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Edição

                                    2008
ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES
ACH 0011 CIÊNCIAS DA NATUREZA




                 Ciências da
                  Natureza
Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas 2.5 Brasil

                                             Você pode:

                                 copiar, distribuir, exibir e executar a obra
                                    Sob as seguintes condições:


                       Atribuição. Você deve dar crédito ao autor original, da forma
                       especificada pelo autor ou licenciante.



                       Uso Não-Comercial. Você não pode utilizar esta obra com
                       finalidades comerciais.



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                       alterar, transformar ou criar outra obra com base nesta.

      Para cada novo uso ou distribuição, você deve deixar claro para outros os termos da licença desta
                                                    obra.
       Qualquer uma destas condições podem ser renunciadas, desde que Você obtenha permissão do
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VOLUME ESPECIAL DA R EVISTA CIÊNCIAS DA NATUR EZA 2008


                            Mudanças climáticas




              EDITOR R ESPONSÁVEL: PAULO R OGÉR IO MIR AND A CORR EIA




   A publicação desta revista é uma atividade do Programa "A EACH no Ano Internacional do Planeta Terra - AIPT".

Editores: Profs Drs Maria Elena Infante-Malachias (marilen@usp.br), Paulo Rogério Miranda Correia (prmc@usp.br), Rita
   Yuri Ynoue (ritaynoue@usp.br), Thomás Augusto Santoro Haddad (thaddad@usp.br) e Victor Velázquez Fernandes
                                                       (vvf@usp.br)
                           Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo
                        Av Arlindo Bettio 1000 • 03828-000 • Ermelino Matarazzo • São Paulo - SP
Comentário: Embora todo esforço seja feito para garantir que nenhum dado, opinião ou afirmativa errada ou enganosa
apareça nessa revista, deixa-se claro que o conteúdo dos textos aqui publicados é de responsabilidade, única e exclusiva,
                                           dos respectivos autores envolvidos.




                                                           ii
Índice
                                                           Mudanças climáticas e doenças
    Apresentação                                     1
                                                           infecciosas endêmicas
    Editorial                                        3     Sérgio N. Silva Jr e Paola D. Ferrete       25
                                                           Brasil, o que é feito para deter o
                                                           desmatamento?
                                                           Cláudia A. B. Charro e Edir C. Santana      27
    S E Ç Ã O I
                                                           Uma reflexão sobre a cultura da
    A ciência básica das mudanças
                                                           tecnologia e do consumo
    climáticas
                                                           Flávia G. Gomes e Luci T. Miyano            28
    A fantástica fábrica de poluição
    Filipe S. Romano e Silvio L. B. Britts Filho     4
    A ação humana e as mudanças
                                                           S E Ç Ã O II I
    climáticas
    Daniela S. Marcilio e Denise R. Nascimento       5     Mudanças climáticas e educação
    Futuro promete fim de vidas no planeta                 ambiental
    Terra                                                  Indústria x Meio ambiente
    Luciana C. Braga e Francine S. Aguiar            6     Cinthia C. Ponce e Milena Telles            30
    Não basta ler e sentir, é preciso agir!                O meio ambiente e conscientização
    Bruna M. Cremona e Caio T. S. Pascoal            8     Ana Maria G. M. Reis e Daiane O. Fontes     31
    As ações humanas e os processos que                    Vai de carro ou vai de trem? Chuva ácida
    originaram o aquecimento global                        como conseqüência da poluição nossa de
    Rafael V. Campos e Daniel R. Ebbinghaus          9     cada dia
    Progresso da tecnologia e suas                         Gabriela M. Hugues e Leonor R. Pinheiro     32
    conseqüências                                          Uma verdade inconsistente
    João P. K. Campos e Giovanni Fallico             10    Miriam T. C. Takitow e Thiago F. Nóbrega    34
                                                           Turismo, vilão ou vítima?
                                                           Letícia O. Aio e Giuliano F. Pieve          36
                                                           Como a universidade ajuda as escolas
    S E Ç Ã O II
                                                           fundamentais na educação ambiental?
    Mudanças climáticas e tecnologia
                                                           Alice A. L. Puelles e Fabiana H. Miyada     37
    O dilema da tecnologia: mocinha ou
                                                           Educação ambiental: uma ação que
    bandida?
                                                           poderá solucionar os problemas
    Bruna L. Gomes e Mateus H. A. Castro             12
                                                           ambientais da modernidade
    O causador é a cura
                                                           Nathália A. Alves e Stella A. Costa         39
    Carolina Gancev e Gabriela Lotto                 13
                                                           Prevenções básicas através da educação
    Ainda há tempo
    Drielle Taccola e Eduardo da Cunha Palácios      14    ambiental
                                                           Margarete G. Almeida e Juliana C. Carmo     41
    Ciência: a solução ou o motivo de
                                                           Mudanças climáticas: conhecer para
    existência do aquecimento global?
    André G. Lorenzini e Bruna V. Meira              16    enfrentar
                                                           Regina L. Nery e Suellen F. Oliveira        42
    Tecnologia: de causa à solução do
                                                           A conscientização para o despertar
    aquecimento global
                                                           Caroline M. Bernardo e Elise N. Massarini   43
    Bruno M. Oliveira e Victor S. Resende            17
                                                           O problema está em cima
    Planeta Terra: ame-o ou deixe-o
                                                           Érika G. Faria e Sônia A. Sousa             45
    Allan B. Guerra e Caroline M. Komukaib           19
                                                           Plantando o futuro
    Tecnologia do bem e do mal
                                                           Priscila S. Moreno e Felipe Kertes          46
    Felipe S. N. Andrade e Paula V. S. Bandeira      20
    A contradição
    Ana Cristina M. A. Castilho e Fernanda C. Bico   21
    Tecnologia e o futuro                                  S E Ç Ã O I V
    Eduardo G. Oliveira e Fernando V. Peres          22    Mudanças climáticas e seus impactos na
    Tecnologia e atitude, o futuro do planeta              economia e nos negócios
    Elton Y. K. Odaguil e Guilherme T. Nunes         23    Sustentabilidade para uma economia
                                                           saudável
                                                           Angélica T. Reis e Lívia R. Bambuy     48




                                                     iii
Créditos de carbono e o direito de poluir
Beatriz M. Gesqui e Thaíssa A. Bessa         49
As mudanças climáticas afetam os                       S E Ç Ã O V I
principais setores da economia                         Mudanças climáticas e saúde
Juliana S. Costa e Thaís G. Ferreira         50        Implicações dos impactos ambientais na
Um consumo sustentável é possível?
                                                       saúde coletiva
Mônica L. Storolli e Priscila Ferrari        52
                                                       Natália Nicola e Priscila P. P. Nascimento     83
Crescimento econômico: negócio da
                                                       Estamos comendo o planeta!
China?                                                 Geórgia A. S. Araújo e Paola E. S. Gasparini   85
Daniel F. Bom e André L. D. M. Pazin         54        A Terra está doente
Mudanças no clima e no hábito                          Juliana Ferreira e Natalie K. Garcia           87
Bruno C. Vieira e Tiago L. Bezerra           55        Condições humanas de saúde no cenário
O transformar do olhar empresarial
                                                       atual das alterações climáticas
Caio C. L. Bastos e Haiser A. Ferreira       56
                                                       Julio C. C. F. Santos e Marina M. M. Souza     89
Etanol: a energia do futuro
                                                       A dengue e o aquecimento global
Henrique O. Cintra e Regiane M. Kuba         57
                                                       Pâmela C. Rodrigues e Simone M. B. Santos      90
Mudanças climáticas e seus impactos na
                                                       Emergente estado de alerta
economia                                               Marcelo Piovezan                               91
Maike R. Jesus e Juliana Nadu                59
                                                       Mudanças climáticas e seus impactos na
O dinheiro que dá em árvores
                                                       saúde
Tiago L. Fernandes e Larissa C. Gios         60
                                                       Priscila S. Antônio e Rosana M. Souza          93
Novas tendências econômico-ambientais
                                                       As mudanças climáticas afetando a
Durval Salina Jr e Rodrigo A. Ventura        62
                                                       saúde do homem
O impacto das mudanças climáticas na
                                                       Paulo M. Neto e Gabriel L. G. Campos           94
economia
                                                       Saúde em risco
Bruno F. Gasparin e Felipe Matarucco         63
                                                       André K. Oliveira e Leandro C. C. Silva        95
O preço de não agir agora
                                                       A globalização das doenças tropicais
Caynnã C. Santos e Felipe Camargo            64
                                                       Cássia O. Veiga e Édipo A. Gonçalves           96
Um novo clima está mudando o turismo
                                                       Alterações climáticas: um reflexo na
Gabriela Firmino e Nathalia Almeida          66
                                                       saúde do planeta
A Terra esquentando e o turismo
                                                       André A. S. Marques e Viviane C. Capetine      97
esfriando
                                                       Influência das mudanças climáticas na
Ana C. Clemente e Larissa Fantazzini         67
                                                       proliferação de doenças
Crescimento econômico renovando o
                                                       Cristina S. A. Castro e Fabrício R. Silva      99
negócio e favorecendo a vida
                                                       Conseqüências do aquecimento global:
Jorge Barbosa e Fernando Maneliche           69
                                                       como isso afeta sua saúde
                                                       Maria C. A. Ferreira e Manuela P. Alves        100
                                                       A contribuição do aquecimento global
S E Ç Ã O V
                                                       para a proliferação de doenças tropicais
Mudanças climáticas e políticas locais,
                                                       infecciosas
nacionais e internacionais                             Laís Markarian e Stefano T. Muto               101
Faça a sua parte!                                      Sua saúde: outra vítima do aquecimento
Juliana C. Souza e Leonardo X. Silva         71        global
O viés político da natureza                            Bianca L. Rocha e Deborah M. Santos            102
Eduardo S. Melo e Daniel M. M. Costa         72        Clima em transição, mosquito em ação!
Degradação por processos antrópicos                    Juliana F. Pereira a e Renée S. Okada          104
Lia T. Troncarelli e Alexandre L. F. Santo   74        O desenvolvimento de doenças devido ao
O protocolo de Kyoto e as políticas
                                                       aquecimento global
ambientais                                             Natália C. C. Faria e Andrea M. Oda            105
Luiz F. Almeida e Felipe N. L. Gonçalves     76        De que maneira as mudanças climáticas
O comércio de carbono
                                                       podem afetar a vida dos brasileiros?
Christian F. Lima e Cláudio V. Gomes Neto    77
                                                       César E. Martins e Rafhaela M. F. Priolli      107
Combustíveis renováveis: será a
                                                       A repercussão dos problemas ambientais
solução?
                                                       na saúde do planeta
Thiago T. Teruya e Mariana C. Tudela         78
                                                       Ana C. Maragno e Flávia M. Nastari             108
A internacionalização da questão
                                                       A ameaça do homem para o homem
ambiental                                              Flávia P. Oliveira e Tamiles M. Miyamoto       110
Ryane S. Leão e Letícia J. Godoy             80        As doenças e as epidemias resultantes
Lixo limpo em Nova Iguaçu, RJ, BrasilX
                                                       do aquecimento do planeta
Maria J. A. Torres e Samila Franco           81
                                                       Flávio F. Fernandes e Gabriel C. Melo          111




                                                  iv
S E Ç Ã O V II
Mudanças climáticas e o
desenvolvimento sustentável
Os desafios para a contenção do
desmatamento da floresta amazônica
Wedna L. P. Nascimento e Bianca M. C. Rocha   114
Desenvolver sem destruir: maneiras de
amenizar as mudanças climáticas
Mariana G. N. Lima e Luana A. Silva           116
Sustentabilidade corporativa
Lucas G. Z. Fernandes e Karen S. Lemos        117
O papel das ecovilas na mudança para
uma consciência ambiental
Fernando M. Meyera e Eduardo C. Santos        118
Aquecimento global em função do
desenvolvimento do conforto humano
Henrique D. H. Mina e Thiago C. B. Im         120
Mudanças climáticas e desenvolvimento
sustentável
Marco A. Barbosa e Kaori Adachi               122
China, uma esperança
Marcela R. Leite e Júlia C. Dávila            123
Desenvolvimento e meio ambiente
Maria C. M. Vieira e Rosana P. Silva          124
Um protocolo para a vida
Daniel L. P. Soares e Jeniffer P. Freitas     126
Medidas para um desenvolvimento
sustentável
Nina Sawada e Raquel J. Siqueira              127
Tijolo ecológico: futuro social e justo
Andressa Lima e Anderson P. Almeida           129
Será preciso frear o desenvolvimento
econômico para proteger o meio
ambiente?
Ana Paula Garbulho e Cristina B. Guimarães    130
Uma verdade inconsciente: o mau dos
recursos!
Denise Martins e Lissa F. Lansky              131
O planeta e a (in)sustentabilidade
Kátia S. S. Anjos e Regiane R. G. Lima        133
Eco-desenvolvimento no Brasil
Yasmin S. Baggi e Hugo C. S. Ledo             134
A integração do desenvolvimento do
meio ambiente com relação às múltiplas
questões sociais
Camila S. Kanashiro e Catarina N. Stetner     136
Biodiesel: a alternativa
Maíra S. Souza e Jessé F. Silva               137




                                                v
C N   2008


                                                                                     CN
                                                                                    2008
Apresentação
ACH 0011 Ciências da Natureza



A
          disciplina Ciências da Natureza (CN) é oferecida a todos os mil e vinte alunos que ingressam na
          Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). Juntamente com outras cinco disciplinas gerais
          e a Resolução de Problemas, CN compõe o núcleo duro do Ciclo Básico, pelo qual os alunos
          passam nos dois primeiros semestres acadêmicos. Esse desenho pedagógico impõe um grande
desafio para os docentes envolvidos com as disciplinas gerais: atingir um público heterogêneo a partir de
temáticas relevantes, que alicerçam a formação ampla dos alunos e extrapolam os conhecimentos e técnicas
específicas dos cursos. O desafio aumenta quando consideramos que a composição das classes de sessenta
alunos é planejada para misturar doze alunos de cinco cursos diferentes. Como contemplar interesses tão
diversos? Como, no caso da disciplina CN, dar conta de apresentar as ciências naturais para os alunos
ingressantes, explorando suas relações com a sociedade? As respostas fogem das soluções triviais, que
expõem friamente o conhecimento acumulado pela ciência desde meados do século XVII. Não basta
apresentar teorias, nem enumerar todas as figuras de destaque que contribuíram para essa construção
humana. Em outras palavras, o trajeto de Galileu a Einstein não é garantia de sucesso. É preciso agregar um
olhar humanístico, contextualizando a ciência no seu tempo histórico, mostrando que ela está imersa numa
sociedade onde atuam fatores políticos, econômicos, religiosos e éticos. Desta forma, o exercício docente
passa pela busca por soluções didáticas inovadoras, a fim de responder aos novos desafios apresentados no
contexto das disciplinas gerais.

Ciências da Natureza: uma revista para os alunos ingressantes



U
           ma das atividades propostas em 2008 foi a elaboração de uma revista, para consolidar a produção
           intelectual dos alunos ingressantes. Para isso, a temática ambiental foi escolhida por ser
           abrangente, e por permitir uma abordagem científico-humanista. Além disso, a urgência em
           discutir os problemas ambientais impacta toda a sociedade, devendo despertar o interesse de
qualquer cidadão do século XXI. Desta forma, a revista Ciências da Natureza é proposta com a missão de
registrar o pensamento dos alunos ingressantes que cursam a disciplina CN. No seu volume desse ano, a
temática selecionada foi “Mudanças climáticas”.

O corpo editorial do volume 2008 da revista Ciências da Natureza é composto pelos cinco docentes que
ministraram a disciplina CN. Cada docente foi responsável por organizar o trabalho de suas turmas,
compilando os textos produzidos pelos alunos.

Os textos produzidos pelos alunos foram organizados em seções, de acordo com o enfoque da discussão
proposta pelos autores. Sete seções diferentes foram sugeridas para que a diversidade de interesses dos
alunos pudesse ser contemplada da melhor maneira possível.




                                                    1
C N   2008




Seção 1. A ciência básica das mudanças climáticas
Seção 2. Mudanças climáticas e tecnologia
Seção 3. Mudanças climáticas e educação ambiental
Seção 4. Mudanças climáticas e seus impactos na economia e nos negócios
Seção 5. Mudanças climáticas e políticas locais, nacionais e internacionais
Seção 6. Mudanças climáticas e saúde
Seção 7. Mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável

Avaliação por pares vivenciada durante a disciplina



O
          s procedimentos utilizados na avaliação de trabalhos científicos foi incorporada na avaliação da
          disciplina: todos os textos produzidos pelos alunos foram submetidos à avaliação por pares no
          sistema duplo cego, recebendo dois pareceres independentes. Nesse processo, os alunos
          “autores” passaram a desempenhar o papel de “pareceristas”, elaborando um parecer
circunstanciado sobre o texto produzido por outros alunos. Além de convidá-los a participar mais
diretamente do processo avaliativo, os alunos envolvidos puderam vivenciar uma experiência comum
àqueles que produzem conhecimento científico. Isso expõe de maneira muito intensa um dos mecanismos
de funcionamento da ciência.

O Ano Internacional do Planeta Terra

O Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT) foi proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU)
em 2006, com o apoio de 191 países, para ser comemorado no triênio 2007 a 2009, com ênfase no ano de
2008. O AIPT tem por objetivos gerais demonstrar o grande potencial das Ciências da Terra na construção
de uma sociedade mais segura, sadia e sustentada, e encorajar essa mesma sociedade a aplicar esse potencial
mais eficientemente em seu próprio benefício. As ações do AIPT, conforme o programa originalmente
divulgado pela UNESCO, concentram-se em dois focos principais, Ciência e Divulgação, e as atividades
relacionadas devem, além de atingir os principais objetivos propostos, levar a sociedade à reflexão sobre
várias questões envolvendo riscos e recursos naturais, saúde em relação com o ambiente, além de vários
outros aspectos que relacionam as Ciências da Terra e a Sociedade. Na EACH, o programa “AIPT na
EACH” desenvolve e apóia várias atividades em 2008, inclusive a publicação desta revista.




                                                            2
C N   2008




Editorial
As mudanças climáticas e a importância da disciplina CN



O
          impacto da ação humana sobre os recursos naturais do planeta atingiu uma condição limite. Uma
          missão que está reservada aos cidadãos do século XXI é encontrar uma nova maneira de se
          relacionar com a natureza. O desenvolvimento sustentável é o conceito que sinaliza a
          preocupação com as futuras gerações e, por esse motivo, o desenvolvimento econômico deve
considerar os possíveis desdobramentos ambientais.

É dever de todos refletir sobre os impactos da ciência e da tecnologia sobre a sociedade e o ambiente. A
revista Ciências da Natureza é o resultado dessa reflexão: os alunos das turmas 33, 34, 44 e 53 produziram
os 93 textos que compõem esse fascículo. O material consolidado nessa publicação deve ser analisado a
partir do ponto de vista didático, apresentando como características principais a valorização da produção
intelectual dos alunos ingressantes, bem como a possibilidade de introduzir a análise por pares como
estratégia de avaliação durante uma disciplina. Julgamentos sobre a qualidade dos textos e da precisão das
informações apresentadas tornam-se menos importantes: cabe lembrar que os autores são recém-chegados
ao ambiente acadêmico que, ao longo de 4 anos, dará conta de formá-los com conhecimentos específicos.
Certamente, os textos produzidos por esses alunos “autores” no final da sua trajetória na graduação serão
de qualidade superior aos aqui apresentados. De qualquer forma, vale a consolidação dos trabalhos dos
alunos e fica o convite para a utilização do presente material como subsídio para as disciplinas que o
acharem pertinente. Há, nesse documento, um registro das concepções atuais dos alunos ingressantes de
2008 sobre o tema “Mudanças climáticas”.

Boa leitura,

                                                                                      Paulo R. M. Correia




                                                    3
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                                               Seção I
             A ciência básica das mudanças climáticas


               A fantástica fábrica de
               poluição
               Filipe Soares Romano a e Silvio Luiz Brandão Britts Filho b
               a
               Aluno do curso de Ciências da Atividade Física. E- fillipe.romano@usp.br
               b
               Aluno do curso de Ciências da Atividade Física. E- silvio.luiz.filho@usp.br

               Palavras-Chave: efeito estufa, mudanças climáticas, impactos ambientais.



