A indústria alterou a
proporção entre a população rural e urbana, e o
processo de modernização do campo expulsou pessoas
para a cidade. Essas transformações econômicas
vinculadas à globalização da economia, mudou o
próprio perfil da estrutura urbana, impondo mudanças
no modo de vida das pessoas.
3. Crescimento urbano Urbanização
Crescimento natural da população das cidades.
Transferência das populações das zonas rurais em
direção às cidades (êxodo rural). Esta só ocorre
quando a população da cidade ultrapassa o campo.
4. A partir de 1970, a maior parte da população brasileira
já era urbana, o que refletiu a modernização
econômica e o grande desenvolvimento industrial,
graças a entrada de capital estrangeiro (necessidade de
um mercado consumidor, infra-estrutura, mão-de-obra
especializada).
CARACTERÍSTICAS DESSA INDUSTRIALIZAÇÃO
Gerou emprego para os especialistas, expandiu a
classe média, aqueceu o consumo urbano e estimulou o
comércio e os serviços.
5. Apoiada no capital estrangeiro, a modernização
econômica estava apoiada à realidade dos países
desenvolvidos, que provocou em conseqüência o
desemprego.
CONSEQUÊNCIAS DESSA MODERNIZAÇÃO
Aumento do setor terciário informal (pequenos
comerciantes, biscateiros, camelôs, oficinas ...), para
atender as populações de baixa renda, crescimento do
subemprego.
Não há vínculo formal diminuindo garantias
trabalhistas previstas por lei.
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9. METROPOLIZAÇÃO
O domínio de uma cidade que detém um maior
desenvolvimento econômico (capitais), bombardeadas
de investimentos e atividades modernas e de maior
atração populacional. Estes aglomerados formaram as
cidades milionárias (com mais de 1 milhão de pessoas),
sendo pólo de desenvolvimento formam com suas
cidades vizinhas as regiões metropolitanas.
REGIÕES METROPOLITANAS
São regiões de planejamento governamental,
transformando várias cidades em uma mancha urbana
(cornubação), marcada pela integração de atividades,
forte concentração populacional e grande dinamismo
econômico.
10. PRINCIPAIS REGIÕES METROPOLINA DO BRASIL
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto
Alegre, Recife, Salvador, Fortaleza, Distrito Federal e
Curitiba.
Natal (16º lugar) envolve as cidades de: Parnamirim,
São Gonçalo, Macaíba, Extremoz e Ceará-Mirim.
Muitas cidades do interior se desenvolveram, pois era
mais fácil a atividade produtiva no local de origem e se
fixaram com populações de 200 a 500 mil. Estas não
atrapalharam as metrópoles, pois a influência sobre o
território nacional por meio dos sistemas de transportes,
informação e comunicação são muito fortes.
11. Pode se dizer que o Brasil como um todo se
modernizou, pois a maioria da população está integrada
aos sistemas de produção, consumo e informação, mas
não dono delas.
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15. OS DOIS LADOS DA MODERNIZAÇÃO
Propicia o desenvolvimento e riqueza aos seus
beneficiários (ricos), que desfrutam de um conforto
crescente.
Aprofunda os contrastes existentes no país,
aumentando a diferença entre ricos e pobres.
BRASIL, PAÍS URBANO
O Brasil é um país urbano pelo o aumento da
porcentagem da população cidade-campo.
O campo passa a atender a cidade incorporando novas
tecnologias, que vão desde hábitos da cidade aos
avanços biotecnológicos.
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17. A própria cultura entre campo e cidade foi modificada.
Exemplo: música sertaneja, vaquejada, parabólica,
celular e assim por diante.
A INTERGRAÇÃO URBANO-AGRÍCOLA
O Brasil urbano desenvolve-se sob o comando das
atividades terciárias (comércio e prestação de serviços)
e secundárias (indústria de transformação) e pela
população que vive nas cidades.
O Brasil rural atende as atividades do setor primário,
integrando cada vez mais a novas formas de produção,
com absorção de modernização para a agropecuária. A
produtividade atende aos mercados nacionais e
internacionais.
18. A HIERARQUIZAÇÃO URBANA BRASILEIRA
Hierarquização urbana-rede urbana
Um conjunto intergrado de cidades que estabelecem
relações econômicas, sociais e políticas entre si, no
entanto, uma exerce influência mais forte sobre as
outras.
O modelo industrial
A influência da indústria transformou duas cidades
brasileiras muito importante a nível global, são elas:
São Paulo e Rio de Janeiro. A nível nacional, se
destacam: Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife,
Salvador, Fortaleza, Curitiba e Brasília.
19. O modelo informacional
A influência dos fluxos de informação caracteriza esse
modelo. São Paulo, concentra os principais circuitos
internacionais, as sedes das grandes empresas, bancos,
atraindo os melhores profissionais (cientistas,
pesquisadores, artistas, esportistas, jornalistas...), é uma
metrópole informacional.
PROBLEMAS SOCIAIS DAS GRANDES CIDADES
A internacionalização da economia produziu
aglomerações urbanas e atração de grandes
investimentos, mas também trouxe vários pólos de
pobreza e outros problemas sociais.
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21. PROBLEMAS
A população cresceu de forma acelerada e
desorganizada, maior que a oferta de emprego,
habitações, infra-estrutura e serviços sociais.
Por conseqüência, gerou a violência das camadas
mais pobres.
Se os espaços estavam se dinamizando, por que esses problemas
não foram sanados!
Não houve investimento no setor social. O que
ocorreu foi a preocupação de construção de vias para
escoar a mercadoria, modernização das
telecomunicações para facilitar os negócios, entre
outros.
22. CONSEQUÊNCIAS
Desemprego, periferização, submoradia, decadência
e escassez da escola pública, deterioração dos serviços
de saúde, falta de transporte e infra-estrutura básica
(luz, água, pavimentação, coleta de esgoto e lixo).
Enfim, a necessidade é maior que a oferta, e de todos
citados a habitação é o mais grave deles. Algo tem sido
feito com a construção de conjuntos habitacionais, com
a ajuda do próprio dono.
p.s: O IBGE denomina favela, o espaço ocupado pelo menos com 50
moradias, construídas de forma precária, carentes de infra-estrutura e
que não são de propriedade do morador. Cabe ao poder público
minimizar os problemas dessas comunidades, oferecendo a mínima
infra-estrutura.
23. O que levou a disseminação das favelas nas megalópoles
brasileira?
Ilusão de emprego já que é o berço da economia
brasileira.