                   D
                          esde a formação da Revolução Industrial, a concentração de gases
                          do efeito estufa na atmosfera terrestre, vem aumentando através da
                          crescente atividade industrial, principalmente pelo uso dos
                          combustíveis fósseis. Esses combustíveis são fontes de energia não
               renováveis e quando queimados liberam uma grande concentração de gases
               específicos (como CO2) na atmosfera terrestre; o acumulo desses gases
               impedem que a radiação da superfície seja liberada de volta para o espaço,
               aprisionando o calor na Terra.
               Os gases do efeito estufa, em pequena escala, são de grande necessidade para a
               manutenção da vida terrestre, pois atuam como um ‘‘cobertor em volta da
               Terra’’, mantendo o planeta aquecido. Porém, a intensificação do efeito estufa
               acarreta em grandes impactos ambientais. Devido à queima de carvão
               (principalmente de dióxido de carbono); a destruição de florestas e atividades
               que resultem em emissão de metano; com essas atividades o “cobertor” está
               engrossando. Alguns efeitos das mudanças climáticas são: Aumento da
               Temperatura média do Planeta; derretimento das geleiras; elevação do nível
               dos oceanos; mudança no regime de chuvas; intensificações das secas;
               inundações e furacões; perca da biodiversidade, entre outros.
               Um estudo apresentado em 1972 no Clube de Roma apontava os limites do
               crescimento da população, devido ao fim das reservas mundiais de recursos
               não-renováveis, o que comprometia a vida do planeta, gerando conflitos e
               crises inter/intra-regionais, verificando-se a diferença entre os mais ricos e
               mais pobres.
               Atualmente, questões econômicas, sociais e ecológicas são vistas com o
               objetivo de visar a sustentabilidade, essas discutidas quanto a sua estrutura
               mundial. Outro aspecto a ser vistoriado é o compromisso com a biosfera, para
               que as futuras gerações não sejam gravemente afetadas.
               O desenvolvimento sustentável é um grande desafio, pois visa suprir as
               necessidades da geração atual com práticas positivas quanto ao meio-ambiente.
               A utilização de energias renováveis (como a solar) contribui para
               descarbonização da matriz energética. Por outro lado, as indústrias resistem a



                                           4
C N   2008




essas propostas, pois assim perderiam parte de seu mercado e teriam que
adotar mudanças radicais no núcleo dos seus negócios.
O Brasil, graças a suas matrizes energéticas, é considerado um país pouco
poluente. O representante sul-americano é um forte candidato a cumprir metas
de países industrializados (principalmente os europeus), com a criação do
Programa Pró-Alcóol que ajudou na redução de emissão de gases poluentes,
assim o Brasil deixou de consumir o dobro de gasolina, que somam 15% das
emissões em todo país. Essas diminuições devem gerar US$ 200 milhões por
ano, contando apenas com o esforço de uma negociação diplomática,
chegando a US$3 bilhões, esses recursos serão investidos em tecnologias
limpas e modernização da economia brasileira.
Faz-se necessário substituir um pensamento egoísta, dos empresários e
destruidores da natureza (como exemplo), que isola e separa; por um
pensamento humanitário que distingue e une os povos com o mesmo objetivo
(preservação para o próximo). Nessas condições, tanto a ciências humanas
quanto a ciências naturais poderão ser articuladas de modo a converter o
melhor para todos.



A ação humana e as
mudanças climáticas
Daniela Signorini Marcilio a e Denise Renata do Nascimento b
a
Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- daniela.marcilio@usp.br
b
Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- deniserenata@usp.br

Palavras-Chave: efeito estufa, aquecimento global, Protocolo de Kyoto.



    O      planeta sofre as conseqüências da ação humana sobre a natureza.
           As mudanças climáticas estão mais presentes e evoluindo depressa,
           trazendo expectativas não muito positivas.
           O que está acontecendo no clima pode ser explicado. O efeito
estufa é um fenômeno natural e necessário para reter o calor na superfície da
Terra, impedindo que este calor se espalhe para o Universo e, se não existisse,
a temperatura em nosso planeta seria -19 °C. O problema está no aumento dos
gases estufa, ou seja, de gás carbônico, que retêm cada vez mais calor
desencadeando o chamado Aquecimento Global.
Após a Revolução Industrial, houve um aumento do consumo de energias.
Primeiramente com o uso de carvão e mais recentemente, com a evolução
tecnológica, temos o uso dos combustíveis fósseis. Estes combustíveis
derivados do petróleo são liberados em altas quantidades tanto por indústrias,
quanto pelos automóveis. O grande aumento da quantidade de gás carbônico
na atmosfera a partir dessa revolução vem sendo estudado nos anos 90 pelo
IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, e os resultados



                                        5
C N   2008




indicam que o ser humano tem importante papel na elevação destes gases. Não
podemos esquecer que as queimadas liberam altas quantidades de gás
carbônico, sendo também responsáveis pela sua elevação.
Devido a essas ações, a temperatura da Terra vem aumentando continuamente
desde 1995 e as previsões futuras são catastróficas. Podemos citar a
desertificação de savanas, ondas de calor mais intensas, alta pluviosidade em
determinadas regiões, aumento de tempestades tropical, falta de água potável e
de alimentos, derretimento das calotas polares, interferência na fauna e na
flora, dentre outros problemas. A sociedade, a economia e a política são
afetadas, pessoas são forçadas a migrar para outras regiões, políticas de
sustentabilidade são implantadas e há um debate sobre a gravidade das
conseqüências dos efeitos do Aquecimento Global.
Para discutir essas questões, organizações vêm buscando implementar medidas
que controlem a liberação destes gases, inclusive nos países desenvolvidos.
Isso é um dos objetivos de Protocolo de Kyoto, assinado em 1997 por
algumas nações com o intuito de reduzir 5,2 % das emissões até 2012.
Determinados países tiveram cotas diferenciadas por estarem em processo de
desenvolvimento econômico. O protocolo ainda vem desenvolvendo novos
mecanismos para uma redução global dos efeitos deste aquecimento, como o
MDL, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo em que países em
desenvolvimento seriam financiados pelo desenvolvidos, no que se refere a
projetos de desenvolvimento sustentável.
Maneiras para amenizar esta situação vêm sendo apresentadas pelo senso
comum, e podemos citar o uso de energias renováveis, desenvolvimento
sustentável, desenvolvimento de produtos sustentáveis, desenvolvimento de
energias limpas através de novas tecnologias. De maneira geral, reduzir as
emissões de poluentes através dessas medidas são o objetivo central desses
estudos e discussões.
Esperamos que todos os estudos científicos sejam aproveitados e inseridos nas
políticas de todos os setores, no que se refere aos países industrializados e aos
que ainda estão se industrializando, para mudarmos as futuras previsões
negativas que se têm do planeta.



Futuro promete fim de
vidas no planeta Terra
Luciana da Costa Braga a e Francine dos Santos Aguiar b
a
 Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- luciana.costa.braga@usp.br
b
 Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- francine.aguiar@usp.br

Palavras-Chave: aumento de temperatura, efeito estufa, mudanças climáticas.


                                        6
C N   2008




M
           eteorologistas vêm registrando nos últimos anos , um grande
           aumento de temperatura em todo o planeta. Esse aquecimento
           vem ocorrendo devido ao chamado “EFEITO ESTUFA”: - O Sol
           emite seus raios à Terra em forma de luz. Cerca de 30% dessa
energia luminosa reflete de volta ao espaço por áreas de gelo e neve, que
funcionam como refletores naturais. Parte dessa radiação térmica vai para o
espaço, mais a maior parte fica retida na atmosfera (camada de proteção da
Terra), absorvida por dióxido de carbono (CO2), metano e outros gases. A
atmosfera, a terra e as águas dos oceanos, absorvem cerca de 70% dessa
radiação, ampliando bruscamente gases poluentes, principalmente o CO2,
provocando o aquecimento do planeta.
A temperatura do planeta deveria variar naturalmente devido a produção de
CO2 da respiração de plantas e animais, mantendo-se equilibrada, mas graças à
intervenção humana isso não ocorre.
O Relatório do IPCC (painel intergovernamental de mudanças climáticas)
afirmou que esse aumento de CO2 na atmosfera vem ocorrendo desde a
“Revolução Industrial”, com o uso de combustíveis fósseis, o desmatamento e
a decomposição de matéria orgânica em aterros, depósitos de lixo, e arrozais,
que passaram a liberar uma quantidade imensa de gases que aprisionam calor
na atmosfera.
O Efeito Estufa eleva a temperatura média da Terra, podendo causar a
diminuição das calotas polares, aumentando o nível das águas marítimas,
causando inundações e extinção do ecossistema, e de muitas espécies. As
conseqüências de uma mudança climática de tal proporção é catastrófica. A
natureza é um ecossistema em equilíbrio, porém a ação do Homem sobre o
meio ambiente já foi devastadora demais.
Se o atual ritmo de exploração dos recursos do planeta continuar, não haverá
no futuro fontes de água ou de energia, reservas de ar puro, nem terras para a
agricultura em quantidade suficiente para a preservação da vida. Em pouco
tempo, cerca de vinte ou trinta anos, o derretimento das geleiras provocará
grandes inundações e avalanches, seguidos de uma seca, em razão da redução
do fluxo dos rios, causando doenças endêmicas à população, dentre outras
catástrofes.
Essas constatações devem levar a humanidade a repensar seus conceitos de
crescimento e desenvolvimento econômico predatórios, tentando achar vias
para que se mantenha o progresso material em harmonia com a preservação
do meio ambiente.




                                      7
C N   2008




Não basta ler e sentir, é
preciso agir!
Bruna Mayara Cremona a e Caio Tadeu de Souza Pascoal b
a
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- bruna.cremon@usp.br
b
Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- caio.paschoal@usp.br

Palavras-Chave: aquecimento global, controvérsias, conscientização.



    C
       hegamos a um ponto na discussão sobre o aquecimento global no
       qual nenhum cientista nega a evidência do aumento na temperatura
       mundial. No entanto, muito se discute quando se trata da influência
       humana nesse processo e das ações adequadas para combater as
mudanças que estão ocorrendo no clima.
Entende-se por aquecimento global o resultado da grande quantidade de gases
que “seguram” os raios solares na atmosfera ao impedir que estes retornem ao
espaço, intensificando o chamado efeito estufa. A concentração normal de tais
gases regula a temperatura terrestre, mantendo-a no nível ideal para os seres
vivos. Entretanto, em quantidade exagerada é excepcionalmente maléfica.
Sabe-se que anteriormente o planeta passou por períodos de aquecimento e
resfriamento alternadamente, e justamente por esse motivo alguns cientistas
defendem a idéia de que esta é apenas mais uma alteração climática que
independe da ação humana. Porém, existem evidências relevantes: o clima
nunca se apresentou tão instável e com temperaturas tão elevadas; o
aquecimento anterior foi também devido à alta concentração de gases de efeito
estufa na atmosfera, com a diferença de que foi provocado por gigantescas
erupções vulcânicas e não pela queima de combustíveis fósseis, como ocorre
atualmente com intensidade.
Além das grandes divergências relacionadas à intervenção humana, outro
assunto divide a opinião dos cientistas: qual atitude deve-se tomar para
solucionar esse quadro de aquecimento? Uma das propostas se refere à
utilização de fontes de energia menos poluentes para reduzir a emissão desses
gases (por exemplo, gás carbônico). Outra incentiva o desenvolvimento de
tecnologias que permitam a sobrevivência e convívio do homem diante de tais
alterações climáticas.
De qualquer forma, a situação climática atual não pode ser revertida, apenas
minimizada. E para que isso aconteça é fundamental a conscientização e
engajamento de todos nesse processo de luta pela qualidade da vida na Terra,
envolvendo desde atitudes mínimas e individuais até decisões em larga escala.
Às vezes decisões individuais parecem insignificantes diante do tamanho da
Terra e do número da população, porém se todos pensarem dessa forma ao
final o que se verá é uma sociedade negligenciando sua própria qualidade de
vida.



                                        8
C N   2008




A mudança de pequenas ações e hábitos do dia-a-dia, como evitar ao máximo
o uso do automóvel e não desperdiçar energia elétrica, é o primeiro passo para
preservar o meio ambiente e recuperar o equilíbrio ecológico do planeta. Não
se acomode a apenas ler as notícias ou perceber o calor intenso sem tomar
alguma decisão. Seja exemplo nessa luta!



As ações humanas e os
processos que originaram o
aquecimento global
Rafael Viu de Campos a e Daniel Reis Ebbinghaus b
a
Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- rafael.viu.campos@usp.br
b
Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- daniel.reis@usp.br

Palavras-Chave: radiação solar, efeito estufa, aquecimento global.



    A     ntes de entrarmos no processo de explicação, é necessário
          entendermos as relações existentes entre a atmosfera e o solo com a
          radiação solar, que interligados são responsáveis pelos fenômenos de
          absorção e reflexão. A absorção consiste em assimilar a radiação
solar e converte-la em calor. A reflexão tem como função refletir a radiação
solar fazendo com que ela retorne ao espaço. A radiação solar recebida pela
Terra é em formas de ondas curtas (luz ultra violeta, luz visível e
comprimentos de ondas infra-vermelha próximas), que é absorvida
(aproximadamente 70%) ou re-emitidas (aproximadamente 30%) pela
superfície terrestre em forma de ondas longas (infra-vermelha termal, calor).
Essa radiação re-emitida se transforma em calor que fica preso na atmosfera,
esquentando-a e caracterizando o fenômeno efeito-estufa.
O efeito-estufa é um efeito natural e responsável pela manutenção da
temperatura na Terra, mas nos últimos anos, vem sendo aumentado de forma
indireta significativamente, fazendo com que a temperatura média do planeta
também aumente. Ele consiste no reenvio dos raios infra-vermelhos refletidos
pela superfície terrestre, através dos gases estufa CO2, CH4, N2O, CFC’s e
HFC’s.
O aumento do efeito estufa deve-se principalmente à grande emissão desses
gases estufa na atmosfera. Esse aumento de emissão de gases é gerado, em sua
maioria, pela queima de combustíveis fosseis, intimamente relacionada com o
grau de industrialização dos países. Historicamente, esse aumento da emissão
esta correlacionada com a revolução industrial. Estudos indicam que antes da
revolução, a concentração desses gases na atmosfera se mantinha constante e
após o acontecimento, houve um aumento de 130% na concentração de CH4
(metano) e de 35% na de CO2 (dióxido de carbono).




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Como principal conseqüência do aumento do efeito estufa, temos o
aquecimento global, que, por sua vez, nos trás inúmeras conseqüências:
•      Desrregulação e aumento da precipitação;
•       Derretimento significativo das geleiras, por conseqüência, elevação no
nível dos oceanos;
•     Expansão na distribuição de vetores de doenças tropicais devido ao
aumento da temperatura;
•      Aumento da variação climática;
•      Perda da biodiversidade.
Conseqüências gerais como as mencionadas acima podem nos colocar em uma
situação não agradável perante aos acontecimentos naturais desastrosos, que
de certo modo, afeta a vida como um todo e o bem estas da população
mundial, gerando grandes perdas sociais e econômicas. A mudança de
comportamento de cada um de nós, juntamente com a mudança de valores,
são essências para amenizarmos o aquecimento global.



Progresso da tecnologia e
suas conseqüências
João Paulo Kiciolar Campos a e Giovanni Fallico b
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- joao.paulo.campos@usp.br
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- giovanni.fallico@usp.br

Palavras-Chave: tecnologia, mudanças climáticas, combustíveis.



    D      esde o século XIX, com o início da Revolução Industrial, um
           processo de transformações de determinados setores vem
           ocorrendo, dentre eles destaca-se a tecnologia o qual a cada dia que
           passa torna-se um dos fatores influentes em questão as mudanças
climáticas no nosso planeta.
A primeira Revolução Industrial baseou-se na mecanização do trabalho à
medida que as empresas buscavam maior lucro. Assim elas tiveram que
substituir o trabalho artesanal pelo maquinário, o qual consistia na utilização
do carvão como combustível para mover as máquinas à vapor.
Com o passar do tempo, houve a necessidade de um aumento ainda maior da
produção, então ocorreu o surgimento de novas tecnologias movidas a
máquinas energéticas. Foi ai que surgiu o grande uso do petróleo, que se
tornou a principal matriz energética mundial e conseqüentemente tornando-se
também uma das maiores fontes poluidoras.
Por parte do homem, ainda hoje está havendo um uso excessivo dessa energia
contida nos combustíveis derivados do petróleo, já que são fontes energéticas


                                       10
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abundantes e baratas, assim acarretando graves mudanças no clima global. Um
exemplo dessas mudanças é a precipitação das estações climáticas, visto que
agora não vemos mais períodos de verão ou inverno, tudo se tornou mais
imprevisível.
Hoje começamos a nos preocupar mais com o mundo, pois percebemos que
se não moderarmos ao usar essas fontes só estaremos nos auto-prejudicando,
por isso os países começaram a se preocupar em investir em fontes alternativas
que diminuem a agressão ao meio ambiente, como por exemplo, o etanol (um
combustível renovável).
Mesmo com a validez dos combustíveis renováveis, a quantidade de energia
gerada por eles não seria suficiente para gerar a quantidade gerada pelo
petróleo, já que precisaríamos usar uma área de plantio maior do que a área das
plantações de todo o mundo, ou seja, seria uma alternativa a ser
complementada.
No estado em que nos encontramos, precisaríamos que a tecnologia voltasse
mais ao lado da preservação do que resta, ou seja, utilizarmos melhor as áreas
no qual já há plantio invés de prejudicar ainda mais o meio ambiente no qual
vivemos. Só assim seria possível amenizar essas mudanças climáticas que nos
afetam.




                                      11
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                                              Seção I I
                 Mudanças climáticas e tecnologia



             O dilema da tecnologia:
             mocinha ou bandida?
             Bruna Luiza Gomes a e Mateus Henrique Araujo Castro b
             a
             Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- bruna.luiza.gomes@usp.br
             b
             Aluno do curso de Lazer e Turismo. E- mateus.castro@usp.br

             Palavras-Chave: mudanças climáticas, tecnologia, responsabilidade.

             “O mínimo que é cientificamente necessário   para combater o aquecimento global excede de
             muito o máximo que é politicamente viável”
                                                                                              Al Gore



                 N
                        ão é de hoje em dia que o papel desempenhado pela tecnologia
                        como um todo, na vida humana, é debatido e analisado por
                        estudiosos dos mais variados campos do conhecimento. Através de
                        diversos estudos ao longo dos anos, pudemos constatar que a
             tecnologia, que hoje está tão presente no nosso dia a dia, é responsável pelo
             agravamento do quadro do aquecimento global, que está diretamente ligado às
             mudanças climáticas que estão se manifestando pelo mundo todo.
             Se antes a tecnologia era sinônimo de progresso e desenvolvimento, hoje ela é
             a “causadora” das dores de cabeça do planeta. Ao fundamentarmos os nossos
             chamados “progressos” em fontes energéticas poluentes e não-renováveis
             como o petróleo e o carvão mineral, desencadeamos a emissão desenfreada de
             gases e materiais particulados. Nós nos acomodamos tanto a este padrão
             tecnológico, que teremos um árduo trabalho para conseguirmos reverter os
             danos que já começaram a apresentar sintomas alarmantes, a um bom tempo
             atrás, através das mudanças climáticas.
             Além de ser a “grande vilã” de tais alterações, a tecnologia, paradoxalmente,
             pode se tornar uma das ferramentas fundamentais na reversão desse quadro,
             através do desenvolvimento de fontes energéticas renováveis ou alternativas,
             como por exemplo, a eólica, a solar, o biocombustível, o hidrogênio, entre
             outras. Já nos foi mostrado que, quando utilizada de forma consciente e
             sustentável, a tecnologia só trouxe benefícios, sem conseqüências negativas,
             tanto para o ser humano, quanto para o meio ambiente.
             Com o desenvolvimento tecnológico alcançado nos dias de hoje, cabe ao ser
             humano a tarefa de encontrar uma maneira de utilizar essa mesma tecnologia
             para solucionar o problema que ele próprio criou. É fundamental que
             tenhamos a exata noção da complexidade dessa questão, que a sociedade se
             conscientize da importância das decisões em relação aos seus governantes e de



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si própria, visando desenvolver a auto-educação em prol do espaço no qual ela
vive, afinal, uma vez destruído, não teremos outra oportunidade de reverter
este processo degenerativo do nosso único lar: o Planeta Terra.



O causador é a cura
Carolina Gancev a e Gabriela Lotto b
a
Aluna do curso de Marketing. E- carolina.gancev@usp.br
b
Aluna do curso de Marketing. E- gabriela.lotto@usp.br

Palavras-Chave: efeito estufa, economia, tecnologia e investimento.



    A
         s mudanças climáticas tiveram ênfase após a revolução industrial, em
         que surgiram inúmeras fabricas e em conseqüência disso, houve o
         aumento demográfico e econômico. Porem, somente no final do
         século passado, o meio ambiente e sua degradação vem sendo alvo
de pesquisas e congressos no mundo inteiro. A preocupação com as
conseqüências do uso indevido das fontes de matérias-prima naturais é
considerável visto que, segundo dados das ultimas pesquisas sobre tais
mudanças climáticas, o homem é o maior contribuinte dessa causa que tem
como principal conseqüência o aumento do efeito estufa.
Efeito estufa é um processo natural pelo qual o planeta passa para que a
temperatura na Terra fique em torno dos 17ºC, tornando possível assim a
existência da vida. O uso inapropriado de método de extração das fontes
naturais da energia, como o carvão mineral e petróleo, por exemplo, emite
gases poluentes (em especial o gás carbônico) na atmosfera. Esses gases, em
conjunto com os já existentes devido ao efeito estufa, se acumulam formando
uma extensão não só em torno da atmosfera terrestre. Essa camada contribui
não só em manter a temperatura na Terra como também no seu aumento, o
que torna o ambiente no planeta mais quente causando o derretimento das
calotas polares, mudanças drásticas nas estações do ano intensificação nos
desastres naturais, além do aumento do nível do mar.
Para tanto, foram necessários anos e anos de emissão do gás carbônico na
atmosfera. E, a previsão dos cientistas é que, se não fizermos nada para
impedir ou reduzir essas emissões, a vida na Terra chega a extinção e o prazo
inversamente proporcional à quantidade de CO2 emitido ao longo dos
próximos anos. Entretanto, para que uma redução seja possível, temos
primeiro que investir em tecnologia, recursos do qual alguns países, em sua
maioria em desenvolvimento, ainda não possuem.
A tecnologia vem para ajudar em dois aspectos. Primeiro, na pesquisa e
aprimoramento de meios alternativos de energia, com a eólica, solar, biomassa,
todas renováveis e não poluentes. Segundo, na melhoria dos mecanismos
emissores de gases, como motores de carros e chaminés de fabricas e ainda, na
elaboração de sistemas mais eficientes para coleta e separação de lixo.



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Para tentar diminuir o aumento de emissões dos gases, em 1997, foi criado o
Protocolo de Kyoto, cujo objetivo final é a redução dos gases poluentes por
parte dos países membros com base nos níveis de tais emissões no ano de
1990. Com a possibilidade dos países não conseguirem alcançar tais metas,
criou-se a política de “créditos de carbono”, em que países que alcançaram
suas metas e ainda não as ultrapassaram, podem vender os excedentes à países
que ainda não atingiram tais metas.
Porém, os países em desenvolvimento, ainda não possuem tecnologia
suficiente para que isso ocorra e, em sua maioria, não há interesse por parte
dos governos em investir dinheiro nesse tipo de pesquisas. Uma das soluções
possíveis para esse problema seria importar tecnologia de países desenvolvidos
ou até mesmo a doação de tal tecnologia por parte deles. Porém, importá-la
requer investimento financeiro por parte dos menos desenvolvidos e doá-la
não fornece nenhum lucro financeiro aos mais desenvolvidos. Portanto, além
de todos os problemas ambientais já enfrentados, ainda temos o impasse que
impedem a resolução de tais problemas.
Como visto, ainda falta muito investimento por parte dos países desenvolvidos
e muito mais em desenvolvimentos. Além de investimentos em pesquisas, falta
planejamento para que haja uma melhora no quadro de aquecimento global e,
conscientização da população. “Precisamos mudar para uma economia mais
segura, acessível, que beneficie trazer a cooperação tecnológica para o coração
das discussões formais no mandato de Bali” – Hans Verlme. O planeta precisa
se preparar para o inevitável, causado pela própria humanidade.



Ainda há tempo
Drielle Taccola a e Eduardo da Cunha Palácios b
a
Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- drielle.taccola@usp.br
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- eduardo.palacios@usp.br

Palavras-Chave: novas tecnologias, conscientização, futuro.



    A
          tualmente é fácil ouvir o termo “aquecimento global” porém poucos
          têm informações suficientes para entender exatamente quais são as
          principais características dessa ocorrência que vem se intensificando
          com o tempo, especialmente após a Revolução Industrial, marcando
o início de um processo de transformações em diversas áreas, principalmente
na tecnológica e ambiental. Infelizmente, além das melhoras, ela também
trouxe alguns problemas que vêm se tornando altamente prejudiciais e cruciais
para nosso futuro, as chamadas mudanças climáticas. Elas estão sendo
causadas pela intensificação do efeito estufa, um processo que ocorre quando
os raios solares são absorvidos pela atmosfera e permanecem nela aumentando
a temperatura média do planeta; tudo isso graças ao aumento percentual das
emissões de GEE’s (gases do efeito estufa), como o dióxido de carbono (CO2)




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e o metano. Esse aumento é uma das principais conseqüências negativas
iniciadas pela Revolução Industrial.
Estamos vivendo em um momento critico: precisamos agir em conjunto para
tentar amenizar a situação que nosso planeta se encontra, senão, as
conseqüências futuras serão drásticas. Em meio a essa situação encontramos
um dilema: apesar de termos tecnologia necessária para reverter esse cenário,
teremos tempo para fazê-lo.
É de unânime opinião entre os cientistas que o Brasil dispõe de potencial,
conhecimento e tecnologia para fazer uso de energias renováveis, mas a razão
dessas medidas não terem sido mais amplamente implementadas, segundo
Gilberto Januzzi (professor e pesquisador da Unicamp), é porque “trata-se de
uma conjuntura de desenvolvimento econômico que escolheu os combustíveis
fósseis como seu eixo principal”. O uso de derivados de petróleo em motores
está aumentando a contaminação do ar, gerando uma série de impactos
ambientais, tais como o aumento da temperatura média do planeta, elevação
do nível oceânico, perda da biodiversidade, entre outros.
Novas tecnologias têm uma importância vital para a redução do uso de
combustíveis fósseis. Uma forma de combater o aquecimento global é o
seqüestro de carbono já existente na atmosfera. Essa reabsorção é feita através
da fotossíntese de plantas e algas. O replantio de florestas é um dos modos de
aumentar esse processo. Outra maneira que a Ciência vem pesquisando é
intensificar a capacidade de reabsorção de gás carbônico das plantas.
“É possível atender a demanda energética global de maneira limpa e
sustentável até 2050 e evitar que o planeta sofra ainda mais com as mudanças
climáticas.” Essa é a conclusão do novo relatório da rede WWF, em Gland, na
Suíça; o documento indica que as tecnologias disponíveis são suficientes para
vencer o aquecimento do planeta, ainda há tempo. Os especialistas estão
revisando uma série de fontes de energias renováveis bastante conhecidas,
como solar e eólica, e criando outras alternativas, como o caso do álcool
derivado da cana-de-açúcar.
Agora o que nos resta é dar inicio a esse processo, fazendo o uso correto e
eficaz da tecnologia disponível, vencendo o desafio de minimizar o
aquecimento global colocando a preservação do meio ambiente como
prioridade em relação ao uso de combustíveis fósseis. Dessa forma, além de
uma melhora de vida, teremos a garantia de nosso futuro.




                                      15
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Ciência: a solução ou o
motivo de existência do
aquecimento global?
André Gaspar Lorenzini a e Bruna Verônica Meira b
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- andre.lorenzini@usp.br
b
Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- bruna.meira@usp.br

Palavras-Chave: aquecimento global, tecnologia, ciência.



    Q
          uando falamos de mudanças climáticas, a primeira coisa que nos
          vem à cabeça é o termo “Aquecimento Global”. E apesar de esta
          ser uma questão muito mais ampla, isso acontece porque este é o
          problema mais grave que os cientistas estimam que venha a
acontecer nos próximos anos, em relação ao meio ambiente, e que afetará a
humanidade diretamente.
O site www.wikipedia.com.br define “aquecimento global” como:
“A locução aquecimento global refere-se ao aumento da temperatura média
dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra que se tem verificado nas
décadas mais recentes e à possibilidade da sua continuação durante o século
atual.”
A ciência ainda não sabe se esta mudança de temperatura se deve a causas
naturais ou a ações tomadas pelos homens. No entanto, diversos
meteorologistas e climatólogos dizem ter provado que o ser humano atua
diretamente neste problema.
Existe um órgão que possui a função de verificar soluções para essas
mudanças. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na
sigla em inglês) é composto por representantes de 130 governos para avaliar a
mudança climática. Foi criado em 1988. Seu início se deu ao fato de que as
ações humanas podem estar afetando ao meio ambiente e às mudanças
climáticas.
O IPCC possui modelos climáticos que estimam um aumento de temperatura
mundial calculado entre 1,1 e 6,4 ºC entre 1990 e 2100. Apesar de parecer
pouco, vários problemas surgiriam se isso realmente acontecesse.
O aquecimento global também se deve a algo muito discutido nos tempos
atuais: o efeito estufa. Este fenômeno ocorre pela existência de gases que
absorvem as radiações solares, retendo o calor na atmosfera terrestre. Sem isso
não existiria vida na Terra, mas até certo ponto. Atualmente, com o excesso de
gases sendo liberados pelo homem, através de fábricas, queima de certos
materiais, entre outros, a absorção dessa radiação aumentou o suficiente para
chamar a atenção dos cientistas e causar diversos problemas no futuro.




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A influência da tecnologia nas mudanças climáticas também é muito discutida
hoje em dia. Cientistas afirmam que, a partir dos novos conhecimentos, haverá
a possibilidade de mudar o curso do aquecimento global. Outros consideram
tais pesquisadores como catastrofistas e que essas informações não prevêem o
futuro do planeta.
Com a evolução da ciência e de acordo com as necessidades do homem, a
tecnologia fez os bens de consumo se tornarem mais acessíveis, tornando a
população ainda mais capitalista. Além do uso abusivo da matéria-prima
proveniente da natureza e da poluição do ar e dos rios realizada pelas
indústrias. Assim, a emissão de gases estufa, como o CO2, que com as
queimadas não é absorvida pelas árvores, cresce contribuindo para o
aquecimento global.
Por outro lado, a tecnologia permitiu detectar e prever este aquecimento.
Mobilizou órgãos técnicos de governos e ambientalistas, o que tornou o tema
presente em diversos países. Graças às pesquisas realizadas, é possível investir
em energias alternativas, usando fontes renováveis, desenvolver estudos sobre
o combustível do futuro, o biodiesel, e o desafio de atenuar o armazenamento
do óxido nitroso (N2O) incorporado pelo solo.
É importante salientar que apesar dos malefícios que a tecnologia pode
oferecer, ela surgiu para melhorar as condições de vida do ser humano e seu
ambiente. Portanto, ao ser utilizada na ciência, será capaz de desenvolver
alternativas que permitam diminuir emissões de gases que atuam diretamente
na atmosfera.
Não há como fugir da realidade de que a vida do planeta está em risco. O
primeiro passo é reconhecer que a Terra se encontra em uma crise e que
devemos buscar diferentes caminhos para resolver este problema. Pesquisas
científicas e tecnológicas podem ajudar a achar soluções. Se foi possível prever
a catástrofe, também será possível encontrar um modo de resolvê-la.



Tecnologia: de causa à
solução do aquecimento
global
Bruno Martinez de Oliveira a e Victor dos Santos Resende b
a
Aluno do curso de Marketing. E- bruno.martinez.oliveira@usp.br
b
Aluno do curso de Marketing. E- victor.resende@usp.br

Palavras-Chave: tecnologia limpa, aquecimento global, modernização.




                                       17
C N   2008




D         esde a Revolução Industrial, o mundo vem se modernizando e
          crescendo em um ritmo cada vez mais intenso. No entanto, essa
          modernização vem sendo feita em detrimento do meio ambiente.
           O aumento das áreas destinadas à produção de alimentos, os vários
aterros sanitários e a queima de combustíveis fósseis, sendo que os dois
últimos estão diretamente ligados à modernização e ao consumo irresponsável,
são exemplos de grandes causadores do aquecimento global, um dos
problemas ambientais mais discutidos nos dias de hoje.
No entanto, algumas medidas estão sendo adotadas a fim de evitar o
aquecimento do planeta. O protocolo de Kyoto é um desses esforços, ele
propõe o estabelecimento de metas destinadas à diminuição da emissão dos
gases responsáveis pelo efeito estufa (gás carbônico e metano principalmente)
aos países que o adotou.
Uma forma de atingir esse objetivo que vem despertando o interesse, em
especial dos países ricos, é investir tecnologia limpa em países
subdesenvolvidos, uma vez que o custo é muito inferior a tentativas de
redução dos gases poluentes em seus próprios territórios.
Um exemplo prático desse tipo de tecnologia são os aterros sanitários que se
preocupam com os gases provenientes dos resíduos sólidos, seja
transformando-os em energia ou convertendo o metano em gás carbônico, que
possui um potencial de aquecimento global vinte e três vezes maior que o
primeiro.
Outro uso de tecnologia que minimiza aquecimento do planeta é o Pastoreio
Racional Voisin, que consiste basicamente na rotação racional das pastagens
destinadas à pecuária, trazendo vários benefícios ao meio ambiente: aumento
da produtividade, evitando possíveis desmatamentos de novas áreas;
diminuição da emissão de metano pelos animais; e seqüestro de carbono.
Dos problemas que agravam o aquecimento global, a queima de combustíveis
fósseis é um dos mais preocupantes. Mas até mesmo para ele podemos
encontrar uma solução através da tecnologia. A célula combustível de
hidrogênio é uma possível alternativa energética que, apesar de cara, tem a
capacidade de gerar energia em abundância sem os malefícios derivados da
queima de combustíveis fósseis.
Ao mesmo tempo em que existem tecnologias já em uso, há outras que seriam
muito eficientes porem estão apenas em projeto. Um exemplo são as árvores
artificiais. Trata-se de equipamentos programados para capturar a maior
quantidade possível de gás carbônico da atmosfera. O único problema é que
esse tipo de tecnologia tem um alto consumo de energia. Mas seria uma eficaz
alternativa, já que cada vez mais o homem se esquece da importância das
árvores naturais para o equilíbrio do planeta.
Tendo em vista tantos casos do uso da tecnologia a favor do meio ambiente,
podemos verificar que apesar de grande responsável pelo quadro atual do
aquecimento global é ela que trará possivelmente a solução para o problema. A
mobilização da comunidade científica em busca de novas possibilidades
tecnológicas poderá alterar o quadro atual que se mostra alarmante.



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Planeta Terra: ame-o ou
deixe-o
Allan Barrach Guerra a e Caroline Mami Komukaib b
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- allan.guerra@usp.br
b
Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- caroline.komukai@usp.br



    A
         pós a Revolução Industrial, fato caracterizado principalmente pelo
         grande avanço tecnológico, o mundo passou por várias mudanças.
         Entre a criação de ferrovias e automóveis, surgiram novas fontes de
         energia, como as hidrelétricas e a derivada do petróleo. Apareceram
também várias indústrias e multinacionais com produções automatizadas em
série. Em meio a isso, surge uma nova sociedade, a consumista.
A tecnologia facilitou e melhorou, sim, a vida de todos; porém, o consumo
desenfreado e intensivo dessas fontes, como carbono estocado durante
milhões de anos em forma de carvão mineral, petróleo, e gás natural, para
gerar energia para as indústrias e para os veículos, a rápida destruição e
queimadas de florestas, e o crescimento descontrolado da população vem
causando muitos impactos no meio ambiente e na natureza, impactos estes que
ainda não eram vistos com devida preocupação.
Os danos ao meio ambiente têm sido tão vastos que a vida terrestre fica
ameaçada. Somente no último século, a temperatura da Terra aumentou em
0,8ºC. Parece pouco, mas esse aquecimento já está alterando o clima em todo
o planeta. Gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano e o vapor
d’água existem naturalmente em nossa atmosfera, sendo eles os principais
agentes que aprisionam parte do calor solar. Esse fenômeno é chamado de
Efeito Estufa.
O que tem causado o aumento desse efeito e, por conseguinte, o aquecimento
global, é a emissão excessiva de gases estufa, que se mantém na atmosfera e
aumenta a temperatura no planeta. A quantidade liberada desse gás tem sido
tão grande que nossas florestas e oceanos não estão sendo capazes de absorvê-
las.
Em resposta a isso tudo, várias regiões do planeta tem sentido as
conseqüências. O derretimento de grandes massas de gelo está aumentando o
nível médio do mar, ameaçando as ilhas oceânicas e as zonas costeiras;
furacões, tufões e ciclones ficam mais intensos e destrutivos; temperaturas
mínimas ficam mais altas, enxurradas e secas mais fortes e regiões com
escassez de água, como o semi-árido, viram desertos.
Daqui em diante, ou reduzimos nossas emissões de gases poluentes, fato que
foi tratado no Protocolo de Kyoto, ou iremos sofrer com as mudanças
climáticas. Existem várias maneiras de reduzir essas emissões. Menos
desmatamento, uso de energias renováveis não-convencionais (que não vem de
combustíveis fósseis), reciclagem de materiais e eficiência enérgica. Apesar do



                                      19
C N   2008




desenvolvimento descontrolado, a tecnologia pode ajudar e muito.
Combustíveis fósseis e a hidroeletricidade podem ser substituídos por outros
tipos de energia, como solar, a eólica. Existem meios de diminuir a emissão de
gases por exemplo em Usinas Termoelétricas, com o reaproveitamento dos
gases liberados da queima dos combustíveis, aumentando a eficiência em até
50%.
Agora cabe a nós cobrar de nossos representantes que cumpram o dever deles
com o meio ambiente para um futuro melhor para nós e para a próxima
geração.



Tecnologia do bem e do
mal
Felipe de Sousa Neves Andrade a e Paula Vergaças de Sousa
Bandeira b
a
Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- felipe.sousa.andrade@usp.br
b
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- paula.bandeira@usp.br

Palavras-Chave: fonte de energia, explosão populacional, revolução tecnológica.



    A      tecnologia em sua essência não pode ser definida como boa ou má,
           tudo depende da utilização que daremos a ela e analisando a relação
           entre ser humano e tecnologia poderemos concluir que ao logo não
           temos usado nossas criações de maneira consciente. É comum
associar tecnologia com desenvolvimento econômico e humano desde a
Revolução Industrial, que foi um marco tratando-se de evolução tecnológica,
não nos preocupamos com impactos que emissão de gases, desmatamento
para desenvolvimento da pecuária, agricultura e implantação de parques
industriais e poluição de corpos de água podem nos causar.
A capacidade do homem de gerar e dominar tecnologias aumentou a produção
de alimentos e melhorou a medicina, diminuindo a mortalidade e aumentando
a expectativa de vida gerando uma explosão populacional, ou seja, a tecnologia
gerou condições favoráveis para a proliferação da espécie humana que se
sobressaltou intelectualmente em relação a outras espécies e obteve maior
domínio sobre os recursos disponíveis.
Tecnologia gera tecnologia e nos dias atuais o homem necessita cada vez mais
de energia para sustentar seu modo de vida o que leva ao esgotamento de
fontes energéticas, diminuição de biodiversidade, alterações nos processos
biológicos e geoquímicos e mudanças nas paisagens originais. Esses problemas
interligam-se e em conjunto causam mudanças climáticas.
Uma das mudanças climáticas em pauta é o aquecimento global que consiste
no aumento da temperatura média do planeta, a emissão de dióxido de
carbono e metano que são produtos da queima de combustíveis fósseis que é


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uma das principais fontes de obtenção de energia, contribuem para a
aceleração desse processo.
Para desacelerar o processo de aquecimento do planeta o homem vem
desenvolvendo e implantando tecnologias sustentáveis na produção de energia
entre as quais a solar, eólica, biocombustíveis e nuclear, apesar de
apresentarem problemas que devem ser analisados, aparecem como alternativa
na tentativa de diminuir a emissão de gases na atmosfera.
Do mesmo jeito que a tecnologia é uma das causas das mudanças climáticas
pode ser uma solução, trazendo a possibilidade de uma visão diferenciada em
relação ao meio ambiente e as conseqüências que uma exploração sem limite
pode trazer.



A contradição
Ana Cristina Mitiko Ayta de Castilho a e Fernanda Cordeiro
Bico.b
a
Aluna do curso de Marketing. E- ana.cristina.castilho@usp.br
b
Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- fernanda.bico@usp.br

Palavras-Chave: aquecimento global, meio ambiente, tecnologia.



    U     m ser vivo aprende a viver com os recursos naturais de seu habitat, o
          ser humano os modifica.
          Com a revolução industrial o homem passou a usar a máquina em
          seu benefício, usando-a em indústrias por ter capacidade de não só
multiplicar a quantidade de produtos como a de diminuir mo tempo de sua
fabricação. Até mesmo para seu próprio conforto como a utilização de carros
como meio de transporte.
Máquinas para realizarem tarefas precisam de energia, esta obtida a partir da
queima de combustíveis fósseis que liberam gás carbônico. Este gás acumula-
se na atmosfera, retendo raios infravermelhos providos do Sol, que ao serem
refletidos, aumentam a temperatura do planeta. Tal acontecimento é chamado
de aquecimento global.
Cientistas relacionaram este aquecimento como causa para diversas mudanças
climáticas, entre elas: mudanças nas estações do ano, alteração nas correntes
marítimas, aumento na velocidade dos furacões, além do derretimento das
calotas polares que pouco a pouco elevam o nível dos oceanos.
Preocupados, estes cientistas buscaram formas para reverter esta situação.
Combustíveis fósseis, como o petróleo, além de causarem sérios danos
ambientais, demoram anos para serem formados e são fontes de energia não
renováveis. Portanto, recorreu-se à formas de energia alternativas, como o
etanol, que poderia substituir estes combustíveis, sendo renovável e não
prejudicial ao meio ambiente. Além disso, várias conferências foram realizadas



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entre países para a diminuição da emissão de gases poluentes ao meio
ambiente. Mas, até o atual momento nada do que se foi feito gerou grandes
resultados para a melhoria da situação.
A regra é: um ser vivo aprende a viver com os recursos naturais de seu habitat,
o ser humano os modifica. O homem é uma exceção à regra, pois com seu
desenvolvimento ele foi contra a ordem natural dos acontecimentos, ao usar
sua inteligência desenvolveu diversas formas de tecnologia que não só
contribuíram em situações cotidianas como acabaram por prejudicar seu
habitat natural, que até as atuais descobertas é o único ambiente em que este
ser pode sobreviver.
O ser humano não só prejudicou a si mesmo como suas atitudes influenciaram
em outras formas de vida no planeta. O aumento da temperatura gerou
conseqüências irreversíveis como a mudança da extinção natural, sendo que
muitas espécies de animais já foram extintas ou correm o perigo de extinção.
Um urso morre afogado no Pólo Norte porque você ajudou a poluir a
atmosfera aqui no Brasil.



Tecnologia e o futuro
Eduardo Gouveia de Oliveira a e Fernando Vicente Peres..b
a
 Aluno do curso de Sistemas de Informação.
E- eduardo.gouveia.oliveira@usp.br
b
 Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- fernando.peres@usp.br

Palavras-Chave: tecnologia, clima, ação antropológica.



    H      á, com certeza, grandes relações de causa e efeito coletadas á
           mudanças climáticas e tecnologias, tanto positivamente, quanto
           negativamente.
           Constantemente ouvimos que a maior causa do aumento da
temperatura é a ação antropológica em diversos aspectos poluidores, contudo,
se tratando de novas tecnologias, como deve haver tal processo inovador sem
grandes prejuízos ambientais?
Inúmeras áreas do estudo vêm apresentando inovações tecnológicas para
conter esse fato, que está se aproximando do seu limite, e também acordos e
protocolos vêm sendo assinados entre países para que haja a diminuição na
emissão de gases estufa na atmosfera, que são liberados por motores á
combustão, usados em fábricas e veículos, principalmente, e é a principal causa
desse problema.
Um exemplo de desenvolvimento mais eficaz, no que diz respeito à poluição, é
o que acontece no Brasil, em Nova Iguaçu. A central de tratamento de
resíduos dessa região implantará um sistema inovador que transforma o gás
metano produzidos por 3 mil toneladas diárias que o aterro recebe de lixo, em
energia elétrica. Com essa nova tecnologia o aterro recebe de lixo será capaz de


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gerar 10 megawatts, que são suficientes para abastecer uma cidade de 1 milhão
de habitantes.
Outro exemplo é à procura de variedades energéticas menos poluidoras para
movimentação de veículos. Hoje a frota de veículos passa dos 6 milhões
apenas na cidade e São Paulo, o que torna a importância dos estudos dobrada.
Há diversas pesquisas e protótipos de veículos movidos por energia solar,
porém as células fotovoltaicas, que absorvem e transformam a energia solar,
ainda são muito caras e existe ainda o problema e área de contato, que deve ser
muito grande, tornando veículos em enormes máquinas.
As opções mais viáveis para combustíveis alternativos limpos são o gás natural
e o etanol. O uso do gás já é uma realidade, sendo muito menos poluidor que
outros derivados do petróleo, contudo também é uma fonte não renovável. Já
o etanol é uma fonte renovável cíclica que não incrementa gás carbônico na
atmosfera, pois o plantio da cana absorve o que será liberado, formando assim,
um ciclo de utilização do mesmo carbono. O Brasil é grande contribuidor nas
pesquisas e desenvolvimento do etanol vindo da cana-de-açúcar.
Por fim, a ação aquecedora dos gases estufa é propiciada pela prisão de raios
infravermelhos. Os raios entram na atmosfera vindos do sol, são refletidos
pela Terra e tendem a voltar ao espaço, porém tais gases impedem a passagem
dos raios, aprisionando-os e causando o aumento da temperatura. Isso se dá
pela organização espacial de gases estufa que causam a reflexão dos raios. Tal
aumento de temperatura propicia efeitos já conhecidos como, a extinção de
espécies, aumento de vetores de doenças, aumento do nível dos oceanos e
derretimento de calotas polares.
A tecnologia, portanto, traz progresso, contudo é necessário que o progresso
não prejudique, ou seja, o máximo ameno ao meio ambiente e
conseqüentemente à gerações futuras.



Tecnologia e atitude, o
futuro do planeta
Elton Yukio Kitadani Odaguil a e Guilherme Torcioni
Nunes..b
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- elton.odaguil@usp.br
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- guilherme.nunes@usp.br

Palavras-Chave: energias renováveis, bicombustível, aquecimento global.



    T
         udo começou a partir da Revolução Industrial, novas tecnologias
         foram implantadas para abastecer veículos, aquecer casas, produzir e
         vender produtos, e gerar energia. Alguns países se desenvolveram
         antes do que outros e, atualmente, essa diferença está no nível de




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emissão de gases poluentes, entre eles o mais importante é o dióxido de
carbono (CO2).
Os gases poluentes, de forma abundante na Terra, prejudicam os seres
humanos e coloca em risco a vida das próximas gerações. A temperatura irá
aumentar a cada ano, reduzindo as coberturas de neve e geleiras, o que faz
com que a média global do nível do mar aumente em ritmo cada vez mais
acelerado. Os efeitos podem ser facilmente notados, o mar avançando sobre as
praias, as enchentes e ondas de calor, o aumento de ciclones tropicais no
Atlântico Norte, são alguns exemplos que estão acontecendo em nosso
cotidiano.
Uma das maiores preocupações com o aquecimento global é na questão do
aumento do nível do mar, segundo o Ministério do Meio Ambiente, até o fim
deste século, aproximadamente 42 milhões de pessoas que habitam o litoral do
Brasil podem ser afetadas com esse problema. Devido ao calor excessivo,
doenças como febre amarela, malária e dengue podem vir a aumentar, e a
Amazônia pode ter sua temperatura aumentada em até 8ºC e ficar com uma
vegetação semelhante ao do cerrado.
A tecnologia surgiu criando uma nova época ciente de que os resultados
poderiam ser desastrosos para o meio ambiente, ainda assim, continuou a se
desenvolver deliberadamente, sem os cuidados que agora são essenciais para
uma era de sustentabilidade.
Hoje, corremos atrás do que poderia ter sido evitado, cada indivíduo tem a
responsabilidade de reduzir a emissão de gases prejudiciais com mudanças no
estilo de vida.
O Brasil se destaca nesse meio com a produção de etanol e biodiesel. O
desafio da questão do etanol é que apenas um terço da cana-de-açúcar é
utilizada na produção de açúcar e do álcool combustível. Para mudar esse
cenário deseja-se utilizar também a celulose que é descartada na colheita,
aumentando assim a produtividade sem aumentar a área de plantio. Uma
recomendação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
(IPCC) é a adoção do plantio direto nas lavouras que mantém o carbono
imobilizado no tecido vegetal, tendo assim um seqüestro de carbono.
Os sistemas de transporte público em muitos países são precários, portanto
muitos dependem de seus carros. Em São Paulo, estão sendo feitos programas
que beneficiam o usuário de metrô, ônibus e trem nos finais de semana
(bilhete lazer – BLA), porque nos sábados estão acontecendo
congestionamentos como acontecem durante os dias úteis.
A fonte de energia da maioria dos veículos é o petróleo, que polui mais do que
o álcool, obtido da cana-de-açúcar ou do milho. O Brasil tem vastas áreas para
o plantio de cana, agricultura moderna e competitiva e tradição na produção de
álcool. Por causa disso, os carros com bicombustível estão ganhando mais
mercado, o consumidor pode calcular qual o combustível mais econômico e
optando pelo álcool ele contribui para um menor agravamento do efeito
estufa.




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Muitos motoristas estão escolhendo, também, o kit GNV, gás natural veicular.
A maior vantagem dos GNVs é o fato deles reduzirem as emissões de gases
prejudiciais ao meio ambiente: 33% da emissão dos diversos óxidos de
nitrogênio e 50% dos hidrocarbonetos reativos quando comparados aos
veículos movidos a gasolina. Em média, os custos de abastecimento com o gás
natural são 1/3 menores do que os de gasolina. No Brasil, um carro com GNV
tem descontos no pagamento do IPVA do carro, Imposto sobre Propriedade
de Veículos Automotores.
A montadora Toyota desenvolveu o sistema HSD em 1997, que em inglês é
Hybrid Synergy Drive, o carro é constituído por dois motores, um a gasolina e
outro a eletricidade, possui uma bateria que é recarregada através do alternador
enquanto circula a gasolina. A Toyota afirma que conseguiu reduzir de 89% as
emissões libertadas, comparando ao veículo a gasolina. Atualmente, outras
montadoras já utilizam a mesma tecnologia e estão sendo desenvolvidos carros
movidos a gasolina auxiliado por hidrogênio, e carros híbridos que carregam
na tomada, além de pesquisas sobre outras fontes que são renováveis, que
podem gerar performance, economia e baixas emissões de CO2.
O Brasil e o mundo caminhando juntos podem reverter esse quadro que atinge
o planeta, devemos mudar nossa forma de agir e gastar os recursos da
natureza. Com estudos, novas tecnologias e uma nova forma de educação nós
podemos ajudar nosso planeta a se manter vivo. O primeiro passo parece já
está sendo tomado, a conscientização.



Mudanças climáticas e
doenças infecciosas
endêmicas
Sérgio Noronha da Silva Jr a e Paola Danielle Ferrete..b
a
 Aluno do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- sergio.noronha.silva@usp.br
b
 Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- paola.ferrete@usp.br

Palavras-Chave: mudança climática, efeito estufa, dengue.



    O      efeito estufa nada mais é que um efeito natural que através de gases
           como CO2, CH4 e NO2 permitem que a superfície da terra
           mantenha uma temperatura média sem grandes oscilações, porém
           com a Revolução Industrial em meados do século XVIII, ocorreu
um grande impacto social devido à evolução tecnológica e o começo de uma
grande alteração negativa ao meio ambiente, juntamente com o crescimento
populacional e econômico.




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Com o passar dos anos as inovações tecnológicas evoluíram, principalmente na
criação de motorização e conseqüentemente ocorreu às crescentes emissões de
gases do efeito estufa que são subprodutos da queima de combustíveis fósseis
e da madeira, e assim uma boa parte do calor que seria refletido para o espaço
é enviado de volta para Terra ocasionando nas mudanças climáticas.
As Mudanças climáticas se dão pela alteração da temperatura proveniente
destes gases, entretanto o que era um efeito natural e benéfico se torna um
desastre ambiental e uma grande ameaça ao homem. Entre vários problemas
podemos citar o derretimento de geleiras, oscilações de temperatura,
degradação do solo, perda de biodiversidade entre outros que de forma direta
ou indireta, contribui para o aumento de doenças.
Em nível mundial, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde)
estudos realizados em 2005 estimaram que as mudanças no clima contribuem
para a morte de 150.000 pessoas naquele ano, enquanto 05 milhões ficaram
doentes. Já no território brasileiro, um dos fatores mais preocupantes são as
proliferações de vetores transmissores de doenças infecciosas, tais como
dengue, malária e leishmaniose que estão diretamente relacionadas com as
alterações dos ciclos naturais que favorece tanto o aumento como a
diminuição da temperatura, da umidade e do regime de chuvas provocando
inundações e secas constantes aliadas com desmatamento.
Em conseqüências temos os surtos destas doenças e se analisarmos pelas
situações – problemas o Brasil não teria recursos imediatos sobre os serviços
de saúde para atender uma grande demanda de pessoas infectadas, um
exemplo é o último surto de dengue ocorrido no Rio de Janeiro onde foram
registradas 41,9 mil pessoas infectadas e 54 mortes confirmadas pelas
autoridades de saúde, sendo sua maioria crianças e adolescentes. As filas de
espera eram de aproximadamente 6 horas o que contribui para o agravamento
da doença que por sua vez está matando em um ritmo cinco vezes maior.
(Segundo a Revista Carta na escola ed.26 de Maio 2008) e também vale
ressaltar que esta variedade de vírus estava ausente na região desde a década de
90.
A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti e Aedes
Albopictus que habita as regiões de clima tropical nas proximidades de dentro
de áreas urbanizadas. Proliferam – se em águas relativamente limpa acumulada
em vasos, pneus velhos e até em plantas como as bromélias.
Por isso, o Brasil se encontra em uma situação de vulnerabilidade que precisa
ser modificada antes que maiores impactos decorrentes da alteração do clima
ocorram e piore ainda mais a situação, uma vez que já está comprovado
através de casos ocorridos, o agravamento de doenças infecciosas endêmicas e
a carência dos órgãos públicos.




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Brasil, o que é feito para
deter o desmatamento?
Cláudia Andréia Bállico Charro a e Edir Cabral Santana.b
a
Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- claudia.charro@usp.br
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- edir.santana@usp.br

Palavras-Chave: desmatamento, efeito estufa, Amazônia.



    C    om o gás carbônico e outros gases lançados em grande quantidade, a
         atmosfera ficou mais espessa, retendo calor e intensificando o efeito
         estufa. O efeito estufa é a “ação que certos gases exercem sobre as
         radiações do calor da Terra, interceptando-as e transmitindo-as de
volta à superfície” (VESENTINI; 2000). Este é um fenômeno natural que
ajuda a manter a temperatura e a vida no planeta. O problema se encontra no
fato da intensificação artificial desse fenômeno, desde a Revolução Industrial,
ter aumentado demasiadamente a temperatura.
De acordo com dados divulgados em 2004 pelo Carbon Dioxide Information
Analysis Center, o Brasil está na 16º posição no ranking mundial dos países
que mais emitem dióxido de carbono (CO2) na Atmosfera. Porém, este
número considera apenas a queima de combustíveis fósseis que representa
cerca de 25% das emissões do país. Se for contabilizada a devastação ambiental
(cerca de 70% das emissões) o Brasil configura-se como o quarto maior
emissor mundial.
A proposta brasileira durante o Protocolo de Quioto considera que a avaliação
das emissões anuais por cada país é importante para dimensionar e controlar as
emissões de CO2, assim como compreender a evolução futura. Mas, as
emissões anuais de gases não representam a responsabilidade real dos países, é
importante considerar a acumulação histórica e o aumento da temperatura
média da superfície terrestre daí resultante.
Dessa forma, com o Brasil já figurando-se entre os países que contribuem
significativamente para o aquecimento global, é preciso que medidas urgentes
sejam tomadas, especialmente através de políticas públicas. Segundo uma
projeção da EIA (Energy Information Administration – Us Dept of Energy)
de 2003 a 2030 o Brasil terá aumentado em cerca de 75% a emissão de CO2
na atmosfera. Assim, faz-se urgente, além da conscientização individual,
políticas severas que busquem preservar a possibilidade de vida das futuras
gerações.
Dado o cenário brasileiro, as políticas na área da preservação, uso sustentável e
recuperação das florestas são importantes e urgentes. Essas políticas objetivam
a regulamentação desde a concessão para a utilização dos recursos naturais até
incentivos econômicos para iniciativas que promovam a preservação e/ou
recuperação das florestas. Porém, devido à grande diversidade de agentes
provocadores do desmatamento e a vastidão das áreas florestais a serem


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fiscalizadas, para que seja garantido o cumprimento das determinações legais,
é necessário um monitoramento efetivos dessas regiões. Com esse intuito foi
criado o DETER (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que permite
um acompanhamento das áreas que estão sofrendo desmatamento, e
possibilita à sociedade e aos órgãos competentes avaliarem a aplicação de
planos de ação.
Segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) os dados
do acompanhamento do DETER demonstram que já há uma queda
significativa das áreas desmatadas na Amazônia Legal (cerca de 80% em Março
de 2008). Além disso, quando utilizado para promover a rápida fiscalização e
ação de combate ao desmatamento, a tecnologia representada pelo sistema
DETER constitui-se uma importante ferramenta.
Assim com ações que integrem a Polícia Federal, o IBAMA, a Força Nacional
de Segurança e a sociedade civil, a tecnologia pode orientar a fiscalização e
proporcionar ações rápidas. Portanto, junto com os aparatos tecnológicos, é
importante que a legislação estabeleça diretrizes energéticas par a ação desses
órgãos e que a sociedade fique atenta para denunciar e não colaborar com o
desmatamento, seja ativamente ou passivamente, como faz ao consumir
produtos provenientes de ações ilegais.
Referência
VESENTINI, J. William, Sociedade e Espaço. Geografia Geral e do Brasil.
Editora Ática: 2000.



Uma reflexão sobre a
cultura da tecnologia e do
consumo
Flávia Gonzaga Gomes a e Luci Tiemi Miyano.b
a
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- flavia.gonzaga.gomes@usp.br
b
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- luci.miyano@usp.br

Palavras-Chave: biocombustíveis, dióxido de carbono, consumo.



    N     o inicio de 2007, o IPCC publicou um relatório sobre as
          conseqüências das mudanças climáticas no globo até o final do
          século XXI. E pela previsão poderá ocorrer além do aumento da
          temperatura; derretimento de geleiras, seca e desequilíbrio no
ecossistema, etc.
Embora alguns pesquisadores acreditem que a elevação da temperatura seja
resultado da própria dinâmica climática do planeta, é grande o número de




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especialistas que reconhecem que as emissões de gases-estufa aceleram as
mudanças climáticas globais.
Desde a Revolução Industrial, a tecnologia tem sido usada para aumentar a
produtividade e melhorar a produção para atender a demanda do consumo. E
também desde essa época, começou a haver o aumento da concentração de
dióxido de carbono na atmosfera, que é o principal agente das mudanças
climáticas, e provém da queima de combustíveis fósseis que são a energia
utilizada peles máquinas e automóveis.
Como conseqüência temos acumulado na atmosfera, um alto nível de dióxido
de carbono, que já não é mais suficientemente absorvido e, portanto,
permanecerá na atmosfera por muitos anos, além de que seus efeitos serão
sentidos em áreas bastante abrangentes, devido ao transporte feito pelas
correntes de ar. Outro problema, é que o dióxido de carbono é absorvido pelas
árvores, mas está havendo um grande desmatamento, principalmente na
Floresta Amazônica, onde as árvores são geralmente cortadas para virarem
matéria-prima contrabandeada da indústria e a área é utilizada para virar
plantação, muitas vezes, de soja que é adaptável a diferentes solos e é um
produto em alta no mercado.
Mas felizmente, algo tem sido feito para amenizar a emissão de dióxido de
carbono. Com a preocupação ambiental que surgiu nos últimos anos, a
tecnologia vem sendo utilizada para desenvolver novas fontes de energias
“limpas”, como os biocombustíveis.
Produzidos a partir da cana - de- açúcar, do milho e de outros vegetais, o
biocombustível é a grande promessa para o futuro, já que boa parte do dióxido
de carbono é emitida pelos automóveis e a utilização destes só tende a
aumentar; pelo menos haverá um consumo mais ecológico e porque não, mais
promissor para países sem desenvolvimento como o Brasil, que pode se tornar
um dos grandes produtores de biocombustível, e também uma das nações que
mais incentivam outros países em pobres a produzirem o biocombustível
como forma de se inserirem no contexto econômico mundial. Vale lembrar
que os países em desenvolvimento, apesar de não serem os maiores emissores
de gases-estufa, serão os mais prejudicados pelas mudanças climáticas, tanto
pela falta de estrutura financeira para se proteger dos efeitos.
Outro fator importante é que as grandes nações industrializadas se
comprometam em cumprir o Protocolo de Kioto, diminuindo a emissão de
gases poluentes.
Mesmo que a produção não possa diminuir e que a cultura do consumo
excessivo já esteja estabelecida na maior parte das sociedades do mundo, a
consciência em preservar um cenário prospero à vida na Terra tem que se
tornar uma prioridade daqui pra frente, pois os efeitos das mudanças climáticas
no mundo são capazes de comprometer diretamente a saúde e a qualidade de
vida na Terra.




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                                           Seção I I I
             Mudanças climáticas e educação ambiental


               Indústria x Meio ambiente
               Cinthia Costa Ponce a e Milena Telles b
               a
                Aluna do curso de Gerontologia. E- cinthia.ponce@usp.br
               b
                Aluna do curso de Gerontologia. E- milena.telles@usp.br

               Palavras-Chave: consciência, homem, meio ambiente.



                   A     natureza com sua complexidade, garante sua existência por meio de
                         um ciclo reciclável. Nesse ciclo, ocorre a reciclagem de materiais
                         orgânicos, formando combustíveis fósseis no subsolo e
                         possibilitando a reabsorção de nutrientes pelo meio ambiente. Porém
               o homem, com sua racionalidade, extrai esses combustíveis para seu proveito,
               prejudicando a natureza, pois ela é incapaz de renovar rapidamente materiais já
               decompostos por ela, o que gera grandes mudanças ambientais.
               A sociedade atual prega como solução para as mudanças ambientais e
               climáticas, conceitos como o “faça sua parte” e “tenha consciência ambiental”.
               No entanto, esses conceitos de incentivo a conscientização individual são
               insuficientes, pois os que mais agridem o meio ambiente com dejetos e
               poluentes são as grandes indústrias capitalistas.
               Por exemplo, a indústria a carvão da China pode ser considerada responsável
               por mais de um quarto do “Smog” (nuvem de poluentes que fica em cima das
               cidades) que ocorre na Califórnia. Porém, de acordo com o Protocolo de
               Kyoto, a China por ser um país em desenvolvimento, não precisa reduzir
               drasticamente seus índices de poluição.
               A cada ação humana o meio ambiente apresenta uma reação, por isso, hoje as
               sociedades enfrentam conseqüências desastrosas como furacões, inundações,
               secas e terremotos.
               De alguma forma, a própria sociedade capitalista incentiva as práticas
               prejudiciais ao meio ambiente, por meio do consumismo e de excessos, como
               sabemos, por exemplo, dos excessos de embalagens de empresas alimentícias
               que utilizam, muitas vezes plástico, elemento esse que em aterro sanitários
               sofrem um processo muito longo de decomposição. Outro fator prejudicial é a
               própria consciência humana, voltada principalmente para interesses
               individuais. A utilização da água é um exemplo dessa “política de interesses”
               humana. O homem precisa da água para sua sobrevivência e, mesmo assim, a
               utiliza de maneira inadequada com desperdícios e falta de cuidado com as suas
               reservas.
               Os fatos citados acima, não excluem a possibilidade de haver equilíbrio entre a
               manutenção da natureza e a sobrevivência do homem. Pois a junção de
               práticas individuais e a ação conjunta da sociedade contra os abusos das



                                           30
C N   2008




indústrias capitalista, resultariam nesse equilíbrio. Práticas pequenas tornam-se
maiores quando unidas no contexto coletivo.
Um exemplo de sucesso de práticas da sociedade a favor do meio ambiente,
que trabalha em coletivo pensando no benefício para todos, são as ONG’s não
governamentais e os protestos de pequenos grupos com intuito de preservar a
natureza. É o caso da organização Greenpeace que vem conquistando atenção
no meio publicitário, pelo mundo todo, para questões ambientais urgentes e do
desenvolvimento sustentável com protestos e manifestações, buscando a
sensibilização da opinião pública, confrontando e constrangendo aqueles
promovem agressões ao meio ambiente.
Poucas pessoas sabem o que podem realizar diante dessa problemática. Talvez
a expressão “Faça sua parte” não esteja de tudo equivocada, pois ela expressa
os deveres que cada pessoa deve realizar em suas casas, porém os maiores
causadores da poluição mundial, os que causam danos à natureza, deveriam ser
o principal alvo para que as mudanças ocorressem, e não apenas uma pequena
parte da população mundial, já conscientizada, que para alcançar seus objetivos
devem se juntar com pessoas que possuem as mesmas preocupações, visando
maiores resultados. O projeto de ONG’s, como o Greenpeace ajuda na
melhoria da educação ambiental das grandes empresas, devido a má
publicidade que pode prejudicá-los, porém ainda é pouco para tantas
mudanças que ainda devem ser realizadas.



O meio ambiente e
conscientização
Ana Maria Guedes Moreira Reis a e Daiane de Oliveira
Fontes b
a
Aluna do curso de Gerontologia. E- ana.maria.reis@usp.br
b
Aluna do curso de Gerontologia. E- daiane.fontes@usp.br

Palavras-Chave: natureza, educação ambiental, degradação.



    A     educação ambiental se constitui numa forma abrangente de
          educação, buscando infiltrar nos cidadãos, uma consciência crítica
          sobre os problemas ambientais.
          O homem retira da natureza os elementos essenciais à sua
subsistência e ao mesmo tempo a modifica. E essas modificações muitas vezes
são prejudiciais ao meio ambiente, causando calor fora de época, alterações da
estação chuvosa, descarga de poluentes na água e no solo, sempre repletos de
resíduos humanos e industriais, que se acumulam rapidamente, pois a maioria
não são biodegradáveis. Todos esses fatores são muitas vezes responsáveis
pela mudança climática presente hoje na natureza.




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Rev Cn2008 Final

  • 1. Edição 2008 ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES ACH 0011 CIÊNCIAS DA NATUREZA Ciências da Natureza
  • 2. Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas 2.5 Brasil Você pode: copiar, distribuir, exibir e executar a obra Sob as seguintes condições: Atribuição. Você deve dar crédito ao autor original, da forma especificada pelo autor ou licenciante. Uso Não-Comercial. Você não pode utilizar esta obra com finalidades comerciais. Vedada a Criação de Obras Derivadas. Você não pode alterar, transformar ou criar outra obra com base nesta.  Para cada novo uso ou distribuição, você deve deixar claro para outros os termos da licença desta obra.  Qualquer uma destas condições podem ser renunciadas, desde que Você obtenha permissão do autor. Qualquer direito de uso legítimo (ou "fair use") concedido por lei, ou qualquer outro direito protegido pela legislação local, não são em hipótese alguma afetados pelo disposto acima.
  • 3. VOLUME ESPECIAL DA R EVISTA CIÊNCIAS DA NATUR EZA 2008 Mudanças climáticas EDITOR R ESPONSÁVEL: PAULO R OGÉR IO MIR AND A CORR EIA A publicação desta revista é uma atividade do Programa "A EACH no Ano Internacional do Planeta Terra - AIPT". Editores: Profs Drs Maria Elena Infante-Malachias (marilen@usp.br), Paulo Rogério Miranda Correia (prmc@usp.br), Rita Yuri Ynoue (ritaynoue@usp.br), Thomás Augusto Santoro Haddad (thaddad@usp.br) e Victor Velázquez Fernandes (vvf@usp.br) Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo Av Arlindo Bettio 1000 • 03828-000 • Ermelino Matarazzo • São Paulo - SP Comentário: Embora todo esforço seja feito para garantir que nenhum dado, opinião ou afirmativa errada ou enganosa apareça nessa revista, deixa-se claro que o conteúdo dos textos aqui publicados é de responsabilidade, única e exclusiva, dos respectivos autores envolvidos. ii
  • 4. Índice Mudanças climáticas e doenças Apresentação 1 infecciosas endêmicas Editorial 3 Sérgio N. Silva Jr e Paola D. Ferrete 25 Brasil, o que é feito para deter o desmatamento? Cláudia A. B. Charro e Edir C. Santana 27 S E Ç Ã O I Uma reflexão sobre a cultura da A ciência básica das mudanças tecnologia e do consumo climáticas Flávia G. Gomes e Luci T. Miyano 28 A fantástica fábrica de poluição Filipe S. Romano e Silvio L. B. Britts Filho 4 A ação humana e as mudanças S E Ç Ã O II I climáticas Daniela S. Marcilio e Denise R. Nascimento 5 Mudanças climáticas e educação Futuro promete fim de vidas no planeta ambiental Terra Indústria x Meio ambiente Luciana C. Braga e Francine S. Aguiar 6 Cinthia C. Ponce e Milena Telles 30 Não basta ler e sentir, é preciso agir! O meio ambiente e conscientização Bruna M. Cremona e Caio T. S. Pascoal 8 Ana Maria G. M. Reis e Daiane O. Fontes 31 As ações humanas e os processos que Vai de carro ou vai de trem? Chuva ácida originaram o aquecimento global como conseqüência da poluição nossa de Rafael V. Campos e Daniel R. Ebbinghaus 9 cada dia Progresso da tecnologia e suas Gabriela M. Hugues e Leonor R. Pinheiro 32 conseqüências Uma verdade inconsistente João P. K. Campos e Giovanni Fallico 10 Miriam T. C. Takitow e Thiago F. Nóbrega 34 Turismo, vilão ou vítima? Letícia O. Aio e Giuliano F. Pieve 36 Como a universidade ajuda as escolas S E Ç Ã O II fundamentais na educação ambiental? Mudanças climáticas e tecnologia Alice A. L. Puelles e Fabiana H. Miyada 37 O dilema da tecnologia: mocinha ou Educação ambiental: uma ação que bandida? poderá solucionar os problemas Bruna L. Gomes e Mateus H. A. Castro 12 ambientais da modernidade O causador é a cura Nathália A. Alves e Stella A. Costa 39 Carolina Gancev e Gabriela Lotto 13 Prevenções básicas através da educação Ainda há tempo Drielle Taccola e Eduardo da Cunha Palácios 14 ambiental Margarete G. Almeida e Juliana C. Carmo 41 Ciência: a solução ou o motivo de Mudanças climáticas: conhecer para existência do aquecimento global? André G. Lorenzini e Bruna V. Meira 16 enfrentar Regina L. Nery e Suellen F. Oliveira 42 Tecnologia: de causa à solução do A conscientização para o despertar aquecimento global Caroline M. Bernardo e Elise N. Massarini 43 Bruno M. Oliveira e Victor S. Resende 17 O problema está em cima Planeta Terra: ame-o ou deixe-o Érika G. Faria e Sônia A. Sousa 45 Allan B. Guerra e Caroline M. Komukaib 19 Plantando o futuro Tecnologia do bem e do mal Priscila S. Moreno e Felipe Kertes 46 Felipe S. N. Andrade e Paula V. S. Bandeira 20 A contradição Ana Cristina M. A. Castilho e Fernanda C. Bico 21 Tecnologia e o futuro S E Ç Ã O I V Eduardo G. Oliveira e Fernando V. Peres 22 Mudanças climáticas e seus impactos na Tecnologia e atitude, o futuro do planeta economia e nos negócios Elton Y. K. Odaguil e Guilherme T. Nunes 23 Sustentabilidade para uma economia saudável Angélica T. Reis e Lívia R. Bambuy 48 iii
  • 5. Créditos de carbono e o direito de poluir Beatriz M. Gesqui e Thaíssa A. Bessa 49 As mudanças climáticas afetam os S E Ç Ã O V I principais setores da economia Mudanças climáticas e saúde Juliana S. Costa e Thaís G. Ferreira 50 Implicações dos impactos ambientais na Um consumo sustentável é possível? saúde coletiva Mônica L. Storolli e Priscila Ferrari 52 Natália Nicola e Priscila P. P. Nascimento 83 Crescimento econômico: negócio da Estamos comendo o planeta! China? Geórgia A. S. Araújo e Paola E. S. Gasparini 85 Daniel F. Bom e André L. D. M. Pazin 54 A Terra está doente Mudanças no clima e no hábito Juliana Ferreira e Natalie K. Garcia 87 Bruno C. Vieira e Tiago L. Bezerra 55 Condições humanas de saúde no cenário O transformar do olhar empresarial atual das alterações climáticas Caio C. L. Bastos e Haiser A. Ferreira 56 Julio C. C. F. Santos e Marina M. M. Souza 89 Etanol: a energia do futuro A dengue e o aquecimento global Henrique O. Cintra e Regiane M. Kuba 57 Pâmela C. Rodrigues e Simone M. B. Santos 90 Mudanças climáticas e seus impactos na Emergente estado de alerta economia Marcelo Piovezan 91 Maike R. Jesus e Juliana Nadu 59 Mudanças climáticas e seus impactos na O dinheiro que dá em árvores saúde Tiago L. Fernandes e Larissa C. Gios 60 Priscila S. Antônio e Rosana M. Souza 93 Novas tendências econômico-ambientais As mudanças climáticas afetando a Durval Salina Jr e Rodrigo A. Ventura 62 saúde do homem O impacto das mudanças climáticas na Paulo M. Neto e Gabriel L. G. Campos 94 economia Saúde em risco Bruno F. Gasparin e Felipe Matarucco 63 André K. Oliveira e Leandro C. C. Silva 95 O preço de não agir agora A globalização das doenças tropicais Caynnã C. Santos e Felipe Camargo 64 Cássia O. Veiga e Édipo A. Gonçalves 96 Um novo clima está mudando o turismo Alterações climáticas: um reflexo na Gabriela Firmino e Nathalia Almeida 66 saúde do planeta A Terra esquentando e o turismo André A. S. Marques e Viviane C. Capetine 97 esfriando Influência das mudanças climáticas na Ana C. Clemente e Larissa Fantazzini 67 proliferação de doenças Crescimento econômico renovando o Cristina S. A. Castro e Fabrício R. Silva 99 negócio e favorecendo a vida Conseqüências do aquecimento global: Jorge Barbosa e Fernando Maneliche 69 como isso afeta sua saúde Maria C. A. Ferreira e Manuela P. Alves 100 A contribuição do aquecimento global S E Ç Ã O V para a proliferação de doenças tropicais Mudanças climáticas e políticas locais, infecciosas nacionais e internacionais Laís Markarian e Stefano T. Muto 101 Faça a sua parte! Sua saúde: outra vítima do aquecimento Juliana C. Souza e Leonardo X. Silva 71 global O viés político da natureza Bianca L. Rocha e Deborah M. Santos 102 Eduardo S. Melo e Daniel M. M. Costa 72 Clima em transição, mosquito em ação! Degradação por processos antrópicos Juliana F. Pereira a e Renée S. Okada 104 Lia T. Troncarelli e Alexandre L. F. Santo 74 O desenvolvimento de doenças devido ao O protocolo de Kyoto e as políticas aquecimento global ambientais Natália C. C. Faria e Andrea M. Oda 105 Luiz F. Almeida e Felipe N. L. Gonçalves 76 De que maneira as mudanças climáticas O comércio de carbono podem afetar a vida dos brasileiros? Christian F. Lima e Cláudio V. Gomes Neto 77 César E. Martins e Rafhaela M. F. Priolli 107 Combustíveis renováveis: será a A repercussão dos problemas ambientais solução? na saúde do planeta Thiago T. Teruya e Mariana C. Tudela 78 Ana C. Maragno e Flávia M. Nastari 108 A internacionalização da questão A ameaça do homem para o homem ambiental Flávia P. Oliveira e Tamiles M. Miyamoto 110 Ryane S. Leão e Letícia J. Godoy 80 As doenças e as epidemias resultantes Lixo limpo em Nova Iguaçu, RJ, BrasilX do aquecimento do planeta Maria J. A. Torres e Samila Franco 81 Flávio F. Fernandes e Gabriel C. Melo 111 iv
  • 6. S E Ç Ã O V II Mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável Os desafios para a contenção do desmatamento da floresta amazônica Wedna L. P. Nascimento e Bianca M. C. Rocha 114 Desenvolver sem destruir: maneiras de amenizar as mudanças climáticas Mariana G. N. Lima e Luana A. Silva 116 Sustentabilidade corporativa Lucas G. Z. Fernandes e Karen S. Lemos 117 O papel das ecovilas na mudança para uma consciência ambiental Fernando M. Meyera e Eduardo C. Santos 118 Aquecimento global em função do desenvolvimento do conforto humano Henrique D. H. Mina e Thiago C. B. Im 120 Mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável Marco A. Barbosa e Kaori Adachi 122 China, uma esperança Marcela R. Leite e Júlia C. Dávila 123 Desenvolvimento e meio ambiente Maria C. M. Vieira e Rosana P. Silva 124 Um protocolo para a vida Daniel L. P. Soares e Jeniffer P. Freitas 126 Medidas para um desenvolvimento sustentável Nina Sawada e Raquel J. Siqueira 127 Tijolo ecológico: futuro social e justo Andressa Lima e Anderson P. Almeida 129 Será preciso frear o desenvolvimento econômico para proteger o meio ambiente? Ana Paula Garbulho e Cristina B. Guimarães 130 Uma verdade inconsciente: o mau dos recursos! Denise Martins e Lissa F. Lansky 131 O planeta e a (in)sustentabilidade Kátia S. S. Anjos e Regiane R. G. Lima 133 Eco-desenvolvimento no Brasil Yasmin S. Baggi e Hugo C. S. Ledo 134 A integração do desenvolvimento do meio ambiente com relação às múltiplas questões sociais Camila S. Kanashiro e Catarina N. Stetner 136 Biodiesel: a alternativa Maíra S. Souza e Jessé F. Silva 137 v
  • 7. C N 2008 CN 2008 Apresentação ACH 0011 Ciências da Natureza A disciplina Ciências da Natureza (CN) é oferecida a todos os mil e vinte alunos que ingressam na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). Juntamente com outras cinco disciplinas gerais e a Resolução de Problemas, CN compõe o núcleo duro do Ciclo Básico, pelo qual os alunos passam nos dois primeiros semestres acadêmicos. Esse desenho pedagógico impõe um grande desafio para os docentes envolvidos com as disciplinas gerais: atingir um público heterogêneo a partir de temáticas relevantes, que alicerçam a formação ampla dos alunos e extrapolam os conhecimentos e técnicas específicas dos cursos. O desafio aumenta quando consideramos que a composição das classes de sessenta alunos é planejada para misturar doze alunos de cinco cursos diferentes. Como contemplar interesses tão diversos? Como, no caso da disciplina CN, dar conta de apresentar as ciências naturais para os alunos ingressantes, explorando suas relações com a sociedade? As respostas fogem das soluções triviais, que expõem friamente o conhecimento acumulado pela ciência desde meados do século XVII. Não basta apresentar teorias, nem enumerar todas as figuras de destaque que contribuíram para essa construção humana. Em outras palavras, o trajeto de Galileu a Einstein não é garantia de sucesso. É preciso agregar um olhar humanístico, contextualizando a ciência no seu tempo histórico, mostrando que ela está imersa numa sociedade onde atuam fatores políticos, econômicos, religiosos e éticos. Desta forma, o exercício docente passa pela busca por soluções didáticas inovadoras, a fim de responder aos novos desafios apresentados no contexto das disciplinas gerais. Ciências da Natureza: uma revista para os alunos ingressantes U ma das atividades propostas em 2008 foi a elaboração de uma revista, para consolidar a produção intelectual dos alunos ingressantes. Para isso, a temática ambiental foi escolhida por ser abrangente, e por permitir uma abordagem científico-humanista. Além disso, a urgência em discutir os problemas ambientais impacta toda a sociedade, devendo despertar o interesse de qualquer cidadão do século XXI. Desta forma, a revista Ciências da Natureza é proposta com a missão de registrar o pensamento dos alunos ingressantes que cursam a disciplina CN. No seu volume desse ano, a temática selecionada foi “Mudanças climáticas”. O corpo editorial do volume 2008 da revista Ciências da Natureza é composto pelos cinco docentes que ministraram a disciplina CN. Cada docente foi responsável por organizar o trabalho de suas turmas, compilando os textos produzidos pelos alunos. Os textos produzidos pelos alunos foram organizados em seções, de acordo com o enfoque da discussão proposta pelos autores. Sete seções diferentes foram sugeridas para que a diversidade de interesses dos alunos pudesse ser contemplada da melhor maneira possível. 1
  • 8. C N 2008 Seção 1. A ciência básica das mudanças climáticas Seção 2. Mudanças climáticas e tecnologia Seção 3. Mudanças climáticas e educação ambiental Seção 4. Mudanças climáticas e seus impactos na economia e nos negócios Seção 5. Mudanças climáticas e políticas locais, nacionais e internacionais Seção 6. Mudanças climáticas e saúde Seção 7. Mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável Avaliação por pares vivenciada durante a disciplina O s procedimentos utilizados na avaliação de trabalhos científicos foi incorporada na avaliação da disciplina: todos os textos produzidos pelos alunos foram submetidos à avaliação por pares no sistema duplo cego, recebendo dois pareceres independentes. Nesse processo, os alunos “autores” passaram a desempenhar o papel de “pareceristas”, elaborando um parecer circunstanciado sobre o texto produzido por outros alunos. Além de convidá-los a participar mais diretamente do processo avaliativo, os alunos envolvidos puderam vivenciar uma experiência comum àqueles que produzem conhecimento científico. Isso expõe de maneira muito intensa um dos mecanismos de funcionamento da ciência. O Ano Internacional do Planeta Terra O Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT) foi proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006, com o apoio de 191 países, para ser comemorado no triênio 2007 a 2009, com ênfase no ano de 2008. O AIPT tem por objetivos gerais demonstrar o grande potencial das Ciências da Terra na construção de uma sociedade mais segura, sadia e sustentada, e encorajar essa mesma sociedade a aplicar esse potencial mais eficientemente em seu próprio benefício. As ações do AIPT, conforme o programa originalmente divulgado pela UNESCO, concentram-se em dois focos principais, Ciência e Divulgação, e as atividades relacionadas devem, além de atingir os principais objetivos propostos, levar a sociedade à reflexão sobre várias questões envolvendo riscos e recursos naturais, saúde em relação com o ambiente, além de vários outros aspectos que relacionam as Ciências da Terra e a Sociedade. Na EACH, o programa “AIPT na EACH” desenvolve e apóia várias atividades em 2008, inclusive a publicação desta revista. 2
  • 9. C N 2008 Editorial As mudanças climáticas e a importância da disciplina CN O impacto da ação humana sobre os recursos naturais do planeta atingiu uma condição limite. Uma missão que está reservada aos cidadãos do século XXI é encontrar uma nova maneira de se relacionar com a natureza. O desenvolvimento sustentável é o conceito que sinaliza a preocupação com as futuras gerações e, por esse motivo, o desenvolvimento econômico deve considerar os possíveis desdobramentos ambientais. É dever de todos refletir sobre os impactos da ciência e da tecnologia sobre a sociedade e o ambiente. A revista Ciências da Natureza é o resultado dessa reflexão: os alunos das turmas 33, 34, 44 e 53 produziram os 93 textos que compõem esse fascículo. O material consolidado nessa publicação deve ser analisado a partir do ponto de vista didático, apresentando como características principais a valorização da produção intelectual dos alunos ingressantes, bem como a possibilidade de introduzir a análise por pares como estratégia de avaliação durante uma disciplina. Julgamentos sobre a qualidade dos textos e da precisão das informações apresentadas tornam-se menos importantes: cabe lembrar que os autores são recém-chegados ao ambiente acadêmico que, ao longo de 4 anos, dará conta de formá-los com conhecimentos específicos. Certamente, os textos produzidos por esses alunos “autores” no final da sua trajetória na graduação serão de qualidade superior aos aqui apresentados. De qualquer forma, vale a consolidação dos trabalhos dos alunos e fica o convite para a utilização do presente material como subsídio para as disciplinas que o acharem pertinente. Há, nesse documento, um registro das concepções atuais dos alunos ingressantes de 2008 sobre o tema “Mudanças climáticas”. Boa leitura, Paulo R. M. Correia 3
  • 10. C N 2008 Seção I A ciência básica das mudanças climáticas A fantástica fábrica de poluição Filipe Soares Romano a e Silvio Luiz Brandão Britts Filho b a Aluno do curso de Ciências da Atividade Física. E- fillipe.romano@usp.br b Aluno do curso de Ciências da Atividade Física. E- silvio.luiz.filho@usp.br Palavras-Chave: efeito estufa, mudanças climáticas, impactos ambientais. D esde a formação da Revolução Industrial, a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera terrestre, vem aumentando através da crescente atividade industrial, principalmente pelo uso dos combustíveis fósseis. Esses combustíveis são fontes de energia não renováveis e quando queimados liberam uma grande concentração de gases específicos (como CO2) na atmosfera terrestre; o acumulo desses gases impedem que a radiação da superfície seja liberada de volta para o espaço, aprisionando o calor na Terra. Os gases do efeito estufa, em pequena escala, são de grande necessidade para a manutenção da vida terrestre, pois atuam como um ‘‘cobertor em volta da Terra’’, mantendo o planeta aquecido. Porém, a intensificação do efeito estufa acarreta em grandes impactos ambientais. Devido à queima de carvão (principalmente de dióxido de carbono); a destruição de florestas e atividades que resultem em emissão de metano; com essas atividades o “cobertor” está engrossando. Alguns efeitos das mudanças climáticas são: Aumento da Temperatura média do Planeta; derretimento das geleiras; elevação do nível dos oceanos; mudança no regime de chuvas; intensificações das secas; inundações e furacões; perca da biodiversidade, entre outros. Um estudo apresentado em 1972 no Clube de Roma apontava os limites do crescimento da população, devido ao fim das reservas mundiais de recursos não-renováveis, o que comprometia a vida do planeta, gerando conflitos e crises inter/intra-regionais, verificando-se a diferença entre os mais ricos e mais pobres. Atualmente, questões econômicas, sociais e ecológicas são vistas com o objetivo de visar a sustentabilidade, essas discutidas quanto a sua estrutura mundial. Outro aspecto a ser vistoriado é o compromisso com a biosfera, para que as futuras gerações não sejam gravemente afetadas. O desenvolvimento sustentável é um grande desafio, pois visa suprir as necessidades da geração atual com práticas positivas quanto ao meio-ambiente. A utilização de energias renováveis (como a solar) contribui para descarbonização da matriz energética. Por outro lado, as indústrias resistem a 4
  • 11. C N 2008 essas propostas, pois assim perderiam parte de seu mercado e teriam que adotar mudanças radicais no núcleo dos seus negócios. O Brasil, graças a suas matrizes energéticas, é considerado um país pouco poluente. O representante sul-americano é um forte candidato a cumprir metas de países industrializados (principalmente os europeus), com a criação do Programa Pró-Alcóol que ajudou na redução de emissão de gases poluentes, assim o Brasil deixou de consumir o dobro de gasolina, que somam 15% das emissões em todo país. Essas diminuições devem gerar US$ 200 milhões por ano, contando apenas com o esforço de uma negociação diplomática, chegando a US$3 bilhões, esses recursos serão investidos em tecnologias limpas e modernização da economia brasileira. Faz-se necessário substituir um pensamento egoísta, dos empresários e destruidores da natureza (como exemplo), que isola e separa; por um pensamento humanitário que distingue e une os povos com o mesmo objetivo (preservação para o próximo). Nessas condições, tanto a ciências humanas quanto a ciências naturais poderão ser articuladas de modo a converter o melhor para todos. A ação humana e as mudanças climáticas Daniela Signorini Marcilio a e Denise Renata do Nascimento b a Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- daniela.marcilio@usp.br b Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- deniserenata@usp.br Palavras-Chave: efeito estufa, aquecimento global, Protocolo de Kyoto. O planeta sofre as conseqüências da ação humana sobre a natureza. As mudanças climáticas estão mais presentes e evoluindo depressa, trazendo expectativas não muito positivas. O que está acontecendo no clima pode ser explicado. O efeito estufa é um fenômeno natural e necessário para reter o calor na superfície da Terra, impedindo que este calor se espalhe para o Universo e, se não existisse, a temperatura em nosso planeta seria -19 °C. O problema está no aumento dos gases estufa, ou seja, de gás carbônico, que retêm cada vez mais calor desencadeando o chamado Aquecimento Global. Após a Revolução Industrial, houve um aumento do consumo de energias. Primeiramente com o uso de carvão e mais recentemente, com a evolução tecnológica, temos o uso dos combustíveis fósseis. Estes combustíveis derivados do petróleo são liberados em altas quantidades tanto por indústrias, quanto pelos automóveis. O grande aumento da quantidade de gás carbônico na atmosfera a partir dessa revolução vem sendo estudado nos anos 90 pelo IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, e os resultados 5
  • 12. C N 2008 indicam que o ser humano tem importante papel na elevação destes gases. Não podemos esquecer que as queimadas liberam altas quantidades de gás carbônico, sendo também responsáveis pela sua elevação. Devido a essas ações, a temperatura da Terra vem aumentando continuamente desde 1995 e as previsões futuras são catastróficas. Podemos citar a desertificação de savanas, ondas de calor mais intensas, alta pluviosidade em determinadas regiões, aumento de tempestades tropical, falta de água potável e de alimentos, derretimento das calotas polares, interferência na fauna e na flora, dentre outros problemas. A sociedade, a economia e a política são afetadas, pessoas são forçadas a migrar para outras regiões, políticas de sustentabilidade são implantadas e há um debate sobre a gravidade das conseqüências dos efeitos do Aquecimento Global. Para discutir essas questões, organizações vêm buscando implementar medidas que controlem a liberação destes gases, inclusive nos países desenvolvidos. Isso é um dos objetivos de Protocolo de Kyoto, assinado em 1997 por algumas nações com o intuito de reduzir 5,2 % das emissões até 2012. Determinados países tiveram cotas diferenciadas por estarem em processo de desenvolvimento econômico. O protocolo ainda vem desenvolvendo novos mecanismos para uma redução global dos efeitos deste aquecimento, como o MDL, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo em que países em desenvolvimento seriam financiados pelo desenvolvidos, no que se refere a projetos de desenvolvimento sustentável. Maneiras para amenizar esta situação vêm sendo apresentadas pelo senso comum, e podemos citar o uso de energias renováveis, desenvolvimento sustentável, desenvolvimento de produtos sustentáveis, desenvolvimento de energias limpas através de novas tecnologias. De maneira geral, reduzir as emissões de poluentes através dessas medidas são o objetivo central desses estudos e discussões. Esperamos que todos os estudos científicos sejam aproveitados e inseridos nas políticas de todos os setores, no que se refere aos países industrializados e aos que ainda estão se industrializando, para mudarmos as futuras previsões negativas que se têm do planeta. Futuro promete fim de vidas no planeta Terra Luciana da Costa Braga a e Francine dos Santos Aguiar b a Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- luciana.costa.braga@usp.br b Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- francine.aguiar@usp.br Palavras-Chave: aumento de temperatura, efeito estufa, mudanças climáticas. 6
  • 13. C N 2008 M eteorologistas vêm registrando nos últimos anos , um grande aumento de temperatura em todo o planeta. Esse aquecimento vem ocorrendo devido ao chamado “EFEITO ESTUFA”: - O Sol emite seus raios à Terra em forma de luz. Cerca de 30% dessa energia luminosa reflete de volta ao espaço por áreas de gelo e neve, que funcionam como refletores naturais. Parte dessa radiação térmica vai para o espaço, mais a maior parte fica retida na atmosfera (camada de proteção da Terra), absorvida por dióxido de carbono (CO2), metano e outros gases. A atmosfera, a terra e as águas dos oceanos, absorvem cerca de 70% dessa radiação, ampliando bruscamente gases poluentes, principalmente o CO2, provocando o aquecimento do planeta. A temperatura do planeta deveria variar naturalmente devido a produção de CO2 da respiração de plantas e animais, mantendo-se equilibrada, mas graças à intervenção humana isso não ocorre. O Relatório do IPCC (painel intergovernamental de mudanças climáticas) afirmou que esse aumento de CO2 na atmosfera vem ocorrendo desde a “Revolução Industrial”, com o uso de combustíveis fósseis, o desmatamento e a decomposição de matéria orgânica em aterros, depósitos de lixo, e arrozais, que passaram a liberar uma quantidade imensa de gases que aprisionam calor na atmosfera. O Efeito Estufa eleva a temperatura média da Terra, podendo causar a diminuição das calotas polares, aumentando o nível das águas marítimas, causando inundações e extinção do ecossistema, e de muitas espécies. As conseqüências de uma mudança climática de tal proporção é catastrófica. A natureza é um ecossistema em equilíbrio, porém a ação do Homem sobre o meio ambiente já foi devastadora demais. Se o atual ritmo de exploração dos recursos do planeta continuar, não haverá no futuro fontes de água ou de energia, reservas de ar puro, nem terras para a agricultura em quantidade suficiente para a preservação da vida. Em pouco tempo, cerca de vinte ou trinta anos, o derretimento das geleiras provocará grandes inundações e avalanches, seguidos de uma seca, em razão da redução do fluxo dos rios, causando doenças endêmicas à população, dentre outras catástrofes. Essas constatações devem levar a humanidade a repensar seus conceitos de crescimento e desenvolvimento econômico predatórios, tentando achar vias para que se mantenha o progresso material em harmonia com a preservação do meio ambiente. 7
  • 14. C N 2008 Não basta ler e sentir, é preciso agir! Bruna Mayara Cremona a e Caio Tadeu de Souza Pascoal b a Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- bruna.cremon@usp.br b Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- caio.paschoal@usp.br Palavras-Chave: aquecimento global, controvérsias, conscientização. C hegamos a um ponto na discussão sobre o aquecimento global no qual nenhum cientista nega a evidência do aumento na temperatura mundial. No entanto, muito se discute quando se trata da influência humana nesse processo e das ações adequadas para combater as mudanças que estão ocorrendo no clima. Entende-se por aquecimento global o resultado da grande quantidade de gases que “seguram” os raios solares na atmosfera ao impedir que estes retornem ao espaço, intensificando o chamado efeito estufa. A concentração normal de tais gases regula a temperatura terrestre, mantendo-a no nível ideal para os seres vivos. Entretanto, em quantidade exagerada é excepcionalmente maléfica. Sabe-se que anteriormente o planeta passou por períodos de aquecimento e resfriamento alternadamente, e justamente por esse motivo alguns cientistas defendem a idéia de que esta é apenas mais uma alteração climática que independe da ação humana. Porém, existem evidências relevantes: o clima nunca se apresentou tão instável e com temperaturas tão elevadas; o aquecimento anterior foi também devido à alta concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, com a diferença de que foi provocado por gigantescas erupções vulcânicas e não pela queima de combustíveis fósseis, como ocorre atualmente com intensidade. Além das grandes divergências relacionadas à intervenção humana, outro assunto divide a opinião dos cientistas: qual atitude deve-se tomar para solucionar esse quadro de aquecimento? Uma das propostas se refere à utilização de fontes de energia menos poluentes para reduzir a emissão desses gases (por exemplo, gás carbônico). Outra incentiva o desenvolvimento de tecnologias que permitam a sobrevivência e convívio do homem diante de tais alterações climáticas. De qualquer forma, a situação climática atual não pode ser revertida, apenas minimizada. E para que isso aconteça é fundamental a conscientização e engajamento de todos nesse processo de luta pela qualidade da vida na Terra, envolvendo desde atitudes mínimas e individuais até decisões em larga escala. Às vezes decisões individuais parecem insignificantes diante do tamanho da Terra e do número da população, porém se todos pensarem dessa forma ao final o que se verá é uma sociedade negligenciando sua própria qualidade de vida. 8
  • 15. C N 2008 A mudança de pequenas ações e hábitos do dia-a-dia, como evitar ao máximo o uso do automóvel e não desperdiçar energia elétrica, é o primeiro passo para preservar o meio ambiente e recuperar o equilíbrio ecológico do planeta. Não se acomode a apenas ler as notícias ou perceber o calor intenso sem tomar alguma decisão. Seja exemplo nessa luta! As ações humanas e os processos que originaram o aquecimento global Rafael Viu de Campos a e Daniel Reis Ebbinghaus b a Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- rafael.viu.campos@usp.br b Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- daniel.reis@usp.br Palavras-Chave: radiação solar, efeito estufa, aquecimento global. A ntes de entrarmos no processo de explicação, é necessário entendermos as relações existentes entre a atmosfera e o solo com a radiação solar, que interligados são responsáveis pelos fenômenos de absorção e reflexão. A absorção consiste em assimilar a radiação solar e converte-la em calor. A reflexão tem como função refletir a radiação solar fazendo com que ela retorne ao espaço. A radiação solar recebida pela Terra é em formas de ondas curtas (luz ultra violeta, luz visível e comprimentos de ondas infra-vermelha próximas), que é absorvida (aproximadamente 70%) ou re-emitidas (aproximadamente 30%) pela superfície terrestre em forma de ondas longas (infra-vermelha termal, calor). Essa radiação re-emitida se transforma em calor que fica preso na atmosfera, esquentando-a e caracterizando o fenômeno efeito-estufa. O efeito-estufa é um efeito natural e responsável pela manutenção da temperatura na Terra, mas nos últimos anos, vem sendo aumentado de forma indireta significativamente, fazendo com que a temperatura média do planeta também aumente. Ele consiste no reenvio dos raios infra-vermelhos refletidos pela superfície terrestre, através dos gases estufa CO2, CH4, N2O, CFC’s e HFC’s. O aumento do efeito estufa deve-se principalmente à grande emissão desses gases estufa na atmosfera. Esse aumento de emissão de gases é gerado, em sua maioria, pela queima de combustíveis fosseis, intimamente relacionada com o grau de industrialização dos países. Historicamente, esse aumento da emissão esta correlacionada com a revolução industrial. Estudos indicam que antes da revolução, a concentração desses gases na atmosfera se mantinha constante e após o acontecimento, houve um aumento de 130% na concentração de CH4 (metano) e de 35% na de CO2 (dióxido de carbono). 9
  • 16. C N 2008 Como principal conseqüência do aumento do efeito estufa, temos o aquecimento global, que, por sua vez, nos trás inúmeras conseqüências: • Desrregulação e aumento da precipitação; • Derretimento significativo das geleiras, por conseqüência, elevação no nível dos oceanos; • Expansão na distribuição de vetores de doenças tropicais devido ao aumento da temperatura; • Aumento da variação climática; • Perda da biodiversidade. Conseqüências gerais como as mencionadas acima podem nos colocar em uma situação não agradável perante aos acontecimentos naturais desastrosos, que de certo modo, afeta a vida como um todo e o bem estas da população mundial, gerando grandes perdas sociais e econômicas. A mudança de comportamento de cada um de nós, juntamente com a mudança de valores, são essências para amenizarmos o aquecimento global. Progresso da tecnologia e suas conseqüências João Paulo Kiciolar Campos a e Giovanni Fallico b a Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- joao.paulo.campos@usp.br b Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- giovanni.fallico@usp.br Palavras-Chave: tecnologia, mudanças climáticas, combustíveis. D esde o século XIX, com o início da Revolução Industrial, um processo de transformações de determinados setores vem ocorrendo, dentre eles destaca-se a tecnologia o qual a cada dia que passa torna-se um dos fatores influentes em questão as mudanças climáticas no nosso planeta. A primeira Revolução Industrial baseou-se na mecanização do trabalho à medida que as empresas buscavam maior lucro. Assim elas tiveram que substituir o trabalho artesanal pelo maquinário, o qual consistia na utilização do carvão como combustível para mover as máquinas à vapor. Com o passar do tempo, houve a necessidade de um aumento ainda maior da produção, então ocorreu o surgimento de novas tecnologias movidas a máquinas energéticas. Foi ai que surgiu o grande uso do petróleo, que se tornou a principal matriz energética mundial e conseqüentemente tornando-se também uma das maiores fontes poluidoras. Por parte do homem, ainda hoje está havendo um uso excessivo dessa energia contida nos combustíveis derivados do petróleo, já que são fontes energéticas 10
  • 17. C N 2008 abundantes e baratas, assim acarretando graves mudanças no clima global. Um exemplo dessas mudanças é a precipitação das estações climáticas, visto que agora não vemos mais períodos de verão ou inverno, tudo se tornou mais imprevisível. Hoje começamos a nos preocupar mais com o mundo, pois percebemos que se não moderarmos ao usar essas fontes só estaremos nos auto-prejudicando, por isso os países começaram a se preocupar em investir em fontes alternativas que diminuem a agressão ao meio ambiente, como por exemplo, o etanol (um combustível renovável). Mesmo com a validez dos combustíveis renováveis, a quantidade de energia gerada por eles não seria suficiente para gerar a quantidade gerada pelo petróleo, já que precisaríamos usar uma área de plantio maior do que a área das plantações de todo o mundo, ou seja, seria uma alternativa a ser complementada. No estado em que nos encontramos, precisaríamos que a tecnologia voltasse mais ao lado da preservação do que resta, ou seja, utilizarmos melhor as áreas no qual já há plantio invés de prejudicar ainda mais o meio ambiente no qual vivemos. Só assim seria possível amenizar essas mudanças climáticas que nos afetam. 11
  • 18. C N 2008 Seção I I Mudanças climáticas e tecnologia O dilema da tecnologia: mocinha ou bandida? Bruna Luiza Gomes a e Mateus Henrique Araujo Castro b a Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- bruna.luiza.gomes@usp.br b Aluno do curso de Lazer e Turismo. E- mateus.castro@usp.br Palavras-Chave: mudanças climáticas, tecnologia, responsabilidade. “O mínimo que é cientificamente necessário para combater o aquecimento global excede de muito o máximo que é politicamente viável” Al Gore N ão é de hoje em dia que o papel desempenhado pela tecnologia como um todo, na vida humana, é debatido e analisado por estudiosos dos mais variados campos do conhecimento. Através de diversos estudos ao longo dos anos, pudemos constatar que a tecnologia, que hoje está tão presente no nosso dia a dia, é responsável pelo agravamento do quadro do aquecimento global, que está diretamente ligado às mudanças climáticas que estão se manifestando pelo mundo todo. Se antes a tecnologia era sinônimo de progresso e desenvolvimento, hoje ela é a “causadora” das dores de cabeça do planeta. Ao fundamentarmos os nossos chamados “progressos” em fontes energéticas poluentes e não-renováveis como o petróleo e o carvão mineral, desencadeamos a emissão desenfreada de gases e materiais particulados. Nós nos acomodamos tanto a este padrão tecnológico, que teremos um árduo trabalho para conseguirmos reverter os danos que já começaram a apresentar sintomas alarmantes, a um bom tempo atrás, através das mudanças climáticas. Além de ser a “grande vilã” de tais alterações, a tecnologia, paradoxalmente, pode se tornar uma das ferramentas fundamentais na reversão desse quadro, através do desenvolvimento de fontes energéticas renováveis ou alternativas, como por exemplo, a eólica, a solar, o biocombustível, o hidrogênio, entre outras. Já nos foi mostrado que, quando utilizada de forma consciente e sustentável, a tecnologia só trouxe benefícios, sem conseqüências negativas, tanto para o ser humano, quanto para o meio ambiente. Com o desenvolvimento tecnológico alcançado nos dias de hoje, cabe ao ser humano a tarefa de encontrar uma maneira de utilizar essa mesma tecnologia para solucionar o problema que ele próprio criou. É fundamental que tenhamos a exata noção da complexidade dessa questão, que a sociedade se conscientize da importância das decisões em relação aos seus governantes e de 12
  • 19. C N 2008 si própria, visando desenvolver a auto-educação em prol do espaço no qual ela vive, afinal, uma vez destruído, não teremos outra oportunidade de reverter este processo degenerativo do nosso único lar: o Planeta Terra. O causador é a cura Carolina Gancev a e Gabriela Lotto b a Aluna do curso de Marketing. E- carolina.gancev@usp.br b Aluna do curso de Marketing. E- gabriela.lotto@usp.br Palavras-Chave: efeito estufa, economia, tecnologia e investimento. A s mudanças climáticas tiveram ênfase após a revolução industrial, em que surgiram inúmeras fabricas e em conseqüência disso, houve o aumento demográfico e econômico. Porem, somente no final do século passado, o meio ambiente e sua degradação vem sendo alvo de pesquisas e congressos no mundo inteiro. A preocupação com as conseqüências do uso indevido das fontes de matérias-prima naturais é considerável visto que, segundo dados das ultimas pesquisas sobre tais mudanças climáticas, o homem é o maior contribuinte dessa causa que tem como principal conseqüência o aumento do efeito estufa. Efeito estufa é um processo natural pelo qual o planeta passa para que a temperatura na Terra fique em torno dos 17ºC, tornando possível assim a existência da vida. O uso inapropriado de método de extração das fontes naturais da energia, como o carvão mineral e petróleo, por exemplo, emite gases poluentes (em especial o gás carbônico) na atmosfera. Esses gases, em conjunto com os já existentes devido ao efeito estufa, se acumulam formando uma extensão não só em torno da atmosfera terrestre. Essa camada contribui não só em manter a temperatura na Terra como também no seu aumento, o que torna o ambiente no planeta mais quente causando o derretimento das calotas polares, mudanças drásticas nas estações do ano intensificação nos desastres naturais, além do aumento do nível do mar. Para tanto, foram necessários anos e anos de emissão do gás carbônico na atmosfera. E, a previsão dos cientistas é que, se não fizermos nada para impedir ou reduzir essas emissões, a vida na Terra chega a extinção e o prazo inversamente proporcional à quantidade de CO2 emitido ao longo dos próximos anos. Entretanto, para que uma redução seja possível, temos primeiro que investir em tecnologia, recursos do qual alguns países, em sua maioria em desenvolvimento, ainda não possuem. A tecnologia vem para ajudar em dois aspectos. Primeiro, na pesquisa e aprimoramento de meios alternativos de energia, com a eólica, solar, biomassa, todas renováveis e não poluentes. Segundo, na melhoria dos mecanismos emissores de gases, como motores de carros e chaminés de fabricas e ainda, na elaboração de sistemas mais eficientes para coleta e separação de lixo. 13
  • 20. C N 2008 Para tentar diminuir o aumento de emissões dos gases, em 1997, foi criado o Protocolo de Kyoto, cujo objetivo final é a redução dos gases poluentes por parte dos países membros com base nos níveis de tais emissões no ano de 1990. Com a possibilidade dos países não conseguirem alcançar tais metas, criou-se a política de “créditos de carbono”, em que países que alcançaram suas metas e ainda não as ultrapassaram, podem vender os excedentes à países que ainda não atingiram tais metas. Porém, os países em desenvolvimento, ainda não possuem tecnologia suficiente para que isso ocorra e, em sua maioria, não há interesse por parte dos governos em investir dinheiro nesse tipo de pesquisas. Uma das soluções possíveis para esse problema seria importar tecnologia de países desenvolvidos ou até mesmo a doação de tal tecnologia por parte deles. Porém, importá-la requer investimento financeiro por parte dos menos desenvolvidos e doá-la não fornece nenhum lucro financeiro aos mais desenvolvidos. Portanto, além de todos os problemas ambientais já enfrentados, ainda temos o impasse que impedem a resolução de tais problemas. Como visto, ainda falta muito investimento por parte dos países desenvolvidos e muito mais em desenvolvimentos. Além de investimentos em pesquisas, falta planejamento para que haja uma melhora no quadro de aquecimento global e, conscientização da população. “Precisamos mudar para uma economia mais segura, acessível, que beneficie trazer a cooperação tecnológica para o coração das discussões formais no mandato de Bali” – Hans Verlme. O planeta precisa se preparar para o inevitável, causado pela própria humanidade. Ainda há tempo Drielle Taccola a e Eduardo da Cunha Palácios b a Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- drielle.taccola@usp.br b Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- eduardo.palacios@usp.br Palavras-Chave: novas tecnologias, conscientização, futuro. A tualmente é fácil ouvir o termo “aquecimento global” porém poucos têm informações suficientes para entender exatamente quais são as principais características dessa ocorrência que vem se intensificando com o tempo, especialmente após a Revolução Industrial, marcando o início de um processo de transformações em diversas áreas, principalmente na tecnológica e ambiental. Infelizmente, além das melhoras, ela também trouxe alguns problemas que vêm se tornando altamente prejudiciais e cruciais para nosso futuro, as chamadas mudanças climáticas. Elas estão sendo causadas pela intensificação do efeito estufa, um processo que ocorre quando os raios solares são absorvidos pela atmosfera e permanecem nela aumentando a temperatura média do planeta; tudo isso graças ao aumento percentual das emissões de GEE’s (gases do efeito estufa), como o dióxido de carbono (CO2) 14
  • 21. C N 2008 e o metano. Esse aumento é uma das principais conseqüências negativas iniciadas pela Revolução Industrial. Estamos vivendo em um momento critico: precisamos agir em conjunto para tentar amenizar a situação que nosso planeta se encontra, senão, as conseqüências futuras serão drásticas. Em meio a essa situação encontramos um dilema: apesar de termos tecnologia necessária para reverter esse cenário, teremos tempo para fazê-lo. É de unânime opinião entre os cientistas que o Brasil dispõe de potencial, conhecimento e tecnologia para fazer uso de energias renováveis, mas a razão dessas medidas não terem sido mais amplamente implementadas, segundo Gilberto Januzzi (professor e pesquisador da Unicamp), é porque “trata-se de uma conjuntura de desenvolvimento econômico que escolheu os combustíveis fósseis como seu eixo principal”. O uso de derivados de petróleo em motores está aumentando a contaminação do ar, gerando uma série de impactos ambientais, tais como o aumento da temperatura média do planeta, elevação do nível oceânico, perda da biodiversidade, entre outros. Novas tecnologias têm uma importância vital para a redução do uso de combustíveis fósseis. Uma forma de combater o aquecimento global é o seqüestro de carbono já existente na atmosfera. Essa reabsorção é feita através da fotossíntese de plantas e algas. O replantio de florestas é um dos modos de aumentar esse processo. Outra maneira que a Ciência vem pesquisando é intensificar a capacidade de reabsorção de gás carbônico das plantas. “É possível atender a demanda energética global de maneira limpa e sustentável até 2050 e evitar que o planeta sofra ainda mais com as mudanças climáticas.” Essa é a conclusão do novo relatório da rede WWF, em Gland, na Suíça; o documento indica que as tecnologias disponíveis são suficientes para vencer o aquecimento do planeta, ainda há tempo. Os especialistas estão revisando uma série de fontes de energias renováveis bastante conhecidas, como solar e eólica, e criando outras alternativas, como o caso do álcool derivado da cana-de-açúcar. Agora o que nos resta é dar inicio a esse processo, fazendo o uso correto e eficaz da tecnologia disponível, vencendo o desafio de minimizar o aquecimento global colocando a preservação do meio ambiente como prioridade em relação ao uso de combustíveis fósseis. Dessa forma, além de uma melhora de vida, teremos a garantia de nosso futuro. 15
  • 22. C N 2008 Ciência: a solução ou o motivo de existência do aquecimento global? André Gaspar Lorenzini a e Bruna Verônica Meira b a Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- andre.lorenzini@usp.br b Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- bruna.meira@usp.br Palavras-Chave: aquecimento global, tecnologia, ciência. Q uando falamos de mudanças climáticas, a primeira coisa que nos vem à cabeça é o termo “Aquecimento Global”. E apesar de esta ser uma questão muito mais ampla, isso acontece porque este é o problema mais grave que os cientistas estimam que venha a acontecer nos próximos anos, em relação ao meio ambiente, e que afetará a humanidade diretamente. O site www.wikipedia.com.br define “aquecimento global” como: “A locução aquecimento global refere-se ao aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra que se tem verificado nas décadas mais recentes e à possibilidade da sua continuação durante o século atual.” A ciência ainda não sabe se esta mudança de temperatura se deve a causas naturais ou a ações tomadas pelos homens. No entanto, diversos meteorologistas e climatólogos dizem ter provado que o ser humano atua diretamente neste problema. Existe um órgão que possui a função de verificar soluções para essas mudanças. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) é composto por representantes de 130 governos para avaliar a mudança climática. Foi criado em 1988. Seu início se deu ao fato de que as ações humanas podem estar afetando ao meio ambiente e às mudanças climáticas. O IPCC possui modelos climáticos que estimam um aumento de temperatura mundial calculado entre 1,1 e 6,4 ºC entre 1990 e 2100. Apesar de parecer pouco, vários problemas surgiriam se isso realmente acontecesse. O aquecimento global também se deve a algo muito discutido nos tempos atuais: o efeito estufa. Este fenômeno ocorre pela existência de gases que absorvem as radiações solares, retendo o calor na atmosfera terrestre. Sem isso não existiria vida na Terra, mas até certo ponto. Atualmente, com o excesso de gases sendo liberados pelo homem, através de fábricas, queima de certos materiais, entre outros, a absorção dessa radiação aumentou o suficiente para chamar a atenção dos cientistas e causar diversos problemas no futuro. 16
  • 23. C N 2008 A influência da tecnologia nas mudanças climáticas também é muito discutida hoje em dia. Cientistas afirmam que, a partir dos novos conhecimentos, haverá a possibilidade de mudar o curso do aquecimento global. Outros consideram tais pesquisadores como catastrofistas e que essas informações não prevêem o futuro do planeta. Com a evolução da ciência e de acordo com as necessidades do homem, a tecnologia fez os bens de consumo se tornarem mais acessíveis, tornando a população ainda mais capitalista. Além do uso abusivo da matéria-prima proveniente da natureza e da poluição do ar e dos rios realizada pelas indústrias. Assim, a emissão de gases estufa, como o CO2, que com as queimadas não é absorvida pelas árvores, cresce contribuindo para o aquecimento global. Por outro lado, a tecnologia permitiu detectar e prever este aquecimento. Mobilizou órgãos técnicos de governos e ambientalistas, o que tornou o tema presente em diversos países. Graças às pesquisas realizadas, é possível investir em energias alternativas, usando fontes renováveis, desenvolver estudos sobre o combustível do futuro, o biodiesel, e o desafio de atenuar o armazenamento do óxido nitroso (N2O) incorporado pelo solo. É importante salientar que apesar dos malefícios que a tecnologia pode oferecer, ela surgiu para melhorar as condições de vida do ser humano e seu ambiente. Portanto, ao ser utilizada na ciência, será capaz de desenvolver alternativas que permitam diminuir emissões de gases que atuam diretamente na atmosfera. Não há como fugir da realidade de que a vida do planeta está em risco. O primeiro passo é reconhecer que a Terra se encontra em uma crise e que devemos buscar diferentes caminhos para resolver este problema. Pesquisas científicas e tecnológicas podem ajudar a achar soluções. Se foi possível prever a catástrofe, também será possível encontrar um modo de resolvê-la. Tecnologia: de causa à solução do aquecimento global Bruno Martinez de Oliveira a e Victor dos Santos Resende b a Aluno do curso de Marketing. E- bruno.martinez.oliveira@usp.br b Aluno do curso de Marketing. E- victor.resende@usp.br Palavras-Chave: tecnologia limpa, aquecimento global, modernização. 17
  • 24. C N 2008 D esde a Revolução Industrial, o mundo vem se modernizando e crescendo em um ritmo cada vez mais intenso. No entanto, essa modernização vem sendo feita em detrimento do meio ambiente. O aumento das áreas destinadas à produção de alimentos, os vários aterros sanitários e a queima de combustíveis fósseis, sendo que os dois últimos estão diretamente ligados à modernização e ao consumo irresponsável, são exemplos de grandes causadores do aquecimento global, um dos problemas ambientais mais discutidos nos dias de hoje. No entanto, algumas medidas estão sendo adotadas a fim de evitar o aquecimento do planeta. O protocolo de Kyoto é um desses esforços, ele propõe o estabelecimento de metas destinadas à diminuição da emissão dos gases responsáveis pelo efeito estufa (gás carbônico e metano principalmente) aos países que o adotou. Uma forma de atingir esse objetivo que vem despertando o interesse, em especial dos países ricos, é investir tecnologia limpa em países subdesenvolvidos, uma vez que o custo é muito inferior a tentativas de redução dos gases poluentes em seus próprios territórios. Um exemplo prático desse tipo de tecnologia são os aterros sanitários que se preocupam com os gases provenientes dos resíduos sólidos, seja transformando-os em energia ou convertendo o metano em gás carbônico, que possui um potencial de aquecimento global vinte e três vezes maior que o primeiro. Outro uso de tecnologia que minimiza aquecimento do planeta é o Pastoreio Racional Voisin, que consiste basicamente na rotação racional das pastagens destinadas à pecuária, trazendo vários benefícios ao meio ambiente: aumento da produtividade, evitando possíveis desmatamentos de novas áreas; diminuição da emissão de metano pelos animais; e seqüestro de carbono. Dos problemas que agravam o aquecimento global, a queima de combustíveis fósseis é um dos mais preocupantes. Mas até mesmo para ele podemos encontrar uma solução através da tecnologia. A célula combustível de hidrogênio é uma possível alternativa energética que, apesar de cara, tem a capacidade de gerar energia em abundância sem os malefícios derivados da queima de combustíveis fósseis. Ao mesmo tempo em que existem tecnologias já em uso, há outras que seriam muito eficientes porem estão apenas em projeto. Um exemplo são as árvores artificiais. Trata-se de equipamentos programados para capturar a maior quantidade possível de gás carbônico da atmosfera. O único problema é que esse tipo de tecnologia tem um alto consumo de energia. Mas seria uma eficaz alternativa, já que cada vez mais o homem se esquece da importância das árvores naturais para o equilíbrio do planeta. Tendo em vista tantos casos do uso da tecnologia a favor do meio ambiente, podemos verificar que apesar de grande responsável pelo quadro atual do aquecimento global é ela que trará possivelmente a solução para o problema. A mobilização da comunidade científica em busca de novas possibilidades tecnológicas poderá alterar o quadro atual que se mostra alarmante. 18
  • 25. C N 2008 Planeta Terra: ame-o ou deixe-o Allan Barrach Guerra a e Caroline Mami Komukaib b a Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- allan.guerra@usp.br b Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- caroline.komukai@usp.br A pós a Revolução Industrial, fato caracterizado principalmente pelo grande avanço tecnológico, o mundo passou por várias mudanças. Entre a criação de ferrovias e automóveis, surgiram novas fontes de energia, como as hidrelétricas e a derivada do petróleo. Apareceram também várias indústrias e multinacionais com produções automatizadas em série. Em meio a isso, surge uma nova sociedade, a consumista. A tecnologia facilitou e melhorou, sim, a vida de todos; porém, o consumo desenfreado e intensivo dessas fontes, como carbono estocado durante milhões de anos em forma de carvão mineral, petróleo, e gás natural, para gerar energia para as indústrias e para os veículos, a rápida destruição e queimadas de florestas, e o crescimento descontrolado da população vem causando muitos impactos no meio ambiente e na natureza, impactos estes que ainda não eram vistos com devida preocupação. Os danos ao meio ambiente têm sido tão vastos que a vida terrestre fica ameaçada. Somente no último século, a temperatura da Terra aumentou em 0,8ºC. Parece pouco, mas esse aquecimento já está alterando o clima em todo o planeta. Gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano e o vapor d’água existem naturalmente em nossa atmosfera, sendo eles os principais agentes que aprisionam parte do calor solar. Esse fenômeno é chamado de Efeito Estufa. O que tem causado o aumento desse efeito e, por conseguinte, o aquecimento global, é a emissão excessiva de gases estufa, que se mantém na atmosfera e aumenta a temperatura no planeta. A quantidade liberada desse gás tem sido tão grande que nossas florestas e oceanos não estão sendo capazes de absorvê- las. Em resposta a isso tudo, várias regiões do planeta tem sentido as conseqüências. O derretimento de grandes massas de gelo está aumentando o nível médio do mar, ameaçando as ilhas oceânicas e as zonas costeiras; furacões, tufões e ciclones ficam mais intensos e destrutivos; temperaturas mínimas ficam mais altas, enxurradas e secas mais fortes e regiões com escassez de água, como o semi-árido, viram desertos. Daqui em diante, ou reduzimos nossas emissões de gases poluentes, fato que foi tratado no Protocolo de Kyoto, ou iremos sofrer com as mudanças climáticas. Existem várias maneiras de reduzir essas emissões. Menos desmatamento, uso de energias renováveis não-convencionais (que não vem de combustíveis fósseis), reciclagem de materiais e eficiência enérgica. Apesar do 19
  • 26. C N 2008 desenvolvimento descontrolado, a tecnologia pode ajudar e muito. Combustíveis fósseis e a hidroeletricidade podem ser substituídos por outros tipos de energia, como solar, a eólica. Existem meios de diminuir a emissão de gases por exemplo em Usinas Termoelétricas, com o reaproveitamento dos gases liberados da queima dos combustíveis, aumentando a eficiência em até 50%. Agora cabe a nós cobrar de nossos representantes que cumpram o dever deles com o meio ambiente para um futuro melhor para nós e para a próxima geração. Tecnologia do bem e do mal Felipe de Sousa Neves Andrade a e Paula Vergaças de Sousa Bandeira b a Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- felipe.sousa.andrade@usp.br b Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- paula.bandeira@usp.br Palavras-Chave: fonte de energia, explosão populacional, revolução tecnológica. A tecnologia em sua essência não pode ser definida como boa ou má, tudo depende da utilização que daremos a ela e analisando a relação entre ser humano e tecnologia poderemos concluir que ao logo não temos usado nossas criações de maneira consciente. É comum associar tecnologia com desenvolvimento econômico e humano desde a Revolução Industrial, que foi um marco tratando-se de evolução tecnológica, não nos preocupamos com impactos que emissão de gases, desmatamento para desenvolvimento da pecuária, agricultura e implantação de parques industriais e poluição de corpos de água podem nos causar. A capacidade do homem de gerar e dominar tecnologias aumentou a produção de alimentos e melhorou a medicina, diminuindo a mortalidade e aumentando a expectativa de vida gerando uma explosão populacional, ou seja, a tecnologia gerou condições favoráveis para a proliferação da espécie humana que se sobressaltou intelectualmente em relação a outras espécies e obteve maior domínio sobre os recursos disponíveis. Tecnologia gera tecnologia e nos dias atuais o homem necessita cada vez mais de energia para sustentar seu modo de vida o que leva ao esgotamento de fontes energéticas, diminuição de biodiversidade, alterações nos processos biológicos e geoquímicos e mudanças nas paisagens originais. Esses problemas interligam-se e em conjunto causam mudanças climáticas. Uma das mudanças climáticas em pauta é o aquecimento global que consiste no aumento da temperatura média do planeta, a emissão de dióxido de carbono e metano que são produtos da queima de combustíveis fósseis que é 20
  • 27. C N 2008 uma das principais fontes de obtenção de energia, contribuem para a aceleração desse processo. Para desacelerar o processo de aquecimento do planeta o homem vem desenvolvendo e implantando tecnologias sustentáveis na produção de energia entre as quais a solar, eólica, biocombustíveis e nuclear, apesar de apresentarem problemas que devem ser analisados, aparecem como alternativa na tentativa de diminuir a emissão de gases na atmosfera. Do mesmo jeito que a tecnologia é uma das causas das mudanças climáticas pode ser uma solução, trazendo a possibilidade de uma visão diferenciada em relação ao meio ambiente e as conseqüências que uma exploração sem limite pode trazer. A contradição Ana Cristina Mitiko Ayta de Castilho a e Fernanda Cordeiro Bico.b a Aluna do curso de Marketing. E- ana.cristina.castilho@usp.br b Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- fernanda.bico@usp.br Palavras-Chave: aquecimento global, meio ambiente, tecnologia. U m ser vivo aprende a viver com os recursos naturais de seu habitat, o ser humano os modifica. Com a revolução industrial o homem passou a usar a máquina em seu benefício, usando-a em indústrias por ter capacidade de não só multiplicar a quantidade de produtos como a de diminuir mo tempo de sua fabricação. Até mesmo para seu próprio conforto como a utilização de carros como meio de transporte. Máquinas para realizarem tarefas precisam de energia, esta obtida a partir da queima de combustíveis fósseis que liberam gás carbônico. Este gás acumula- se na atmosfera, retendo raios infravermelhos providos do Sol, que ao serem refletidos, aumentam a temperatura do planeta. Tal acontecimento é chamado de aquecimento global. Cientistas relacionaram este aquecimento como causa para diversas mudanças climáticas, entre elas: mudanças nas estações do ano, alteração nas correntes marítimas, aumento na velocidade dos furacões, além do derretimento das calotas polares que pouco a pouco elevam o nível dos oceanos. Preocupados, estes cientistas buscaram formas para reverter esta situação. Combustíveis fósseis, como o petróleo, além de causarem sérios danos ambientais, demoram anos para serem formados e são fontes de energia não renováveis. Portanto, recorreu-se à formas de energia alternativas, como o etanol, que poderia substituir estes combustíveis, sendo renovável e não prejudicial ao meio ambiente. Além disso, várias conferências foram realizadas 21
  • 28. C N 2008 entre países para a diminuição da emissão de gases poluentes ao meio ambiente. Mas, até o atual momento nada do que se foi feito gerou grandes resultados para a melhoria da situação. A regra é: um ser vivo aprende a viver com os recursos naturais de seu habitat, o ser humano os modifica. O homem é uma exceção à regra, pois com seu desenvolvimento ele foi contra a ordem natural dos acontecimentos, ao usar sua inteligência desenvolveu diversas formas de tecnologia que não só contribuíram em situações cotidianas como acabaram por prejudicar seu habitat natural, que até as atuais descobertas é o único ambiente em que este ser pode sobreviver. O ser humano não só prejudicou a si mesmo como suas atitudes influenciaram em outras formas de vida no planeta. O aumento da temperatura gerou conseqüências irreversíveis como a mudança da extinção natural, sendo que muitas espécies de animais já foram extintas ou correm o perigo de extinção. Um urso morre afogado no Pólo Norte porque você ajudou a poluir a atmosfera aqui no Brasil. Tecnologia e o futuro Eduardo Gouveia de Oliveira a e Fernando Vicente Peres..b a Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- eduardo.gouveia.oliveira@usp.br b Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- fernando.peres@usp.br Palavras-Chave: tecnologia, clima, ação antropológica. H á, com certeza, grandes relações de causa e efeito coletadas á mudanças climáticas e tecnologias, tanto positivamente, quanto negativamente. Constantemente ouvimos que a maior causa do aumento da temperatura é a ação antropológica em diversos aspectos poluidores, contudo, se tratando de novas tecnologias, como deve haver tal processo inovador sem grandes prejuízos ambientais? Inúmeras áreas do estudo vêm apresentando inovações tecnológicas para conter esse fato, que está se aproximando do seu limite, e também acordos e protocolos vêm sendo assinados entre países para que haja a diminuição na emissão de gases estufa na atmosfera, que são liberados por motores á combustão, usados em fábricas e veículos, principalmente, e é a principal causa desse problema. Um exemplo de desenvolvimento mais eficaz, no que diz respeito à poluição, é o que acontece no Brasil, em Nova Iguaçu. A central de tratamento de resíduos dessa região implantará um sistema inovador que transforma o gás metano produzidos por 3 mil toneladas diárias que o aterro recebe de lixo, em energia elétrica. Com essa nova tecnologia o aterro recebe de lixo será capaz de 22
  • 29. C N 2008 gerar 10 megawatts, que são suficientes para abastecer uma cidade de 1 milhão de habitantes. Outro exemplo é à procura de variedades energéticas menos poluidoras para movimentação de veículos. Hoje a frota de veículos passa dos 6 milhões apenas na cidade e São Paulo, o que torna a importância dos estudos dobrada. Há diversas pesquisas e protótipos de veículos movidos por energia solar, porém as células fotovoltaicas, que absorvem e transformam a energia solar, ainda são muito caras e existe ainda o problema e área de contato, que deve ser muito grande, tornando veículos em enormes máquinas. As opções mais viáveis para combustíveis alternativos limpos são o gás natural e o etanol. O uso do gás já é uma realidade, sendo muito menos poluidor que outros derivados do petróleo, contudo também é uma fonte não renovável. Já o etanol é uma fonte renovável cíclica que não incrementa gás carbônico na atmosfera, pois o plantio da cana absorve o que será liberado, formando assim, um ciclo de utilização do mesmo carbono. O Brasil é grande contribuidor nas pesquisas e desenvolvimento do etanol vindo da cana-de-açúcar. Por fim, a ação aquecedora dos gases estufa é propiciada pela prisão de raios infravermelhos. Os raios entram na atmosfera vindos do sol, são refletidos pela Terra e tendem a voltar ao espaço, porém tais gases impedem a passagem dos raios, aprisionando-os e causando o aumento da temperatura. Isso se dá pela organização espacial de gases estufa que causam a reflexão dos raios. Tal aumento de temperatura propicia efeitos já conhecidos como, a extinção de espécies, aumento de vetores de doenças, aumento do nível dos oceanos e derretimento de calotas polares. A tecnologia, portanto, traz progresso, contudo é necessário que o progresso não prejudique, ou seja, o máximo ameno ao meio ambiente e conseqüentemente à gerações futuras. Tecnologia e atitude, o futuro do planeta Elton Yukio Kitadani Odaguil a e Guilherme Torcioni Nunes..b a Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- elton.odaguil@usp.br b Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- guilherme.nunes@usp.br Palavras-Chave: energias renováveis, bicombustível, aquecimento global. T udo começou a partir da Revolução Industrial, novas tecnologias foram implantadas para abastecer veículos, aquecer casas, produzir e vender produtos, e gerar energia. Alguns países se desenvolveram antes do que outros e, atualmente, essa diferença está no nível de 23
  • 30. C N 2008 emissão de gases poluentes, entre eles o mais importante é o dióxido de carbono (CO2). Os gases poluentes, de forma abundante na Terra, prejudicam os seres humanos e coloca em risco a vida das próximas gerações. A temperatura irá aumentar a cada ano, reduzindo as coberturas de neve e geleiras, o que faz com que a média global do nível do mar aumente em ritmo cada vez mais acelerado. Os efeitos podem ser facilmente notados, o mar avançando sobre as praias, as enchentes e ondas de calor, o aumento de ciclones tropicais no Atlântico Norte, são alguns exemplos que estão acontecendo em nosso cotidiano. Uma das maiores preocupações com o aquecimento global é na questão do aumento do nível do mar, segundo o Ministério do Meio Ambiente, até o fim deste século, aproximadamente 42 milhões de pessoas que habitam o litoral do Brasil podem ser afetadas com esse problema. Devido ao calor excessivo, doenças como febre amarela, malária e dengue podem vir a aumentar, e a Amazônia pode ter sua temperatura aumentada em até 8ºC e ficar com uma vegetação semelhante ao do cerrado. A tecnologia surgiu criando uma nova época ciente de que os resultados poderiam ser desastrosos para o meio ambiente, ainda assim, continuou a se desenvolver deliberadamente, sem os cuidados que agora são essenciais para uma era de sustentabilidade. Hoje, corremos atrás do que poderia ter sido evitado, cada indivíduo tem a responsabilidade de reduzir a emissão de gases prejudiciais com mudanças no estilo de vida. O Brasil se destaca nesse meio com a produção de etanol e biodiesel. O desafio da questão do etanol é que apenas um terço da cana-de-açúcar é utilizada na produção de açúcar e do álcool combustível. Para mudar esse cenário deseja-se utilizar também a celulose que é descartada na colheita, aumentando assim a produtividade sem aumentar a área de plantio. Uma recomendação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) é a adoção do plantio direto nas lavouras que mantém o carbono imobilizado no tecido vegetal, tendo assim um seqüestro de carbono. Os sistemas de transporte público em muitos países são precários, portanto muitos dependem de seus carros. Em São Paulo, estão sendo feitos programas que beneficiam o usuário de metrô, ônibus e trem nos finais de semana (bilhete lazer – BLA), porque nos sábados estão acontecendo congestionamentos como acontecem durante os dias úteis. A fonte de energia da maioria dos veículos é o petróleo, que polui mais do que o álcool, obtido da cana-de-açúcar ou do milho. O Brasil tem vastas áreas para o plantio de cana, agricultura moderna e competitiva e tradição na produção de álcool. Por causa disso, os carros com bicombustível estão ganhando mais mercado, o consumidor pode calcular qual o combustível mais econômico e optando pelo álcool ele contribui para um menor agravamento do efeito estufa. 24
  • 31. C N 2008 Muitos motoristas estão escolhendo, também, o kit GNV, gás natural veicular. A maior vantagem dos GNVs é o fato deles reduzirem as emissões de gases prejudiciais ao meio ambiente: 33% da emissão dos diversos óxidos de nitrogênio e 50% dos hidrocarbonetos reativos quando comparados aos veículos movidos a gasolina. Em média, os custos de abastecimento com o gás natural são 1/3 menores do que os de gasolina. No Brasil, um carro com GNV tem descontos no pagamento do IPVA do carro, Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores. A montadora Toyota desenvolveu o sistema HSD em 1997, que em inglês é Hybrid Synergy Drive, o carro é constituído por dois motores, um a gasolina e outro a eletricidade, possui uma bateria que é recarregada através do alternador enquanto circula a gasolina. A Toyota afirma que conseguiu reduzir de 89% as emissões libertadas, comparando ao veículo a gasolina. Atualmente, outras montadoras já utilizam a mesma tecnologia e estão sendo desenvolvidos carros movidos a gasolina auxiliado por hidrogênio, e carros híbridos que carregam na tomada, além de pesquisas sobre outras fontes que são renováveis, que podem gerar performance, economia e baixas emissões de CO2. O Brasil e o mundo caminhando juntos podem reverter esse quadro que atinge o planeta, devemos mudar nossa forma de agir e gastar os recursos da natureza. Com estudos, novas tecnologias e uma nova forma de educação nós podemos ajudar nosso planeta a se manter vivo. O primeiro passo parece já está sendo tomado, a conscientização. Mudanças climáticas e doenças infecciosas endêmicas Sérgio Noronha da Silva Jr a e Paola Danielle Ferrete..b a Aluno do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- sergio.noronha.silva@usp.br b Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- paola.ferrete@usp.br Palavras-Chave: mudança climática, efeito estufa, dengue. O efeito estufa nada mais é que um efeito natural que através de gases como CO2, CH4 e NO2 permitem que a superfície da terra mantenha uma temperatura média sem grandes oscilações, porém com a Revolução Industrial em meados do século XVIII, ocorreu um grande impacto social devido à evolução tecnológica e o começo de uma grande alteração negativa ao meio ambiente, juntamente com o crescimento populacional e econômico. 25
  • 32. C N 2008 Com o passar dos anos as inovações tecnológicas evoluíram, principalmente na criação de motorização e conseqüentemente ocorreu às crescentes emissões de gases do efeito estufa que são subprodutos da queima de combustíveis fósseis e da madeira, e assim uma boa parte do calor que seria refletido para o espaço é enviado de volta para Terra ocasionando nas mudanças climáticas. As Mudanças climáticas se dão pela alteração da temperatura proveniente destes gases, entretanto o que era um efeito natural e benéfico se torna um desastre ambiental e uma grande ameaça ao homem. Entre vários problemas podemos citar o derretimento de geleiras, oscilações de temperatura, degradação do solo, perda de biodiversidade entre outros que de forma direta ou indireta, contribui para o aumento de doenças. Em nível mundial, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) estudos realizados em 2005 estimaram que as mudanças no clima contribuem para a morte de 150.000 pessoas naquele ano, enquanto 05 milhões ficaram doentes. Já no território brasileiro, um dos fatores mais preocupantes são as proliferações de vetores transmissores de doenças infecciosas, tais como dengue, malária e leishmaniose que estão diretamente relacionadas com as alterações dos ciclos naturais que favorece tanto o aumento como a diminuição da temperatura, da umidade e do regime de chuvas provocando inundações e secas constantes aliadas com desmatamento. Em conseqüências temos os surtos destas doenças e se analisarmos pelas situações – problemas o Brasil não teria recursos imediatos sobre os serviços de saúde para atender uma grande demanda de pessoas infectadas, um exemplo é o último surto de dengue ocorrido no Rio de Janeiro onde foram registradas 41,9 mil pessoas infectadas e 54 mortes confirmadas pelas autoridades de saúde, sendo sua maioria crianças e adolescentes. As filas de espera eram de aproximadamente 6 horas o que contribui para o agravamento da doença que por sua vez está matando em um ritmo cinco vezes maior. (Segundo a Revista Carta na escola ed.26 de Maio 2008) e também vale ressaltar que esta variedade de vírus estava ausente na região desde a década de 90. A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti e Aedes Albopictus que habita as regiões de clima tropical nas proximidades de dentro de áreas urbanizadas. Proliferam – se em águas relativamente limpa acumulada em vasos, pneus velhos e até em plantas como as bromélias. Por isso, o Brasil se encontra em uma situação de vulnerabilidade que precisa ser modificada antes que maiores impactos decorrentes da alteração do clima ocorram e piore ainda mais a situação, uma vez que já está comprovado através de casos ocorridos, o agravamento de doenças infecciosas endêmicas e a carência dos órgãos públicos. 26
  • 33. C N 2008 Brasil, o que é feito para deter o desmatamento? Cláudia Andréia Bállico Charro a e Edir Cabral Santana.b a Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- claudia.charro@usp.br b Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- edir.santana@usp.br Palavras-Chave: desmatamento, efeito estufa, Amazônia. C om o gás carbônico e outros gases lançados em grande quantidade, a atmosfera ficou mais espessa, retendo calor e intensificando o efeito estufa. O efeito estufa é a “ação que certos gases exercem sobre as radiações do calor da Terra, interceptando-as e transmitindo-as de volta à superfície” (VESENTINI; 2000). Este é um fenômeno natural que ajuda a manter a temperatura e a vida no planeta. O problema se encontra no fato da intensificação artificial desse fenômeno, desde a Revolução Industrial, ter aumentado demasiadamente a temperatura. De acordo com dados divulgados em 2004 pelo Carbon Dioxide Information Analysis Center, o Brasil está na 16º posição no ranking mundial dos países que mais emitem dióxido de carbono (CO2) na Atmosfera. Porém, este número considera apenas a queima de combustíveis fósseis que representa cerca de 25% das emissões do país. Se for contabilizada a devastação ambiental (cerca de 70% das emissões) o Brasil configura-se como o quarto maior emissor mundial. A proposta brasileira durante o Protocolo de Quioto considera que a avaliação das emissões anuais por cada país é importante para dimensionar e controlar as emissões de CO2, assim como compreender a evolução futura. Mas, as emissões anuais de gases não representam a responsabilidade real dos países, é importante considerar a acumulação histórica e o aumento da temperatura média da superfície terrestre daí resultante. Dessa forma, com o Brasil já figurando-se entre os países que contribuem significativamente para o aquecimento global, é preciso que medidas urgentes sejam tomadas, especialmente através de políticas públicas. Segundo uma projeção da EIA (Energy Information Administration – Us Dept of Energy) de 2003 a 2030 o Brasil terá aumentado em cerca de 75% a emissão de CO2 na atmosfera. Assim, faz-se urgente, além da conscientização individual, políticas severas que busquem preservar a possibilidade de vida das futuras gerações. Dado o cenário brasileiro, as políticas na área da preservação, uso sustentável e recuperação das florestas são importantes e urgentes. Essas políticas objetivam a regulamentação desde a concessão para a utilização dos recursos naturais até incentivos econômicos para iniciativas que promovam a preservação e/ou recuperação das florestas. Porém, devido à grande diversidade de agentes provocadores do desmatamento e a vastidão das áreas florestais a serem 27
  • 34. C N 2008 fiscalizadas, para que seja garantido o cumprimento das determinações legais, é necessário um monitoramento efetivos dessas regiões. Com esse intuito foi criado o DETER (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que permite um acompanhamento das áreas que estão sofrendo desmatamento, e possibilita à sociedade e aos órgãos competentes avaliarem a aplicação de planos de ação. Segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) os dados do acompanhamento do DETER demonstram que já há uma queda significativa das áreas desmatadas na Amazônia Legal (cerca de 80% em Março de 2008). Além disso, quando utilizado para promover a rápida fiscalização e ação de combate ao desmatamento, a tecnologia representada pelo sistema DETER constitui-se uma importante ferramenta. Assim com ações que integrem a Polícia Federal, o IBAMA, a Força Nacional de Segurança e a sociedade civil, a tecnologia pode orientar a fiscalização e proporcionar ações rápidas. Portanto, junto com os aparatos tecnológicos, é importante que a legislação estabeleça diretrizes energéticas par a ação desses órgãos e que a sociedade fique atenta para denunciar e não colaborar com o desmatamento, seja ativamente ou passivamente, como faz ao consumir produtos provenientes de ações ilegais. Referência VESENTINI, J. William, Sociedade e Espaço. Geografia Geral e do Brasil. Editora Ática: 2000. Uma reflexão sobre a cultura da tecnologia e do consumo Flávia Gonzaga Gomes a e Luci Tiemi Miyano.b a Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- flavia.gonzaga.gomes@usp.br b Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- luci.miyano@usp.br Palavras-Chave: biocombustíveis, dióxido de carbono, consumo. N o inicio de 2007, o IPCC publicou um relatório sobre as conseqüências das mudanças climáticas no globo até o final do século XXI. E pela previsão poderá ocorrer além do aumento da temperatura; derretimento de geleiras, seca e desequilíbrio no ecossistema, etc. Embora alguns pesquisadores acreditem que a elevação da temperatura seja resultado da própria dinâmica climática do planeta, é grande o número de 28
  • 35. C N 2008 especialistas que reconhecem que as emissões de gases-estufa aceleram as mudanças climáticas globais. Desde a Revolução Industrial, a tecnologia tem sido usada para aumentar a produtividade e melhorar a produção para atender a demanda do consumo. E também desde essa época, começou a haver o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera, que é o principal agente das mudanças climáticas, e provém da queima de combustíveis fósseis que são a energia utilizada peles máquinas e automóveis. Como conseqüência temos acumulado na atmosfera, um alto nível de dióxido de carbono, que já não é mais suficientemente absorvido e, portanto, permanecerá na atmosfera por muitos anos, além de que seus efeitos serão sentidos em áreas bastante abrangentes, devido ao transporte feito pelas correntes de ar. Outro problema, é que o dióxido de carbono é absorvido pelas árvores, mas está havendo um grande desmatamento, principalmente na Floresta Amazônica, onde as árvores são geralmente cortadas para virarem matéria-prima contrabandeada da indústria e a área é utilizada para virar plantação, muitas vezes, de soja que é adaptável a diferentes solos e é um produto em alta no mercado. Mas felizmente, algo tem sido feito para amenizar a emissão de dióxido de carbono. Com a preocupação ambiental que surgiu nos últimos anos, a tecnologia vem sendo utilizada para desenvolver novas fontes de energias “limpas”, como os biocombustíveis. Produzidos a partir da cana - de- açúcar, do milho e de outros vegetais, o biocombustível é a grande promessa para o futuro, já que boa parte do dióxido de carbono é emitida pelos automóveis e a utilização destes só tende a aumentar; pelo menos haverá um consumo mais ecológico e porque não, mais promissor para países sem desenvolvimento como o Brasil, que pode se tornar um dos grandes produtores de biocombustível, e também uma das nações que mais incentivam outros países em pobres a produzirem o biocombustível como forma de se inserirem no contexto econômico mundial. Vale lembrar que os países em desenvolvimento, apesar de não serem os maiores emissores de gases-estufa, serão os mais prejudicados pelas mudanças climáticas, tanto pela falta de estrutura financeira para se proteger dos efeitos. Outro fator importante é que as grandes nações industrializadas se comprometam em cumprir o Protocolo de Kioto, diminuindo a emissão de gases poluentes. Mesmo que a produção não possa diminuir e que a cultura do consumo excessivo já esteja estabelecida na maior parte das sociedades do mundo, a consciência em preservar um cenário prospero à vida na Terra tem que se tornar uma prioridade daqui pra frente, pois os efeitos das mudanças climáticas no mundo são capazes de comprometer diretamente a saúde e a qualidade de vida na Terra. 29
  • 36. C N 2008 Seção I I I Mudanças climáticas e educação ambiental Indústria x Meio ambiente Cinthia Costa Ponce a e Milena Telles b a Aluna do curso de Gerontologia. E- cinthia.ponce@usp.br b Aluna do curso de Gerontologia. E- milena.telles@usp.br Palavras-Chave: consciência, homem, meio ambiente. A natureza com sua complexidade, garante sua existência por meio de um ciclo reciclável. Nesse ciclo, ocorre a reciclagem de materiais orgânicos, formando combustíveis fósseis no subsolo e possibilitando a reabsorção de nutrientes pelo meio ambiente. Porém o homem, com sua racionalidade, extrai esses combustíveis para seu proveito, prejudicando a natureza, pois ela é incapaz de renovar rapidamente materiais já decompostos por ela, o que gera grandes mudanças ambientais. A sociedade atual prega como solução para as mudanças ambientais e climáticas, conceitos como o “faça sua parte” e “tenha consciência ambiental”. No entanto, esses conceitos de incentivo a conscientização individual são insuficientes, pois os que mais agridem o meio ambiente com dejetos e poluentes são as grandes indústrias capitalistas. Por exemplo, a indústria a carvão da China pode ser considerada responsável por mais de um quarto do “Smog” (nuvem de poluentes que fica em cima das cidades) que ocorre na Califórnia. Porém, de acordo com o Protocolo de Kyoto, a China por ser um país em desenvolvimento, não precisa reduzir drasticamente seus índices de poluição. A cada ação humana o meio ambiente apresenta uma reação, por isso, hoje as sociedades enfrentam conseqüências desastrosas como furacões, inundações, secas e terremotos. De alguma forma, a própria sociedade capitalista incentiva as práticas prejudiciais ao meio ambiente, por meio do consumismo e de excessos, como sabemos, por exemplo, dos excessos de embalagens de empresas alimentícias que utilizam, muitas vezes plástico, elemento esse que em aterro sanitários sofrem um processo muito longo de decomposição. Outro fator prejudicial é a própria consciência humana, voltada principalmente para interesses individuais. A utilização da água é um exemplo dessa “política de interesses” humana. O homem precisa da água para sua sobrevivência e, mesmo assim, a utiliza de maneira inadequada com desperdícios e falta de cuidado com as suas reservas. Os fatos citados acima, não excluem a possibilidade de haver equilíbrio entre a manutenção da natureza e a sobrevivência do homem. Pois a junção de práticas individuais e a ação conjunta da sociedade contra os abusos das 30
  • 37. C N 2008 indústrias capitalista, resultariam nesse equilíbrio. Práticas pequenas tornam-se maiores quando unidas no contexto coletivo. Um exemplo de sucesso de práticas da sociedade a favor do meio ambiente, que trabalha em coletivo pensando no benefício para todos, são as ONG’s não governamentais e os protestos de pequenos grupos com intuito de preservar a natureza. É o caso da organização Greenpeace que vem conquistando atenção no meio publicitário, pelo mundo todo, para questões ambientais urgentes e do desenvolvimento sustentável com protestos e manifestações, buscando a sensibilização da opinião pública, confrontando e constrangendo aqueles promovem agressões ao meio ambiente. Poucas pessoas sabem o que podem realizar diante dessa problemática. Talvez a expressão “Faça sua parte” não esteja de tudo equivocada, pois ela expressa os deveres que cada pessoa deve realizar em suas casas, porém os maiores causadores da poluição mundial, os que causam danos à natureza, deveriam ser o principal alvo para que as mudanças ocorressem, e não apenas uma pequena parte da população mundial, já conscientizada, que para alcançar seus objetivos devem se juntar com pessoas que possuem as mesmas preocupações, visando maiores resultados. O projeto de ONG’s, como o Greenpeace ajuda na melhoria da educação ambiental das grandes empresas, devido a má publicidade que pode prejudicá-los, porém ainda é pouco para tantas mudanças que ainda devem ser realizadas. O meio ambiente e conscientização Ana Maria Guedes Moreira Reis a e Daiane de Oliveira Fontes b a Aluna do curso de Gerontologia. E- ana.maria.reis@usp.br b Aluna do curso de Gerontologia. E- daiane.fontes@usp.br Palavras-Chave: natureza, educação ambiental, degradação. A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, buscando infiltrar nos cidadãos, uma consciência crítica sobre os problemas ambientais. O homem retira da natureza os elementos essenciais à sua subsistência e ao mesmo tempo a modifica. E essas modificações muitas vezes são prejudiciais ao meio ambiente, causando calor fora de época, alterações da estação chuvosa, descarga de poluentes na água e no solo, sempre repletos de resíduos humanos e industriais, que se acumulam rapidamente, pois a maioria não são biodegradáveis. Todos esses fatores são muitas vezes responsáveis pela mudança climática presente hoje na natureza. 31